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Como funciona uma câmera fotográfica analógicaMesmo no patamar em que a tecnologia digital se encontra hoje em dia, a procura
por câmeras analógicas vem crescendo entre os amantes de fotografia.
Com toda a tecnologia que nos cerca cotidianamente e sofisticadas câmera de alta
resolução e precisão, as câmeras analógicas chegaram a perder muito espaço no
mercado (coisa que me mudou de figura de um tempo para cá). Quando do
lançamento de suas sucessoras, porém, estas começaram a ganhar versões mais
arrojadas e customizadas. A criação de câmeras mesclando características
analógicas e digitais vem ganhando grande espaço no mercado, chamando a
atenção de inúmeros profissionais e adoradores de fotografia em geral.
Para os que não são apaixonados pela história da fotografia, o uso de câmeras
analógicas não trás tanto fascínio, uma vez que quanto mais tecnologia, melhor -
falando como cidadão leigo. Desde a câmara escura, o princípio da câmera
analógica, onde as imagens capturadas não conseguiam resistir à luz e ao tempo,
desaparecendo logo após sua revelação, a sua evolução começou a ser cogitada
e estudada. O francês Joseph Nicéphore Niépce, no ano de 1816, deu os passos
iniciais rumo ao registro destas imagens por meio da câmara escura. No entanto,
desde sua descoberta, a fotografia analógica pouco evoluiu, chegando a
permanecer mais de 100 anos com os mesmos princípios ópticos e formatos. O
corpo das câmeras foi diminuindo e tornando-a portátil e de fácil manuseio. A
fotografia, a partir de então, passou a ser utilizada em grande escala pela
imprensa mundial, consequentemente aumentando a exigência para com os
profissionais de fotojornalismo da época.
Funcionamento
O funcionamento de uma câmera analógica engloba processos químicos e
mecânicos, apresentando componentes chaves, responsáveis pela sua percepção,
entrada de luz e captura das imagens, sendo de grande valia o seu conhecimento.
Nós podemos comparar este funcionamento ao olho
humano.
Quando abrimos nosso olho, a luz ambiente (natural e não-natural) passa pela
primeira camada de nossos olhos: Córnea, Íris e Pupilas e vão "projetar" todos os
pontos "pixels" na Retina - que é responsável por captar estes pontos e
transformar em imagem aquilo que estamos vendo. Como os raios de luz
atravessam a córnea, a imagem que se forma Retina fica virada de cabeça para
baixo, mas o cérebro se encarrega e deixar a imagem na posição correta. O mais
legal de tudo isso, é que na nossa visão, tudo isso ocorre em tempo real, ou seja,
você enquanto você está lendo estas informações, tudo isso está acontecendo
sem a sua percepção. Pois bem, nas câmeras este processo ocorre da mesma
forma.
Veja os componentes de uma câmera fotográfica analógica:
Corpo da câmera: estrutura onde se localiza o obturador e todos os
demais encaixes, como objetivas, flash e cabos.
Objetiva: considerada a alma da câmera, é através dela que ocorre a
passagem de luz pelo conjunto de lentes. Estes raios irão ser orientados, de
forma ordenada, para que sensibilize o filme fotográfico, formando a
imagem.
Diafragma: consiste numa estrutura interna da câmera, a qual é
responsável pelo controle da quantidade de luz que passará através dela. Ele é
semelhante à pupila do olho humano. Experimente ir em frente ao espelho,
desligar a luz e esperar por dois segundos, depois ligue a luz e observe a pupila
de seu olho diminuindo. Isto ocorre porque no escuro, ela precisa abrir-se para
tentar captar mais luz; quando a lâmpada é acesa, a quantidade de luz que
adentra o globo ocular é muito elevada, então a pupila se fecha na medida para
receber a luz
suficiente.
Obturador: é capaz de controlar a quantidade de luz que incidirá na
película. Quando acionado o disparador, este obturador permite a entrada da
luz para que esta seja captada pelo filme, por um tempo ajustável. O obturador
tem função semelhante ao nosso piscar de olhos, só que o contrário disto. Ele
fica predominantemente fechado e, é aberto com o clique da foto; o tempo para
que o obturador fica aberto é determinado pelo fotógrafo e isto, define o tempo
que a luz ficará exposta ao filme fotográfico. É o obturador que permite que a
luz que passou pelo diafragma chegue até o filme.
Visor: é responsável pela visualização da cena que pretende ser
fotografada. Em sua maioria, consiste em um orifício onde, através de lentes e
espelhos dispostos de forma estratégica, permite ao usuário ver a cena
exatamente como será capturada, tudo devido aos raios de luz provindos da
objetiva.
Filme Fotográfico
Nas câmeras analógicas, o filme a impressão das fotos nos dias de hoje. O
tamanho padrão é de 35mm - mesmo tamanho do sensor digital utilizado nas
câmeras digitais. O filme é formado de uma base plástica, frexível e transparente;
sobre este plástico, há uma camada muito fina de cristais de prata, muito sensíveis
à luz. Quando o fotógrafo clica na câmera, o obturador se abre e a luz penetra no
filme. Posteriormente, através de um tratamento químico, chamado emulsão, os
postos de luz captados pelos cristais de prata são queimados, gerando a imagem
fotografada.
ISO
Como relatado ali em cima, os filmes são extremamente sensíveis à luz, esta
sensibilidade é chamada de ISO. Os filmes podem ser encontrados com diversos
níveis de sensibilidade: ISO 32, 40, 64, 100, 125, 160, 200, 400, 800, 3200. Vale
ressaltar que a medida média da sensibilidade do filme é ISO 400 (aquele filme da
câmera portátil antiga). Quanto menor for o número representando o ISO, mais
sensível é o filme.
Fotografia com cores de filme antigo
Uma dos motivos pela opção das câmeras analógicas nos dias de hoje, é a
questão da qualidade da imagem, onde geralmente fotógrafos perdem muito
tempo editando as imagens digitais a fim de encontrar uma aparência de filme,
algo natural nas fotografias analógicas. Além disso, o uso destes filmes é mais
valorizado, pois acredita-se que este possua um alcance dinâmico maior do que o
digital, possuindo também um custo relativamente razoável, pois as imagens, uma
fez capturadas, não há como apagá-las, retornando imagens únicas e inéditas.
Mesmo com uma ampla quantia de amantes por fotografia estarem fazendo uso
das câmeras analógicas, a produção e comercialização dos filmes já não ocorre
com tanta frequencia, como era tempos atrás. A exemplo disto temos a sua
produção cessada por algumas empresas, como Fuji e Kodak. Mesmo assim, o
prazer de colocar a mão na massa, ou seja, revelar uma foto de um filme através
dos métodos tradicionais, torna as câmeras analógicas uma boa ferramenta para
obtenção de ótimas imagens, tudo com um toque rústico.