Como montar uma fábrica de farinha de mandioca

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Conteúdo do SEBRAR que auxilia na montagem de uma fábrica de farinha de mandioca.

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  • Como montaruma fbrica defarinha demandioca

    EMPREENDEDORISMO

    Especialistas em pequenos negcios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br

  • Expediente

    Presidente do Conselho Deliberativo

    Robson Braga de Andrade Presidente do CDN

    Diretor-Presidente

    Guilherme Afif Domingos

    Diretora Tcnica

    Helosa Regina Guimares de Menezes

    Diretor de Administrao e Finanas

    Luiz Eduardo Barretto Filho

    Unidade de Capacitao Empresarial e Cultura Empreendedora

    Mirela Malvestiti

    Coordenao

    Luciana Rodrigues Macedo

    Autor

    Andre Luiz Martins

    Projeto Grfico

    Staff Art Marketing e Comunicao Ltda.www.staffart.com.br

  • Apresentao / A

    presentao / Mercado / Localizao / Exigncias Legais e Especficas / Estrutura /

    Pessoal / Equipamentos / M

    atria Prima/M

    ercadoria / Organizao do Processo Produtivo / A

    utomao /

    Canais de D

    istribuio / Investimento / C

    apital de Giro / C

    ustos / Diversificao/A

    gregao de Valor /D

    ivulgao / Informaes Fiscais e Tributrias / Eventos / Entidades em

    Geral / N

    ormas Tcnicas /

    TOKEN_HIDDEN_PAGE

    Sumrio

    11. Apresentao ........................................................................................................................................

    12. Mercado ................................................................................................................................................

    23. Localizao ...........................................................................................................................................

    44. Exigncias Legais e Especficas ...........................................................................................................

    75. Estrutura ...............................................................................................................................................

    96. Pessoal .................................................................................................................................................

    107. Equipamentos .......................................................................................................................................

    118. Matria Prima/Mercadoria .....................................................................................................................

    159. Organizao do Processo Produtivo ....................................................................................................

    2110. Automao ..........................................................................................................................................

    2211. Canais de Distribuio ........................................................................................................................

    2312. Investimento ........................................................................................................................................

    2413. Capital de Giro ....................................................................................................................................

    2614. Custos .................................................................................................................................................

    2815. Diversificao/Agregao de Valor .....................................................................................................

    2916. Divulgao ..........................................................................................................................................

    3017. Informaes Fiscais e Tributrias .......................................................................................................

    3218. Eventos ...............................................................................................................................................

    3219. Entidades em Geral ............................................................................................................................

    3420. Normas Tcnicas ................................................................................................................................

    3621. Glossrio .............................................................................................................................................

    3822. Dicas de Negcio ................................................................................................................................

    4023. Caractersticas ....................................................................................................................................

    4224. Bibliografia ..........................................................................................................................................

    4325. Fonte ...................................................................................................................................................

    4326. Planejamento Financeiro ....................................................................................................................

  • Apresentao / A

    presentao / Mercado / Localizao / Exigncias Legais e Especficas / Estrutura /

    Pessoal / Equipamentos / M

    atria Prima/M

    ercadoria / Organizao do Processo Produtivo / A

    utomao /

    Canais de D

    istribuio / Investimento / C

    apital de Giro / C

    ustos / Diversificao/A

    gregao de Valor /D

    ivulgao / Informaes Fiscais e Tributrias / Eventos / Entidades em

    Geral / N

    ormas Tcnicas /

    Sumrio

    4327. Solues Sebrae .................................................................................................................................

    4428. Sites teis ...........................................................................................................................................

    4429. URL .....................................................................................................................................................

  • Apresentao / A

    presentao / Mercado

    1. Apresentao

    Em diversas cores e texturas, a farinha companhia obrigatria do feijo e dochurrasco, utilizada em variadas receitas.

    Aviso: Antes de conhecer este negcio, vale ressaltar que os tpicos a seguir nofazem parte de um Plano de Negcio e sim do perfil do ambiente no qual oempreendedor ir vislumbrar uma oportunidade de negcio como a descrita a seguir. Oobjetivo de todos os tpicos a seguir desmistificar e dar uma viso geral de como umnegcio se posiciona no mercado. Quais as variveis que mais afetam este tipo denegcio? Como se comportam essas variveis de mercado? Como levantar asinformaes necessrias para se tomar a iniciativa de empreender?

    A farinha de mandioca consumida intensamente na culinria brasileira, participandocomo fonte importante de carboidratos na dieta. Em algumas regies onde condiesscio econmicas impe restries a uma dieta balanceada, esta fonte de carboidratose apresenta talvez como a nica fonte de nutrientes para o consumo. Em diversascores e texturas, companhia obrigatria do feijo e do churrasco, com ela se fazfarofa, piro, paoca salgada ou doce; misturada ao aa no norte, rapadura e guano Nordeste. um alimento rico em carboidratos e fibras e, quando integral, contmum pouco de protena, clcio, fsforo, sdio e potssio.?A tecnologia de fabricao dafarinha simples, mas exige alguns cuidados no seu desenvolvimento. A seleo damatria-prima adequada, a higiene e os cuidados durante todo o processo defabricao, so fatores fundamentais para garantir um produto de qualidade, aqualidade de vida dos trabalhadores e a proteo do meio ambiente.

    Este documento no substitui o plano de negcio. Para elabor-lo procure o Sebrae. ?

    2. Mercado

    Mercado

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  • Apresentao / A

    presentao / Mercado / Localizao

    Em 2011, a produo brasileira da farinha de mandioca alcanou o ndice de 519,16mil toneladas, Os dados so resultados de pesquisa do Centro de Estudos Avanadosem Economia Aplicada (Cepea), da Universidade Federal de So Paulo.

    O consumo per capita de farinha de mandioca, no Brasil, da ordem de 5,33kg/hab./ano. O maior consumo de farinha, por domiclio, observado na Regio Norte(23,54 kg/hab./ano), seguidas de: Nordeste (9,67 kg/hab./ano), Centro-oeste (1,29kg/hab./ano), Sudeste (1,17 kg/hab./ano), e Sul (0,81 kg/hab./ano). Outro fator quefavorece esse nicho de negcio a grande oferta da matria prima, a mandioca. OBrasil ocupa a segunda posio na produo mundial de mandioca (12,7% do total),alm de ser maior produtor do continente, com uma mdia anual em torno de 25milhes de toneladas. A produo nacional est assim distribuda por regio do Pas:Nordeste (31,75%), Norte (30,72%), Sul (22,11%), Sudeste (10,44%) e Centro-Oeste(4,98%).

    3. Localizao

    As dificuldades de encontrar a localizao tima correspondem em termos deempresa, a achar a localizao que d a maior diferena entre receitas e custos. Emoutras palavras, procura-se a localizao que d o maior lucro possvel para aempresa, num prazo de tempo compatvel com a vida til do empreendimento no local(WOILER, 2010). Assim, a localizao um dos aspectos mais importantes para osucesso do novo empreendimento.

    Vrios empreendimentos j fracassaram, apesar de atuarem com produtos inovadoresem mercados em crescimento, porque a deciso quanto sua localizao foiequivocada. Segundo pesquisa do SEBRAE realizada em 2005, a localizaoinadequada responsvel por 8% das empresas que fecharam as portas antes decompletarem quatro anos de funcionamento. Ao se decidir pela localizao de umafbrica de farinha de mandioca o empreendedor deve considerar fatores tais como:proximidade dos fornecedores e acesso a matrias- prima, mesmo porque a mandiocadeve chegar rpida a indstria, pois logo aps a colheita inicia-se o processo defermentao das razes.

    Alm da proximidade da oferta de empregados, proximidade do mercado a seratingido, caso contrrio os gastos com transporte dos produtos acabados tambmaumentaro, infra-estrutura de servios pblicos: energia eltrica, telecomunicaes,transportes, educao, assistncia mdica e outros aspectos de base socioeconmica,dentre outros. Tambm deve verificar a disponibilidade de gua de qualidade emabundncia no local, pois o gasto de gua na produo indispensvel e muito alto.

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  • Apresentao / A

    presentao / Mercado / Localizao

    Para ter certeza se o local escolhido pela empresa ou no um bom ponto, observecom ateno as dicas a seguir:

    - Avalie o contrato, as condies de pagamento e o prazo do aluguel

    ?- Verifique se o preo compatvel com sua capacidade de investimento, com o prazode retorno e o movimento esperado

    ?- Observe a facilidade de acesso, a visibilidade, o volume do trfego, o local paraestacionamento, o nvel de rudo?

    - Verifique as condies de higiene e de segurana

    ?- Atente para a facilidade de aquisio de matria-prima e recrutamento de mo-de-obra, ou seja, verifique a existncia de mo-de-obra especializada nas imediaes dolocal

    ?- Verifique se o local atende s especificaes do projeto, em termos de reaadequada produo e/ou servios prestados, solicite a busca prvia de localizaojunto a prefeitura a fim de verificar possveis impedimentos em relao montagem donegcio, tendo em vista o plano diretor urbano do municpio

    ?- Levante vrias alternativas de pontos para poder comparar e definir o melhor lugarpara seu negcio

    ?

    Cuidados a serem tomados:

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  • Apresentao / A

    presentao / Mercado / Localizao / Exigncias Legais e Especficas

    - Verifique se h legislao especfica em seu municpio sobre localizao de negciosda natureza que voc pretende abrir.

    Lembramos que a estrutura do imvel dever estar de acordo com as normas dehigiene e limpeza da Vigilncia sanitria e com o PDU do municpio. Para maioresinformaes o empreendedor deve consultar a prefeitura de sua cidade, visto que oPlano Diretor Urbano segundo a Lei Federal 10.257, obrigatrio para todos osmunicpios brasileiros com mais de 20.000 habitantes.

    Verifique tambm na Prefeitura Municipal:

    I) se o imvel est regularizado - se possui o HABITE-SE;

    II) se os impostos que recaem sobre o imvel esto em dia - IPTU, ITR;

    III) a necessidade de aprovao pelo Corpo de Bombeiros.

    Em relao aos custos na tomada de deciso para localizao do negcio, analisefatores tais como custo de adaptao do imvel para a atividade, aluguel, manuteno,dentre outros.

    4. Exigncias Legais e Especficas

    A contratao de um contador profissional ir facilitar a legalizao da indstria defarinha de mandioca nos seguintes rgos e tambm ajud-lo a escolher a melhorforma de registro e regime tributrio.:

    - Junta Comercial do Estado

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  • Apresentao / A

    presentao / Mercado / Localizao / Exigncias Legais e Especficas

    ?- Secretaria da Receita Federal (CNPJ)

    ?- Secretaria Estadual de Fazenda (ICMS)

    - Prefeitura Municipal, para obter o alvar de funcionamento e ISS (caso sejanecessrio)

    - Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficar obrigada a recolheranualmente a Contribuio Sindical Patronal)

    - Caixa Econmica Federal, para cadastramento no sistema Conectividade Social INSS/FGTS;

    - Corpo de Bombeiros Militar (Habite-se)?- Obteno do alvar de licena sanitria -Adequar s instalaes de acordo com o Cdigo Sanitrio (especificaes legais sobreas condies fsicas). Em mbito federal a fiscalizao cabe a Agncia Nacional deVigilncia Sanitria, estadual e municipal fica a cargo das Secretarias Estadual eMunicipal de Sade. (quando for o caso)?Resoluo CNNPA n 12 de 1978.Porserem produtos destinados em grande parte alimentao, os derivados de mandiocaso submetidos a uma srie de normas sanitrias. A Agncia Nacional de VigilnciaSanitria (Anvisa), do Ministrio da Sade, tem disposio em seu endereo naInternet (http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Alimentos/Assuntos+de+Interesse/Legislacao) um banco dedados com os textos completos de normas sobre o tema.

    O Ministrio da Agricultura tambm uma boa fonte de informaes jurdicas queinteressam ao setor. Chamado de Sislegis, pode ser acessado no seguinte endereoeletrnico:http://www.agricultura.gov.br/legis lacao.Sobre a produo e acomercializao de farinha e fcula de mandioca, h algumas normas que devem sercuidadosamente analisadas e seguidas pelos empresrios. Dentre elas, vale destacar:

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  • Apresentao / A

    presentao / Mercado / Localizao / Exigncias Legais e Especficas

    - Portaria n 80, de 20 de abril de 1988: classifica a raspa de mandioca de acordo coma qualidade e outras caractersticas. importante no processo de comercializao,tanto no varejo quanto no atacado.

    - Portaria n 554, de 30 de agosto de 1995: Essa norma fundamental para asempresas dedicadas produo da farinha de mandioca, uma vez que estabelece aclassificao das variedades de farinha, de acordo com critrios como granulao,colorao, qualidade e tecnologia empregada.

    - Resoluo RDC n 359, de 23 de dezembro de 2003: padroniza a apresentao dasinformaes nutricionais que devem constar nas embalagens de farinha e fcula demandioca. O objetivo levar informao correta aos consumidores de produtosalimentcios industrializados, de acordo com as regras vigentes no MERCOSUL.

    - Resoluo RDC n 263, de 22 de setembro de 2005: Alm de fixar as taxas deumidade mxima para farinha (15%) e fcula de mandioca (18%), recomenda aadoo de boas prticas de fabricao e rotulagem dos alimentos.

    - Instruo Normativa MAPA 52/2011, de 7 de novembro de 2011: Define o padrooficial de classificao da farinha de mandioca, considerando seus requisitos deidentidade e qualidade, a amostragem, o modo de apresentao e a marcao ourotulagem, nos aspectos referentes classificao do produto.

    Outro aspecto importante a considerar na cadeia produtiva da mandioca a legislaoambiental, j que os resduos lquidos da prensagem da raiz tm potencial poluidor.

    O resduo lquido gerado durante o processo de produo da fcula (manipueira) deveser cuidadosamente tratado, e nunca despejado em rios ou no solo. necessriodestacar que os tratamentos mais eficazes para esses resduos exigem tecnologiasmais complexas e, portanto, mais investimentos por parte dos produtores.

    Para aqueles que forem comercializar a farinha de mandioca, embaladas para

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  • Apresentao / A

    presentao / Mercado / Localizao / Exigncias Legais e Especficas / Estrutura

    consumo necessrio consultar a Portaria do Inmetro 153/2008, que determina: apadronizao do contedo lquido dos produtos pr-medidos acondicionados. Paramaiores esclarecimento o endereo eletrnico : http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC001304.pdf.

    5. Estrutura

    A farinha tradio na mesa do brasileiro, mas apesar disso s recentemente passoua ser enquadrada como alimento. A partir de ento as dependncias industriais e seuprocesso de produo devem cumprir as exigncias das Boas Prticas de Fabricao(BPF).

    As BPF incluem desde a construo do prdio at os cuidados operacionais. Elasdeterminam que a rea de fabricao deva ser considerada rea limpa, e para tantodeve ter pisos e paredes lisas, lavveis, com ausncia ou com poucas juntas parafacilitar a limpeza diria e evitar que pequenas sujeiras que incrustem nas mesmaspassem despercebidas ou se tornem de difcil remoo.

    As janelas e outras aberturas devem ser protegidas com telas evitando, assim, aentrada de insetos e roedores. Os tanques e reas midas devem permitir oescoamento dos efluentes para tubulaes que iro transport-los para as lagoas detratamento.

    A rea limpa deve possuir forrao no teto para evitar a queda de materiais estranhosno produto, bem como ser lisa para facilitar a limpeza e pintada de cores clarasvisando colaborar para uma boa iluminao. recomendvel o maior aproveitamentopossvel da luz natural e, nos casos de necessidade de uso de lmpadas, estas nodevem ser dispostas sobre as reas das etapas do beneficiamento, porm, se forinevitvel, que tenham proteo para o caso de quebra.

    O p direito do prdio deve ser superior a quatro metros para facilitar uma boaventilao e, tambm, deve haver, por meio de uma captao, a conduo do arquente para fora o prdio. O ar ambiente precisa ser renovado continuamente querseja de maneira natural ou forada, mas de forma a preservar as telas das aberturas.

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  • Apresentao / A

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    O prdio, ainda, deve possuir sadas suficientes para, em caso de emergncia, permitira retirada das pessoas segura e rapidamente. Conforme disposto na NormaRegulamentadora - NR-23 necessria a instalao de equipamentos de combate aofogo, adequados ao tipo de incndio, e em quantidade que permita uma ao eficiente.

    As instalaes eltricas, obedecendo ao disposto na Norma Regulamentadora NR-10,devem ser projetadas e executadas de modo que seja possvel prevenir, por meiosseguros, os perigos de choque eltrico e todos os outros tipos de acidentes. Podemficar expostas (visveis) desde que colocadas em eletrodutos, para facilitar amanuteno. Os fios eltricos no devem estar expostos umidade nem ao contatodas pessoas.

    As instalaes hidrulicas e sanitrias devem observar o que dispem as NormasRegulamentadoras (NR-18 e NR-24). Deve ser disponibilizado um local apropriadopara os trabalhadores efetuarem suas refeies. Em hiptese alguma permitido fazeras refeies no prprio local de trabalho e os sanitrios no podem desconsiderar asquestes mnimas de higiene. Todos os equipamentos devem ser de fcil limpeza, istoevita o acmulo de resduos que favorecem o desenvolvimento de microrganismos.

    As mquinas na rea de produo devem ter um suporte que permita espaoaproximado de 20 cm entre o piso e a mquina, sem barreiras, para facilitar a limpezaque, como as demais superfcies, ser feita por meio de aspirao (aspirador de p).

    O uso de termmetro de controle de temperatura dos fornos ajudar a controlar o calorambiente, alm de contribuir para a economia de combustvel, assim como acolocao de forro isolante sob o telhado contribui para a diminuio do calorproveniente do aquecimento solar, tendo em vista ser a regio de clima quente.

    A iluminao parte importante para prevenir acidentes, cansao e aumentar aprodutividade. O nvel de iluminao no local de produo deve ser entre 300 e 500 lux(NR 17; NBR 5413 da ABNT).

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  • Apresentao / A

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    Pessoal

    6. Pessoal

    A produo de farinha de mandioca bastante simples utilizando-se mquinas de fcilmanejo e no requer mo-de-obra altamente especializada. Nas casas de farinha, afora de trabalho utilizada conta com grande participao feminina: so as mulheresque geralmente cuidam do descascamento da mandioca. A ralao, prensagem etorrao, por serem atividades que requerem maior fora fsica, ficam ao encargo doshomens. Para contratar colaboradores, o empreendedor deve considerar a adequaodo perfil pessoal s tcnicas de manejo e produo. necessrio manter a equipeatualizada, por meio da participao em cursos, ou treinamentos oferecidos peloprprio proprietrio.

    Para uma escala de produo de 768 toneladas por ano, numa escala de trabalho de240 dias por ano por um perodo de 10 a 15 horas/dia de trabalho so necessrias 12pessoas. Recomenda-se a contratao de um profissional com conhecimento na reade administrativa para exercer a funo de gerente, e mais um ou dois auxiliaresadministrativos. Deve-se ter em mente tambm se a fbrica ir vender o produto prontopara o consumo ou ir vender a produo para outra empresa fazer o servio deembalagem e distribuio. Caso a fbrica decida vender o produto j finalizado necessria a contratao de vendedores, ou representante comercial que pelafacilidade de relacionamento e atuao no processo de distribuio de produtos dediversos segmentos, uma forma para expandir os negcios. Quanto entrega dosprodutos comercializados, cada caso deve ser estudado parte, ou seja: paraentregas num raio de at 50 km da fbrica de farinhas o ideal a utilizao detransporte prprio, para isso necessria aquisio de utilitrio (furgo, camionete,caminho , etc.), que alm do custo ser menor, de fcil locomoo dentro doscentros urbanos, neste caso h a necessidade de contratao de motorista entregador.Outra opo a de terceirizar a entrega, para isso a seleo do prestador desteservio deve ser criteriosa.

    Outro ponto importante a observao aos hbitos de higiene e boas prticas demanipulao de alimentos. Sempre que algum colaborador for acometido deenfermidade infectocontagiosa ou apresentar ferimentos que prejudiquem a execuonormal de suas tarefas, ele deve ser afastado at que no oferea mais risos decontaminao do alimento. Independente do tamanho e quantidade de pessoas nocho de fbrica, as principais caractersticas necessrias so:

    Lavar e desinfetar as mos antes de qualquer atividade;

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    Pessoal / Equipamentos

    Usarem sempre uniformes limpos e na cor branca, incluindo bons e tocas;

    Mscaras, luvas e botas e aventais.

    interessante que as pessoas tenham treinamento para uso e conservao deequipamentos, reduo de desperdcios e higiene pessoal e do local de trabalho.

    Os salrios e demais benefcios precisam ser compatveis com as determinaes dossindicatos ou associaes de classe para evitar problemas trabalhistas futuros.

    7. Equipamentos

    Equipamentos

    Para uma produo anual de 768 toneladas de farinha de mandioca so necessriosos seguintes equipamentos:

    - 01 lavador e descascador de mandioca?

    - 02 raladores e trituradores de mandioca?

    - 01 peneira eltrica

    - 01 prensa eltrica

    ?- 01 forno mecanizado

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    Pessoal / Equipamentos / M

    atria Prima/M

    ercadoria

    - 03 cochos para armazenagem de farinha

    - 01 desintegrador(moinho)

    - 01 balana com base e plataforma em ferro

    ?- 01 conjunto para empacotamento de farinha

    Fornecedores de mquinas para produo de farinha de mandioca:

    - Indstria Santa Cruz?End.: Av. Braslia, 691- Centro. Lagarto/SE.? Tel.: (79) 3631-2739 / 8867-6905/9975-4655?Site:www.industriasantacruz.com

    - Andrade maquinas equipamentos?Site:www.andrademaquinas.com?Telefone: (77)3421 8595/3083-4089?Local: Vitria da Conquista/BA

    8. Matria Prima/Mercadoria

    A gesto de estoques no varejo a procura do constante equilbrio entre a oferta e ademanda. Este equilbrio deve ser sistematicamente aferido atravs de, entre outros,os seguintes trs importantes indicadores de desempenho:Giro dos estoques: o giro dos estoques um indicador do nmero de vezes em que ocapital investido em estoques recuperado atravs das vendas. Usualmente medidoem base anual e tem a caracterstica de representar o que aconteceu no passado.Obs.: Quanto maior for a freqncia de entregas dos fornecedores, logicamente emmenores lotes, maior ser o ndice de giro dos estoques, tambm chamado de ndice

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    Pessoal / Equipamentos / M

    atria Prima/M

    ercadoria

    de rotao de estoques. Cobertura dos estoques: o ndice de cobertura dos estoques a indicao do perodo de tempo que o estoque, em determinado momento, conseguecobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. Nvel de servio ao cliente: oindicador de nvel de servio ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega,isto , aquele segmento de negcio em que o cliente quer receber a mercadoria, ouservio, imediatamente aps a escolha; demonstra o nmero de oportunidades devenda que podem ter sido perdidas, pelo fato de no existir a mercadoria em estoqueou no se poder executar o servio com prontido.Portanto, o estoque dos produtos deve ser mnimo, visando gerar o menor impacto naalocao de capital de giro. O estoque mnimo deve ser calculado levando-se em contao nmero de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede daempresa.

    A mandioca (Manihot esculenta), matria prima para se fazer a farinha, uma plantada famlia das Eufrobiceas, um tubrculo conhecido. A farinha pode ser tantoproduzida com mandiocas mansas (macaxeira) como bravas. As diferenas entre elasso: a concentrao de cido ciandrico - pode chegar a matar grandes animais; e aprodutividade - variedades bravas so mais produtivas. Baixas concentraes sotoleradas e so facilmente evaporadas durante o cozimento (mandioca mansa oumacaxeira) j que o cido ciandrico voltil. Altas concentraes precisam de maistempo e/ou mais calor para evaporarem do que simples cozimento (a mandioca brava).

    Sendo a matria prima perecvel, seu planejamento deve ser planejado levando-se emconta que as razes de mandioca devero ser processadas at o mximo de 36 horasaps a colheita.

    Grande parte das indstrias que atuam nesse ramo opera apenas no perodo diurno,mas possvel projetar turnos dirios completos, para maior aproveitamento doperodo da colheita. A quantidade de farinha produzida em relao s razesconsumidas depende da variedade, idade da cultura e sistema de fabricao. De modogeral pode se considerar uma produo de 25 a 30 kg por 100 kg de mandioca.

    A fbrica de farinha deve operar no perodo timo da colheita da raiz de mandioca,visando uma melhor qualidade do produto final.

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    Pessoal / Equipamentos / M

    atria Prima/M

    ercadoria

    TEXTO NOVO

    Matria Prima / Mercadoria

    A produo brasileira de mandioca em 2010 se situou em 27,3 milhes de toneladas,acusando um crescimento de 5% em relao ao volume obtido no ano anterior, sendoo recorde da dcada, conforme levantamento do Instituto de Geografia e Estatstica(IBGE). As regies Sul e Nordeste se destacam como as maiores produtoras. A farinhade mandioca e a fcula so os dois principais produtos obtidos a partir doprocessamento da raiz de mandioca. Enquanto a farinha um produto final, adquiridopelos consumidores na rede varejista, a fcula, tambm comercializada no varejo parauso domstico predominantemente um insumo industrial para diversos segmentos,como a indstria alimentcia, txtil, papel e celulose, farmacutica, entre outras.

    A mandioca (Manihot esculenta), matria prima para se fazer a farinha, uma plantada famlia das Eufrobiceas, um tubrculo conhecido. A farinha pode ser tantoproduzida com mandiocas mansas (macaxeira) como bravas. As diferenas entre elasso: a concentrao de cido ciandrico - pode chegar a matar grandes animais; e aprodutividade - variedades bravas so mais produtivas. Baixas concentraes sotoleradas e so facilmente evaporadas durante o cozimento (mandioca mansa oumacaxeira) j que o cido ciandrico voltil. Altas concentraes precisam de maistempo e/ou mais calor para evaporarem do que simples cozimento (a mandioca brava).

    Sendo a matria prima perecvel, seu planejamento deve ser realizado levando-se emconta que as razes de mandioca devero ser processadas at o mximo de 36 horasaps a colheita.

    Grande parte das indstrias que atuam nesse ramo opera apenas no perodo diurno,mas possvel projetar turnos dirios completos, para maior aproveitamento doperodo da colheita.A quantidade de farinha produzida em relao s razesconsumidas depende da variedade, idade da cultura e sistema de fabricao.De modogeral pode se considerar uma produo de 25 a 30 kg por 100 kg de mandioca.

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    A fbrica de farinha deve operar no perodo timo da colheita da raiz de mandioca,visando uma melhor qualidade do produto final.

    Uma tendncia que vem ocorrendo a aproximao entre produtor e processador. Omandiocultor passa a agregar valor por meio do processamento, produzir sua matria-prima ou fechar parceria com outros agricultores de maneira a melhorar seus custos,garantir o fornecimento no padro de qualidade e no volume especificado, alm deaumentar as margens. Nos casos em que a fbrica decida vender o produto jfinalizado importante atentar para a gesto dos estoques dos produtos acabados quesero comercializados no varejo.

    A gesto de estoques no varejo a procura do constante equilbrio entre a oferta e ademanda. Este equilbrio deve ser sistematicamente aferido atravs de, entre outros,os seguintes trs importantes indicadores de desempenho:

    Giro dos estoques: o giro dos estoques um indicador do nmero de vezes em que ocapital investido em estoques recuperado atravs das vendas. Usualmente medidoem base anual e tem a caracterstica de representar o que aconteceu no passado.

    Obs.: Quanto maior for a freqncia de entregas dos fornecedores, logicamente emmenores lotes, maior ser o ndice de giro dos estoques, tambm chamado de ndicede rotao de estoques. Cobertura dos estoques: o ndice de cobertura dos estoques a indicao do perodo de tempo que o estoque, em determinado momento, conseguecobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. Nvel de servio ao cliente: oindicador de nvel de servio ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega,isto , aquele segmento de negcio em que o cliente quer receber a mercadoria, ouservio, imediatamente aps a escolha; demonstra o nmero de oportunidades devenda que podem ter sido perdidas, pelo fato de no existir a mercadoria em estoqueou no se poder executar o servio com prontido.

    Portanto, o estoque dos produtos deve ser mnimo, visando gerar o menor impacto naalocao de capital de giro. O estoque mnimo deve ser calculado levando-se em contao nmero de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede daempresa.

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    9. Organizao do Processo Produtivo

    O processo produtivo compreende as seguintes operaes:

    Colheita da Mandioca

    As razes de mandioca para fabricao de farinha e polvilho so colhidas com a idadede 16 a 20 meses, entre abril e agosto, quando apresentam o mximo de rendimento.O processamento deve acontecer logo aps a colheita ou no prazo mximo de 36horas, para evitar perdas, escurecimento, resultando em produto de qualidade inferior,pois logo aps a colheita, inicia-se o processo de fermentao das razes.Devem ser evitados atritos e esfolamentos das razes, o que provocaria o incio dafermentao, tambm resultando em produto de qualidade inferior.

    Armazenagem

    Em uma pequena unidade industrial, onde o consumo de matria-prima se far nomesmo dia da colheita, a armazenagem poder ser a cu aberto, tendo-se o cuidadode determinar um local apropriado e de fcil acesso, preferencialmente junto smquinas lavadoras.

    Lavagem e descascamento

    As razes devem ser lavadas para eliminar a terra aderida sua casca e evitar apresena de impurezas que prejudicam a qualidade do produto final.O descascamento elimina as fibras presentes nas cascas, as substancias tnicas, queescurecem a farinha, e parte do cido ciandrico que se concentra em maior proporonas entrecascas.O descascamento pode ser manual, feito com facas afiadas ou raspador, ou mecnico,utilizando-se do descascador cilndrico ou em forma de parafuso.Aps o descascamento manual, as razes devem ser novamente lavadas para retiraras impurezas a elas agregadas durante o processo.No descascador mecnico, a lavagem e o descascamento so feitos ao mesmo tempo,

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    atravs do atrito das razes entre si e delas com as paredes do equipamento, com fluxocontnuo de gua.A lavagem e o descascamento bem feitos resultam na obteno de farinha de melhorqualidade.Um adulto descasca, em mdia, 250 kg de razes de mandioca em 8 horas de trabalho.

    Ralao das Razes

    A ralao feita para que as clulas das razes sejam rompidas, liberando os grnulosde amido e permitindo a homogeneizao da farinha.A ralao normalmente feita em cilindro provido de eixo central com serrinhas.As serras do cilindro no devem ter dentes tortos, faltantes, gastos ou enferrujados,pois isto interfere no rendimento do produto final.Os dentes das serrinhas se desgastam com o uso, por isso, periodicamente deve-seregular o espao entre o cilindro e o chassi do ralador.O ajuste do eixo e das polias e a manuteno das serras so indispensveis parahomogeneizao da massa, definio da granulometria e aumento do rendimento doproduto.

    Pontos importantes a serem observados na ralao da mandioca:- ajustamento do cilindro- rotao adequada- serrinhas em bom estado- polia

    Prensagem da Massa Ralada

    A prensagem deve acontecer logo aps a ralao, para impedir a fermentao e oescurecimento da farinha. realizada em prensas manuais de parafuso ou em prensashidrulicas e tem como objetivo reduzir, ao mnimo possvel, a umidade presente namassa ralada para impedir o surgimento de fermentaes indesejveis, economizartempo e combustvel na torrao, e possibilitar uma torrao sem formao excessivade grumos.A gua resultante da prensagem da massa ralada chamada "manipueira" e muitotxica e poluente.Uma tonelada de mandioca produz cerca de 300 litros de "manipueira".A manipueira precisa receber um tratamento adequado para evitar a contaminao dosrios terrenos vizinhos unidade de processamento.

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    Esfarelamento/PeneiragemAo sair da prensa, a massa ralada est compactada, havendo necessidade de seresfarelada para permitir a peneiragem. Esse esfarelamento pode ser feitomanualmente ou atravs do esfarelador ou ralador. Em seguida passa-se a massa napeneira, na qual ficaro retidas as fraes grosseiras contidas na massa, chamadacrueira crua, que podem ser utilizadas na alimentao de animais.O crivo ou malha da peneira vai determinar a granulometria da farinha.TorraoAps o esfarelamento/peneiragem, a massa colocada em bateladas, no forno paraeliminao do excesso de gua e gelatinar parcialmente o amido, por um perodoaproximado de 20 minutos, com o forneiro mexendo a massa com o auxlio de um rodode madeira, de cabo longo e liso.Em seguida, a farinha vai sendo colocada em pequenas quantidades em outro fornopara uniformizao da massa e torrao final.O forneiro, com o auxlio de um rodo de madeira, vai mexendo, uniformemente, at asecagem final da farinha, que em torno de 13% de umidade.Os fornos de secagem devem estar localizados em locais com paredes para proteger oforneiro e a farinha contra chuvas e ventos.A torrao tem grande influncia sobre o produto final, porque define a cor, o sabor e adurabilidade da farinha e deve ser realizada no mesmo dia da ralao das razes.

    Classificao/Empacotamento/PesagemDurante a torrao e o resfriamento da farinha, acontece a formao de grumos,devido gomagem da fcula.Para a obteno de um produto homogneo, utiliza-se peneira com crivo que permita aobteno da farinha com a granulometria desejada, em funo das exigncias domercado.O empacotamento feito em sacos de 45 kg, quando se destina venda por atacado,e de 0,5 e 1,0 kg para venda no varejo, sendo recomendado o uso de saco plstico oude papel kraft.

    Armazenagem da FarinhaA farinha deve ser armazenada em local seco e ventilado, exclusivo para essafinalidade. Os sacos devem estar colocados sobre estrados ou grades e empilhadoscom espao entre as embalagens.A rea de armazenagem deve ter pisos e paredes lavveis, teto de laje ou PVC ecobertura com telha.Deve ser feito um combate constante a insetos e roedores e ainda, um giro dosestoques, usando-se primeiro o produto mais antigo.

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    TEXTO NOVO

    Organizao do Processo Produtivo

    Tem-se observado uma crescente profissionalizao do setor de farinha de mandiocanos ltimos anos. Apesar da informalidade, muitas empresas tm se organizado eadquirido equipamentos que melhoram o processo produtivo. Ao acompanhar estemovimento de profissionalizao, o empresrio aumentar suas possibilidades deinsero no mercado.

    O processo produtivo compreende as seguintes operaes:

    Colheita da Mandioca

    As razes de mandioca para fabricao de farinha e polvilho so colhidas com a idadede 16 a 20 meses, entre abril e agosto, quando apresentam o mximo derendimento.?O processamento deve acontecer logo aps a colheita ou no prazomximo de 36 horas, para evitar perdas, escurecimento, resultando em produto dequalidade inferior, pois logo aps a colheita, inicia-se o processo de fermentao dasrazes.?Devem ser evitados atritos e esfolamentos das razes, o que provocaria o incioda fermentao, tambm resultando em produto de qualidade inferior.

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    Em uma pequena unidade industrial, onde o consumo de matria-prima se far nomesmo dia da colheita, a armazenagem poder ser a cu aberto, tendo-se o cuidadode determinar um local apropriado e de fcil acesso, preferencialmente junto smquinas lavadoras.

    Lavagem e descascamento

    As razes devem ser lavadas para eliminar a terra aderida sua casca e evitar apresena de impurezas que prejudicam a qualidade do produto final.?Odescascamento elimina as fibras presentes nas cascas, as substancias tnicas, queescurecem a farinha, e parte do cido ciandrico que se concentra em maior proporonas entrecascas.?O descascamento pode ser manual, feito com facas afiadas ouraspador, ou mecnico, utilizando-se do descascador cilndrico ou em forma deparafuso.?Aps o descascamento manual, as razes devem ser novamente lavadaspara retirar as impurezas a elas agregadas durante o processo.?No descascadormecnico, a lavagem e o descascamento so feitos ao mesmo tempo, atravs do atritodas razes entre si e delas com as paredes do equipamento, com fluxo contnuo degua.?A lavagem e o descascamento bem feitos resultam na obteno de farinha demelhor qualidade.?Um adulto descasca, em mdia, 250 kg de razes de mandioca em8 horas de trabalho.

    Ralao das Razes

    A ralao feita para que as clulas das razes sejam rompidas, liberando os grnulosde amido e permitindo a homogeneizao da farinha.?A ralao normalmente feitaem cilindro provido de eixo central com serrinhas.? As serras do cilindro no devem terdentes tortos, faltantes, gastos ou enferrujados, pois isto interfere no rendimento doproduto final.?Os dentes das serrinhas se desgastam com o uso, por isso,periodicamente deve-se regular o espao entre o cilindro e o chassi do ralador.?Oajuste do eixo e das polias e a manuteno das serras so indispensveis parahomogeneizao da massa, definio da granulometria e aumento do rendimento doproduto.

    Pontos importantes a serem observados na ralao da mandioca:?- ajustamento docilindro?- rotao adequada?- serrinhas em bom estado?- polia

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    Prensagem da Massa Ralada

    A prensagem deve acontecer logo aps a ralao, para impedir a fermentao e oescurecimento da farinha. realizada em prensas manuais de parafuso ou em prensashidrulicas e tem como objetivo reduzir, ao mnimo possvel, a umidade presente namassa ralada para impedir o surgimento de fermentaes indesejveis, economizartempo e combustvel na torrao, e possibilitar uma torrao sem formao excessivade grumos.?A gua resultante da prensagem da massa ralada chamada"manipueira" e muito txica e poluente.?Uma tonelada de mandioca produz cerca de300 litros de "manipueira".? A manipueira precisa receber um tratamento adequadopara evitar a contaminao dos rios terrenos vizinhos unidade de processamento.

    Esfarelamento/Peneiragem:

    Ao sair da prensa, a massa ralada est compactada, havendo necessidade de seresfarelada para permitir a peneiragem. Esse esfarelamento pode ser feitomanualmente ou atravs do esfarelador ou ralador. Em seguida passa-se a massa napeneira, na qual ficaro retidas as fraes grosseiras contidas na massa, chamadacrueira crua, que podem ser utilizadas na alimentao de animais.?O crivo ou malhada peneira vai determinar a granulometria da farinha.?

    Torrao?:

    Aps o esfarelamento/peneiragem, a massa colocada em bateladas, no forno paraeliminao do excesso de gua e gelatinar parcialmente o amido, por um perodoaproximado de 20 minutos, com o forneiro mexendo a massa com o auxlio de um rodode madeira, de cabo longo e liso.?Em seguida, a farinha vai sendo colocada empequenas quantidades em outro forno para uniformizao da massa e torrao final.?Oforneiro, com o auxlio de um rodo de madeira, vai mexendo, uniformemente, at asecagem final da farinha, que em torno de 13% de umidade.?Os fornos de secagemdevem estar localizados em locais com paredes para proteger o forneiro e a farinhacontra chuvas e ventos.?A torrao tem grande influncia sobre o produto final, porquedefine a cor, o sabor e a durabilidade da farinha e deve ser realizada no mesmo dia daralao das razes.

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    Classificao/Empacotamento/Pesagem:

    ?Durante a torrao e o resfriamento da farinha, acontece a formao de grumos,devido gomagem da fcula.?Para a obteno de um produto homogneo, utiliza-sepeneira com crivo que permita a obteno da farinha com a granulometria desejada,em funo das exigncias do mercado.?O empacotamento feito em sacos de 45 kg,quando se destina venda por atacado, e de 0,5 e 1,0 kg para venda no varejo, sendorecomendado o uso de saco plstico ou de papel kraft.

    Armazenagem da Farinha: ?A farinha deve ser armazenada em local seco e ventilado, exclusivo para essafinalidade. Os sacos devem estar colocados sobre estrados ou grades e empilhadoscom espao entre as embalagens.?A rea de armazenagem deve ter pisos e paredeslavveis, teto de laje ou PVC e cobertura com telha.?Deve ser feito um combateconstante a insetos e roedores e ainda, um giro dos estoques, usando-se primeiro oproduto mais antigo.

    10. Automao

    Grande parte das casas de farinha no Brasil possui um sistema simplificado, e porvezes rstico, de produo. No entanto, uma tecnologia mais sofisticada podeaumentar os rendimentos. Para emitir certificados de denominao de origem tambm necessrio recorrer tecnologia para garantir que os produtos sejam oriundos deuma rea geogrfica especfica, atravs do rastreamento da produo. Para acomercializao, possvel divulgar o produto na internet e realizar a distribuioatravs de lojas on-line.

    Tal como apresentado anteriormente no tpico Estrutura, existem uma srie deequipamentos que so necessrios para se produzir a partir de determinadaquantidade de farinha. A necessidade e o grau de automao esto diretamenterelacionados com porte do empreendimento que se pretende montar.

    Outros equipamentos alm das mquinas para produo so sugeridos. Sugerimos aaquisio de computadores, mveis e equipamentos que dem suporte a um escritrio.Sugerimos tambm a aquisio de um software de gerenciamento para integrar as

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    Canais de D

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    informaes operacionais, financeiras e gerenciais para auxiliar no controle daproduo e de estoques. Internet tambm uma excelente ferramenta que pode gerarvrios benefcios como permanentes atualizaes no setor, possibilidade deagendamento de clientes quando for o caso, facilidade de busca de alternativas defornecedor e mesmo de efetivao de encomendas.

    O mercado dispe de diversos sistemas em diversos nveis de sofisticao paragerenciamento. Esses softwares possibilitam o controle do agendamento de clientes,cadastro e histrico de servios prestados a cada cliente, servio de mala direta paraclientes e potenciais clientes, controle de estoque de produtos, cadastro deequipamentos, gerenciamento de servios dos empregados, controle decomissionamento, controle de contas a pagar e a receber, fornecedores, folha depagamento, fluxo de caixa, fechamento de caixa, entre outras atividades.

    11. Canais de Distribuio

    Os canais de distribuio so tambm chamados de canais de marketing ou canais decomercializao. As decises de escolha dos canais de distribuio esto entre asmais complexas e desafiadoras, pois cada sistema de canal geral um nvel de vendase custos.

    A distribuio precisa levar o produto ao lugar certo atravs dos canais de distribuioadequados para no deixar faltar nenhum produto no mercado. A distribuio pode ser:exclusiva, seletiva ou intensiva.

    Para estruturas de fbricas de farinha de mandioca, os canais de distribuio so asempresas locais e exportaes regionais.

    Os principais meios de distribuio da farinha de mandioca so:

    - Atacado: possui em sua linha milhares de produtos e a distribuio intensiva. Sorepresentados por grandes atacados, cerealistas, etc.;

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    istribuio / Investimento

    - Distribuidor: trabalha com poucos produtos, sendo a distribuio exclusiva ouseletiva;

    -Varejo: o canal de tem relacionamento direto com os consumidores, por este motivocompra em grandes quantidades e as vendas so fracionadas. considerado o maisimportante canal de distribuio, so representando por: supermercados, bares,mercearias, padarias, etc..

    12. Investimento

    Apresentamos uma relao de itens a serem empregados na montagem de umafbrica de farinha e seus valores de referncia. ?O valor do investimento inicial irvariar conforme o porte do empreendimento, o percentual de produo prpria e daformao do estoque inicial. ?

    - 01 lavador e descascador de mandioca: R$ 9.100,00

    - 02 raladores e trituradores de mandioca: R$ 15.200,00

    - 01 peneira eltrica: R$ 3.100,00

    - 01 prensa eltrica: R$ 10.100,00

    ?- 01 forno mecanizado: R$ 8.700,00

    - 03 cochos para armazenagem de farinha: R$ 4.150,00

    ?- 01 desintegrador (moinho): R$ 3.800,00

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    apital de Giro

    - 01 balana com base e plataforma em ferro: R$ 900,00

    - 01 conjunto para empacotamento de farinha: R$ 33.500,00

    Investimento total: R$ 88.550,00

    13. Capital de Giro

    O capital de giro so os recursos financeiros, prprios ou de terceiros, necessriospara manter as atividades operacionais da empresa, o montante de recursosfinanceiros que a empresa precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. Ocapital de giro funciona com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) daempresa para suportar as oscilaes de caixa. A gesto do capital de giro quedetermina a capacidade de saldar os compromissos de curto prazo, como compras dematrias-primas, pagamento de fornecedores, processo produtivo, os estoques, asvendas, a concesso de crdito, o pagamento de salrios, os impostos e demaisencargos.

    O capital de giro regulado pelos prazos praticados pela empresa, so eles: prazosmdios recebidos de fornecedores (PMF); prazos mdios de estocagem (PME) eprazos mdios concedidos a clientes (PMCC).

    Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem,maior ser sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mnimosregulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito anecessidade de imobilizao de dinheiro em caixa.

    Alguns fatores contribuem para a reduo da necessidade de capital de giro dasempresas. Entre eles, podem-se destacar aumentos dos prazos para pagamento de

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    apital de Giro

    fornecedores, reduo dos prazos de recebimentos de clientes e reduo dos nveis deestoque. importante observar que a gesto dos estoques no se limita s questesrelativas ao capital de giro e merece um cuidado especial.

    Se o prazo mdio recebido dos fornecedores de matria-prima, mo- de-obra, aluguel,impostos e outros forem maiores que os prazos mdios de estocagem somada aoprazo mdio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade decapital de giro ser positiva, ou seja, necessria a manuteno de dinheiro disponvelpara suportar as oscilaes de caixa. Neste caso um aumento de vendas implicatambm em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado daempresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar estanecessidade do caixa.

    Se ocorrer o contrrio, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maioresque os prazos mdios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes parapagamento, a necessidade de capital de giro negativa.Neste caso, deve-se atentarpara quanto do dinheiro disponvel em caixa necessrio para honrar compromissosde pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizaesexcessivas podero fazer com que a empresa venha a ter problemas com seuspagamentos futuros.

    Um fluxo de caixa, com previso de saldos futuros de caixa deve ser implantado naempresa para a gesto competente da necessidade de capital de giro. S assim asvariaes nas vendas e nos prazos praticados no mercado podero ser geridas compreciso.

    O desafio da gesto do capital de giro deve-se, principalmente, ocorrncia dosfatores a seguir:?- Variao dos diversos custos absorvidos pela empresa;?- Aumentode despesas financeiras, em decorrncia das instabilidades desse mercado;?- Baixovolume de vendas;?- Aumento dos ndices de inadimplncia;?- Altos nveis deestoques;

    Um bom nmero, que pode ser melhor analisado com um estudo mais detalhado donegcio, gira em torno de 30 a 40% do total de ativos da empresa.

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    ustos

    14. Custos

    A palavra custo possui significado muito abrangente, no caso da indstria de farinha demandioca utilizamos o custo industrial, que compreende a soma dos gastos com bense servios aplicados ou consumidos na produo de outros bens (RIBEIRO, 2001).Para entender melhor este conceito necessrio conhecer o significado de gastos,investimentos, custos, despesas e desembolsos. Toda vez que a empresa industrialpretende obter bens, seja para uso, troca, transformao ou consumo, ou ainda utilizaralgum tipo de servio, ela efetua um gasto.

    Os gastos podem ser efetuados vista ou a prazo. Quando, por exemplo, no momentoda obteno do bem ocorre o respectivo pagamento, dizemos que o gasto ocorreu vista, pois houve desembolso de numerrio. Se, por outro lado, no momento dacompra no ocorreu pagamento, o qual ser feito posteriormente, dizemos que o gastoocorreu a prazo, pois no houve desembolso de numerrio no momento da compra.

    O desembolso, que se caracteriza pela entrega do numerrio, pode ocorrer antes(pagamento antecipado), no momento (pagamento vista) ou depois (pagamento aprazo) da ocorrncia do gasto. Os gastos que se destinam obteno de bens de usoda empresa (computadores, mveis, mquinas, ferramentas, veculos etc.) soconsiderados investimentos.

    Quando os gastos so efetuados para a obteno de bens e servios que soaplicados na produo de outros bens, esses gastos correspondem a custos. Quandoos gastos so efetuados para obteno de bens ou servios aplicados na reaadministrativa, comercial ou financeira, visando direta ou indiretamente obteno dereceitas, esses gastos correspondem a despesas.

    O cuidado na administrao e reduo de todos os custos envolvidos na compra,produo e venda de produtos ou servios que compem o negcio, indica que oempreendedor poder ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar comoponto fundamental a reduo de desperdcios, a compra pelo melhor preo e ocontrole de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance deganhar no resultado final do negcio.?Os custos relativos produo de farinha demandioca so:

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    ?- Custos fixos (ocorrem independentemente da produo e vendas):

    - salrios + encargos sociais (mo-de-obra indireta) R$ 724,00 + 75%Encargos/Funcionrio de Cho de Fbrica?

    - honorrio da contabilidade R$ 724,00/ms

    ?- depreciao - Utilizar 36 meses como referncia para depreciar

    - aluguel R$ 2.800,00

    - manuteno R$ 500,00

    - material de expediente R$ 150,00

    ?- outros (10% sobre a soma) para margem de gastos imprevistos

    Custos variveis (variam proporcionalmente ao volume de produo e vendas):

    -matrias-primas

    ?- mo-de-obra direta e encargos

    - materiais secundrios

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    ustos / Diversificao/A

    gregao de Valor

    - embalagens

    - insumos

    - impostos

    - fretes

    - comisses sobre vendas.

    15. Diversificao/Agregao de Valor

    As principais formas de agregar valor farinha de mandioca so por meio dadiversificao do produto e da embalagem. Normalmente as farinhas de mandioca socomercializadas em embalagens plsticas, com pesos de 500 gramas e 1 quilo.Algumas empresas j esto embalando a sua farinha em embalagens metalizadaspara agregar valor.

    Quanto diversificao do produto, alm da farinha de mandioca crua, seca, fina,branca, pode-se difundir a idia da comercializao da farinha de mandioca fina, com ofoco voltado para o preparo de alimentos que hoje so usados a farinha de trigo, ondea substituio pela farinha de mandioca dar aos alimentos um novo sabor e umamelhor homogeneidade.

    Outra forma de facilitar a vida das donas de casa a produo de mistura pronta parabolos de farinha de mandioca com fermento, com sabores de chocolate, laranja,baunilha, um jeito rpido e fcil para o preparo de bolos. A farinha de mandiocatemperada (farofa) tambm outra forma e um diferencial para atender o mercado queutilizam em churrascos, confraternizaes e no cotidiano como nas refeies do dia adia dos consumidores. Tambm a farinha de mandioca colorida e enriquecida comvitaminas poder ser desenvolvida para despertar a ateno do consumidor infantil,alm da aquisio do poder pblico para utilizao na merenda escola.

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    ivulgao

    16. Divulgao

    Uma vez que a produo de farinha de mandioca normalmente no inclui a fabricaode produtos derivados, a comunicao com o mercado um pouco mais difcil. Nessescasos a explorao das caractersticas distintas de cada produtor, nas farinhasespeciais ou temperadas, pode ser uma forma de divulgao mais interessante para aagregao de valor e comunicao com o mercado. Os impulsionadores das vendasso no s o contato pessoal entre os agentes envolvidos na cadeia, mas tambm adisponibilidade do produto diante das demandas. Assim, a comunicao no est detodo ausente na comercializao de farinha de mandioca. De nada adianta um bomatendimento, um bom servio e uma boa entrega se seus potenciais clientes no lheconhecem. E como eles iro conhec-lo? Atravs da propaganda. Da divulgao doseu nome e de sua marca.

    Um importante meio de contato entre produtores e compradores so as feiras denegcios.

    A divulgao na internet uma tima forma para alcanar o pblico-alvo e, dessaforma aumentar as vendas. Para que isso ocorra, primeiramente necessrio ter umsite da sua indstria de farinha de mandioca. Um bom site pode ser tornar a principalvitrine do seu negcio, bastam ver quais so os caminhos que os usurios percorrempara buscar informaes atualmente, e o tradicional catlogo telefnico esta ficandoobsoleto. Mas isso no significa que os internautas cheguem l sozinhos. Uma vezcriada a pgina na web (site) e colocada online, necessrio garantir que os usuriosinteressados em seu negcio consigam encontr-la na web, sendo os mecanismos debuscas considerados uma das melhores mdias digitais, que alm de custo zero,podem ser posicionados estrategicamente para que seu site aparea nas pginas dosbuscadores.

    No caso do Brasil o foco sempre o Google. Tambm podero ser utilizados linkspatrocinados, paga-se ao buscador para que seu anncio aparea na primeira pginaquando buscarem pelo produto ou servio que voc vende. Tambm as redes sociaisso importantssimas em qualquer estratgia online, pois com ela voc pode criar suaprpria mdia diminuindo o investimento e publicidade e aumentando orelacionamento com os clientes. A principal mdia social para empresas o blog.

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    ivulgao / Informaes Fiscais e Tributrias

    O empresrio deve separar um percentual financeiro para a divulgao da empresa.Deve tambm saber quais so os principais canais de divulgao e quais so os maisadequados para o seu negcio.

    H vrias formas de divulgao de um negcio ou marca, que so: panfletos, ms,propagandas em jornais, revistas, guias, TV e tambm h a assessoria de imprensa.Contudo, para cada tipo de negcio ou de empresa, h uma forma adequada dedivulgao.

    Cuidado com a escolha na divulgao. Uma divulgao inadequada pode no gerar oretorno esperado e levar a empresa falncia. Porm, se a divulgao forsuperdimensionada e gerar uma procura maior que a esperada tambm serprejudicial, pois, o empresrio no dar conta da demanda, atrasando as entregas emaculando a sua imagem quanto pontualidade na entrega do servio.

    O conselho mais bvio a ser dado : na hora de fazer a divulgao da sua marca,procure um profissional da rea para estudarem juntos quais so as melhores opesde divulgao de acordo com o oramento da sua empresa.

    17. Informaes Fiscais e Tributrias

    O segmento de FBRICA DE FARINHA DE MANDIOCA, assim entendido pelaCNAE/IBGE (Classificao Nacional de Atividades Econmicas) 1063-5/00 como aatividade de fabricao de farinha de mandioca, poder optar pelo SIMPLES Nacional -Regime Especial Unificado de Arrecadao de Tributos e Contribuies devidos pelasME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), institudo pela LeiComplementar n 123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade noultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa, R$3.600.000,00 (trs milhes e seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte erespeitando os demais requisitos previstos na Lei.

    Nesse regime, o empreendedor poder recolher os seguintes tributos e contribuies,por meio de apenas um documento fiscal o DAS (Documento de Arrecadao doSimples Nacional), que gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/):

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    ivulgao / Informaes Fiscais e Tributrias

    IRPJ (imposto de renda da pessoa jurdica); CSLL (contribuio social sobre o lucro); PIS (programa de integrao social); COFINS (contribuio para o financiamento da seguridade social); ICMS (imposto sobre circulao de mercadorias e servios); INSS (contribuio para a Seguridade Social relativa a parte patronal).

    Conforme a Lei Complementar n 123/2006, as alquotas do SIMPLES Nacional, paraesse ramo de atividade, variam de 4,5% a 12,11%, dependendo da receita brutaauferida pelo negcio. No caso de incio de atividade no prprio ano-calendrio daopo pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinao da alquota no primeiroms de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais aonmero de meses de atividade no perodo.

    Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade concederbenefcios tributrios para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esseimposto), a alquota poder ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderocorrer reduo quando se tratar de PIS e/ou COFINS.

    Se a receita bruta anual no ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), oempreendedor, desde que no possua e no seja scio de outra empresa, poderoptar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para seenquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme atabela da Resoluo CGSN n 94/2011 - Anexo XIII(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm ).Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuies sero efetuados em valoresfixos mensais conforme abaixo:

    I) Sem empregado 5% do salrio mnimo vigente - a ttulo de contribuio previdenciria doempreendedor; R$ 1,00 mensais de ICMS Imposto sobre Circulao de Mercadorias.

    II) Com um empregado: (o MEI poder ter um empregado, desde que o salrio seja deum salrio mnimo ou piso da categoria)

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    Geral

    O empreendedor recolher mensalmente, alm dos valores acima, os seguintespercentuais: Retm do empregado 8% de INSS sobre a remunerao; Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remunerao do empregado.

    Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI ter seuempreendimento includo no sistema SIMPLES NACIONAL.

    Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opo pelo SIMPLES Nacional sempreser muito vantajosa sob o aspecto tributrio, bem como nas facilidades de abertura doestabelecimento e para cumprimento das obrigaes acessrias.

    Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alteraes das LeisComplementares ns 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resoluo CGSN - ComitGestor do Simples Nacional n 94/2011.

    18. Eventos

    Festa da Mandioca de Santa Maria da Serra SP - realizada na segunda semana dejulho.

    Festa Feira realizada na primeira semana de maio em Morretes/PR;

    19. Entidades em Geral

    ABAM Associao Brasileira dos produtores de Amido de Mandioca?Site:www.abam.com.br

    ABIA Associao Brasileira das Indstrias da Alimentaohttp://www.abia.org.br/vst/defalt.a sp

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    Geral

    ABIMAQ- Associao Brasileira da Indstria de Mquinas e Equipamentos?http://www.abimaq.org.br

    ANVISA -Agncia Nacional de VigilnciaSanitria?http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/ANVISA/home

    CERAT - Centro de Razes e Amidos Tropicais http://www.unesp.br

    EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria?Site: www.embrapa.br

    MANDIOCA BRASIL - www.mandioca.agr.br

    MINISTRIO DA AGRICULTURA, PECURIA EABASTECIMENTO?Site:www.agricultura.gov.br

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    ormas Tcnicas

    20. Normas Tcnicas

    Norma tcnica um documento, estabelecido por consenso e aprovado por umorganismo reconhecido que fornece para um uso comum e repetitivo regras, diretrizesou caractersticas para atividades ou seus resultados, visando a obteno de um grautimo de ordenao em um dado contexto. (ABNT NBR ISO/IEC Guia 2).

    Participam da elaborao de uma norma tcnica a sociedade, em geral, representadapor: fabricantes, consumidores e organismos neutros (governo, instituto de pesquisa,universidade e pessoa fsica).

    Toda norma tcnica publicada exclusivamente pela ABNT Associao Brasileira deNormas Tcnicas, por ser o foro nico de normalizao do Pas.

    1. Normas especficas para uma Fbrica de farinha de mandioca

    ABNT NBR 15635:2008 - Servios de alimentao - Requisitos de boas prticashiginico-sanitrias e controles operacionais essenciais.

    Esta Norma especifica os requisitos de boas prticas e dos controles operacionaisessenciais a serem seguidos por estabelecimentos que desejam comprovar edocumentar que produzem alimentos em condies higinico sanitrias adequadaspara o consumo.

    ABNT NBR ISO 22000:2006 Verso Corrigida:2006 - Sistemas de gesto dasegurana de alimentos - Requisitos para qualquer organizao na cadeia produtiva dealimentos

    Esta Norma especifica requisitos para o sistema de gesto da segurana de alimentos,

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    ormas Tcnicas

    onde uma organizao na cadeia produtiva de alimentos precisa demonstrar suahabilidade em controlar os perigos, a fim de garantir que o alimento est seguro nomomento do consumo humano.

    2. Normas aplicveis na execuo de uma Fbrica de farinha de mandioca

    ABNT NBR 15842:2010 - Qualidade de servio para pequeno comrcio Requisitosgerais.

    Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda eservios adicionais nos estabelecimentos de pequeno comrcio, que permitamsatisfazer as expectativas do cliente.

    ABNT NBR 12693:2010 Sistemas de proteo por extintores de incndio.

    Esta Norma estabelece os requisitos exigveis para projeto, seleo e instalao deextintores de incndio portteis e sobre rodas, em edificaes e reas de risco, paracombate a princpio de incndio.

    ABNT NBR 5626:1998 - Instalao predial de gua fria.

    Esta Norma estabelece exigncias e recomendaes relativas ao projeto, execuo emanuteno da instalao predial de gua fria. As exigncias e recomendaes aquiestabelecidas emanam fundamentalmente do respeito aos princpios de bomdesempenho da instalao e da garantia de potabilidade da gua no caso deinstalao de gua potvel.

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    ABNT NBR 5410:2004 Verso Corrigida: 2008 - Instalaes eltricas de baixa tenso.

    Esta Norma estabelece as condies a que devem satisfazer as instalaes eltricasde baixa tenso, a fim de garantir a segurana de pessoas e animais, o funcionamentoadequado da instalao e a conservao dos bens.

    ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013 - Iluminao de ambientes de trabalho - Parte 1:Interior.

    Esta Norma especifica os requisitos de iluminao para locais de trabalho internos e osrequisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente,com conforto e segurana durante todo o perodo de trabalho.

    ABNT NBR IEC 60839-1-1:2010 - Sistemas de alarme - Parte 1: Requisitos gerais -Seo 1: Geral.

    Esta Norma especifica os requisitos gerais para o projeto, instalao, comissionamento(controle aps instalao), operao, ensaio de manuteno e registros de sistemas dealarme manual e automtico empregados para a proteo de pessoas, de propriedadee do ambiente.

    21. Glossrio

    rea de armazenamento de casca: Espao isolado do processo, coberto e arejado,com piso levemente inclinado (cinco graus) que permita o escoamento dos resduoslquidos para a canalizao condutora s lagoas de tratamento;

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    rea Limpa: rea de processamento compreendida entre as etapas de triturao eresfriamento. Nessa rea, as portas e janelas devem possuir proteo por meio detela, para evitar a entrada de insetos e roedores, assim como permitir uma boaventilao. Os pisos e paredes devem per-mitir a lavagem, e as paredes, revestidascom material impermevel e antiaderente, devem ser brancas.

    rea suja: Destina-se ao recebimento, descascamento e lavagem das razes. Um dosseus requisitos que seja uma rea coberta, arejada e cuja limpeza seja de fcilmanuteno.

    Batelada: Carga que pode levar um batel. / Pop. Grande quantidade;

    Boas prticas de fabricao Regulamentao para garantir a qualida-de do processode produo e o controle dos fatores de risco sade do consumidor, com base nosinstrumentos harmonizados no MERCOSUL.

    Crivo: Peneira de fio metlico; joeira. / Ralo. / Coador

    Crueira: Resduo da fabricao da farinha de mandioca que, por serem grossosdemais, no passam na peneira.

    Descascamento: processo de retirada de cascas;

    Fermentao: Ao de fermentar. / Transformao qumica devida presena de umfermento./ Efervescncia gasosa derivada dessa transformao.

    Granulometria: Classificao de um produto pulverulento de acordo com os diversostamanhos de gros que o compem;

    Grnulos: fraes de gros;

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    Homogeneizao: Disperso de partculas numa emulso, Estas ficam to pequenasque no podem ser separadas;

    Lagoa de tratamento: rea destinada ao tratamento de efluentes.

    Manipueira: Lquido gerado a partir da prensagem da massa da mandioca ralada, txico e poluente, o que exige tratamento adequado antes de seu descarte;

    Prensa: Mquina manual ou mecnica para comprimir uma coisa entre as suas duaspeas principais;

    Processo: Maneira pela qual se realiza uma operao, segundo deter- minadasnormas

    Pulverulento: que se reduz a p;

    Torrao: Ato ou operao de torrar.

    22. Dicas de Negcio

    Algumas dicas para o sucesso do empreendimento:

    - Estar atento com o mercado; ?

    - Algumas tendncias de mercado: mercado de produtos orgnicos, denominao deorigem tendncia de mercado que remunera, de maneira diferenciada, produtos com

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    uma certificao de origem reconhecida atravs de selo que assegura uma garantia deprocedncia;?-Os produtos da mandioca tm demanda constante no mercado,variando conforme os preos. No entanto, o carter cultural contribui para seu altoconsumo interno. Os derivados j possuem maior potencial de valorizao epossibilidade de exportao; ?

    - Conhecer e avaliar novos equipamentos, capazes de produzir com alta qualidade ebaixos custos operacionais, tornando seu produto competitivo no mercado;?- Manter emelhorar o padro de qualidade e uniformidade do produto; ?

    - Observar os aspectos legais que envolvem o empreendimento, tais como registros einscries nos rgos pblicos pertinentes; ?

    - Preparar-se para a conduo do negcio atravs do desenvolvimento de suashabilidades gerenciais e da formao dos seus funcionrios.;

    - Manter seus funcionrios sempre treinados e atualizados sobre seus produtos;?

    - Reservar parte do seu oramento para divulgao dos seus produtos;?

    - Manter uma poltica de valorizao dos seus funcionrios;?

    - Tentar sempre reduzir custos, mas ter cuidado pra no comprometer a qualidade doproduto;?

    - Montar uma rede de fornecedores de matria-prima, visando no ter dificuldades comesse importante e fundamental item;?

    - Para esse segmento o fornecimento de energia eltrica fundamental, por issomesmo dever ser suficiente e ininterrupto;?

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    - Deve buscar sempre ter disponibilidade de mo-de-obra para processamento eampliao de produo; ?

    - Estar muito prximo dos meios de escoamento da produo e chegada de matria-prima, por exemplo, rodovias, ferrovias, etc..

    23. Caractersticas

    - Pesquisar e observar permanentemente o mercado onde est instalado, promovendoajustes e adaptaes no negcio;

    - Observar as tendncias do mercado;

    - Acompanhar o desempenho dos concorrentes;

    - Ter facilidade para identificar fornecedores para o seu negcio;

    - Saber negociar, vender e manter clientes satisfeitos;

    - Ter viso clara de onde quer chegar;

    - Planejar e acompanhar o desempenho da empresa;

    - Ter coragem para assumir riscos calculados;

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    - Estar sempre disposto a inovar e promover mudanas;

    - Ter grande capacidade para perceber novas oportunidades e agir rapidamente paraaproveit-las.

    - Saber utilizar recursos existentes de forma racional e econmica;

    - Manter ambiente de trabalho limpo e organizado;

    - Planejar e programar a produo diria, determinando operaes e etapas a seremrealizados, recursos necessrios e custos previstos;

    - Prever pontos crticos inerentes ao processo de fabricao de farinha de mandioca;

    - Elaborar oramentos;

    - Selecionar e preparar mquinas, equipamentos, utenslios e materiais a seremutilizados;

    - Selecionar, pesar e medir insumos;

    - Interagir com pessoas envolvidas no processo;

    - Ser bom comunicador, simptico, atencioso com os clientes;

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    - Gostar e conhecer bem o ramo de negcio;

    -Participar de feiras e eventos do ramo de negcio;

    -Atualizar constantemente seus conhecimentos atravs da participao em cursos;

    - Saber administrar todas as reas internas da empresa;

    - Ter habilidade para liderar sua equipe de profissionais;

    - Boa presena apresentao higiene pessoal.

    24. Bibliografia

    ANVISA - Agencia Nacional de Vigilncia sanitria, 2014. Legislao em vigilnciasanitria. Disponvel em http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Alimentos/Assuntos+de+Interesse/Legislacao> Acesso em 18de Julho de 2014;

    CONCEIO, Antonio Jos da. A mandioca. 3 ed. So Paulo: Nobel, 1987.

    EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria, 2014. Disponvel em:www.cnpmf.embrapa.br/pdu.pdf> . Acesso em 18 de Julho de 2014;

    INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais. Perfis Industriais Farinha de mandioca. www.indi.mg.gov.br. Acesso em 10 de Julho de 2014;

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  • Apresentao / A

    presentao / Mercado / Localizao / Exigncias Legais e Especficas / Estrutura /

    Pessoal / Equipamentos / M

    atria Prima/M

    ercadoria / Organizao do Processo Produtivo / A

    utomao /

    Canais de D

    istribuio / Investimento / C

    apital de Giro / C

    ustos / Diversificao/A

    gregao de Valor /D

    ivulgao / Informaes Fiscais e Tributrias / Eventos / Entidades em

    Geral / N

    ormas Tcnicas /

    INMETRO-Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, 2014. Disponvelem: http://www.i nmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC001304.pdf.) Acesso em 20 dejulho de 2014.

    RIBEIRO, O.M. Contabilidade de custos fcil.6.ed. So Paulo: Saraiva, 2001.

    SAMPAIO, Y.; COSTA, E. F.; BEZERRA, L. M. & SANTIAGO, A. D., 2005.Eficincia dacadeia produtiva da mandioca em Alagoas. Macei: SEBRAE/AL, FADE/ UFPE. 84p.

    WOILER, S. Projetos: Planejamento, elaborao, anlise. 2.ed.So Paulo: Atlas, 2010.

    25. Fonte

    No h informaes disponveis para este campo.

    26. Planejamento Financeiro

    No h informaes disponveis para este campo.

    27. Solues Sebrae

    No h informaes disponveis para este campo.

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  • Apresentao / A

    presentao / Mercado / Localizao / Exigncias Legais e Especficas / Estrutura /

    Pessoal / Equipamentos / M

    atria Prima/M

    ercadoria / Organizao do Processo Produtivo / A

    utomao /

    Canais de D

    istribuio / Investimento / C

    apital de Giro / C

    ustos / Diversificao/A

    gregao de Valor /D

    ivulgao / Informaes Fiscais e Tributrias / Eventos / Entidades em

    Geral / N

    ormas Tcnicas /

    28. Sites teis

    No h informaes disponveis para este campo.

    29. URL

    http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/Como-montar-uma-f%C3%A1brica-de-farinha-de-mandioca

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