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Apresentação à CTPP Brasília (DF), 22 de março de 2018 CANPAT 2018 Todos contra a doença ocupacional Um mal invisível e silencioso Como o MTb avalia a reforma trabalhista e seus impactos à área de SSHT Lei 13.467/17 e Lei 13.429 /17

Como o MTb avalia a reforma impactos à área CANPAT 2018 de … · (DIFICULDADES DAAUDITORIA) O que a AUDITORIA DO TRABALHO pensa sobre isso? O SESMT deverá ser instalado e desenvolver

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Apresentação à CTPPBrasília (DF), 22 de março de 2018

CANPAT 2018

Todos contra adoença ocupacional

Um mal invisível e silencioso

Como o MTb

avalia a reforma

trabalhista e seus

impactos à área

de SSHT

Lei 13.467/17

e

Lei 13.429/17

Apresentação à CTPPBrasília (DF), 22 de março de 2018

CANPAT 2018

Todos contra adoença ocupacional

Um mal invisível e silencioso

Renata Matsmoto

Auditora Fiscal do Trabalho

Chefe da Seção de

Segurança e Saúde no

Trabalho - SEGUR

SRTb/SP/MTb

Adaptação apresentações dos AFT Alex Myller Duarte Lima e Flávia Lorena Cardoso Lopes – Seminário TRT22

Histórico

I. Projeto de Lei nº 6.787/2016

• Encaminhado pelo Poder Executivo ao CongressoNacional em 23/12/2016 para alterar a CLT a Lei doTrabalho Temporário

• Pretendia (supostamente) modernizar as relações detrabalho, alavancar a oferta de empregos e facilitar oentendimento entre patrões e empregados

• Com o Relatório apresentado e votado em abril/2017,o qual incluiu dezenas de outras alterações,transformou-se no PLC nº 38/2017 – ameaça dedesmonte da proteção social ao trabalhador, comremodelação substancial da CLT

Histórico

II. Projeto de Lei da Câmara nº 38/2017

• Aprovação em 26 horas de discussão no Plenário daCâmara dos Deputados

• Alterações em mais de 200 dispositivos da CLT

• Aprovação no Senado Federal sob a promessa de“reforma da reforma” por meio de futura MedidaProvisória

III. Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista)

• Verdadeiro desmonte da proteção social aotrabalhador, com a remodelação substancial daCLT

IV. MP nº 808/2017

– Expirou em 23 abril 2018

– governo federal promete outra Medida Provisória

ou editar decreto para substituir a MP 808

– Alterava a Lei 13.467/2017 em temas como:

trabalho intermitente e autônomo, as condições de

trabalho para grávidas e lactantes e jornada 12x36.

– Assegurava a aplicação a todos os contratos e

processos judiciais em curso (motivação

principal)

Histórico

E agora ???

A reforma trabalhista, junto com a terceirização

ilimitada, deve:

- aumentar os casos de acidentes e adoecimentos ocupacionais;

- dificultar o cumprimento de algumas normas de SST;

Como aplicar a NR 05 nos estabelecimentos diante da terceirização?

Como aplicar as normas de segurança no teletrabalho (domicílio)?

Como aplicar as normas de segurança no trabalho intermitente?

•Terceirização

• Trabalho insalubre para

grávidas e lactantes

•Teletrabalho

• Trabalho de empregados

intermitentes

• Acordado sobre o legislado

Mudanças que mais repercutirão na área de SST:

Jornada de trabalho

Intervalo intrajornada

Insalubridade

Terceirização x SST

“Art. 5o-A da Lei no 6.019 Contratante é a pessoa física ou

jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de

serviços relacionados a quaisquer de suas atividades,

inclusive sua atividade principal. (redação pela Lei 13.467)

“Art. 5o-C da Lei no 6.019 Não pode figurar como contratada, nos

termos do art. 4o-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou

sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à

contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo

empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem

aposentados. (incluído pela Lei 13.467)

“Art. 5o-D da Lei no 6.019 O empregado que for demitido não

poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de

empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso

de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do

empregado.” (incluído pela Lei 13.467)

“Art. 4o-C da Lei no 6.019 São asseguradas aos empregados

da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4o-A

desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de

qualquer uma das atividades da contratante, forem

executados nas dependências da tomadora, as mesmas

condições: (incluído pela Lei 13.467)

I - relativas a:

a) alimentação garantida aos empregados da contratante,

quando oferecida em refeitórios;

b) direito de utilizar os serviços de transporte;

c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas

dependências da contratante ou local por ela designado;

d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando

a atividade o exigir.

II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de

segurança no trabalho e de instalações adequadas à

prestação do serviço.

O que pode acontecer?

• Possibilidade da empresa contratante não ter

empregados com esvaziamento das normas

de SST

• Possibilidade das empresas contratadas não

cumprirem com as normas de SST

Nossos desafios?

• Conseguir efetividade em manter ambiente

de trabalho seguro e salubre

• Frear o aumento de acidentes e doenças do

trabalho

O que a AUDITORIA DO TRABALHO pensa sobre isso?

Considerando que o meio ambiente de trabalho é de

gerenciamento exclusivo do contratante e de uso comum

a todos os que prestam serviço em favor do mesmo (não

podendo haver nenhuma espécie de prática discriminatória

no local de trabalho), somado ao direito à saúde e à falta de

qualquer ingerência do trabalhador sobre o mesmo, fica

evidente a obrigação do contratante em zelar pela saúde e

segurança de todos os que laboram em seu

estabelecimento ou em favor deste. (DIFICULDADES)

O que a AUDITORIA DO TRABALHO pensa sobre isso?

A empresa contratante deve adotar as

providências necessárias para acompanhar

o cumprimento pelas empresas

contratadas que atuam no seu

estabelecimento, das medidas de

segurança e saúde no trabalho.

O que a AUDITORIA DO TRABALHO pensa sobre isso?

O PPRA deverá ser desenvolvido e implementado no âmbito

das empresas e instituições mesmo que não possuam

trabalhadores como empregados, mas desde que haja no local

trabalhadores em atividade laboral em favor do contratante,

devendo o mesmo ser pautado não pela qualidade do vínculo

laboral, mas sim pela presença de riscos ambientais e exposição

da saúde do trabalhador (2ª Jornada da ANAMATRA).

(DIFICULDADES DA AUDITORIA)

O que a AUDITORIA DO TRABALHO pensa sobre isso?

O SESMT deverá ser instalado e desenvolver

suas atividades alcançando todos os empregados

do estabelecimento (sejam eles empregados

diretos ou terceirizados), sendo possível a

instituição de SESMT COMUM nos termos da NR

04.

(DIFICULDADES)

Trabalho Insalubre para grávidas e gestantes

“Art. 394-A da Lei 13.467 - Sem prejuízo de sua

remuneração, nesta incluído o valor do adicional de

insalubridade, a empregada deverá ser afastada de:

I - atividades consideradas insalubres em grau máximo,

enquanto durar a gestação;

II - atividades consideradas insalubres em grau médio ou

mínimo, quando apresentar atestado de saúde, emitido por

médico de confiança da mulher, que recomende o

afastamento durante a gestação;

III - atividades consideradas insalubres em qualquer grau,

quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico

de confiança da mulher, que recomende o afastamento

durante a lactação.

Trabalho Insalubre para grávidas e gestantes

“Art. 394-A da Lei 13.467 :

§ 3o Quando não for possível que a gestante ou

a lactante afastada nos termos do caput deste

artigo exerça suas atividades em local salubre

na empresa, a hipótese será considerada como

gravidez de risco e ensejará a percepção de

salário-maternidade, nos termos da Lei no 8.213,

de 24 de julho de 1991, durante todo o período de

afastamento.” (NR)

O que a reforma pretende?

• Pretensão de que a gestante e a lactante possam

continuar exercendo suas atividades como se

estivesse numa situação “normal” de sua vida.

Nossos desafios ??

• Resguardar o direito a vida e a integridade física e

psíquica do nascituro (feto) e recém-nascido;

• Não aceitar que o ônus da preservação da vida do

nascituro recaia sobre a gestante e lactante.

O que a AUDITORIA DO TRABALHO pensa sobre isso?

MEIO AMBIENTE DE TRABALHO. PROTEÇÃO DA TRABALHADORA

GESTANTE E EXPOSIÇÃO À ATIVIDADE INSALUBRE. INTERPRETAÇÃO

RESTRITIVA DO ART. 394-A DA CLT. Considerando ser o direito à vida pré-

requisito para o exercício de qualquer dos direitos inerentes ao indivíduo, e com o

intuito de proteger a integridade do nascituro, o contratante deverá comprovar

e garantir o acesso da trabalhadora gestante a médico que detenha

conhecimentos específicos acerca de saúde e segurança no trabalho, de

confiança da mesma, apto a emitir atestados desta natureza, OU deverá

manter afastada das atividades insalubres a gestante ou lactante até a

avaliação de médico competente.

Acordado com prevalência sobre o legislado

“Art. 611-A da CLT (incluído pela Lei 13.467) - A

convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho

têm prevalência sobre a lei quando, entre outros,

dispuserem sobre:

XII - enquadramento do grau de insalubridade

XII - prorrogação de jornada em ambientes

insalubres, sem licença prévia das autoridades

competentes do Ministério do Trabalho

“Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de

acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a

redução dos seguintes direitos: (incluído pela Lei 13.467)

XVII - normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em

lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho;

XXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a

menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de

dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze

anos;

XVIII - adicional de remuneração para as atividades penosas,

insalubres ou perigosas;

XX - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador;

O que a reforma pretende?

•Diminuir os custos com pagamentos

de adicionais e com medidas de

segurança

•Retirar os óbices a prorrogação de

jornadas insalubres

Reflexão

Os agravos à saúde causados pelo meio ambiente

são amplamente conhecidos. Dentre vários estudos

publicados neste sentido, a OMS (Organização

Mundial de Saúde) publicou importante relatório

onde frisa que a insalubridade mata 12,6 milhões

de pessoas por ano, apontando que 23% da

mortalidade mundial pode ser atribuída a causas

ambientais (OMS,2016).

Reflexão

Como permitir que o enquadramento da

insalubridade e prorrogação da jornada

insalubre sejam negociadas, diante das

estatísticas que temos de morte e se o

assunto é eminentemente técnico?

A ACGIH modifica constantemente os Limites de Tolerância a

favor da proteção da saúde do trabalhador, enquanto a NR-15

desde 1977 mantém os mesmos LT para os agentes químicos

relacionados.

Por ser um enquadramento técnico científico e pela defasagem de

nossa NR 15, não está ao alcance do empregador versar sobre real

enquadramento da insalubridade.

Agente químico FORMALDEÍDO

Brasil: LT de 2,3 mg/m³

Estados Unidos: LT de 0,2 mg/m³

Europa: é proibido o seu uso no processo industrial

ENQUADRAMENTO DO GRAU DE INSALUBRIDADE.

IMPOSSIBILIDADE DE REDUÇÃO. LIMITES À NEGOCIAÇÃO.

Considerando o princípio da primazia da realidade e ser a saúde um direito

de todos e dever do Estado, e ressaltando o caráter apenas indenizatório do

pagamento do adicional de insalubridade, e considerando ainda a ilicitude da

supressão ou redução dos direitos provenientes de normas de saúde, higiene e

segurança no trabalho, prevalecerá o acordado sobre o legislado sempre

que se tratar de pagamento de percentual indenizatório superior àquele

determinado na NR-15, não sendo possível a redução do referido

adicional.

O que a AUDITORIA DO TRABALHO pensa sobre

isso?

Enunciado 29 da 2ª Jornada da Anamatra

NORMAS COLETIVAS: PRINCÍPIO DA NORMA MAIS

BENÉFICA

I - Normas coletivas. Princípio da norma mais benéfica. Os

acordos coletivos firmados não prejudicarão direitos garantidos

pelas convenções coletivas de trabalho, em respeito à aplicação

do princípio da norma mais favorável (art. 7º, caput, CF). Com

efeito, a nova redação do artigo 620 da CLT, dada pela Lei

13.467/2017, não exclui a aplicação do princípio da norma mais

favorável, de orientação e aplicação no direito do trabalho.

II - Ademais, prevalece em todo caso, em relação à matéria

negociada, os princípios da proteção, e da inafastabilidade da

tutela jurisdicional.

III - A Auditoria Fiscal do Trabalho possui o dever de exigir o

cumprimento das normas laborais mais favoráveis ao

trabalhador, o que inclui a possibilidade de verificação da

aplicabilidade ou não de convenções e acordos coletivos de

trabalho sob aquela sistemática.

Desta forma, ao analisar os fatos expostos e sob a luz dos

Princípios de Direito do Trabalho e da necessidade de que o

legislador, ao elaborar uma lei, analise seus reflexos e vise à

melhoria das condições sociais e de trabalho do indivíduo,

conclui-se que para atender o dever do Estado de realizar a

efetiva proteção da saúde do trabalhador, o enquadramento

do grau de insalubridade pode ser objeto de negociação desde

que seja no sentido de majorar o pagamento do referido

adicional, e a prioridade do empregador segue na direção de

buscar sempre eliminar os referidos agentes nocivos.

“Art. 611-A da CLT - A convenção coletiva e o acordo coletivo

de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros,

dispuserem sobre: (incluído pela Lei 13.467)

I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites

constitucionais;

II - banco de horas anual;

III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta

minutos para jornadas superiores a seis horas;

Acordado com prevalência

sobre o legislado

“Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva

ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a

supressão ou a redução dos seguintes direitos:

Parágrafo único. Regras sobre duração do trabalho e

intervalos não são consideradas como normas de saúde,

higiene e segurança do trabalho para os fins do disposto

neste artigo.” (incluído pela Lei 13.467)

XVII - normas de saúde, higiene e segurança do trabalho

previstas em lei ou em normas regulamentadoras do

Ministério do Trabalho; (incluído pela Lei 13.467)

Enunciado 37 da 2ª Jornada da Anamatra

SAÚDE E DURAÇÃO DO TRABALHO

É inconstitucional o parágrafo único do art. 611-B da

CLT, pois as normas e institutos que regulam a

duração do trabalho, bem como seus intervalos, são

diretamente ligados às tutelas da saúde, higiene e

segurança do trabalho como estabelecidas pelos arts.

7º, XIII, XIV e XXII, 196 e 225 da constituição federal,

pelos arts. 3º, “b” e “e” e 5º da Convenção 155 da OIT,

pelo art. 7º, II, “b” e “d”, do PIDESC (ONU), pelo art. 7º,

“e”, “g” e “h”, do Protocolo de San Salvador (OEA), e

pelo próprio art. 58 da CLT, que limita a jornada a oito

horas diárias, sendo, assim, insuscetíveis de

flexibilização por convenção ou acordo coletivos.

Jornadas excessivas e a falta de intervalos mínimos

prejudicam a saúde dos trabalhadores, podendo até

levar à morte (Karoshi).

A auditoria do trabalho tem constatado que inúmeros

acidentes de trabalho são precedidos de longas

jornadas de trabalho ou acontecem logo em seguida

ao retorno ao trabalho quando o intervalo mínimo não

é respeitado, o que prova que a extrapolação de

jornada e a não concessão de intervalo mínimo estão

intimamente ligadas com a segurança do trabalho.

Jornada de trabalho X Limite de Tolerância (LT)

(artigo 189 da CLT na Seção XIII – Atividades

Insalubres ou Perigosas)

Procurou-se estabelecer o limite compatível com a

salubridade do ambiente em que vive o

trabalhador, para as mais diversas substâncias.

NR 15 – “Entende - se por "Limite de Tolerância", para os fins

desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou mínima,

relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente,

que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua

vida laboral”.

Art. 189 da CLT - Serão consideradas atividades ou operações

insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou

métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes

nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em

razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de

exposição aos seus efeitos.

A norma do parágrafo único do art. 611-B, portanto,

só pode então ser lida no sentido restritivo: como

reforço legal de que a Constituição, ao autorizar a

negociação exclusivamente coletiva sobre a

jornada de trabalho (art. 7º, XIII e XIV), quis

apenas possibilitar o estabelecimento de

condições mais benéficas nesse campo que,

estritamente, é infenso à negociação.

O que a AUDITORIA DO

TRABALHO pensa sobre isso?

Art. 443 § 3o Considera-se como intermitente o

contrato de trabalho no qual a prestação de serviços,

com subordinação, não é contínua, ocorrendo com

alternância de períodos de prestação de serviços e

de inatividade, determinados em horas, dias ou

meses, independentemente do tipo de atividade do

empregado e do empregador, exceto para os

aeronautas, regidos por legislação própria.” (NR)

Trabalho Intermintente

Lei 13.467

Art. 452 – A - § 5o O período de inatividade não

será considerado tempo à disposição do

empregador, podendo o trabalhador prestar serviços

a outros contratantes.

Trabalho Intermintente

Lei 13.467

Desafios

• Ausência de garantia de jornada mínima, bemcomo de renda mínima – total insegurança para otrabalhador com violação do art. 7º, IV, daCF/1988 (garantia do salário mínimo em razão dasnecessidades vitais fixas)

• Desumanização do empregado em afronta ao art.1º, III (dignidade da pessoa humana) e ao art. 1º,IV, c/c art. 170, caput (valorização social dotrabalho) da CF/1988 – máquina ligada/desligadaconforme a demanda

Trabalho Intermintente

Lei 13.467

Desafios

–Maquiagem de um contrato de trabalho – escudo parapráticas escusas como a rotatividade de mão de obrabarata ou a custo zero, com flagrante violação doart. 170, III, da CF/1988 (função social dapropriedade)

–Pretensão de “tornar reféns” os auditores-fiscais dotrabalho e os juízes diante da apresentação de umcontrato zero-hora para escapar a punições

–Possibilidade de transferência dos riscos daatividade econômica ao empregado ao vinculartotalmente a remuneração ao sucesso doempreendimento

Trabalho Intermintente

Lei 13.467

Estratégias

Enunciado 88 da 2ª Jornada daAnamatra

TRABALHO INTERMITENTE E RISCO PARATERCEIROS

O trabalho intermitente não poderá ser exercidoem atividades que possam colocar em risco a vida,a saúde e a segurança dos próprios trabalhadorese/ou de terceiros.

Video CANPAT - Doenças

Teletrabalho

‘Art. 75-B da Lei 13.467 - Considera-se teletrabalho a prestação de

serviços preponderantemente fora das dependências do

empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de

comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho

externo.

‘Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de

maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar

a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho.

Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de

responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções

fornecidas pelo empregador.’”

• Pretensão de afastar de plano as disposições

relativas à duração do trabalho previstas na CLT –

controle e registro da jornada, limitação diárias,

pagamento pelas horas extraordinárias, etc

• Possibilidade de transferência via acordo individual

do ônus da atividade econômica para o empregado

(despesas com a aquisição ou manutenção dos

equipamentos e infraestrutura, como provisão de

energia elétrica ou acesso à internet)

• Pretensão de afastar a obrigação do empregador de ser

o responsável pela segurança e saúde do trabalhador

O que a reforma pretende?

TELETRABALHO. CUSTEIO EXCLUSIVO DO

EMPREGADOR. ÔNUS DO EMPREENDIMENTO.

Despesas com os meios necessários à realização

do trabalho remoto são de responsabilidade

exclusiva do empregador, em decorrência do

princípio celetista da alteridade. É nula disposição

contratual que transfira esse ônus para o

empregado. (DIFICULDADES)

O que a AUDITORIA DO

TRABALHO pensa sobre isso?

O que a AUDITORIA DO

TRABALHO pensa sobre isso?

• Tendência dominante da jurisprudência de excluirapenas os trabalhadores cuja atividade seja incompatívelcom o controle – não basta o rótulo “trabalho externo”ou “teletrabalho” (ex.: motoristas com rotas fixassubmetem-se a controle)

• Se existirem meios acessíveis de controle de jornada (porunidade de produção, por fiscalização direta, por meioseletrônicos) o fato do serviço ser prestado na residênciado empregado, numa cafeteria ou em um espaçocoletivo era e continua a ser irrelevante para o Direito doTrabalho

O que a AUDITORIA DO

TRABALHO pensa sobre isso?

Estratégias

Enunciado 72 da 2ª Jornada da AnamatraTELETRABALHO: RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADORPOR DANOS

A mera subscrição, pelo trabalhador, de termo deresponsabilidade em que se compromete a seguir as instruçõesfornecidas pelo empregador, previsto no art. 75-E, parágrafo único,da CLT, não exime o empregador de eventual responsabilidadepor danos decorrentes dos riscos ambientais do teletrabalho.Aplicação do art. 7º, XXII da Constituição c/c art. 927, parágrafoúnico, do Código Civil.

Enunciado 83 da 2ª Jornada da Anamatra

TELETRABALHO: CONTROLE DOS RISCOS LABOR-AMBIENTAISO regime de teletrabalho não exime o empregador de adequar oambiente de trabalho às regras da NR-7 (PCMSO), da NR-9(PPRA) e do artigo 58, § 1º, da Lei 8.213/91 (LTCAT), nem defiscalizar o ambiente de trabalho, inclusive com a realização detreinamentos. Exigência dos artigos 16 a 19 da Convenção 155 daOIT.

Vestimenta de Trabalho

“Art. 456-A CLT. Cabe ao empregador definir o padrão de

vestimenta no meio ambiente laboral, sendo lícita a

inclusão no uniforme de logomarcas da própria empresa

ou de empresas parceiras e de outros itens de

identificação relacionados à atividade desempenhada.

Parágrafo único. A higienização do uniforme é de

responsabilidade do trabalhador, salvo nas hipóteses

em que forem necessários procedimentos ou produtos

diferentes dos utilizados para a higienização das

vestimentas de uso comum.” (incluído pela Lei 13.467)

As vestimentas de trabalho de trabalhadores que são

expostos a produtos cancerígenos (frentista –

benzeno) e a contaminação biológica (frigoríficos,

hospitais, etc) deverão ser higienizadas pelo

empregador, tendo em vista a necessidade de se

resguardar de contaminação a família do trabalhador e

em determinados casos, a necessidade, de correto

descarte do material utilizado neste processo com vistas

a preservar o meio ambiente.

O que a AUDITORIA DO

TRABALHO pensa sobre isso?

Compromisso com a VIDA

Qual o compromisso dos profissionais de SST?

Promover a saúde e proteger a integridade do

trabalhador no local de trabalho

Responsabilidade Jurídica

Video CANPAT - acidentes

Radar SIT• Essa ferramenta permite que o usuário consulte

dados e estatísticas referentes à atuação da Inspeçãodo Trabalho no Brasil

• https://enit.trabalho.gov.br/radar

• A atuação da fiscalização foi dividida em 7 grandes módulos

Vínculos PCD

FGTS SST

Autuações Acidentes de Trabalho

Aprendizagem Trabalho Escravo

Dados de Autuações 2017

•SP – 44.660 (17%)

•BR – 257.573

https://enit.trabalho.gov.br/portal/

Maio• Realização de operativo de fiscalização

Junho – julho - Agosto – Setembro - outubro• Realização de 05 eventos nas diversas regiões do País: norte, nordeste, sul e sudeste.

Outubro• Ações relacionadas ao Dia Nacional de Segurança e Saúde nas Escolas• Elaboração de frase e de redação (lei 12.645)

Novembro• Encerramento da CANPAT 2018, em Brasília (DF) ou Cuiabá (MT)• Entrega de placas• Entrega de prêmio aos estudantes vencedores do concurso • Entrega de prêmio ao vencedor do concurso de boa prática

Saúde e segurança no trabalho: direto de todos, todos os dias!

Obrigada

[email protected]