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Como se fazem Televisões? Televisões LED Grupo 1M1 G4: António Tenreiro (up201304383) César Neves (up201303449) Diogo Dias (miem1302813) Humberto Rocha (up201303981) Martinho Brito (up201303511) Monitora: Maria João Pires Coordenadora: Professora Teresa Duarte Projecto FEUP 2013/2014

COMO SE FAZEM TELEVISÕES? - paginas.fe.up.ptprojfeup/submit_13_14/uploads/relat_1M1... · 7. Comparação entre monitores LED, LCD e Plasma ... difundida diretamente para a tela

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Como se fazem Televisões?

Televisões LED

Grupo 1M1 G4:

António Tenreiro (up201304383)

César Neves (up201303449)

Diogo Dias (miem1302813)

Humberto Rocha (up201303981)

Martinho Brito (up201303511)

Monitora:

Maria João Pires

Coordenadora:

Professora Teresa Duarte

Projecto FEUP 2013/2014

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Faculdade de Engenharia da Universidade do

Porto

Mestrado Integrado de Engenharia Mecânica

Projecto FEUP

Monitora: Maria João Pires

Coordenadora: Professora Teresa Duarte

Como se fazem

Televisões?

Televisões LED

Turma 1M1 Grupo G4:

António Tenreiro (up201304383)

César Neves (up201303449)

Diogo Dias (miem1302813)

Humberto Rocha (up201303981)

Martinho Brito (up201303511)

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Índice de Capítulos

1. Resumo .................................................................................................................................. 6

2. Introdução ............................................................................................................................. 7

3. Introdução sobre o LED ......................................................................................................... 8

3.1 História do LED .................................................................................................................... 8

3.2 Materiais dos Semicondutores............................................................................................ 9

3.3 Aplicações do LED................................................................................................................ 9

4. Televisões LCD Iluminadas por LED ....................................................................................... 9

4.1 Introdução sobre os Monitores LCD ................................................................................... 9

4.2 Funcionamento do monitor retroiluminado por LEDs ...................................................... 10

4.3 Outros componentes......................................................................................................... 11

5. Materiais e Processos de Fabrico ........................................................................................ 13

5.1 Vidro do Monitor ............................................................................................................... 13

5.2 Armação de Alumínio ........................................................................................................ 13

5.3 Moldura, Tampa e Peças de Plástico ................................................................................. 13

5.4 Placa Principal ................................................................................................................... 15

5.5 Thin-film Transistors .......................................................................................................... 16

5.6 Processo de Montagem..................................................................................................... 16

6. Vantagens e desvantagens do LED ...................................................................................... 17

6.1 Vantagens do LED .............................................................................................................. 17

6.2 Desvantagens do LED ........................................................................................................ 18

7. Comparação entre monitores LED, LCD e Plasma ............................................................... 19

7.1 Televisões LCD retroiluminadas por LEDs ......................................................................... 19

7.2 Televisões Plasma .............................................................................................................. 21

7.3. Televisões LCD ............................................................................................................. 22

8. Conclusão ............................................................................................................................ 23

9. Referências .......................................................................................................................... 24

3

Índice de Figuras

Figura 3.1………………………………………………………………………………………………………………………….………8

Figura 3.2………………………………………………………………………………………………………………………….………8

Figura 4.1………………………………………………………………………………………………………………………………11

Figura 4.2……………………………………………………………………………………………………………………………….12

Figura 5.1……………………………………………………………………………………………………………….………………14

Figura 5.2…………………………………………………………………………………………………………………..…………..14

Figura 5.3……………………………………………………………………………………………………………………………….15

Figura 5.4……………………………………………………………………………………………………………………………….15

Figura 5.5……………………………………………………………………………………………………………………………….16

Figura 7.1……………………………………………………………………………………………………………………………….19

Figura 7.2……………………………………………………………………………………………………………………………….19

Figura 7.3………………………………………………………………………………………………………………………………19

Figura 7.4………………………………………………………………………………………………………………………………20

Figura 7.5………………………………………………………………………………………………………………………………20

Figura 7.6………………………………………………………………………………………………………………………………20

Figura 7.7………………………………………………………………………………………………………………………………20

Figura 7.8………………………………………………………………………………………………………………………………21

Figura 7.9………………………………………………………………………………………………………………………………21

Figura 7.10……………………………………………………………………………………………………………………………..22

4

Índice de Tabelas

Tabela 3.1………………………………………………………………………………………………………………………….……9

Tabela 7.1……..……………………………………………………………………………………………………………………….22

5

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Resumo

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina, do primeiro ano, Projecto FEUP do curso MIEM (Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica) desta instituição. O assunto abordado ao longo deste trabalho será a Televisão LED. Grande parte dos resultados obtidos advém de uma intensa pesquisa bibliográfica.

No início do trabalho, começamos por falar no principal componente que destaca este tipo de televisões das restantes até então inventadas: o díodo transmissor de luz, mais conhecido por LED. Este simples componente emite luz (fotões) sempre que há uma diferença de potencial considerável entre o ânodo e o cátodo. O que é, quem inventou e as principais vantagens face a outros tipos de iluminação serão algumas das questões que pretendemos esclarecer.

Os LEDs, quando aplicados nas televisões permitem aos fabricantes inovar a vários níveis, sendo uma das principais inovações o seu baixo consumo energético. Por exemplo, uma televisão LED de 40 polegadas tem um consumo de energia a rondar os 60W, enquanto uma televisão LCD das mesmas dimensões consome mais do dobro. Através dos LEDs é também possível fabricar televisões mais finas, e por isso mais práticas e esteticamente mais apelativas. Permitem ainda uma melhoria na qualidade de imagem, visto que é fácil alterar a intensidade luminosa de um LED, permitindo assim atribuir mais ou menos luminosidade a diferentes partes do ecrã, tecnologia designada de local dimming.

O funcionamento de uma televisão LED é bastante complexo, uma dessas complexidades consiste na difusão da luz vinda dos LEDs para tela LCD e forma como o LCD, quando iluminado produz imagem.

Todos os processos são controlados por uma placa principal, que recebe a informação vinda das entradas da televisão, trata de a descodificar e de transmitir aos diferentes componentes da televisão, produzindo desta forma imagem e som.

Uma televisão LED é construída por diversos materiais, como plásticos, vidro, metal… Todos esses materiais têm formas diferentes de processamento, de acordo com as

propriedades do material e com a forma que lhe pretendemos dar.

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Introdução

Desde a Pré-História que o Homem sempre teve uma intensa necessidade de comunicar, no entanto nesta altura a comunicação era bastante limitada, consistia apenas na arte rupestre e na fala. Á medida que o tempo passou, a comunicação começou a ter cada vez mais importância principalmente na Grécia Antiga quando se começou a estudar Retórica. Apesar disso, o Homem sempre sentiu necessidade de comunicar a distancias cada vez maiores no menor intervalo de tempo possível, isto só foi possível no século XIX com a invenção do telégrafo por Samuel Morse. No final deste mesmo século, é descoberta a forma de como usar as ondas electromagnéticas rádio para transmitir informações (sonoras) e na primeira metade do século XX já se começam a fazer a primeiras descobertas que desencadeiam a invenção da televisão.

A televisão é um meio de telecomunicação cuja principal funcionalidade é transmitir imagens de forma quase instantânea o que nos provoca o efeito de visualizar uma imagem com movimento.

John Baird criou um sistema mecânico de transmissão de imagens em 1926, mas foi apenas em 1934 que o russo Vladimir Zworykin inventou o iconoscópio (“decompõe uma imagem em milhares de pontos que são transmitidos num sinal modelado”). Este mecanismo utilizava um tubo de raios catódicos que foi inventado por Karl Brauwn em 1897. Só em 1936 é que a BBC começou a emitir regularmente programas televisivos.

Até à atualidade vários tipos de reprodução de imagem foram desenvolvidos, como as televisões plasma, LCD e LED.

Face às necessidades económicas, ambientais e energéticas tem havido necessidade de desenvolver aparelhos mais ecológicos, sem prejudicar no entanto, a qualidade da imagem, se possível melhorá-la. É nesse contexto que as televisões LED são cada vez mais utilizadas e se tornam comuns na sociedade, sendo já difíceis de encontrar no mercado.

Apesar da diferença de preço inicial, atualmente a diferença de preço entre uma televisão LED e uma televisão LCD já não é significativa, sendo por isso um investimento rentável a longo prazo, dado o seu menor consumo energético e a superior duração teórica dos LEDs nelas presentes. É sobre este tema, que é mais precisamente “ Como se fazem televisões LED”, tema proposto na unidade curricular Projeto FEUP, que incide este relatório. Os objetivos principais deste relatório são:

• Salientar a diferença entre uma televisão LCD comum e uma televisão LCD LED, vulgarmente designada televisão LED.

• Compreender o modo de funcionamento de um LED e a sua origem. • Conhecer as vantagens da tecnologia LED, assim como as suas vantagens e

desvantagens quando aplicada à televisão. • Indicar os diferentes componentes de uma televisão LED. • Conhecer os materiais que constituem uma televisão, assim como os respectivos

processos de fabrico. • Entender o modo de funcionamento de uma televisão LED, assim como as divergências

mais comuns entre os diferentes modelos e fabricantes.

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Introdução sobre o LED

Os díodos emissores de luz, mais conhecidos pela sigla inglesa LED, são pequenos componentes que podem ser encontrados em inúmeros aparelhos electrónicos, desde ratos ópticos até comandos de controlo remoto. São constituídos por cristais semicondutores que a partir do movimento de electrões emitem luz. Em comparação com as lâmpadas incandescentes, os LEDs têm uma vida útil bastante superior, são mais resistentes e como a maior parte da energia é transformada em luz e não em calor, a sua eficiência é elevada [1].

Tal como qualquer díodo, o LED possui dois semicondutores, um ânodo e um cátodo (como mostra a Figura 3.1). Para que seja emitida luz, o potencial do ânodo tem que ser maior que o potencial do cátodo, é a energia perdida entre a passagem de electrões destes dois semicondutores que é transformada em luz [1].

História do LED

Apesar de só recentemente se começar a usar a tecnologia LED em diversos componentes, este já foi inventado há mais de meio século. O primeiro destes componentes, ainda muito rudimentar, foi criado por Oleg Vladimirovich Losev em 1920 na Rússia. No entanto esta descoberta não teve grande impacto nas décadas seguintes. Só no início de 1960, Bob Biard e Gary Pittman descobriram o LED infravermelho , que emite radiação infravermelha quando por cristais de arsenieto de gálio faz-se passar corrente eléctrica. Um ano mais tarde, o americano, Nick Holonyac inventa um LED com uma fraca luz vermelha. Por ser o primeiro de luz visível, Nick é considerado o “pai” do LED. No final

desta década descobriu-se como obter a cor amarela e em 1975 a verde. Depois de diversas pesquisas neste âmbito, o engenheiro japonês Shuji Nakamura desenvolveu o LED de luz azul, passando a ser possível obter a luz branca combinando a cor vermelha, verde e azul (sistema RGB como mostra a Figura 3.2). Alternando as intensidades das três obtém-se uma elevada gama de outras cores [2].

Figura 3.1 - Esquema de um LED comum [1]

Figura 3.2 - Sistema de cores RGB.

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Materiais dos Semicondutores

A luz emitida é praticamente monocromática, ou seja, cada LED tem uma só cor, esta é

definida pela composição química do semicondutor e pode abranger uma larga gama, desde o infravermelho até ao ultravioleta. Na Tabela 3.1. mostra alguns dos materiais que constituem os semicondutores e a respectiva luz emitida [3].

Material do semicondutor Comprimento da onda (nm)

Cor da luz

Arsieneto de gálio e alumínio (AlGaAs) 880 Infravermelha

Arsieneto de gálio e alumínio (AlGaAs) 645 Vermelha

Fosfato de alumínio, índio e gálio (AlGaInP) 595 Amarela

Fosfato de gálio (GaP) 565 Verde

Nitreto de gálio (GaN) 430 Azul

Nitreto de gálio e alumínio (AlGaN) 210 Ultravioleta

Aplicações do LED

Durante todo o século XX, os LEDs apenas eram utilizados como meros sinais de

indicação de estado, normalmente de cor vermelha, em televisões e outros aparelhos electrónicos. Atualmente, tem havido uma cada vez maior utilização destes, em semáforos, postes de rua, e até automóveis, que pela sua alta eficiência, os torna, a médio prazo mais baratos que as lâmpadas incandescentes. Também são muito usados nos chamados Painéis de LED compostos por pequenas lâmpadas RGB que formarão os pixéis das imagens [4, 5].

Televisões LCD Retroiluminadas por LED

Introdução sobre os Monitores LCD

As televisões que usam monitores de cristal líquido, do inglês Light Cristal Display – LCD -

estão cada vez mais presentes no mercado, apresentando diversas vantagens quando comparadas com outros tipos de televisões.

Deve-se notar que existem dois tipos de monitores LCD: • LCD transmissor. Este tipo de monitor é iluminado por uma fonte de luz situada

atrás da grelha de píxeis, que emite luz através destes para a frente do monitor LCD; • LCD refletor. Estes monitores têm um painel refletor, como um espelho, por detrás

dos píxeis que permite refletir a luz ambiente ou uma outra fonte de luz exterior - normalmente constituída por LEDs [6].

Tabela 3.1.- Cor da luz de vários semicondutores [1]

10

Este trabalho apenas versa o monitor LCD transmissor, visto que o ecrã LCD refletor só é utilizado por monitores de dispositivos eletrónicos pequenos como, por exemplo, calculadoras ou relógios.

Também é de referir que certas televisões LCD utilizam LEDs como fonte de luz, sendo deste modo a sua designação, "televisão LED" um pouco enganadora. As televisões LCD são retroiluminadas por lâmpadas fluorescentes do tipo CCFL, Cold Cathode Fluorescent Lamps, e as “televisões LED” são retroiluminadas, tal como o nome indica, por díodos emissores de luz [7].

Funcionamento do monitor retroiluminado por LEDs

Inicialmente, o monitor é iluminado por um conjunto de díodos localizados na parte de trás deste. Quando são utilizados LEDs para iluminar um monitor LCD transmissor, podem ser utilizados LEDs normais colocados por detrás da tela LCD, sendo este sistema de iluminação conhecido como Backlit LED ou, alternativamente podem ser utilizados LEDs sideview, sendo este sistema denominado EdgeLit LED [6, 8, 9]. O primeiro usa LEDs por detrás da tela LCD de forma a iluminá-la, sendo assim a luz difundida diretamente para a tela. Este tipo de retroiluminação usufrui de uma tecnologia chamada local dimming, que consiste no controlo individual da intensidade luminosa de cada LED. Isto significa que, de acordo com a necessidade de iluminação de uma dada região do LCD, os LEDs irão produzir luz com a intensidade necessária. Por exemplo, o preto vai necessitar de menor intensidade luminosa que uma cor mais clara [8, 9]. A grande vantagem desta tecnologia reside assim no contraste, sendo possível obter cores mais puras e nítidas. No segundo sistema, os LEDs situam-se nos lados da televisão, emitindo luz num plano paralelo ao plano da superfície na qual o conjunto empacotado está montado. Este tipo de iluminação é o mais utilizado pelos fabricantes, por ser mais económico, visto que utiliza menos LEDs, e por permitir monitores mais finos [6, 8, 9]. Normalmente, este sistema de iluminação necessita de uma camada térmica por debaixo dos LEDs de forma a que estes possam ser arrefecidos [6]. Este tipo de iluminação também faz uso da tecnologia dimming, no entanto não é tão eficaz como a tecnologia local dimming utilizada no BackLit LED, uma vez que um LED destes ao diminuir a sua luminosidade irá diminuir a luminosidade de toda uma fila vertical ou horizontal, de acordo com a direção da propagação da luz [9].

Outro método de retroiluminação que os monitores LCD utilizam é a junção de LEDs de cor vermelha, verde e azul posicionados num painel constituído por uma matriz contendo a superfície refletora. A combinação das três cores fundamentais, verde, vermelho e azul, devidamente ponderada permite reconstruir a luz branca de forma mais pura [6, 7]. Uma desvantagem da retroiluminação lateral é a falta de uniformidade da difusão de luz ao longo da tela. Atualmente, os fabricantes têm-se debatido com este problema, sendo quase imperceptível, a não ser quando o ecrã está preto [9]. A luz é conduzida para toda a área do monitor de forma quase uniforme através de um “sistema óptico" constituído por uma superfície de fundo branca e por painel de acrílico cheio de buracos chamado light-guide plate, que é feito de uma resina de PMMA puro (Polimetil-metacrilato) [10, 11, 12]. Quando a radiação luminosa se propagada entre esta superfície e a parede de fundo, ela sofre o processo de reflexão total inúmeras vezes, até passar por um dos buracos, imergindo para a parte da frente. [10]

Seguidamente, é colocada uma primeira película de difusão que permite eliminar o padrão de pontos iluminados causado pelo painel de acrílico e uma segunda película denominada prismfilm. A luz, antes de chegar a esta peça, apresenta ângulos diferentes de trajetória, relativamente à superfície paralela aos díodos. Esta película aumenta o número de raios que apresentam um ângulo de trajetória perpendicular à superfície, tornando a luz mais

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brilhante. Este conjunto é terminado por uma outra película de difusão. Constata-se que é emitida uma luz brilhante e uniforme ao longo do monitor [10].

Por fim, uma camada de cristal líquido situada entre dois filtros, um dos quais polariza a luz na horizontal e o outro polariza a luz na vertical completa o conjunto. Como os filtros polarizadores estão com o mesmo posicionamento no ecrã, se a luz fosse emitida para os dois, sem qualquer substância entre eles, ela seria bloqueada por um dos dois filtros, fazendo com que o monitor estivesse sempre negro. Deste modo, colocam-se entre as duas camadas polarizadoras moléculas de cristal líquido. As partículas de cristal líquido têm propriedades únicas, não deixam passar radiações luminosas uniformemente ao longo dos dois eixos [7, 10]. Consequentemente, para a luz passar, as moléculas posicionam-se de forma espiral, mudando a trajetória das radiações, que se pretendem deixar passar, de forma a poder iluminar os píxeis. Isto é chamado o “modo normalmente branco”. Em contrapartida, quando não se pretende iluminar os píxeis, um campo elétrico é aplicado ao conjunto formado pelos filtros e pelos cristais líquidos. As moléculas de cristal líquido posicionam-se numa direção perpendicular aos polarizadores para que a luz não mude de trajetória. Consequentemente, a radiação luminosa não consegue passar através do segundo filtro pelo que o ecrã, ou uma determinada área ou pixel, fica negro. Este caso designa-se de “modo normalmente preto” [10].

Por fim, os monitores LCD são compostos por uma grelha de píxeis expostos à frente de uma fonte luminosa ou de um painel refletor de luz. Cada pixel é constituído por 3 sub-píxeis, um vermelho, um verde e um azul, ou seja, um sub-pixel por cada cor primária. Esta grelha de píxeis encontra-se à frente de elétrodos que, ao controlar a tensão elétrica, controlam a intensidade da luz que deve passar em cada sub-pixel do monitor. Os píxeis são uma matriz de

parcelas coloridas que ajudam a emitir todas as cores do espetro de luz [7, 10]. Para formar uma cor específica, controla-se a tensão do elétrodo de forma a que seja emitida luz com uma determinada percentagem de intensidade para cada sub-pixel. Deve-se notar que, na realidade, os sub-píxeis são tão pequenos que não são discerníveis pelo olho humano [10].

Para que cada pixel mude de cor de acordo com o que está a ser transmitido, um dispositivo chamado Thin-film transistor é colocado atrás de cada sub-pixel. Ao aplicar

uma determinada tensão a cada coluna de píxeis, está-se a transmitir informação oriunda do topo do ecrã a cada sub-pixel dessa coluna de forma a mudar a cor que se pretende emitir no pixel. Só se pode fornecer informação a uma coluna de píxeis, mas a velocidade de realização do processo descrito é tão rápido que o cérebro humano combina tudo numa imagem nítida e fluida [10].

É de referir que estes monitores podem apresentar várias películas do mesmo tipo, dependendo da escolha do fabricante, de forma a melhorar a propagação da luz.

O chassis reveste o sistema descrito, conferindo resistência estrutural à televisão. Também serve de suporte aos vários componentes.

Outros componentes

A televisão apresenta diversos tipos de conetores, tornando-a funcional com qualquer

sistema de transmissão de informação para dispositivos emissores de vídeo. Estes são uns deles:

Figura 4.1 – Uma porção da matriz de pixéis com (de trás para

a frente) um elétrodo, um Thin-film transístor, outro elétrodo

e um conjunto de sub-píxeis [10].

12

• Entrada AV (áudio/vídeo)

É constituída, no mínimo por 3 portas, definidas por uma cor padrão, sendo elas: I. Uma porta "Vídeo", de cor amarela, que transmite melhor qualidade de imagem que

uma conexão do tipo "RF". II. Duas portas "Áudio", que transmitem o som correspondente à imagem que esteja a

ser transmitida. Uma das portas é branca e transmite o som para o canal esquerdo, a outra porta é vermelha e transmite o som para o canal direito.

III. Outras portas de vídeo auxiliares, como, por exemplo, a porta "S-Vid", que, através da transmissão separada da cor e de sinais da imagem a preto e branco, vai produzir melhor qualidade de imagem [12, 13].

• Entrada Component Video

Nesta entrada o sinal de vídeo é dividido em três canais - Y, PB e Pr- , havendo por isso três portas de sinal vídeo de cores verde, azul e vermelha, respetivamente. Isto permite uma grande qualidade na transmissão da imagem. Esta entrada possui também duas portas áudio iguais às da entrada AV [12, 13].

• Entrada HDMI (High Definition Multimedia Interface) Esta entrada é hoje muito utilizada nas televisões de alta definição, provavelmente existe em todas as televisões LED atuais, visto que transmite simultaneamente, através de uma só porta, áudio e vídeo em alta qualidade [12, 13].

• Entrada VGA (PC) [12, 13]

• Entrada de sinal televisivo (Antena) [12, 13] A televisão LCD retroiluminada por LEDs, também apresenta outros componentes internos que, apesar de não se englobarem no sistema acima descrito, também ajudam no seu funcionamento, como:

• A Placa receptora de infravermelhos: Esta placa é responsável por receber a informação recebida através do telecomando e transmiti-la à placa principal [12, 13].

• A Placa Principal:

É o cérebro da televisão, processa a informação vinda das diversas fontes externas e transmite-a ao sistema de retroiluminação, às colunas e ao LCD [12, 13].

• Fonte de alimentação: Tem como função transformar a energia eléctrica vinda da rede, reduzindo a sua tensão de modo a que esta seja aceitável pelos outros componentes da televisão [12, 13].

• Colunas: É uma das peças mais importantes, produz o som da televisão [12, 13].

Figura 4.2 – Parte de trás de um ecrã LCD com a Placa

Principal e a Fonte de Alimentação [12]

13

• Módulo LCD: Tal como foi anteriormente mencionado, tem a responsabilidade de produzir a imagem [12, 13].

• Sistema de retroiluminação por LED: Confere a luz necessária ao LCD para que a imagem se torne visível [12, 13].

Deve-se notar que se apresentou uma generalização do funcionamento deste tipo de televisões e que os diferentes modelos apresentam diversas variações nas técnicas de funcionamento e podem apresentar outros componentes que não estão aqui descritos, pois isso depende da escolha do fabricante.

Materiais e Processos de Fabrico A construção de uma televisão LED é um processo complexo pois cada televisão é

constituída por uma infinidade de componentes de diversos materiais. Aqui será abordado de forma breve os materiais e os processos de construção de um ecrã retroiluminado por LEDs.

Vidro do Monitor

O principal componente do vidro é a sílica (principal componente da areia), mistura-se

este componente com uma pequena percentagem de cálcio e outros produtos químicos. [14,15] A mistura segue para um forno de fusão e torna-se num fluido viscoso preparado para ser moldado. De modo a obter superfícies paralelas, e perfeitamente polidas usa-se o método de arrefecimento float em que o vidro líquido é vertido para um tanque com estanho líquido no qual flutua e adquire a forma e espessura desejadas. [14] Depois deste processo de fabricação o vidro terá que passar por vários testes de qualidade e é-lhe ainda aplicado um produto anti-reflexo (composto por óxidos metálicos).

Armação de Alumínio

A armação que sustenta o circuito e o ecrã é constituído por simples placas de

alumínio. [16] Para obter alumínio é necessário uma pedra normalmente encontrada na região do Equador, de nome bauxita. Estas pedras são trituradas e misturam-se com uma solução aquecida de soda cáustica e cal. Filtra-se a solução e obtemos um pó branco - óxido de alumínio. Este óxido é aquecido até à sua temperatura de fusão e através da eletrólise (passagem de corrente elétrica pelo liquido) moléculas de dióxido de carbono libertam-se do óxido obtendo-se alumínio puro no estado liquido. Este depois é moldado em placas em centros de maquinagem específicos que servirão de suporte a toda a televisão [17, 18].

Moldura, Tampa e Peças de Plástico

Atualmente os plásticos são utilizados em praticamente tudo o que usamos no dia-a-

dia, em particular nas televisões, devido a variadas razões, como os seus custos relativamente baixos, e as variadas propriedades, como o isolamento elétrico, baixo peso, rigidez... Estes constituem um grupo muito vasto e variado de materiais, que podem ser processados de diferentes formas de acordo com as suas propriedades. No entanto todos eles são polímeros,

14

ou seja são constituídos por vários monómeros, que formam os plásticos ao "ligarem-se" entre si por reações químicas de polimerização [19, 20].

Os plásticos podem ser divididos em dois tipos. O primeiro tipo é o termoplástico que, através o calor, pode ser enformado, e, após arrefecer, mantém a forma que adquiriu durante a enformação. Este pode ser reaquecido e moldado varias vezes sem que haja uma alteração significativa na sua

estrutura e propriedades. O segundo tipo é o plástico termoendurecível. Este é moldado numa determinada forma, e, posteriormente, é endurecido através de certos processos, ao contrário dos termoplásticos, os plásticos termoendurecíveis não podem ser reenformados, pois, quando aquecidos a temperaturas elevadas, degradam-se. Os processos que levam ao endurecimento deste tipo de plástico podem ser realizados através de calor e pressão, ou à temperatura ambiente, através de reações químicas, com o auxílio de um catalisador. É quando se dá esta cura/endurecimento que os termoendurecíveis se polimerizam de forma completa [20, 22].

De acordo com as propriedades do plástico e com a peça em plástico que se pretende produzir, utiliza-se diferentes processos. Existem muitos processos de transformação de plástico, no entanto os que são mais utilizados na produção de televisões são as moldagens de plásticos termoplásticos, que serão assim explicadas com maior detalhe.

A Moldagem por Injeção, um dos processos mais usados nos materiais termoplásticos, é aquele que é mais utilizado no fabrico de televisões, dada a utilização por este de um molde, permitindo assim formar certos componentes da televisão LED, como por exemplo a caixa exterior.

Este processo utiliza o calor de forma a moldar o plástico, daí só ser possível nos plásticos termoplásticos. Consiste na passagem de plástico em forma de granulados para um cilindro de injeção, esse cilindro é aquecido e dentro dele

encontra-se um parafuso em rotação, esse parafuso vai provocar o contacto dos granulados com a superfície aquecida do cilindro, e vai-os empurrando em direção ao molde. Todo o calor gerado, não só pelo cilindro mas também pela compressão e pelo atrito vão provocar o amolecimento do plástico. Quando na extremidade do cilindro se acumula uma quantidade suficiente, o parafuso pára e num movimento rápido empurra o plástico para o interior do molde, este é arrefecido com água para o rápido endurecimento do plástico, sendo depois a peça ejetada, iniciando-se de seguida um novo ciclo [20,24].

Outro método utilizado, a extrusão, é bastante semelhante à moldagem por injeção, mas difere no facto de o plástico ser continuamente injetado numa matriz, sendo por isso muito utilizado para o fabrico de tubos, paletes, etc. [20].

Figura 5.1 – Caixa traseira da Televisão, construída em plástico[23].

Figura 5.2 – Esquema de moldagem por injeção [25]

15

No sistema de Moldagem por Sopro e Termoenformação, um tubo de plástico

aquecido é colocado no interior de um molde que é posteriormente fechado, de seguida é injetado para o seu interior, forçando o plástico contra as paredes do molde. Pode ainda ser utilizada um pressão mecânica ou vácuo, ou ainda utilizar uma folha de plástico aquecida que é empurrada contra o molde por força do ar [20]. Plásticos mais utilizados nas televisões LED: Face às exigências atuais, cada vez é mais importante que sejam fabricadas televisões que utilizem materiais resistentes ao impacto, fáceis de processar e ainda que sejam esteticamente apelativos. Um dos plásticos mais utilizados nas televisões LED é o ABS. [27] ABS (Acrilonitrilo-Butadieno-Estireno):

ABS é um polímero formado a partir de três monómeros: acrilonitrilo, butadieno, estireno. É um termoplástico, muito utilizado quando é necessária uma combinação de resistência e aspeto visual, daí a sua grande utilização nas televisões LED.

Estas características do ABS devem-se às propriedades com que cada um dos componentes contribui."O acrilonitrilo contribui com a resistência química e ao calor e a tenacidade; o butadieno melhora a resistência ao impacto e a retenção das propriedades de baixa temperatura; e o estireno contribui com o brilho superficial, a rigidez e a facilidade do processamento." William F. Smith [20].

Sendo assim, é possível alterar as propriedades do ABS de acordo com a percentagem de cada elemento que o constitui. Por exemplo, a sua resistência ao impacto aumenta à medida que aumenta o teor em borracha (butadieno), mas a resistência à tração e a temperatura de deflexão diminuem [20, 24].

Placa Principal

O circuito da placa principal é composto por uma fina camada de material condutor

(normalmente cobre) depositado numa placa chamada substrato. O substrato mais comum na construção de circuitos eléctricos é fibra de vidro reforçada (fiberglass) com uma folha de cobre ligada a pelo menos um dos dois lados do substrato. Outro substrato utilizado é o papel de resina de Fenol reforçado (C6H5OH), pois é mais barato, sendo mais prático para aplicações domésticas. O circuito de cobre é coberto por uma camada fina de estanho-chumbo de forma a prevenir a oxidação [30].

Figura 5.3 – Plásticos utilizados numa televisão LED [28].

Figura 5.4 - Monómeros do plástico ABS [21]

16

Posteriormente, o substrato é furado de forma a suportar os componentes que nele serão introduzidos, tais como, transístores, circuitos integrados, díodos, etc.. A seguir, o padrão do circuito eléctrico pode ser impresso de duas maneiras: ou pelo processo aditivo, ou pelo processo subtractivo. No processo aditivo, o cobre é depositado na área do substrato desejada, deixando o resto da área do substrato descoberta. No processo subtractivo, a superfície do substrato é totalmente coberta pela camada de cobre e, seguidamente, ela é cortada de forma a formar o padrão desejado [30].

No fim, as partes de contacto do circuito eléctrico com os outros componentes são chapeadas com estanho-chumbo, níquel e ouro para uma boa condução elétrica [30].

Thin-filmTransistors

Normalmente, o Thin-filmtransistor é composto por Silício Amorfo (ou simplesmente

a-Si). Silício Amorfo é uma estrutura de Silício não-cristalina alotrópica (ou seja, que pode existir em várias formas, como a estrutura de carbono num diamante ou na grafite) que pode formar estruturas finas de peças de eletrónica. Este é o material de escolha dos fabricantes, pois camadas de a-Si com espessura reduzida podem ser operacionais, permitindo assim poupar material. Outra vantagem é que o a-Si pode ser depositado a baixas temperaturas (até 75ºC), podendo ser depositado no vidro e no plástico [31]. Uma alternativa ao a-Si é o Silício policristalino (ou p-Si), que é uma estrutura cristalina de Silício. Este composto não é prático para a produção do Thin-filmtransistor deste tipo de televisões, apesar de apresentar melhor condutividade elétrica, ou seja, melhor mobilidade de eletrões. O p-Si é comparativamente mais caro de produzir do que o a-Si e o seu fabrico é especialmente difícil quando se pretendem construir ecrãs de grandes dimensões [32].

Processo de Montagem

No processo de fabrico, deposita-se o a-Si numa placa de vidro previamente lavada, fazendo uma camada de Silício por cima desta. Seguidamente, coloca-se uma camada de

Figura 5.5 - Placa principal de uma televisão LED [29]

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material sensível à luz chamado photoresist. Este é exposto à luz ultravioleta e o substrato é coberto com uma máscara de luz de forma a sombrear a padrão pretendido. O padrão sombreado será transferido da camada de photoresist para o substrato de vidro. Posteriormente, é removida a camada de photoresist que esteve exposta à luz UV, emergindo o substrato numa solução ou plasma. A restante camada de photoresist é removida pulverizando um solvente orgânico na placa de vidro [33]. Este processo é repetido mais quatro vezes de forma a fazer as quatro outras camadas do Thin-filmtransistor. Antes de ser enviado para a montagem, o thin-filmtransistor é analisado para verificar se há algum defeito. [33] É utilizado um processo semelhante de fabrico para a matriz de pixeis, sendo que se utiliza uma resina colorida por cada cor do sistema RGB e uma resina preta para a grelha de suporte. [33] No processo de montagem, o substrato e a matriz levam uma camada de poliimidoonde é impresso um padrão de linhas de forma a que o cristal líquido, que é posteriormente colocado numa área delimitada com um material selador, tenha uma direção definida. Uma vez depositado o cristal líquido, o substrato e a matriz são colados em vácuo. O substrato é cortado de forma a que tenha as dimensões do monitor. Note-se que, normalmente, utiliza-se um substrato de grandes dimensões para vários ecrãs. Os dois polarizadores são colados nos dois lados do ecrã e as placas de circuito são montadas no painel. O sistema de retroiluminação e o chassis são os últimos elementos a ser montados obtendo-se o ecrã completo [33].

Vantagens e desvantagens do LED

Vantagens do LED

Devido às suas características, os LEDs são os dispositivos que constituem a melhor alternativa como fontes de luz convencionais, para além de fornecerem também uma vasta gama de utilização. Algumas características positivas:

• Um LED pode ser extremamente pequeno e mesmo assim proporcionar um feixe de luz amplo e intenso.

• Os LEDs têm um baixo consumo de energia. Funcionam na faixa dos 10 a 150 mW, aproximadamente. Geralmente, um LED é concebido para funcionar a tensões baixas, variando normalmente entre os 1,5V e 3,5V, dependendo do comprimento de onda emitido, ainda que possamos encontrar LEDs a funcionar com tensões significativamente superiores.Este facto resulta ainda numa maior segurança para os seus utilizadores.Quanto à corrente elétrica, esta não deverá tomar valores superiores a 50mA, pois pode levar à sua danificação.

• Com uma tensão nominal de funcionamento e atmosfera apropriados, os LEDs têm uma vida útil que pode atingir entre 50.000 e 100.000 horas. Consequentemente, requerem pouca manutenção.

• Os LEDs podem converter quase toda a energia utilizada em luz, onde apresenta alta eficiência luminosa e baixa emissão de calor. Um dos melhores LEDs do mercado hoje em dia é quase duas vezes tão eficiente como um filamento de tungstênio das lâmpadas incandescentes, em relação a intensidade de luz por unidade de potência gasta. Para referência, um sistema de LED eficiente atinge valores que ultrapassam os 50 lm/watt.

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• Os LEDs não são fabricados com materiais tóxicos, ao contrário das lâmpadas fluorescentes que contêm mercúrio e têm um certo risco de contaminação. O LED pode ser totalmente reciclado.

• Duradouro e à prova de choque, ao contrário de vários tipos de lâmpadas que utilizam vidro, entre outros materiais.

• A sua natureza direcional contribui para a natureza eficiente do LED e é útil para algumas aplicações, tais como reduzir a “poluição” da luz difusa de postes de iluminação.

• Não emitem luz ultravioleta, o que é muito útil em aplicações onde esta é inconveniente.

• Não emitem radiação infravermelha, logo o feixe luminoso emitido é frio. O calor produzido no processo é libertado através de dissipadores térmicos, que serão referidos novamente nas desvantagens… apesar de necessários.

• Cores vivas e saturadas. A emissão de ondas com comprimento de onda bem definido (ondas monocromáticas) faz com que a luz produzida seja viva e saturada. Os LEDs coloridos não necessitam da utilização de filtros que causam alterações na cor.

• Não produzem ruído.[34,35,36,37,38,39,40]

Desvantagens do LED

• Poderá ser falível em aplicações de exterior perante grandes variações de

temperaturas (trabalha-se atualmente para resolver este problema). • Os semicondutores, e, portanto, o LED, são susceptíveis de serem danificados pelo

calor. Por esse motivo, têm de ser usados dissipadores de calor; por vezes, ventiladores. Isto faz aumentar o custo e o risco de falhas, pois um ventilador tem a sua inclinação para falhar, que, ao suceder, leva à falha da unidade. Além disso, o uso de ventiladores quebra a eficiência energética característica do LED.

• A solda da placa de circuito e as finas ligações de cobre quebram quando são dobradas, o que causa a saída de secções das matrizes.

• Os metais raros usados nos LEDs são sujeitos a controlo de preço por monopólios em alguns países.

• Diminuição do rendimento no que toca ao fluxo luminoso com o passar do tempo (causado pelo aumento da temperatura).

• Custo elevado, apesar de a longo prazo o investimento valer a pena: o tempo útil de vida do LED é muitíssimo superior às restantes fontes de luz mais usuais.

• Geralmente os LEDs de menor qualidade apresentam baixo “Índice de Restituição de Cor”, sendo que este índice, que varia entre 0 e 100, está relacionado com a capacidade de uma fonte de luz em reproduzir as verdadeiras cores, isto é, as cores que encontramos na realidade. Este valor ronda os 40, enquanto que praticamente todas as lâmpadas de halogéneo têm índices de 95. Por outro lado, podemos encontrar LEDs com índices superiores a 90, mas são LEDs de elevada qualidade e necessariamente mais caros.[35,36,40]

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Comparação entre monitores LED, LCD e Plasma

Televisões LCD retroiluminadas por LEDs

Vantagens:

Bom contraste; • Melhor uniformidade da luz

traseira, evitando deformações na imagem;

• Cores mais vivas; • Mais finas e mais leves; • São “amigas do ambiente”; • Baixo consumo de energia; • Melhor uniformidade da luz

traseira, evitando deformações na imagem;

• Alta frequência de imagem. [41,42,43]

Figura 7.2 – Custo Anual médio da Eletricidade em função do Tamanho [45].

Figura 7.3– Consumo Energético médio em função do Tamanho [45].

Figura 7.1 –Monitor de uma televisão modelo LG LN5400 LED TV [41]

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´

Desvantagens:

• Não indicada para ambientes escuros;

• Ângulo de visão limitado; • Custo elevado (apesar de mais

rentável na eletricidade gasta); • Imagem desfocada em modelos

de gama inferior; Os tons de preto são mais acinzentados;

• Baixa resolução em imagens com origem em sinais analógicos. [41,42]

Figura 7.7– Ângulos de Visão médios e Zonas de Visão [47].

Figura 7.6– Preço em função do Tamanho [44].

Figura 7.4 – Espessura de três televisões: Samsung UN46ES6500 (LED), Samsung PN43E450 (Plasma) e Samsung LN46E550 (LCD) [46].

Figura 7.5– Peso (sem suporte) em função do Tamanho [46].

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Televisões Plasma

Vantagens:

• Bom contraste; • Bom brilho; • Indicada para ambientes

escuros; • Melhor uniformidade de

luz em toda a tela; • Ângulo de visão alargado; • Mais baratas (apesar de

menos rentável na eletricidade gasta);

• Os tons de preto são bastante bons;

• Imagem não desfoca em transições contínuas (situação de movimento) devido à sua alta

frequência de imagem; • Custo mais reduzido.[41,42,43]

Desvantagens:

• Mais grossas e mais pesadas; • Maior desgaste nas fontes que excitam as células que intervêm no funcionamento das

televisões plasma; • Maior incidência de luz ultravioleta; • Ocasional retenção de imagem; • Produzem um ligeiro zumbido; • Elevado consumo; • Elevada capacidade de refletir e, portanto, indicada para ambientes escuros e

fechados; • Tela sensível.[41,42,43]

Figura 7.8– Imagem com motionblur esperada em algumas telas LCD – com tecnologia de iluminação LED ou não (à esquerda); Imagem sem motionbluresperada em telas Plasma (à direita) [47].

Figura 7.9 -Monitor de uma televisão modelo Samsung F5300 Plasma TV [41]

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Televisões LCD

Vantagens:

• Indicada para ambientes iluminados;

• Baixa capacidade de refletir e, portanto, indicada para todo tipo de luminosidade;

• Mais finas e mais leves que os plasmas;

• Mais baixo consumo que os plasmas;

• Baixo consumo comparativamente aos plasmas;

• Cores brilhantes.[42,43]

Desvantagens: • Baixa resolução em imagens com origem em sinais analógicos; • Ângulo de visão limitado; • Não há grande variedade de cores; • Baixo contraste; • Não uniformidade da luz traseira, provocando deformações na imagem; • Baixa frequência de imagem; • Imagem pouco brilhante.[42,43]

Figura 7.10 – Tela OLED (à esquerda); Tela LCD (à direita) [48].

Tabela 7.1. – Tabela comparativa entre Televisões Plasma e Televisões LED [41].

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Conclusão

Este trabalho permite-nos assim concluir que as televisões LED são vantajosas, sendo que as suas vantagens se sobrepõem às desvantagens. A escolha da televisão pode ser influenciada pelo fim a que se destina. No entanto, é aconselhável o uso de televisões LED, principalmente para televisões de elevada utilização, isto devido ao inferior consumo energético tendência para maior duração. O funcionamento das televisões LED é actualmente bastante complexo, fazendo uso de diversas tecnologias, que têm vindo a ser desenvolvidas devido de forma a obter televisões com melhor estética, mais económicas e de melhor qualidade de imagem.

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