33
Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 www.cetsp.com.br LEILÃO PÚBLICO DE VENDA Nº 02/2017 MATERIAIS INSERVÍVEIS PERTENCENTES À CET 1. - DA DATA, LOCAL, HORA E EDITAL 2. - DO LEILOEIRO 3. - DAS CONDIÇÕES GERAIS DE PARTICIPAÇÃO E VISITAÇÃO E EXAME DOS LOTES 4. - DOS MATERIAIS OBJETO DO LEILÃO 5. - DO JULGAMENTO 6. - DA ARREMATAÇÃO DOS LOTES 7. - DA RETIRADA DOS LOTES 8. - DAS MULTAS E SANÇÕES 9. - DAS INFORMAÇÕES E IMPUGNAÇÃO DO EDITAL 10. - DA ADJUDICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO 11. - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ANEXOS: ANEXO I - Descrição dos Materiais

Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

  • Upload
    voanh

  • View
    217

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

Companhia de Engenharia de Tráfego

Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 www.cetsp.com.br

LEILÃO PÚBLICO DE VENDA Nº 02/2017

MATERIAIS INSERVÍVEIS PERTENCENTES À CET

1. - DA DATA, LOCAL, HORA E EDITAL 2. - DO LEILOEIRO 3. - DAS CONDIÇÕES GERAIS DE PARTICIPAÇÃO E VISITAÇÃO E EXAME DOS LOTES 4. - DOS MATERIAIS OBJETO DO LEILÃO 5. - DO JULGAMENTO 6. - DA ARREMATAÇÃO DOS LOTES 7. - DA RETIRADA DOS LOTES 8. - DAS MULTAS E SANÇÕES 9. - DAS INFORMAÇÕES E IMPUGNAÇÃO DO EDITAL 10. - DA ADJUDICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO 11. - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ANEXOS: ANEXO I - Descrição dos Materiais

Page 2: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

Companhia de Engenharia de Tráfego

Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 www.cetsp.com.br

1/5

EDITAL DO LEILÃO PÚBLICO DE VENDA Nº 02/2017 DE MATERIAIS INSERVÍVEIS PERTENCENTES À CET A Companhia de Engenharia de Tráfego - CET, situada na Rua Barão de Itapetininga nº 18 - Centro, São Paulo/SP, com fundamento na Lei Federal nº 8.666/93 e suas alterações, FAZ SABER que fará realizar Leilão Público de Venda nº 02/2017, presencial e on-line, do tipo maior lance, de materiais inservíveis de sua propriedade, listados no Anexo I do presente instrumento, que é parte integrante deste Edital. CLÁUSULA PRIMEIRA - DA DATA, LOCAL, HORA E EDITAL 1.1. O Leilão será realizado no dia 30 de outubro de 2017, às 10h30, no Auditório do

escritório do leiloeiro localizado na rua Uruana nº 139 - Vila Mariana - São Paulo/SP e no site www.deseulance.com.

1.2. O Edital e seus Anexos poderão ser obtidos via Internet no endereço eletrônico da PMSP

http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, no site da CET http://www.cetsp.com.br e no site do leiloeiro.

CLÁUSULA SEGUNDA - DO LEILOEIRO 2.1. O presente Leilão será realizado por intermédio do Leiloeiro Oficial Sr. JURANDIR DA

COSTA DANTAS, inscrito na JUCESP sob nº 243, conforme sorteio realizado em 08/04/2016 e publicado no Diário Oficial da Cidade de São Paulo em 09/04/2016.

CLÁUSULA TERCEIRA - DAS CONDIÇÕES GERAIS DE PARTICIPAÇÃO E

VISITAÇÃO E EXAME DOS LOTES 3.1. Poderão participar do Leilão pessoas físicas maiores ou emancipadas e pessoas jurídicas

regularmente constituídas, devidamente capacitadas e autorizadas à compra, manuseio, transporte e destinação final dos bens a serem adquiridos, desde que, atendidas as exigências do subitem 7.5.1 e seus respectivos subitens deste Edital.

3.1.1. Funcionários da CET e seus parentes biológicos e/ou sócioafetivos não poderão participar,

dar lance e nem arrematar qualquer lote. 3.1.2. Os interessados em participar do Leilão poderão efetuar visita e exame dos lotes na Av.

Marquês de São Vicente nº 2.154, Barra Funda, Capital, das 08:30 às 12:00 e das 13:30 às 15:30 horas, no período de 16 a 20 de outubro de 2017, a vistoria será coordenada por representante da CET.

3.1.3. A visita visa a avaliação e o conhecimento dos lotes, com o levantamento das informações

necessárias à formulação das propostas de preços e esclarecimento das dúvidas, de modo que não ocorram omissões que possam ser alegadas em favor de eventuais pretensões de decréscimo de valores.

3.1.4. Para fins de realização da visita e exame, serão aceitos no máximo 02 (dois)

representantes. 3.1.5. Os arrematantes não poderão alegar, posteriormente, desconhecimento e qualquer prejuízo

ou reivindicar qualquer benefício em razão de informações e/ou esclarecimentos e dúvidas não esclarecidas no ato da visitação.

3.1.6. O leiloeiro providenciará um termo de responsabilidade firmado pelos arrematantes,

atestando terem efetuado exames e vistorias nos lotes/materiais arrematados e aceitando todas as condições estipuladas no Edital do leilão, com a menção expressa de “Isenção de responsabilidade da CET e do leiloeiro por vícios ou defeitos, ocultos ou não, no material arrematado.

Page 3: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

Companhia de Engenharia de Tráfego

Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 www.cetsp.com.br

2/5

3.1.7. Após a visitação e da assinatura do Termo de Responsabilidade pelos arrematantes, não serão aceitas reclamações posteriores à arrematação, bem como não serão aceitas desistências, exigindo que o mesmo declare em termo de responsabilidade que promoveu todos os exames e vistorias nos lotes arrematados, aceitando todas as condições estipuladas, isentando tanto a CET como o leiloeiro de qualquer responsabilidade por vícios ou defeitos ocultos ou não.

3.2. Os representantes das pessoas jurídicas participantes, caso não sejam sócios, deverão

apresentar instrumento de procuração outorgada pelo (s) sócio(s) ou Diretor(es) com poderes específicos para representá-las no Leilão.

3.3. As empresas interessadas em adquirir o óleo (lote 06) constante do Leilão deverão estar

devidamente licenciadas junto aos órgãos competentes para coleta, transporte e destinação final dos mesmos.

3.4. O arrematante será o único responsável pelo carregamento e transporte dos materiais e

bens comprados, bem como pelo fornecimento de equipamentos, ferramentas e recursos humanos necessários à execução dos serviços e dos equipamentos de proteção individual (EPI’S) às pessoas envolvidas na atividade.

CLÁUSULA QUARTA - DOS MATERIAIS OBJETO DO LEILÃO 4.1. Os materiais, objeto deste Leilão, estão distribuídos em lotes, cujas características estão

descritas no Anexo I - Descrição dos Materiais, que é parte integrante deste Edital. 4.2. Os arrematantes receberão os materiais no estado físico e condições em que se encontram,

não sendo aceitas reclamações posteriores à arrematação, bem como não serão aceitas desistências.

4.3. Os materiais permanecerão na posse e guarda da CET até sua efetiva entrega aos

adquirentes. CLÁUSULA QUINTA - DO JULGAMENTO 5.1. O Leilão será julgado pelo critério de maior lance, desde que seu valor seja superior ao da

avaliação. 5.2. Não será permitida a arrematação do material por valor inferior ao da avaliação. 5.3. O arrematante, além do valor referente à arrematação do lote de material, deverá pagar o

valor referente à comissão do leiloeiro, que corresponde a 5% (cinco por cento) sobre o valor do lance.

CLÁUSULA SEXTA - DA ARREMATAÇÃO DOS LOTES 6.1. Os materiais inservíveis, pertencentes à CET, serão vendidos em lotes a quem oferecer

maior lance, respeitando-se a avaliação mínima. 6.2. No ato da arrematação, o arrematante assinará o comprovante de arrematação do lote

adquirido, onde constará o número do lote e o valor do lance efetuado, permanecendo a segunda via em seu poder.

6.3. No ato da arrematação, o arrematante deverá fornecer todos os seus dados, nome,

endereço, telefone e cópia dos seguintes documentos: RG e CPF (pessoas físicas), ou Estatuto/Contrato Social e CNPJ (pessoas jurídicas).

Page 4: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

Companhia de Engenharia de Tráfego

Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 www.cetsp.com.br

3/5 6.4. No ato da arrematação, o arrematante, deverá efetuar a caução de 25% (vinte e cinco

por cento) do valor do arremate, além dos 5% (cinco por cento) a título de comissão ao leiloeiro, complementando o pagamento até as 14h00min horas do dia 31/10/2017, através de TED, DOC ou depósito em dinheiro (obrigatório apresentar o comprovante original com autenticação bancária) nos seguintes Bancos: Banco do Brasil - Agência 1815-5, conta corrente 8.801-3 e Banco Bradesco-Agência 0548-7, conta corrente 83.550-1 em nome da Empresa Deseulance Ltda, inscrita no CNPJ sob o nº 04.027.858/0001-09.

6.4.1. O não cumprimento deste prazo implicará na perda do valor caucionado, bem como dos

5% (cinco por cento) da comissão do Leiloeiro. 6.5. As notas de venda dos lotes dos materiais arrematados deverão ser retiradas no

escritório do leiloeiro localizado na Rua Uruana, 139, Vila Mariana - São Paulo - SP - CEP 04019-070, com telefones nºs (11) 5575-9555 e (11) 5573.3313, mediante a apresentação do comprovante de arrematação e após o efetivo crédito na conta corrente do leiloeiro.

6.6. O Leiloeiro deverá apresentar no prazo de 05 (cinco) dias úteis a partir da data de

realização do Leilão, a prestação de contas respectiva à CET. CLÁUSULA SÉTIMA - DA RETIRADA DOS LOTES 7.1. As retiradas deverão ser agendadas, a partir do dia 16/11/2017, pelos telefones (11)

3871-8713, (11) 3871-8724 e (11) 3871-8635, quando deverão ser informados os números dos lotes que serão retirados e os números das notas de venda correspondentes a eles.

7.2. A retirada do lote dar-se-á por conta e risco do arrematante, em dias úteis e no horário

das 08h00 às 11h30 e das 13h30 às 15h30, conforme acertado no agendamento, no local onde estão dispostos os lotes, mediante apresentação da Nota de Venda do Leiloeiro e da documentação atendendo a retirada para os lotes 4, 5 e 6.

7.3. O lote vendido somente será liberado ao próprio arrematante. No caso de liberação a

terceiros, será exigida procuração ao arrematante com firma reconhecida e cópia autenticada do Contrato Social em que conste seu nome como sócio, se este for pessoa jurídica, documentos estes que serão retidos pela CET no ato da retirada do lote.

7.4. A não retirada do lote de material pelo arrematante no prazo de 30 (trinta) dias contados

da data de homologação do Leilão, implicará em abandono, retornando o lote a depósito para ser leiloado em outra oportunidade, sem direito à restituição do valor pago pela arrematante.

7.5. As taxas e impostos serão de responsabilidade de arrematante. 7.6. A forma de manuseio, transporte e armazenamento dos materiais, bem como quaisquer

licenças junto aos órgãos ambientais, serão de responsabilidade do arrematante. 7.7. Os materiais deverão receber tratamento adequado, respeitando-se a orientação das

normas que regulamentam a legislação ambiental, conforme a seguir: 7.7.1. Para aquisição do lote 4 - Baterias, o arrematante deverá atender a resolução do

CONAMA nº 401 de 04/11/08, sendo obrigatória a apresentação ao leiloeiro da sua inscrição no Cadastro Técnico Federal - CTF, para o exercício de atividades potencialmente poluidoras ou utilizadoras dos recursos ambientais, ou credenciamento junto ao órgão ambiental competente.

Page 5: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

Companhia de Engenharia de Tráfego

Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 www.cetsp.com.br

4/5 7.7.1.1. O arrematante do lote 4 deverá fornecer um certificado de destinação correta dos

resíduos das baterias compradas, em papel timbrado da empresa e assinado pelo representante legal.

7.7.1.2. Para a retirada do lote 4 - bateria, o arrematante deverá cumprir o Decreto nº 96.044

de 18/05/88, que regulamenta o transporte rodoviário de produtos perigosos, sendo obrigatória a sinalização do veículo.

7.7.1.3. Para aquisição do lote 5 - Pneus, o arrematante deverá atender a resolução do

CONAMA nº 416 de 30/09/09, sendo obrigatória a apresentação ao leiloeiro do seu credenciamento para o exercício da atividade de comercialização de pneus usados junto ao órgão ambiental.

7.7.1.4. Para aquisição do lote 6 - Óleo usado, o arrematante deverá atender a resolução do

CONAMA nº 362 de 23/06/2005 e da ANP nºs 19 e 20 de 18/06/2009, sendo obrigatória a apresentação ao leiloeiro do seu credenciamento perante a Agência Nacional de Petróleo - ANP, Registro no IBAMA, CADRI, Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental e a Licença de Operação, ambos emitidos pela CETESB.

7.7.1.5. A retirada do lote 6, deverá ser efetuada por coletor autorizado, cumprindo o Decreto

nº 96.044 de 18/05/88, que regulamenta o transporte rodoviário de produtos perigosos, sendo obrigatória a sinalização do veículo, devendo apresentar à CET o comprovante de credenciamento de sua atividade, bem como do veículo coletor, os tambores são de propriedade da CET e no ato da coleta deverão ser devolvidos.

7.7.1.6. O arrematante deverá entregar para a CET, no prazo de até 10 dias úteis após a

retirada do óleo, os documentos e as notas fiscais, que comprovem a venda do mesmo para a refinaria de refino do produto, caso não seja apresentada esta documentação, o arrematante estará sujeito à multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor do lote arrematado.

7.8. O descumprimento, pelo arrematante, das condições previstas no subitem 7.5.1 e seus

respectivos subitens, o sujeitará às sanções previstas na cláusula oitava. CLÁUSULA OITAVA - DAS MULTAS E SANÇÕES 8.1. O descumprimento das obrigações estipuladas neste edital, sujeitará ao arrematante, as

seguintes penalidades: 8.1.1. Multa de até 20% (vinte por cento) sobre o valor do lote arrematado, no caso de

descumprimento do subitem 7.5.1 e seus respectivos subitens do Edital. 8.2. O arrematante que, de qualquer forma, infringir as disposições deste Edital ou praticar

ato ilícito visando fraudar os objetivos da licitação, ficará sujeito às sanções conforme os artigos 87 e 88 da Lei Federal nº 8.666/93.

CLÁUSULA NONA - DAS INFORMAÇÕES E IMPUGNAÇÃO DO EDITAL 9.1. Eventuais Informações e/ou impugnações deverão ser encaminhadas, no prazo de até 03

(três) dias úteis para informações e 02 (dois) dias úteis para impugnações, antes da data fixada para a realização do Leilão, preferencialmente pelos e-mails: [email protected] e [email protected], ou protocolizar na Rua Barão de Itapetininga nº 18 - 1º andar - Centro, de 2ª a 6ª feira, até às 17:00 horas.

Page 6: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

Companhia de Engenharia de Tráfego

Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 www.cetsp.com.br

5/5 CLÁUSULA DÉCIMA - DA ADJUDICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO 10.1. Os atos de adjudicação e homologação serão praticados, com base no § 4, do inciso VI,

ao artigo 43, da Lei Federal n° 8.666/93, cabendo à Comissão a adjudicação de cada lote ao seu arrematante e ao Diretor a homologação do certame.

10.2. O resultado do Leilão será divulgado através de publicação do extrato da Ata no Diário

Oficial da Cidade de São Paulo - D.O.C e no site da CET http://www.cetsp.com.br. CLÁSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 11.1. Das decisões e atos praticados neste leilão caberá recurso, que deverá ser dirigido a

Autoridade Superior, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, contado da data da publicação da decisão do Leilão.

11.2. O simples oferecimento de lances para aquisição dos bens, implica no conhecimento e total

aceitação das condições previstas neste Edital. 11.3. A Comissão poderá, ainda, a seu critério, retirar do Leilão qualquer um dos lotes descritos

neste Edital. 11.4. Os casos omissos serão regidos pela legislação pertinente e, em especial pelo Decreto nº

21.981, de 19/10/1932 e pelo Decreto nº 22.427, de 01/02/1933. 11.5. Fica eleito o Foro da Comarca da Capital, para dirimir qualquer ação ou medida judicial

oriundos deste Edital. São Paulo, 09 de outubro de 2017 MARIA DE FÁTIMA SOBRAL BELCHIOR WALTER SIQUEIRA PEQUENO Supervisora do Departamento de Aquisição Gerente de Suprimentos de Bens e Serviços Padronizados

Page 7: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

Companhia de Engenharia de Tráfego

Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 www.cetsp.com.br

LEILÃO PÚBLICO DE VENDA Nº 02/2017

MATERIAIS INSERVÍVEIS PERTENCENTES À CET

ANEXO I

DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS

Lote Descrição unidade Quantidade

01 Materiais Obsoletos - Lote 01 - Peças diversas de Veiculos, conforme relação anexa ao Edital. lote 01

02 Materiais Obsoletos - Lote 02 - Peças diversas de Veiculos, conforme relação anexa ao Edital. lote 01

03 Materiais Obsoletos - Lote 03 - Peças diversas de Veiculos, conforme relação anexa ao Edital. lote 01

04

Baterias descartadas, 544 unidades sendo: 20 de 40Ah, 28 de 45Ah, 21 de 52Ah, 103 de 60 Ah, 27 de 65 Ah, 144 de 70 Ah, 79 de 75 Ah, 24 baterias de caminhão de 90 Ah e 115Ah e 98 baterias de moto de 45 e 53 Ah.

lote 01

05

Pneus descartados/sucata, 1.080 unidades sendo: 339 de pick-ups, 02 de trator, 366 de veículos leves, 61 de caminhões e 312 de motos.

lote 01

06

Óleo queimado, 14.000 litros sendo: 70 tambores com 200 litros cada (os tambores são de propriedade da CET e não estão inclusos no lote, a coleta do óleo deverá ser efetuada por coletor autorizado conforme item 7.7.1.5. do Edital).

lote 01

Page 8: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

1

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 362, DE 23 DE JUNHO DE 2005

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das competências que lhe são conferidas pela Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, anexo à Portaria nº 499, de 18 de dezembro de 2002, e:

Considerando que o uso prolongado de um óleo lubrificante acabado resulta na sua deterioração parcial, que se reflete na formação de compostos tais como ácidos orgânicos, compostos aromáticos polinucleares potencialmente carcinogênicos, resinas e lacas;

Considerando que a Associação Brasileira de Normas TécnicasABNT, em sua NBR-10004, "Resíduos Sólidos - classificação", classifica o óleo lubrificante usado como resíduo perigoso por apresentar toxicidade;

Considerando que o descarte de óleo lubrificante usado ou contaminado para o solo ou cursos de água gera graves danos ambientais;

Considerando que a combustão de óleos lubrificantes usados gera gases residuais nocivos ao meio ambiente e à saúde pública;

Considerando que a categoria de processos tecnológico-industriais chamada genericamente de rerrefino, corresponde ao método ambientalmente mais seguro para a reciclagem do óleo lubrificante usado ou contaminado, e, portanto, a melhor alternativa de gestão ambiental deste tipo de resíduo; e

Considerando a necessidade de estabelecer novas diretrizes para o recolhimento e destinação de óleo lubrificante usado ou contaminado, resolve:

Art. 1 o Todo óleo lubrificante usado ou contaminado deverá ser recolhido, coletado e ter destinação final, de modo que não afete negativamente o meio ambiente e propicie a máxima recuperação dos constituintes nele contidos, na forma prevista nesta Resolução.

Art. 2 o Para efeito desta Resolução serão adotadas as seguintes definições:

I - coletor: pessoa jurídica devidamente autorizada pelo órgão regulador da indústria do petróleo e licenciada pelo órgão ambiental competente para realizar atividade de coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado;

II - coleta: atividade de retirada do óleo usado ou contaminado do seu local de recolhimento e de transporte até à destinação ambientalmente adequada;

III - certificado de coleta: documento previsto nas normas legais vigentes que comprova os volumes de óleos lubrificantes usados ou contaminados coletados;

IV - certificado de recebimento: documento previsto nas normas legais vigentes que comprova a entrega do óleo lubrificante usado ou contaminado do coletor para o rerrefinador;

V - gerador: pessoa física ou jurídica que, em decorrência de sua atividade, gera óleo lubrificante usado ou contaminado;

VI - importador: pessoa jurídica que realiza a importação do óleo lubrificante acabado, devidamente autorizada para o exercício da atividade;

Page 9: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

2

VII - óleo lubrificante básico: principal constituinte do óleo lubrificante acabado, que atenda a legislação pertinente;

VIII - óleo lubrificante acabado: produto formulado a partir de óleos lubrificantes básicos, podendo conter aditivos;

IX - óleo lubrificante usado ou contaminado: óleo lubrificante acabado que, em decorrência do seu uso normal ou por motivo de contaminação, tenha se tornado inadequado à sua finalidade original;

X produtor: pessoa jurídica responsável pela produção de óleo lubrificante acabado em instalação própria ou de terceiros, devidamente licenciada pelo órgão ambiental competente, e autorizada para o exercício da atividade pelo órgão regulador da indústria do petróleo;

XI - reciclagem: processo de transformação do óleo lubrificante usado ou contaminado, tornando-o insumo destinado a outros processos produtivos;

XII - recolhimento: é a retirada e armazenamento adequado do óleo usado ou contaminado do equipamento que o utilizou até o momento da sua coleta, efetuada pelo revendedor ou pelo próprio gerador;

XIII - rerrefinador: pessoa jurídica, responsável pela atividade de rerrefino, devidamente autorizada pelo órgão regulador da indústria do petróleo para a atividade de rerrefino e licenciada pelo órgão ambiental competente;

XIV - rerrefino: categoria de processos industriais de remoção de contaminantes, produtos de degradação e aditivos dos óleos lubrificantes usados ou contaminados, conferindo aos mesmos características de óleos básicos, conforme legislação específica;

XV - revendedor: pessoa jurídica que comercializa óleo lubrificante acabado no atacado e no varejo tais como: postos de serviço, oficinas, supermercados, lojas de autopeças, atacadistas, etc; e

XVI - águas interiores: as compreendidas entre a costa e as linhas de base reta, a partir das quais se mede a largura do mar territorial; as dos portos; as das baías; as dos rios e de seus estuários; as dos lagos, lagoas e canais, e as subterrâneas.

Art. 3 o Todo o óleo lubrificante usado ou contaminado coletado deverá ser destinado à reciclagem por meio do processo de rerrefino.

§ 1 o A reciclagem referida no caput poderá ser realizada, a critério do órgão ambiental competente, por meio de outro processo tecnológico com eficácia ambiental comprovada equivalente ou superior ao rerrefino.

§ 2 o Será admitido o processamento do óleo lubrificante usado ou contaminado para a fabricação de produtos a serem consumidos exclusivamente pelos respectivos geradores industriais.

§ 3 o Comprovada, perante ao órgão ambiental competente, a inviabilidade de destinação prevista no caput e no § 1 o deste artigo, qualquer outra utilização do óleo lubrificante usado ou contaminado dependera do licenciamento ambiental.

§ 4 o Os processos utilizados para a reciclagem do óleo lubrificante deverão estar devidamente licenciados pelo órgão ambiental competente.

Page 10: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

3

Art. 4 o Os óleos lubrificantes utilizados no Brasil devem observar, obrigatoriamente, o princípio da reciclabilidade.

Art. 5 o O produtor, o importador e o revendedor de óleo lubrificante acabado, bem como o gerador de óleo lubrificante usado, são responsáveis pelo recolhimento do óleo lubrificante usado ou contaminado, nos limites das atribuições previstas nesta Resolução.

Art. 6 o O produtor e o importador de óleo lubrificante acabado deverão coletar ou garantir a coleta e dar a destinação final ao óleo lubrificante usado ou contaminado, em conformidade com esta Resolução, de forma proporcional em relação ao volume total de óleo lubrificante acabado que tenham comercializado.

§ 1 o Para o cumprimento da obrigação prevista no caput deste artigo, o produtor e o importador poderão:

I - contratar empresa coletora regularmente autorizada junto ao órgão regulador da indústria do petróleo; ou

II - habilitar-se como empresa coletora, na forma da legislação do órgão regulador da indústria do petróleo.

§ 2 o A contratação de coletor terceirizado não exonera o produtor ou importador da responsabilidade pela coleta e destinação legal do óleo usado ou contaminado coletado.

§ 3 o Respondem o produtor e o importador, solidariamente, pelas ações e omissões dos coletores que contratarem.

Art. 7 o Os produtores e importadores são obrigados a coletar todo óleo disponível ou garantir o custeio de toda a coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado efetivamente realizada, na proporção do óleo que colocarem no mercado conforme metas progressivas intermediárias e finais a serem estabelecidas pelos Ministérios de Meio Ambiente e de Minas e Energia em ato normativo conjunto, mesmo que superado o percentual mínimo fixado.

Parágrafo único. Os órgãos referidos no caput deverão estabelecer, ao menos anualmente, o percentual mínimo de coleta de óleos lubrificantes usados ou contaminados, não inferior a 30% (trinta por cento), em relação ao óleo lubrificante acabado comercializado, observado o seguinte:

I análise do mercado de óleos lubrificantes acabados, na qual serão considerados os dados dos últimos três anos;

II - tendência da frota nacional quer seja rodoviária, ferroviária, naval ou aérea;

III - tendência do parque máquinas industriais consumidoras de óleo, inclusive agroindustriais;

IV - capacidade instalada de rerrefino;

V - avaliação do sistema de recolhimento e destinação de óleo lubrificante usado ou contaminado;

VI - novas destinações do óleo lubrificante usado ou contaminado, devidamente autorizadas;

VII - critérios regionais; e

VIII - as quantidades de óleo usado ou contaminado efetivamente coletadas.

Page 11: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

4

Art. 8 o O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA, o órgão regulador da indústria do petróleo e o órgão estadual de meio ambiente, este, quando solicitado, são responsáveis pelo controle e verificação do exato cumprimento dos percentuais de coleta fixados pelos Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia.

Parágrafo único. Para a realização do controle de que trata o caput deste artigo, o IBAMA terá como base as informações relativas ao trimestre civil anterior.

Art. 9 o O Ministério do Meio Ambiente, na primeira reunião ordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA de cada ano, apresentará o percentual mínimo de coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado, acompanhado de relatório justificativo detalhado, e o IBAMA apresentará relatório sobre os resultados da implementação desta Resolução.

Art. 10. Não integram a base de cálculo da quantia de óleo lubrificante usado ou contaminado a ser coletada pelo produtor ou importador os seguintes óleos lubrificantes acabados:

I - destinados à pulverização agrícola;

II - para correntes de moto-serra;

III - industriais que integram o produto final, não gerando resíduo;

IV - de estampagem;

V - para motores dois tempos;

VI - destinados à utilização em sistemas selados que não exijam troca ou que impliquem em perda total do óleo;

VII - solúveis;

VIII - fabricados à base de asfalto;

IX - destinados à exportação, incluindo aqueles incorporados em máquinas e equipamentos destinados à exportação; e

X - todo óleo lubrificante básico ou acabado comercializado entre as empresas produtoras, entre as empresas importadoras, ou entre produtores e importadores, devidamente autorizados pela Agência Nacional do Petróleo-ANP.

Art. 11. O Ministério do Meio Ambiente manterá e coordenará grupo de monitoramento permanente para o acompanhamento desta Resolução, que deverá se reunir ao menos trimestralmente, ficando assegurada a participação de representantes do órgão regulador da indústria do petróleo, dos produtores e importadores, dos revendedores, dos coletores, dos rerrefinadores, das entidades representativas dos órgãos ambientais estaduais e municipais e das organizações não governamentais ambientalistas.

Art. 12. Ficam proibidos quaisquer descartes de óleos usados ou contaminados em solos, subsolos, nas águas interiores, no mar ritorial, na zona econômica exclusiva e nos sistemas de esgoto ou evacuação de águas residuais.

Art. 13. Para fins desta Resolução, não se entende a combustão ou incineração de óleo lubrificante usado ou contaminado como formas de reciclagem ou de destinação adequada.

Page 12: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

5

Art. 14. No caso dos postos de revenda flutuantes que atendam embarcações, o gerenciamento do óleo lubrificante usado ou contaminado deve atender a legislação ambiental vigente.

Art. 15. Os óleos lubrificantes usados ou contaminados não rerrefináveis, tais como as emulsões oleosas e os óleos biodegradáveis, devem ser recolhidos e eventualmente coletados, em separado, segundo sua natureza, sendo vedada a sua mistura com óleos usados ou contaminados rerrefináveis.

Parágrafo único. O resultado da mistura de óleos usados ou contaminados não rerrefináveis ou biodegradáveis com óleos usados ou contaminados rerrefináveis é considerado integralmente óleo usado ou contaminado não rerrefinável, não biodegradável e resíduo perigoso (classe I), devendo sofrer destinação ou disposição final compatível com sua condição.

Art. 16. São, ainda, obrigações do produtor e do importador:

I - garantir, mensalmente, a coleta do óleo lubrificante usado ou contaminado, no volume mínimo fixado pelos Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia, que será calculado com base no volume médio de venda dos óleos lubrificantes acabados, verificado no trimestre civil anterior.

II - prestar ao IBAMA e, quando solicitado, ao órgão estadual de meio ambiente, até o décimo quinto dia do mês subseqüente a cada trimestre civil, conforme previsto no Anexo I desta Resolução, informações mensais relativas aos volumes de:

a) óleos lubrificantes comercializados por tipo, incluindo os dispensados de coleta;

b) coleta contratada, por coletor; e

c) óleo básico rerrefinado adquirido, por rerrefinador.

III receber os óleos lubrificantes usados ou contaminados não recicláveis decorrentes da utilização por pessoas físicas, e destiná-los a processo de tratamento aprovado pelo órgão ambiental competente;

IV - manter sob sua guarda, para fins fiscalizatórios, os Certificados de Recebimento emitidos pelo rerrefinador e demais documentos legais exigíveis, pelo prazo de cinco anos;

V - divulgar, em todas as embalagens de óleos lubrificantes acabados, bem como em informes técnicos, a destinação e a forma de retorno dos óleos lubrificantes usados ou contaminados recicláveis ou não, de acordo com o disposto nesta Resolução;

VI - a partir de um ano da publicação desta resolução, divulgar em todas as embalagens de óleos lubrificantes acabados, bem como na propaganda, publicidade e em informes técnicos, os danos que podem ser causados à população e ao ambiente pela disposição inadequada do óleo usado ou contaminado.

§ 1 o O produtor ou o importador que contratar coletor terceirizado deverá celebrar com este contrato de coleta, com a interveniência do responsável pela destinação adequada.

§ 2 o Uma via do contrato de coleta previsto no parágrafo anterior será arquivada, à disposição do órgão estadual ambiental, onde o contratante tiver a sua sede principal, por um período mínimo de cinco anos, da data de encerramento do contrato.

Art. 17. São obrigações do revendedor:

Page 13: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

6

I - receber dos geradores o óleo lubrificante usado ou contaminado;

II - dispor de instalações adequadas devidamente licenciadas pelo órgão ambiental competente para a substituição do óleo usado ou contaminado e seu recolhimento de forma segura, em lugar acessível à coleta, utilizando recipientes propícios e resistentes a vazamentos, de modo a não contaminar o meio ambiente;

III - adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo brificante usado ou contaminado venha a ser misturado com produtos químicos, combustíveis, solventes, água e outras substâncias, evitando a inviabilização da reciclagem;

IV - alienar os óleos lubrificantes usados ou contaminados exclusivamente ao coletor, exigindo:

a) a apresentação pelo coletor das autorizações emitidas pelo órgão ambiental competente e pelo órgão regulador da indústria do petróleo para a atividade de coleta;

b) a emissão do respectivo certificado de coleta.

V - manter para fins de fiscalização, os documentos comprobatórios de compra de óleo lubrificante acabado e os Certificados de Coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado, pelo prazo de cinco anos;

VI - divulgar em local visível ao consumidor, no local de exposição do óleo acabado posto à venda, a destinação disciplinada nesta Resolução, na forma do Anexo III; e

VII manter cópia do licenciamento fornecido pelo órgão ambiental competente para venda de óleo acabado, quando aplicável, e do recolhimento de óleo usado ou contaminado em local visível ao consumidor.

Art. 18. São obrigações do gerador:

I - recolher os óleos lubrificantes usados ou contaminados de forma segura, em lugar acessível à coleta, em recipientes adequados e resistentes a vazamentos, de modo a não contaminar o meio ambiente;

II adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado ou contaminado venha a ser misturado com produtos químicos, combustíveis, solventes, água e outras substâncias, evitando a inviabilização da reciclagem;

III alienar os óleos lubrificantes usados ou contaminados exclusivamente ao ponto de recolhimento ou coletor autorizado, exigindo:

a) a apresentação pelo coletor das autorizações emitidas pelo órgão ambiental competente e pelo órgão regulador da indústria do petróleo para a atividade de coleta;

b) a emissão do respectivo Certificado de Coleta.

IV - fornecer informações ao coletor sobre os possíveis contaminantes contidos no óleo lubrificante usado, durante o seu uso normal;

V - manter para fins de fiscalização, os documentos comprobatórios de compra de óleo lubrificante acabado e os Certificados de Coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado, pelo prazo de cinco anos;

Page 14: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

7

VI no caso de pessoa física, destinar os óleos lubrificantes usados ou contaminados não recicláveis de acordo com a orientação do produtor ou do importador; e

VII - no caso de pessoa jurídica, dar destinação final adequada devidamente autorizada pelo órgão ambiental competente aos óleos lubrificantes usados ou contaminados não recicláveis.

§ 1 o Os óleos usados ou contaminados provenientes da frota automotiva devem preferencialmente ser recolhidos nas instalações dos revendedores.

§ 2 o Se inexistirem coletores que atendam diretamente os geradores, o óleo lubrificante usado ou contaminado poderá ser entregue ao respectivo revendedor.

Art. 19 São obrigações do coletor:

I - firmar contrato de coleta com um ou mais produtores ou importadores com a interveniência de um ou mais rerrefinadores, ou responsável por destinação ambientalmente adequada, para os quais necessariamente deverá entregar todo o óleo usado ou contaminado que coletar;

II - disponibilizar, quando solicitado pelo órgão ambiental competente, pelo prazo de cinco anos, os contratos de coleta firmados;

III - prestar ao IBAMA e, quando solicitado, ao órgão estadual de meio ambiente, até o décimo quinto dia do mês subseqüente, a cada trimestre civil, na forma do Anexo II, informações mensais relativas ao volume de:

a) óleo lubrificante usado ou contaminado coletado, por produtor/importador; e

b) óleo lubrificante usado ou contaminado entregue por rerrefinador ou responsável por destinação ambientalmente adequada.

IVemitir a cada aquisição de óleo lubrificante usado ou contaminado, para o gerador ou revendedor, o respectivo Certificado de Coleta;

V - garantir que as atividades de armazenamento, manuseio, transporte e transbordo do óleo lubrificante usado ou contaminado coletado, sejam efetuadas em condições adequadas de segurança e por pessoal devidamente treinado, atendendo à legislação pertinente e aos requisitos do licenciamento ambiental;

VI adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado ou contaminado venha a ser misturado com produtos químicos, combustíveis, solventes, água e outras substâncias, evitando a inviabilização da reciclagem;

VII - destinar todo o óleo lubrificante usado ou contaminado coletado, mesmo que excedente de cotas pré-fixadas, a rerrefinador ou responsável por destinação ambientalmente adequada interveniente em contrato de coleta que tiver firmado, exigindo os correspondentes Certificados de Recebimento, quando aplicável;

VIII - manter atualizados os registros de aquisições, alienações e os documentos legais, para fins fiscalizatórios, pelo prazo de cinco anos; e

IX - respeitar a legislação relativa ao transporte de produtos perigosos.

Art. 20. São obrigações dos rerrefinadores:

Page 15: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

8

I - receber todo o óleo lubrificante usado ou contaminado exclusivamente do coletor, emitindo o respectivo Certificado de Recebimento;

II - manter atualizados e disponíveis para fins de fiscalização os registros de emissão de Certificados de Recebimento, bem como outros documentos legais exigíveis, pelo prazo de cinco anos;

III - prestar ao IBAMA e, quando solicitado, ao órgão estadual de meio ambiente, até o décimo quinto dia do mês subseqüente a cada trimestre civil, informações mensais relativas:

a) ao volume de óleos lubrificantes usados ou contaminados recebidos por coletor;

b) ao volume de óleo lubrificante básico rerrefinado produzido e comercializado, por produtor/ importador.

§ 1 o Os óleos básicos procedentes do rerrefino deverão se enquadrar nas normas estabelecidas pelo órgão regulador da indústria do petróleo e não conter substâncias proibidas pela legislação ambiental.

§ 2 o O rerrefinador deverá adotar a política de geração mínima de resíduos inservíveis no processo de rerrefino.

§ 3 o O resíduo inservível gerado no processo de rerrefino será considerado como resíduo classe I, salvo comprovação em contrário com base em laudos de laboratórios devidamente credenciados pelo órgão ambiental competente.

§ 4 o Os resíduos inservíveis gerados no processo de rerrefino deverão ser inertizados e receber destinação adequada e aprovada pelo órgão ambiental competente.

§ 5 o O processo de licenciamento da atividade de rerrefino, além do exigido pelo órgão estadual de meio ambiente, deverá conter informações sobre:

a) volumes de outros materiais utilizáveis resultantes do processo de rerrefino;

b) volumes de resíduos inservíveis gerados no processo de rerrefino, com a indicação da correspondente composição química média; e

c) volume de perdas no processo.

Art. 21. São obrigações dos demais recicladores, nos processos de reciclagem previstos no art. 3 o , desta Resolução:

I - prestar ao IBAMA e, quando solicitado, ao órgão estadual de meio ambiente, até o décimo quinto dia do mês subseqüente a cada trimestre civil, informações mensais relativas:

a) ao volume de óleos lubrificantes usados ou contaminados recebidos;

b) ao volume de produtos resultantes do processo de reciclagem.

§ 1 o O reciclador deverá adotar a política de geração mínima de resíduos inservíveis no processo de reciclagem.

Page 16: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

9

§ 2 o O resíduo inservível gerado no processo de reciclagem será considerado como resíduo classe I, salvo comprovação em contrário com base em laudos de laboratórios devidamente credenciados pelo órgão ambiental competente.

§ 3 o Os resíduos inservíveis gerados no processo de reciclagem deverão ser inertizados e receber destinação adequada e aprovada pelo órgão ambiental competente.

§ 4 o O processo de licenciamento da atividade de reciclagem, além do exigido pelo órgão estadual de meio ambiente, deverá conter informações sobre:

a) volumes de outros materiais utilizáveis resultantes do processo de reciclagem;

b) volumes de resíduos inservíveis gerados no processo de reciclagem, com a indicação da correspondente composição química média;

c) volume de perdas no processo.

Art. 22. O não cumprimento ao disposto nesta Resolução acarretará aos infratores, entre outras, as sanções previstas na Lei n o 9.605, 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto n o 3.179, de 22 de setembro de 1999.

Art. 23. As obrigações previstas nesta Resolução são de relevante interesse ambiental.

Art. 24. A fiscalização do cumprimento das obrigações previstas nesta Resolução e aplicação das sanções cabíveis é de responsabilidade do IBAMA e do órgão estadual e municipal de meio ambiente, sem prejuízo da competência própria do órgão regulador da indústria do petróleo.

Art. 25. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 26. Fica revogada a Resolução CONAMA n o 9, de 31 de agosto de 1993.

MARINA SILVA

ANEXO I

INFORMAÇÕES DOS PRODUTORES E IMPORT ADORES

Os produtores e/ou importadores deverão prestar trimestralmente ao IBAMA as informações constantes nas tabelas I, II e III deste anexo, até o 15º dia útil do mês imediatamente subseqüente ao período de tempo considerado.

TABELA I

Produtor e/ou importador:

CNPJ:

Ano:

Page 17: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

10

TABELA II

Page 18: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

11

TABELA III

Sendo:

Volume comercializado = o volume (em m 3 ) comercializado de óleo lubrificante acabado em cada mês do trimestre relativo para todos os óleos que compõem a sua linha de produção e/ou importação, devidamente discriminados pelo número de registro na Agência Nacional do Petróleo-ANP.

Volume dispensado de coleta = o volume (em m 3 ) comercializado de todos os óleos dispensáveis de coleta que compõem sua linha de produção e/ou importação, devidamente discriminados pelo número de registro na Agência Nacional do Petróleo-ANP, classificados pelo seu uso/destinação principal de acordo com a informação contida no artigo.....

Volume coletado = volume (em m 3 ) de óleo lubrificante usado ou contaminado coletado em cada mês do trimestre considerado

Volume enviado ao rerrefino = o volume (em m 3 ) de óleo lubrificante usado ou contaminado, em cada mês do trimestre considerado, enviado a cada rerrefinador, identificado pelo seu respectivo Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica-CNPJ.

Volume adquirido = o volume (em m 3 ) de óleo lubrificante básico adquirido, em cada mês do trimestre considerado, oriundo da operação de rerrefino, devidamente identificado em cada rerrefinador, por meio de seu CNPJ.

As empresas rerrefinadoras deverão prestar trimestralmente ao IBAMA as informações constantes nas tabelas IV e V, deste anexo, até o décimo quinto dia útil do mês imediatamente subseqüente ao período de tempo considerado.

TABELA IV

Rerrefinador:

CNPJ:

Page 19: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

12

TABELA V

Sendo:

Volume Recebido = o volume (em m 3 ) de óleo lubrificante usado ou contaminado recebido da operação de coleta, em cada mês do trimestre considerado, e enviado a cada produtor e/ou importador, identificado pelo respectivo CNPJ.

Volume Rerrefinado Acabado = o volume (em m 3 ) de óleo lubrificante rerrefinado acabado, em cada mês do trimestre considerado, enviado a cada produtor e/ou importador, identificado pelo respectivo CNPJ.

O IBAMA disponibilizará anualmente relatórios específicos onde constarão os percentuais atingidos por produtor e/ou importador, relativos a coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado e ao óleo lubrificante acabado comercializado pelo site menu relatórios.

Page 20: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

13

ANEXO II

INFORMAÇÕES DOS COLETORES

Os Coletores deverão prestar trimestralmente ao IBAMA as informações constantes deste Anexo, Tabelas I e II até o décimo quinto dia útil do mês imediatamente subseqüente ao período de tempo considerado.

Coletor

CNPJ nº

Registro na ANP nº

Ano

TABELA I

TABELA II

Page 21: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

14

ANEXO III

MODELO DE ALERTA PARA AS EMBALAGENS DE ÓLEO E PONTOS DE REVENDA

Page 22: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

This document was created with Win2PDF available at http://www.daneprairie.com.The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.

Page 23: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

RESOLUÇÕES DO CONAMA RESOLUÇÕES DO CONAMA 731731RESOLUÇÕES DO CONAMA

Gest

ão de

Res

íduo

s e P

rodu

tos P

erig

osos

RESOLUÇÃO CONAMA no 401, de 4 de novembro de 2008 Publicada no DOU nº 215, de 5 de novembro de 2008, Seção 1, página 108-109

Correlação:Revoga a Resolução CONAMA n• o 257/99

Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das atribuições e competências que lhe são conferidas pelo art. 8o, inciso VII, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e pelo art. 7o, incisos VI e VIII e § 3o, do Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990, e conforme o disposto em seu Regimento Interno, e o que consta do Processo no 02000.005624/1998-07, e

Considerando a necessidade de minimizar os impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte inadequado de pilhas e baterias;

Considerando a necessidade de se disciplinar o gerenciamento ambiental de pilhas e baterias, em especial as que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, no que tange à coleta, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final;

Considerando a necessidade de reduzir, tanto quanto possível, a geração de resíduos, como parte de um sistema integrado de Produção Mais Limpa, estimulando o desenvolvimento de técnicas e processos limpos na produção de pilhas e baterias produzidas no Brasil ou importadas;

Considerando a ampla disseminação do uso de pilhas e baterias no território brasileiro e a conseqüente necessidade de conscientizar o consumidor desses produtos sobre os riscos à saúde e ao meio ambiente do descarte inadequado;

Considerando que há a necessidade de conduzir estudos para substituir as substâncias tóxicas potencialmente perigosas ou reduzir o seu teor até os valores mais baixos viáveis tecnologicamente; e

Considerando a necessidade de atualizar, em razão da maior conscientização pública e evolução das técnicas e processos mais limpos, o disposto na Resolução CONAMA no 257/99, resolve:

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o Esta Resolução estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio e os critérios e padrões para o gerenciamento ambientalmente adequado das pilhas e baterias portáteis, das baterias chumbo-ácido, automotivas e industriais e das pilhas e baterias dos sistemas eletroquímicos níquel-cádmio e óxido de mercúrio, relacionadas nos capítulos 85.06 e 85.07 da Nomenclatura Comum do Mercosul-NCM, comercializadas no território nacional.

Art. 2o Para os fins do disposto nesta Resolução, considera-se: I - bateria: acumuladores recarregáveis ou conjuntos de pilhas, interligados em série

ou em paralelo; II - pilha ou acumulador: gerador eletroquímico de energia elétrica, mediante

conversão de energia química, podendo ser do tipo primária (não recarregável) ou secundária (recarregável);

III - pilha ou acumulador portátil: pilha, bateria ou acumulador que seja selado, que não seja pilha ou acumulador industrial ou automotivo e que tenham como sistema eletroquímico os que se aplicam a esta Resolução.

gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... RESOLUÇÃO CONAMA nº 401 de 2008

Page 24: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

732 RESOLUÇÕES DO CONAMA RESOLUÇÕES DO CONAMA 732 RESOLUÇÕES DO CONAMA RESOLUÇÕES DO CONAMA

IV - bateria ou acumulador chumbo-ácido: dispositivo no qual o material ativo das placas positivas é constituído por compostos de chumbo e o das placas negativas essencialmente por chumbo, sendo o eletrólito uma solução de ácido sulfúrico;

V - pilha-botão: pilha que possui diâmetro maior que a altura; VI - bateria de pilha botão: bateria em que cada elemento possui diâmetro maior que

a altura; VII - pilha miniatura: pilha com diâmetro ou altura menor que a do tipo AAA - LR03/

R03, definida pelas normas técnicas vigentes; VIII - plano de gerenciamento de pilhas e baterias usadas: conjunto de procedimentos

ambientalmente adequados para o descarte, segregação, coleta, transporte, recebimento, armazenamento, manuseio, reciclagem, reutilização, tratamento ou disposição final;

IX - destinação ambientalmente adequada: destinação que minimiza os riscos ao meio ambiente e adota procedimentos técnicos de coleta, recebimento, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final de acordo com a legislação ambiental vigente;

X - reciclador: pessoa jurídica devidamente licenciada para a atividade pelo órgão ambiental competente que se dedique à recuperação de componentes de pilhas e baterias.

XI - importador: pessoa jurídica que importa para o mercado interno pilhas, baterias ou acumuladores ou produtos que os contenham, fabricados fora do país.

Art. 3o Os fabricantes nacionais e os importadores de pilhas e baterias referidas no art 1o e dos produtos que as contenham deverão:

I - estar inscritos no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras dos Recursos Ambientais-CTF, de acordo com art. 17, inciso II, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981;

II - apresentar, anualmente, ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA laudo físico-químico de composição, emitido por laboratório acreditado junto ao Instituto Nacional de Metrologia e de Normatização-INMETRO;

III - apresentar ao órgão ambiental competente plano de gerenciamento de pilhas e baterias, que contemple a destinação ambientalmente adequada, de acordo com esta Resolução.

§ 1o Caso comprovado pelo laudo físico-químico de que trata o inciso II que os teores estejam acima do permitido, o fabricante e o importador estarão sujeitos às penalidades previstas na legislação.

§ 2o Os importadores de pilhas e baterias deverão apresentar ao IBAMA plano de gerenciamento referido no inciso III para a obtenção de licença de importação.

§ 3o O plano de gerenciamento apresentado ao órgão ambiental competente deve considerar que as pilhas e baterias a serem recebidas ou coletadas sejam acondicionadas adequadamente e armazenadas de forma segregada, até a destinação ambientalmente adequada, obedecidas as normas ambientais e de saúde pública pertinentes, contemplando a sistemática de recolhimento regional e local.

§ 4o O IBAMA publicará em 30 dias, a contar da vigência desta resolução, o termo de referência para a elaboração do plano de gerenciamento.

Art. 4o Os estabelecimentos que comercializam os produtos mencionados no art 1o, bem como a rede de assistência técnica autorizada pelos fabricantes e importadores desses produtos, deverão receber dos usuários as pilhas e baterias usadas, respeitando o mesmo princípio ativo, sendo facultativa a recepção de outras marcas, para repasse aos respectivos fabricantes ou importadores.

Art. 5o Para as pilhas e baterias não contempladas nesta Resolução, deverão ser implementados, de forma compartilhada, programas de coleta seletiva pelos respectivos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e pelo poder público.

Art. 6o As pilhas e baterias mencionadas no art. 1o, nacionais e importadas, usadas

RESOLUÇÃO CONAMA nº 401 de 2008gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento...

Page 25: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

RESOLUÇÕES DO CONAMA RESOLUÇÕES DO CONAMA 733733RESOLUÇÕES DO CONAMA

Gest

ão de

Res

íduo

s e P

rodu

tos P

erig

osos

ou inservíveis, recebidas pelos estabelecimentos comerciais ou em rede de assistência técnica autorizada, deverão ser, em sua totalidade, encaminhadas para destinação ambientalmente adequada, de responsabilidade do fabricante ou importador.

Parágrafo único. O IBAMA estabelecerá por meio de Instrução Normativa a forma de controle do recebimento e da destinação final.

CAPÍTULO IIDAS PILHAS E BATERIAS DE PILHAS ELÉTRICAS ZINCO-MANGANÊS E

ALCALINO-MANGANÊS

Art. 7o A partir de 1o de julho de 2009, as pilhas e baterias do tipo portátil, botão e miniatura que sejam comercializadas, fabricadas no território nacional ou importadas, deverão atender aos seguintes teores máximos dos metais de interesse:

I - conter até 0,0005% em peso de mercúrio quando for do tipo listado no inciso III do art. 2o desta resolução;

II - conter até 0,002% em peso de cádmio quando for do tipo listado no inciso III do art. 2o desta resolução;

III - conter até 2,0% em peso de mercúrio quando for do tipo listado nos incisos V, VI e VII do art. 2o desta resolução.

IV - conter traços de até 0,1% em peso de chumbo.

CAPÍTULO III DAS BATERIAS CHUMBO-ÁCIDO

Art. 8o As baterias, com sistema eletroquímico chumbo-ácido, não poderão possuir teores de metais acima dos seguintes limites:

I - mercúrio - 0,005% em peso; e II - cádmio - 0,010% em peso.

Art. 9o O repasse das baterias chumbo-ácido previsto no art. 4o poderá ser efetuado de forma direta aos recicladores, desde que licenciados para este fim.

Art. 10. Não é permitida a disposição final de baterias chumbo-ácido em qualquer tipo de aterro sanitário, bem como a sua incineração.

Art. 11. O transporte das baterias chumbo-ácido exauridas, sem o seu respectivo eletrólito, só será admitido quando comprovada a destinação ambientalmente adequada do eletrólito.

CAPÍTULO IV DAS BATERIAS NÍqUEL-CÁDMIO E ÓXIDO DE MERCÚRIO

Art. 12. O repasse das baterias níquel-cádmio e óxido de mercúrio previsto no art. 4o poderá ser efetuado de forma direta aos recicladores, desde que licenciados para este fim.

Art. 13. Não é permitida a incineração e a disposição final dessas baterias em qualquer tipo de aterro sanitário, devendo ser destinadas de forma ambientalmente adequada.

CAPÍTULO V DA INFORMAÇÃO, EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO AMBIENTAL

Art. 14. Nos materiais publicitários e nas embalagens de pilhas e baterias, fabricadas no País ou importadas, deverão constar de forma clara, visível e em língua portuguesa, a simbologia indicativa da destinação adequada, as advertências sobre os riscos à

gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... RESOLUÇÃO CONAMA nº 401 de 2008

Page 26: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

734 RESOLUÇÕES DO CONAMA RESOLUÇÕES DO CONAMA 734 RESOLUÇÕES DO CONAMA RESOLUÇÕES DO CONAMA

saúde humana e ao meio ambiente, bem como a necessidade de, após seu uso, serem encaminhadas aos revendedores ou à rede de assistência técnica autorizada, conforme Anexo I.

Art. 15. Os fabricantes e importadores de produtos que incorporem pilhas e baterias deverão informar aos consumidores sobre como proceder quanto à remoção destas pilhas e baterias após a sua utilização, possibilitando sua destinação separadamente dos aparelhos.

Parágrafo único. Nos casos em que a remoção das pilhas ou baterias não for possível, oferecer risco ao consumidor ou, quando forem parte integrante e não removíveis do produto, o fabricante ou importador deverá obedecer aos critérios desta Resolução quanto à coleta e sua destinação ambientalmente adequada, sem prejuízo da obrigação de informar devidamente o consumidor sobre esses riscos.

Art. 16. No corpo do produto das baterias chumbo-ácido, níquel-cádmio e óxido de mercúrio deverá constar:

I - nos produtos nacionais, a identificação do fabricante e, nos produtos importados, a identificação do importador e do fabricante, de forma clara e objetiva, em língua portuguesa, mediante a utilização de etiquetas indeléveis, legíveis e com resistência mecânica suficiente para suportar o manuseio e intempéries, visando assim preservar as informações nelas contidas durante toda a vida útil da bateria;

II - a advertência sobre os riscos à saúde humana e ao meio ambiente; e III - a necessidade de, após seu uso, serem devolvidos aos revendedores ou à rede de

assistência técnica autorizada para repasse aos fabricantes ou importadores. Parágrafo único. No caso de importação, as informações de que trata este artigo

constituem-se pré-requisito para o desembaraço aduaneiro.

Art. 17. Os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes destas pilhas e baterias, ou de produtos que as contenham para seu funcionamento, serão incentivados, em parceria com o poder público e sociedade civil, a promover campanhas de educação ambiental, bem como pela veiculação de informações sobre a responsabilidade pós-consumo e por incentivos à participação do consumidor neste processo.

Art. 18. Os fabricantes e importadores dos produtos abrangidos por esta Resolução deverão periodicamente promover a formação e capacitação dos recursos humanos envolvidos na cadeia desta atividade, inclusive aos catadores de resíduos, sobre os processos de logística reversa com a destinação ambientalmente adequada de seus produtos.

CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 19. Os estabelecimentos de venda de pilhas e baterias referidas no art. 1o devem obrigatoriamente conter pontos de recolhimento adequados.

Art. 20. Os fabricantes e importadores dos produtos abrangidos por esta Resolução, que estejam em operação na data de sua publicação, terão prazo de até 12 meses para cumprir o disposto no Inciso III do art. 3o.

Art. 21. Para cumprimento do disposto nos arts. 4o, art. 5o e caput do art. 6o, será dado um prazo de até 24 meses, a contar da publicação desta resolução.

Art. 22. Não serão permitidas formas inadequadas de disposição ou destinação final de pilhas e baterias usadas, de quaisquer tipos ou características, tais como:

I - lançamento a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais, ou em aterro não licenciado;

RESOLUÇÃO CONAMA nº 401 de 2008gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento...

Page 27: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

RESOLUÇÕES DO CONAMA RESOLUÇÕES DO CONAMA 735735RESOLUÇÕES DO CONAMA

Gest

ão de

Res

íduo

s e P

rodu

tos P

erig

osos

II - queima a céu aberto ou incineração em instalações e equipamentos não licenciados;

III - lançamento em corpos d’água, praias, manguezais, pântanos, terrenos baldios, poços ou cacimbas, cavidades subterrâneas, redes de drenagem de águas pluviais, esgotos, ou redes de eletricidade ou telefone, mesmo que abandonadas, ou em áreas sujeitas à inundação.

Art. 23. O IBAMA, baseado em fatos fundamentados e comprovados, poderá requisitar, a seu critério, amostra de lotes de pilhas e baterias, de quaisquer tipos, produzidos ou importados para comercialização no país, para fins de comprovação do atendimento às exigências desta Resolução, mediante a realização da medição dos teores de metais pesados, em laboratórios acreditados por órgãos competentes para este fim, signatários dos acordos do “International Laboratory Accreditation Cooperation” - ILAC.

§ 1o Os custos dos ensaios de comprovação de conformidade, realizados no país ou no exterior, assim como os decorrentes de eventuais ações de reparo e armazenamento, correrão por conta do fabricante ou importador das pilhas e baterias.

§ 2o A verificação do não cumprimento das exigências previstas nesta resolução resultará na obrigação para o fabricante ou importador de recolhimento de todos os lotes em desacordo com esta norma.

Art. 24. O órgão ambiental competente, poderá adotar procedimentos complementares relativos ao controle, fiscalização, laudos e análises físico-químicas, necessários à verificação do cumprimento do disposto nesta Resolução.

Art. 25. Compete aos órgãos e entidades do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades da Administração Pública, a fiscalização relativa ao cumprimento das disposições desta Resolução.

Art. 26. Os fabricantes e importadores dos produtos abrangidos por esta Resolução deverão conduzir estudos para substituir as substâncias potencialmente perigosas neles contidas ou reduzir o seu teor até os valores mais baixos viáveis tecnologicamente.

Parágrafo único. Os estudos e resultados mencionados no caput devem ser entregues ao IBAMA, que os avaliará tecnicamente e encaminhará relatório ao CONAMA, respeitados o sigilo industrial e as patentes.

Art. 27. O não-cumprimento das obrigações previstas nesta Resolução sujeitará os infratores às penalidades previstas na legislação em vigor.

Art. 28. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se a Resolução no 257, de 30 de junho 1999.

CARLOS MINC - Presidente do Conselho

gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento... RESOLUÇÃO CONAMA nº 401 de 2008

Page 28: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

736 RESOLUÇÕES DO CONAMA RESOLUÇÕES DO CONAMA RESOLUÇÕES DO CONAMA

ANEXO I SIMBOLOGIAS ADOTADAS PARA PILHAS E BATERIAS

Chumbo ácido: Utilizar qualquer das 3 alternativas abaixo:a)

Se o fabricante ou o importador adotar um sistema de reciclagem poderá utilizar complementarmente a simbologia abaixo.

Níquel-cádmio: Utilizar qualquer das 3 alternativas abaixob)

Se o fabricante ou o importador adotar um sistema de reciclagem poderá utilizar complementarmente a simbologia abaixo.

Este texto não substitui o publicado no dOU, de 5 de novembro de 2008.

RESOLUÇÃO CONAMA nº 401 de 2008gEStÃO dE RESídUOS E pROdUtOS pERigOSOS – tratamento...

Page 29: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

1

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

RESOLUÇÃO No 416, DE 30 DE SETEMBRO DE 2009

Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 8o, inciso VII, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, e

Considerando a necessidade de disciplinar o gerenciamento dos pneus inservíveis;

Considerando que os pneus dispostos inadequadamente constituem passivo ambiental, que podem resultar em sério risco ao meio ambiente e à saúde pública;

Considerando a necessidade de assegurar que esse passivo seja destinado o mais próximo possível de seu local de geração, de forma ambientalmente adequada e segura;

Considerando que a importação de pneumáticos usados é proibida pelas Resoluções nos 23, de 12 de dezembro de 1996, e 235, de 7 de janeiro de 1998, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA;

Considerando que os pneus usados devem ser preferencialmente reutilizados, reformados e reciclados antes de sua destinação final adequada;

Considerando ainda o disposto no art. 4o e no anexo 10-C da Resolução CONAMA no 23, de 1996, com a redação dada pela Resolução CONAMA no 235, de 7 de janeiro de 1998;

Considerando que o art. 70 do Decreto no 6.514, de 22 de julho 2008, impõe pena de multa por unidade de pneu usado ou reformado importado;

Considerando que a liberdade do comércio internacional e de importação de matéria-prima não devem representar mecanismo de transferência de passivos ambientais de um país para outro, resolve:

Art. 1o Os fabricantes e os importadores de pneus novos, com peso unitário superior a 2,0 kg (dois quilos), ficam obrigados a coletar e dar destinação adequada aos pneus inservíveis existentes no território nacional, na proporção definida nesta Resolução.

§ 1o Os distribuidores, os revendedores, os destinadores, os consumidores finais de pneus e o Poder Público deverão, em articulação com os fabricantes e importadores, implementar os procedimentos para a coleta dos pneus inservíveis existentes no País, previstos nesta Resolução.

§ 2o Para fins desta resolução, reforma de pneu não é considerada fabricação ou destinação adequada.

§ 3o A contratação de empresa para coleta de pneus pelo fabricante ou importador não os eximirá da responsabilidade pelo cumprimento das obrigações previstas no caput deste artigo.

Art. 2o Para os fins do disposto nesta Resolução, considera-se:

I - Pneu ou pneumático: componente de um sistema de rodagem, constituído de elastômeros, produtos têxteis, aço e outros materiais que quando montado em uma roda de veiculo e contendo fluido(s) sobre pressão, transmite tração dada a sua aderência ao solo, sustenta elasticamente a carga do veiculo e resiste à pressão provocada pela reação do solo;

Page 30: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

2

II - Pneu novo: pneu, de qualquer origem, que não sofreu qualquer uso, nem foi submetido a qualquer tipo de reforma e não apresenta sinais de envelhecimento nem deteriorações, classificado na posição 40.11 da Nomenclatura Comum do Mercosul-NCM;

III - Pneu usado: pneu que foi submetido a qualquer tipo de uso e/ou desgaste, classificado na posição 40.12 da NCM, englobando os pneus reformados e os inservíveis;

IV - Pneu reformado: pneu usado que foi submetido a processo de reutilização da carcaça com o fim específico de aumentar sua vida útil, como:

a) recapagem: processo pelo qual um pneu usado é reformado pela substituição de sua banda de rodagem;

b) recauchutagem: processo pelo qual um pneu usado é reformado pela substituição de sua banda de rodagem e dos ombros; e

c) remoldagem: processo pelo qual um pneu usado é reformado pela substituição de sua banda de rodagem, ombros e toda a superfície de seus flancos.

V - pneu inservível: pneu usado que apresente danos irreparáveis em sua estrutura não se prestando mais à rodagem ou à reforma;

VI - destinação ambientalmente adequada de pneus inservíveis: procedimentos técnicos em que os pneus são descaracterizados de sua forma inicial, e que seus elementos constituintes são reaproveitados, reciclados ou processados por outra(s) técnica(s) admitida(s) pelos órgãos ambientais competentes, observando a legislação vigente e normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, e a minimizar os impactos ambientais adversos;

VII - Ponto de coleta: local definido pelos fabricantes e importadores de pneus para receber e armazenar provisoriamente os pneus inservíveis;

VIII - Central de armazenamento: unidade de recepção e armazenamento temporário de pneus inservíveis, inteiros ou picados, disponibilizada pelo fabricante ou importador, visando uma melhor logística da destinação;

IX - mercado de reposição de pneus é o resultante da fórmula a seguir:

MR = (P + I) – (E + EO), na qual:

MR = Mercado de Reposição de pneus;

P = total de pneus produzidos;

I = total de pneus importados;

E = total de pneus exportados; e

EO = total de pneus que equipam veículos novos.

Art. 3o A partir da entrada em vigor desta resolução, para cada pneu novo comercializado para o mercado de reposição, as empresas fabricantes ou importadoras deverão dar destinação adequada a um pneu inservível.

§ 1o Para efeito de controle e fiscalização, a quantidade de que trata o caput deverá ser convertida em peso de pneus inservíveis a serem destinados.

§ 2º Para que seja calculado o peso a ser destinado, aplicar-se-á o fator de desgaste de 30% (trinta por cento) sobre o peso do pneu novo produzido ou importado.

Art. 4o Os fabricantes, importadores, reformadores e os destinadores de pneus inservíveis deverão se inscrever no Cadastro Técnico Federal-CTF, junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA.

Art. 5o Os fabricantes e importadores de pneus novos deverão declarar ao IBAMA, numa periodicidade máxima de 01 (um) ano, por meio do CTF, a destinação adequada dos pneus inservíveis estabelecida no art. 3o desta Resolução.

Page 31: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

3

§ 1o O não cumprimento do disposto no caput deste artigo poderá acarretar a suspensão da liberação de importação.

§ 2o O saldo resultante do balanço de importação e exportação poderá ser compensado entre os fabricantes e importadores definidos no art. 1o desta Resolução, conforme critérios e procedimentos a serem estabelecidos pelo IBAMA.

§ 3o Cumprida a meta de destinação estabelecida no art. 3o desta Resolução, o excedente poderá ser utilizado para os períodos subsequentes.

§ 4o O descumprimento da meta de destinação acarretará acúmulo de obrigação para o período subsequente, sem prejuízo da aplicação das sanções cabíveis.

§ 5o Para efeito de comprovação junto ao IBAMA, poderá ser considerado o armazenamento adequado de pneus inservíveis, obrigatoriamente em lascas ou picados, desde que obedecidas as exigências do licenciamento ambiental para este fim e, ainda, aquelas relativas à capacidade instalada para armazenamento e o prazo máximo de 12 meses para que ocorra a destinação final.

Art. 6o Os destinadores deverão comprovar periodicamente junto ao CTF do IBAMA, numa periodicidade máxima de 01 (um) ano, a destinação de pneus inservíveis, devidamente licenciada pelo órgão ambiental competente.

Art. 7o Os fabricantes e importadores de pneus novos deverão elaborar um plano de gerenciamento de coleta, armazenamento e destinação de pneus inservíveis (PGP), no prazo de 6 meses a partir da publicação desta Resolução, o qual deverá ser amplamente divulgado e disponibilizado aos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA.

§ 1o O PGP deverá conter no mínimo os seguintes requisitos:

I - descrição das estratégias para coleta dos pneus inservíveis, acompanhada de cópia de eventuais contratos, convênios ou termos de compromisso, para este fim;

II - indicação das unidades de armazenagem, informando as correspondentes localização e capacidade instalada, bem como informando os dados de identificação do proprietário, caso não sejam próprias;

III - descrição das modalidades de destinação dos pneus coletados que serão adotadas pelo interessado;

IV - descrição dos programas educativos a serem desenvolvidos junto aos agentes envolvidos e, principalmente, junto aos consumidores;

V - número das licenças ambientais emitidas pelos órgãos competentes relativas às unidades de armazenamento, processamento, reutilização, reciclagem e destinação; e

VI - descrições de programas pertinentes de auto-monitoramento.

§ 2o O PGP deverá incluir os pontos de coleta e os mecanismos de coleta e destinação já existentes na data da entrada em vigor desta Resolução.

§ 3o Anualmente, os fabricantes e importadores de pneus novos deverão disponibilizar os dados e resultados dos PGPs.

§ 4o Os PGPs deverão ser atualizados sempre que seus fundamentos sofrerem alguma alteração ou o órgão ambiental licenciador assim o exigir.

Art. 8o Os fabricantes e os importadores de pneus novos, de forma compartilhada ou isoladamente, deverão implementar pontos de coleta de pneus usados, podendo envolver os pontos de comercialização de pneus, os municípios, borracheiros e outros.

§ 1o Os fabricantes e os importadores de pneus novos deverão implantar, nos municípios acima de 100.000 (cem mil) habitantes, pelo menos um ponto de coleta no prazo máximo de até 01 (um) ano, a partir da publicação desta Resolução.

Page 32: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

4

§ 2o Os municípios onde não houver ponto de coleta serão atendidos pelos fabricantes e importadores através de sistemas locais e regionais apresentados no PGP.

Art. 9o Os estabelecimentos de comercialização de pneus são obrigados, no ato da troca de um pneu usado por um pneu novo ou reformado, a receber e armazenar temporariamente os pneus usados entregues pelo consumidor, sem qualquer tipo de ônus para este, adotando procedimentos de controle que identifiquem a sua origem e destino.

§ 1o Os estabelecimentos referidos no caput deste artigo terão prazo de até 1 (um) ano para adotarem os procedimentos de controle que identifiquem a origem e o destino dos pneus.

§ 2o Os estabelecimentos de comercialização de pneus, além da obrigatoriedade do caput deste artigo, poderão receber pneus usados como pontos de coleta e armazenamento temporário, facultada a celebração de convênios e realização de campanhas locais e regionais com municípios ou outros parceiros.

Art. 10. O armazenamento temporário de pneus deve garantir as condições necessárias à prevenção dos danos ambientais e de saúde pública.

Parágrafo único. Fica vedado o armazenamento de pneus a céu aberto.

Art. 11. Com o objetivo de aprimorar o processo de coleta e destinação dos pneus inservíveis em todo o país, os fabricantes e importadores de pneus novos devem:

I - divulgar amplamente a localização dos pontos de coleta e das centrais de armazenamento de pneus inservíveis;

II - incentivar os consumidores a entregar os pneus usados nos pontos de coleta e nas centrais de armazenamento ou pontos de comercialização;

III - promover estudos e pesquisas para o desenvolvimento das técnicas de reutilização e reciclagem, bem como da cadeia de coleta e destinação adequada e segura de pneus inservíveis; e

IV - desenvolver ações para a articulação dos diferentes agentes da cadeia de coleta e destinação adequada e segura de pneus inservíveis.

Art. 12. Os fabricantes e os importadores de pneus novos podem efetuar a destinação adequada dos pneus inservíveis sob sua responsabilidade, em instalações próprias ou mediante contratação de serviços especializados de terceiros.

Parágrafo único. A simples transformação dos pneus inservíveis em lascas de borracha não é considerada destinação final de pneus inservíveis.

Art. 13. A licença ambiental dos destinadores de pneus inservíveis deverá especificar a capacidade instalada e os limites de emissão decorrentes do processo de destinação utilizado, bem como os termos e condições para a operação do processo.

Art. 14. É vedada a destinação final de pneus usados que ainda se prestam para processos de reforma, segundo normas técnicas em vigor.

Art. 15. É vedada a disposição final de pneus no meio ambiente, tais como o abandono ou lançamento em corpos de água, terrenos baldios ou alagadiços, a disposição em aterros sanitários e a queima a céu aberto.

Parágrafo único. A utilização de pneus inservíveis como combustível em processos industriais só poderá ser efetuada caso exista norma especifica para sua utilização.

Art. 16. O IBAMA, com base nos dados do PGP, dentre outros dados oficiais, apresentado pelo fabricante e importador, relatará anualmente ao CONAMA, na terceira reunião ordinária do ano, os dados consolidados de destinação de pneus inservíveis relativos ao ano anterior, informando:

I - a quantidade nacional total e por fabricante e importador de pneus fabricados e importados;

II - o total de pneus inservíveis destinados por unidade da federação;

Page 33: Companhia de Engenharia de Tráfego · Companhia de Engenharia de Tráfego Rua Barão de Itapetininga, 18 CEP 01042-000 São Paulo - SP Fone PABX: 3396.8000 . LEILÃO PÚBLICO DE

5

III - o total de pneus inservíveis destinados por categoria de destinação, inclusive armazenados temporariamente; e

IV - dificuldades no cumprimento da presente resolução, novas tecnologias e soluções para a questão dos pneus inservíveis, e demais informações correlatas que julgar pertinente.

Art. 17. Os procedimentos e métodos para a verificação do cumprimento desta Resolução serão estabelecidos por Instrução Normativa do IBAMA.

Art. 18. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 19. Ficam revogadas as Resoluções CONAMA no 258, de 26 de agosto de 1999, e no 301, de 21 de março de 2002.

IZABELLA TEIXEIRA Presidente do Conselho, Interina

ESSE TEXTO NÃO SUBSTITUI O PUBLICADO NO DOU nº 188, EM 01/10/2009, págs. 64-65.