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Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG - 01 e 02 de dezembro de 2016 - 3093 - ARTIGO - CHO COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES “O ÚLTIMO SAMURAI”: ENSINO NA GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIAS ATRAVÉS DA LINGUAGEM FÍLMICA. RAFAEL MARQUES MALACHINE Este trabalho tem como objetivo maior ajudar no estudo da temática “Gestão de pessoas por competência”, através do filme "O último samurai", com uma visão minuciosa e técnica na disciplina Gestão de Pessoas. Seu principal ponto é compreender as técnicas e as habilidades no processo de desenvolvimento profissional de um indivíduo. Entender que a análise fílmica é um instrumento de ensino-aprendizagem, de vasta fonte de informações, possibilita a um indivíduo desenvolver suas competências, seja no âmbito pessoal ou profissional. Palavras-Chave: Análise Fílmica, Pessoas, Competência, Samurai. 1. Introdução Como um filme pode influenciar na disciplina gestão de pessoas? Como um condecorado capitão Ianque, e ainda, herói da Guerra Civil americana, utilizando de suas armas de fogo (pistolas, canhões e espingardas) e de sua espada, consegue se transformar em um samurai? Ou ainda, o que há de tão interessante e transformador em um filme, que pode contribuir para o desenvolvimento da competência de um indivíduo? Essas e outras questões serão tratadas adiante, através da análise detalhada, na visão gestora de pessoas do filme “O último samurai”, estrelado por Tom Cruise. Para Freitas e Leite (2015), a temática da linguagem fílmica, destacou-se em 1948, quando Maurice Merleau-Ponty considerou o cinema uma arte fenomenológica, pois num filme somam-se as imagens, a unidade temporal, e as expressões visuais e sonoras. E é com essa ferramenta de linguagem que iremos entrar no universo da sétima arte. Com o passar dos anos, muitas mudanças aconteceram no cinema, como: evoluções tecnológicas, novas histórias de diferentes cotidianos, temas polêmicos, efeitos especiais, influências compartilhadas com a moda e outras mudanças mais complexas. Entre a maior e mais interessante, destaca-se a mudança no comportamento humano. Seja com as linguagens corporais icônicas dos grandes astros e estrelas, ou mesmo a visão de como se comportar na sociedade, vemos não só um legado deixado pelos diretores e autores dessa arte, mas também uma ferramenta de trabalho e análise para as demais organizações. Um filme nos possibilita trabalhar na gestão de pessoas da empresa, com assuntos e temas diversos, como: motivação,

COMPETÊNCIAS ATRAVÉS DA LINGUAGEM FÍLMICA. · capitão Ianque, e ainda, herói da Guerra Civil americana, ... a exibição e estudo do filme, ... perspectiva dinâmica e desempenho

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ARTIGO - CHO – COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES

“O ÚLTIMO SAMURAI”: ENSINO NA GESTÃO DE PESSOAS POR

COMPETÊNCIAS ATRAVÉS DA LINGUAGEM FÍLMICA.

RAFAEL MARQUES MALACHINE

Este trabalho tem como objetivo maior ajudar no estudo da temática “Gestão de pessoas por

competência”, através do filme "O último samurai", com uma visão minuciosa e técnica na

disciplina Gestão de Pessoas. Seu principal ponto é compreender as técnicas e as habilidades

no processo de desenvolvimento profissional de um indivíduo. Entender que a análise fílmica

é um instrumento de ensino-aprendizagem, de vasta fonte de informações, possibilita a um

indivíduo desenvolver suas competências, seja no âmbito pessoal ou profissional.

Palavras-Chave: Análise Fílmica, Pessoas, Competência, Samurai.

1. Introdução

Como um filme pode influenciar na disciplina gestão de pessoas? Como um condecorado

capitão Ianque, e ainda, herói da Guerra Civil americana, utilizando de suas armas de fogo

(pistolas, canhões e espingardas) e de sua espada, consegue se transformar em um samurai?

Ou ainda, o que há de tão interessante e transformador em um filme, que pode contribuir para

o desenvolvimento da competência de um indivíduo? Essas e outras questões serão tratadas

adiante, através da análise detalhada, na visão gestora de pessoas do filme “O último

samurai”, estrelado por Tom Cruise.

Para Freitas e Leite (2015), a temática da linguagem fílmica, destacou-se em 1948, quando

Maurice Merleau-Ponty considerou o cinema uma arte fenomenológica, pois num filme

somam-se as imagens, a unidade temporal, e as expressões visuais e sonoras. E é com essa

ferramenta de linguagem que iremos entrar no universo da sétima arte.

Com o passar dos anos, muitas mudanças aconteceram no cinema, como: evoluções

tecnológicas, novas histórias de diferentes cotidianos, temas polêmicos, efeitos especiais,

influências compartilhadas com a moda e outras mudanças mais complexas. Entre a maior e

mais interessante, destaca-se a mudança no comportamento humano. Seja com as linguagens

corporais icônicas dos grandes astros e estrelas, ou mesmo a visão de como se comportar na

sociedade, vemos não só um legado deixado pelos diretores e autores dessa arte, mas também

uma ferramenta de trabalho e análise para as demais organizações. Um filme nos possibilita

trabalhar na gestão de pessoas da empresa, com assuntos e temas diversos, como: motivação,

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inovação, trabalhos em equipe, marketing, equilíbrio emocional, negociação,

comprometimento, liderança, de acordo com a necessidade do grupo, setor ou até mesmo de

um indivíduo.

Partindo dessa observação, é possível ver que o cinema pode ser um recurso de aprendizagem,

como é citado por Archanjo e Corrêa (2011). Para eles, o cinema figura como instrumento

pedagógico, sendo no desenvolvimento cognitivo-afetivo, o principal elemento que estrutura a

personalidade do indivíduo, ou ainda, que proporciona a socialização e revela a sua força,

como conceito pedagógico na educação. Por isso, deve-se estimular que a projeção de filmes,

como instrumento pedagógico, deixe de ser abordado somente em projetos complementares e

esteja presente em todas as matrizes curriculares, uma vez que a simples exibição de filme

estabelece relações entre conteúdo e linguagem, com situações vividas no cotidiano.

Podem ser citados também Niemeyer e Kruse (2013), que acreditam que os filmes provocam

reflexões que podem contribuir para o desenvolvimento das pessoas. Em seus estudos,

Mendonça e Guimarães (2008) dizem que deve-se ter o cuidado de escolher os temas dos

filmes antes de aplicá-los, despertando o interesse ao tema e o fortalecimento de imagens ou

cenas que fiquem marcadas na mente das pessoas, buscando sempre atingir um resultado

positivo para elas.

Essa análise é primordial para a aplicação dessa ferramenta, visto que o gestor deve ter em

mente a real necessidade de crescimento do grupo ou do indivíduo em questão, para que

realmente o recurso aplicado, ou seja, a exibição e estudo do filme, traga ganhos e melhorias

para todos.

A prática da comunicação e a educação com o cinema/filmes contribui e amplia o capital

cultural, tanto pessoal como profissional, segundo estudos de Ferreira (2014). Não apenas só

ver o filme e analisá-lo, mas também ir a fundo, na cultura visual, ter um ensino reforçado e

uma reintegração de memória de reprodução de informações.

Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é desenvolver elementos para que o filme “O último

samurai”, seja empregado como o suporte no processo de aprendizagem do protagonista –

Tom Cruise, em suas competências e, analisando suas técnicas e habilidades adquiridas, ainda

mais em um ambiente e cultura de outro país. É possível perceber que esse aprofundamento

no personagem, é tão enriquecedor que conduz essas competências adquiridas para o

cotidiano das empresas, enriquecendo mais as técnicas em gestão por competência. Com essa

filtragem, percebe-se ainda mais uma contribuição para o treinamento e desenvolvimento de

pessoas. Após a introdução, este trabalho está estruturado da seguinte forma: quadro teórico,

com a importância do cinema como material didático, processos metodológicos, a análise do

filme, tratando a abordagem central do desenvolvimento de suas competências, as

considerações finais e referências.

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2. Fundamentação Teórica

2.1. Uso de filmes como recursos didáticos

Há mais de cento e vinte anos surgia uma das mais importantes invenções do homem, o

Cinema, também chamado de Sétima Arte. Criado pelos irmãos franceses Auguste e Louis

Lumière, que começaram com uma ideia inovadora ao fazer com que as fotografias se

movessem, surgindo assim, os filmes. Baseado em Kemp (2011), as primeiras exibições

foram de 10 curtas-metragens, em Paris, entre elas, a saída dos operários da fábrica Lumière,

para um público pagante. Os primeiros filmes tinham poucos segundos de duração e

mostravam cenas cotidianas bem simples e alguns truques visuais. Filmes com uma narrativa

identificável surgiram com o século XX. Para ele, o cinema supriu o desejo pelo espetáculo,

oferecendo a possibilidade de se recriar o passado, reinventar o presente e sonhar o futuro.

No Brasil: O quinetoscópio de Thomas Edison desembarcou em 1894,

importado pelo imigrante tcheco Frederico Figner (1866-1947). A primeira

exibição oficial, porém, deu-se um ano depois da apresentação do

cinemascópio em Paris – mais exatamente em 08 de julho de 1896, na rua do

Ouvidor, n. 57, Rio de Janeiro. (BORGO, FORLANI E HESSEL, 2009,

pp.14).

Até 1907, porém, poucos conheciam o cinema, e foi na base do nomadismo que as exibições

se popularizaram na virada do século, em quermesses, cafés, parques de diversão e recepções

públicas, onde eram cobrados ingressos mais baratos do que nos teatros fechados. Cidades

como São Paulo, Curitiba, Juiz de Fora e Salvador tiveram, entre 1896 e 1907, seu primeiro

contato com os filmes.

Essa base histórica é relevante e importante citá-la, pois há mais de um século que os filmes

vêm contribuindo para a diversão dos mais diversos públicos, e muitas vezes, destacando-se.

O cinema é um instrumento que reproduz comportamentos culturais, muitas vezes em um

conjunto de valores socioculturais e linguísticos, e assim atua como um artefato cultural de

ordem simbólica, que contribui para a consolidação do imaginário contemporâneo, ressalta

Pires e Silva (2014). E ainda, que a facilidade com a qual o cinema atinge o imaginário social

apresenta seu principal do contexto na aprendizagem. É claro que não se deseja afirmar que o

cinema seria a realidade ou até mesmo a substituição desta, porém a linguagem da sétima arte

produz uma contribuição narrativa de representações, que se misturam em realidade e ficção,

sem muito fugir do foco.

Conforme Abdalla, Guimarães, Motta e Ferreira (2011), defendem a utilização de filmes

como excelente recurso didático-pedagógico, Santos e Noro (2013) informam vários trabalhos

publicados, relacionados à utilização de filmes como recurso pedagógico e sugerem que estes

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sejam exibidos em sala de aula, indicando após um debate. Para Vergara (2003), os filmes

podem ser catalogados como vídeos de treinamento, ou comerciais. A seleção dos filmes ou

de trechos específicos deles deve estar atrelada aos temas desenvolvidos no âmbito da

disciplina.

O cinema tem contribuições em diversas e distintas áreas, e usá-lo como recurso didático é de

um enriquecimento transformador para o aluno, seja na sua formação profissional, seja no seu

crescimento pessoal.

Como explica, Abud (2003), a utilização de obra cinematográfica tem um sentido para a

formação, e só pode dar continuidade quando o conteúdo recebido se relaciona com um

agrupamento individual, de esquemas e de estruturas mentais, que transforma a informação

em conhecimento, e esses novos projetos e sustentações irão proporcionar um aumento no

conjunto cognitivo ou simbólico daquele que aprende. A formação é uma composição de

criação no qual se revelam dois aspectos: o conhecimento que é gerado e os elementos que

contribuem nessa facilidade de gerar o conhecimento.

Sendo assim, não podemos esquecer que o ensino anda junto com a aprendizagem, a tal

relação deve formar-se implicação da curiosidade e no desenvolvimento de oportunidades, e

para que o educando possa obter independência intelectual e habilidades sociais que lhe

permitam interagir fecundamente com outras pessoas.

2.2. Desenvolvimento por competência

Segundo Furukawa e Cunha (2010), a valorização do conhecimento, principalmente, em

relação aos colaboradores que fazem parte de uma organização, provocaram transformações

na forma de gerir pessoas. Foi comprovado que o trabalhador tem um importante papel no

sucesso organizacional, evidenciando uma preocupação em relação às competências

necessárias a cada profissional. Além do aspecto do trabalhador, as empresas também

procuram desenvolver competências organizacionais que criem vantagens competitivas. Sob o

ponto de vista empresarial, é o conhecimento aplicado que gera capacidade de produzir

resultados, ou seja, competência.

De acordo com Appel e Bitencourt (2008), os maiores focos para a escolha de um profissional

são: formação, comportamento, ação, resultado, aptidão, valores, interação, aprendizagem

individual, perspectiva dinâmica e desempenho. Mesmo havendo uma infinidade de itens,

chega-se a conclusão de que a competência persegue o desenvolvimento pessoal e

profissional, levando-a ao melhor resultado.

O conceito de competência organizacional está relacionado ao conjunto de recursos

coordenados, que afetam o desempenho da organização, citado por Fernandes, Fleury e Mills

(2006). Munck e Munck (2008) mencionam que nas décadas de 70 e 80, como na atualidade,

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a competência seguia paradigmas taylorista-fordista, que para obter resultados e desempenhos

superiores utilizava um formato mais moderno de aperfeiçoar a qualificação dos funcionários.

Desta forma, desfrutavam de uma filosofia denominada CHA, conhecimentos, habilidades e

atitudes, que quando avaliada permitia ao indivíduo, em seu cargo ou função, alcançar

resultados diferenciados.

Conforme Boog e Boog (2006), conhecimento pode ser definido como a ampla compreensão

de determinada área da ciência ou da tecnologia. Trata-se do “saber as causas de um efeito”

ou, em outras palavras, o “por que fazer” as coisas, e possui duas características: comunicação

e compreensão. Já habilidades, definem-se a capacidade de executar tarefas motoras ou

mentais com certo automatismo e precisão; em outras palavras, “como fazer”. O

desenvolvimento do indivíduo capacita-se pelo exercício prático, que possui duas fases:

comunicação e prática.

Finalizando, a atitude define-se como as respostas automáticas e inconscientes, desenvolvidas

por cada indivíduo, com componentes motores, racionais e emocionais. Ordenadas em função

de registros afetivos e comportamentais adquiridos (imagens mentais de como agir) ao longo

da vida, essas respostas, vão transformando-se em hábitos. Possuem quatro etapas:

autoanálise, convencimento, coação e conversão.

Já para Kilimnik, Sant'Anna e Luz (2004), nunca como na atualidade, as pessoas, com seus

talentos e competências, foram tão valorizadas, fazendo com que o indivíduo seja o elemento

principal da diferenciação estratégica. Por isso as empresas, estão cada vez mais investindo no

aumento das competências de seus empregados e colaboradores, pois visam mais qualidade e

o crescimento do lucro de suas produções.

Ubeda e Santos (2008), ressaltam que a temática competência pode ser analisada sob duas

perspectivas: numa visão macro, ligada à estratégia de negócios, que é a competência

organizacional ou essencial; ou numa visão micro, ligada aos indivíduos que trabalham nas

empresas, que é a competência humana ou individual.

Quadro 1. Conceitos de competências utilizados na pesquisa. Fonte: os autores.

Conceito Autores pesquisados

Competências essenciais

Soma do aprendizado de todo o conjunto de

habilidades, conhecimentos, know-how

tecnológico e resultados dos processos

decisórios da organização. Constitui uma fonte

de vantagem competitiva, porque deve ser

única, deve contribuir para o valor percebido

pelo cliente e não deve ser facilmente copiada

Ubeda (2003); Fleury e Fleury (2003);

Mills et al. (2002), Ritter, Wilkinson e

Johnston, (2002); Zarifian (2001); Drejer

e Riis (1999); Baker et al. (1997); Hagan

(1996); Robotham e Jubb (1996); Long e

Koch (1995); Stalk, Evans e Shulman

(1992); Hamel e Prahalad (1995).

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pela concorrência.

Competências humanas

Soma de conhecimentos, habilidades, atitudes e

resultados de um indivíduo, diretamente ligada

ao contexto de trabalho e às necessidades de

mercado impostas.

Ubeda e Santos (2007); Le Deist e

Winterton (2005); Schuler e Jackson

(2005); Bitencourt (2004); Dutra (2004);

Le Boterf (2003); Mansfield (2004);

Moore, Cheng e Dainty (2002); Conde

(2001); Hipólito (2001); Drejer (2000);

Fleury e Fleury (2000); Sandberg (2000);

Zarifian (2001); Sveiby (1998); Parry

(1996); Lawler III (1995).

Na visão de Camelo e Angerami (2013) os elementos ou recursos que compõem a

competência profissional devem envolver experiências e qualidades pessoais, usadas efetiva e

apropriadamente em atos individuais e coletivos, como resposta às circunstâncias da prática

profissional. Além disso, deve-se assumir uma postura ativa diante das situações de trabalho,

utilizar e transformar conhecimentos e aplicá-los na prática. Um profissional competente é

aquele que evidencia qualidade no seu desempenho, que proporciona qualidade aos clientes

com os quais relaciona-se.

O trabalho deixa de ser apenas um conjunto de tarefas relacionadas a um cargo, e torna-se a

expansão direta da competência, que o indivíduo mobiliza em face de uma situação

profissional cada vez mais mutável e complexa, conforme Fleury e Fleury (2004). Ainda de

acordo com os autores, o conceito de competência organizacional tem origens na abordagem

da organização como um portfólio formado por: físico (infra-estrutura), financeiro, intangível

(marca, imagem, etc.), organizacional (sistemas administrativos, culturais organizacionais) e

recursos humanos.

Como defensores dessa abordagem, citamos Krogh e Roos (1995), para eles, esse portfólio

cria vantagens competitivas e define que as estratégias competitivas devam começar com um

entendimento profundo das possibilidades estratégicas, dadas por tais recursos, conforme

apresentado na figura 1.

Figura 1 – Estratégia e competências essenciais.

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Ainda Fleury e Fleury (2004), complementam o quadro 1 (anteriormente apresentado), com

competência das organizações, conforme apresentado no quadro 2.

Quadro 2. Conceitos de competências nas organizações.

Conceito Descrição

Competências organizacionais

ou das unidades de negócios.

Competências e atividades-chave, esperadas de cada

unidade de negócios da empresa.

Competências de suporte

Atividade que é valiosa para apoiar um leque de

competências.

Capacidades dinâmicas Capacidade de uma empresa de adaptar suas

competências pelo tempo. É diretamente relacionada aos

recursos importantes para a mudança.

Partindo dessas definições podem-se citar competências comportamentais, exemplo desse tipo

de competência, como: liderança, empreendedorismo, equilíbrio emocional, organização,

automotivação, tomada de decisão, empatia, flexibilidade, relacionamento, comprometimento,

negociação, confiabilidade, gestão de erros, e outros. Esse processo de desenvolvimento por

competências muitas vezes por necessidades do cotidiano e até mesmo em uma necessidade

de crescimento.

3. Método de Pesquisa

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No Brasil, segundo Abud (2003), os defensores das propostas da Escola Nova sugeriam como

uma maneira de estimular e tornar o processo de aprendizagem interessante para o educando,

a utilização dos recursos audiovisuais, em especial o cinema, que havia tido um espetacular

desenvolvimento nas décadas de 10 e 20. Em complementação, Vergara (2003) afirma que a

utilização de filmes e sua relação com os conteúdos propostos para a disciplina, podem gerar

no estudante a reflexão e a discussão dos temas neles abordados.

Para Mendonça e Guimarães (2008), a discussão e a utilização de filmes na disciplina

comportamento organizacional são bastante aproveitadas, pois essa mídia apresenta ampla

oportunidade de observação e análise. Já para os alunos da pós-graduação, quando a

experiência profissional e o conhecimento teórico estão mais consolidados, os filmes podem

ser adotados com outras funções. Na utilização de filmes, como ferramenta didática para o

processo de aprendizagem social, os personagens podem servir de modelos para aqueles que

os observam. No quadro 3, estão sintetizadas as formas propostas pelo autor.

Quadro 3. Função Didáticas dos Filmes

Filmes como casos Um filme com um sólido enredo e uma história coerente pode

funcionar como um estudo de caso. As cenas de um filme bem

dirigido e interpretado apresentam um material de forma mais

dramática e atrativa do que um caso impresso.

Filmes como

exercícios

experienciais

Os estudantes podem analisar as cenas de um filme como situações-

problema, experimentando situações de tomada de decisão

individual ou em grupo.

Filmes como

metáforas

Os filmes possibilitam criar imagens metafóricas de teorias abstratas

e de conceitos, pois os cineastas, frequentemente, tentam apresentar

as imagens como metáforas de ideias-chave que pretendem enfatizar.

Filmes como sátiras A sátira é uma efetiva forma de arte para se mentalizar conceitos.

Quando bem realizada, pode deixar uma imagem inesquecível de um

determinado conceito que se queira enfatizar.

Filmes como

comunicação

simbólica

Determinadas cenas de filmes podem oferecer uma forma simbólica

de expor teorias e conceitos.

Filmes como

significados

Um filme é uma excelente mídia para dar significado e substância a

teorias e conceitos, pois os efeitos visuais e auditivos do filme

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podem transmitir mensagens, melhor do que o discurso escrito ou

falado.

Filmes como

experiências vicárias

As técnicas cinematográficas (foco, edição, ângulos de câmera, som,

etc.) permitem ao diretor criar uma experiência que, frequentemente,

vai além do que pode ser experimentado na realidade. É possível

valer-se dessa característica dos filmes para proporcionar aos alunos

forte experiência que possibilite o aprendizado vicário.

Filmes como

ilustração de eventos

históricos

Os filmes ambientados em diferentes momentos históricos podem

ajudar a revelar aspectos do comportamento organizacional e da

gestão em épocas diversas.

Nota Fonte: Campoux (1999) e Huczynski e Buchanan (2004).

No entanto, Abdalla, Guimarães, Motta e Ferreira (2011) apontam que o planejamento

antecipado é necessário para que explorem o máximo possível de tais recursos disponíveis.

Citam também as etapas necessárias no uso de filmes como recurso didático, conforme o

quadro 4.

Quadro 4. Etapas do Planejamento

ETAPAS DESCRIÇÃO

Programação Definição do objetivo a ser alcançado com a utilização do filme.

Questões norteadoras O que queremos fazer: promover, informar ou ensinar? Qual o

tema/questões que vamos retratar? Quem são os destinatários?

Antes da exibição do

filme

Contextualização do filme a ser apresentado; o que ajuda a criar

um clima psicológico e uma aproximação do tema a ser abordado.

A pessoa pode obter algumas informações preliminares sobre o

conteúdo do filme e a relação deste com o que será trabalhado.

Durante a exibição do

filme

Orientação das atividades. Durante o filme, a pessoa pode ser

orientada a tomar notas sobre alguma questão para debate, ou

mesmo tomar notas para a elaboração de relatório. A atenção deve

ser direcionada para o objetivo estabelecido na etapa de

programação.

Após a exibição do

filme

Deve ser o momento para verificar o que entendeu do filme e qual

a relação deste com o conteúdo. Também é o momento ideal para

induzir a reflexão e ao debate.

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Feedback Momento em que o ciclo se fecha e que deve remeter às questões

levantadas na primeira etapa. Aqui, deve-se elaborar algum tipo de

sistematização a respeito do que foi trabalhado.

Nota Fonte: Barbosa e Teixeira (2007)

Assim Abdalla, Guimarães, Motta e Ferreira (2011) notam que a proposta de realizar um

procedimento de análise fílmica, não deve ser confundida com a identificação de uma verdade

única e absoluta sobre determinada obra, mas sim o “lançar de um olhar” específico a certos

aspectos que interessam ao analista. Desta forma, Vanoye e Goliot-Lété (1994) afirmam que a

atividade analítica consiste basicamente de duas fases: a decomposição da obra e sua

recomposição, de acordo com os interesses do analista, obviamente, com o cuidado para não

descaracterizar a obra original.

4. Análise dos Resultados

4.1. Proposta de Análise Fílmica “O último samurai”

Nesta seção, procura-se analisar o filme "O último samurai". O filme com a direção Edward

Zwick, conta a história do veterano de Guerra Civil, o Capitão do exército americano Algren

(Tom Cruise), onde é convidado para treinar o recém-criado Exército Imperial Japonês, contra

os Samurais. E em uma das batalhas para testar o exército, os samurais capturam o Capitão.

Com o tempo, ele passa a conviver com os samurais, respeitando e aprendendo suas culturas e

valores, tornando-se um samurai.

No decorrer da história, o personagem central começa a desenvolver suas habilidades e

competências, até então desconhecidas por ele. Sua convivência pacífica e de aprendizagem

com os samurais é extraordinária para o seu crescimento. A seguir, procurou-se apresentar

cenas que representam o desenvolvimento de competências.

4.2. Etapa do processo: desenvolvimento de suas competências

ADAPTAÇÃO:

Baseado no Araújo, B.F.V.B., Bilsky, W. & Moreira, L. M. C. O. (2012), a adaptação

transcultural se entende como um conforto que um indivíduo vive em relação à vida e ao

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trabalho no exterior. E a adaptação de expatriado é ligada a viver uma nova cultura, valor e

desenvolver a harmonia. Cita também que há três tipos de transcultural de expatriados:

- A adaptação geral ligado aos aspectos como alimentação, compras, entretenimento, clima e

vida em geral na cultura do destino.

- A adaptação ao trabalho é ligada adequação de trabalho, liderança e relacionamento com as

pessoas no exterior.

- A adaptação à interação está ligada a harmonia psicológica, onde se refere ao convívio com

os seres fora do ambiente profissional, no país de destino.

No filme o capitão é capturado pelos samurais, sofre uma difícil adaptação no mundo oriental,

suas culturas, valores e disciplinas, surgindo uma nova interação e necessidade em seus

costumes.

DISCIPLINA:

A disciplina é primordial em nossa vida, ainda mais quando se possuem fundamentos e os

conhecimentos sobre o controle do corpo, buscando algo de produtivo e de positivo. Está

repressão é coesa na moralidade e no equilíbrio. A disciplina instaura o aumento de suas

habilidades, organização e a utilização correta destas, cita Motta, F. C. P. (1981). O

personagem central não só consegue conviver com novos costumes e uma nova civilização,

como também passa uma maior capacidade de atenção, compreensão, interação com pessoas.

Seu aperfeiçoamento tanto nas técnicas orientais quanto o seu comportamento estão

entrelaçados na disciplina.

ÉTICA:

Está ligada a práticas de valores morais e educação, e sempre embutido uma reflexão sobre

ações do indivíduo na sociedade, cita Malacarne, V., Strieder, D. M. & Lima, D. F. (2011). Já

fundido na filosofia samurai (figura 3), o capitão Nathan se aprimora na convivência com o

clã, e se aprimora nessa questão ética, onde passa a ver as coisas com mais simplicidade e

respeito.

Figura 3. Ética.

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LIDERANÇA:

Conforme Barreto, L. M. T S., Kishore, A., Reis, G. G., Baptista, L. L. & Medeiros, C. A. F.

(2013), a liderança pode ser identificadas nas qualidades, características individuais e

comportamentais. Há também, autoconfiança, integridade, honestidade e outros que distingue

um ser do outro, e possuindo essas qualidades tem uma maior chance de se tornar um líder de

sucesso.

No início do filme já fica exposto o perfil de liderança do protagonista, pois até mesmo já era

o capitão americano que guiou a vitória na Guerra Civil. Quando contratado pelo exército

japonês (figura 1) ele continua exercendo seu poder de líder, treinando os combatentes no

intuito de aprimoramento nas técnicas de combate. Ou até mesmo quando se torna samurai.

Figura 1. Liderança.

MOTIVAÇÃO:

Define-se o termo Motivação, Lobos, J. (1975), como uma relação interativa de muitas

situações de um ser humano e o seu meio-ambiente onde possui um envolvimento para atingir

um objetivo. Em outro aspecto, cita-se que o comportamento humano pode ser explicado por

sua tendência ou necessidade para buscar prazer, entre diversas teorias.

A persistência e a determinação do capitão Nathan Algren, sendo prisioneiro dos samurais,

passa a conviver com novos costumes (figura 2). Uma de suas dificuldades é utilizar

sabiamente uma katana (espada samurai), porém com sua determinação e persistência, treina e

consegue desenvolver a técnica de luta, chegando a empatar com o melhor guerreiro do clã de

samurais.

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Figura 2. Motivação: persistência e determinação.

TOMADA DE DECISÃO:

O processo de tomada de decisão influência tanto no comportamento individual como social,

conforme as informações essenciais de acontecimentos e de valores, que inseri o

comportamento, com uma ou mais opções para chegar ao objetivo desejado, conforme

Perroca, M. G. (1997).

Na cena que é o ápice do filme, em que quatro samurais com espadas, atacam o capitão

Nathan desarmado num beco (figura 4), não está presente na narrativa, porém fica evidente o

desenvolvimento de seu autocontrole e tomada de decisão, para defender-se e, com seu

instinto apurado de samurai, aniquilar os que o atacam.

Figura 4. Tomada de decisão.

VALORES:

Cita Perroca, M. G. (1997), que os valores são identificados como elementos da cultura da

organização. Toda a empresa possui sua cultura, ou seja, normas e procedimentos, crenças,

valores e atitudes que equilibrados apontam seus objetivos, estilo de trabalho e a gestão

humana.

E uns dos valores diagnosticados no filme foram à humildade e o respeito. A lição foi

dedicar-se a aprender, sempre respeitando a todos que o cercam.

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5. Conclusões

Acredita-se que este artigo contribuiu no ensino da administração, em especial na disciplina

gestão de pessoas, buscando apresentar uma discussão conceitual sobre competências, sejam

elas nas organizações ou individuais. E procuramos citar a sua importância, e entende-se que

com isso agregue e proporcione benefícios, tanto para as organizações quanto aos

profissionais. Vimos também à importância de usar o filme “O último samurai” como

material didático, pois existem vários elementos e assuntos importantes, que se tornam

“gatilhos” já impulsionados, principalmente para os docentes.

Há diversas formas de se ter uma avaliação mais profunda, exercendo a análise fílmica:

explorando suas teorias, como a forma didática do filme (casos, comunicação simbólica ou

significados), buscando um feedback aprofundado nas técnicas e ensinamentos na disciplina

aplicada, despertando perspectivas distintas aos alunos e também esclarecendo seus conceitos

e abordagem citadas. Que fique uma reflexão da importância do cinema no ensino didático, e

principalmente na sua colaboração, pois é primordial e inquietante na educação e no

desenvolvimento de pessoas, seja na teórica ou na prática, e sempre buscando decifrar algo

positivo e transformador nos olhos de quem vê.

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