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Competição Interespecífica

Competição Interespecífica. Competição FecundidadeCrescimentoSobrevivência SP1SP2 reduz Dinâmica e distribuição EVOLUÇÃO

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Competição Interespecífica

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Competição

Fecundidade

Crescimento

Sobrevivência

SP1 SP2reduz

Dinâmica e distribuição

EVOLUÇÃO

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Exemplos de competição interespecífica:

Salmonídeos japoneses

Ocorrem no mesmo rio, porém normalmente em altitudes diferentes – possivelmente competição.

Experimentos com temperaturas elevadas – separados – aumento de agressividade em ambos.Em apenas uma espécie quando juntos. Impedimento – taxas menores de crescimento.

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Pequena sobreposição: possivelmente competição

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Cracas escocesasAdultos em zonas diferentes, jovens de uma das espécies ocorrendo com a outra (na parte baixa).

Na ausência do competidor jovens sobrevivem fora de sua zona.

Na presença – alta mortalidade e baixo crescimento e fecundidade.

Uma é capaz de sobreviver nas zonas mais altas e a outra não, porém é pior competidora.

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Gause (1934, 1935). Competição e coexistência.

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Aves semelhantesCoexistênciaDivisão do nicho.

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Aves semelhantes - coexistência.

Desempenho melhor quando sozinha.

Competição mantém partição de recursos.

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Tilman et al (1981).Diatomáceas e silicato.

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Competição ocorre e pode ser responsável por padrões de distribuição.

E coexistência mediante partição de nicho?

Pode ser efeito evolutivo: indivíduos com menor sobreposição com espécie melhor competidora favorecidos.

As espécies já poderiam apresentar as características antes – nunca competiram.

Difícil de comprovar força da competição – não há provas – “Fantasma da competição”.

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Competição

Coexistência via partição

de nicho

Evolução: seleção de indivíduos com

menor sobreposição

Fator ecológico: seleção das

espécies sem sobreposição

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Competição – fortemente assimétrica (ex: tamanhos muito diferentes) a simétrica.

Competição por um recurso pode afetar exploração de outros.

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Quando é possível a coexistência e quando ocorre exclusão competitiva?

MODELO

Lotka (1926) e Volterra (1932) Adaptaram a equação logística, incorporando o efeito de uma competição inter específica.

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Tamanho populacional Sp1 – N1 e Sp2 – N2.Capacidade de suporte e taxas intrínsecas K1, K2 e r1 e r2.

Espécies diferentes podem ter efeitos diferentes sobre recursos.

Ex: 10 indivíduos da sp2 tem o mesmo efeito inibidor na competição de 1 indivíduo da sp1.

Efeito de competição total do sistema com as duas espécies = N1 + N2/10 – esta

constante 1/10 é chamada: α12

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Quando aumenta ou diminui a abundância de uma das espécies?

Investigação de combinações das abundâncias nos modelos - N1 e N2 – que provocam aumento ou diminuição das espécies.

Equilíbrio – mudança nula. Fora do equilíbrio efeito de diminuição de uma espécie com aumento da outra.

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Em qualquer ponto desta reta há equilíbrio

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Competição fraca - N pequeno de ambas

Competição forte - N alto

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Para determinar o resultado em população mista, devemos fundir ambas as figuras.

Setas da figura – vetores que indicam intensidade e direção.

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Efeitos inibidores de 1 sobre ela mesma

maiores que de 2 sobre 1

Efeitos inibidores de 1 sobre 2 maiores que de 2 sobre ela mesma

Exclusão de 2

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Exclusão de 1

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Efeito maior sobre a outras do que em si

Equilíbrio instável tendendo a exclusão de uma ou outra – condições iniciais

ditam resultado final

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Efeito de uma é espécie é maior

sobre ela mesma

Tende a equilíbrio estável com coexistência

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Modelo só considera K e α. Não considera o r – velocidade com que o equilíbrio é atingido.

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Casos a e b – exclusão – competidor forte elimina o fraco.

Nicho fundamental de uma espécie na presença de um competidor pode ficar reduzido – nicho efetivo.

Há partes do nicho fundamental que não existem no efetivo.

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Diatomáceas – exclusão

Paramecium - houve exclusão (de uma sp) e diferenciação permitindo coexistência.

Salmonideos – nicho fundamental extenso, porém efetivo menor.

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Se duas espécies competidoras coexistem em ambiente estável – diferenciação de nichos.

Se não houver diferenciação, uma das espécies eliminará a outra.

Exclusão ocorre quando nicho efetivo do competidor mais forte preenche todo o nicho fundamental do competidor mais fraco.

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Incerteza da coexistência:

evolução ou exclusão das spp. competidoras fracas sem nicho efetivo.

Diferenciação anterior – espécies nunca competiram.

Difícil de comprovar e de refutar!

Modelo intuitivo – muitas evidências em seu favor – possui fundamentos teóricos.

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Figura c – competição interespecífica – força poderosa – antagonismo mútuo.

Modelo de Lotka-Volterrera – densidades iniciais determinam o resultado final.

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Até agora – ambiente estável – resultado da competição determinado pelas capacidades competitivas.

Ambientes – mosaico de habitats favoráveis e desfavoráveis.

Manchas favoráveis disponíveis apenas em parte do tempo e imprevisíveis espacial e temporalmente.Mesmo quando ocorre competição, nem sempre chega a conclusão – falta tempo para exclusão.

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Somente K e α não descrevem bem o sistema. Pois velocidade com que o equilíbrio é alcançado determina padrões – r.

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Clareiras – colonizadas por spp. r estrategistas – baixa capacidade competitiva.Depois substituídas por k estrategistas.Spp. r – fugitivas – colonizam rápido e se reproduzem. Spp. k demoram mas permanecem.

Criação de clareiras pode permitir coexistência:

Modelos que dependem da fecundidade e da quantidade de células vazias no equilíbrio.Se estas quantidades forem suficientemente grandes – permanência da spp. r.

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natureza imprevisível da formação de clareiras naturais – nem sempre spp. chegam ao mesmo tempo.Chuva de sementesBanco de sementesPlântulas (regeneração avançada)

Deslocamento em favor a primeira spp. – mesmo que seja pior competidora.

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Ambientes flutuantes explicam coexistência.Previsibilidade da variação – efeitos sobre a riqueza.Variações sazonais previsíveis – espécies adaptadas às diferentes condições – maior riqueza do que ambientes constantes.

Ex. fitoplancton

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http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/energetica/Projeto_2004/Fig16.jpg

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Manchas efêmeras (ex: folha, planta anual, esterco, carniça ,etc.)

Permitem a coexistência de competidor inferior contanto que ele se reproduza mais cedo.

Consegue se reproduzir antes que sofra efeitos do adensamento do competidor superior.

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Se spp. têm distribuição agregada, em mosaico é possível coexistência.

Competidor superior não tão eficiente para colonizar manchas distantes.

Simulações demonstraram coexistência em longo prazo de acordo com grau de agregação.

Distribuição agregada – descrita pela distribuição binomial negativa.

Competição intraespecífica é mais comum e intensa do que interespecífica.

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Experimentos com semeaduras aleatórias e agregadas em sistemas com uma spp. superior.

Agregação melhorou desempenho das piores competidoras.

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