8
DESPACHOS Um dos momentos mais esperados, mas também mais temidos, das vareiragens é aquele em que, a pedido da Coordenadoria, x vareirx recebe a incumbência de "despachar" com o juiz. Mas o que exatamente é isso? Já vimos que despacho é, em um sentido, determinado tipo de pronunciamento do juiz sem caráter decisório, destinado a impulsionar o processo, de ofício ou a requerimento da parte. Mas despachar com o juiz não é exatamente isso, ainda que de um despacho com o juiz possa resultar um despacho (em sentido técnico) no processo. No sentido que nos interessa aqui, despachar é "resolver (oralmente ou por escrito) depois de exame; deliberar, decidir." (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesauma espécie de conversa com o juiz, em que o advogado ou, no nosso caso, um acadêmico de Direito se dirige ao magistrado, em seu gabinete, para que ele tome alguma providência no âmbito do processo. Daí surgem algumas perguntas. 1) O juiz atende o advogado porque e como ele quer ou ele é obrigado a tanto? Há diversos dispositivos legais que impõem ao juiz o dever de atender os advogados, como o artigo 7º, VIII, do Estatuto da OAB, que dispõe ser direito do advogado “dirigirse diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observandose a ordem de chegada”. (Lei 8906/94) O CNJ (Pedido de Providência n o 1465) inclusive já decidiu que "o magistrado é SEMPRE OBRIGADO a receber advogados em seu gabinete de trabalho, a qualquer momento durante o expediente forense, independentemente da urgência do assunto, e independetemente de estar em meio à elaboração de qualquer despacho, decisão ou sentença, ou mesmo em meio a uma reunião de trabalho." Mesmo assim, há juízes mais e menos acessíveis, até porque, no caso específico do acadêmico de Direito, não há norma específica, aplicandose, em princípio, o artigo 35, IV, da Lei Orgânica da Magistratura (LC 35/1979), segundo a qual é dever do juiz “atender aos que o procurarem, a qualquer momento, quando se trate de providência que reclame e possibilite solução de urgência”. Diante disso, e especialmente em tempos de expansão do processo digital, é possível que juízes menos afeitos ao trato social resistam a receber o

complementos apostila - versão 1 Edu

Embed Size (px)

DESCRIPTION

versao1

Citation preview

  • DESPACHOS

    Um dos momentos mais esperados, mas tambm mais temidos, das vareiragens aquele em

    que, a pedido da Coordenadoria, x vareirx recebe a incumbncia de "despachar" com o juiz.

    Masoqueexatamenteisso?

    J vimos que despacho , em um sentido, determinado tipo de pronunciamento do juiz sem

    carter decisrio, destinado a impulsionar o processo, de ofcio ou a requerimento da parte.

    Mas despachar com o juiz no exatamente isso, ainda que de um despacho com o juiz possa

    resultarumdespacho(emsentidotcnico)noprocesso.

    No sentido que nos interessa aqui, despachar "resolver (oralmente ou por escrito) depois de

    exame deliberar, decidir." (Dicionrio Houaiss da Lngua Portuguesa) uma espcie de

    conversa com o juiz, em que o advogado ou, no nosso caso, um acadmico de Direito se

    dirige ao magistrado, em seu gabinete, para que ele tome alguma providncia no mbito

    doprocesso.

    Dasurgemalgumasperguntas.

    1)Ojuizatendeoadvogadoporqueecomoelequeroueleobrigadoatanto?

    H diversos dispositivos legais que impem ao juiz o dever de atender os advogados, como o

    artigo 7, VIII, do Estatuto da OAB, que dispe ser direito do advogado dirigirse

    diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horrio

    previamente marcado ou outra condio, observandose a ordem de chegada. (Lei 8906/94)

    O CNJ (Pedido de Providncia no 1465) inclusive j decidiu que "o magistrado SEMPRE

    OBRIGADO a receber advogados em seu gabinete de trabalho, a qualquer momento durante

    o expediente forense, independentemente da urgncia do assunto, e independetemente de

    estar em meio elaborao de qualquer despacho, deciso ou sentena, ou mesmo em meio a

    umareuniodetrabalho."

    Mesmo assim, h juzes mais e menos acessveis, at porque, no caso especfico do

    acadmico de Direito, no h norma especfica, aplicandose, em princpio, o artigo 35, IV,

    da Lei Orgnica da Magistratura (LC 35/1979), segundo a qual dever do juiz atender aos

    que o procurarem, a qualquer momento, quando se trate de providncia que reclame e

    possibilite soluo de urgncia. Diante disso, e especialmente em tempos de expanso do

    processo digital, possvel que juzes menos afeitos ao trato social resistam a receber o

  • acadmico de Direito. No entanto, x vareirx saber, em funo do caso que ele tem em mos,

    quando insistir e quando entender que no conseguir o despacho. Evidentemente, em casos

    deurgncia,elxtemumimportanteargumentoemseufavor!

    2)Comoeudevomecomportarduranteodespacho?

    Em primeiro lugar, lembrese de ir bem preparadx e a Coordenadoria de Vareirxs est aqui

    paraajudlxcomisso!Issoenvolvealgumascoisas.

    sempre importante vir com traje social (terno e gravata para os homens), pois a impresso

    visualpodepredisporojuizaacolheroseupedido(avida).

    Junto com o pedido ou requerimento que voc provavelmente apresentar ao juiz, h uma

    folhinha, preparada pelx estagirix responsvel pelo caso, em que elx explica detalhadamente

    o que est acontecendo e o que elx espera que voc consiga com o magistrado. Leia bem essa

    explicao e fale com a Coordenadoria para que possamos esclarecer as dvidas. Voc

    sempre ter a possibilidade de nos ligar antes ou depois do despacho, e sempre pedimos que x

    estagirixfiquedisponvelportelefoneenquantovocestivernofrum!

    Ao chegar ao frum, dirijase primeiro ao ofcio da vara em que voc ir despachar e tente

    obter com os cartorrios informaes relevantes: (a) o caso de responsabilidade do juiz

    titular ou do juiz assistente? (b) o juiz est l, est em audincia? (c) o juiz costuma despachar

    tranquilamente? Todas essas informaes so preciosas e vo orientlx a tomar a melhor

    atitudeparaodespacho.

    Uma vez de posse de todas as informaes possveis, respire fundo e dirijase ao gabinete do

    juiz. Bata porta ou caso haja um aviso fixado nesse sentido , abra a porta cuidadosamente

    e pea licena e diga que gostaria de despachar com o juiz caso ele ou ela esteja disponvel

    para tanto. Se tudo der certo, voc entrou na sala do juiz. Ou ainda, em alguns casos, em uma

    prsala em que ficam os seus assistentes, que talvez queiram ouvir antes do que se trata.

    possvel que eles levem a sua petio ao juiz e voltem com a resposta. No entanto, muitas

    vezes,vocvaifalardiretamentecomomeretssimo.

    Nesse caso, use o seu tato. Alguns juzes preferem ler o documento que voc tem em mos a

    petio, no a explicao do estagirix!!! , mas, em outros, eles querem que voc explique o

    que quer com suas prprias palavras! Esteja prontx para ambas as situaes, tente criar

    empatia com o juiz, enfatize a urgncia da situao para que ele ou ela entenda porque a

  • providncia no poderia esperar que ele se manifestasse nos autos segundo a organizao de

    trabalho do seu gabinete. Tudo bem explicado, agora no mais com voc. O juiz pode se

    convencer dos seus argumentos ou no. Tente o seu melhor, mas no se sinta frustradx caso

    no oua exatamente o que esperava! Isso faz parte do seu aprendizado como membro do

    timedevareirxsdoDJ!

    Vale lembrar: no precisa se referir ao juiz como "Excelncia", "Meretssimo" ou outras

    expresses pomposas. Um simples "Doutor" mesclado com "Senhor" est na medida certa:

    "Doutor, o senhor poderia...", "Com licena, doutor, eu gostaria de falar com o senhor

    sobre..."eassimpordiante.

    3)Qualocontedododespacho?

    Em princpio o contedo do despacho imprevisvel! Sentimos muito, mas cada caso vai ter

    que ser examinado por si. No entanto, h alguns casos de despachos recorrentes, que

    podemosmencionaraqui!

    (a)Despachodedesarquivamento

    Em diversas hipteses, o CPC/1973 previa que os autos fossem arquivados: extino do

    processo que ficou parado por negligncia das partes ou porque o autor no promove os atos

    e diligncias que lhe competem por 30 dias quando aps o trnsito em julgado, passados seis

    meses, a execuo no era requerida. Neste ltimo caso, o prprio Cdigo (art. 485J, 5o)

    previaqueissoocorria"semprejuzodeseudesarquivamentopelaparte."

    Para desarquivar os autos de um processo, preciso que o juiz defira uma petio com esse

    requerimento. Esse um dos despachos mais tranquilos que voc vai fazer, e possibilitar que

    outrx vareirx em seguida se dirija ao Arquivo Central no Ipiranga (ou, caso os autos ainda

    no tenham sido remetidos para l, que voc mesmo v ao ofcio da vara) para solicitar o

    desarquivamento. Normalmente, os juzes no implicam com isso e nem pedem maiores

    explicaes. Apenas lembrese de pedir que ele tambm defira explicitamente "a gratuidade

    das cpias", uma vez que, apesar de nossos assistidos serem beneficirios da gratuidade

    judiciria,muitasvezeshresistnciaemfornecerascpiasgratuitamente.

    (b)Despachoparaaceleraraapreciaodeumapetio

    Muitas vezes, uma petio j foi protocolada fsica ou digitalmente! , e o que precisamos

    apenas que o juiz se manifeste sobre ela! Pode se tratar de uma providncia simples, sobre a

  • qual no pairem dvidas srias, mas, por razes diversas, podem se passar semanas ou meses

    semqueojuizsemanifeste.

    Neste caso, o que x vareirx precisa fazer gentilmente lembrar o juiz da importncia daquela

    manifestao para x nossx asistidx. possvel que o juiz se sinta incomodado por ser

    lembrado de que ele tem que fazer algo, ou se sinta cobrado. Por isso, use todo o seu tato e

    simpatia para chamar a ateno para a situao dx nossx asisstidx, e no para a morosidade

    dodoutomagistrado!

    (c)Despachoparaumaprovidnciaurgente

    Finalmente, pode ser que o despacho seja necessrio porque a situao que temos diante de

    ns , em si, muito urgente: uma priso iminente, um corte de gua ou energia, uma penhora,

    um despejo Nesses casos que so os mais delicados, pois de uma resposta favorvel do

    juiz depende muita coisa na vida de nossxs assistidxs , provavelmente o despacho envolver

    uma maior interao com o juiz, que vai querer explicaes mais detalhadas, esclarecimentos

    mais precisos. Afinal, o que se quer aqui no um mero despacho (impulso do processo),

    masumamanifestaocomcarterefetivamentedecisrio!

    Todo cuidado pouco: preparese e, se precisar, ligue para x estagirix para

    compreender a fundo o que est acontecendo. Lembrese de que a Coordenadoria est aqui

    paraajudlx,equetodxsestamostorcendoparaqueodesfechosejaomelhorpossvel!

    OCARTRIO

    O centro da vida de uma vara, ou juzo, o prprio juiz, e por isso que ele considerado o

    rgo principal da jurisdio. No entanto, ele no exerce a jurisdio sozinho, valendose de

    numerosos auxiliares, permanentes ou eventuais: pessoas que participam, sob sua autoridade,

    da movimentao do processo. Sem dvida, os dois principais auxiliares so o escrivo

    (tambm conhecido como secretrio, diretor ou chefe de secretaria) com funes internas

    sede do juzo e o oficial de justia com funes externas, realizando importantes

    dilignciascomoacitaoeaintimao.

    Nas suas vareiragens, a maior parte do tempo ser despendida nos domnios do escrivo (na

    justia federal, chamado de chefe de secretaria), que o diretor de uma unidade de servio,

    ou repartio pblica, o ofcio de justia. O ofcio, ou, como se diz frequentemente na prtica,

  • o cartrio, o conjunto de pessoas e de coisas a quem incumbe realizar servios auxiliares de

    justia, especialmente os de natureza documental, seja por meio de atividade redacional, seja

    zelando pela integridade fsica dos autos. Por expressa disposio do Cdigo de Processo

    Civil(art.150),humoumaisofciosemcadajuzo.

    O escrivo, necessariamente bacharel em Direito, a cabea de uma organizao complexa,

    subordinado ao juiz, mas frente de diversos outros assistentes, chamados escreventes, a

    quem delega legitimamente muitas de suas funes. No caso do TJSP, ha vrios estagirios

    jovens, de nvel mdio, que, segundo as Resolues 161/2003 e 524/2010, so responsveis

    por auxiliar a localizar autos, fazer buscas, entregar autos no balco para consulta pelos

    interessados, auxiliar na numerao de folhas, na impresso de documentos, etc. Assim como

    o escrivo auxiliar do juiz, escreventes e estagirios so auxiliares do escrivo e, como, em

    princpio, no sabemos com qual dessas figuras estamos falando, costumamos chamlos

    todosgenericamentede"cartorrios".

    Lembrese, nobre vareirx: quando voc entrar em um ofcio com uma ficha do DJ, voc

    estar no mundo do escrivo e de todos aqueles que direta (escreventes) ou indiretamente

    (estagirios) desempenham atos sob sua autoridade e, logo, mediatamente, sob autoridade dos

    juzes da vara. Apesar de haver normas sobre o funcionamento dos ofcios, desde o Cdigo

    de Processo Civil at Resolues do TJSP, do CNJ, etc., h uma ampla margem de liberdade

    na organizao dos ofcios, e voc logo notar que alguns pedem para retirar senha, outros

    pedem para preencher uma folha, uns para deixar a porta aberta, outros para sempre fechla

    eassimpordiante.

    Note bem: quando o ofcio pedir para voc preencher uma folha com seus dados, lembrese

    de que voc representa o Departamento Jurdico XI de Agosto, de modo que, em hiptese

    alguma voc deve fornecer dados pessoais como email e telefone, mas os institucionais do

    DJ.

    Entre as atribuies do ofcio est a de guardar e preservar os autos, que apenas saem da em

    algumas hipteses definidas em lei (CPC, art. 152, IV), como para uma concluso do juiz,

    para vista ao procurador, ao Ministrio Pblico, Defensoria Pblica e Fazenda Pblica,

    etc.. No entanto, esses autos podem ser ordinariamente consultados dentro do prprio ofcio,

    no balco, pelos interessados. H algumas peculiaridades em processos que tramitam sob

    "segredo de justia", mas depois voltaremos a esse caso especial! Consultar os autos no ofcio

    a tarefa que voc mais frequentemente desempenhar no Frum! Normalmente, voc ser

  • atendidx por umx estagirix bastante jovem a quem voc dir o nmero do processo para que

    elxvbuscarosautoseosentregueavoc.

    Mas a atividade do ofcio vai bem alm de comunicar os autos no balco. Sua principal

    funo redacional, e voc encontrar as pegadas dos cartorrios literalmente em todas as

    pginas dos autos que voc estiver consultando. Para ter uma ideia, veja um pouco do

    trabalhoqueessesinjustiados(!)auxiliaresdajustiadesempenham:

    o escrivo redige ofcios (formas de comunicao entre autoridades), mandados

    (instrumento formal de qualquer ordem do juiz), cartas precatrias (pedidos a um juiz

    deoutracomarca),entreoutrosdocumentosessenciaisparaoandamentodoprocesso

    o escrivo ou, mais comumente, um escrevente por ele designado comparece s

    audinciasparalavrarotermodeaudincia,relatandooquenelaaconteceu

    o escrivo novamente, por meio dos escreventes que trabalham sob suas ordens

    fornece certides de qualquer ato do processo (documentos pelo qual se registra um

    fatoousereproduzoquejestregistrado),independentementededespachodojuiz.

    Note bem, nobre vareirx: muitas vezes voc precisar pedir certides, por exemplo

    caso os cartorrios no localizem os autos, de modo a deixar clara a razo pela qual

    algum ato no pde ser praticado, ou ainda simples certides "de objeto de p", em

    queseretrataoandamentodoprocessoapedidodeparteinteressada.

    ao escrivo incumbe receber a petio inicial e, sob a ordem do juiz, autula, isto ,

    encapla o que implica materialmente a formao dos autos , fazendo constar na

    capaosdadosessenciaisdoprocesso,almdenumerarerubricartodasasfolhas.

    Notebem,nobrevareirx:aprpriacapaafolhadenmero1!

    o escrivo novamente, por meio de seus auxiliares produzir termos de juntada,

    vista e concluso. Aqui cabem alguns esclarecimentos: termo um ato realizado na

    sede do juzo para fins de documentao, enquanto auto um ato realizado fora da

    sede do juzo. O termo de juntada certifica e formaliza a anexao de peties e

    documentos o de vista, a abertura de vista a procuradores, ao MP, etc. o de

    concluso, a ida dos autos ao juiz para despacho ou deciso. Na prtica esses termos

    usualmente constam de carimbos prprios. Fique atentx! Diferentes ofcios podem

    realizaressestermosdeformamuitodiferente,eelessoessenciaisparans!

  • Uma curiosidade: voc acredita que, at 1994, para juntar um documento ou para

    obter vista era necessrio um despacho do juiz? A delegao desse poder para o ofcio

    reduziumuitoaburocracianarelaodaspartescomosautos.

    Por fim, carx vareirx, uma dica: use todo o seu charme, toda a sua simpatia e valhase de toda

    a sua pacincia nos cartrios. Voc certamente voltar muitas vezes ao mesmo ofcio e, em

    certa medida, precisar contar com a boa vontade e a diligncia dos cartorrios para se

    desincumbir de seu trabalho! Por desempenharem tantas tarefas documentais, os cartorrios

    conhecem muito bem a constituio dos autos e, em determinados casos, eles podem at

    auxililxacompreenderalgoquelhepareaobscuro.

    PESQUISAS

    Com a progressiva informatizao dos processos judiciais, fica cada dia mais fcil obter

    informaes sobre processos por via eletrnica, e so muitas as ferramentas para tanto. Na

    justia estadual paulista, destacase o portal esaj (http://esaj.tjsp.jus.br). Na justia federal

    comum, destacase, em nosso Estado, o portal da seo judiciria de So Paulo

    (http://www.jfsp.jus.br/forunsfederais/). Na justia trabalhista, o portal da segunda regio, de

    SoPaulo(http://www.trtsp.jus.br/consultas/andamentoprocessual).

    No entanto, h muitos casos em que no conseguimos obter as informaes necessrias

    online. nesses momentos que xs estagirixs do DJ pedem ax vareirx que realize uma

    pesquisa no prprio frum, e a Coordenadoria deixa uma ficha especial com as informaes

    necessrias.

    Sotrsoscasosmaiscomuns:

    (1)pesquisageralnoFrumCentralCvelJooMendesJnior

    No caso de pesquisas cveis, em geral, x vareirx se dirige ao Frum Central (Joo Mendes) e,

    dentro dele, ao Setor de Pesquisas, onde ele informa o nome a ser pesquisado. Podemse

    obter assim o tipo de ao, o nmero do processo, o frum, a vara, a data de distribuio, o

    nome das partes e dos advogados. Uma primeira pesquisa oral gratuita, havendo cobrana

    deumataxaapartirdasegundaoucasoserequeiraumapesquisaimpressa.

    (2)pesquisageralcriminalnoFrumCentralCriminalMinistroMrioGuimares

  • No caso de pesquisas criminais, x vareirx se dirige ao Frum Criminal da Barra Funda e,

    mais especificamente, ao Setor de Pesquisas, onde se informa o nome da pessoa e o nome da

    me da mesma (o Frum Criminal no faz pesquisa por RG ou CPF). Como o processo penal

    ainda no adentrou a era do processo digital, essas pesquisas costumam ser muito

    importantes. De posse dos dados passados pelx vareirx, o funcionrio pode verificar se

    existem processos ou inquritos em que tal pessoa ru (caso se trate de processo) ou

    indiciado(casosetratedeinqurito),eondeestocorrendooprocessoe/ouoinqurito.

    (3)pesquisanosfrunsregionais

    Nos fruns regionais, as pesquisas so feitas no Setor de Distribuio (ou Protocolo, uma vez

    que esses setores vm sendo reunidos em um s), mas apenas alcanam processos tramitando

    naquele frum. Uma hiptese comum que x vareirx precise obter alguma informao na

    prpria vara, como, por exemplo o nmero de pacote de um processo arquivado no Arquivo

    Geral, no Ipiranga. Esse dado essencial para conseguirmos o desarquivamento e,

    habitualmente, o vareiro quem o obtm logo aps realizar o despacho de desarquivamento

    comojuiz.