45
Monique Máximo da Fonseca e Silva COMPLEXO TENÍASE - CISTICERCOSE

Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

Monique Máximo da Fonseca e Silva

COMPLEXO TENÍASE -

CISTICERCOSE

Page 2: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

COMPLEXO TENÍASE - CISTICERCOSE

São duas doenças distintas, com sintomas e epidemiologia totalmente diferentes.

São causadas pela mesma espécie de parasita, (Taenia spp.) em diferentes fases de desenvolvimento.

VAMOS ESTUDAR CADA DOENÇA

SEPARADAMENTE!SILVA, M. M. da F. e (2011)

Page 3: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

TENÍASE

FONTE: GRUBER, 2011.SILVA, M. M. da F. e (2011)

Page 4: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

•Infecção do homem pelo verme na fase adulta.

•Pode ser causada pelas Taenia sollium ou Taenia saginata.

•Nome popular: Solitária.

O QUE É?

Page 5: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

ESPÉCIES ACOMETIDAS

O homem é o único animal que se infecta com o

verme (Taenia) na fase adulta.

Page 6: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

•Taenia sollium ingestão do cisticerco presente na musculatura do suíno.

•Taenia saginata ingestão do cisticerco presente na musculatura do bovino.

Page 7: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011) FONTE: GRUBER, 2011.

TAENIA SOLIUM

Page 8: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

FONTE: GRUBER, 2011.

TAENIA SAGINATA

FONTE: CDC - Centers for Disease Control and Prevention.

Page 9: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)Fonte: http://euamoanatureza.wordpress.com/2010/11/22/platelmintos/

Page 10: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)Fonte: http://euamoanatureza.wordpress.com/2010/11/22/platelmintos/

Ciclo de vida da Taenia

saginata

Page 11: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

SINTOMAS - Teníase• Perda de peso;

• Apetite excessivo;

• Náuseas;

• Dores;

• Prurido anal;

• Diarréia;

• Vômito;

• Alargamento abdominal;

• Tonturas.

Page 12: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

DIAGNÓSTICOSinais clínicosPresença de proglotes junto às fezes ou nas

roupas intimas;Exames laboratoriais.

ATENÇÃO: SOMENTE O MÉDICO É CAPACITADO PARA AVALIAR OS SINTOMAS

E DAR O DIAGNÓSTICO CORRETO!!!

Page 13: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

TRATAMENTO

Procurar o médico ou um posto de saúde.

Somente o médico pode diagnosticar corretamente a doença e indicar o tratamento adequado!!!

Page 14: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

CISTICERCOSE

SILVA, M. M. da F. e (2011) FONTE: ASPNP, 2010.

Page 15: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

O QUE É?

ZoonoseInfecta tanto o homem como os animais.

Parasitose

Parasita na fase larvar (CISTICERCO)

Page 16: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

NOMES POPULARES

“Canjiquinha” da carne;

Lombriga na cabeça.

Page 17: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

ONDE OCORRE?•Ocorre em todo o mundo.

•Principalmente países em desenvolvimento:

Educação sanitária da população;

Meio ambiente contaminado com ovos;

Higiene pessoal deficiente;

Falta de saneamento público.

Page 18: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

EPIDEMIOLOGIA

NO MUNDO: (AUBRY et al., 1995)

50 milhões de pessoas infectados por ano;

•50.000 mortes.

NA AMÉRICA LATINA: (SCHENONE et al., 1982)

•1 caso neurocisticercose a cada 1.000 habitantes.

•350.000 pessoas com neurocisticercose

Page 19: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

DADOS DO IMAEm 2009, nos frigoríficos registrados junto ao IMA, foram:

• 172.060 animais abatidos

• 4014 estavam infectados com cisticercos.

• 2,33% de animais positivos;

• 14% das patologias encontradas em frigoríficos, são relacionadas à cisticercose.

Page 20: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

PRINCIPAIS ESPÉCIES ACOMETIDAS

HOMEMBOVINOSUÍNO

Page 21: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

ETIOLOGIASUÍNOCysticercus cellulosae

BOVINOCysticercus bovis

HOMEMCysticercus cellulosaeCysticercus bovis

Page 22: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011) FONTE: GRUBER, 2011.

CARNE COM CISTICERCOS

Page 23: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

Em 2009, a agropecuária foi responsável por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, 42,5% das exportações e mais de 17 milhões de empregos.

Mais de 28 milhões de cabeças abatidas / ano.

O Brasil é fornecedor de 25% do mercado mundial de alimentos.

(IBGE 2009; IBGE 2011)

IMPORTÂNCIA

Page 24: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

Diminuição das exportações de carne;

Diminuição do prestigio dos países produtores e o

valor de seus produtos;

Condenações;

Prejuízo de U$ 164 milhões / ano na América latina;

A cada 200 bovinos abatidos a perda é de cinco

carcaças, devido às depreciações causadas pela

cisticercose.

PREJUÍZO

Page 25: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

Recusa dos frigoríficos em comprar o gado;

A carcaça condenada pela inspeção para graxaria - o produtor nada recebe pelo seu animal;

Condenação para conserva ou salga faz com que se perca parte do valor da carcaça;

A retirada de partes da carcaça onde se localizam os cisticercos pode levar a perda de até 15 kg de carne por animal;

Marketing negativo: prejuízo no conceito de qualidade da carne pode levar à diminuição do consumo.

PREJUÍZO PARA O PRODUTOR

Page 26: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

Condenação da carcaça para congelamento por no mínimo 15 dias a -10 ºC, gerando custos de armazenamento e o custo financeiro deste período de tempo;

Perda total das vísceras;

A procura e retirada dos cistos desfiguram a carcaça;

O congelamento diminui o peso da carcaça e a deprecia na venda ao varejo;

Quando o destino da condenação é a conserva, salga ou graxaria, ocorrem perdas pelo custo de processamento e de linha de abate.

PREJUÍZO PARA O FRIGORÍFICO

Page 27: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

Carcaças condenadas ao congelamento pelo Serviço de Inspeção

Page 28: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

CICLO Cisticercose

Page 29: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

CICLO

TENÍASE CISTICERCOSE

Page 30: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

SINTOMAS - Cisticercose• Ataques epiléticos;

•Desordens mentais;

• Alucinações;

• Cansaço;

• Hipertensão craniana;

• Demência;

• Palpitações cardíacas;

• Falta de ar;

• Rompimento ou deslocamento da retina;

• Dor;

• Câimbras.

Page 31: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

DIAGNÓSTICOSinais clínicosExames laboratoriais;Dificuldade de diagnosticar a cisticercose em

animais vivos e humanos;Inspeção sanitária em animais abatidos;RX.

ATENÇÃO: SOMENTE O MÉDICO É CAPACITADO PARA AVALIAR OS SINTOMAS

E DAR O DIAGNÓSTICO CORRETO!!!

Page 32: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

TRATAMENTO

Procurar o médico ou um posto de saúde.

Somente o médico pode diagnosticar corretamente a doença e indicar o tratamento adequado!!!

Page 33: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

Apesar de serem doenças distintas, a prevenção e

erradicação da teníase e da cisticercose se

complementam. É necessário quebrar o ciclo do parasita em todas as suas

fases.

Page 34: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

PREVENÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA• Educação sanitária;

• Não comer carne crua ou mal cozida;

• Lavar frutas, verduras e legumes com cloro.

Page 35: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

PREVENÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA•Só beber água potável;

• Não comer carne de abate clandestino;

• Diagnosticar e tratar pessoas contaminadas.

Page 36: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

ABATE CLANDESTINO

Page 37: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

ABATE CLANDESTINO

Page 38: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

Educação sanitária;

Uso de fossa sanitária / rede de esgoto;

Não contaminar a água, o solo e os alimentos.

PREVENÇÃO EM SAÚDE AMBIENTAL

Page 39: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

Evitar o uso de efluentes de esgotos para

irrigação de pastagens;

Tratamento sanitário do esgoto.

PREVENÇÃO EM SAÚDE AMBIENTAL

Page 40: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

Inspeção sanitária em frigoríficos;Destinação adequada das carcaças e dos

órgãos parasitados;Imunização de bovinos contra a cisticercose

($$$).

PREVENÇÃO EM SAÚDE ANIMAL

Page 41: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

IMPORTÂNCIA DA INSPEÇÃO SANITÁRIA DA CARNE

• Garantir a inocuidade e integridade dos alimentos.

• Ponto importante no controle do complexo teníase / cisticercose.

• A condenação de carnes contaminadas pelos cisticercos quebra o ciclo do parasita, pois impede que os seres humanos se alimentem dele e continuem a disseminar a doença.

Page 42: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

Page 43: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

Procure pelo selo da inspeção no rótulo ou na carcaça!!!

SÓ CONSUMIR CARNES E ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL QUE TENHAM

SIDO INSPECIONADOS.

SILVA, M. M. da F. e (2011)

Page 44: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

OBRIGADO!

DÚVIDAS?

Page 45: Complexotenasecisticercose 120611171301-phpapp01

SILVA, M. M. da F. e (2011)

FONTES AUBRY, P.; BEQUET, D.; QUEGUINER, P. La cysticercosis: une maladie

parasitaire fréquente et redoutable. Med Trop, 55, n.1, p.79-87, 1995. CURY, A. Cisticercose causada por Taenia saginata e Taenia solium em bovinos, suínos e no homem. Instituto Brasileiro de Pós-Graduação em Méd. Veterinária QUÁLITTAS / UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO. São Paulo, 2009.

ASPNP Associação Sul-Matogrossense dos Produtores de Novilho Precoce. Cisticercose bovina. Disponível em: http://www.novilhoms.com.br/artigos/cisticercose-bovina . Acesso em 10/01/2012.

CDC Centers for Disease Control and Prevention. Disponível em: http://dpd.cdc.gov/dpdx/Default.htm. Acesso em 10/01/2012.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção da Pecuária Municipal. v.37. 2009.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores IBGE – Junho de 2011. 2011.

MINISTÉRIO DA SAÚDE SCHENONE, H. et al. Epidemiology of human cysticercosis in Latin America. In:

FLISSER, A. et al. (Ed.) Cysticercosis: present state of knowledge and perspectives. New York: Academic, 1982. p. 25-38.  

Platelmintos. Disponível em: http://euamoanatureza.wordpress.com/2010/11/22/platelmintos/. Acesso em: 20/19/2011.

HARES, L. F. (Coord.). Higiene pessoal: hábitos higiênicos e integridade física. São Paulo: Friuli, 2004. V.2. 28 p.