Componentes Básicos do Sistema de Transporte

COMPONENTES BÁSICOS DO SISTEMA DE TRANSPORTE


Transporte UrbanoProf. Leandro Cardoso

Arquitetura e Urbanismo

As vias, os veículos, os usuários, os bens transportadose os terminais são os componentes básicos de umsistema de transporte, fundamental para suprir asnecessidades social e econômica de movimentarpessoas e bens.



1) VIAS

Superfícies por onde transitam veículos,pessoas e animais, compreendendo acalçada, o acostamento, ilha e canteirocentral (Código de Trânsito Brasileiro / CTB).



1) VIAS

a) Quanto à estrutura:• Naturais: sem custo, não necessitando de

construção, nem manutenção (ar, mar).

• Natural artificialmente melhorada: rio tornadoadequado à navegação.

• Artificiais: existe um custo de implementação etambém pode haver custos para os usuários(rodovias e canais).





1) VIASb) Quanto ao modo:b.1) Terrestre:- Vias terrestres urbanas (classificadas de acordo

com a sua função) e rurais (pavimentada e nãopavimentada);



1) VIASb) Quanto ao modo:b.1) Terrestre:- Sistema de trilhos fixos (padrão; rack railway;

linhas com cabos; monotrilho; trilhos em viasurbanas);



















1) VIASb) Quanto ao modo:b.1) Terrestre:- Dutos.



1) VIASb) Quanto ao modo:

b.2) Aquaviário: podem ser naturais, artificiais ounaturais artificialmente melhoradas.

b.3) Aéreo: totalmente natural.



2) VEÍCULOSQualquer dos meios utilizados para transportarou conduzir pessoas, bens e mercadorias de umlugar para outro.

� Modo ferroviário: trens, bondes, metrôs etc.



2) VEÍCULOS

� Modo aéreo: aeronave e os diversos tipos deacordo com a finalidade (avião a jato, de caça,anfíbio, helicópteros, dirigíveis etc.).



2) VEÍCULOS

� Modo aquaviário: embarcações com seusdiversos tipos de acordo com a finalidade (naviode carga, pesca, a velas, navio fluvial etc.).



2) VEÍCULOS

� Modo rodoviário (art.96 do CTB):

� Quanto à tração:automotor; elétrico; depropulsão humana; detração animal; dereboque ou semi-reboque.



2) VEÍCULOS

� Modo rodoviário (art. 96 do CTB):

� Quanto à espécie: passageiros (bicicleta,motocicleta, triciclo, automóvel, microônibus,ônibus, charrete); carga (motocicleta, caminhão,caminhonete, carroça, carro-de-mão); misto;competição; tração (caminhão, trator, caminhão-trator,); especial; e coleção.



2) VEÍCULOS

� Modo rodoviário (art. 96 do CTB):

� Quanto à categoria: oficial; de representaçãodiplomática, de repartições consulares ouorganismos internacionais; particular; dealuguel; de aprendizagem.



3) USUÁRIOS E OS BENS TRANSPORTADOS

Os usuários (condutores, pedestres,passageiros) têm por objetivos deslocar-se deum ponto para outro, tendo em vista as diversasfunções diárias que desempenham. Desejam queos deslocamentos sejam efetuados com umcusto mínimo, em menor tempo e comconforto e segurança.

Os bens, por sua vez, precisam sertransportados no menor período de tempopossível, a fim de atender as necessidades dacomunidade.



3) USUÁRIOS

Os pedestres obedecem com menos rigor àsnormas específicas e à sinalização, o que tornamais difícil ordenar seus movimentos e, porconseguinte, melhorar sua segurança.



3) USUÁRIOS

O Código Brasileiro de Trânsito (CTB, 1997),apesar de referir-se ao termo “pedestre” umgrande número de vezes, não deixa clara suadefinição.

A acepção da palavra pedestre indica aquele queanda ou está a pé, ou ainda, humilde. Estadefinição é bastante restrita pois não consideradeficientes físicos, crianças em bicicletas,patinetes, entre outras situações.



3) USUÁRIOS

O Pedestrian Plan da Cidade de Cambridge (Cityof Cambridge, 2000) define pedestre comopessoa andando a pé ou em cadeira de rodas,não incluindo ciclistas ou patinadores.

Este conceito apresenta um avanço em relaçãoao anterior pois inclui os deficientes físicos nacategoria. Ele também faz uma distinção entrepedestres e ciclistas e patinadores, denotandoque existem peculiaridades a estes últimos quenão permitem que sejam tratados como algosemelhante. Ele, no entanto, parecedesconsiderar personagens urbanos como ovendedor de rua, o bebê num carrinho, umacriança numa bicicleta pequena ou velocípede,entre outros.



3) USUÁRIOS

O Portland´s Pedestrian Master Plan (City ofPortland, 1998) baseia-se no código da cidade dePortland que define pedestre como pessoa a pé;pessoa trabalhando com carrinho; pessoamontando ou empurrando um (...) trenó,patinete, triciclo, bicicleta com rodas com menosde 14 polegadas de diâmetro, ou veiculo similar,ou patins, skate, cadeira de rodas ou bebê numcarrinho.

MAGALHÃES, M.T.Q. et al. Identificação de padrões de posicionamentodeterminantes do comportamento de pedestres. In: CONGRESSO DE PESQUISA EENSINO EM TRANSPORTES ANPET, 18, 2004, Florianópolis. Anais... Florianópolis,Universidade Federal de Santa Catarina, novembro/2004.



3) USUÁRIOS

O conceito ora apresentado mostra-se como omais completo dos três, considerando osdeficientes físicos, pessoas que trabalham narua com carrinhos para venda de produtos,veículos utilizados por crianças e quedesenvolvem baixas velocidades ao mesmotempo em que mantém uma distinção entrepedestres e ciclistas, presente no segundoconceito.



3) USUÁRIOS

O comportamento dos condutores é afetado porfatores internos e externos.

• Fatores internos: motivação (objeto da viagem),experiência, estado de ânimo, cansaço, visão (campovisual, adaptação à luminosidade e altura do pontode vista).



3) USUÁRIOS

O comportamento dos condutores é afetado porfatores internos e externos.

• Fatores externos: clima (sol, frio, neve, chuva), usodo solo, tráfego (intensidade, composição,velocidade e distribuição) e via (estado,pavimentação e traçado).











Para garantir a associação biunívoca, a sinalizaçãode trânsito deve obedecer certas características, afim de cumprir corretamente seu papel de informaros usuários das vias.



3) BENS TRANSPORTADOS

As cargas apresentam uma grande diversidade decaracterísticas, podendo ser: sólida, líquida, gasosa;inerte, volátil; durável, perecível, frágil; viva oumorta. A variedade das formas, tamanho, densidadee peso implicam em veículos e manuseioespecializados. Ademais, algumas cargas não podemser misturadas com outras.

Os custos de transporte variam de acordo com o tipode tráfego (modo) e muitas vezes a tarifa baseada nopeso é inadequada. Para navios, por exemplo, adota-se o volume (metros cúbicos).



4) TERMINAISPonto onde terminam ou convergem os ramais oulinhas de uma rede de transporte (variamconsideravelmente no projeto, extensão eequipamentos, de acordo com as formas detransporte).

� Classificação quanto ao modo:- Terminal aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo etc.- Integração modal: (ônibus/metrô ou VLT ou bonde;

ônibus/metrô/aeroporto; ônibus/trem/metrô;metrô/trem; ônibus/ferry-boat ou trem/ferry-boat).



4) TERMINAIS

� Classificação quanto à clientela:- Passageiros (dimensionados de acordo com o uso,

o tipo e a dimensão do veículo transportador, aduração da viagem, o grau de conforto a seroferecido e o número de passageirostransportados).



4) TERMINAIS

� Classificação quanto àclientela:

- Carga (dimensionadosquanto ao tipo de carga,volume a sertransportado eestocado e os tipos deveículo transportador).



4) TERMINAIS

Características operacionais e de infraestrutura de terminais

ItemTerminal

Aéreo Rodoviário Ferroviário

Área do terminal Grande Menor Pequena/média

Conforto Muito Pouco Pouco

Área de manobras

Grande Pequena Grande

Localização Afastada do centro

Central Central

Instalações Requinte Simples Simples/regular

Espera Longa Pequena Pequena

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