75
Compra sustentável A força do consumo público e empresarial para uma economia verde e inclusiva

Compra sustentável - cetem.gov.br · Realização Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) ... - -

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Comprasustentável

A força do consumo público e empresarial para uma economia verde e inclusiva

Comprasustentável

A força do consumo público e empresarial para uma economia verde e inclusiva

São PauloPrograma Gestão Pública e Cidadania

2012

Reali

zaçã

oCe

ntro

de

Estu

dos

em S

uste

ntab

ilida

de (G

Vces

) da

Esco

la d

e Ad

min

istra

ção

de S

ão P

aulo

da

Fund

ação

Get

ulio

Varg

as (F

GV-E

AESP

)Pa

rceria

ICLE

I – G

over

nos L

ocai

s pel

a Su

sten

tabi

lidad

e / S

ecre

taria

do p

ara

Amér

ica d

o Su

l (SA

MS)

Ediçã

o: S

érgi

o Ad

eoda

toAu

tore

sLu

ciana

Sto

cco

Betio

lTh

iago

Hec

tor K

anas

hiro

Ueh

ara

Flor

ence

Kar

ine

Lalo

ëGa

brie

la A

lem

App

uglie

seSé

rgio

Ade

odat

o Líg

ia R

amos

Mar

io P

rest

es M

onzo

ni N

eto

Colab

oraç

ão té

cnica

: Ana

Coe

lho,

Paul

o Br

anco

, Ren

ato

Orsa

to, R

enat

o Ar

mel

in, B

eatr

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ss, U

te

Thie

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n, Li

via T

iem

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tos,

Rica

rdo

Dina

to, G

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es e

Iago

Rodr

igue

s (GV

ces);

Mar

k Hi

dson

(ICL

EI E

urop

ean

Secr

etar

iat).

Colab

oraç

ão ad

min

istra

tiva e

de co

mun

icaçã

o: Fá

bio S

torin

o, M

aria

Piza

, Lui

za X

avie

r, Ren

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te, B

el B

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aro,

Dani

ela

Sanc

hes,

Ana

Beze

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Vces

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una

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CLEI

SA

MS)

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Fran

cisco

da

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Net

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esqu

isa).

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eto g

ráfic

o e di

reçã

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fogr

áfico

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ndro

False

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Impr

essã

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ille

Arte

s Grá

ficas

Finan

ciam

ento

da im

pres

são:

ICLE

I Bra

silAg

rade

cimen

tos:

aos t

écni

cos,

gest

ores

e e

spec

ialis

tas e

ntre

vista

dos q

ue n

os re

cebe

ram

em

todo

o

país

e aq

uele

s que

resp

onde

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ao

noss

o qu

estio

nário

ele

trôni

co; a

o Co

nsel

ho D

ireto

r do

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I Br

asil

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pe in

tern

acio

nal d

o IC

LEI p

elo

seu

apoi

o co

nsta

nte;

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efei

tura

Mun

icipa

l de

Belo

Ho

rizon

te e

SEBR

AE M

G qu

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sibilit

aram

e ap

oiar

am a

real

izaçã

o de

wor

ksho

p de

subs

ídio

a es

ta

obra

, dur

ante

o Co

ngre

sso M

undi

al IC

LEI 2

012;

e ao G

esRi

o pel

a par

ceria

em ev

ento

dura

nte a

Rio+

20.

Auto

rizam

os a

rep

rodu

ção

e di

vulg

ação

tot

al o

u pa

rcia

l de

sta

obra

, por

qua

lque

r mei

o co

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ciona

l ou

elet

rôni

co,

para

fins

de

estu

do e

pes

quisa

, des

de q

ue c

itada

a fo

nte.

Apre

ciaría

mos

rece

ber u

ma

cópi

a de

qua

lque

r pub

licaç

ão

que u

se es

ta co

mo

font

e. Ne

nhum

tipo

de u

so d

esta

pub

li-ca

ção

pode

ser f

eito

par

a re

vend

a ou

fins

com

ercia

is se

m

prév

ia au

toriz

ação

por

escr

ito d

o IC

LEI B

rasil

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GVc

es.

Esta

obr

a ex

pres

sa a

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o do

s seu

s aut

ores

, não

repr

esen

tand

o, ne

cess

aria

men

te, a

opi

nião

da

FGV

e do

ICLE

I. Os

leito

res i

nter

essa

dos e

m se

com

unica

r con

osco

pod

em a

cess

ar n

osso

s site

s: w

ww

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nabl

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ocur

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t.org

Com

pra

sust

entá

vel

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rça do

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umo p

úblic

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arial

pa

ra um

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nom

ia ve

rde e

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siva

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o Be

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Gabr

iela

Ale

m A

ppug

liese

Sérg

io A

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ato

Lígia

Ram

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ario

Pre

stes

Mon

zoni

Net

o

1ª e

diçã

o

São

Paul

oPr

ogra

ma

Ges

tão

Públ

ica

e Ci

dada

nia

2012

1ª tir

agem

Ficha

cata

logr

áfica

ela

bora

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ela

Bibl

iote

ca K

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. Boe

deck

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a Fu

ndaç

ão G

etul

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rgas

– SP

.

C

ompr

a Su

sten

táve

l: a fo

rça

do co

nsum

o pú

blico

e e

mpr

esar

ial p

ara

uma

econ

omia

verd

e e

inclu

siva

/ Lu

ciana

Sto

cco

Betio

l, Thi

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Hect

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anas

hiro

Ueh

ara,

Flor

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Kar

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Lalo

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brie

la A

lem

App

uglie

se,

Sérg

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deod

ato,

Lígia

Ram

os, M

ario

Pre

stes

Mon

zoni

Net

o. –

o Pa

ulo:

Pro

gram

a Ge

stão

Públ

ica e

Cid

adan

ia, 2

012.

14

4p.

IS

BN 9

78-8

5-87

426-

20-8

1.

Dese

nvol

vim

ento

sust

entá

vel. 2

. Pol

ítica

am

bien

tal. 3

. Eco

nom

ia a

mbi

enta

l. 4. C

onsu

mo

(Eco

nom

ia)

– Asp

ecto

s am

bien

tais.

5. C

onsu

mo

(Eco

nom

ia) –

Asp

ecto

s soc

iais.

6. E

mpr

esas

– As

pect

os a

mbi

enta

is.

I. Bet

iol, L

ucia

na S

tocc

o. II.

Ueha

ra, T

hiag

o He

ctor

Kan

ashi

ro. II

I. Lal

oë, F

lore

nce

Karin

e. IV

. App

uglie

se,

Gabr

iela

Ale

m. V

. Ade

odat

o, Sé

rgio

. VI. R

amos

, Líg

ia. V

II. M

onzo

ni N

eto,

Mar

io P

rest

es. V

III. T

ítulo

.CD

U 65

8.89

A dim

ensã

o e g

ravid

ade d

os d

esafi

os e

conô

mico

s, so

ciais

e am

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tais

com

qu

e nos

defro

ntam

os de

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cada

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ais e

viden

te a

nece

ssid

ade d

e dar

-m

os es

cala

e ve

locid

ade à

adoç

ão de

estra

tégi

as e

prát

icas e

mpr

esar

iais

alin

hada

s ao

dese

nvol

vimen

to su

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táve

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ue se

refe

re à

velo

cidad

e, a i

mpr

essã

o que

te

nho é

de qu

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tere

mos

avan

ços s

ufi ci

ente

s, alé

m do

s já o

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os n

os ú

ltim

os

dez a

nos,

com

base

nos

indu

tore

s de r

egul

ação

e au

torre

gula

ção v

igen

tes e

nas

in

iciat

ivas v

olun

tária

s já a

dota

das p

elas

empr

esas

. Qua

nto

à esc

ala,

me p

arec

e ca

da ve

z mai

s ilu

sório

acre

dita

r que

açõe

s iso

lada

s, mes

mo q

ue in

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oras

e be

m

inte

ncio

nada

s, de e

mpr

esas

, gov

erno

s ou o

rgan

izaçõ

es da

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dade

civil

, pos

sam

fa

zer f

rent

e aos

des

afi o

s que

hoj

e defi

nem

um

a ve

rdad

eira

crise

civil

izató

ria.

Resp

onde

r a es

se ce

nário

, em

que

esca

la e

velo

cidad

e se t

orna

m p

rem

issas

é,

port

anto

, a q

uest

ão ce

ntra

l que

se im

põe

às o

rgan

izaçõ

es co

mpr

omet

idas

co

m u

m n

ovo

mod

elo

de d

esen

volvi

men

to, q

ue a

tend

a a

busc

a po

r bem

est

ar

do co

njun

to d

a po

pula

ção

ao m

esm

o te

mpo

em

que

resp

eita

a ca

pacid

ade

de

supo

rte d

o pla

neta

. E p

or re

conh

ecer

o Ce

ntro

de E

stud

os em

Sust

enta

bilid

ade

da FG

V-EA

ESP (

GVce

s) co

mo u

ma d

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s org

aniza

ções

, cel

ebro

com

entu

siasm

o a

publ

icaçã

o des

te liv

ro, o

qual

pree

nche

uma l

acun

a na p

rodu

ção d

e con

hecim

ento

no

Bra

sil so

bre

com

pras

sust

entá

veis

e de

ixa

evid

ente

a e

norm

e co

ntrib

uiçã

o de

ste

tem

a pa

ra a

mpl

iar e

ace

lera

r a a

doçã

o de

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ticas

em

pres

aria

is qu

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-co

rpor

am at

ribut

os d

e sus

tent

abili

dade

. Al

ém d

a co

nsist

ência

dos

arg

umen

tos s

obre

a fo

rça

do co

nsum

o pú

blico

e

empr

esar

ial p

ara

uma

econ

omia

verd

e e

inclu

siva,

o liv

ro te

m o

mér

ito d

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além

resp

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ques

tões

prá

ticas

que

afl i

gem

mui

tos d

os lí

dere

s e g

esto

-re

s com

que

m te

nho

lidad

o na

s em

pres

as. P

ress

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dos p

elos

resu

ltado

s de

curt

o pr

azo

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os ri

scos

socio

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enta

is ca

da ve

z mai

s con

cret

os e

pass

íveis

de co

rresp

onsa

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ade,

os p

rofi s

siona

is da

s dive

rsas

áre

as, e

m es

pecia

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ue

atua

m em

supr

imen

tos e

sust

enta

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ade,

enco

ntra

rão n

esta

obra

argu

men

tos

e rec

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daçõ

es p

recio

sas p

ara a

prim

orar

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pol

ítica

s e p

rátic

as d

e ges

tão

e rel

acio

nam

ento

com

os f

orne

cedo

res d

e sua

s org

aniza

ções

. E is

to n

ão se

res-

tring

e às

inst

ituiçõ

es p

rivad

as o

u pú

blica

s, já

que

os a

utor

es a

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am a

mba

s e

nos m

ostra

m co

m cl

arez

a qu

e há

mai

s sim

ilarid

ades

do

que

dife

renç

as n

os

desa

fi os v

ivido

s pel

os co

mpr

ador

es d

esse

s doi

s tip

os d

e or

gani

zaçã

o, qu

ando

bu

scam

inco

rpor

ar a

sust

enta

bilid

ade e

m su

as d

ecisõ

es.

E ta

lvez s

eja

essa

cons

tata

ção,

de q

ue a

s sim

ilarid

ades

são

mai

ores

do

que

as di

fere

nças

, a gr

ande

jane

la de

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tuni

dade

s que

o liv

ro de

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tina.

Acre

dito

qu

e daí

pos

sam

emer

gir m

uita

s pos

sibili

dade

s de c

oope

raçã

o en

tre em

pres

as,

gove

rnos

e or

gani

zaçõ

es d

a soc

ieda

de ci

vil, p

ara d

e fat

o faz

erm

os va

ler o

pod

er

de in

fl uên

cia d

as co

mpr

as in

stitu

ciona

is na

cons

olid

ação

de

um m

odel

o de

pr

oduç

ão e

cons

umo

que r

espo

nda

aos d

esafi

os g

loba

is da

sust

enta

bilid

ade.

Por P

aulo

D. B

ranc

o*

Pref

ácio

(*) P

aulo

D. B

ranc

o é

Coor

dena

dor d

o Pr

ogra

ma

Inov

ação

na

Cria

ção

de V

alor

do

Cent

ro d

e Es

tudo

s em

Sus

tent

abili

dade

da

FGV-

EAES

P (G

Vces

) e só

cio fu

ndad

or d

a Ek

obé,

empr

esa

de

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ulto

ria e

m su

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tabi

lidad

e co

rpor

ativa

. Nos

últi

mos

doz

e an

os te

m co

ntrib

uído

par

a a

inte

graç

ão d

e pr

incíp

ios e

prá

ticas

do

dese

nvol

vimen

to su

sten

táve

l na

estra

tégi

a de

dive

rsas

em

pres

as n

acio

nais

e mul

tinac

iona

is as

sim co

mo

na ca

deia

de v

alor

de d

ifere

ntes

seto

res.

Pref

ácio

A tem

ática

da

Com

pra

Sust

entá

vel e

nsej

a um

a ne

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ária

refl e

xão

sobr

e o

quan

to a

socie

dade

pla

netá

ria p

recis

a fo

rtal

ecer

prá

ticas

sust

entá

veis,

e

dent

re es

tas m

udan

ças n

a lóg

ica da

s lici

taçõ

es pú

blica

s enq

uant

o ins

trum

ento

de

tran

sfor

maç

ão n

o mod

us op

eran

di d

a cad

eia p

rodu

tiva d

os di

fere

ntes

seto

res

da e

cono

mia

. O d

esafi

o d

e pr

omov

er p

rátic

as so

cioam

bien

talm

ente

resp

on-

sáve

is se

ext

ende

a to

dos o

s seg

men

tos d

a so

cieda

de, m

as n

otad

amen

te a

os

gove

rnan

tes e

empr

esár

ios,

na m

edid

a em

que

este

s tem

pap

el es

traté

gico

na

defi n

ição

de e

stra

tégi

as in

ovad

oras

par

a tra

nsfo

rmar

os p

adrõ

es p

rodu

tivos

e

as fo

rmas

de

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over

estil

os d

a vid

a e c

ompo

rtam

ento

s.

Atua

lmen

te, o

ava

nço

rum

o a

uma

socie

dade

sust

entá

vel é

per

mea

do d

e ob

stác

ulos

, na m

edid

a em

que e

xist

e um

a res

trita

cons

ciênc

ia na

socie

dade

a re

s-pe

ito da

s im

plica

ções

do m

odel

o de d

esen

volvi

men

to em

curs

o. A

mul

tiplic

ação

do

s risc

os, e

m es

pecia

l os a

mbi

enta

is e t

ecno

lógi

cos d

e gra

ves c

onse

quên

cias s

ão

elem

ento

chav

e par

a ent

ende

r as c

arac

terís

ticas

, os l

imite

s e as

tran

sfor

maç

ões

da n

ossa

mod

erni

dade

. É ca

da ve

z mai

s not

ória

a co

mpl

exid

ade d

esse

pro

cess

o de

tran

sfor

maç

ão d

e um

a so

cieda

de cr

esce

ntem

ente

não

só a

mea

çada

, mas

di

reta

men

te a

feta

da p

or ri

scos

e ag

ravo

s soc

ioam

bien

tais.

O sé

culo

XXI

inici

a-se

em

mei

o de

um

a em

ergê

ncia

sócio

-am

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tal, q

ue

prom

ete a

grav

ar-s

e, ca

so se

jam

man

tidas

as te

ndên

cias a

tuai

s de d

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daçã

o;

um p

robl

ema e

nrai

zado

na c

ultu

ra, n

os es

tilos

de p

ensa

men

to, n

os va

lore

s, no

s pr

essu

post

os e

pist

emol

ógico

s e n

o co

nhec

imen

to, q

ue co

nfi g

uram

o si

stem

a po

lítico

, eco

nôm

ico e

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l em

que

vive

mos

. Co

loca

-se a

nec

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ade d

e refl

etir

sobr

e a cu

ltura

, as c

renç

as, v

alor

es e

co-

nhec

imen

tos e

m q

ue se

bas

eia o

com

port

amen

to co

tidia

no, a

ssim

com

o so

bre

o pa

radi

gma

antro

poló

gico

-soc

ial q

ue p

ersis

te em

nos

sas a

ções

.A

ênfa

se e

m p

rátic

as q

ue e

stim

ulam

a in

ters

etor

ialid

ade

e a

trans

vers

ali-

dade

reve

la u

m im

port

ante

pot

encia

l que

exi

ste

para

sair

do lu

gar c

omum

e

prom

over

mud

ança

s no c

ompo

rtam

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e au

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to da

resp

onsa

bilid

ade s

ocia

l e é

tica

ambi

enta

l. O

cam

inho

para

uma s

ocied

ade s

uste

ntáv

el se

forta

lece n

a med

ida e

m qu

e se

dese

nvol

vam

polít

icas p

úblic

as e

ativi

dade

s pro

dutiv

as fo

cada

s em

prod

ução

e co

n-su

mo s

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el e

que a

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dade

faça

sua p

arte

forta

lece

ndo o

cont

role

socia

l. Ist

o no

s lev

a à re

fl exã

o so

bre a

nec

essid

ade d

a for

maç

ão d

o pr

ofi ss

iona

l re-

fl exi

vo p

ara d

esen

volve

r prá

ticas

que

se ar

ticul

em co

m o

mei

o am

bien

te n

uma

pers

pect

iva d

e su

sten

tabi

lidad

e. As

sim se

ndo,

repr

esen

ta a

pos

sibili

dade

de

mot

ivar e

sens

ibili

zar a

s pes

soas

par

a tra

nsfo

rmar

as d

ivers

as p

rátic

as p

rofi s

-

siona

is em

pot

encia

is fa

tore

s de

dina

miza

ção

da so

cieda

de e

de

ampl

iaçã

o da

re

spon

sabi

lidad

e sóc

io-a

mbi

enta

l. Ex

istem

doi

s cam

inho

s que

a so

cieda

de te

m u

tiliza

do co

mo r

efer

ência

par

a ab

orda

r a pr

oble

mát

ica da

tran

sfor

maç

ão de

um

a lóg

ica qu

e infl

uen

cie m

udan

-ça

s no c

onsu

mo –

as di

men

sões

da efi

ciên

cia e

do u

so fi

nal. D

o lad

o da e

fi ciê

ncia

, os

pro

duto

res t

êm m

udad

o pa

ra a

util

izaçã

o de

pro

duto

s e se

rviço

s men

os

inte

nsivo

s em

ener

gia e

recu

rsos

nat

urai

s- re

uso.

Entre

tant

o co

mo

a dim

ensã

o da

efi c

iênc

ia n

ão se

ria p

or si

mes

ma

sufi c

ient

e pa

ra re

duzir

dra

stica

men

te o

us

o do

s rec

urso

s nat

urai

s, a

abor

dage

m ce

ntra

da n

o us

o fi n

al é

fund

amen

tal,

ao en

fatiz

ar a

pro

visão

das

nec

essid

ades

das

pes

soas

usa

ndo

a m

enor

qua

nti-

dade

pos

sível

de

recu

rsos

nat

urai

s. Es

tes e

nfoq

ues d

ifere

m su

bsta

ntiva

men

te.

Enqu

anto

a ên

fase

na e

fi ciê

ncia

sign

ifi ca

faze

r com

que

os p

adrõ

es vi

gent

es d

e pr

oduç

ão e

cons

umo s

e tor

nem

mai

s efi c

ient

es; o

enfo

que n

o uso

fi na

l def

ende

um

a m

odifi

caçã

o na

s est

rutu

ras d

e pr

oduç

ão e

cons

umo,

de ta

l for

ma

que

as

nece

ssid

ades

das p

esso

as po

ssam

ser s

uprid

as u

sand

o um

mín

imo d

e rec

urso

s, co

m u

m en

foqu

e que

prio

rize a

econ

omia

verd

e. O

gran

de de

safi o

que s

e col

oca é

o da

mud

ança

na vi

são d

as po

lítica

s púb

licas

. Ist

o po

ssib

ilita

rá d

esen

volve

r con

ceito

s e e

stra

tégi

as d

e de

senv

olvim

ento

que

pr

omov

am ef

etiva

redu

ção

de p

rátic

as p

auta

das p

elo

desp

erdí

cio; e

pel

a sup

e-ra

ção d

o par

adig

ma q

ue n

os co

loca

cada

vez m

ais n

uma e

ncru

zilha

da qu

anto

à ca

pacid

ade d

e sup

orte

do pl

anet

a e da

hab

ilida

de qu

e a so

cieda

de te

m de

busc

ar

um eq

uilíb

rio en

tre o

que s

e con

sider

a eco

logi

cam

ente

nec

essá

rio, s

ocia

lmen

te

dese

jáve

l e p

oliti

cam

ente

atin

gíve

l ou

poss

ível.

Ca

be re

ssal

tar o

impo

rtan

te p

apel

que

dev

em re

aliza

r as i

nstit

uiçõ

es d

a so

cieda

de ci

vil n

a di

reçã

o de

cons

cient

izar s

obre

a im

port

ância

do

cons

umo

ser c

ada

vez m

ais s

uste

ntáv

el; b

asea

do n

uma

lógi

ca d

e co-

resp

onsa

biliz

ação

e ad

oção

de pr

ática

s que

orie

ntem

para

um

aum

ento

perm

anen

te da

info

rmaç

ão

aos c

idad

ãos c

onsu

mid

ores

e o

fort

alec

imen

to d

e si

stem

as d

e ce

rtifi

caçã

o na

di

reçã

o de

um

a ec

onom

ia ve

rde e

inclu

siva.

Eis o

impo

rtant

e pro

pósit

o que

se co

loca

esta

publ

icaçã

o: a d

e tra

zer p

ara u

m

públ

ico m

ais a

mpl

o a n

eces

sária

refl e

xão e

apro

fund

amen

to d

o con

hecim

ento

so

bre

um te

ma

que

deve

rá m

obili

zar c

ada

vez m

ais e

mpr

esas

e ó

rgão

s de

go-

vern

o, o

cons

umo

públ

ico e

empr

esar

ial p

ara

uma

econ

omia

verd

e e in

clusiv

a.

Por P

edro

Robe

rto

Jaco

bi*

(*) Pe

dro R

ober

to Ja

cobi

é Pr

esid

ente

do IC

LEI B

rasil

, Pro

fess

or Ti

tula

r da F

acul

dade

de Ed

ucaç

ão

e do

Prog

ram

a de

Pós G

radu

ação

em C

iênc

ia A

mbi

enta

l – U

nive

rsid

ade d

e São

Paul

o (U

SP)

Apre

sent

ação

O liv

ro C

ompr

a Sus

tent

ável

: A fo

rça d

o con

sum

o púb

lico e

empr

esar

ial p

ara

uma

econ

omia

verd

e e

inclu

siva,

exec

utad

o pe

lo C

entro

de

Estu

dos e

m

Sust

enta

bilid

ade

da Fu

ndaç

ão G

etul

io V

arga

s de

São

Paul

o (G

Vces

), em

par

-ce

ria co

m o

ICLE

I – G

over

nos L

ocai

s pel

a Su

sten

tabi

lidad

e/Se

cret

aria

do p

ara

Amér

ica d

o Su

l (SA

MS)

, é fr

uto

da u

nião

de

conh

ecim

ento

e co

nsol

idaç

ão d

e ex

periê

ncia

s adv

inda

s de

amba

s as i

nstit

uiçõ

es n

o te

ma

das c

ompr

as in

sti-

tucio

nais

sust

entá

veis.

A

obra

tem

com

o pa

no d

e fu

ndo

as e

diçõ

es d

o Gu

ia d

e Co

mpr

as Pú

blica

s Su

sten

táve

is, on

de se

apre

sent

am di

vers

as ex

periê

ncia

s do I

CLEI

deco

rrent

es da

Ca

mpa

nha P

rocu

ra+ , m

arco

inte

rnac

iona

l sob

re o

tem

a “co

mpr

as p

úblic

as su

s-te

ntáv

eis”,

e m

etod

olog

ia qu

e ger

ou av

anço

s e r

efl e

xões

sobr

e o pa

pel d

o pod

er

públ

ico co

mo

gran

de co

nsum

idor

e in

duto

r de s

uste

ntab

ilida

de. A

greg

am-s

e a

isso

as ex

periê

ncia

s jun

to à

ges

tão

de su

prim

ento

em

em

pres

as d

e gr

ande

po

rte

real

izada

s pel

o GV

ces,

e o

inte

ress

e em

com

pree

nder

mel

hor

as si

ner-

gias

entre

os s

etor

es p

úblic

o e e

mpr

esar

ial n

o te

ma

do co

nsum

o su

sten

táve

l.So

b o g

uard

a-ch

uva d

o con

ceito

de e

cono

mia

verd

e e in

clusiv

a, pr

opos

ição

de u

m n

ovo

mod

elo

de d

esen

volv

imen

to, r

enov

ado

em 2

012

dura

nte

a Co

n-fe

rênc

ia d

as N

açõe

s Uni

das c

onhe

cida

com

o Ri

o+20

, as e

quip

es d

o GV

ces e

do

ICLE

I, jun

tam

ente

com

o jo

rnal

ista S

érgi

o Ad

eoda

to, e

labo

rara

m es

ta o

bra,

volta

da à

alta

adm

inist

raçã

o das

inst

ituiçõ

es, s

eus r

espe

ctivo

s ges

tore

s e co

m-

prad

ores

, alé

m d

e est

udio

sos d

a áre

a. Es

crita

com

um

a lin

guag

em jo

rnal

ística

, m

as p

rese

rvan

do o

rigo

r aca

dêm

ico, a

reda

ção

é le

ve e

insp

irado

ra, f

azen

do

emer

gir s

ua p

ropo

sta m

aior

: orie

ntar

pol

ítica

s e fo

men

tar p

rátic

as d

e com

pras

in

stitu

ciona

is su

sten

táve

is.“É

um

a lu

ta co

ntra

o te

mpo

”. Ass

im te

m in

ício

o liv

ro, a

pres

enta

ndo

uma

linha

hist

órica

do

ingr

esso

do

tem

a de

cons

umo

e pr

oduç

ão su

sten

táve

is na

ag

enda

glo

bal. E

xplic

ita-s

e na o

bra q

uem

são

e qua

is sã

o os

pot

encia

is at

ores

e

inst

rum

ento

s que

inte

rage

m p

ara

o se

u al

canc

e. De

form

a lú

dica

são

apre

-se

ntad

os in

fogr

áfi co

s tem

ático

s apo

ntan

do o

impa

cto d

ecor

rent

e do c

onsu

mo

e da

pro

duçã

o, in

spira

dos n

a Av

alia

ção

do C

iclo

de V

ida

(ACV

). Ca

min

hand

o pa

ra o

s cap

ítulo

s 2 e

3, o

leito

r se

depa

ra co

m ex

empl

os in

s-pi

rado

res d

e com

pras

inst

itucio

nais

obtid

os p

or m

eio

de en

trevi

stas

inéd

itas,

notíc

ias,

rela

tório

s cor

pora

tivos

e ar

tigos

cien

tífi c

os q

ue re

lata

m ex

periê

ncia

s ex

itosa

s nos

seto

res p

úblic

o e e

mpr

esar

ial, r

essa

ltand

o qu

e ins

titui

ções

rom

-

pera

m re

sistê

ncia

s e se

torn

aram

pro

tago

nist

as q

uant

o ao u

so d

o pot

encia

l de

trans

form

ação

por m

eio d

o con

sum

o e da

prod

ução

volta

dos à

sust

enta

bilid

ade.

No ca

pítu

lo 4

, den

tro d

e um

vié

s mai

s orie

ntad

or, d

uas f

erra

men

tas s

ão

indi

cada

s par

a mel

horia

cont

ínua

da ge

stão

de co

mpr

as pú

blica

s e em

pres

aria

is,

tend

o sid

o a pr

imei

ra de

senv

olvid

a pel

o ICL

EI, n

o âm

bito

da C

ampa

nha P

rocu

ra+ ,

e a se

gund

a pel

o Pa

cto

Glob

al d

as N

açõe

s Uni

das.

Tam

bém

são

apre

sent

adas

pr

opos

ições

par

a a

inse

rção

de

atrib

utos

de

sust

enta

bilid

ade

nos s

istem

as

de g

estã

o de

com

pras

e su

prim

ento

s. Ba

sead

o em

nos

sas e

xper

iênc

ias e

m

cons

ulto

rias e

pro

jeto

s em

par

ceria

com

gov

erno

s, pl

ataf

orm

as e

mpr

esar

iais

e pe

squi

sas a

cadê

mica

s, fo

i apl

icado

que

stio

nário

em

cer

ca d

e 50

inst

itui-

ções

, ent

re p

úblic

as e

empr

esar

iais,

sist

emat

izand

o ap

rend

izado

s e al

erta

ndo

para

os f

acili

tado

res e

ent

rave

s de

um co

nsum

o in

stitu

ciona

l vol

tado

par

a a

sust

enta

bilid

ade.

Dent

re a

s ins

titui

ções

ent

revi

stad

as, f

oram

esc

olhi

dos o

s ex

empl

os ci

tado

s nes

ta o

bra.

Por fi

m, n

o ca

pítu

lo 5

, sob

um

a pe

rspe

ctiva

inte

grad

a do

s set

ores

e d

os

ator

es, in

cluin

do o

cons

umid

or in

divid

ual, a

nalis

amos

criti

cam

ente

os av

anço

s e d

esafi

os o

btid

os n

os ú

ltim

os an

os e

apon

tam

os or

ient

açõe

s par

a o fu

turo

da

alm

ejad

a ‘ec

onom

ia ve

rde e

inclu

siva’,

cons

ider

ando

as co

mpr

as in

stitu

ciona

is co

mo

inst

rum

ento

fund

amen

tal p

ara

a (re

)con

stru

ção

de u

m ce

nário

glo

bal

mai

s fav

oráv

el a

o de

senv

olvi

men

to su

sten

táve

l. Bo

a le

itura

!

Lucia

na S

tocc

o Be

tiol

Coor

dena

dora

do Pr

ogra

ma C

onsu

mo S

uste

ntáv

el do

Cen

tro de

Es

tudo

s em

Sust

enta

bilid

ade d

a Fun

daçã

o Get

ulio

Varg

as –

Esco

la de

Ad

min

istra

ção d

e Em

pres

as de

São P

aulo

Flor

ence

Kar

ine

Lalo

ëSe

cretá

ria Ex

ecut

iva/C

EO do

ICLE

I – G

over

nos L

ocais

pela

Sust

enta

bilid

ade,

Secre

taria

do pa

ra A

mér

ica do

Sul –

SAM

S

O d

ilem

a do

cons

umo

25 a

nos d

e des

envo

lvim

ento

sust

entá

vel. E

ago

ra?

O p

apel

do

pode

r púb

lico

Das l

icita

ções

sust

entá

veis

às n

ovas

pol

ítica

s de g

over

no

O e

ngaj

amen

to d

as e

mpr

esas

O im

pact

o do

s crit

ério

s de c

ompr

a na

s cad

eias p

rodu

tivas

Além

de

preç

o, p

razo

e q

ualid

ade

Novo

s mod

elos o

rient

am g

esto

res p

úblic

os e

priva

dos

Um p

lane

ta m

ais e

quili

brad

oAv

alia

ndo

ganh

os ec

onôm

icos,

ambi

enta

is e s

ocia

is

Glos

sário

Índi

ce re

miss

ivo

Refe

rênc

ias b

iblio

gráfi

cas

Sum

ário

112 32 70 100

122

134

136

138

2 3 4 5 * **

13

O di

lem

a do c

onsu

mo

As co

mpr

as e

os d

esafi

os

socio

ambi

enta

is ap

ós 25

ano

s de

dese

nvol

vimen

to su

sten

táve

l. E a

gora

?

1

uma l

uta c

ontra

o te

mpo

. Um

a rev

oluç

ão si

lenc

iosa

e co

ntin

uada

em

busc

a de p

adrõ

es de

vida

sust

entá

veis

que g

aran

tam

o be

m-e

star

das

futu

ras g

eraç

ões.

Seja

nas

met

rópo

les,

na A

maz

ônia

ou n

o Saa

ra, a

bat

alha

é d

e tod

os, ri

cos e

pob

res,

defl a

grad

a par

a se q

uebr

ar a

inér

cia, v

ence

r res

is-tê

ncia

s e cr

iar n

ovos

háb

itos d

e pro

duçã

o e c

onsu

mo.

A m

issão

: rev

erte

r o

atua

l pro

cess

o de d

egra

daçã

o am

bien

tal e

socia

l e su

pera

r a cr

ise fi

nanc

eira

qu

e co

loca

m e

m x

eque

o co

mba

te à

pob

reza

, a p

az e

a co

nser

vaçã

o do

s (e

co)s

istem

as. O

obj

etivo

é co

mpl

exo,

mas

pos

sível

, e p

asso

s im

port

ante

s fo

ram

dad

os n

as ú

ltim

as d

écad

as p

ara

alca

nçá-

lo. N

a tr

inch

eira

est

amos

to

dos n

ós, c

ada

qual

com

o se

u gr

au d

e re

spon

sabi

lidad

e, do

s em

pres

á-rio

s aos

educ

ador

es, d

os p

rofi s

siona

is lib

erai

s aos

gov

erna

ntes

e ge

stor

es

públ

icos.

A pr

incip

al a

rma:

o po

der d

e es

colh

a e

decis

ão.

É

12

ISTOCKPHOTO

FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ABR/ EBC

1514

O po

ntei

ro do

reló

gio g

ira rá

pido

. A po

pula

ção m

undi

al já

cons

ome m

ais

de u

m q

uart

o ac

ima

do q

ue o

pla

neta

pod

e na

tura

lmen

te re

por1 . N

ada

men

os q

ue 15

dos

24 se

rviço

s vita

is of

erec

idos

pel

a na

ture

za, c

omo

água

, eq

uilíb

rio cl

imát

ico e

solo

s par

a pr

oduç

ão d

e al

imen

tos e

stão

em

fran

co

declí

nio,

de a

cord

o co

m a

Org

aniza

ção

das N

açõe

s Uni

das (

ONU)

2 . Sem

no

vos p

adrõ

es p

rodu

tivos

, est

amos

send

o co

nduz

idos

a um

aque

cimen

to

glob

al ac

ima d

os lim

ites d

e seg

uran

ça, d

efini

dos p

elo P

aine

l Inte

rgov

erna

-m

enta

l sob

re M

udan

ça d

o Cl

ima.

No ri

tmo

atua

l, dize

m o

s esp

ecia

lista

s, at

é 21

00 a

Terra

pod

erá

esta

r ent

re 3

e 5

gra

us C

elsiu

s mai

s que

nte

do

que

há u

m sé

culo

atrá

s, so

b am

eaça

de

desa

stre

s nat

urai

s, es

cass

ez d

e m

atér

ia-p

rima,

aum

ento

da d

esig

uald

ade s

ocia

l e im

pact

os n

egat

ivos n

as

cond

ições

de

vida

3 . O

que t

empo

s atrá

s pod

eria

ser v

isto

com

o um

exag

ero

ambi

enta

lista

ou

alg

o re

strit

o a

um fu

turo

long

ínqu

o, ho

je c

onso

me

pági

nas

e m

ais

pági

nas d

e rel

atór

ios e

labo

rado

s por

econ

omist

as e

cient

istas

de r

enom

e in

tern

acio

nal. E

m fe

vere

iro d

e 201

2, o

Prog

ram

a da

s Naç

ões U

nida

s par

a o

Mei

o Am

bien

te (P

num

a) d

ivul

gou

docu

men

to a

ssin

ado

em N

airo

bi

por u

m s

elet

o gr

upo

de li

dera

nças

glo

bais,

apr

esen

tand

o co

m ri

gor e

in

quie

tude

a s

ituaç

ão e

m q

ue s

e en

cont

ra o

pla

neta

em

áre

as v

itais

com

o cli

ma,

fom

e, pe

rda d

e rec

urso

s nat

urai

s, co

nsum

o al

ém d

os lim

ites

sust

entá

veis

e nec

essid

ade d

e se r

edire

ciona

r os i

ncen

tivos

ao

tran

spor

-te

e à

ene

rgia

4 . Em

sua

s 22

pág

inas

, o d

ocum

ento

diz

que

um

mun

do

sust

entá

vel, m

ais é

tico

no a

cess

o ao

s rec

urso

s nat

urai

s, se

m p

obre

za e

co

m e

quid

ade

socia

l, é u

m so

nho

poss

ível

e re

alizá

vel. M

as n

ão p

oder

á se

r con

cret

izado

se se

guirm

os o

cam

inho

atua

l, bas

eado

em u

m si

stem

a ec

onôm

ico e

socia

l det

erio

rado

.A

cultu

ra d

o co

nsum

ismo

enco

ntra

raíze

s nos

EUA

. Log

o no

iníci

o do

culo

XX

a ca

pacid

ade

prod

utiva

lá in

stal

ada

supe

rou

a de

man

da, o

que

le

vou

os co

mer

ciant

es a

reco

rrere

m a

med

idas

de m

arke

ting

para

forç

ar o

au

men

to d

o co

nsum

o5 . Des

de e

ntão

, iden

tifica

r as n

eces

sidad

es b

ásica

s de

um

a pop

ulaç

ão to

rnou

-se u

m tó

pico

aind

a mai

s con

trove

rso:

não

exis-

tem

dife

renc

iaçõ

es cl

aras

entre

o q

ue se

riam

nec

essid

ades

reai

s e d

esej

os

supé

rfluo

s de u

ma p

esso

a. “O

mod

elo q

ue cr

iam

os es

tá fa

lido”

, afir

ma B

ob

Wat

son,

cons

elhe

iro d

o go

vern

o br

itâni

co, p

ara

quem

a a

post

a na

tecn

o-lo

gia

é in

sufic

ient

e. El

a di

ficilm

ente

virá

a te

mpo

. O q

ue fa

rá a

dife

renç

a, di

z ele

, não

são a

s sol

uçõe

s tec

nica

men

te so

fistic

adas

e m

irabo

lant

es, m

as

as in

iciat

ivas q

ue já

est

ão a

o no

sso

alca

nce

e de

pend

em d

a to

mad

a de

de

cisõe

s. O

cres

cimen

to m

ater

ial i

limita

do a

par

tir d

e re

curs

os n

atur

ais

finito

s é in

sust

entá

vel.

Em to

m d

e al

erta

, o re

lató

rio d

o Pn

uma

é en

fátic

o ao

pro

por a

elim

i-na

ção

de su

bsíd

ios p

úblic

os n

ociv

os, a

exe

mpl

o do

atu

al m

onta

nte

de

US$ 1

trilh

ão d

ispen

sado

por

ano

ao

seto

r ene

rgét

ico b

asea

do e

m fo

ntes

su

jas,

com

o ca

rvão

e pe

tróle

o6 . O ce

nário

de e

mpo

brec

imen

to d

o pl

anet

a é s

ombr

io, m

as p

ode s

er re

vert

ido

no se

ntid

o de

gar

antir

mos

recu

rsos

ao

sust

ento

das

ger

açõe

s fut

uras

. O ca

min

ho é

com

plex

o, po

is re

quer

mu-

danç

as d

e há

bito

s no

cotid

iano

dos

lare

s, da

s em

pres

as e

dos

gov

erno

s. Es

tá em

jogo

o d

esafi

o de

dar

esca

la, d

imen

são

e im

port

ância

econ

ômica

a p

rátic

as su

sten

táve

is pa

ra q

ue se

diss

emin

em e

seja

m ra

pida

men

te p

o-pu

lariz

adas

na s

ocie

dade

. Em

resu

mo:

mud

ança

s no m

odel

o de p

rodu

ção

e con

sum

o já

não

pod

em se

r pro

tela

das o

u co

loca

das n

o pl

ano

perif

érico

da

s dec

isões

glo

bais.

Mar

cos d

e um

nov

o co

ncei

to

Surg

e no h

orizo

nte a

urg

ência

de av

anço

s mai

s exp

ress

ivos e

prát

icos d

o ch

amad

o “de

senv

olvi

men

to su

sten

táve

l”, 25

anos

após

o co

ncei

to te

r sid

o pr

opos

to co

mo

uma

cond

ição

ao b

em-e

star

futu

ro d

o pl

anet

a. Em

1987

, no

rela

tório

“Nos

so Fu

turo

Com

um”,

tam

bém

conh

ecid

o co

mo “

Rela

tório

Br

undt

land

”, a O

NU

dest

acou

a im

port

ância

de l

imite

s no

uso

de re

curs

os

natu

rais

e con

ceitu

ou o

dese

nvol

vimen

to su

sten

táve

l: “aq

uele

que

satis

faz

as n

eces

sidad

es p

rese

ntes

sem

com

prom

eter

o su

prim

ento

das

ger

açõe

s fu

tura

s”. A

inici

ativa

refo

rçav

a as

idei

as la

nçad

as q

uinz

e an

os a

ntes

pel

o Cl

ube d

e Rom

a no e

stud

o “Os

Lim

ites d

o Cre

scim

ento

”, con

duzid

o com

aval

do

Mas

sach

uset

ts In

stitu

te o

f Tec

hnol

ogy (

MIT

).

1716

Lei 6

.938

– Po

lítica

Nac

iona

l do

Mei

o Am

bien

te. E

ssa

lei v

isa, in

clusiv

e, a

com

patib

iliza

ção

do

dese

nvol

vim

ento

ec

onôm

ico so

cial

com

a p

rese

rvaç

ão

da q

ualid

ade

do

mei

o am

bien

te e

do

equi

líbrio

eco

lógi

co

A at

ençã

o é

mai

s vol

tada

ao

des

ign

dos p

roce

ssos

pr

odut

ivos d

o qu

e ao

s pa

drõe

s de

prod

ução

e

cons

umo.

Emer

gem

fo

rtes

críti

cas a

ess

es

padr

ões d

a so

cieda

de,

com

o os

ade

ptos

da

ecol

ogia

pro

fund

a

A pe

rcep

ção

dos i

mpa

ctos

ne

gativ

os g

loba

is do

s pa

drõe

s de

cons

umo

é in

tens

ifi ca

da, a

o m

esm

o te

mpo

em

que

são

estr

utur

ados

os s

ervi

ços d

e de

fesa

dos

dire

itos (

e nã

o do

s dev

eres

) do

cons

umid

or

e as

prá

ticas

de

prod

ução

m

ais l

impa

O te

rmo “

dese

nvol

vim

ento

su

sten

táve

l” é

mul

tiplic

ado

pelo

rela

tório

“Nos

so fu

turo

co

mum

”, des

envo

lvid

o pe

la

Com

issão

Bru

ndtla

nd

A ne

cess

idad

e de

ha

ver p

olíti

cas d

e co

ntro

le d

a po

luiçã

o é

trazid

a na

Co

nfer

ência

das

Na

ções

Uni

das s

obre

M

eio A

mbi

ente

Hu

man

o, em

Es

toco

lom

o

1ª Co

nfer

ência

Mun

dial

da

Indú

stria

sobr

e Ge

stão

Am

bien

tal, e

m

Vers

aille

s

O re

lató

rio “O

s lim

ites

do cr

escim

ento

” ref

orça

a

cons

ciênc

ia p

úblic

a so

bre

a cr

ise a

mbi

enta

l

1972

1992

1994

1995

1999

1987

1984

1988

1993

Déca

da de

1970

Déca

da de

1980

Déca

da de

1990

Cons

titui

ção

Bras

ileira

traz

alg

uns

pont

os im

port

ante

s qu

e pe

rmei

am a

su

sten

tabi

lidad

e:

• O Es

tado

e a

socie

dade

de

vem

gar

antir

a

prot

eção

do

mei

o am

bien

te, v

iabi

lizan

do

qual

idad

e de

vida

par

a as

pre

sent

es e

as f

utur

as

gera

ções

• A a

tivid

ade

econ

ômica

de

ve h

arm

oniza

r, ent

re

outra

s coi

sas,

a liv

re

conc

orrê

ncia

, a d

efes

a ao

co

nsum

idor

e a

o m

eio

ambi

ente

e a

redu

ção

das d

esig

uald

ades

• O Po

der P

úblic

o de

ve

atua

r sob

re p

rodu

ção

e co

mer

cializ

ação

de

mét

odos

e su

bstâ

ncia

s qu

e co

mpo

rtem

risc

o pa

ra a

vida

, a q

ualid

ade

de vi

da e

o m

eio

ambi

ente

, que

tant

o po

de se

dar

med

iant

e in

stru

men

tos d

e co

man

do e

cont

role

, qu

anto

por

mei

o de

in

stru

men

tos d

e m

erca

do, c

omo

o sã

o as

com

pras

púb

licas

Conf

erên

cia d

as N

açõe

s Un

idas

sobr

e Meio

Am

bien

te

e Des

envo

lvim

ento

(Eco

92)

• A C

arta

da T

erra

e a

Age

nda

21 re

forç

am a

nec

essid

ade

de n

ovos

mod

os d

e ge

stão

de

terri

tório

s e d

e re

lacio

nam

ento

ent

re

espé

cie h

uman

a e

a na

ture

za

• O

1º g

rand

e al

erta

sobr

e a

impo

rtân

cia d

o co

nsum

o em

bas

es su

sten

táve

is, o

que

o

torn

a te

ma

expl

ícito

na

agen

da d

o de

senv

olvi

men

to

• A

Agen

da 21

des

taca

o

pape

l dos

gov

erno

s par

a m

udan

ças n

os p

adrõ

es

insu

sten

táve

is, a

travé

s de

polít

icas d

e aq

uisiç

ões

• O ca

pítu

lo 28

inov

a ao

tra

zer o

pod

er p

úblic

o lo

cal c

omo

ator

chav

e na

im

plem

enta

ção

dest

as

polít

icas (

Agen

da Lo

cal 2

1)

Inte

rnat

iona

l Org

aniza

tion

for S

tand

ardz

atio

n la

nça

oco

mitê

técn

ico d

e Ge

stão

Ambi

enta

l, que

ger

ou a

rie IS

O 14

000.

É cr

iada

a

base

regu

lató

ria p

ara

licita

ções

e co

ntra

tos

da A

dmin

istra

ção

Públ

ica, a

Lei 8

.666

Apre

sent

a-se

o co

ncei

to

do Tr

iple

Bott

om Li

ne,

asso

ciand

o as

ativ

idad

es su

sten

táve

isao

equ

ilíbr

io d

asdi

men

sões

am

bien

tal,

socia

l e e

conô

mica

Cons

umo

sust

entá

vel

é de

fi nid

o pe

la O

slo

Min

ister

ial R

ound

tabl

e Co

nfer

ence

on

Sust

aina

ble

Prod

uctio

n an

d Co

nsum

ptio

n: “u

so d

e ben

s e

serv

iços q

ue a

tend

em

às n

eces

sidad

es b

ásica

s e

traze

m u

ma

mel

hor

qual

idad

e de

vida

, enq

uant

o m

inim

izam

o u

so d

e re

curs

os

natu

rais,

mat

eria

is tó

xico

s e

emiss

ões d

e po

luen

tes a

travé

s do

ciclo

de

vida

, de

form

a a

não

pôr e

m p

erig

o as

nec

essid

ades

da

s fut

uras

ger

açõe

s”

Lei 9

.795 –

Polít

ica N

acio

nal d

e Ed

ucaç

ão

Ambi

enta

l. É la

nçad

a a

Agen

da A

mbi

enta

l na

Adm

inist

raçã

o Pú

blica

(A3P

) par

a a

gest

ão so

cioam

bien

tal n

o go

vern

o

Déca

da de

1970

Déca

da de

1980

Déca

da de

1990

Hist

ória

em ev

oluç

ão

1918

A pr

oduç

ão m

ais l

impa

cont

a co

m a

lgum

as in

iciat

ivas

cons

isten

tes,

o qu

e nã

o se

verifi

ca

na e

sfer

a do

cons

umo.

Os a

vanç

os d

a pr

oduç

ão n

ão

fora

m su

fi cie

ntes

par

a so

lucio

nar

os d

ilem

as d

a su

sten

tabi

lidad

e, e

entã

o os

mar

cos r

efer

encia

is pa

ra

o co

nsum

o su

sten

táve

l com

eçam

a

ser e

stab

elec

idos

Inici

ada

com

um

arc

abou

ço

juríd

ico m

ais p

ropí

cio a

o co

nsum

o su

sten

táve

l, fi c

a em

evid

ência

a

nece

ssid

ade

de m

onito

rar, a

valia

r e

aper

feiço

ar a

s pol

ítica

s e p

rátic

as

em d

esen

volv

imen

to

Lanç

ados

os O

bjet

ivos d

o M

ilêni

o, pe

lo O

NU,

inclu

indo

a g

aran

tia

da su

sten

tabi

lidad

e am

bien

tal

e m

elho

rias n

a sa

úde

2000

2006

2002

2004

2010

2007 2008

2009

2011

2012

2013

Déca

da de

2000

Déca

da de

2010

Conf

erên

cia M

undi

al so

bre

Dese

nvol

vimen

to Su

sten

táve

l (R

io+1

0), e

m Jo

hane

sbur

go

Lanç

ada

a Ag

enda

21 B

rasil

eira

, in

cluin

do o

obj

etivo

de “

prod

ução

e

cons

umo

sust

entá

veis

cont

ra a

cu

ltura

do

desp

erdí

cio”

Lanç

ada

a Ca

mpa

nha

Proc

ura+

(Sus

tain

able

Pro

cure

men

t Ca

mpa

ign)

pel

o IC

LEI E

urop

a, co

m

o ob

jetiv

o de

apo

iar a

utor

idad

es

públ

icas n

a im

plem

enta

ção

de

com

pras

púb

licas

sust

entá

veis

Prim

eiro

s gov

erno

s eur

opeu

s ad

erem

à C

ampa

nha

Proc

ura+ :

Kold

ing

(Din

amar

ca), G

othe

nbur

g (S

uécia

) e Z

urich

(Suí

ça)

Lei 1

23 –

Lei G

eral

da

Micr

o e

Pequ

ena

Empr

esa,

com

a fu

nção

de

dem

ocra

tizar

as l

icita

ções

púb

licas

e

prom

over

o d

esen

volv

imen

to

loca

l com

just

iça so

cial

Bras

il e

Mer

cosu

l ade

rem

ao

Proc

esso

de

Mar

rake

ch, la

nçad

oem

2003

pel

a ON

U,

com

prom

eten

do-s

e a

elab

orar

se

u Pl

ano

Nacio

nal d

e Pr

oduç

ão

e Co

nsum

o Su

sten

táve

is.

Cria

do p

elo

ICLE

I opr

ojet

o “F

omen

tand

o Co

mpr

asPú

blica

s Sus

tent

áveis

no

Bras

il” co

m o

s Est

ados

de

Min

as G

erai

s e S

ão Pa

ulo

e o

Mun

icípi

o de

São

Paul

o –

os p

rimei

ros g

over

nos q

ueim

plem

enta

ram

a m

etod

olog

iada

Cam

panh

a Pr

ocur

a+ no

Bras

il, co

m p

arce

ria d

o GV

ces

Anun

ciado

o G

reen

Econ

omy

Initi

ative

, pel

o Pn

uma,

com

a

idei

a de

apr

ovei

tar o

s esf

orço

s de

com

bate

à cr

ise g

loba

l par

a in

cent

ivar u

m n

ovo

ciclo

de

dese

nvol

vim

ento

com

bas

e em

um

sis

tem

a ec

onôm

ico su

sten

táve

l

Lei 1

2.187

- Po

lítica

Nac

iona

l de

Mud

ança

do

Clim

a. Pr

evê

a ad

oção

de

crité

rios d

e pr

efer

ência

nas

licit

açõe

s e co

ncor

rênc

ias

públ

icas c

onsid

eran

do e

cono

mia

de

ener

gia,

água

e o

utro

s rec

urso

s nat

urai

s e re

duçã

o da

em

issão

de

gase

s de

efei

to e

stuf

a e

de re

síduo

s

O de

senv

olvi

men

to n

acio

nal

sust

entá

vel é

inclu

ído

com

o um

dos

ob

jetiv

os d

a lic

itaçã

o pú

blica

, um

a al

tera

ção

da Le

i 12.3

49/2

010

sobr

e a

Lei 8

.666

/199

3

O úl

timo

elo

do ci

clo d

e vi

da d

e pr

odut

os é

obj

eto

da Le

i 12.3

05/2

010,

a

Polít

ica N

acio

nal d

e Re

síduo

s Só

lidos

. Ess

a po

lítica

ele

va a

s lic

itaçõ

es su

sten

táve

is co

mo

send

o um

dos

inte

ress

es p

rimár

ios

a se

rem

def

endi

dos p

or to

dos

os e

ntes

fede

rado

s

Inst

ruçã

o No

rmat

iva 1

da S

ecre

taria

de

Logí

stica

e Te

cnol

ogia

da

Info

rmaç

ão (S

LTI)

do M

inist

ério

de

Plan

ejam

ento

, Orç

amen

to e

Ges

tão

(MPO

G). E

stab

elec

e qu

e as

ent

idad

es

que

com

põem

a A

dmin

istra

ção

Públ

ica Fe

dera

l dev

em o

bede

cer

a cr

itério

s de

sust

enta

bilid

ade

ambi

enta

l no

proc

esso

de

extra

ção,

fabr

icaçã

o, ut

iliza

ção

e de

scar

te d

e pr

odut

os e

mat

éria

s-pr

imas

, na

aqu

isiçã

o de

ben

s, co

ntra

ção

de se

rviço

s e o

bras

Lanç

ado

o Pl

ano

de A

ção

de

Prod

ução

e C

onsu

mo

Sust

entá

veis

(PPC

S) p

elo

MM

A. O

PPC

S fo

ca a

s aç

ões v

olta

das à

pro

moç

ão d

o co

nsum

o co

nscie

nte,

abrig

ando

ões g

over

nam

enta

is, d

o se

tor p

rodu

tivo

e da

socie

dade

civ

il, co

m se

u pr

imei

ro ci

clo

vige

nte

até

2014

Popu

laçã

o gl

obal

atin

ge

7 bilh

ões

Conf

erên

cia d

as

Naçõ

es U

nida

s sob

re

Dese

nvol

vimen

to

Sust

entá

vel, a

Rio

+20,

qu

e tra

z com

des

taqu

e as

que

stõe

s de

cons

umo,

gove

rnan

ça g

loba

l, su

sten

tabi

lidad

e ur

bana

e

econ

omia

verd

e

Decr

eto

7.746

– es

tabe

lece

crité

rios,

prát

icas e

dire

trize

s par

a o

dese

nvol

vim

ento

na

ciona

l sus

tent

ável

nas

co

ntra

taçõ

es p

úblic

as

Prog

ram

ada

a Co

nfer

ência

Nac

iona

l do

Mei

o Am

bien

te,

tend

o a

prod

ução

e

cons

umo

sust

entá

veis

com

o te

ma-

mat

riz

2120

Essa

pub

licaç

ão, q

ue ve

ndeu

30 m

ilhõe

s de c

ópia

s em

30 id

iom

as, a

pre-

sent

ou m

odel

os m

atem

ático

s par

a co

nclu

ir qu

e –

mes

mo

na p

ersp

ectiv

a do

s ava

nços

tecn

ológ

icos –

o p

lane

ta n

ão su

port

aria

o cr

escim

ento

po-

pula

ciona

l dev

ido

à pr

essã

o so

bre

os re

curs

os n

atur

ais e

ao

aum

ento

da

polu

ição.

Mui

tas p

revi

sões

acab

aram

não

se co

nfirm

ando

por

impr

ecisõ

es

nos c

álcu

los,

mas

a co

nclu

são

cent

ral p

erm

anec

eu vá

lida

e ba

lizou

um

a no

va vi

são d

a rel

ação

entre

sere

s hum

anos

e am

bien

te. Ta

nto a

ssim

, que

as

críti

cas a

o m

odel

o ec

onôm

ico q

ue d

esco

nsid

era

a ca

pacid

ade

de su

port

e do

s eco

ssist

emas

pola

rizar

am a

Conf

erên

cia da

ON

U so

bre M

eio A

mbi

ente

Hu

man

o de

1972

. N

o fin

al d

a dé

cada

de

1980

, no

enta

nto,

havi

a um

a se

nsaç

ão d

e fra

-ca

sso

em re

laçã

o ao

tem

a. Na

épo

ca, a

par

te in

dust

rializ

ada

do p

lane

ta,

que

abrig

ava

apen

as 2

0% d

a po

pula

ção

mun

dial

, con

sum

ia 8

em

cad

a 10

tone

lada

s de

todo

s os a

limen

tos e

7 e

m ca

da 10

qui

low

atts

de

ener

-gi

a ge

rada

. Set

e do

s paí

ses m

ais r

icos e

ram

resp

onsá

veis

por l

ança

r na

atm

osfe

ra m

etad

e de

todo

s os g

ases

pol

uent

es q

ue a

grav

avam

o e

feito

es

tufa

. Ao

mes

mo

tem

po, 2

0 na

ções

ent

re a

s mai

s rica

s det

inha

m re

nda

60 ve

zes m

aior

que

as 2

0 m

ais p

obre

s7 . Nes

te co

ntex

to d

e de

sigua

ldad

e, nã

o fa

ltava

m m

otivo

s par

a qu

e a

ONU,

num

a as

sem

blei

a ge

ral e

m 19

89,

conv

ocas

se u

ma

Conf

erên

cia so

bre M

eio

Ambi

ente

e De

senv

olvi

men

to, a

Ec

o-92

, no

Rio

de Ja

neiro

. A in

iciat

iva fo

i um

div

isor d

e águ

as, o

nde o

tem

a do

des

envo

lvim

ento

sust

entá

vel g

anho

u fo

rça p

olíti

ca e

rele

vânc

ia, a

pesa

r do

confl

ito d

e in

tere

sses

eco

nôm

icos e

ntre

paí

ses r

icos e

pob

res.

Dura

n-te

o e

ncon

tro d

e 19

92, f

oram

ass

inad

as a

s con

venç

ões s

obre

dive

rsid

ade

biol

ógica

e m

udan

ça d

o cli

ma,

e tam

bém

a Ca

rta d

a Ter

ra –

decla

raçã

o de

pr

incíp

ios é

ticos

fund

amen

tais

para

a co

nstru

ção d

e um

a soc

ieda

de gl

obal

ju

sta,

sust

entá

vel e

pac

ífica

. Alé

m d

isso,

os p

aíse

s apr

ovar

am u

m re

lató

rio

de m

ais d

e 80

0 pá

gina

s det

alha

ndo

o ne

cess

ário

par

a se

pro

mov

er e

ssa

revi

ravo

lta, a

ser a

dota

do e

m ca

da p

aís:

a Ag

enda

21.

Entre

os p

onto

s mai

s pol

êmico

s est

avam

os m

ecan

ismos

de

finan

cia-

men

to pa

ra pr

eser

vaçã

o am

bien

tal n

os pa

íses p

obre

s. Em

seus

40 ca

pítu

los,

a Age

nda 2

1 sug

eriu

um

a par

ceria

glo

bal p

ara i

nteg

rar a

mbi

ente

e de

sen-

volv

imen

to, c

om in

clusã

o so

cial. T

emas

com

o pr

oteç

ão à

saúd

e hu

man

a, co

mba

te à

pobr

eza e

à de

sert

ifica

ção,

trans

ferê

ncia

de t

ecno

logi

a, bi

otec

-no

logi

a, co

mér

cio, u

so d

a ág

ua e

ges

tão

de re

síduo

s for

am id

entifi

cado

s co

mo p

riorit

ário

s. O

docu

men

to n

ão te

ve va

lor j

uríd

ico co

m co

mpr

omiss

os

obrig

atór

ios.

Os p

aíse

s que

ado

tara

m se

us p

rincíp

ios,

com

o o

Bras

il, es

co-

lher

am os

pont

os m

ais u

rgen

tes d

iant

e das

suas

nec

essid

ades

espe

cífica

s8 .Al

gum

as d

as p

ropo

stas

fora

m se

men

tes p

ara

a cr

iaçã

o de

pol

ítica

s pú

blica

s já

em vi

gor n

o Br

asil,

com

o é

o ca

so d

a ge

stão

de

resíd

uos.

Até

a Ec

o-92

, a q

uest

ão d

o lix

o na

s cid

ades

era

cons

ider

ada

um p

robl

ema

para

as

pre

feitu

ras r

esol

vere

m. A

inov

ação

foi j

usta

men

te e

stab

elec

er o

tem

a co

mo

resp

onsa

bilid

ade

de to

dos.

No a

rtig

o 21

, por

exem

plo,

a Ag

enda

es-

tabe

lece

a n

eces

sidad

e de

se re

duzir

a g

eraç

ão d

e re

síduo

s e p

rom

over

a

sua r

eutil

izaçã

o e a

recic

lage

m. O

utra

pol

ítica

púb

lica i

mpo

rtan

te ad

otad

a é a

Age

nda L

ocal

21, u

m g

rand

e mar

co d

e rec

onhe

cimen

to in

tern

acio

nal d

a im

port

ância

do p

oder

loca

l na p

rom

oção

do d

esen

volv

imen

to su

sten

táve

l (c

apítu

lo 28

). Em

outro

s tóp

icos h

á men

ções

expl

ícita

s às m

udan

ças n

o pa-

drão

de co

nsum

o par

a os r

ecur

sos d

o pla

neta

não

se ex

aurir

em. N

o cap

ítulo

qu

atro

, a A

gend

a 21

não

dei

xa d

e m

encio

nar q

ue, e

m m

uito

s cas

os, s

erá

nece

ssár

ia “u

ma r

eorie

ntaç

ão d

os at

uais

padr

ões d

e pro

duçã

o e co

nsum

o, de

senv

olvi

dos p

elas

socie

dade

s ind

ustr

iais

e por

sua v

ez im

itado

s em

boa

pa

rte d

o mun

do”. C

ompl

emen

tarm

ente

, a C

arta

da T

erra

, em

seu

prin

cípio

se

te, tr

az os

prin

cípio

s de “

inclu

ir to

talm

ente

os cu

stos

ambi

enta

is e s

ocia

is de

ben

s e se

rviço

s no

preç

o de

ven

da” e

o d

e “ad

otar

est

ilos d

e vi

da q

ue

acen

tuem

a qu

alid

ade d

e vid

a e su

bsist

ência

mat

eria

l num

mun

do fi

nito

”. Co

mo

resu

ltado

, paí

ses d

a Eu

ropa

e d

epoi

s Est

ados

Uni

dos,

Cana

dá e

Ja

pão s

egui

ram

na f

rent

e na a

doçã

o de p

olíti

cas c

ontra

pad

rões

insu

sten

-tá

veis

de p

rodu

ção.

Surg

iram

no

mun

do in

iciat

ivas p

ione

iras d

e mer

cado

no

sent

ido

de p

rom

over

prá

ticas

de m

enor

impa

cto

aos e

coss

istem

as n

a-tu

rais.

São

exem

plos

a cr

iaçã

o, em

1993

, da s

érie

ISO

14.0

00 d

e qua

lidad

e da

gest

ão am

bien

tal e

do Fo

rest

Stew

ards

hip C

ounc

il (FS

C) q

ue es

tabe

lece

u cr

itério

s par

a o

man

ejo

flore

stal

. A ce

rtifi

caçã

o so

cioam

bien

tal e

out

ros

“sel

os v

erde

s” co

meç

avam

a in

fluen

ciar

as c

ompr

as e

cont

rata

ções

e a

2322

desp

onta

r com

o fe

rram

enta

s de

mer

cado

. A p

reoc

upaç

ão a

mbi

enta

l e

soci

al e

ntra

va co

m m

aior

ênf

ase

na a

gend

a pr

odut

iva

das e

mpr

esas

e

aum

enta

va o

desa

fio d

os g

over

nos e

m d

ar su

sten

taçã

o par

a que

o sis

tem

a ec

onôm

ico se

ada

ptas

se a

um

a no

va re

alid

ade.

No

iníci

o do

sécu

lo X

XI,

quan

do o

corre

u a

conf

erên

cia d

a ON

U em

Joha

nesb

urgo

, con

stat

ou-s

e qu

e a

prod

ução

mai

s lim

pa (P

+L) t

inha

ava

nçad

o sig

nific

ativa

men

te n

o m

undo

, bas

eada

nos

prin

cípio

s da

cham

ada “

ecoe

ficiê

ncia

”. M

as o

mes

-m

o nã

o te

ria a

cont

ecid

o co

m o

cons

umo

– ce

ntro

das

ate

nçõe

s ent

re o

s te

mas

neg

ocia

dos n

a Ri

o+20

, a re

uniã

o da

s Naç

ões U

nida

s rea

lizad

a em

ju

nho

de 2

012

no R

io d

e Ja

neiro

com

obj

etivo

de

deba

ter o

s rum

os p

ara

uma

econ

omia

verd

e e

inclu

siva.

O ad

vent

o do

s pad

rões

ambi

enta

is e s

ocia

is

O po

der d

o co

nsum

o do

s set

ores

em

pres

aria

l e g

over

nam

enta

l é e

s-tra

tégi

co p

ara a

conq

uist

a de u

m n

ovo

pata

mar

ecos

ocio

econ

ômico

. Ape

-sa

r das

bar

reira

s, na

tura

is qu

ando

se m

exe

em h

ábito

s já

arra

igad

os n

a ge

stão

, aos

pou

cos a

socie

dade

com

pree

nde a

s con

exõe

s exi

sten

tes e

ntre

aq

uilo

que

com

pram

os e

a co

nser

vaçã

o do

s rec

urso

s do

plan

eta

para

o

supr

imen

to d

as n

eces

sidad

es a

tuai

s e fu

tura

s, de

ntro

de

padr

ões j

usto

s e e

quita

tivos

. Nes

se ce

nário

mul

tiplic

a-se

o co

ncei

to d

e “co

mpr

as su

sten

-tá

veis”

: aqu

elas

que

cons

ider

am fa

tore

s soc

iais

e am

bien

tais

junt

amen

te

com

fato

res fi

nanc

eiro

s nas

tom

adas

de

decis

ão d

e co

mpr

as. S

egun

do o

Pr

ogra

ma

das N

açõe

s Uni

das p

ara

o De

senv

olvi

men

to (P

nud)

, tra

ta-s

e de

olha

r par

a al

ém d

os tr

adici

onai

s par

âmet

ros e

conô

mico

s (pr

eço,

praz

o e

qual

idad

e) a

o to

mar

dec

isões

com

bas

e em

aval

iaçã

o do

ciclo

de v

ida

dos

prod

utos

, os r

iscos

a e

le a

ssoc

iado

s, as

med

idas

de

suce

sso

e im

plica

ções

pa

ra o

am

bien

te e

par

a a

socie

dade

9 , pod

endo

inclu

ir as

pect

os co

mo

uso

de ág

ua e

ener

gia,

gera

ção

de re

síduo

s e em

issõe

s de G

EE, d

ivers

idad

e ét-

nica

e de

gên

ero,

segu

ranç

a no

traba

lho e

no

trans

port

e de c

arga

s, di

reito

s hu

man

os, c

ompr

as lo

cais

e de

peq

uena

s em

pres

as10

.É e

xpre

ssivo

o pe

so d

o con

sum

o púb

lico n

as ec

onom

ias n

acio

nais,

com

estim

ativa

de v

aria

r ent

re 8

% e

25%

do P

rodu

to In

tern

o Bru

to (P

IB)11 . A

par

-tir

des

se p

oder

de

influ

encia

r o m

erca

do, o

s paí

ses t

êm se

mov

imen

tado

pa

ra fo

rmul

ar n

ovas

pol

ítica

s púb

licas

de

com

pras

, pro

voca

ndo

impa

ctos

no

seto

r pro

dutiv

o, co

mo

um “e

feito

dom

inó”

. Par

a es

timul

ar p

rátic

as p

o-sit

ivas q

ue n

o fin

al d

as co

ntas

reve

rtam

par

a o

bem

-est

ar d

a so

cieda

de,

gove

rnos

das

vária

s esf

eras

usa

m a

forç

a do

exe

mpl

o e

faze

m a

liçã

o de

ca

sa ad

otan

do cr

itério

s soc

iais

e am

bien

tais

nas l

icita

ções

de s

ervi

ços e

m

gera

l, obr

as e

com

pra d

e mat

eria

is – d

esde

pap

el d

e esc

ritór

io e

copo

s par

a ág

ua e

cafe

zinho

até

com

puta

dore

s e ve

ículo

s.Os

alic

erce

s par

a a

impl

anta

ção

de p

olíti

cas d

e co

mpr

a po

r gov

erno

s e

empr

esas

pre

vend

o an

álise

s de

aspe

ctos

am

bien

tais

e so

ciai

s for

am

finca

dos h

á m

ais d

e du

as d

écad

as, q

uand

o a

ON

U co

meç

ou a

disc

utir

o de

senv

olvi

men

to su

sten

táve

l (le

ia o

hist

órico

com

plet

o na

s pág

s. 16

a

19). M

as so

men

te a

pós a

vira

da p

ara

o sé

culo

XXI

aco

ntec

eram

os p

rinci-

pais

avan

ços,

impu

lsion

ados

por

org

anism

os m

ultil

ater

ais,

com

o o

Ban-

co M

undi

al, q

ue d

epoi

s de

ser a

cusa

do d

e fin

anci

ar e

mpr

eend

imen

tos

dano

sos à

socie

dade

e a

os e

coss

istem

as, c

omeç

ou a

ado

tar c

ritér

ios d

e su

sten

tabi

lidad

e em

suas

ope

raçõ

es. E

m 2

005,

a ON

U re

alizo

u em

Nov

a Yo

rk u

m e

ncon

tro

que

reun

iu re

pres

enta

ntes

de

inici

ativa

s de

com

pras

blica

s sus

tent

ávei

s no

mun

do. A

reun

ião

prom

oveu

sine

rgia

ent

re o

s pa

rtici

pant

es e

serv

iu d

e bas

e par

a a

com

posiç

ão d

o gr

upo

que a

tuou

na

Forç

a Tar

efa d

e Mar

rake

ch –

inici

ativa

glo

bal v

olun

tária

acor

dada

em 20

02

na co

nfer

ência

Rio

+10,

em Jo

hane

sbur

go, q

ue es

tabe

lece

u se

te fr

ente

s de

traba

lho

para

a cr

iaçã

o de

inst

rum

ento

s nec

essá

rios a

o de

senv

olvi

men

to

sust

entá

vel. U

m d

os te

mas

foi j

usta

men

te o

fom

ento

às l

icita

ções

púb

li-ca

s com

o m

otor

de

sust

enta

bilid

ade

na ca

deia

pro

dutiv

a do

s dife

rent

es

seto

res d

a ec

onom

ia.

O ob

jetiv

o fo

i con

trib

uir p

ara

que

14 e

stad

os e

m d

ifere

ntes

regi

ões d

o m

undo

test

asse

m m

etod

olog

ias d

e com

pras

sust

entá

veis

para

impl

anta

ção

nos d

ez a

nos p

oste

riore

s, co

m d

esta

que

para

o E

stad

o de

São

Pau

lo q

ue,

em 2

005,

crio

u um

dec

reto

inst

ituin

do o

uso

de

crité

rios a

mbi

enta

is em

su

as co

mpr

as e

cont

rata

ções

.

2524

ou p

rivad

as, q

ue p

odem

fom

enta

r neg

ócio

s mai

s sus

tent

ávei

s, af

asta

ndo-

se d

os

empr

eend

imen

tos p

erni

cioso

s à sa

úde

hum

ana

e am

bien

tal, c

onfe

rindo

mai

or

qual

idad

e ao

s fi n

ancia

men

tos e

às l

inha

s de

créd

ito.

A so

cieda

de co

ntrib

ui ao

exer

cer c

ontro

le so

cial e

defe

nder

seus

reai

s int

eres

ses,

mui

tas v

ezes

med

iado

s por

ONG

s, uni

vers

idad

es e

cent

ros d

e pes

quisa

que l

evan

tam

su

as b

ande

iras e

des

envo

lvem

inst

rum

ento

s cap

azes

de v

iabi

lizar

e po

pula

rizar

o

cons

umo e

a pr

oduç

ão su

sten

táve

l. À so

cieda

de ca

be o

pape

l de fi

scal

izar a

atua

ção

dos g

over

nos e

das

empr

esas

, obs

erva

ndo

se as

suas

pol

ítica

s afe

tam

o b

em-e

star

de

toda

a p

opul

ação

. Com

o su

port

e de

todo

s ess

es a

tore

s, o

pode

r púb

lico

pode

vi

abili

zar a

disp

onib

iliza

ção

de u

m b

anco

de

dado

s com

info

rmaç

ões a

cerc

a de

pr

odut

os e

serv

iços d

esen

volv

idos

com

crité

rios d

e sus

tent

abili

dade

e es

tudo

s de

aval

iaçã

o do c

iclo d

e vid

a de p

rodu

tos (

veja

na p

ág. 9

6), o

que t

rará

mai

or se

gura

nça

e fa

cilid

ade

ao co

mpr

ador

eng

ajad

o. Co

mo

vist

o, sã

o m

uito

s os a

tore

s cor

resp

on-

sáve

is pe

lo si

stem

a de

pro

duçã

o e c

onsu

mo.

Se b

em a

rranj

ado,

cheg

arem

os a

um

re

sulta

do e

m q

ue to

dos g

anha

m –

pres

ente

e fu

tura

s ger

açõe

s.A

reco

men

daçã

o m

ais a

ceita

par

a qu

e iss

o ve

nha

a oc

orre

r é fa

vorá

vel a

o de

-se

nvol

vim

ento

de u

ma

com

bina

ção

bala

ncea

da d

esse

s ins

trum

ento

s de p

olíti

cas

públ

icasII , q

ue p

odem

ser a

plica

dos d

e m

odo

a da

r vid

a a

três f

unçõ

es e

ssen

ciais

às m

udan

ças e

sper

adas

III, q

uais

seja

m:

• El

evar

a co

nsciê

ncia

dos

cons

umid

ores

, forn

ecen

do ao

s com

prad

ores

inst

itucio

-na

is e a

os co

nsum

idor

es in

divi

duai

s as i

nfor

maç

ões n

eces

sária

s par

a aum

enta

r o

seu

conh

ecim

ento

e in

tere

sse

na to

mad

a de

dec

isão

rum

o a

um co

nsum

o m

ais s

uste

ntáv

el;

• Fa

cilita

r o co

nsum

o su

sten

táve

l, cria

ndo

um a

mbi

ente

no

qual

a a

tivid

ade

de

cons

umo

se to

rne

men

os im

pact

ante

sem

a n

eces

sidad

e de

adi

ção

de u

m e

s-fo

rço o

u cu

sto c

onsid

eráv

el p

ara o

s com

prad

ores

. A co

mpr

a sus

tent

ável

pod

erá,

assim

, com

por o

dia

a d

ia d

o co

nsum

idor

; e•

Esve

rdea

r (ou

em

bebe

r de

sust

enta

bilid

ade)

os m

erca

dos,

infl u

encia

ndo

a di

s-po

nibi

lidad

e de

pro

duto

s e se

rviço

s sus

tent

ávei

s com

pre

ços a

cess

íveis.

Essa

s trê

s dim

ensõ

es es

tão i

ntim

amen

te lig

adas

e, se

bem

acio

nada

s, pro

met

em

mud

ança

s efe

tivas

nos

pad

rões

de

com

pras

e d

o co

nsum

o em

ger

al.

Todo

s os a

tore

s env

olvi

dos n

as re

laçõ

es d

e co

nsum

o e

prod

ução

impa

ctam

e

são i

mpa

ctad

os m

utua

men

te. C

ada a

tor d

eve r

epen

sar a

s sua

s for

mas

de co

nsum

ir e

de p

rodu

zir, u

tiliza

ndo

os m

eios

disp

oníve

is pa

ra fo

men

to d

e um

sist

ema

com

m

ais a

trib

utos

de

sust

enta

bilid

ade.

O po

der p

úblic

o, as

em

pres

as e

a so

cieda

de

civil

são

os a

tore

s que

apa

rece

m e

m d

esta

que

no in

fogr

áfi c

o da

s pág

inas

26

e 27

. As c

onex

ões d

esse

s ato

res p

odem

ser s

inte

tizad

as p

or fl

uxos

de

artic

ulaç

ão e

m

obili

zaçã

o, in

stru

men

tos e

conô

mico

s, re

gula

tório

s (co

man

do &

cont

role

), aut

or-

regu

lató

rios e

info

rmac

iona

is. V

ejam

os u

m p

ouco

do

pote

ncia

l de i

nter

venç

ão d

e ca

da u

m d

esse

s ato

res.

Ao s

e en

gaja

r em

um

a pr

opos

ta d

e de

senv

olvi

men

to s

uste

ntáv

el, o

pod

er

públ

ico d

eve

inte

rced

er p

ara

trans

form

ar p

adrõ

es p

rodu

tivos

e a

s for

mas

de

se

com

prar

e co

nsum

ir. Pa

ra is

so, p

ode

prom

over

est

ilos d

e vi

da e

com

port

amen

tos

mai

s sus

tent

ávei

s, re

mod

elar

sua

próp

ria in

fraes

trut

ura,

elab

orar

nor

mas

e cr

iar

ince

ntiv

os e

conô

mico

s fav

oráv

eis à

cons

erva

ção

dos r

ecur

sos n

atur

ais e

à fe

li-cid

ade

hum

ana.

Isso

signi

fi ca,

entre

out

ras a

ções

, abo

lir o

u re

visa

r pol

ítica

s que

di

fi cul

tam

o co

nsum

o e

a pr

oduç

ão su

sten

táve

lI , cria

r pol

ítica

s que

pro

mov

am e

pr

opor

cione

m p

adrõ

es d

e vid

a fun

dado

s em

bem

-est

ar, e

mel

hora

r o d

esem

penh

o e o

s pro

cedi

men

tos d

as co

ntra

taçõ

es p

úblic

as. V

isand

o in

duzir

a tr

ansf

orm

ação

e ad

apta

ção d

o mer

cado

, o p

oder

púb

lico p

ode i

nstit

uir s

ubsíd

ios e

ince

ntivo

s fi s

cais

a ativ

idad

es m

ais s

uste

ntáv

eis –

com

o a p

rodu

ção

agro

ecol

ógica

, por

exem

plo

– e,

por o

utro

lado

, elim

inar

os i

ncen

tivos

e a

umen

tar a

trib

utaç

ão d

e at

ivid

ades

que

ge

ram

impa

ctos

neg

ativo

s aos

ecos

siste

mas

e à s

ocie

dade

, com

o as

indú

stria

s al-

tam

ente

depe

nden

tes d

e pet

róle

o. Ai

nda q

ue to

das e

ssas

açõe

s sej

am re

aliza

das,

é es

senc

ial q

ue a

adm

inist

raçã

o pú

blica

faça

suas

com

pras

e co

ntra

taçõ

es d

e for

ma

sust

entá

vel, s

endo

exem

plo p

ara a

socie

dade

e pa

ra as

empr

esas

, fom

enta

ndo u

m

mer

cado

mai

s equ

itativ

o e

ético

(ver

mai

s no

capí

tulo

2).

Com

sina

is po

sitivo

s a fa

vor d

a su

sten

tabi

lidad

e em

mei

o a

uma

crise

fi na

n-ce

ira in

tern

acio

nal, a

s em

pres

as sã

o im

pelid

as à

inov

ação

, e p

ara

tant

o pr

ecisa

m

mov

imen

tar a

sua c

adei

a de f

orne

cedo

res.

Há es

paço

par

a cria

ção

e ref

orm

ulaç

ão

de p

roce

ssos

, pro

duto

s e m

odel

os d

e neg

ócio

s – d

esde

que

mai

s efi c

ient

es e

orie

n-ta

dos à

sust

enta

bilid

ade,

pode

ndo o

empr

eend

edor

, por

exem

plo,

ofer

ecer

serv

iços

em ve

z de

prod

uzir

e ve

nder

pro

duto

s (ve

r mai

s no

capí

tulo

3).

Para

facil

itar e

sse

mov

imen

to, e

ntra

em ce

na o

pode

r das

inst

ituiçõ

es fi

nanc

eira

s, se

jam

elas

púb

licas

Elos q

ue se

com

plet

am

II M

ON

T, O.

; PLE

PYS,

A. S

usta

inab

le c

onsu

mpt

ion

prog

ress

: sho

uld

we

be p

roud

or

alar

med

?Jou

rnal

of C

lean

er P

rodu

ctio

n, 16

, 531

-537

, 200

8.III

SCH

OLL,

G. e

t al. P

olici

es to

pro

mot

e su

stai

nabl

e co

nsum

ptio

n: in

nova

tive

appr

oach

es in

Eu

rope

. Nat

ural

Res

ourc

es Fo

rum

, 34,

39-5

0, 20

10.

I WOL

FF, F.

; SCH

ÖNH

ERR,

N. Th

e im

pact

eval

uatio

n of

sust

aina

ble c

onsu

mpt

ion

polic

y ins

tru-

men

ts. J

Cons

um Po

licy,

34, 4

3-66

, 201

1.

2726

PODE

R PÚ

BLIC

O

PESS

OAS/

SOCI

EDAD

E

EMPR

ESAS

EDUC

AÇÃO

E FO

RMAÇ

ÃOPo

der p

úblic

o de

ve

educ

ar ci

dadã

os e

se

rvid

ores

par

a o

cons

umo

MAR

KETI

NGEm

pres

as

prom

ovem

açõ

es

de p

ublic

idad

e pa

ra ve

ndas

AUTO

-REG

ULAÇ

ÃOEm

pres

as sã

o pr

essio

nada

s por

co

nsum

idor

es p

ara

a ad

oção

volu

ntár

ia d

e pa

drõe

s de

prod

ução

que

as d

ifere

ncia

m

no m

erca

do

CONT

ROLE

SO

CIAL

A so

cieda

de fi

scal

iza

e se

org

aniza

par

a de

fend

er se

us

inte

ress

es

PRES

SÃO

DA

SOCI

EDAD

EA

socie

dade

in

fl uen

cia p

rátic

as

empr

esar

iais

DEFE

SA D

E IN

TERE

SSES

Empr

esas

in

fl uen

ciam

po

lítica

s de

prod

ução

TRIB

UTAÇ

ÃOIn

duz

com

port

amen

tos

para

retra

ir ou

es

timul

ar o

cons

umo

de d

eter

min

ado

prod

uto/

serv

iço

COM

PRAS

E CO

NTRA

TAÇÕ

ESOs

crité

rios u

sado

s nas

aq

uisiç

ões p

úblic

as

infl u

encia

m a

s for

mas

de

pro

duçã

o

COM

ANDO

E CO

NTRO

LENo

rmas

ela

bora

das

pelo

pod

er p

úblic

o qu

e re

gula

men

tam

os

padr

ões d

e pr

oduç

ão

e co

nsum

o

INST

RUM

ENTO

S FI

SCAI

SFo

men

ta o

u de

sest

imul

a de

term

inad

as

prát

icas p

rodu

tivas

AS LI

CITA

ÇÕES

DE

VEM

ESTA

R AL

INHA

DAS

AO

DESE

NVOL

VIM

ENTO

SU

STEN

TÁVE

L

EMPR

ESAS

DE

GRAN

DE P

ORTE

CO

BRAM

MEL

HORE

S PR

ÁTIC

AS D

E SEU

S FO

RNEC

EDOR

ES

Artic

ulaç

ão e

mob

iliza

ção

Regu

laçã

o

Inst

rum

ento

s eco

nôm

icos

Inst

rum

ento

s inf

orm

acio

nais

Inst

rum

ento

s vol

untá

rios

2726

2928

As a

tivid

ades

da

Forç

a Ta

refa

de

Mar

rake

ch, e

ncer

rada

s ofic

ialm

en-

te e

m m

aio

de 2

011,

resu

ltara

m n

a cr

iaçã

o do

s pr

imei

ros

mec

anism

os

glob

ais

para

a p

rom

oção

das

com

pras

gov

erna

men

tais

sus

tent

ávei

s. Co

m o

fim

do

seu

prim

eiro

ciclo

, o p

roce

sso

ganh

a con

tinui

dade

com

um

a no

va e

tapa

de

dez a

nos,

inco

rpor

ado

pelo

Pro

gram

a da

s Naç

ões U

nida

s pa

ra o

Mei

o Am

bien

te (P

num

a), c

onfo

rme

apro

vado

na

Rio+

20.

No B

rasil

, o pr

oces

so ga

nhou

corp

o ini

cialm

ente

no â

mbi

to su

bnac

iona

l e

loca

l (es

tado

s de

Min

as G

erai

s, Sã

o Pa

ulo

e cid

ade

de S

ão P

aulo

), pa

ra

entã

o ga

nhar

esca

la n

a adm

inist

raçã

o fe

dera

l em

2010

, apó

s a p

ublic

ação

da

Inst

ruçã

o Nor

mat

iva N

o.1, d

o Min

istér

io d

o Pla

neja

men

to, O

rçam

ento

e Ge

stão

(MPO

G). E

m se

guid

a a al

tera

ção d

ada à

Lei 8

.666

refo

rçou

o pr

oces

so

para

a a

doçã

o de

crité

rios s

uste

ntáv

eis n

as co

mpr

as p

úblic

as. O

pro

cess

o cu

lmin

ou co

m a

pub

licaç

ão d

o De

cret

o No

. 7.74

6, d

e 5

de ju

nho

de 2

012,

no q

ual o

gov

erno

esp

ecifi

ca q

ue “a

adm

inist

raçã

o pú

blica

fede

ral d

ireta

, au

tárq

uica

e fu

ndac

iona

l e a

s em

pres

as e

stat

ais d

epen

dent

es p

oder

ão

adqu

irir b

ens e

cont

rata

r ser

viço

s e ob

ras c

onsid

eran

do cr

itério

s e p

rátic

as

de su

sten

tabi

lidad

e obj

etiva

men

te de

finid

os n

o ins

trum

ento

conv

ocat

ório

”.O

novo

mar

co le

gal c

ria a

Com

issão

Inte

rmin

ister

ial d

e Sus

tent

abili

dade

na

Adm

inist

raçã

o Púb

lica p

ara p

ropo

r nor

mas

, açõ

es e

ince

ntivo

s jun

to ao

M

inist

ério

do

Plan

ejam

ento

, leva

ndo

em co

nta

dire

trize

s bás

icas c

omo

o m

enor

impa

cto

sobr

e rec

urso

s nat

urai

s com

o flo

ra, fa

una,

ar, s

olo

e águ

a; a p

refe

rênc

ia po

r mat

eria

is, te

cnol

ogia

s e m

atér

ias-

prim

as de

orig

em lo

cal;

eficiê

ncia

na u

tiliza

ção d

e rec

urso

s nat

urai

s com

o águ

a e en

ergi

a; ge

raçã

o de

em

preg

os, p

refe

renc

ialm

ente

com

mão

de

obra

loca

l; m

aior

vid

a út

il e

men

or cu

sto

de m

anut

ençã

o do

bem

e d

a ob

ra; u

so d

e in

ovaç

ões q

ue

redu

zam

a p

ress

ão so

bre

recu

rsos

nat

urai

s; e

orig

em a

mbi

enta

lmen

te

regu

lar d

os re

curs

os n

atur

ais u

tiliza

dos n

os b

ens,

serv

iços e

obr

as.

Resis

tênc

ias s

e ro

mpe

ram

, inclu

sive

por p

arte

dos

órg

ãos d

e co

ntro

le,

com

o o

Trib

unal

de

Cont

as d

a Un

ião.

Exist

em h

oje

dive

rsas

exp

eriê

ncia

s de

licit

açõe

s sus

tent

ávei

s em

curs

o, ta

nto

no g

over

no fe

dera

l com

o no

s su

bnac

iona

is, m

as h

á m

uito

mai

s por

faze

r dia

nte

do p

oten

cial b

rasil

eiro

ne

ste

cam

po (l

eia n

o ca

pítu

lo 2)

.

As em

pres

as ta

mbé

m se

enga

jam

cada

vez m

ais e

m te

mát

icas e

estra

-té

gias

de

sust

enta

bilid

ade,

tant

o po

r mei

o de

suas

ativ

idad

es d

e re

spon

-sa

bilid

ade s

ocia

l cor

pora

tiva,

pass

ando

por

que

stõe

s de c

onst

ruçã

o de b

oa

repu

taçã

o, ga

rant

ia d

e mer

cado

, até

cheg

ar n

a fac

ilita

ção

de p

roce

ssos

de

dese

nvol

vimen

to lo

cal e

regi

onal

. Par

a iss

o, as

empr

esas

pro

cura

m an

alisa

r os

impa

ctos

socia

is, a

mbi

enta

is e

econ

ômico

s de

sua

ativ

idad

e ao

long

o de

toda

sua c

adei

a pro

dutiv

a, de

sde a

s fas

es ex

trativ

as at

é o p

ós-c

onsu

mo,

olha

ndo n

ão só

o es

toqu

e de r

ecur

sos n

atur

ais c

omo t

ambé

m as

cond

ições

de

vida

dos

seus

cola

bora

dore

s e d

a co

mun

idad

e do

ent

orno

.As

sim, a

s em

pres

as ta

mbé

m sã

o pr

otag

onist

as n

os ce

nário

s de

eco-

nom

ia v

erde

que

des

pont

am e

por

isso

vêm

ass

umin

do co

mpr

omiss

os

volu

ntár

ios g

loba

is – c

omo o

Glo

bal C

ompa

ct e

outra

s pla

tafo

rmas

empr

e-sa

riais

com

o o

Empr

esas

pel

o Cl

ima

– e

com

prom

issos

regi

onai

s, qu

ando

tra

balh

am p

ara c

riaçã

o de v

alor

com

part

ilhad

o em

cade

ias d

e val

or or

ien-

tada

s à su

sten

tabi

lidad

e. Al

ém d

isso,

elas

têm

sido

cada

vez m

ais p

ress

io-

nada

s por

dive

rsos

púb

licos

par

a ado

tare

m p

rátic

as so

cioam

bien

talm

ente

re

spon

sáve

is em

sua

oper

ação

: sej

a pe

la so

cieda

de ci

vil o

rgan

izada

, pel

o m

erca

do in

tern

acio

nal, p

elo

gove

rno,

pela

míd

ia o

u pe

las c

onco

rrent

es.

As e

mpr

esas

est

ão te

ndo

que

repe

nsar

sua

lógi

ca d

e co

mpr

ar e

de

faze

r ne

gócio

, sab

endo

que s

eus c

lient

es –

seja

m el

es ou

tras e

mpr

esas

, o go

vern

o ou

fam

ílias

– e

stão

cres

cent

emen

te p

refe

rindo

pro

duto

s e se

rviço

s mai

s su

sten

táve

is (le

ia n

o ca

pítu

lo 3)

.Au

men

tar a

dem

anda

é co

ndiçã

o im

port

ante

par

a o es

tímul

o à co

ncor

-rê

ncia

, ao

dese

nvol

vim

ento

de

tecn

olog

ias e

à e

stru

tura

ção

de m

erca

do

para

pro

duto

s e se

rviço

s mai

s ade

quad

os so

b o

pont

o de

vist

a so

cioam

-bi

enta

l. Nes

te se

ntid

o, as

expe

ctat

ivas c

onve

rgem

par

a os r

esul

tado

s prá

-tic

os d

o Pl

ano

Nacio

nal d

e Pro

duçã

o e C

onsu

mo

Sust

entá

vel12

pel

o M

MA,

qu

e foi

lanç

ado

em 20

11 ap

ós tr

ês a

nos d

e est

udos

e se

apo

ia fo

rtem

ente

em

par

ceria

s com

a in

iciat

iva p

rivad

a e n

as co

mpr

as p

úblic

as, s

egui

ndo

a di

nâm

ica d

o Pr

oces

so d

e M

arra

kech

.Co

m tu

do is

so, á

reas

que

hoj

e es

tão

na fr

onte

ira d

o co

nhec

imen

to d

e-ve

rão

ganh

ar im

pulso

, com

o a

Aval

iaçã

o do

Cicl

o de

Vid

a (le

ia n

a pá

g. 96

),

3130

dest

inad

a a

aval

iar i

mpa

ctos

des

de a

ext

raçã

o da

mat

éria

-prim

a at

é o

pós-

cons

umo.

Nas

licit

açõe

s dev

erá

ser f

omen

tada

a a

doçã

o de

crité

rios

insp

irado

s nos

pad

rões

exig

idos

por

selo

s soc

ioam

bien

tais

de re

ferê

ncia

no

mer

cado

, com

gar

antia

sobr

e a

orig

em su

sten

táve

l dos

pro

duto

s. Sã

o aç

ões q

ue ca

min

harã

o em

cons

onân

cia co

m le

gisla

ções

rece

ntes

, com

o as

polít

icas n

acio

nais

de re

síduo

s sól

idos

e so

bre

mud

ança

do

clim

a, e

com

um

a age

nda t

rans

vers

al ju

nto a

os d

emai

s Min

istér

ios.

Uma p

ossib

ilida

de

é a cr

iaçã

o de

ince

ntivo

s eco

nôm

icos e

indi

cado

res c

omo

supo

rte a

nov

as

prát

icas d

e co

mpr

as ta

mbé

m n

o se

tor e

mpr

esar

ial, g

eran

do re

sulta

dos

com

o o

aum

ento

da

recic

lage

m e

da

econ

omia

no

cons

umo

ener

gétic

o (le

ia n

o ca

pítu

lo 5)

.Os

empr

esár

ios e

gov

erna

ntes

no B

rasil

mos

tram

-se d

ispos

tos a

apoi

ar

um p

acto

glo

bal d

e com

pras

sust

entá

veis.

Nas

últi

mas

dua

s déc

adas

, con

-fo

rme

dado

s div

ulga

dos p

ela

ONU

em 2

012,

a el

evaç

ão d

o PI

B gl

obal

em

75

% fe

z as e

miss

ões d

e ga

ses d

e ef

eito

est

ufa

cres

cere

m 36

%. A

extra

ção

de re

curs

os p

ara i

ndús

tria

e en

ergi

a aum

ento

u 41

% e

a per

da d

a bio

dive

r-sid

ade s

ubiu

12%

, enq

uant

o as

meg

acid

ades

expa

ndira

m 11

0%13 . Is

so tu

do

faz c

om q

ue se

jam

ado

tada

s med

idas

mai

s firm

es e

ous

adas

visa

ndo

à su

sten

tabi

lidad

e do

pla

neta

e a

o es

tabe

lecim

ento

de

uma

nova

rela

ção

entr

e o

hom

em e

o m

eio

do q

ual f

az p

arte

. Um

a pe

rgun

ta p

olem

iza o

de

bate

: o c

resc

imen

to e

conô

mico

no

ritm

o at

ual, c

om m

ais

tecn

olog

ia

e ec

oefic

iênc

ia p

ara

se re

duzir

a p

ress

ão so

bre

os re

curs

os n

atur

ais,

seria

ca

paz d

e di

min

uir a

pob

reza

no

mun

do? O

u se

ria im

pera

tivo

impo

r lim

i-te

s ao

cons

umo

e cr

iar u

ma

gove

rnan

ça g

loba

l par

a to

rnar

mai

s jus

ta e

eq

uita

tiva a

dist

ribui

ção

e o u

so d

esse

s rec

urso

s? Se

ja q

ual f

or o

cam

inho

, o

proc

esso

de

mud

ança

pas

sa n

eces

saria

men

te p

elos

seto

res q

ue m

ais

cons

omem

no

plan

eta:

os g

over

nos e

as e

mpr

esas

.

33

as p

ared

es d

o 9º

and

ar d

o M

inist

ério

do

Mei

o Am

bien

te (M

MA)

, em

Bra

sília

, car

taze

s da c

ampa

nha “

Saco

é um

saco

”, em

pree

ndid

a pe

lo g

over

no fe

dera

l em

par

ceria

com

rede

s de

supe

rmer

cado

s con

tra o

us

o in

disc

rimin

ado

de sa

cola

s plá

stica

s, sã

o ex

ibid

os co

mo

trofé

us. S

obre

as

mes

as, f

olhe

tos q

ue o

rient

am p

ara

o co

nsum

o co

nscie

nte

indi

cam

o

tam

anho

do

desa

fi o p

ara

a ad

min

istra

ção

públ

ica, e

mpr

esas

e ci

dadã

os.

Venc

er a

inér

cia e

pro

mov

er o

des

envo

lvim

ento

sust

entá

vel p

or m

eio

do

pode

r de

com

pra

gove

rnam

enta

l é u

ma

estra

tégi

a di

reta

men

te li

gada

a

ques

tões

em

erge

ntes

– e

urg

ente

s – co

mo

a m

udan

ça d

o cli

ma,

o co

n-su

mism

o pa

ra a

lém

da

capa

cida

de d

e su

port

e do

pla

neta

, a b

usca

por

m

enos

des

igua

ldad

e so

cioe

conô

mic

a e

a qu

alid

ade

de v

ida

no m

undo

ca

da ve

z mai

s urb

aniza

do.

N

O pa

pel d

o pod

er p

úblic

o

Das l

icita

ções

sust

entá

veis

às n

ovas

po

lítica

s de g

over

no, a

brem

-se p

ersp

ectiv

as

para

o a

vanç

o de

prá

ticas

que

infl u

encia

m

o m

erca

do

2 32

ANTÔNIO MILENA/ABR

VALTER CAMPANATO/ABR

3534

“É u

m lo

ngo c

amin

ho qu

e env

olve

rupt

ura d

e res

istên

cias p

ara o

gove

rno

faze

r a li

ção

de ca

sa n

a in

duçã

o de

prá

ticas

am

bien

tais

e so

ciais

asso

cia-

das a

um

a no

va m

anei

ra d

e pro

duzir

e co

nsum

ir”, c

onta

Ana

Mar

ia V

ieira

, di

reto

ra d

e Pr

oduç

ão e

Con

sum

o Su

sten

táve

l do

MM

A.

O po

der p

úblic

o te

m p

apel

fund

amen

tal n

ão so

men

te d

e fom

ento

de

um m

erca

do in

ovad

or e

mai

s sus

tent

ável

, mas

tam

bém

de ed

ucaç

ão, m

obi-

lizaç

ão e

cons

cient

izaçã

o da s

ocie

dade

de u

m m

odo g

eral

(vej

a inf

ográ

fico

das p

ágs.

26 e

27). A

s com

pras

púb

licas

são

um in

stru

men

to fu

ndam

enta

l pa

ra se

ava

nçar

na

cons

truç

ão d

e um

a ec

onom

ia m

ais v

erde

e in

clusiv

a, fa

to re

forç

ado

no d

ocum

ento

“O Fu

turo

que

Que

rem

os” a

prov

ado

ao fi

m

da R

io+2

0I . Ai

nda

que

na ú

ltim

a dé

cada

o co

nsum

o su

sten

táve

l tive

sse

sido

me-

nos i

ncen

tivad

o do

que

os a

vanç

os te

cnol

ógico

s pro

dutiv

os, a

s pol

ítica

s e

prát

icas d

e com

pras

púb

licas

com

crité

rios s

ocia

mbi

enta

is sã

o obs

erva

das

hoje

em

todo

s os c

anto

s do

plan

eta

(ver

box

nas

pág

s. 36

e 37

). No

Bra

sil, a

s prim

eira

s ini

ciativ

as d

e ado

ção

de p

rincíp

ios d

e sus

tent

a-bi

lidad

e na

s com

pras

púb

licas

se in

iciar

am co

m le

gisla

ções

esp

ecífi

cas e

po

ntua

is no

âmbi

to fe

dera

l com

o, po

r exe

mpl

o, a p

roib

ição d

e aqu

isiçã

o de

prod

utos

ou eq

uipa

men

tos q

ue co

nten

ham

ou fa

çam

uso

das

subs

tânc

ias

que d

estro

em a

cam

ada d

e ozô

nioII . A

que

stão

gan

hou

mai

s for

ça ap

enas

no

s últi

mos

ano

s, m

omen

to e

m q

ue g

over

nos e

stad

uais

e m

unic

ipai

s, co

mo

os e

stad

os d

e Sã

o Pa

ulo,

Min

as G

erai

s e o

mun

icípi

o de

São

Pau

lo,

avan

çava

m n

o de

senv

olvi

men

to d

e le

gisla

ções

e p

rogr

amas

pró

prio

s, em

m

eado

s de

2005

.Há

mui

to p

or fa

zer a

pós o

s prim

eiro

s pas

sos d

e um

a te

ndên

cia q

ue

pare

ce n

ão te

r vol

ta. N

a es

fera

fede

ral, c

onta

Ana

Mar

ia, o

pro

cess

o to

-m

ou im

pulso

a p

artir

de

2009

, dep

ois q

ue o

Min

istér

io d

o Pl

anej

amen

to,

Orç

amen

to e

Ges

tão

(MPO

G) co

ntra

tou

cons

ulto

ria p

ara

impl

emen

tar

polít

icas e

des

envo

lver i

ndica

dore

s de

sust

enta

bilid

ade.

A at

ençã

o in

icial

se

volta

va a

os p

rodu

tos e

serv

iços d

e te

cnol

ogia

da

info

rmaç

ão, c

om o

s qu

ais o

gov

erno

fede

ral g

asta

por

ano

cer

ca d

e R$

1 bi

lhão

. Na

époc

a, o

Decr

eto

7.746

, só

assin

ado

em 2

012

às vé

sper

as d

a Ri

o+20

, já co

meç

ava

a se

r disc

utid

o. Si

mul

tane

amen

te sa

ía d

a gav

eta a

min

uta d

a Ins

truçã

o Nor

-m

ativa

da S

ecre

taria

de L

ogíst

ica e

Tecn

olog

ia d

a Inf

orm

ação

(SLT

I/MPO

G)

Nº 1,

pub

licad

a em

jane

iro d

e 20

10, r

ecom

enda

ndo

a in

clusã

o de

crité

rios

de su

sten

tabi

lidad

e na

s com

pras

fede

rais.

“O ce

rco

lega

l se

fech

ava”

, diz

Ana M

aria

, que

teve

par

ticip

ação

dire

ta n

a pre

para

ção

daqu

ela i

nstr

ução

. Fo

i de f

ato u

m an

o che

io d

e nov

idad

es, c

omo a

Lei 1

2.349

/201

0 qu

e alte

-ro

u o a

rtig

o 3º d

a Lei

8.66

6/19

93 so

bre l

icita

ções

, inco

rpor

ando

a pr

omoç

ão

do d

esen

volv

imen

to n

acio

nal s

uste

ntáv

el ao

s obj

etivo

s da l

icita

ção.

Com

o su

port

e às

prim

eira

s ini

ciativ

as, o

MPO

G in

seriu

em

sua

pági

na n

a in

ter-

net u

m ca

tálo

go co

nten

do 5

50 p

rodu

tos c

lass

ifica

dos c

omo

de im

pact

o re

duzid

o ao

ambi

ente

. Os c

ritér

ios t

ivera

m in

icial

men

te am

plitu

de p

ouco

ab

rang

ente

, bas

eand

o-se

em

refe

rênc

ias c

omo

o se

lo P

roce

l de

cons

umo

ener

gétic

o e e

m o

utra

s car

acte

rístic

as d

e pro

duto

s am

bien

talm

ente

ami-

gáve

is (p

rodu

ção

orgâ

nica

, recic

labi

lidad

e, et

c.).

Para

avan

ços m

ais s

igni

ficat

ivos n

os in

dica

dore

s, fa

z-se

nec

essá

rio es

-tu

do té

cnico

mai

s com

plet

o, o q

ue ag

ora d

ever

á ser

empr

eend

ido p

ara q

ue

a nov

a leg

islaç

ão su

rta e

feito

prá

tico.

Há p

lano

s de a

mpl

iaçã

o da l

ista p

ara

700

itens

, inclu

indo

de v

eícu

los b

icom

bust

íveis

a equ

ipam

ento

s de a

r-con

-di

ciona

do co

m b

aixo

cons

umo

de en

ergi

a. Sã

o re

ferê

ncia

s que

se to

rnam

co

mun

s nas

com

pras

par

a o

func

iona

men

to d

a m

áqui

na a

dmin

istra

tiva,

a ex

empl

o da

ges

tão

de u

ma

esco

la (v

eja

na ilu

stra

ção

das p

ágs.

42 e

43).

Para

alé

m d

a le

gisl

ação

per

tinen

te, A

na M

aria

ress

alta

que

“não

ad

iant

a cr

iar p

olíti

cas e

mud

ar o

arc

abou

ço le

gal p

ara

a co

mpr

a pú

bli-

ca se

m q

ue o

mer

cado

tenh

a ca

pacid

ade

de fo

rnec

imen

to e

m la

rga

es-

cala

”. E

reco

men

da: “

nova

s pol

ítica

s par

a ga

nhos

soci

oam

bien

tais

não

pode

m d

eseq

uilib

rar s

etor

es d

a ec

onom

ia e

pre

judi

car e

mpr

ego

e re

n-da

”. O

sinal

foi d

ado

para

o se

tor p

rodu

tivo

redi

recio

nar i

nves

timen

tos.

I Ain

da q

ue n

ão te

nha

trazid

o av

anço

s con

ceitu

ais,

essa

dec

lara

ção

ratifi

cou

o co

mpr

omiss

o lig

ado

à pr

oduç

ão e

cons

umo

sust

entá

vel o

utro

ra fi

rmad

o na

Rio

92

e no

Pla

no d

e Im

ple-

men

taçã

o de

Joha

nesb

urgo

aco

rdad

o na

Rio

+10.

II Dec

reto

nº 2

.783,

de 17

de

sete

mbr

o de

1998

.

3736

Dive

rsifi

cada

s, ab

unda

ntes

e c

om fo

rte

pega

da a

mbi

enta

l: as

sim

têm

si

do d

esen

volv

idas

em

sua

mai

oria

as

polít

icas

de

com

pras

sus

tent

ávei

s no

mun

do, c

uja

tend

ênci

a ho

je é

aba

rcar

tam

bém

a a

gend

a so

cial

, a

exem

plo

da Á

fric

a do

Sul

com

a c

ompr

a de

em

pres

as p

erte

ncen

tes

a ne

gros

, a A

ustr

ália

com

as

com

pras

loca

is, e

o P

arla

men

to E

urop

eu c

om

legi

slaç

ão p

ara

com

pra

de p

rodu

tos

do c

omér

cio

just

o.Já

na

prát

ica

das

com

pras

, as

ques

tões

soc

ioec

onôm

icas

são

fo

rtem

ente

obs

erva

das

pelo

s ge

stor

es, s

endo

as

mai

s co

mun

s a

com

pra

de p

eque

nas

empr

esas

e fo

rnec

edor

es lo

cais

e a

seg

uran

ça e

pro

teçã

o do

tra

balh

ador

. In

icia

tivas

art

icul

adas

pro

mov

em a

s co

mpr

as s

uste

ntáv

eis,

com

o a

The

Inte

rnat

iona

l Gre

en P

urch

asin

g N

etw

ork

- IG

PN4 ,

que

agru

pa in

stitu

içõe

s de

gov

erno

e e

mpr

esas

e d

esde

200

1 po

ssui

lei e

spec

ífica

5 , e

a N

orth

Am

eric

an G

reen

Pur

chas

ing

Initi

ativ

e -

NAP

GI q

ue a

uxili

a ag

ênci

as

públ

icas

na

impl

emen

taçã

o de

lici

taçõ

es v

erde

s. Al

ém d

e in

tegr

ante

da

inic

iativ

a, o

Can

adá

se d

esta

ca p

or t

er c

riado

um

órg

ão q

ue li

dera

a

gest

ão e

o s

upor

te d

a im

plem

enta

ção

da s

ua p

olíti

ca d

e co

mpr

as v

erde

s. Al

ém d

e co

labo

rar n

o m

onito

ram

ento

e n

a av

alia

ção

da im

plem

enta

ção

da p

olíti

ca, o

esc

ritór

io re

spon

sáve

l pel

a in

serç

ão d

e cr

itério

s am

bien

tais

na

s op

eraç

ões

do g

over

no d

esen

volv

e fe

rram

enta

s co

mo

guia

s e

chec

klis

ts p

ara

uso

dos

serv

idor

es. J

á os

EU

A en

fatiz

am c

ompr

as d

e gr

upos

min

oritá

rios

e de

mul

here

s, al

ém d

e co

nsid

erar

em q

uest

ões

de

efici

ênci

a en

ergé

tica

com

o p

rogr

ama

Ener

gy S

tar,

que

se v

angl

oria

por

te

r aju

dado

a e

cono

miz

ar 1

8 bi

lhõe

s de

dól

ares

em

201

06 .Ás

ia, J

apão

e C

oréi

a do

Sul

já t

êm in

icia

tivas

, e a

Chi

na a

prov

ou u

ma

lei q

ue c

onfe

re à

s lic

itaçõ

es o

pap

el d

e pr

omov

er o

des

envo

lvim

ento

soci

al e

a p

rote

ção

ambi

enta

l, te

ndo

com

o ba

ndei

ra a

s co

mpr

as e

co

nstr

uçõe

s pa

ra a

s O

limpí

adas

de

2008

. A

Uni

ão E

urop

eia

(UE)

ado

tou

um c

onju

nto

de in

stru

men

tos

lega

is e

po

lític

os p

ara

seus

Est

ados

Mem

bros

, em

esp

ecia

l com

a a

prov

ação

de

duas

dire

tivas

: 200

4/17

e 2

004/

18. S

e em

200

3 a

Fran

ça in

clui

u m

etas

de

com

pras

ver

des

em s

ua E

stra

tégi

a N

acio

nal d

e De

senv

olvi

men

to

Sust

entá

vel,

a H

olan

da re

conh

ece

o po

der d

essa

s pr

átic

as d

esde

199

0,

ao e

stab

elec

er q

ue 1

00%

das

lici

taçõ

es d

ever

iam

dar

pre

ferê

ncia

a

aspe

ctos

am

bien

tais

e s

ocia

is n

o pr

azo

de d

ez a

nos

e 50

% p

ara

os

gove

rnos

loca

is h

olan

dese

s, em

doz

e an

os. M

as p

ara

prom

over

a li

vre

circ

ulaç

ão d

e m

erca

doria

s e

serv

iços

na

UE,

a d

iretiv

a ad

otad

a é

pela

ab

ertu

ra d

o m

erca

do d

e co

ntra

tos

públ

icos

à c

onco

rrên

cia,

tor

nand

o ile

gais

as

polít

icas

de

favo

reci

men

to a

com

pras

nac

iona

is.

As p

olíti

cas

naci

onai

s e

subn

acio

nais

fora

m im

puls

iona

das

com

a

estr

atég

ia d

a U

E pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

Sus

tent

ável

, ado

tada

em

20

06, q

ue o

brig

a se

us E

stad

os M

embr

os a

alc

ança

rem

nív

el d

e co

mpr

as

públ

icas

sus

tent

ávei

s eq

uiva

lent

e àq

uele

alc

ança

do p

elos

Est

ados

M

embr

os c

om m

aior

des

empe

nho

em 2

010;

hoj

e, a

mai

oria

dos

paí

ses

euro

peus

pos

sui p

lano

s de

pro

duçã

o e

cons

umo

sust

entá

veis

. H

á pr

opos

tas

rece

ntes

pel

a si

mpl

ifica

ção

dos

proc

esso

s, co

m a

cess

o

de m

icro

e p

eque

nas

empr

esas

ao

mer

cado

, int

egra

ção

de p

esso

as c

om

desv

anta

gens

e d

e an

ális

e do

s cu

stos

do

cicl

o de

vid

a. E

sse

últim

o ite

m

já in

tegr

a a

orie

ntaç

ão d

a G

rã-B

reta

nha,

que

bus

ca a

com

bina

ção

ótim

a de

cus

to e

qua

lidad

e (ê

nfas

e no

“m

elho

r pre

ço”)

bas

eada

nos

prin

cípi

os

de t

rans

parê

ncia

, com

petit

ivid

ade,

acc

ount

abili

ty (r

espo

nsab

iliza

ção

ou

pres

taçã

o de

con

tas)

e e

ficiê

ncia

.

1, 2, 3

Com

pras

púb

licas

ao

redo

r do

mun

do

3938

Pesq

uisa

real

izada

junt

o a 50

0 m

il em

pres

as ca

dast

rada

s no C

ompr

asNe

t, o

siste

ma i

nfor

mat

izado

de co

mpr

as do

gove

rno f

eder

al, a

pont

ou os

desa

fios

para

o su

prim

ento

da n

ova d

eman

da. “C

abe a

nós

ajud

á-la

s a se

adap

tar à

no

va re

alid

ade”

, enf

atiza

Ana

Mar

ia. F

oram

cons

ulta

dos g

esto

res n

as m

ais

de 5

mil

unid

ades

de

com

pras

da

esfe

ra fe

dera

l par

a sa

ber o

que

pen

sam

so

bre

a ap

licaç

ão d

e qu

esito

s de

sust

enta

bilid

ade

nas l

icita

ções

. Mai

s de

80%

colo

cara

m co

mo b

arre

ira a

falta

de c

apac

itaçã

o e o

rece

io d

e pun

ições

pe

los ó

rgão

s de

cont

role

III.

O re

sulta

do m

otivo

u a p

ublic

ação

de u

ma c

artil

ha d

e orie

ntaç

ão so

bre

o te

ma7 e

a re

aliza

ção

de u

m se

min

ário

inte

rnac

iona

l com

mai

s de

3 mil

part

icipa

ntes

, em

par

ceria

com

o IC

LEI –

inici

ativa

que

dep

ois s

e des

dobr

ou

em a

pren

diza

gem

cont

ínua

, via

ens

ino

a di

stân

cia.

Para

est

imul

ar a

conc

orrê

ncia

e o

ate

ndim

ento

a su

a de

man

da p

la-

neja

da, o

pod

er p

úblic

o de

ve co

mun

icar a

o m

erca

do, c

om a

ntec

edên

cia,

o qu

anto

e o

que

pre

tend

e co

mpr

ar a

o lo

ngo

de d

eter

min

ado

perío

do. S

e em

itir s

inai

s cla

ros,

firm

es e

cres

cent

es, o

mer

cado

resp

onde

rá à

dem

anda

de

man

eira

mai

s con

siste

nte

(leia

no

capí

tulo

3).

“É u

m te

ma

trans

vers

al, q

ue e

xige

diá

logo

e si

nerg

ia e

ntre

div

ersa

s ár

eas d

e go

vern

o e

mer

cado

”, afir

ma

Ana

Mar

ia. A

s açõ

es e

stão

atre

lada

s a

nova

s leg

islaç

ões c

riada

s nos

últi

mos

ano

s par

a se

tore

s am

bien

tais

e so

ciais.

É o

caso

, por

exe

mpl

o, da

s lei

s que

est

abel

ecer

am a

s pol

ítica

s na-

ciona

is de

resíd

uos s

ólid

os (L

ei 12

.305/

2010

) e so

bre

mud

ança

s do

clim

a (Le

i 12.1

87/2

009)

, que

inclu

em d

e fo

rma

expr

essa

a li

citaç

ão su

sten

táve

l co

mo f

erra

men

ta au

xilia

r ao a

lcanc

e dos

seus

obje

tivos

tant

o por

mei

o do

cons

umo

sust

entá

vel q

uant

o pe

lo fo

men

to d

e um

a pro

duçã

o m

ais l

impa

. O

Plan

o de A

ção p

ara P

rodu

ção e

Con

sum

o Sus

tent

ável

(PPC

S), a

nunc

iado

em

dez

embr

o de

201

1, de

stac

a o

pape

l das

aqu

isiçõ

es p

úblic

as p

ara

a in

-

duçã

o de

nov

os p

adrõ

es, c

om re

flexo

s nas

empr

esas

e no

s con

sum

idor

es.

“Num

paí

s com

200

milh

ões d

e hab

itant

es, q

ualq

uer i

nicia

tiva p

recis

a te

r esc

ala

para

surt

ir ef

eito

”, ar

gum

enta

Ana

Mar

ia. C

om a

met

a de

, em

20

14, a

umen

tar e

m 10

0% o

núm

ero d

e con

sum

idor

es co

nscie

ntes

no B

rasil

, co

m b

ase e

m le

vant

amen

to d

e 201

0, o

prim

eiro

ciclo

de i

mpl

emen

taçã

o do

PPCS

tem

seis

prio

ridad

es: c

ompr

as p

úblic

as su

sten

táve

is, va

rejo

sust

en-

táve

l, edu

caçã

o pa

ra o

cons

umo

sust

entá

vel, a

umen

to d

a re

cicla

gem

de

resíd

uos s

ólid

os, c

onst

ruçã

o civ

il e a

Agen

da A

mbi

enta

l na A

dmin

istra

ção

Públ

ica (A

3P).

Além

de

adot

ar p

rátic

as d

e co

mpr

as p

úblic

as su

sten

táve

is no

âm

bito

fede

ral, o

PPC

S pre

vê q

ue o

gov

erno

lide

re in

iciat

ivas e

m a

poio

ao

s est

ados

e m

unicí

pios

da

fede

raçã

o8 .Av

alia

das a

s nec

essid

ades

da

socie

dade

, o p

oder

púb

lico

deve

com

prar

so

men

te o

nece

ssár

io, s

em ex

cess

os n

em m

arge

ns pa

ra h

aver

desp

erdí

cios.

O PP

CS, e

ntre

tant

o, nã

o pre

vê aç

ões q

ue se

riam

teor

icam

ente

as m

ais i

mpo

r-ta

ntes

segu

ndo a

Polít

ica N

acio

nal d

e Res

íduo

s Sól

idos

: açõ

es vo

ltada

s par

a a

“não

gera

ção”

e pa

ra a

“redu

ção”

dos n

íveis

glob

ais d

e con

sum

o – ai

nda q

ue

se ob

serv

e no P

PCS o

estím

ulo à

ecoe

ficiê

ncia

(uso

racio

nal d

e águ

a, en

ergi

a e a

limen

tos)

e à re

duçã

o de

cons

umo

de em

bala

gens

e sa

cola

s plá

stica

s.M

udar

a m

anei

ra de

prod

uzir

e con

sum

ir é u

m de

safio

giga

ntes

co –

mas

ne

cess

ário

, dia

nte d

os d

ilem

as am

bien

tais

e soc

iais

no sé

culo

XXI

. “O te

ma

ganh

a rel

evân

cia n

a age

nda b

rasil

eira

”, des

taca

Sam

yra C

resp

o, se

cret

ária

de

artic

ulaç

ão in

stitu

ciona

l e ci

dada

nia d

o M

MA.

Ela r

elac

iona

o d

esafi

o à

nece

ssid

ade d

e alim

enta

r 9 b

ilhõe

s de h

abita

ntes

em 20

50, a

os ri

scos

das

m

udan

ças n

o clim

a, à s

egur

ança

ener

gétic

a e h

ídric

a e à

paz.

São u

rgên

cias

que,

segu

ndo e

la, p

recis

am de

polít

ica pú

blica

para

ter e

feito

mul

tiplic

ador

.Sa

myr

a con

cord

a que

o es

forç

o po

r mud

ança

s de p

adrõ

es n

ão fa

z sen

-tid

o se

m o

em

purrã

o da

s com

pras

gov

erna

men

tais

com

o in

stru

men

to

indu

tor, s

uste

ntad

o po

r um

mar

co le

gal c

laro

e e

spec

ífico

. O D

ecre

to Fe

-de

ral 7

.746/

2012

ger

a ex

pect

ativa

de

final

men

te se

cheg

ar a

um

a m

aior

se

gura

nça

juríd

ica p

ara

inve

stim

ento

s e p

ara

tom

ada

de d

ecisõ

es m

ais

ousa

das r

umo

a um

mod

elo

de p

rodu

ção

e co

nsum

o m

ais s

uste

ntáv

el.

Nest

a rel

ação

, o se

tor e

mpr

esar

ial c

obra

ince

ntivo

s eco

nôm

icos p

ara a

de-

III V

IEIR

A, A

.M. A

na M

aria

Vie

ira: d

epoi

men

to [f

ev.20

12]. E

ntre

vist

ador

: S. A

deod

ato.

Bras

ília:

Min

istér

io d

o M

eio

Ambi

ente

, 201

2. En

trevi

sta

conc

edid

a ao

Cen

tro d

e Es

tudo

s em

Sus

ten-

tabi

lidad

e da

FGV

e a

o IC

LEI p

ara

a el

abor

ação

da

obra

“Com

pras

Sus

tent

ávei

s: a

forç

a do

co

nsum

o pú

blico

e e

mpr

esar

ial p

ara

uma

econ

omia

verd

e e

inclu

siva”

.

4140

quaç

ão às

regr

as e

padr

ões a

sere

m ex

igid

os n

as lic

itaçõ

es. E

m re

spos

ta, o

go

vern

o in

form

a qu

e en

com

endo

u es

tudo

de

viab

ilida

de p

ara

defin

ir em

qu

ais c

adei

as p

rodu

tivas

a ise

nção

de i

mpo

stos

e ou

tros i

nstr

umen

tos d

o gê

nero

teria

m e

feito

s mai

s sig

nific

ativo

s sob

o p

onto

de

vist

a am

bien

tal

e de

mer

cado

(vej

a in

fogr

áfico

nas

pág

s. 26

e 27

). O d

iagn

óstic

o se

rvirá

de

base

par

a as

neg

ocia

ções

junt

o ao

Min

istér

io d

a Fa

zend

a.A

inex

istên

cia d

e in

dica

dore

s con

fiáve

is é

um e

ntra

ve, in

clusiv

e pa

ra

se d

imen

siona

r o re

al p

oder

de

influ

ência

das

com

pras

púb

licas

fede

rais,

es

tadu

ais e

mun

icipa

is no

mer

cado

. Est

imat

ivas a

pont

am qu

e ess

as aq

uisi-

ções

, obr

as e

outro

s con

trato

s de s

ervi

ços s

omam

de 1

0% a

16%

do P

rodu

to

Inte

rno B

ruto

(PIB

) – n

úmer

os q

ue o

gove

rno e

stá r

even

do, p

ois,

em va

lore

s de

201

1 (PI

B=R$

4 tr

ilhõe

s)9,

10, a

qua

ntia

repr

esen

taria

ent

re 6

00 e

800

bi

lhõe

s de r

eais,

mon

tant

e apa

rent

emen

te su

pere

stim

ado.

Aind

a qu

e em

di

scus

são,

a gra

ndio

sidad

e des

ses n

úmer

os si

naliz

a a im

port

ância

de u

ma

mai

or at

ençã

o à g

estã

o de c

ompr

as. O

gov

erno

fede

ral, d

emon

stra

ndo q

ue

ader

iu a

esse

mov

imen

to, a

dqui

riu R

$ 14,

59 m

ilhõe

s em

pro

duto

s sus

ten-

táve

is em

2011

– o d

obro

do

regi

stra

do n

o an

o an

terio

r, seg

undo

o M

POG11 .

Em d

ois a

nos,

fora

m re

aliza

das 1

.490

licit

açõe

s com

ess

as ca

ract

eríst

icas.

Apes

ar de

mos

trar a

lgum

a rap

idez

com

que a

máq

uina

se m

ovim

ento

u,

esse

s núm

eros

evi

denc

iam

pou

ca a

mbi

ção

no e

stab

elec

imen

to d

a m

eta

para

as c

ompr

as p

úblic

as su

sten

táve

is no

PPC

S: ob

jetiv

ava-

se a

lcanç

ar

apen

as 2

0 pr

oces

sos

licita

tório

s co

m c

ritér

ios

de s

uste

ntab

ilida

de a

2014

– co

mpr

omiss

o qu

e ne

cess

ita se

r rev

isto

por s

er d

emas

iada

men

te

mod

esto

e já

ter s

ido

ultra

pass

ado.

A tra

nsiçã

o pa

ra u

m si

stem

a de

pro

duçã

o e c

onsu

mo

sust

entá

vel é

um

jo

go d

e for

ças q

ue p

ode s

er p

uxad

o pe

los c

ompr

ador

es, p

or u

m la

do, e

em-

purra

do p

elos

empr

eend

edor

es p

elo o

utro

lado

. Os ó

rgão

s púb

licos

fede

rais

prec

isam

cum

prir

a nov

a obr

igaç

ão le

gal d

e ins

erir

crité

rios d

e sus

tent

abilid

a-de

em su

as co

mpr

as e

cont

rata

ções

, enq

uant

o as e

mpr

esas

mai

s din

âmica

s de

verã

o faz

er in

vest

imen

tos e

se re

inve

ntar

para

aten

der a

essa

nova

dem

an-

da. S

ó ass

im a

lei s

ai do

pape

l. “Pa

ssa a

vale

r o ‘m

elho

r’ e nã

o nec

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riam

ente

o ‘

men

or’ p

reço

”, afir

ma

Fabr

ício

Mag

alhã

es, d

a SL

TI d

o M

POG,

adm

itind

o a

prin

cipal

difi

culd

ade:

“defi

nir c

ritér

ios e

chan

cela

r o q

ue é

pro

duto

sust

en-

táve

l” – t

aref

a a

carg

o da

Com

issão

Inte

rmin

ister

ial d

e Sus

tent

abili

dade

na

Adm

inist

raçã

o Pú

blica

(CIS

AP), e

stab

elec

ida p

elo

Decr

eto

7.746

/201

2.Um

a bar

reira

é a f

alta

de en

gaja

men

to do

s ser

vidor

es, n

orm

alm

ente

sob

a al

egaç

ão d

e hav

er im

pedi

men

tos l

egai

s par

a o

enfo

que s

ocio

ambi

enta

l na

s lici

taçõ

es. É

coisa

do

pass

ado

just

ifica

r que

a Le

i 8.6

66/1

993 i

mpe

de a

pref

erên

cia p

or p

rodu

tos s

uste

ntáv

eis p

orqu

e res

tring

em a

com

petiç

ão ou

o mai

s car

os q

ue os

conv

encio

nais.

Mes

mo p

oden

do cu

star

mai

s ini

cial-

men

te (p

reço

de e

tique

ta), p

rodu

tos m

ais e

ficie

ntes

no

cons

umo

de ág

ua

e en

ergi

a, po

r exe

mpl

o, im

plica

m e

m e

cono

mia

s a m

édio

e lo

ngo

praz

os

para

a a

dmin

istra

ção.

Exist

e um

a no

va co

mpr

eens

ão d

o qu

e é

a “m

elho

r co

mpr

a”, c

om b

ase

juríd

ica p

ara

se o

ptar

por

ela

. Al

ém d

isso,

com

o p

assa

r do

tem

po, p

reço

dei

xa d

e se

r um

pro

blem

a: co

m o

dese

nvol

vimen

to te

cnol

ógico

, a m

aior

esca

la de

prod

ução

e a c

onsc

i-ên

cia da

socie

dade

, o cu

sto fi

nanc

eiro

de m

uito

s pro

cess

os e

prod

utos

dito

s “s

uste

ntáv

eis”

tem

dim

inuí

do b

asta

nte

nas ú

ltim

as d

écad

as. E

m a

lgun

s ca

sos,

não

há se

quer

dife

renç

as d

e pr

eço.

De to

do m

odo,

paga

r mai

s por

al

go a

mig

ável

ao

plan

eta

e às

pes

soas

não

seria

um

abs

urdo

étic

o pa

ra o

se

tor p

úblic

o, um

a vez

que

exist

e um

ente

ndim

ento

entre

os ec

onom

istas

de

que

o va

lor m

onet

ário

dos

ben

s dev

e in

corp

orar

o cu

sto

ambi

enta

l e

socia

l (lei

a no

capí

tulo

5). E

nqua

nto

essa

mud

ança

de

para

digm

a nã

o al

-ca

nça

todo

s os ó

rgão

s púb

licos

, já ex

istem

ferra

men

tas c

omo

as co

mpr

as

com

part

ilhad

as, q

ue fa

vore

cem

a re

duçã

o do

pre

ço p

elo

ganh

o de

esca

la.

Com

o pa

ssar

do te

mpo

, a ex

pect

ativa

é qu

e as c

ompr

as su

sten

táve

is se

jam

o com

uns q

ue a

aqui

sição

de u

m p

rodu

to ou

serv

iço se

m es

sas g

aran

tias

seja

invi

ável

e m

esm

o ba

nida

.Co

mo a

Con

stitu

ição F

eder

al es

tabe

lece

o de

ver d

o Est

ado e

m ze

lar p

elo

bem

-est

ar e

pel

o m

eio

ambi

ente

saud

ável

, na

verd

ade

o ce

nário

juríd

ico

– co

mo

dito

ant

erio

rmen

te –

já p

erm

itia

exig

ência

s de

sust

enta

bilid

ade

nas l

icita

ções

. “Ago

ra n

ovos

mar

cos l

egai

s esp

ecífi

cos c

riam

um

a zo

na d

e m

aior

conf

orto

e se

gura

nça”

, res

salta

a ju

rista

Tere

sa B

arki

, da

Advo

cacia

Ge

ral d

a Un

ião

(AGU

) em

São

Paul

o.

A ta

refa

de

cons

trui

r e o

pera

r cen

tros

de

ensin

o va

i alé

m d

as sa

las

de a

ula

e te

m im

plica

ções

par

a a

sust

enta

bilid

ade

do p

lane

ta

Cone

xões

da es

cola

MAD

EIRA

Port

as,

jane

las,

piso

s, es

trut

ura

de te

lhad

os

e de

mai

s mat

eria

is us

ados

na

cons

truç

ão

da e

scol

a de

vem

se

r adq

uirid

os co

m

apre

sent

ação

do

DOF (

Docu

men

to d

e Or

igem

Flor

esta

l), qu

e co

mpr

ova

a or

igem

le

gal d

a m

adei

ra

nativ

a. Pa

ra e

ucal

ipto

, pi

nus o

u ou

tras

espé

cies p

lant

adas

, re

com

enda

-se

a es

colh

a de

em

pres

as

que

com

prov

am b

oas

prát

icas

REFO

RMAR

E

REUT

ILIZ

AR

Indi

ca-s

e ev

itar

cons

umo

exag

erad

o e

desp

erdí

cios,

prol

ogan

do a

vida

útil

de

mat

eria

is m

edia

nte

um b

om p

lano

de

man

uten

ção

e re

form

a

MER

ENDA

ESC

OLA

R De

ve se

guir

padr

ões

nutr

icion

ais e

de

segu

ranç

a al

imen

tar, c

om

crité

rios p

ara

redu

ção

de d

espe

rdíci

os e

us

o ra

ciona

l de

água

, alé

m d

a hi

gien

izaçã

o da

s ins

tala

ções

e e

quip

amen

tos,

cont

role

de

veto

res e

pra

gas e

cuid

ados

com

em

bala

gens

e a

rmaz

enam

ento

RESÍ

DUO

S O

RGÂN

ICO

S As

sobr

as d

e al

imen

tos e

po

das d

o ja

rdim

o ar

maz

enad

as

em re

cipie

ntes

es

pecífi

cos

, sem

a

mist

ura

com

ou

tros m

ater

iais

COM

POST

AGEM

De

ntro

de

uma

com

post

eira

, o

resíd

uo o

rgân

ico se

de

com

põe

pela

açã

o de

micr

orga

nism

os,

trans

form

ando

-se

em a

dubo

de

ótim

a qu

alid

ade

dest

inad

o à

hort

a e

jard

im d

a es

cola

ou

pequ

enos

cu

ltivo

s da

vizin

hanç

a

PRO

DUÇÃ

O D

E AL

IMEN

TOS

É qu

estã

o de

su

sten

tabi

lidad

e ec

onôm

ica e

socia

l abs

orve

r pr

efer

encia

lmen

te in

gred

ient

es d

a ho

rta

esco

lar

ou d

a pr

oduç

ão fa

mili

ar re

gion

al, q

uand

o po

ssíve

l sem

util

izaçã

o de

agr

otóx

icos

FÁBR

ICA

DE PA

PEL R

ECIC

LADO

Ap

ós o

des

cart

e, ca

dern

os, li

vros

, jo

rnai

s, im

pres

sos e

em

bala

gens

vi

ram

folh

as d

e pa

pel r

ecicl

ado

ou n

ovas

caix

as n

as in

dúst

rias.

A co

mpr

a de p

apel

recic

lado

dá u

m

dest

ino

nobr

e pa

ra a

lgo

que

teria

di

spos

ição

inad

equa

da e

redu

z o

cons

umo

do p

rodu

to vi

rgem

or

iund

o de

fl or

esta

s pla

ntad

as

DESC

ARTE

DE

PAPE

L A e

scol

a de

ve fa

zer

a se

para

ção

do li

xo se

co p

ara

a re

cicla

gem

, ev

itand

o a

disp

osiçã

o fi n

al in

adeq

uada

. Pa

pel, p

lást

ico, la

tas e

out

ros m

ater

iais

são

cole

tado

s por

cam

inhõ

es d

a pr

efei

tura

ou

coop

erat

ivas d

e ca

tado

res,

que

faze

m a

tr

iage

m m

ais fi

na

para

vend

a às

indú

stria

s

FÁBR

ICA

DE M

ÓVEI

S M

óvei

s es

cola

res e

lápi

s dev

em se

r co

mpr

ados

junt

o a

empr

esas

qu

e se

guem

crité

rios

sust

entá

veis

na a

quisi

ção

da

mat

éria

-prim

a fl o

rest

al, e

xtra

ída

com

impa

ctos

redu

zidos

FÁBR

ICA

DE PA

PEL

A ex

igên

cia d

e pa

pel c

om

selo

socio

ambi

enta

l ga

rant

e a

proc

edên

cia d

o m

ater

ial, r

astre

ado

desd

e as

fl or

esta

s pla

ntad

as

com

euc

alip

to q

ue

abas

tece

m a

s ind

ústr

ias

de ce

lulo

se. O

cont

role

so

bre

a or

igem

se re

pete

na

fábr

ica d

e pa

pel e

até

o

prod

uto

fi nal

. Ass

im

asse

gura

-se

a pr

oduç

ão

de li

vros

, cad

erno

s e,

emba

lage

ns d

entro

da

lei, c

om m

aior

resp

eito

ao

mei

o am

bien

te e

às

cond

ições

socia

is

ATER

RO/L

IXÃO

Sem

a co

mpo

stag

em, o

lixo

or

gâni

co é

leva

do in

adeq

uada

men

te a

o at

erro

sa

nitá

rio o

u ao

lixã

o, on

de se

dec

ompõ

e ge

rand

o ch

orum

e (lí

quid

o po

luen

te) e

gás

m

etan

o, qu

e au

men

ta o

efe

ito e

stuf

a e

o aq

uecim

ento

glo

bal. E

m a

lgun

s ate

rros b

em

cont

rola

dos,

o m

etan

o é

capt

urad

o pa

ra g

erar

en

ergi

a, in

jeta

da n

a re

de e

létr

ica

FONTE: CEMPRE E FSC

43

4544

A AG

U ad

eriu

ao

prog

ram

a A3

P do

gov

erno

fede

ral e

m 2

008,

quan

do

aind

a não

hav

ia in

stru

men

to le

gal e

xpre

sso s

obre

o te

ma.

Tere

sa vi

aja p

elo

país

em ofi

cinas

e pa

lest

ras s

obre

com

o im

plem

enta

r com

pras

sust

entá

veis

com

fund

amen

to ju

rídico

– ob

jeto

de u

m g

uia

prát

ico12

que

foi e

labo

rado

pe

la A

GU co

m fo

co am

bien

tal p

ara o

rient

ar ó

rgão

s fed

erai

s em

São

Paul

o e

que

agor

a es

tá se

ndo

ampl

iado

par

a a

real

idad

e de

todo

o p

aís.

Há p

ecul

iarid

ades

regi

onai

s. As

que

stõe

s soc

iais

não p

odem

ser e

sque

-cid

as e

pode

m in

clusiv

e com

por a

s esp

ecifi

caçõ

es té

cnica

s da l

icita

ção.

No

caso

de

obra

de

enge

nhar

ia, o

licit

ante

pod

e ex

igir

a ex

istên

cia d

e m

edi-

das d

estin

adas

a ev

itar a

ciden

tes d

e tra

balh

o e

a ga

rant

ir sa

lubr

idad

e na

ex

ecuç

ão d

a obr

a. De

igua

l mod

o, em

algu

ns ca

sos,

os cr

itério

s de c

ompr

a de

vem

abr

ange

r o d

esca

rte

e a

dest

inaç

ão fi

nal d

os p

rodu

tos a

pós o

uso

, em

cons

onân

cia co

m a

Polít

ica N

acio

nal d

e Res

íduo

s Sól

idos

. Aos

ges

tore

s, re

com

enda

-se l

evar

em co

nta

nas j

ustifi

cativ

as o

s prin

cípio

s de e

ficiê

ncia

e

econ

omia

de

recu

rsos

. Ter

esa

conc

lui q

ue, n

a dú

vida

, a o

pção

dev

e se

r o

equi

líbrio

: “às v

ezes

é m

ais v

anta

joso

gar

antir

o pa

drão

ambi

enta

l méd

io e

abrir

mão

do m

áxim

o par

a não

corre

r risc

os d

e im

pugn

ação

dos

cert

ames

po

r man

dado

s de s

egur

ança

ou

ver o

s pre

ços a

tingi

rem

valo

res i

ncom

pa-

tívei

s com

o o

rçam

ento

”. Com

o te

mpo

e os

estím

ulos

corre

tos,

o m

erca

do

se a

dapt

ará

a es

se n

ovo

cená

rio.

Tran

sfor

mar

idei

as e

m p

rátic

as é

pre

ocup

ação

tam

bém

no

Supe

rior

Trib

unal

de J

ustiç

a (ST

J), on

de a

luta

é co

ntra

o te

mpo

par

a cum

prir

met

as.

A pr

incip

al de

las é

redu

zir em

25%

o co

nsum

o de á

gua,

ener

gia,

com

bust

ível

e des

cart

e de p

apel

até 2

014.

“Par

a atin

gi-la

s, a e

stra

tégi

a est

á na e

duca

ção

ambi

enta

l e n

o co

nsum

o co

nscie

nte”

, des

taca

Ana

Mar

ia N

icole

tti, i

nte-

gran

te d

o Pr

ogra

ma

de R

espo

nsab

ilida

de S

ocio

ambi

enta

l. No

8º a

ndar

do

pré

dio,

onde

trab

alha

sua

equi

pe, u

m c

arta

z ilu

stra

tivo

sobr

e co

mo

recic

lar o

s pro

duto

s con

sum

idos

em

cada

côm

odo

das r

esid

ência

s ind

ica

uma

preo

cupa

ção

dom

éstic

a qu

e aos

pou

cos s

e tra

duz e

m n

ovos

háb

itos

tam

bém

no

serv

iço p

úblic

o, en

volv

endo

o a

lto e

scal

ão co

mo

estra

tégi

a in

stitu

ciona

l. Açõ

es p

rátic

as d

emon

stra

m q

ue a

equ

ivoca

da id

eia

de q

ue

o “p

úblic

o” é

de “

ning

uém

” já

não

cabe

no

mun

do e

m b

usca

de

solu

ções

para

seus

dram

as am

bien

tais

e soc

iais.

O “p

úblic

o”, n

a ver

dade

, é de

“tod

os”

e en

volve

o co

ncei

to d

e co

rresp

onsa

bilid

ade.

“A p

reoc

upaç

ão in

icial

é ca

pacit

ar se

rvid

ores

e m

apea

r tud

o o

que

o Tr

ibun

al co

mpr

a, pa

ra e

ntão

defi

nir c

ritér

ios”

, rev

ela

Nico

lett

i. As m

udan

-ça

s, se

gund

o el

a, de

vem

env

olve

r des

de a

eta

pa d

as e

spec

ifica

ções

até

a

cheg

ada

da d

eman

da à

Com

issão

Per

man

ente

de

Licita

ção.

A id

eia

é in

vert

er o

atua

l pro

cedi

men

to in

tern

o, pe

lo q

ual a

inse

rção

de q

uesit

os d

e su

sten

tabi

lidad

e ac

onte

ce n

a úl

tima

fase

dos

trâm

ites.

“O p

lano

ago

ra é

qu

e os

pró

prio

s ges

tore

s de

com

pras

faça

m e

ssa

inse

rção

, a p

artir

de

um

guia

com

iten

s sus

tent

ávei

s e de

um

sist

ema i

nfor

mat

izado

desd

e o pr

ojet

o bá

sico

até

o pa

gam

ento

”, afir

ma

Nico

lett

i. Com

mai

or ra

pide

z, in

ibe-

se “o

m

au h

ábito

do

serv

iço p

úblic

o de

com

prar

mai

s do

que o

nec

essá

rio p

ara

reco

mpo

r est

oque

s e n

ão co

rrer r

isco d

e des

abas

tecim

ento

devid

o à de

mor

a do

vaivé

m d

e doc

umen

tos”

. O re

flexo

é a e

cono

mia

de r

ecur

sos n

atur

ais e

a

redu

ção

do d

espe

rdíci

o.

Adm

inist

raçã

o pú

blica

ado

ta

crité

rios d

e su

sten

tabi

lidad

e

Cons

umir

pens

ando

nas

futu

ras g

eraç

ões i

nclu

i red

uzir

os n

ívei

s de

gast

os e

de co

mpr

as. N

o STJ

, den

tro d

e um

pro

cess

o de m

udan

ças q

ue te

m

envo

lvim

ento

dire

to d

a su

a di

reçã

o-ge

ral, e

sse

pens

amen

to te

m re

flexo

s no

plan

ejam

ento

estra

tégi

co. A

test

ados

méd

icos p

ara d

ispen

sa do

trab

alho

ap

osen

tara

m os

form

ulár

ios e

m p

apel

, poi

s a in

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ação

pas

sou

a con

star

no

sist

ema

digi

taliz

ado,

à di

spos

ição

da ch

efia.

Carp

etes

fora

m tr

ocad

os

por p

isos c

om si

ntec

o à b

ase d

e ins

umos

men

os tó

xico

s. Ca

rros o

ficia

is só

po

dem

ser l

avad

os co

m p

rodu

tos d

e lim

peza

que

exig

em m

enos

água

– e

quem

lava

os v

eícu

los p

artic

ular

es d

os se

rvid

ores

no

esta

ciona

men

to fo

-ra

m o

rient

ados

a fa

zer o

mes

mo.

Outra

s prá

ticas

de

econ

omia

bas

eada

s na

redu

ção

do co

nsum

o ta

mbé

m sã

o in

tere

ssan

tes d

e se

obs

erva

r, com

o a s

ubst

ituiçã

o de

impr

esso

s por

doc

umen

tos e

letrô

nico

s; a d

imin

uiçã

o de

de

sloca

men

tos e

via

gens

a se

rviço

via

terre

stre

e a

érea

por

conf

erên

cias

4746

pela

inte

rnet

; e o

repa

sse

de e

quip

amen

tos q

ue se

riam

des

cart

ados

por

um

órg

ão p

ara

outro

que

pos

sa re

apro

veitá

-lo.

O as

sunt

o ta

mbé

m ch

egou

aos

ges

tore

s no

Cong

ress

o N

acio

nal. N

a Câ

mar

a do

s Dep

utad

os, a

pós a

inst

ituiçã

o da

pol

ítica

socio

ambi

enta

l em

20

10 e

a ass

inat

ura d

o Ato

da M

esa N

º 4 em

2011,

espe

cífico

sobr

e com

pras

su

sten

táve

is, o

esfo

rço f

oi p

or d

efini

r os n

ovos

crité

rios a

entra

r nos

edita

is.

“A e

stra

tégi

a é

ter c

aute

la e

com

eçar

com

endo

pel

as b

eira

das,

part

indo

de

exp

eriê

ncia

s já

exi

sten

tes,

sem

piro

tecn

ia”,

reve

la Ja

cim

ara

Guer

ra,

coor

dena

dora

técn

ica d

o pr

ogra

ma

EcoC

âmar

a. No

and

ar té

rreo

do p

ré-

dio

que

dá a

cess

o ao

s gab

inet

es d

os d

eput

ados

, um

a vi

trin

e de

pro

duto

s su

sten

táve

is ch

ama

aten

ção,

bem

pró

xim

o ao

s bal

cões

das

com

panh

ias

aére

as qu

e ate

ndem

às vi

agen

s dos

parla

men

tare

s. Lá

func

iona

o es

critó

rio

onde

a eq

uipe

de J

acim

ara

traba

lha

em b

usca

de a

lgo

novo

, por

que “

tudo

qu

e a ca

sa fa

z tem

gra

nde v

isibi

lidad

e”. U

so d

e mad

eira

, pap

el re

cicla

do e

inst

alaç

ões h

idrá

ulica

s, se

m fa

lar n

a ge

stão

de

resíd

uos p

elo

rest

aura

nte

e o

desc

arte

de

pilh

as e

bat

eria

s, fo

ram

tem

as d

a pr

imei

ra n

orm

a so

bre

licita

ção s

uste

ntáv

el n

a Câm

ara,

resp

onsá

vel p

or ga

stos

ao re

dor d

e R$ 2

00

milh

ões p

or a

no e

m o

bras

e co

mpr

as.

“Ant

es co

mpr

ávam

os te

rra p

reta

par

a ad

ubar

os j

ardi

ns, m

as q

uand

o vim

os qu

e o m

ater

ial e

ra ex

traíd

o das

mar

gens

de ri

os pa

ssam

os a

prod

uzir

o pr

óprio

com

post

o or

gâni

co co

m b

orra

de

café

, pó

de se

rrage

m e

rest

os

vege

tais

para

enriq

uece

r a te

rra ve

rmel

ha co

mum

”, diz

Jacim

ara.

A po

lítica

pa

ssou

a se

r a de

alug

ar im

pres

sora

s e n

ão m

ais c

ompr

á-la

s. Em

2011

fora

m

loca

dos 1

,8 m

il eq

uipa

men

tos,

segu

indo

crité

rios q

ue ra

ciona

lizam

o se

u us

o e

evita

m ex

cess

os. “C

om m

enos

impr

esso

ras e

m o

pera

ção,

há e

cono

-m

ia d

e en

ergi

a e

men

or n

úmer

o de

impr

essõ

es e

de

desc

arte

de

pape

l”,

argu

men

ta Ja

cimar

a. As

sim, a

Câm

ara

usuf

rui d

os se

rviço

s de

impr

essã

o se

m n

eces

saria

men

te se

r pro

prie

tária

de e

quip

amen

tos,

num

mov

imen

to

conh

ecid

o pe

la ex

pres

são

em in

glês

serv

icizin

g, qu

e su

bstit

ui a

aqu

isiçã

o do

pro

duto

pel

o us

o do

serv

iço.

Dian

te d

as o

brig

açõe

s im

post

as p

ela

polít

ica d

e re

síduo

s sól

idos

(Lei

Fe

dera

l 12.3

05/2

010)

, con

trato

s de c

ompr

as p

úblic

as p

ara p

neus

, lâm

pada

s,

cart

ucho

s de i

mpr

esso

ras,

pilh

as e

bate

rias,

celu

lare

s e co

mpu

tado

res,

por

exem

plo,

com

eçam

a in

cluir

cláus

ula p

ara q

ue o

s for

nece

dore

s se r

espo

n-sa

biliz

em p

ela

logí

stica

reve

rsa

– um

conj

unto

de a

ções

, pro

cedi

men

tos e

m

eios

des

tinad

os a

viab

iliza

r a co

leta

e a

rest

ituiçã

o do

s res

íduo

s sól

idos

ao

seto

r em

pres

aria

l, par

a re

apro

veita

men

to, e

m se

u cic

lo o

u em

out

ros

ciclo

s pro

dutiv

os, o

u ou

tra d

estin

ação

fina

l am

bien

talm

ente

ade

quad

a (e

xem

plo

no in

fogr

áfico

do

com

puta

dor, n

as p

ágs.

48 e

49).

Quan

do o

assu

nto é

lixo,

a adm

inist

raçã

o púb

lica f

eder

al es

tá ob

rigad

a pe

lo D

ecre

to 5.

840/

2006

a fa

zer a

cole

ta se

letiv

a e en

cam

inha

r os m

ater

iais

para

coop

erat

ivas d

e cat

ador

es –

med

ida

até h

oje n

ão im

plem

enta

da p

or

mui

tos ó

rgão

s. O

pape

l bra

nco

de es

critó

rio, “fi

lé m

igno

n” d

os re

síduo

s do

serv

iço p

úblic

o, é

bast

ante

disp

utad

o no

mer

cado

. Em

Bra

sília

, na

corri

da

pelo

filã

o, gr

upos

de

cata

dore

s inf

orm

ais a

cam

pam

no

cerra

do n

os a

rre-

dore

s do

Palá

cio d

o Pl

anal

to e

da

Espl

anad

a do

s Min

istér

ios.

No ca

so d

a Câ

mar

a dos

Dep

utad

os, m

ater

iais

ante

s ven

dido

s a su

cate

iros c

om re

pass

e do

din

heiro

par

a a

asso

ciaçã

o do

s ser

vido

res a

gora

vão

dire

tam

ente

par

a os

cata

dore

s. Sã

o ge

rada

s 100

tone

lada

s de

lixo

por m

ês, 6

0% re

ciclá

vel.

“Há

risco

de

desv

io d

os m

ater

iais

mai

s nob

res a

ntes

da

cheg

ada

às

coop

erat

ivas”

, reco

nhec

e Ja

cimar

a, la

men

tand

o o

alto

gra

u de

des

orga

ni-

zaçã

o, di

visã

o in

just

a de

lucr

os e

disp

utas

de p

oder

exist

ente

s em

mui

tas

dela

s. “N

o pr

óxim

o ed

ital”,

diz

ela,

“exi

gire

mos

dec

lara

ção

form

al d

e qu

e os

recu

rsos

são d

ivid

idos

equi

tativ

amen

te en

tre os

coop

erad

os, o

que

será

co

mpr

ovad

o po

r aud

itoria

s”. A

lém

da i

nclu

são

socia

l e g

eraç

ão d

e opo

rtu-

nida

des d

e em

preg

o, ou

tros a

spec

tos s

ocia

is de

sust

enta

bilid

ade

pode

m

ser o

bser

vado

s, co

mo t

raba

lho d

igno

, con

form

idad

e com

os d

ireito

s soc

iais

e lab

orai

s, ac

essib

ilida

de d

e pes

soas

com

defi

ciênc

ia, a

lém

de e

stim

ular

e pr

efer

ir be

ns e

serv

iços a

dvin

dos d

o co

mér

cio ju

sto

e ét

ico.

Queb

rar a

inér

cia e

xige

mud

ança

s de

prát

icas h

istor

icam

ente

arra

i-ga

das

na a

dmin

istra

ção

públ

ica

– e

tam

bém

em

sua

cad

eia

de fo

rne-

cedo

res e

pre

stad

ores

de

serv

iço. R

egul

amen

taçõ

es n

a lin

ha d

o co

man

-do

e co

ntro

le fo

rçam

rupt

uras

e a

umen

tam

esc

ala

das n

ovas

atit

udes

, co

m in

fluên

cia e

stru

tura

nte

na e

cono

mia

e n

a so

cieda

de co

mo

um to

do.

4948

PLÁS

TICO

Peça

s plá

stica

s que

co

mpõ

em p

rodu

tos e

letro

elet

rôni

cos

prov

êm d

e re

sinas

pro

duzid

as p

or

petro

quím

icas a

par

tir d

o ól

eo

extra

ído

com

risc

os d

e va

zam

ento

s

ENER

GIA

A efi

ciê

ncia

ene

rgét

ica

deve

ser i

ncor

pora

da n

a fa

brica

ção

e fu

ncio

nam

ento

dos

co

mpu

tado

res,

aspe

cto

a se

r ob

serv

ado

com

o cr

itério

de

com

pra

sust

entá

vel. A

redu

ção

no co

nsum

o de

ene

rgia

impl

ica n

a ne

cess

idad

e de

men

os h

idre

létr

icas,

cons

truí

das

ao cu

sto

de im

pact

os n

egat

ivos

MIN

ERAÇ

ÃO Re

curs

os d

a na

ture

za sã

o ex

traíd

os e

pr

oces

sado

s par

a fo

rnec

er

os e

lem

ento

s nec

essá

rios à

m

onta

gem

do

com

puta

dor.

A ex

plor

ação

min

eral

po

de tr

azer

risc

os q

uand

o nã

o le

va e

m co

nsid

eraç

ão

crité

rios s

ocia

is e

ambi

enta

is. A

s prin

cipai

s ja

zidas

se lo

caliz

am n

a Áf

rica,

em re

giõe

s de

confl

itos

étn

icos e

pol

ítico

s

FÁBR

ICA

O pr

odut

o é

conc

ebid

o pa

ra a

tend

er

às n

eces

sidad

es d

o m

erca

do. P

roje

tos d

e de

sign

e en

genh

aria

po

dem

pre

ver m

enor

us

o de

insu

mos

e

empr

ego

de m

atér

ia-

prim

a m

ais f

ácil

de se

r re

cicla

da. O

com

puta

dor

com

um e

mpr

ega

dez

veze

s o se

u pe

so e

m

com

bust

íveis

fóss

eis.

Gast

a ta

mbé

m 15

00

litro

s de

água

na

sua

fabr

icaçã

o. Um

úni

co

chip

cons

ome

insu

mos

qu

e co

rresp

onde

m a

40

0 ve

zes o

seu

peso

LOGÍ

STIC

A RE

VERS

A Qu

ando

em

func

iona

men

to, o

com

puta

dor

pode

ser p

assa

do a

dian

te,

reve

ndid

o ou

doa

do. F

abric

ante

s e

reve

nded

ores

ope

ram

sis

tem

as d

e co

leta

na

casa

do

usuá

rio, p

or co

rreio

ou

na re

de

de a

ssist

ência

técn

ica p

ara

a re

cicla

gem

e re

apro

veita

men

to

dos c

ompo

nent

es, q

ue p

assa

m a

in

tegr

ar co

mo

mat

éria

-prim

a o

ciclo

de

vida

de

outro

s pro

duto

s, in

clusiv

e no

vos c

ompu

tado

res

CEN

TRO

DE T

RIAG

EM E

RE

PRO

CESS

AMEN

TO A

pós a

co

leta

sele

tiva,

os co

mpu

tado

res s

ão

desm

onta

dos.

Uma

part

e da

s peç

as

é re

apro

veita

da e

m n

ovos

pro

duto

s. Pl

ástic

os e

met

ais s

ão tr

itura

dos e

de

stin

ados

a in

dúst

rias r

ecicl

ador

as

para

tran

sfor

maç

ão e

m m

atér

ia-p

rima.

Um co

mpu

tado

r pes

a em

méd

ia 25

qu

ilos e

cont

ém a

té 6

0 co

mpo

nent

es

de d

ifere

ntes

mat

eria

is

TRAN

SPO

RTE

O pr

odut

o é

dist

ribuí

do p

ara

as lo

jas o

u po

de

ser c

ompr

ado

por

uma

empr

esa

dire

tam

ente

do

fabr

icant

e. Em

am

bos o

s cas

os,

o tra

nspo

rte

emite

gas

es d

e ef

eito

est

ufa,

que

cont

ribue

m co

m o

aq

uecim

ento

glo

bal

LOJA

Reve

nded

ores

e

rede

s de

vare

jo

disp

onib

iliza

m

post

os p

ara

entre

ga

do e

quip

amen

to

antig

o pe

lo

cons

umid

or, q

ue

deve

ser o

rient

ado

no m

omen

to d

a co

mpr

a so

bre

o us

o e

o de

scar

te

ambi

enta

lmen

te

corre

to d

o pr

odut

o

USUÁ

RIO

Alé

m d

o pr

eço

e qu

alid

ade,

as q

uest

ões

ambi

enta

is e

socia

is de

vem

ser

leva

das e

m co

nta

por e

mpr

esas

, ór

gãos

púb

licos

e co

nsum

idor

es

na h

ora

de d

ecid

ir so

bre

a co

mpr

a e

sobr

e o

que

faze

r co

m o

com

puta

dor v

elho

. É

impo

rtan

te ev

itar o

cons

umo

desn

eces

sário

, tom

ar m

edid

as

para

aum

enta

r a vi

da ú

til d

o pr

odut

o e

info

rmar

-se

sobr

e a

adoç

ão d

e bo

as p

rátic

as p

elo

fabr

icant

e, in

clusiv

e a

gara

ntia

da

logí

stica

reve

rsa

EMBA

LAGE

NS

Deve

m se

r se

para

das c

onfo

rme

o tip

o de

m

ater

ial (

plás

tico,

pape

lão,

isopo

r etc

) e e

ncam

inha

das

para

recic

lage

m. O

nde

não

cole

ta se

letiv

a da

pre

feitu

ra,

é po

ssíve

l faz

er p

arce

rias c

om

coop

erat

ivas d

e ca

tado

res o

u de

ixar

o m

ater

ial e

m p

onto

s de

entre

ga vo

lunt

ária

na

cidad

e

ATER

RO/L

IXÃO

O p

rodu

to

elet

roel

etrô

nico

não

dev

e se

r des

cart

ado

no a

terro

ou

lixão

um

a ve

z que

met

ais e

su

bstâ

ncia

s tóx

icas c

onta

min

am o

solo

e

a ág

ua. É

impo

rtan

te g

aran

tir a

logí

stica

re

vers

a e

a de

stin

ação

fi na

l ade

quad

a co

mo

crité

rio d

e co

mpr

a in

stitu

ciona

l

Com

puta

dor: d

e ond

e vem

, pa

ra on

de va

i

1

2

3

4

5

6

7

FONTE: ITAUTEC/GUIA DO USUÁRIO CONSCIENTE DE PRODUTOS ELETRÔNICOS

49

5150

No en

tant

o, pa

rcel

a im

port

ante

des

te p

oder

de t

rans

form

açõe

s est

á ass

o-cia

da a

açõe

s vol

untá

rias e

à co

nsciê

ncia

ambi

enta

l e so

cial d

e cad

a ind

iví-

duo

– sej

am g

esto

res p

úblic

os o

u em

pres

aria

is, to

mad

ores

de d

ecisã

o em

di

fere

ntes

níve

is, fo

rmad

ores

de o

pini

ão o

u sim

ples

men

te co

nsum

idor

es.

Na E

scol

a Na

ciona

l de

Saúd

e Pú

blica

(ENS

P), p

erte

ncen

te à

Fund

ação

Os

wal

do C

ruz (

Fiocr

uz) n

o Ri

o de

Jane

iro, u

ma

sala

em

esp

ecia

l ret

rata

o

valo

r des

sas i

nicia

tivas

. Sob

re a

mes

a, a m

orin

ga d

e bar

ro co

m ág

ua in

dica

a

prio

ridad

e pa

ra o

que

é n

atur

al e

reut

ilizá

vel. D

entro

do

arm

ário

, um

a ca

ixa

de p

apel

ão ch

eia

de a

mos

tras d

e pr

odut

os in

ovad

ores

: um

por

ta-

-clip

s de fi

bras

vege

tais

reno

váve

is e c

opos

fabr

icado

s à b

ase d

e am

ido

de

milh

o co

m a

pro

mes

sa d

e se

dec

ompo

rem

em

180

dias

apó

s o d

esca

rte.

Na sa

la a

o la

do, a

equ

ipe

de co

mpr

as e

stá

aten

ta à

tela

do

com

puta

dor

que t

rans

mite

o pr

egão

elet

rôni

co p

ara a

aqui

sição

de p

rodu

tos d

e men

or

impa

cto

nega

tivo.

É o

sext

o re

aliza

do p

ela

inst

ituiçã

o, de

sta

vez c

om 19

ite

ns. “

Espe

ram

os m

ais d

isput

a de

lanc

es”,

afirm

a Re

jane

Tava

res,

auto

ra

de d

isser

taçã

o qu

e in

spiro

u o

proj

eto

pion

eiro

de

com

pras

na

ENSP

. “D

o láp

is pr

oven

ient

e de m

adei

ra de

reflo

rest

amen

to ao

pape

l rec

iclad

o, o s

egre

do é

desc

reve

r cor

reta

men

te ca

da p

rodu

to e

sua e

ficác

ia am

bien

tal,

visa

ndo

não

só o

men

or p

reço

, com

o ta

mbé

m q

ualid

ade

e du

rabi

lidad

e”,

expl

ica a

chef

e do

seto

r de

com

pras

. No

edita

l par

a m

obili

ário

, exi

ge-s

e a

insc

rição

da em

pres

a no C

adas

tro Té

cnico

Fede

ral, d

o Iba

ma,

e o D

ocum

ento

de

Orig

em Fl

ores

tal (

DOF)

emiti

do p

elo

siste

ma

de co

ntro

le el

etrô

nico

da

mad

eira

13 . “Che

cam

os o

CNPJ

das e

mpr

esas

no s

istem

a dos

órgã

os am

bien

-ta

is pa

ra o

bter

mos

mai

s ind

ícios

sobr

e a

extra

ção

da m

adei

ra a

travé

s do

man

ejo s

uste

ntáv

el n

a flor

esta

”, inf

orm

a Rej

ane.

Ela l

embr

a que

a ex

igên

cia

de se

los i

nter

nacio

nais

de ce

rtifi

caçã

o so

cioam

bien

tal, a

prin

cípio

um

a m

edid

a cap

az d

e sim

plifi

car e

ofer

ecer

mai

or se

gura

nça a

o pro

cess

o, po

de

ser m

otivo

par

a a im

pugn

ação

da l

icita

ção,

pois

o TCU

já p

ublic

ou ac

órdã

o em

cont

rário

. No

enta

nto,

diz R

ejan

e, na

da im

pede

que

as c

arac

terís

ticas

de

sust

enta

bilid

ade

cobr

adas

nas

cert

ifica

ções

de

sust

enta

bilid

ade,

obri-

gató

rios p

ara a

obte

nção

daq

uele

s sel

os, s

ejam

tran

scrit

os e

inco

rpor

ados

co

mo

crité

rios o

u es

pecifi

caçã

o no

edi

tal d

e co

mpr

a ou

cont

rata

ção.

“O p

rincip

al en

trave

hoj

e não

é a l

egisl

ação

, mas

o m

erca

do”, c

ompl

eta

Reja

ne. N

a últi

ma l

icita

ção s

uste

ntáv

el, g

rand

e par

te do

s ite

ns fo

i can

cela

da

porq

ue o

s pre

ços e

stav

am a

cima

dos e

stim

ados

na

pesq

uisa

de

mer

cado

ou

por

que a

s esp

ecifi

caçõ

es d

iverg

iam

do e

dita

l – ou

seja

, os p

rodu

tos n

ão

tinha

m cr

itério

s soc

ioam

bien

tais.

Ao

entra

r mai

s a fu

ndo

nas q

uest

ões

técn

icas e

nvol

vend

o es

sas c

arac

terís

ticas

, os s

ervi

dore

s enf

rent

am q

ues-

tões

mui

tas v

ezes

não

resp

ondi

das p

elos

cien

tista

s. Um

des

afio

é fil

trar

apel

os de

mar

ketin

g ver

de e

sabe

r com

o lid

ar co

m p

olêm

icas s

obre

os re

ais

bene

fício

s dos

pro

duto

s dito

s “su

sten

táve

is”.

“É p

reci

so fa

zer d

iligê

ncia

s pa

ra c

ompr

ovar

o q

ue e

stá

escr

ito n

os

rótu

los?

”, pe

rgun

ta R

ejan

e, pr

eocu

pada

em

não

com

prar

gat

o po

r leb

re.

Para

dar

supo

rte

às co

mpr

as p

úblic

as, c

ogita

-se,

por e

xem

plo,

a cr

iaçã

o de

um

a ins

titui

ção

nacio

nal v

erifi

cado

ra d

os p

rodu

tos o

u a c

riaçã

o de

um

pr

ogra

ma

nacio

nal d

e ce

rtifi

caçã

o. En

quan

to is

so n

ão a

cont

ece,

a sa

ída

tem

sido

bus

car b

iblio

grafi

a e co

nsul

tar e

spec

ialis

tas a

qui e

acol

á. A

ENSP

, po

r exe

mpl

o, cr

iou

em 2

012

uma

com

issão

inte

rna

de g

estã

o am

bien

tal,

dest

inad

a a

defin

ir m

etas

e a

valia

r prá

ticas

, inclu

indo

com

pras

. Há

dúvi

-da

s, po

r exe

mpl

o, qu

anto

aos p

rodu

tos b

iode

grad

ávei

s. Re

jane

que

stio

na:

“Des

cart

amos

junt

amen

te co

m os

resíd

uos o

rgân

icos o

s pap

éis e

plá

stico

s qu

e vã

o se

dec

ompo

r na

natu

reza

?”

Segu

ranç

a ju

rídica

e ó

rgão

s de

cont

role

A le

gisla

ção

bras

ileira

já tr

az d

iver

sos e

lem

ento

s e c

ritér

ios p

ara

as

com

pras

púb

licas

sust

entá

veis.

Mas

falta

açã

o in

divi

dual

e in

stitu

ciona

l, cu

mpr

imen

to d

a leg

islaç

ão e

mai

or fi

scal

izaçã

o e p

osici

onam

ento

dos

ór-

gãos

de c

ontro

le. V

istos

no p

assa

do co

mo a

lgoz

es, e

les h

oje s

e int

egra

m ao

pr

oces

so d

e mud

ança

s. To

rnam

-se a

liado

s de q

uem

enxe

rga a

lém

do m

uro

e arri

sca a

opçã

o pel

a sus

tent

abili

dade

, ago

ra le

galm

ente

refo

rçad

a com

o cr

itério

de co

mpr

a tão

ou m

ais i

mpo

rtan

te qu

e a es

colh

a bas

eada

som

ente

no

men

or p

reço

. “As l

icita

ções

sust

entá

veis

têm

am

paro

cons

tituc

iona

l e

lega

l e co

ncre

tizam

alg

uns d

os p

rece

itos e

stab

elec

idos

em d

eter

min

adas

5352

leis

ordi

nária

s”, d

iz Ra

fael

Torre

s, se

cret

ário

de c

ontro

le ex

tern

o do T

ribun

al

de C

onta

s da

Uniã

o (T

CU). H

á ai

nda

disp

ositi

vos,

com

o o

Regi

me D

ifere

n-cia

do d

e Co

ntra

taçõ

es P

úblic

as, c

om re

gras

que

per

mite

m a

ado

ção

de

crité

rios s

uste

ntáv

eis,

por e

xem

plo,

nas l

icita

ções

das o

bras

para

a Co

pa da

s Co

nfed

eraç

ões d

e 20

13, a

Cop

a do

Mun

do d

e 20

14 e

os J

ogos

Olím

pico

s e

Para

olím

pico

s de 2

016.

“Ant

es h

avia

mui

tas d

úvid

as, m

as as

nov

as n

orm

as

perm

itira

m m

aior

clar

eza

sob

o as

pect

o ju

rídico

”, exp

lica

o se

cret

ário

.Qu

em q

uest

iona

va p

reço

, hoj

e cob

ra a

ções

de s

uste

ntab

ilida

de. O

s re-

lató

rios d

e aud

itoria

do T

CU já

requ

isita

m p

rátic

as d

a lici

taçã

o sus

tent

ável

, te

orica

men

te ob

jeto

de co

bran

ças e

puni

ções

em ca

so de

não

cum

prim

ento

. Em

sínt

ese:

ao co

ntrá

rio d

e qu

ando

solu

ções

“ver

des”

era

m d

espr

ezad

as

com

o al

go su

pérfl

uo o

u so

nho

de e

colo

gist

as, c

aro

e de

bai

xa q

ualid

ade,

hoje

em d

ia ta

l com

port

amen

to p

ode s

er m

otivo

de e

ncre

nca e

dor

de c

a-be

ça p

ara

os g

esto

res p

úblic

os d

esav

isado

s. O

cam

inho

, nin

guém

duv

ida,

é lon

go e

tort

uoso

. Tem

com

o es

traté

gia i

nicia

l, seg

undo

Torre

s, or

ient

ar e

indu

zir co

mpo

rtam

ento

, mai

s que

pun

ir. “O

ass

unto

é n

ovo

e co

mpl

exo”

, ar

gum

enta

o se

cret

ário

.Pe

squi

sa re

aliza

da em

2011

pelo

TCU

junt

o a 79

órgã

os da

adm

inist

raçã

o fe

dera

l rev

elou

que 7

3% n

ão re

aliza

m lic

itaçõ

es co

m cr

itério

s sus

tent

ávei

s14.

Com

o des

dobr

amen

to, fo

i apr

ovad

o o A

córd

ão 1.7

52/2

011 c

om a

reco

men

da-

ção

para

o cu

mpr

imen

to d

a Ins

truç

ão N

orm

ativa

da S

LTI/M

POG

n. 1/

2010

. Há

prev

isão d

e mon

itora

men

to pa

ra av

alia

ção d

as m

edid

as to

mad

as. “S

em

cobr

ança

s, o g

esto

r púb

lico v

ê a q

uest

ão co

mo u

ma o

brig

ação

a m

ais p

ara

a qu

al n

ão h

á re

com

pens

a”, la

men

ta To

rre, le

mbr

ando

que

os a

vanç

os

acon

tece

m “m

ais p

or in

iciat

ivas p

esso

ais d

o qu

e in

stitu

ciona

is”.

Não

bast

a um

inst

rum

ento

nor

mat

ivo p

ara

a lic

itaçã

o su

sten

táve

l de

estra

das,

aero

port

os o

u ou

tras o

bras

de

infra

estr

utur

a; pa

ra a

com

pra

de

mat

eria

is de

esc

ritór

io e

veí

culo

s ou

cont

raçã

o de

serv

iços d

e lim

peza

, ja

rdin

agem

ou

segu

ranç

a. É

pape

l do

pode

r púb

lico

dar o

exe

mpl

o e

to-

mar

med

idas

par

a o

uso

ambi

enta

lmen

te co

rreto

do

que

adqu

ire co

m o

di

nhei

ro d

os im

post

os ar

reca

dado

s. Ne

sse c

enár

io, d

os co

pos d

e caf

ezin

ho

aos p

apéi

s dos

doc

umen

tos q

ue m

ovem

a m

áqui

na p

úblic

a, há

um

gra

nde

espa

ço p

ara g

anho

s em

qua

lidad

e e efi

ciênc

ia. O

assu

nto

preo

cupa

o TC

U.

Para

Torre

s é b

aixo

o n

ível d

e ad

esão

aos

pro

gram

as A

gend

a Am

bien

tal

da A

dmin

istra

ção

Públ

ica (A

3P) e

Esp

lana

da S

uste

ntáv

el, c

riado

em

2009

pa

ra p

rom

over

eco

nom

ia d

e ág

ua, e

ficiê

ncia

ene

rgét

ica e

out

ras a

ções

am

bien

tais

nos e

difíc

ios o

nde

func

iona

m o

s min

istér

ios.

“Pra

ticam

ente

exi

stem

no

pape

l”, a

firm

a o

secr

etár

io, a

o re

ssal

tar q

ue já

tem

or

em se

gas

tar m

enos

com

águ

a e

ener

gia,

por e

xem

plo,

e te

r o o

rçam

ento

pa

ra o

ano

seg

uint

e re

duzi

do. “

Reco

men

dam

os a

o M

POG

a cr

iaçã

o de

um

mec

anism

o qu

e rev

erta

a ec

onom

ia em

ben

efíci

o pa

ra o

s órg

ãos”

, diz

Torre

s. Al

ém d

isso,

foi s

olici

tado

ao

Min

istér

io P

úblic

o um

pla

no d

e aç

ão

para

orie

ntar

e in

cent

ivar t

odos

os ó

rgão

s fed

erai

s a a

dota

rem

med

idas

pa

ra au

men

to da

sust

enta

bilid

ade e

eficiê

ncia

no u

so de

recu

rsos

nat

urai

s.“A

pós a

nor

ma d

o MPO

G so

bre l

icita

ção s

uste

ntáv

el ac

háva

mos

que

as

quei

xas p

or p

arte

de

licita

ntes

insa

tisfe

itos i

ria a

umen

tar, m

as is

so n

ão

ocor

reu”

, rev

ela

Fern

ando

Mag

alhã

es, r

espo

nsáv

el p

ela

área

am

bien

tal

cria

da h

á sei

s ano

s no T

CU. Is

so po

de te

r dua

s exp

licaç

ões:

ou o

mer

cado

sinai

s de e

star

enga

jado

com

as m

udan

ças o

u o g

over

no n

ão es

tá fa

zend

o co

mpr

as a

parti

r des

ses n

ovos

crité

rios. “

Depo

is da

audi

toria

, det

erm

inam

os

que t

odos

os ór

gãos

públ

icos i

nclu

am an

exo a

mbi

enta

l em

suas

pres

taçõ

es

de co

ntas

anua

is, n

os re

lató

rios d

e ges

tão”

, info

rma M

agal

hães

. Ele

conc

lui:

“est

amos

viv

encia

ndo

um g

rand

e ap

rend

izado

, poi

s nes

se c

ampo

falta

hi

stór

ico so

bre

cust

os p

ara

com

para

ção

com

os b

enef

ícios

”. No

cam

inho

qu

e se

inici

a, sã

o ne

cess

ário

s mat

eria

is de

refe

rênc

ia in

édito

s no

serv

iço

públ

ico, c

omo

catá

logo

s de p

rodu

tos e

man

uais

de co

mpr

as su

sten

táve

is.

“O p

onto

ótim

o é

a in

ters

ecçã

o en

tre p

reço

, com

petit

ivid

ade,

viab

ilida

de

e im

pact

o am

bien

tal”,

anal

isa o

audi

tor f

eder

al C

arlo

s Edu

ardo

Lust

osa d

a Co

sta,

do TC

U. E

le re

com

enda

: “é

impo

rtan

te ju

stifi

car b

em o

s crit

ério

s e

adot

ar p

arâm

etro

s obj

etivo

s, de

ntro

de n

orm

as té

cnica

s, pa

ra n

ão in

duzir

qu

alqu

er ti

po d

e di

recio

nam

ento

no

proc

esso

de

com

pra”

.Em

201

1, po

r exe

mpl

o, o

Inst

ituto

Chi

co M

ende

s de

Cons

erva

ção

da

Biod

iver

sidad

e (IC

Mbi

o) te

ve p

robl

emas

na

licita

ção

para

a co

ntra

taçã

o de

serv

iços g

ráfic

os a

o ex

igir

que

só e

mpr

esas

com

pro

gram

a in

tern

o de

5554

cole

ta se

letiv

a de

pap

el p

oder

iam

se h

abili

tar. A

inst

ruçã

o no

rmat

iva d

o M

POG

Nº 1/

2010

só p

erm

ite u

ma

com

prov

ação

ass

im n

os tr

ês p

rimei

ros

mes

es d

e exe

cuçã

o do

cont

rato

, não

com

o co

ndiçã

o pr

évia

de h

abili

taçã

o, o

que p

oder

ia p

reju

dica

r a a

mpl

a co

ncor

rênc

ia. N

a se

nten

ça so

bre o

caso

, o

TCU

regi

stra

: “Va

le re

ssal

tar a

impo

rtân

cia d

a in

clusã

o da

variá

vel s

us-

tent

abili

dade

nos

pro

cedi

men

tos l

icita

tório

s, te

ndo

em v

ista

o vo

lum

e qu

e rep

rese

ntam

tais

aqui

siçõe

s e co

nseq

uent

emen

te o

pote

ncia

l (...)

par

a im

pulsi

onar

a po

lítica

de s

uste

ntab

ilida

de. P

or is

so, c

onsid

era-

se lo

uváv

el a

inici

ativa

do IC

MBi

o em

adot

ar ta

is cr

itério

s nos

pro

cedi

men

tos l

icita

tório

s re

aliza

dos p

ela a

utar

quia

. Ent

reta

nto,

(...) é

pre

ciso

ter c

aute

la ao

estip

ular

es

se ti

po d

e ex

igên

cia (.

..) pa

ra q

ue a

mes

ma

não

se m

ostre

inco

mpa

tível

co

m o

obj

eto

licita

do e

com

o m

omen

to e

m q

ue e

stão

send

o fe

itas”

. Co

mo

se tr

ata d

e alg

o in

ovad

or, q

ue m

exe c

om a

cultu

ra d

o se

rviço

pú-

blico

e co

m in

tere

sses

econ

ômico

s por

par

te d

os fo

rnec

edor

es, c

erca

r-se d

e to

dos o

s cui

dado

s nor

mat

ivos c

om ac

onse

lham

ento

juríd

ico es

pecia

lizad

o é u

ma e

stra

tégi

a con

tra ev

entu

ais a

trope

los q

ue p

odem

trav

ar o

pro

cess

o de

mud

ança

s log

o no

seu

iníci

o. Na

cons

truç

ão d

este

alic

erce

, o C

onse

lho

Supe

rior d

a Ju

stiç

a do

Trab

alho

, em

Bra

sília

, por

exe

mpl

o, co

nclu

iu e

m

2012

o d

esen

volv

imen

to d

e um

gui

a pa

ra a

s con

trata

ções

da

Just

iça d

o Tr

abal

ho15 , c

om m

etas

par

a a

adoç

ão d

as p

rátic

as. “F

oi u

m tr

abal

ho lo

ngo

e cr

iterio

so q

ue e

nvol

veu

repr

esen

tant

es d

e to

dos o

s 24

trib

unai

s reg

io-

nais,

sens

ibili

zado

s por

ativ

idad

es re

unin

do o

s prin

cipai

s órg

ãos f

eder

ais

de co

ntro

le”, c

onta

Ana

Mar

ia B

orge

s, co

orde

nado

ra d

e re

spon

sabi

lidad

e so

cioam

bien

tal. O

grup

o par

tiu pr

atica

men

te do

zero

e su

pero

u re

sistê

ncia

s, to

man

do co

mo

base

pub

licaç

ões d

a AG

U e

do IC

LEI e

FGV16

.Do

sabã

o em

pó l

ivre

de f

osfa

to à

mad

eira

só ad

quiri

da m

edia

nte o

do-

cum

ento

de c

ontro

le so

bre s

ua o

rigem

lega

l, o tr

abal

ho d

etal

hou

crité

rios

para

os d

ifere

ntes

serv

iços e

pro

duto

s mai

s con

sum

idos

. “É

um g

uia

que

esta

rá co

ntin

uam

ente

em

cons

truç

ão, a

o rit

mo

dos n

ovos

est

udos

sobr

e im

pact

o am

bien

tal e

das

nov

idad

es q

ue ch

egam

ao

mer

cado

”, pre

vê A

na

Borg

es, q

ue em

preg

a no e

sfor

ço de

com

pras

o po

tenc

ial c

riativ

o her

dado

da

sua f

orm

ação

em ar

tes c

ênica

s. A

prio

ridad

e é pa

ra op

ções

com

emba

lage

ns

recic

láve

is e

alim

ento

s org

ânico

s – in

clusiv

e o

indi

spen

sáve

l caf

ezin

ho,

que p

assa

a se

r con

sum

ido

em co

pos f

abric

ados

com

mat

eria

is de

font

es

reno

váve

is ou

men

os a

gres

sivos

ao

ambi

ente

qua

ndo

desc

arta

dos.

Obra

s só

pode

rão

ser c

ontra

tada

s jun

to a

cons

trut

oras

que

ade

riram

ao

Com

prom

isso

Nac

iona

l par

a Ap

erfe

içoar

as C

ondi

ções

de

Trab

alho

17,

lanç

ado

pelo

gov

erno

fede

ral e

m p

arce

ria c

om c

entr

ais

sind

icai

s. N

as

cons

truç

ões o

u re

form

as, o

s pré

dios

dev

em te

r pre

fere

ncia

lmen

te ve

nti-

laçã

o na

tura

l, fac

hada

de

cor c

lara

par

a se

redu

zir a

incid

ência

de

calo

r e

piso

s im

perm

eáve

is no

luga

r de c

arpe

tes,

entre

out

ros p

onto

s. Os

jard

ins

só p

oder

ão se

r irri

gado

s por

sist

emas

que

eco

nom

izam

águ

a. “S

ão it

ens

mai

s car

os q

ue o

s tra

dicio

nais,

mas

a te

ndên

cia é

de

bara

tear

qua

ndo

se

torn

arem

mai

s ace

ssív

eis”

, afir

ma A

na B

orge

s, ar

gum

enta

ndo

que o

mai

s ba

rato

hoj

e pod

e ser

mui

to m

ais c

aro n

o fut

uro,

quan

do se

cont

abili

zare

m

os im

pact

os. U

ma

aval

iaçã

o do

cust

o de

todo

o ci

clo d

e vi

da d

o pr

odut

o ou

serv

iço (v

eja

mai

s na

pág.

96)

, inclu

indo

os c

usto

s de

man

uten

ção

e de

scar

te, p

ode

evid

enci

ar q

ue a

com

pra

sust

entá

vel é

mai

s ba

rata

do

que

a co

mpr

a se

m a

trib

utos

de

sust

enta

bilid

ade.

Boa

part

e do

des

afio

está

ago

ra n

a m

ão d

os se

rvid

ores

resp

onsá

veis

pela

esp

ecifi

caçã

o do

s pr

odut

os e

serv

iços n

as li

citaç

ões.

Ela

cita

o en

sinam

ento

de B

uda:

“Tud

o qu

e so

mos

surg

e co

m n

osso

s pen

sam

ento

s. Co

m n

osso

s pen

sam

ento

s, fa

zem

os o

nos

so m

undo

”.

Inici

ativa

s se

mul

tiplic

am lo

calm

ente

No âm

bito

esta

dual

e m

unici

pal, o

ente

ndim

ento

favo

ráve

l à in

clusã

o de

crité

rios d

e sus

tent

abili

dade

nas

licita

ções

tam

bém

vem

send

o obs

erva

do,

cont

ribui

ndo

para

a m

udan

ça d

e pa

radi

gma

nos ó

rgão

s de

cont

role

. No

Esta

do de

São P

aulo

, o Tr

ibun

al Pl

eno d

o Trib

unal

de C

onta

s já s

e pro

nunc

iou

a res

peito

da e

xigê

ncia

de s

elo F

SC co

mo c

ondi

ção d

a exe

cuçã

o con

tratu

al

em li

citaç

ão d

e m

ater

ial e

scol

ar: “

trata

-se

de ce

rtifi

caçã

o am

bien

tal p

or

orga

nism

o in

tern

acio

nalm

ente

reco

nhec

ido,

com

o o

bjet

ivo d

e at

esta

r a

orig

em le

gal d

a m

adei

ra.

5756

Reso

luçã

o CO

NAM

A nº

307

/200

2 -

esta

bele

ce c

ritér

ios

e pr

oced

imen

tos

para

ges

tão

de re

sídu

os n

a co

nstr

ução

civ

il

Decr

eto

nº 5

.940

de

25/1

0/20

06 -

dis

cipl

ina

a se

para

ção

e a

dest

inaç

ão d

os re

sídu

os re

cicl

ávei

s de

scar

tado

s pe

los

órgã

os e

ent

idad

es d

a Ad

min

istr

ação

Púb

lica

Fede

ral d

ireta

e in

dire

ta n

a fo

nte

gera

dora

Port

aria

do

MM

A nº

61/

2008

- e

stab

elec

e pr

átic

as d

e su

sten

tabi

lidad

e am

bien

tal q

uand

o da

s co

mpr

as p

úblic

as s

uste

ntáv

eis

Port

aria

do

MM

A nº

43/

2009

- p

roíb

e o

uso

do a

mia

nto

em o

bras

púb

licas

e v

eícu

los

de t

odos

os ó

rgão

s vi

ncul

ados

à A

dmin

istr

ação

Púb

lica

Decr

eto

nº 7

.174

de

12/0

5/20

10 –

regu

lam

enta

a c

ontr

ataç

ão d

e be

ns e

ser

viço

s de

info

rmát

ica

e au

tom

ação

Port

aria

do

MPO

G -

SLT

I/MP

nº 0

2/20

10 –

regu

lam

enta

a c

ompr

a de

tec

nolo

gia

da in

form

ação

co

m c

ritér

ios

ambi

enta

is d

e su

sten

tabi

lidad

e

Mos

aico d

e nor

mas

NO

RMAS

DIR

ETAM

ENTE

VIN

CULA

DAS

ÀS C

ON

TRAT

AÇÕ

ES P

ÚBLI

CAS

NO

RMAS

REF

LEXA

MEN

TE V

INCU

LADA

S ÀS

CO

NTR

ATAÇ

ÕES

PÚB

LICA

S

Abr

angê

ncia

: órg

ãos

da a

dmin

istr

ação

fede

ral

NO

RMAS

GER

AIS

Decr

eto

nº 4

.131

de

14/0

2/20

02 -

DO

U d

e 15

/2/2

002

- di

spõe

sob

re m

edid

as e

mer

genc

iais

de

redu

ção

do c

onsu

mo

de e

nerg

ia e

létr

ica

Inst

ruçã

o N

orm

ativ

a nº

1 d

e 19

/01/

2010

- d

ispõ

e so

bre

os c

ritér

ios

de s

uste

ntab

ilida

de a

mbi

enta

l na

aqu

isiç

ão d

e be

ns, c

ontr

ataç

ão d

e se

rviç

os o

u ob

ras

pela

Adm

inis

traç

ão P

úblic

a Fe

dera

l dire

ta,

autá

rqui

ca e

fund

acio

nal e

outr

as p

rovi

dênc

ias

Decr

eto

nº 7

.746

de

05/0

6/20

12 –

regu

lam

enta

o a

rtig

o 3º

da

Lei 8

.666

/93,

agr

egan

do c

omo

obje

tivo

da L

ei d

e Li

cita

ções

e C

ontr

atos

, o d

esen

volv

imen

to n

acio

nal s

uste

ntáv

el

ESPE

CÍFI

CAS

Reso

luçã

o CO

NAM

A nº

20/

1994

- d

ispõ

e so

bre

a in

stitu

ição

do

Selo

Ruí

do d

e us

o ob

rigat

ório

par

a ap

arel

hos

elet

rodo

més

ticos

que

ger

am ru

ído

no s

eu fu

ncio

nam

ento

Decr

eto

nº 2

.783

, de

17/0

9/19

98 -

dis

põe

sobr

e pr

oibi

ção

de a

quis

ição

de

prod

utos

ou

equi

pam

ento

s qu

e co

nten

ham

ou

faça

m u

so d

e su

bstâ

ncia

s qu

e de

stro

em a

cam

ada

de o

zôni

o pe

los

órgã

os e

ent

idad

es d

a Ad

min

istr

ação

Púb

lica

Fede

ral d

ireta

, aut

árqu

ica

e fu

ndac

iona

l

Abr

angê

ncia

: nac

iona

l

Lei n

º 6.9

38 d

e 31

/08/

1981

- P

olíti

ca N

acio

nal d

o M

eio

Ambi

ente

Lei n

º 8.1

12 d

e 11

/12/

1990

– L

ei d

o Re

gim

e Ju

rídic

o do

s Se

rvid

ores

Púb

licos

– d

ispõ

e, e

ntre

out

ros,

sobr

e a

obrig

ator

ieda

de d

o se

rvid

or p

úblic

o, e

m s

ua a

tuaç

ão, d

e pr

oteg

er o

mei

o am

bien

te

Lei n

º 9.6

05 d

e 12

/02/

1998

- L

ei d

e Cr

imes

Am

bien

tais

Lei n

º 10.

295

de 1

7/10

/200

1 -

Lei d

a Efi

ciê

ncia

Ene

rgét

ica

- di

spõe

sob

re a

Pol

ítica

Nac

iona

l de

Cons

erva

ção

e U

so R

acio

nal d

a En

ergi

a

Decr

eto

nº 5

.504

de

05/0

8/20

05 -

tor

na o

brig

atór

io o

uso

do

preg

ão p

refe

renc

ialm

ente

na

form

a el

etrô

nica

Lei C

ompl

emen

tar n

º 123

de

14/1

2/20

06 -

Est

atut

o N

acio

nal d

a M

icro

empr

esa

e da

Em

pres

a de

Pe

quen

o Po

rte,

regu

lam

enta

da p

elo

Decr

eto

nº 6

.204

de

05/0

9/20

07, q

ue d

á tr

atam

ento

favo

reci

do,

dife

renc

iado

e s

impl

ifi ca

do p

ara

as m

icro

e p

eque

nas

empr

esas

nas

con

trat

açõe

s pú

blic

as

Lei n

º 12.

187

de 2

9/12

/200

9 -

Polít

ica

Nac

iona

l sob

re M

udan

ça d

o Cl

ima,

regu

lam

enta

da p

elo

Decr

eto

nº 7

.390

de

2010

Lei n

º 12.

305

de 0

2/08

/201

0 –

Polít

ica

Nac

iona

l de

Resí

duos

Sól

idos

, reg

ulam

enta

da p

elo

Decr

eto

7.40

4 de

23/

12/2

010

Lei n

º 12.

527

de 1

8/11

/201

1 -

Lei d

e Ac

esso

à In

form

ação

, reg

ulam

enta

da p

elo

Decr

eto

nº 7

.724

de

16/0

5/20

12

Abr

angê

ncia

: nac

iona

l

Cons

titui

ção

Fede

ral d

e 19

88

Art.

37 –

prin

cípi

os q

ue re

gem

a a

dmin

istr

ação

púb

lica

Art.

70 –

prin

cípi

o da

eco

nom

icid

ade

Art.

170

– pr

incí

pios

ger

ais

da a

tivid

ade

econ

ômic

a, II

, IV

e VI

Art.

173

– re

gula

a e

xplo

raçã

o di

reta

de

ativ

idad

e ec

onôm

ica

pelo

Est

ado

Art.

174

– pr

incí

pios

ger

ais

do E

stad

o co

mo

regu

lado

r eco

nôm

ico

Art.

225

– no

rmas

de

prot

eção

ao

mei

o am

bien

te e

prin

cípi

o do

des

envo

lvim

ento

sus

tent

ável

Lei n

° 8.

666

de 2

1/06

/199

3 –

Lei d

e Li

cita

ções

e C

ontr

atos

Lei n

º 9.6

05 d

e 05

/10/

1998

- L

ei d

e Cr

imes

Am

bien

tais

Lei n

° 10

.257

de

10/0

7/20

01 –

Est

atut

o da

Cid

ade

- re

gula

men

ta o

s ar

tigos

182

e 1

83 d

a Co

nstit

uiçã

o Fe

dera

l e e

stab

elec

e di

retr

izes

ger

ais

da p

olíti

ca u

rban

a

Lei n

º 12.

349

de 1

5/12

/201

0 -

alte

ra o

art

igo

3º d

a Le

i nº 8

.666

/93,

intr

oduz

indo

o

dese

nvol

vim

ento

nac

iona

l sus

tent

ável

com

o ob

jetiv

o da

s co

ntra

taçõ

es p

úblic

as

Lei n

º 12.

462

de 0

4/08

/201

1 -

inst

itui o

Reg

ime

Dife

renc

iado

de

Cont

rata

ções

, den

tre

outr

as

disp

osiç

ões

5958

Port

anto

, não

se h

á de

recr

imin

ar, n

esta

eta

pa d

o ce

rtam

e, a

louv

ável

pr

eocu

paçã

o po

r par

te d

a Adm

inist

raçã

o co

m a

pres

erva

ção

do m

eio

am-

bien

te” e

enfa

tiza,

aind

a, o c

arát

er ed

ucat

ivo da

med

ida,

que “

cont

ribui

para

co

nscie

ntiza

r os a

luno

s a re

spei

to d

a ad

oção

de

prát

icas s

uste

ntáv

eis”

18.

A bu

sca p

or so

luçõ

es e

estra

tégi

as pa

ra u

m de

senv

olvim

ento

sust

entá

vel

é um

nov

o pap

el pa

ra o

pode

r púb

lico.

Há qu

em pl

anej

e faz

er co

ncur

so pa

ra

torn

ar-s

e ser

vidor

públ

ico m

irand

o ben

efíci

os à

cole

tivid

ade –

o qu

e im

plica

o no

imed

iatis

mo

da g

estã

o po

lítico

-par

tidár

ia, m

as n

o co

mpr

omet

i-m

ento

e n

a vi

são

abra

ngen

te d

e lo

ngo

praz

o, in

tegr

ador

a e

estr

utur

ante

. Fo

i o d

espe

rtar

des

sa co

nsciê

ncia

que

mot

ivou,

no

Rio

de Ja

neiro

, um

a in

iciat

iva in

édita

: o p

regã

o el

etrô

nico

par

a co

mpr

a su

sten

táve

l, com

part

i-lh

ada

entre

dife

rent

es ó

rgão

s da

adm

inist

raçã

o fe

dera

l com

o es

traté

gia

para

gan

hos d

e es

cala

. “Jun

tar f

orça

s far

ia to

da a

dife

renç

a pa

ra a

lcan-

çarm

os p

reço

s com

patív

eis e

gar

antia

no

forn

ecim

ento

”, jus

tifica

Ren

ato

Cade

r, ger

ente

-exe

cutiv

o da A

gênc

ia N

acio

nal d

o Cin

ema.

Em 20

11, q

uand

o re

spon

sáve

l pel

o se

tor d

e co

mpr

as d

o Ja

rdim

Bot

ânico

do

Rio

de Ja

neiro

, el

e m

otivo

u a

equi

pe in

tern

a e

artic

ulou

dem

ais ó

rgão

s fed

erai

s a ve

ncer

re

sistê

ncia

s cul

tura

is e j

uríd

icas p

ara a

prim

eira

com

pra c

onju

nta d

e cin

co

itens

com

atr

ibut

os d

e su

sten

tabi

lidad

e. Pa

rtici

para

m d

ez in

stitu

ições

19.

Com

o res

ulta

do, a

aqui

sição

em m

aior

esca

la p

ropo

rcio

nou

uma e

cono

mia

m

édia

de 50

% em

rela

ção a

os pr

eços

de m

erca

do. “É

um

cam

inho

sem

volta

”, ar

rem

ata

Cade

r, um

dos

idea

lizad

ores

do

Fóru

m d

e Lid

eran

ças E

xecu

tivas

de

Órg

ãos P

úblic

os Fe

dera

is no

Rio

de

Jane

iro, o

Ges

Rio.

“Com

prar

pro

duto

s inc

luin

do d

ifere

ncia

is de

mer

cado

que

os to

rnav

am

mai

s car

os fo

i um

a ang

ústia

logo

diss

ipad

a”, c

ompl

eta.

O ce

nário

, ress

alva

Ca

der, s

e in

vert

eu: “

a qu

estã

o ag

ora

é lid

ar co

m o

risc

o de

os f

abric

ante

s nã

o da

rem

cont

a do

cons

umo

gove

rnam

enta

l”. O

segu

ndo

preg

ão co

m-

part

ilhad

o, re

aliza

do em

2012

, con

tou

com

qua

se 50

iten

s de a

lmox

arifa

do

com

atrib

utos

de s

uste

ntab

ilida

de e

o tr

iplo

dos

órg

ãos p

úblic

os q

ue p

ar-

ticip

aram

do p

rimei

ro, s

igni

fican

do m

aior

pod

er d

e com

pra c

om ec

onom

ia

de R

$ 72

3.263

,78. “

O ap

erto

nos

crité

rios d

e qu

alid

ade

dire

ciona

a v

enda

pa

ra e

mpr

esas

de

mai

or re

puta

ção

no m

erca

do, o

que

redu

z risc

os co

mo

a en

treg

a de

pro

duto

s for

a da

s esp

ecifi

caçõ

es”,

expl

ica

Jorg

e Pe

çanh

a, da

Fio

cruz

, coo

rden

ador

do

últim

o pr

egão

. A p

artir

da

inic

iativ

a, no

vas

dem

anda

s sur

gira

m p

ara

a to

mad

a de

dec

isão,

com

o a

nece

ssid

ade d

e se

cara

cter

izar g

raus

de s

uste

ntab

ilida

de p

ara

os p

rodu

tos m

ais c

ompr

ados

pe

lo p

oder

púb

lico.

A qu

estã

o, al

iás,

está

em es

tudo

pel

o Ins

titut

o Nac

iona

l de

Met

rolo

gia,

Qual

idad

e e T

ecno

logi

a, o

Inm

etro

.O

que

é m

ais v

anta

joso

par

a o

ambi

ente

? O q

ue p

rom

ove

mel

hor u

so

com

men

os d

espe

rdíci

o? P

apel

com

um o

u re

cicla

do? P

lást

ico b

iode

gra-

dáve

l? M

adei

ra n

ativa

ou

de e

ucal

ipto

? Ou

o in

dica

do se

ria su

bstit

uir o

s pr

odut

os m

adei

reiro

s por

met

ais e

plá

stico

s? D

espo

nta

um n

ovo

perfi

l de

ges

tor p

úblic

o, an

tena

do à

s que

stõe

s am

bien

tais

e so

ciais,

per

cebe

n-do

suas

cone

xões

com

o b

em-e

star

, o d

esen

volv

imen

to e

conô

mico

e a

ge

raçã

o su

sten

táve

l de

rique

zas.

É um

típi

co p

rofis

siona

l mul

ticul

tura

l e

artic

ulad

or, q

ue b

usca

o su

port

e do

conh

ecim

ento

técn

ico e

m á

reas

a

prin

cípio

estra

nhas

à ad

min

istra

ção

públ

ica, c

omo

a Bio

logi

a e a

Quím

ica,

a Ps

icolo

gia

e as

Ciê

ncia

s Soc

iais,

o d

esig

n de

em

bala

gens

, a lo

gíst

ica d

e tra

nspo

rtes

e a

efic

iênc

ia e

nerg

ética

, ent

re m

uito

s out

ros e

xem

plos

. Na

cont

ribui

ção

dos

serv

idor

es p

ara

um m

undo

mai

s ju

sto

e su

sten

táve

l, ab

rem

-se h

orizo

ntes

, pos

sibili

dade

s com

o as q

ue se

apre

sent

am em

curs

os

de ca

pacit

ação

pro

mov

idos

no

país

para

que

nov

os h

ábito

s de

cons

umo

dos g

over

nos s

e to

rnem

real

idad

e e

se d

issem

inem

. Mas

ain

da h

á m

uito

a

ser f

eito

e d

issem

inad

o. “É

um

tem

a em

erge

nte

que

desp

erta

gra

nde

inte

ress

e”, a

test

a Tâ

nia

Tava

res,

da F

unda

ção

do D

esen

volv

imen

to A

dmin

istra

tivo

(Fun

dap)

. A

inst

ituiçã

o, pe

rten

cent

e ao

gov

erno

est

adua

l de

São

Paul

o, fo

i pio

neira

na

cria

ção

de u

m cu

rso

de lic

itaçã

o su

sten

táve

l20, m

edia

do a

dist

ância

via

inte

rnet

, hoj

e mod

elo

no p

aís.

Da id

entifi

caçã

o de

pro

duto

s sus

tent

ávei

s às

leis

e nor

mas

que

regu

lam

enta

m as

licita

ções

, o co

nteú

do p

rogr

amát

ico

– el

abor

ado

por e

spec

ialis

tas –

cont

extu

aliza

o te

ma

de m

anei

ra cr

iativ

a e

fácil

de

apre

nder

, ten

do a

inte

rativ

idad

e co

mo

uma

das p

rincip

ais c

a-ra

cter

ística

s. O

siste

ma

func

iona

igua

l a u

ma

com

unid

ade

virt

ual, m

as

com

med

iado

r téc

nico

, que

atu

a co

mo

um fa

cilita

dor d

e ap

rend

izage

m.

6160

A du

raçã

o pr

evist

a é

de d

ois m

eses

, com

um

a ho

ra d

e ac

esso

por

dia

. “É

uma

met

odol

ogia

flex

ível

sem

pre

em co

nstr

ução

, atr

avés

de

fóru

m d

e di

scus

são e

rede

cola

bora

tiva”

, exp

lica T

ânia

. Cria

da em

2009

, a fe

rram

enta

form

ou 2,

6 m

il ser

vido

res e

xclu

sivam

ente

do

gove

rno

do Es

tado

de S

ão

Paul

o, e a

par

tir d

e 201

2 est

á abe

rta p

ara g

esto

res p

úblic

os e

priva

dos d

as

dem

ais r

egiõ

es d

o pa

ís. “O

obj

etivo

é cr

iar c

ircun

stân

cias p

ara o

aum

ento

do

per

cent

ual d

e co

mpr

as su

sten

táve

is”, a

rgum

enta

Tâni

a.O

curs

o na

sceu

par

a se

nsib

iliza

r os g

esto

res e

dar

supo

rte à

dem

anda

po

r cap

acita

ção

após

o g

over

no e

stad

ual d

e Sã

o Pa

ulo

sair

na fr

ente

no

cená

rio n

acio

nal e

inst

ituir

uma

polít

ica

de c

ompr

as s

uste

ntáv

eis.

Em

2003

o m

undo

se vo

ltava

par

a a

tem

ática

com

a cr

iaçã

o da

Forç

a Ta

refa

de

Mar

rake

ch (l

eia

no ca

pítu

lo 1)

. O g

over

no p

aulis

ta in

tegr

ou-s

e ao

mo-

vim

ento

por

cont

a do

s pro

gram

as p

ara

redu

ção

de á

gua

e en

ergi

a e

do

Decr

eto

Esta

dual

50.17

0/20

05, q

ue es

tabe

lece

u cr

itério

s soc

ioam

bien

tais

nos c

atál

ogos

de co

mpr

a do g

over

no e

a cria

ção d

e um

selo

para

dife

renc

iar

prod

utos

e se

rviço

s com

ess

as ca

ract

eríst

icas –

uso

racio

nal d

e re

curs

os

hídr

icos,

min

imiza

ção d

e res

íduo

s, ec

onom

ia de

mat

éria

s-pr

imas

e re

duçã

o de

pol

uent

es, e

ntre

out

ros.

Os ex

empl

os d

e São

Paul

o e M

inas

Ger

ais

A av

alia

ção

do c

usto

tota

l no

long

o pr

azo,

e nã

o ex

clusiv

amen

te d

o pr

eço,

com

eçav

a a

ser o

lhad

a. N

o ra

stro

des

sa te

ndên

cia,

mai

s ta

rde

o De

cret

o Es

tadu

al 53

.336/

2008

inst

ituiu

o Pr

ogra

ma E

stad

ual d

e Con

trata

-çõ

es Pú

blica

s Sus

tent

ávei

s par

a cap

acita

r ges

tore

s e in

serir

os c

ritér

ios d

e su

sten

tabi

lidad

e no

s pro

cedi

men

tos d

e co

mpr

as e

cont

rata

ções

. A p

artir

da

inici

ativa

, os ó

rgão

s pau

lista

s est

avam

obrig

ados

a cr

iar c

omiss

ões p

ara

faze

r a le

i sai

r do

pape

l e re

port

ar a

s açõ

es a

travé

s de

rela

tório

s21.

“A ló

gica

da

com

petit

ivid

ade

na li

citaç

ão p

erm

anec

ia, p

orém

den

tro

de n

ovos

pad

rões

”, re

ssal

ta o

pro

cura

dor M

arce

lo S

odré

, pro

fess

or d

e Di

-re

ito A

mbi

enta

l da

PUC-

SP. “

O as

sunt

o in

com

odav

a e

o qu

e er

a pr

oibi

do

pass

ou a

ser u

m d

ever

”, co

mpl

eta

o ju

rista

, ref

erin

do-s

e à

cons

ider

ação

das q

uest

ões a

mbi

enta

is no

pro

cess

o lic

itató

rio. A

Pro

cura

doria

do

Mei

o Am

bien

te d

o Es

tado

cont

ribui

u no

supo

rte

juríd

ico e

na

form

ulaç

ão d

o de

cret

o co

m in

depe

ndên

cia d

a le

gisla

ção

fede

ral. “

Na e

tapa

segu

inte

, foi

mui

to d

ifícil

cria

r esp

ecifi

caçõ

es su

sten

táve

is de

cent

enas

de

itens

, com

su

sten

taçã

o m

erca

doló

gica

e a

linha

men

to co

m a

lei d

e lic

itaçõ

es”, c

onta

Va

léria

D´A

mico

, que

part

icipo

u at

ivam

ente

daqu

ele p

roce

sso i

nicia

l e h

oje

está

na

Corre

gedo

ria d

o Es

tado

de

São

Paul

o. “T

rata

-se d

e um

pod

er d

e com

pra b

asta

nte e

xpre

ssivo

, est

raté

gico

par

a in

fluen

ciar b

oas p

rátic

as n

o m

erca

do”, a

valia

Den

ize C

aval

cant

i, da

Secr

e-ta

ria d

e Es

tado

do

Mei

o Am

bien

te d

e Sã

o Pa

ulo

– ór

gão

resp

onsá

vel p

ela

elab

oraç

ão d

os cr

itério

s ins

erid

os n

o cat

álog

o de c

ompr

as d

e 124

mil i

tens

qu

e orie

ntam

os g

esto

res n

as lic

itaçõ

es. D

esse

tota

l de p

rodu

tos,

550

têm

o

selo

socio

ambi

enta

l est

adua

l22. S

egun

do D

enize

, qua

se 5%

dos

R$ 2

5 bi-

lhõe

s ref

eren

tes a

tudo

que

o g

over

no e

stad

ual c

ompr

ou e

cont

rato

u em

20

11 fo

ram

gas

tos c

om it

ens q

ue in

corp

oram

conc

eito

s soc

ioam

bien

tais.

De

sde

2009

, o a

umen

to d

essa

fatia

foi d

e 40

%. M

aior

ênf

ase

será

ago

ra

dada

para

os ve

ículo

s: “at

é o m

omen

to, b

asta

va se

r mov

ido a

bico

mbu

stíve

l ou

etan

ol p

ara o

carro

ter o

selo

indi

spen

sáve

l à co

mpr

a pel

o gov

erno

, mas

o

proj

eto

agor

a é ex

igir

a ade

são

da m

onta

dora

ao Pr

ogra

ma B

rasil

eiro

de

Etiq

ueta

gem

Vei

cula

r, que

mon

itora

os n

íveis

de p

olui

ção”

, rev

ela

Deni

ze,

lem

bran

do q

ue a

med

ida

terá

efe

ito m

ultip

licad

or n

o m

erca

do ju

nto

ao

cons

umid

or p

rivad

o. As

sim co

mo

ocor

reu

no n

ível e

stad

ual, a

capi

tal p

aulis

ta in

corp

orou

a

impl

anta

ção

de co

mpr

as su

sten

táve

is na

adm

inist

raçã

o pú

blica

a p

artir

de

2005

, qua

ndo

o as

sunt

o en

gatin

hava

no

país.

“Tud

o co

meç

ou q

uand

o em

seu

prim

eiro

ato

o e

ntão

secr

etár

io E

duar

do Jo

rge,

do V

erde

e M

eio

Ambi

ente

, diss

e que

não

assin

aria

nen

hum

desp

acho

em pa

pel b

ranc

o sem

qu

e a fo

lha e

stive

sse i

mpr

essa

nos

doi

s lad

os”, r

ecor

da-s

e Rica

rdo H

oene

n,

preg

oeiro

resp

onsá

vel p

elas

com

pras

sust

entá

veis

na S

ecre

taria

. “Fo

i um

ch

oque

de cu

ltura

”, com

plet

a. Lo

go su

rgira

m or

ient

açõe

s inu

sitad

as vi

ndas

de

cim

a: co

po d

esca

rtáv

el, p

or ex

empl

o, ap

enas

de p

apel

. Par

a dar

cont

a do

reca

do q

ue to

mav

a co

rpo

de le

i, foi

pre

ciso

cria

r nov

os có

digo

s den

tro d

o

6362

siste

ma d

e sup

rimen

to d

o mun

icípi

o, o q

ue si

gnifi

cou

um g

rand

e apr

endi

-za

do co

m ac

erto

s, er

ros e

situ

açõe

s im

prev

istas

que

apar

ecia

m p

elo c

ami-

nho.

Em u

m d

esse

s rev

ezes

, a p

refe

itura

em

itiu

“ata

de

regi

stro

de

preç

o”

info

rman

do tu

do o

que s

eria

cons

umid

o de c

ada m

ater

ial d

uran

te o

ano.

A in

tenç

ão d

a inf

orm

ação

pré

via e

ra ti

rar v

anta

gem

de p

reço

s com

o g

anho

de

esc

ala

e ga

rant

ia d

e fo

rnec

imen

to. “

Mas

pec

amos

na

espe

cifica

ção

e ac

abam

os co

mpr

ando

mat

eria

l de p

éssim

a qua

lidad

e”, re

conh

ece H

oene

n.O

tiro s

aiu

pela

cula

tra. M

unici

ou q

uem

resis

tia às

mud

ança

s. “O

pape

l re

cicla

do en

rosc

ava

e tra

vava

as i

mpr

esso

ras p

orqu

e não

espe

cifica

mos

o

perc

entu

al d

e ap

aras

pós

-con

sum

o qu

e o

mat

eria

l dev

eria

cont

er”, c

onta

o

gest

or. A

os p

ouco

s, à b

ase d

a ins

istên

cia, o

s pro

blem

as fo

ram

reso

lvid

os

e ho

je a

pre

feitu

ra co

mpr

a pa

pel r

ecicl

ado

de m

elho

r qua

lidad

e a

preç

os

infe

riore

s aos

do

conv

encio

nal. O

s ges

tore

s se

perg

unta

vam

: “com

o co

m-

prar

coisa

s que

não

exist

iam

no

mer

cado

?” Fa

brica

ntes

de c

opos

plá

stico

s de

sden

hava

m de

quem

vend

ia co

pos d

e pap

el, q

ue se

deco

mpõ

em ap

ós u

m

ano e

mei

o, no

caso

de c

onte

r par

afina

. Sem

ela,

a dem

ora p

ara d

esin

tegr

a-çã

o no

am

bien

te é

de

três m

eses

. Que

m d

iria

que

a sit

uaçã

o de

pre

stíg

io

se in

vert

eria

? Ao

long

o do

tem

po, o

s cop

os a

ltern

ativo

s pas

sara

m a

ser a

bo

la d

a vez

a pr

eços

com

petit

ivos.

Com

a de

man

da d

a pre

feitu

ra e

a mai

or

esca

la d

o m

erca

do “v

erde

”, o p

reço

méd

io d

os co

pos d

e pap

el ca

iu d

e R$ 1

8 pa

ra R

$ 7 p

or ce

m u

nida

des –

valo

r qua

se ig

ual a

o da v

ersã

o tra

dicio

nal d

e pl

ástic

o, em

torn

o de

R$ 5

, e q

ue p

ode

leva

r um

tem

po ce

nten

as d

e ve

zes

supe

rior p

ara

se d

ecom

por n

a na

ture

za.

“É tu

do u

ma

ques

tão

de cu

ltura

, edu

caçã

o, vo

ntad

e pol

ítica

e pe

rsist

ên-

cia”, d

iz Ho

enen

, lem

bran

do a

impo

rtân

cia d

o ef

eito

mul

tiplic

ador

. Com

o de

sdob

ram

ento

do qu

e já a

cont

ece n

a com

pra d

o alm

oxar

ifado

, um

decr

eto

mun

icipa

l obr

iga a

com

pra d

e cim

ento

, ped

ra e

arei

a pro

duzid

as a

parti

r de

lavr

as lic

encia

das p

ela

Cete

sb, a

agê

ncia

am

bien

tal d

o Es

tado

. Ban

cos,

brin

-qu

edos

e ou

tros i

tens

da es

trutu

ra do

s par

ques

e pr

aças

da ci

dade

deve

m te

r m

adei

ra de

orig

em co

mpr

ovad

amen

te le

gal23

– ex

traíd

a no B

rasil

e nã

o vin

da

de m

erca

dos a

siátic

os. E

m lu

gar d

os m

otoq

ueiro

s que

emite

m ga

ses d

e efe

ito

estu

fa, a

opçã

o par

a ent

rega

de pe

quen

os vo

lum

es é

por s

erviç

os de

bike

boys

.

“Seg

uim

os o

mod

elo

de B

arce

lona

, na

Espa

nha,

que

dese

nvol

veu

a ag

enda

ambi

enta

l com

ênfa

se n

as co

mpr

as p

úblic

as”, a

firm

a Tha

is Ho

rta,

resp

onsá

vel p

ela i

mpl

emen

taçã

o da

A3P

no

mun

icípi

o de

São

Paul

o. Al

ém

do ca

so d

e Ba

rcel

ona,

mui

tas o

utra

s loc

alid

ades

no

mun

do ta

mbé

m d

es-

pont

am n

os te

mas

de

com

pras

púb

licas

sust

entá

veis

(vej

a qu

adro

das

gs. 6

4 e

65). T

hais

lem

bra

que,

em 2

006,

doi

s dec

reto

s mun

icipa

is já

es

tabe

lecia

m m

etas

par

a re

duçã

o no

cons

umo

de e

nerg

ia (1

0%) e

águ

a (2

0%). F

oi es

traté

gico

sens

ibili

zar e

valo

rizar

serv

idor

es. M

ais d

e 600

del

es

já fr

eque

ntar

am o

curs

o de

qua

lifica

ção

na U

nive

rsid

ade

Aber

ta d

o M

eio

Ambi

ente

e d

a Cu

ltura

de

Paz (

Umap

az) –

inici

ativa

da

pref

eitu

ra p

ara

o ap

rend

izado

em re

de em

pro

l de m

elho

rias a

mbi

enta

is. “M

udar

háb

itos d

e co

mpr

as e

xige

um

nov

o ol

har p

ara

o m

undo

”, en

fatiz

a Th

ais,

para

que

m

o pr

oces

so a

tual

é “u

m d

espe

rtar

de

poss

ibili

dade

s par

a o

profi

ssio

nal d

o se

tor p

úblic

o”. N

o fam

oso P

rédi

o Mar

tinel

li, on

de fu

ncio

nam

quat

ro ór

gãos

m

unici

pais,

na A

veni

da Sã

o Joã

o, ce

ntro

de S

ão Pa

ulo,

o esf

orço

se tr

aduz

iu

na e

cono

mia

de

água

equ

ivale

nte

a 20

pisc

inas

olím

pica

s, to

taliz

ando

R$

660

mil

em re

duçã

o de

cust

os.

O Es

tado

de

Min

as G

erai

s est

á en

tre o

s pio

neiro

s qua

ndo

o as

sunt

o é

sust

enta

bilid

ade

na g

estã

o pú

blica

. Alé

m d

e ad

otar

med

idas

e cr

iar p

ro-

gram

a es

pecífi

co p

ara

as co

mpr

as su

sten

táve

is24, im

plem

ento

u ge

stão

es

trat

égica

de

supr

imen

tos e

inclu

iu co

m fo

rça

a su

sten

tabi

lidad

e na

s ob

ras p

úblic

as. A

aqui

sição

pas

sou

a ser

mel

hor p

lane

jada

, leva

ndo-

se em

co

nsid

eraç

ão a

padr

oniza

ção d

os b

ens e

serv

iços a

sere

m co

ntra

tado

s pel

o Es

tado

. A op

ção m

udou

par

a ben

s que

aten

dam

às ex

igên

cias d

e lici

taçõ

es

sust

entá

veis,

com

estu

do d

o m

erca

do d

e for

nece

dore

s e d

a m

elho

r est

ra-

tégi

a par

a a re

aliza

ção d

a com

pra.

Inco

rpor

ou-s

e a el

abor

ação

de c

ompr

as

elet

rôni

cas p

ara

regi

stro

de

preç

os e

m co

mpr

as co

njun

tas.

Dent

re as

fam

ílias

de p

rodu

tos i

nicia

lmen

te tr

abal

hada

s, de

stac

a-se

o

asfa

lto de

borra

cha o

btid

o a pa

rtir

de pn

eus u

sado

s. Se

gund

o Ren

ata V

ilhe-

na, S

ecre

tária

de Pl

anej

amen

to e

Gest

ão de

Min

as G

erai

s, “a s

ubst

ituiçã

o do

asfa

lto co

mum

pelo

de bo

rrach

a é u

m do

s exe

mpl

os m

ais e

mbl

emát

icos d

a ex

tens

ão do

s ben

efíci

os tr

azid

os pe

lo es

tudo

de ca

ract

eríst

icas s

uste

ntáv

eis.

6564

Cida

des

exem

plar

es n

o m

undo

Um

a Câ

mar

a de

Sus

tent

abili

dade

de

Barc

elon

a, E

span

ha, f

oi c

riada

em

200

6 co

mo

part

e do

Pro

gram

a da

Age

nda

21. C

ritér

ios

soci

ais

e am

bien

tais

fora

m in

cluí

dos

nas

licita

ções

, ten

do c

omo

obje

tivos

, den

tre

outr

os, a

redu

ção

de e

mis

sões

de

gase

s de

efe

ito e

stuf

a, e

ficiê

ncia

no

con

sum

o de

águ

a e

redu

ção

de g

eraç

ão d

e re

sídu

os, r

espe

ito à

s le

gisl

açõe

s tr

abal

hist

as e

um

a ec

onom

ia m

ais

sust

entá

vel,

just

a e

equi

tativ

a. D

entr

e as

med

idas

ado

tada

s pe

la c

idad

e, s

e de

stac

am a

co

mpr

a ét

ica

de ro

upas

e u

nifo

rmes

de

trab

alho

, com

pras

resp

onsá

vel

de m

adei

ra c

om c

ertifi

cado

de

orig

em e

FSC

, par

ticip

ação

no

proj

eto

SMAR

T-SP

P do

ICLE

I28 p

ara

fom

enta

r a in

ovaç

ão d

os m

erca

dos

atra

vés

das

com

pras

e re

uniõ

es c

om fo

rnec

edor

es. A

tual

men

te,

apro

xim

adam

ente

37%

de

todo

s os

pro

cess

os li

cita

tório

s tê

m p

elo

men

os u

m c

ritér

io s

ocia

l ou

ambi

enta

l. Em

mai

o de

201

2, g

anho

u o

prêm

io d

iam

ante

da

Asso

ciaç

ão E

span

hola

de

Profi

ssio

nais

de

Com

pras

(D

iam

ond

Purc

hase

Aw

ard

for S

usta

inab

ility

).A

pref

eitu

ra d

e M

alm

ö, n

a Su

écia

, est

abel

eceu

um

a m

eta

ambi

cios

a:

serv

ir al

imen

taçã

o 10

0% o

rgân

ica

até

2020

e, c

om is

so, r

eduz

ir 40

%

das

emis

sões

de

gase

s de

efe

ito e

stuf

a pr

oven

ient

es d

a pr

oduç

ão e

di

strib

uiçã

o de

alim

ento

s, co

m b

ase

nos

níve

is d

e 20

0229

, 30 .

Mal

é co

nsid

erad

a um

a ci

dade

de

com

érci

o ju

sto,

com

cer

tifica

ção,

de

mod

o qu

e el

a se

com

prom

ete

a m

elho

rar c

ondi

ções

de

trab

alho

e p

rese

rvar

di

reito

s hu

man

os n

o co

mér

cio

e na

pro

duçã

o, o

que

tam

bém

aju

da a

pr

omov

er a

dem

ocra

cia.

Em

201

1, 5

0% d

as a

quis

içõe

s de

alim

ento

s es

cola

res

já v

inha

do

com

érci

o ju

sto

e m

ais

de 4

0% e

ra o

rgân

ica,

va

lore

s be

m s

uper

iore

s ao

s de

200

7, q

ue e

ram

de

apro

xim

adam

ente

15%

e 2

5%, r

espe

ctiv

amen

te. O

usad

a, a

pre

feitu

ra a

inda

ado

tou

o sl

ogan

“M

alm

ö se

m v

iage

ns ri

dícu

las

de c

arro

” ao

ter

dia

gnos

ticad

o qu

e os

tra

jeto

s do

s ci

dadã

os e

ram

faci

lmen

te re

aliz

ávei

s a

pé.

A ci

dade

de

Kold

ing,

na

Dina

mar

ca, c

riou

sua

polít

ica

de c

ompr

as

sust

entá

veis

em

199

8. H

oje,

pro

duto

s, se

rviç

os e

obr

as p

úblic

as

inte

gram

crit

ério

s de

sus

tent

abili

dade

. Par

a ca

da t

ipo

de p

rodu

to,

há u

m m

ínim

o de

crit

ério

s a

sere

m o

bser

vado

s. Al

ém d

e nã

o te

r ha

vido

nec

essi

dade

de

aum

ento

do

orça

men

to m

unic

ipal

par

a

se im

plem

enta

r as

com

pras

púb

licas

sus

tent

ávei

s, ho

uve

10%

de

redu

ção

do o

rçam

ento

tot

al d

e co

mpr

as n

os ú

ltim

os 1

0 an

os.

Qua

se a

tot

alid

ade

das

prát

icas

de

com

pras

púb

licas

foi a

ltera

da

para

incl

usão

de

crité

rios

ambi

enta

is.

A Ci

dade

do

Cabo

, na

Áfric

a do

Sul

, deu

os

prim

eiro

s pa

ssos

par

a a

impl

emen

taçã

o da

s co

mpr

as p

úblic

as s

uste

ntáv

eis

e la

nçou

, em

jane

iro d

e 20

12, u

m g

uia

de o

rient

açõe

s, an

exo

à Po

lític

a M

unic

ipal

de

Ges

tão

de S

uprim

ento

s. Co

m p

rincí

pios

, obj

etiv

os e

um

a es

trat

égia

inte

grad

a às

met

as d

o Pl

ano

de A

ção

sobr

e En

ergi

a e

Mud

ança

s Cl

imát

icas

e d

o Pl

ano

Mun

icip

al d

e De

senv

olvi

men

to

Inte

grad

o, a

s or

ient

açõe

s en

cora

jam

que

sej

a co

nsid

erad

o am

plam

ente

o c

once

ito d

e ‘c

iclo

de

vida

’ no

mom

ento

da

elab

oraç

ão

dos

edita

is, d

a av

alia

ção

de p

ropo

stas

e n

os c

ontr

atos

e, a

ssim

, re

vist

os o

s cr

itério

s de

sel

eção

dos

forn

eced

ores

. A e

xpec

tativ

a é

utili

zar o

pod

er d

e co

mpr

as d

o go

vern

o pa

ra in

cent

ivar

tam

bém

a

part

icip

ação

do

mer

cado

, red

uzin

do ri

scos

e im

pact

os a

mbi

enta

is

e es

timul

ando

a in

ovaç

ão.

25, 2

6, 27

6766

Além

de

ser a

mbi

enta

lmen

te m

ais a

dequ

ado,

esse

asf

alto

pos

sui d

ura-

bilid

ade

30%

mai

or q

ue a

do

conv

encio

nal e

, em

term

os fi

nanc

eiro

s, su

a ad

oção

sign

ifico

u, en

tre 20

07 e

2011,

um

a eco

nom

ia d

e mai

s de R

$100

mi-

lhõe

s par

a o

Esta

do.” H

oje,

a ut

iliza

ção

de m

assa

asf

áltic

a pr

oduz

ida

com

bo

rrach

a de

pne

us é

lei n

o Es

tado

31 , dem

onst

rand

o qu

e a “o

nda”

veio

par

a fic

ar. A

sust

enta

bilid

ade n

as co

mpr

as e

obra

s púb

licas

tam

bém

está

send

o co

nsid

erad

a na

s obr

as p

ara

a Co

pa d

o M

undo

de

man

eira

inov

ador

a no

Pa

ís, co

mo o

Está

dio M

inei

rão,

que é

cert

ifica

do LE

ED (L

eade

rshi

p in

Ener

gy

and

Envir

onm

enta

l Des

ign)

e u

sará

ene

rgia

sola

r.Ao

s pou

cos o

ince

ntivo

às c

ompr

as su

sten

táve

is se

repl

ica n

o Br

asil,

embo

ra e

m a

lgun

s Est

ados

as m

edid

as n

este

sent

ido

perm

aneç

am n

o pa

pel. N

o Pi

auí, 1

8 ór

gãos

esta

duai

s ela

bora

ram

pla

nos n

o âm

bito

da

A3P,

com

obj

etivo

de

redu

zir cu

stos

em

30%

. De

acor

do co

m Ja

iro G

alvã

o, co

-or

dena

dor d

e Co

mpe

nsaç

ão A

mbi

enta

l da

Secr

etar

ia E

stad

ual d

e M

eio

Ambi

ente

e R

ecur

sos H

ídric

os, a

age

nda

prev

ê a

com

pra

pref

eren

cial d

e m

ater

iais

pass

íveis

de re

cicla

gem

, aqu

isiçã

o de

lâm

pada

s de

mai

or e

fici-

ência

e aq

uisiç

ão e

loca

ção

de fr

ota m

ovid

a a b

ioco

mbu

stíve

l. As m

edid

as

dem

oram

a a

cont

ecer

na

prát

ica, m

as n

o in

terio

r do

Esta

do, a

ssim

com

o ac

onte

ce e

m o

utra

s reg

iões

do

Nor

dest

e, cr

esce

a a

quisi

ção

públ

ica d

e al

imen

tos j

unto

a p

eque

nos p

rodu

tore

s.As

com

pras

loca

is e d

e micr

o e p

eque

nas e

mpr

esas

tam

bém

têm

luga

r no

Bra

sil. V

igen

do e

m to

do o

paí

s, a

Lei 1

1.947

/200

9 de

term

ina

que

pelo

m

enos

30%

da c

ompr

a par

a mer

enda

esco

lar t

enha

com

o orig

em os

ingr

e-di

ente

s loc

ais –

isso

com

recu

rsos

do

Prog

ram

a Na

ciona

l de

Alim

enta

ção

Esco

lar d

o M

inist

ério

do

Dese

nvol

vim

ento

Agr

ário

(MDA

)32. A

legi

slaçã

o or

ient

a que

asse

ntam

ento

s de r

efor

ma a

grár

ia, c

omun

idad

es tr

adici

onai

s, in

díge

nas e

qui

lom

bola

s sej

am p

rioriz

ados

– e

a le

i ain

da p

erm

ite a

dis-

pens

a de l

icita

ção.

Além

do z

elo p

ela q

ualid

ade d

a alim

enta

ção,

a ini

ciativ

a co

ntrib

ui pa

ra qu

e a ag

ricul

tura

fam

iliar

regi

onal

se or

gani

ze ca

da ve

z mai

s e q

ualifi

que s

uas a

ções

com

ercia

is, p

rece

itos e

sses

tam

bém

asso

ciado

s ao

dese

nvol

vimen

to lo

cal e

à co

mpr

a sus

tent

ável

. Con

traria

men

te, a

prod

ução

in

dust

rial d

e alim

ento

s ger

alm

ente

poss

ui m

aior

depe

ndên

cia de

com

bus-

tívei

s fós

seis,

agro

tóxi

cos,

cons

erva

ntes

e de

tran

spor

tes d

e lon

ga di

stân

cia.

Mac

axei

ra, b

atat

a do

ce, c

asta

nha,

milh

o, fe

ijão

e out

ros p

rodu

tos s

em

agro

tóxi

cos,

além

de s

ucos

de f

ruta

s reg

iona

is já

apa

rece

m co

m m

ais f

re-

quên

cia n

o ca

rdáp

io es

cola

r. De a

cord

o co

m d

ados

do

MDA

, R$ 1

bilh

ão fo

i de

stin

ado p

ara e

ssas

aqui

siçõe

s em

2011

no pa

ís. N

o tot

al, o

mer

cado

de al

i-m

enta

ção e

scol

ar m

ovim

enta

anua

lmen

te R$

3 bi

lhõe

s33. M

unicí

pios

com

o Pa

rago

min

as (P

A), R

io B

ranc

o (AC

) e A

reia

s (PB

) est

ão en

tre os

prim

eiro

s que

cr

iara

m aç

ões n

este

sent

ido –

des

de o

trein

amen

to d

e mer

ende

iras p

ara a

cr

iaçã

o de

rece

itas c

om p

rodu

tos l

ocai

s até

a ca

pacit

ação

de

agric

ulto

res

para

a pr

oduç

ão or

gâni

ca. A

té o

ano 2

000,

a mer

enda

esco

lar e

ra ab

aste

cida

por g

rand

es em

pres

as, c

om co

mpr

a ce

ntra

lizad

a em

Bra

sília

e di

strib

uída

pa

ra to

do o

país

com

alto

índi

ce d

e des

perd

ícios

. Nos

últi

mos

anos

, atra

vés

do p

roce

sso

desc

entra

lizad

o, o

quad

ro m

udou

em

ben

efíci

o do

s cer

ca d

e 4,

3 milh

ões d

e agr

iculto

res f

amili

ares

que

hoj

e são

resp

onsá

veis

por 7

0%

dos a

limen

tos34

que

cheg

am à

mes

a dos

bra

silei

ros,

mas

aind

a enf

rent

am

situa

ções

inju

stas

, com

o a

depe

ndên

cia d

e atra

vess

ador

es e

baix

os n

íveis

de a

ssist

ência

técn

ica e

fina

ncei

ra.

Por e

mpr

egar

60%

da

forç

a de

trab

alho

e re

pres

enta

r 99%

das

empr

e-sa

s bra

silei

rasIV

, a p

artic

ipaç

ão d

as m

icro

e pe

quen

as e

mpr

esas

(MPE

s) é

fund

amen

tal p

ara

o de

senv

olvim

ento

e pa

ra o

mov

imen

to in

tegr

ado

pela

su

sten

tabi

lidad

e, es

pecia

lmen

te pe

lo ca

ráte

r dist

ribut

ivo e

socio

econ

ômico

in

eren

te a

ess

es n

egóc

ios.

Dent

re a

s van

tage

ns d

e co

mpr

ar lo

cal, e

xist

e a

poss

ibili

dade

s de s

e red

uzir

a peg

ada d

e car

bono

(dim

inui

ndo a

nec

essid

ade

de tr

ansp

orte

rodo

viário

, gra

nde e

miss

or de

gase

s de e

feito

estu

fa n

o Bra

sil),

inve

stir

na co

mun

idad

e e en

cora

jar a

pros

perid

ade l

ocal

. A le

i com

plem

enta

r 12

3/20

06 es

tabe

lece

u co

ndiçõ

es fa

vorá

veis

para

as M

PEs c

ontra

tare

m co

m

a Ad

min

istra

ção

Públ

ica, h

aven

do li

citaç

ões e

xclu

sivas

par

a el

as, n

o ca

so

de co

ntra

taçõ

es d

e até

R$ 8

0 m

il, e a

inda

pre

ferê

ncia

pel

a con

trata

ção

das

pequ

enas

em ca

sos d

e lici

taçõ

es co

m em

pate

, ent

re o

utra

s con

diçõ

es.

IV So

uza,

S. Su

enia

Souz

a: de

poim

ento

[abr

il 201

2]. E

ntre

vist

ador

: S. A

deod

ato.

Cuia

bá: C

entro

Se

brae

de S

uste

ntab

ilida

de, 2

012.

Entre

vist

a con

cedi

da ao

Cen

tro d

e Est

udos

em Su

sten

tabi

-lid

ade

da FG

V pa

ra a

ela

bora

ção

dest

a ob

ra.

6968

As li

cita

ções

sus

tent

ávei

s já

têm

am

paro

na

legi

slaç

ão.

Órg

ãos

de c

ontr

ole,

com

o o

Trib

unal

de

Cont

as d

a U

nião

, an

tes

resi

sten

tes,

hoje

cob

ram

da

adm

inis

traç

ão p

úblic

a aç

ões

de s

uste

ntab

ilida

de.

O E

stad

o de

São

Pau

lo fo

i pio

neiro

na

adoç

ão d

e cr

itério

s so

cioa

mbi

enta

is n

os c

atál

ogos

de

com

pras

, med

iant

e o

Decr

eto

Esta

dual

50.

170/

2005

. O M

unic

ípio

de

São

Paul

o se

guiu

igua

l cam

inho

, a p

artir

daq

uele

ano

, ass

im c

omo

o Es

tado

de

Min

as G

erai

s. N

a es

fera

fede

ral,

os m

arco

s fu

ndam

enta

is o

corr

eram

em

20

10, c

om a

Inst

ruçã

o N

orm

ativ

a N

º 1 d

a SL

TI/M

POG

e a

m

udan

ça d

o ar

tigo

3º d

a Le

i 8.6

66/1

993,

sob

re li

cita

ções

, qu

e in

corp

orou

aos

seu

s ob

jetiv

os a

pro

moç

ão d

o de

senv

olvi

men

to n

acio

nal s

uste

ntáv

el. E

m 2

012,

o D

ecre

to

7.74

6 av

anço

u ao

dis

por s

obre

crit

ério

s de

sus

tent

abili

dade

na

s co

ntra

taçõ

es e

ao

regu

lam

enta

r o a

rtig

o 3º

.As

nov

as re

gras

refo

rçam

o e

nten

dim

ento

de

que

as

licita

ções

dev

em c

onsi

dera

r não

ape

nas

o m

enor

pre

ço

ou a

qua

lidad

e, c

omo

tam

bém

a e

cono

mia

de

recu

rsos

na

tura

is e

os

cust

os d

e im

pact

os d

anos

os a

o m

eio

ambi

ente

e à

s pe

ssoa

s.De

spon

ta u

m n

ovo

perfi

l de

gest

or p

úblic

o, q

ualifi

cado

pa

ra a

valia

r pro

duto

s e

serv

iços

que

sej

am m

ais

vant

ajos

os

para

o m

eio

ambi

ente

e q

ue p

rom

ovam

mel

hor u

so, c

om

men

os d

espe

rdíc

io.

Exis

tem

des

afios

, com

o a

expa

nsão

das

com

pras

e

cont

rata

ções

sus

tent

ávei

s na

s gr

ande

s ob

ras

públ

icas

de

cons

truç

ão c

ivil

e o

mai

or e

ngaj

amen

to d

e fo

rnec

edor

es

loca

is e

peq

uena

s em

pres

as.

Dest

aque

s

No ca

mpo

ou

na ci

dade

, o a

vanç

o da

s com

pras

gov

erna

men

tais

sus-

tent

ávei

s cum

pre

com

div

erso

s pap

éis,

desd

e fo

men

tar a

edu

caçã

o am

-bi

enta

l de

seus

serv

idor

es, in

duzi

r pol

ítica

s de

créd

ito so

cioa

mbi

enta

l-m

ente

resp

onsá

veis,

ger

ir re

spon

save

lmen

te o

orç

amen

to p

úblic

o at

é m

obili

zar a

age

nda

das

empr

esas

priv

adas

, com

refle

xos

em d

iver

sas

cade

ias p

rodu

tivas

. Com

o um

efe

ito d

omin

ó, es

timul

a-se

que

pro

duto

s co

m at

ribut

os d

e sus

tent

abili

dade

cheg

uem

aos c

ompr

ador

es p

úblic

os e

indi

vidu

ais (

conf

erir

capí

tulo

5) co

m p

reço

s mai

s ace

ssív

eis.

Forn

eced

ores

ou

não

de

órgã

os p

úblic

os, o

s em

pree

nded

ores

priv

ados

em

barc

am n

a on

da d

e ut

iliza

r o p

oder

de

com

pra

para

aum

enta

r esp

aços

no

mer

cado

e

influ

encia

r mel

hore

s pad

rões

de

sust

enta

bilid

ade

e efi

ciênc

ia n

o us

o de

recu

rsos

nat

urai

s.

71

olha

r ate

nto p

ara p

reço

, pra

zo e

qual

idad

e faz

part

e da i

nter

min

ável

jo

rnad

a do c

ompr

ador

inst

itucio

nal. N

ão à

toa,

visto

que e

cono

miza

r na

s com

pras

é a

segu

nda

man

eira

mai

s efi c

az p

ara

a em

pres

a m

elho

rar

sua

perfo

rman

ce fi

nanc

eira

– fi

cand

o at

rás a

pena

s do

aum

ento

do

preç

o de

vend

a1 . A a

quisi

ção

de b

ens e

serv

iços p

ode

repr

esen

tar m

ais d

e 50

%

dos g

asto

s de

uma

empr

esa,

pode

ndo

ultra

pass

ar a

mar

ca d

os 8

0% e

m

seto

res c

omo

o va

rejo

e da

s ind

ústr

ias e

letrô

nica

e au

tom

otiva

2 . Tod

a ess

a ca

pacid

ade d

e com

pra c

onfe

re às

empr

esas

um

enor

me p

oder

de in

fl uen

ciar

o m

erca

do. A

ges

tão

de su

prim

ento

s é re

gida

maj

orita

riam

ente

por

um

a ca

rtilh

a tra

dicio

nal q

ue su

gere

à em

pres

a tra

tar a

todo

s da m

esm

a for

ma

e exe

rcer

o m

áxim

o de p

oder

de b

arga

nha s

obre

os fo

rnec

edor

es p

ara q

ue

redu

zam

pre

ços,

inde

pend

ente

men

te do

por

te ou

frag

ilida

de do

s mes

mos

.

O

O en

gaja

men

to d

as em

pres

as

O im

pact

o do

s crit

ério

s de c

ompr

a na

s ca

deia

s pro

dutiv

as, e

m q

ue fo

rnec

edor

es

se a

dapt

am p

ara

aten

der a

age

nda

da su

sten

tabi

lidad

e

3 70

123RF STOCK PHOTO

SÉRGIO ADEODATO

7372

Pres

sões

socia

is e o

aum

ento

da c

onsc

iênc

ia d

os em

pres

ário

s tem

per

-m

itido

que

as o

rgan

izaçõ

es ve

jam

valo

r em

ger

encia

r os i

mpa

ctos

socia

is,

ambi

enta

is e

econ

ômico

s de

suas

cade

ias d

e fo

rnec

imen

to, r

eduz

indo

o

impa

cto e

m d

esm

atam

ento

, redu

ção d

a dive

rsid

ade b

ioló

gica

, pag

amen

to

de sa

lário

s bai

xos e

expl

oraç

ão de

mão

de ob

ra an

álog

a a es

crav

a3 e in

fant

il. Na

bus

ca p

or re

sulta

dos e

espa

ços n

o mer

cado

, o d

esafi

o não

está

ape-

nas n

os ci

frões

. Alé

m d

os p

reço

s e d

emai

s ite

ns fi

nanc

eiro

s que

cons

tam

na

s pla

nilh

as, n

ovos

par

âmet

ros s

e ap

rese

ntam

igua

lmen

te im

port

ante

s no

s dia

s atu

ais,

quan

do au

men

tam

as pr

essõ

es e

cobr

ança

s sob

re a

orig

em

dos p

rodu

tos e

seus

mét

odos

de f

abric

ação

. Que

stõe

s am

bien

tais,

socia

is,

ética

s e at

é cul

tura

is ga

nham

pes

o nas

esco

lhas

por

par

te d

e cor

pora

ções

, m

uita

s cap

azes

de re

plica

r e im

prim

ir es

cala

a pr

ática

s rel

egad

as at

é pou

co

tem

po at

rás.

Cons

umo s

uste

ntáv

el d

eixa

de s

er u

ma b

ande

ira ex

clusiv

a de

ambi

enta

lista

s ou

algo

pro

tela

do p

ara u

m fu

turo

dist

ante

. É u

m p

roce

sso

que e

nvol

ve m

odel

os cr

iativ

os e

razo

ável

dos

e de i

nova

ção,

dent

ro d

e um

a ló

gica

sust

enta

da p

or d

ois i

mpo

rtan

tes p

ilare

s: a v

isão d

a cad

eia p

rodu

tiva

com

suas

cone

xões

socio

ambi

enta

is e o

reco

nhec

imen

to d

os fo

rnec

edor

es

com

o el

os e

stra

tégi

cos n

a bu

sca

pela

sust

enta

bilid

ade.

Da pr

oduç

ão à

logí

stica

, pas

sand

o pel

o mar

ketin

g, co

mun

icaçã

o, re

curs

os

hum

anos

, com

pras

ou

finan

ças,

toda

s as f

unçõ

es d

as e

mpr

esas

dev

em se

co

nect

ar ao

des

envo

lvim

ento

sust

entá

vel. N

o se

tor p

rivad

o, a R

espo

nsab

i-lid

ade S

ocia

l Em

pres

aria

l é u

ma e

xpre

ssão

des

se en

gaja

men

to, s

endo

que

ap

enas

mai

s rec

ente

men

te a

forç

a das

decis

ões d

e com

pras

e co

ntra

taçõ

es

tem

emer

gido

nes

sa ag

enda

. Ess

as d

ecisõ

es sã

o es

traté

gica

s por

cone

ctar

a e

mpr

esa a

toda

a su

a cad

eia4 e

por p

ossu

ir in

terfa

ces c

om d

ivers

as ár

eas

da or

gani

zaçã

o. Po

r ser

mai

s exp

osta

ao m

eio e

xter

ior, a

área

de a

quisi

ções

po

de de

tect

ar te

ndên

cias, i

nova

ções

e op

ortu

nida

des d

e tra

balh

o, be

m co

mo

risco

s lig

ados

à im

agem

, à re

puta

ção,

às re

gula

men

taçõ

es, a

os a

spec

tos

oper

acio

nais

e fina

ncei

ros5 . É

por i

sso q

ue o

Pact

o Glo

bal d

a ON

U (o

u Gl

obal

Co

mpa

ct) e

nfat

iza tr

ês di

recio

nado

res, o

u dr

ivers,

para

a su

sten

tabi

lidad

e na

cade

ia d

e sup

rimen

tos:

a ges

tão d

e risc

os, a

bus

ca p

or efi

ciênc

ia e

a cria

ção

de pr

odut

os su

sten

táve

is6 . A ob

serv

ância

de ca

da u

m de

sses

dire

ciona

dore

s

pode

aju

dar a

em

pres

a a

for-

mar

seu

próp

rio b

usin

ess c

ase.

Apó

s den

úncia

s sob

re e

x-pl

oraç

ão d

e tra

balh

o es

crav

o po

r red

es va

rejis

tas d

e ve

stu-

ário

, a g

estã

o de

risc

os en

trou

em ce

na e

fez c

om qu

e em

pre-

sas d

o se

tor a

deris

sem

a u

m

prog

ram

a de

qua

lifica

ção

de

forn

eced

ores

com

aud

itoria

s in

depe

nden

tes,

visa

ndo

eli-

min

ar a

exp

lora

ção

de m

ão

de o

bra

info

rmal

, infa

ntil e

de

imig

rant

e ile

gal. N

a pr

imei

ra

aval

iaçã

o, da

s 1,2

mil e

mpr

esas

de

conf

ecçã

o su

bmet

idas

ao

proc

esso

, 15 fo

ram

repr

ovad

as

e 17

3 pr

ecis

avam

impl

anta

r m

elho

rias (

veja

na

ilust

raçã

o da

pág

. 84)

.“A

post

amos

no

pode

r de

repl

icaçã

o do

nov

o co

ncei

to”,

afirm

a Jo

sé E

duar

do G

uzza

rdi, d

ireto

r da

Asso

ciaçã

o Br

asile

ira d

o Va

rejo

xtil.

A en

tidad

e reú

ne 13

gru

pos d

e gra

nde p

orte

, ent

re el

es C

&A,

Mar

isa,

Riac

huel

o, Ca

sas P

erna

mbu

cana

s e Za

ra, re

spon

sáve

is po

r 15%

do m

erca

do.

A co

mpr

a su

sten

táve

l é ve

tor p

ara

econ

omia

s, in

ovaç

ão e

cria

ção

de va

lor

de lo

ngo

praz

o, m

ostra

ndo-

se tã

o im

port

ante

qua

nto

o m

arke

ting

para

a

empr

esa

cuid

ar d

e su

a re

puta

ção

e m

ostra

r-se

com

prom

etid

a co

m a

s pr

eocu

paçõ

es d

e se

us cl

ient

es7 . C

ompr

ador

es p

oder

ão se

torn

ar g

esto

res

de ri

scos

qua

ndo

ajud

arem

a id

entifi

car e

ger

encia

r os r

iscos

inco

rrido

s pe

la e

mpr

esa

à m

onta

nte

da ca

deia

de

valo

r8 .A

busc

a po

r efic

iênc

ia co

mpõ

e o

negó

cio ce

ntra

l do

Cent

ro S

ebra

e de

ADAPTADO DE UNGC, 2010

7574

Sust

enta

bilid

ade:

“A p

riorid

ade

é a

ecoe

ficiê

ncia

par

a re

duzir

cust

o e

au-

men

tar a

com

petit

ivid

ade d

os p

eque

nos n

egóc

ios a

trela

dos à

cade

ia d

os

gran

des”

, info

rma S

ueni

a So

uza,

gest

ora d

o Cen

tro, e

m C

uiab

á. A

inst

itui-

ção

ajud

a a

adap

taçã

o do

s em

pree

nded

ores

às d

eman

das d

a in

ovaç

ão e

da

s com

pras

púb

licas

, esp

ecia

lmen

te d

iant

e da

Lei C

ompl

emen

tar 1

23 d

e 20

06, q

ue g

aran

te re

serv

a de

mer

cado

às m

icro

e pe

quen

as p

ara

vend

er

ao p

oder

púb

lico.

Exem

plo

embl

emát

ico e

stá

no m

unic

ípio

de

Colíd

er

(MT)

. Com

a re

pres

são

à m

adei

ra il

egal

, que

nos

últi

mos

ano

s oca

siono

u o

fech

amen

to d

e inú

mer

as se

rraria

s da r

egiã

o, a p

refe

itura

inve

stiu

o se

u po

der d

e co

mpr

a pa

ra re

posic

iona

r a e

cono

mia

mun

icipa

l. Em

luga

r da

ativ

idad

e m

adei

reira

, a c

idad

e to

rnou

-se

polo

de

pres

taçã

o de

serv

iços.

Hoje

, seg

undo

Sue

nia,

mai

s de

90%

das

licit

açõe

s púb

licas

priv

ilegi

am

empr

esas

loca

is a

part

ir de

edita

is pr

even

do cr

itério

s mín

imos

de e

coefi

-ciê

ncia

, com

a e

xpec

tativ

a de

fom

enta

r des

envo

lvim

ento

loca

l e re

duzir

cu

stos

de

trans

port

e e

ener

gia.

Com

met

a de

se to

rnar

líde

r mun

dial

em

quí

mica

sust

entá

vel, a

mul

-tin

acio

nal b

rasil

eira

Bra

skem

, fab

rican

te d

e re

sinas

plá

stica

s, in

vest

iu n

a fa

brica

ção

do “p

olie

tilen

o ve

rde”

a p

artir

da

cana

-de-

açúc

ar, u

m ex

empl

o de

cria

ção

de u

m p

rodu

to al

tern

ativo

men

os im

pact

ante

do

que o

s disp

o-ní

veis

atua

lmen

te n

o m

erca

do. P

rodu

tos c

omo

tam

pas d

e ca

ixas

de

suco

e p

otes

de c

osm

ético

s che

gam

ao

mer

cado

cont

endo

a m

atér

ia-p

rima

de

orig

em re

nová

vel, e

m lu

gar d

aque

les p

rodu

zidos

com

deriv

ados

do pe

tróle

o. Em

201

2, a

empr

esa

torn

ou-s

e o

quin

to m

aior

cons

umid

or d

e et

anol

no

país,

o qu

e jus

tifica

a pr

eocu

paçã

o: co

mo g

aran

tir a

orig

em su

sten

táve

l da

mat

éria

-prim

a, co

ndiçõ

es d

igna

s de t

raba

lho e

equi

líbrio

na d

ispon

ibili

da-

de d

e te

rra p

ara

prod

ução

de

alim

ento

s? “S

ó co

nstr

uiría

mos

o d

ifere

ncia

l co

m o

enga

jam

ento

dos f

orne

cedo

res”

, des

taca

And

ré Le

al, c

oord

enad

or de

su

sten

tabi

lidad

e da B

rask

em. A

empr

esa c

riou

um có

digo

de c

ondu

ta q

ue

prio

riza,

sob

o po

nto

de vi

sta

ambi

enta

l, a re

duçã

o de

que

imad

as a

travé

s da

mec

aniza

ção,

a pr

oteç

ão d

a bi

odive

rsid

ade

dent

ro d

o qu

e m

anda

a le

i e a

adoç

ão d

e boa

s prá

ticas

, com

o as

que

cons

erva

m o

s sol

os e

dim

inue

m

a po

luiçã

o at

mos

féric

a. No

lado

socia

l, est

á o

resp

eito

aos

dire

itos h

uma-

nos e

às l

eis t

raba

lhist

as. O

obj

etivo

é fa

zer c

om q

ue a

nov

a de

man

da d

a in

dúst

ria d

e res

inas

cont

ribua

par

a ava

nços

nos

indi

cado

res s

ocio

ambi

en-

tais

de u

ma

ativ

idad

e ag

rícol

a co

m h

istór

ico d

e de

grad

ação

. Nos

últi

mos

an

os, m

elho

rias f

oram

alca

nçad

as. D

e aco

rdo c

om Le

al, a

dem

anda

híd

rica

da in

dúst

ria su

croa

lcool

eira

dim

inui

u de

5 m

etro

s cúb

icos d

e ág

ua p

or

tone

lada

de c

ana p

roce

ssad

a na d

écad

a e 19

90 p

ara 1

,45 m

etro

cúbi

co em

20

11. E

stim

a-se

redu

zir p

ara

1 met

ro cú

bico

até

201

4. N

esse

caso

, alé

m d

e in

ovar

par

a m

udan

ça d

e m

erca

do, a

em

pres

a ab

ocan

hou

ganh

os e

m e

fi-ciê

ncia

. Daí

que

a in

serç

ão d

e at

ribut

os d

e su

sten

tabi

lidad

e na

ges

tão

de

supr

imen

tos p

ode s

er m

otiva

da p

or m

ais d

o qu

e um

driv

er (v

er q

uadr

o na

g. 73

). Cad

a em

pres

a de

ve ve

rifica

r se

os in

dica

dore

s a a

juda

m a

ent

rar

em n

ichos

inov

ador

es q

ue co

ntrib

uam

par

a um

a ec

onom

ia m

ais v

erde

e

inclu

siva,

conc

eito

que

veio

par

a fic

ar.

Com

o um

a re

ação

em ca

deia

, ess

e mov

imen

to se

mul

tiplic

a em

dive

r-so

s cam

pos –

da

indú

stria

de

emba

lage

ns à

cons

truç

ão ci

vil, d

os su

per-

mer

cado

s à p

rodu

ção

de a

ço. In

ovaç

ão, e

ntão

, pas

sa a

ser e

ssen

cial p

ara

toda

e qu

alqu

er em

pres

a que

que

ira co

ntin

uar a

oper

ar n

o mer

cado

. Alé

m

dos e

xem

plos

men

ciona

dos a

nter

iorm

ente

, apr

esen

tam

os in

iciat

ivas d

e ou

tras o

rgan

izaçõ

es o

lhan

do p

ara

dent

ro d

e si, a

o in

ovar

em em

pro

duto

s e

proc

esso

s, e

tam

bém

olh

ando

par

a fo

ra, a

o bu

scar

em fi

rmar

par

ceria

s co

m o

utra

s org

aniza

ções

, inclu

sive

com

forn

eced

ores

.

Em b

usca

de

expe

riênc

ias i

nova

dora

s

Na

busc

a po

r ino

vaçã

o, a

empr

esa

Whi

rlpoo

l, fab

rican

te d

as m

arca

s Co

nsul

e B

rast

emp,

pas

sou

a ut

iliza

r crit

ério

s de

sus

tent

abili

dade

na

com

pra

de in

sum

os e

cons

egui

u ec

onom

izar 2

0% d

e en

ergi

a e

76%

de

água

na

sua

unid

ade

de fo

gões

e la

vado

ras d

e ro

upa

em R

io C

laro

(SP)

. O

pulo

do

gato

foi o

mét

odo

dese

nvol

vido

por

um

peq

ueno

forn

eced

or, a

em

pres

a Te

rpen

oil, d

e Ju

ndaí

(SP)

, que

tran

sfor

ma

subs

tânc

ias v

eget

ais

que f

azem

a a

ssep

sia n

a na

ture

za em

pro

duto

s par

a lim

peza

pes

ada

em

fábr

icas.

A no

vida

de e

stá

no u

so d

o te

rpen

o, ex

traí

do co

mo

subp

rodu

to

7776

do e

smag

amen

to d

a la

ranj

a em

fábr

icas

de

suco

. Alé

m d

a re

duçã

o no

co

nsum

o de r

ecur

sos n

atur

ais,

a tec

nolo

gia p

ratic

amen

te ze

rou

as p

erda

s po

r con

tam

inaç

ão d

e su

jeira

, ant

es d

e 38

mil

peça

s por

mês

9 . A

part

ir de

sta d

eman

da in

icial

, a Te

rpen

oil a

umen

tou

a esc

ala n

a pro

du-

ção

de d

esen

grax

ante

s org

ânico

s, le

vand

o a s

oluç

ão ta

mbé

m p

ara o

utra

s in

dúst

rias.

“O d

ifere

ncia

l do

negó

cio é

util

izar a

quí

mica

fina

par

a im

itar

os p

roce

ssos

da n

atur

eza”

, reve

la M

arce

lo Eb

ert R

ibei

ro, d

ireto

r da e

mpr

e-sa

. Ele

troc

ou o

mer

cado

fina

ncei

ro p

elo

novo

filã

o, qu

e m

ovim

enta

R$ 1

0 bi

lhõe

s por

ano

no B

rasil

e ab

rang

e pro

duto

s par

a pur

ifica

ção

de ar

e pa

ra

limpe

za co

mer

cial e

resid

encia

l, no

luga

r de o

pçõe

s tra

dicio

nais

à bas

e de

cloro

, mai

s dan

osos

ao

mei

o am

bien

te. S

e a

inte

nção

é re

duzir

impa

ctos

am

bien

tais,

util

izar p

rodu

tos o

u m

ater

iais

que a

dvém

de r

ecur

sos n

atur

ais

reno

váve

is é

a op

ção

mai

s ade

quad

a. Da

mes

ma

form

a es

tão

os ca

sos d

e pr

efer

ir a i

lum

inaç

ão n

atur

al à

artifi

cial, o

etan

ol à

gaso

lina,

as co

nstru

ções

em

mad

eira

oriu

nda d

e bom

man

ejo fl

ores

tal e

m lu

gar d

o uso

de m

ater

iais

com

mai

or p

egad

a ec

ológ

ica co

mo

o cim

ento

, o a

ço e

o a

lum

ínio

, cuj

as

prod

uçõe

s req

uere

m m

uito

cons

umo

de e

nerg

ia10

.Co

mpr

ar o

u co

ntra

tar c

om b

ase

em cr

itério

s sus

tent

ávei

s é u

ma

prá-

tica

empr

esar

ial q

ue te

nde

a se

expa

ndir

com

o a

dven

to d

a ec

onom

ia d

e ba

ixo

carb

ono11 . C

obra

nças

do

mer

cado

inte

rnac

iona

l e p

ossív

eis r

egul

a-çõ

es n

acio

nais

para

o co

rte d

e em

issõe

s em

dife

rent

es se

tore

s pro

dutiv

os

impu

lsion

am a

ado

ção

de n

ovas

med

idas

. “A c

adei

a de

forn

ecim

ento

é

resp

onsá

vel p

or 4

0% a

80%

das

em

issõe

s de

carb

ono,

conf

orm

e o

seto

r”,

aval

ia Si

mon

e Zah

ran,

ger

ente

no B

rasil

do

Carb

on D

isclo

sure

Proj

ect (

CDP)

. “G

rand

es em

pres

as ap

licam

junt

o aos

forn

eced

ores

o m

esm

o mod

elo p

elo

qual

se re

port

am a

os in

vest

idor

es”, r

evel

a Za

hran

, ent

ende

ndo

que e

sse é

um

cam

inho

sem

volta

. A

cont

rata

ção

de tr

ansp

orte

é u

m d

os p

rincip

ais a

lvos.

“No

Bras

il, as

em

pres

as d

e lo

gíst

ica

prec

isam

se

prep

arar

par

a co

mpe

tir”,

ress

alta

a

coor

dena

ção

do P

rogr

ama

Bras

ileiro

GHG

Pro

toco

l. A in

icia

tiva

orie

nta

corp

oraç

ões a

faze

rem

seus

inve

ntár

ios d

e gas

es d

e efe

ito es

tufa

, prim

ei-

ra e

tapa

par

a po

ster

ior i

dent

ifica

ção

de o

port

unid

ades

de

redu

ção

de

emiss

ões.

De a

cord

o co

m o

Pai

nel I

nter

gove

rnam

enta

l sob

re M

udan

ça

do C

lima12

(IPC

C), e

ntre

1970

e 2

004,

as e

miss

ões d

ireta

s dos

tran

spor

tes

tiver

am a

umen

to d

e 12

0%. N

o Br

asil,

o se

tor d

e en

ergi

a fo

i res

pons

ável

po

r 15%

das

em

issõe

s em

CO 2eq

em

200

513 . O su

bset

or tr

ansp

orte

s foi

o

prin

cipal

resp

onsá

vel p

elas

em

issõe

s de

NOx

(55%

), sen

do 50

% re

fere

nte

ao tr

ansp

orte

rodo

viár

io, s

egun

do o

Min

istér

io d

e Ci

ência

e Te

cnol

ogia

14.

Com

um

a in

fraes

trut

ura

prec

ária

, as e

mpr

esas

no

Bras

il fic

am re

féns

do

oner

oso

trans

port

e ro

dovi

ário

, ten

do d

e tra

nspo

rtar

insu

mos

e p

rodu

tos

em ca

min

hões

mov

idos

à di

esel

, alta

men

te po

luen

tes e

emite

ntes

de ga

ses

de e

feito

est

ufa.

Esse

pro

blem

a co

mpõ

e o

“Cus

to B

rasil

” que

impe

de u

m

cres

cimen

to m

ais r

obus

to d

a eco

nom

ia ao

min

ar a

eficiê

ncia

da i

ndús

tria

na

ciona

l e a

com

petit

ivid

ade

dos p

rodu

tos b

rasil

eiro

s.É c

omum

com

prad

ores

olha

rem

para

o sis

tem

a de l

ogíst

ica do

s clie

ntes

an

tes d

e fec

har n

egóc

ios.

A Sa

dia,

hoje

Bra

sil Fo

ods,

por e

xem

plo,

auto

ma-

tizou

o co

ntro

le d

e ro

tas r

eduz

indo

via

gens

e q

ueim

a de

com

bust

ível. O

m

étod

o pr

ioriz

a fo

rnec

edor

es re

gion

ais e

refo

rmul

a o

plan

ejam

ento

da

dist

ribui

ção

para

dim

inui

r as d

istân

cias d

as en

trega

s. “C

om m

elho

r pre

vi-

são s

obre

a de

man

da d

as lo

jas,

redu

zimos

em 25

% o

tráfe

go d

e cam

inhõ

es

entre

nos

sos c

entro

s de

dist

ribui

ção”

, rev

ela

Regi

na Le

mgr

uber

, dire

tora

de

logí

stica

da

rede

de

vare

jo M

agaz

ine

Luíza

. A re

duçã

o de

cust

o ch

ega

a 20

%, c

om va

ntag

ens c

omo

a re

duçã

o na

s em

issõe

s de

gase

s de

efei

to

estu

fa n

os ce

rca

de 1

mil

cam

inhõ

es q

ue a

bast

ecem

a re

de n

o Es

tado

de

São

Paul

o. Es

ses g

anho

s adv

êm d

e es

forç

o ún

ico d

as e

mpr

esas

. Da

sua

part

e, o

pode

r púb

lico

com

prom

etid

o co

m o

des

envo

lvim

ento

sust

entá

-ve

l dev

e, en

tre o

utra

s coi

sas,

retir

ar o

s inc

entiv

os à

indú

stria

bas

eada

no

petró

leo

e m

elho

rar a

infra

estr

utur

a do

paí

s, of

erec

endo

rota

s efic

ient

es

de tr

ansp

orte

ferro

viár

io e

hidr

oviá

rio –

o que

aum

enta

ria a

viab

ilida

de d

e em

pree

ndim

ento

s no

Bras

il.Ne

ssa

trilh

a da

bus

ca p

or e

ficiê

ncia

s, a

John

son&

John

son

redu

ziu e

m

18%

o u

so d

e m

ater

iais

para

o B

and-

Aid,

um

de

seus

mai

s tr

adic

iona

is pr

odut

os, c

om o

pro

pósit

o de

econ

omiza

r mat

éria

-prim

a e d

imin

uir o

lixo

após

o u

so p

elo

cons

umid

or15 .

7978

Carim

bo d

a ce

rtifi

caçã

o ga

nha

forç

a co

mo

refe

rênc

ia d

e pa

drõe

s su

sten

táve

is p

ara

as c

ompr

as

I

II

leia

no

quad

ro

da p

ág. 9

6

I Bor

ges,

M. M

arco

s Bor

ges:

depo

imen

to. E

ntre

vist

ador

: S. A

deod

ato.

São

Paul

o. In

stitu

to N

a-cio

nal d

e Met

rolo

gia,

Norm

aliza

ção

e Qua

lidad

e Ind

ustr

ial (

Inm

etro

), 201

2. En

trevi

sta c

once

-di

da a

o Ce

ntro

de E

stud

os em

Sust

enta

bilid

ade d

a FG

V e I

CLEI

par

a a

elab

oraç

ão d

este

livro

.

II Si

ndica

to d

os M

etal

úrgi

cos d

o AB

C. M

ais d

ez m

onta

dora

s ent

ram

em

pro

gram

a de

selo

pa

ra p

agar

men

os IP

I. Disp

onív

el e

m: <

http

://w

ww

.smab

c.org

.br/

smab

c/m

ater

ia.a

sp?id

_CO

N=30

479&

id_S

EC=1

2>. A

cess

o em

: 22 o

ut. 2

012.

8180

Prog

ram

me

for t

he E

ndor

sem

ent

of F

ores

t Cer

tifica

tion

Sche

mes

Fore

st S

tew

ards

chip

Cou

ncil

III

Fair

Trad

e

III D

ias,

R. Ro

gério

Dia

s: de

poim

ento

. Ent

revi

stad

or: S

. Ade

odat

o. Br

asíli

a: M

inist

ério

da

Agri-

cultu

ra, 2

012.

Entre

vist

a con

cedi

da ao

Cen

tro d

e Est

udos

em Su

sten

tabi

lidad

e da F

GV e

ICLE

I pa

ra a

elab

oraç

ão d

a obr

a “Co

mpr

as Su

sten

táve

is: a

forç

a do

cons

umo

públ

ico e

empr

esar

ial

para

um

a ec

onom

ia ve

rde

e in

clusiv

a”.

8382

Para

via

biliz

ar a

idei

a ju

nto

ao fa

bric

ante

, a re

de d

e su

perm

erca

do

Wal

mar

t abr

iu m

ão d

e crit

ério

s com

ercia

is de

pra

xe, s

egun

do o

s qua

is as

m

erca

doria

s de

men

or ta

man

ho o

cupa

m m

enos

esp

aço

nas g

ôndo

las.

A re

de va

rejis

ta g

aran

tiu p

ara a

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ca o

mes

mo e

spaç

o lin

ear o

cupa

do p

ela

emba

lage

m a

ntig

a –

algo

tem

pos a

trás c

onsid

erad

o im

pens

ável

par

a o

negó

cio, tr

adici

onal

men

te di

recio

nado

pel

a qua

ntid

ade d

e pro

duto

s, pr

eço

e vol

ume d

e ven

das.

A pa

rtir

da in

iciat

iva, a

indú

stria

diss

emin

ou o

conc

eito

da

nov

a em

bala

gem

no

rest

o do

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do.

Prom

oven

do a

pro

duçã

o lo

cal

Se fa

vore

cer c

ompr

as lo

cais

e de

peq

uena

s em

pres

as sã

o cr

itério

s de

com

pras

sust

entá

veis,

gar

antir

a su

a im

plem

enta

ção

pode

ser d

esafi

a-do

r. Ap

esar

do

aces

so d

os p

eque

nos

prod

utor

es a

o fo

rnec

imen

to p

ara

gran

des r

edes

ser a

inda

lim

itado

por

div

ersa

s raz

ões,

com

o en

trav

es d

e lo

gíst

ica e

ques

tões

de e

scal

a com

ercia

l, há i

nicia

tivas

pro

vand

o os

bon

s re

sulta

dos d

as co

mpr

as q

ue p

rom

ovem

a g

eraç

ão d

e re

nda

e a

inclu

são

socia

l. Em

Goi

ânia

, a R

ede

de C

omer

cializ

ação

Sol

idár

ia d

e Ag

ricul

tore

s e

Extr

ativ

istas

do

Cerra

do m

obili

za ce

nten

as d

e fa

míli

as p

rodu

tora

s em

45

mun

icípi

os d

e cin

co es

tado

s. Pa

rte d

a pro

duçã

o ab

aste

ce u

ma f

ábric

a co

mun

itária

de c

asta

nha d

e bar

u – a

mên

doa

típica

do

Cerra

do q

ue ta

m-

bém

com

põe

gran

ola,

rosq

uinh

as, c

ooki

es e

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ras d

e ce

reai

s for

necid

os

pela

coop

erat

iva à

mer

enda

esc

olar

e re

des d

e su

perm

erca

dos.

No

tota

l, as

vend

as d

e am

êndo

as d

e ba

ru e

m 2

012

deve

m a

tingi

r 800

tone

lada

s, a

R$ 35

o q

uilo

. “Pa

ra g

aran

tir a

rend

a e

evita

r os p

robl

emas

com

a sa

zo-

nalid

ade,

cerc

a de

200

esp

écie

s sã

o cu

ltiva

das

ou co

leta

das

no b

iom

a at

ravé

s do

extr

ativ

ismo”

, exp

lica

Mar

celo

Jacin

to d

o Eg

ito, c

oord

enad

or

técn

ico d

a co

oper

ativa

, que

fatu

ra R

$ 2,8

milh

ões p

or a

no e

tem

pla

nos

de in

stal

ar m

ais d

ez u

nida

des i

ndus

tria

is pa

ra a

mai

or v

alor

izaçã

o do

s pr

odut

os d

o Ce

rrado

.O

Grup

o Pã

o de

Açú

car, u

m d

os cl

ient

es d

a co

oper

ativa

, fech

ou o

ciclo

da

s em

bala

gens

da

linha

pró

pria

de

bem

-est

ar TA

EQ. N

a en

gren

agem

do

cons

umo,

supe

rmer

cado

s fun

ciona

m co

mo e

los e

ntre

forn

eced

ores

e co

n-su

mid

ores

fina

is. “T

emos

o p

oder

de

mob

iliza

r com

prad

ores

e p

ress

iona

r ca

deia

s pro

dutiv

as p

ara a

ções

resp

onsá

veis”

, ress

alta

Paul

o Pia

nez,

dire

tor

de su

sten

tabi

lidad

e do C

arre

four

. “Rec

ente

pesq

uisa

mos

tra u

ma m

udan

ça

de p

erfil

dos

clie

ntes

, hoj

e int

eres

sado

s em

sabe

r ond

e e p

or q

uem

os p

ro-

duto

s for

am fa

brica

dos”

, reve

la o

exec

utivo

. Seg

undo

ele,

a mai

oria

des

eja

que o

supe

rmer

cado

faça

um

a sel

eção

prév

ia da

ofer

ta, d

esca

rtan

do op

ções

qu

e ag

ridem

o m

eio

ambi

ente

. De

tant

o ser

em ac

usad

as de

min

ar o

dina

mism

o eco

nôm

ico de

bairr

os e

cidad

es in

teira

s – e

obse

rvan

do g

rand

e pot

encia

l de f

azer

mai

s eco

nom

ias,

as g

rand

es re

des d

e var

ejo

têm

se vo

ltado

à ar

ticul

ação

junt

o a se

us fo

rne-

cedo

res, i

nclu

sive o

s pro

duto

res d

e alim

ento

s. Po

rém

essa

artic

ulaç

ão ai

nda

ocor

re em

um

des

equi

libra

do jo

go d

e for

ças,

em q

ue o

peq

ueno

pro

duto

r te

m d

ificu

ldad

es e

m se

r ouv

ido

e o

gran

de va

rejis

ta d

etém

as c

arta

s. No

Br

asil,

o do

mín

io d

o m

erca

do d

e va

rejo

por

três

em

pres

as p

erm

ite-lh

es

aufe

rir g

rand

es lu

cros

. Seg

undo

Dan

ilo A

guia

r, da

Uni

vers

idad

e Fe

dera

l de

São

Car

los,

os va

rejis

tas n

o Br

asil

usam

seu

pode

r de

mer

cado

prin

ci-pa

lmen

te tr

ansf

erin

do se

us cu

stos

par

a os

forn

eced

ores

16. C

om a

rápi

da

prol

ifera

ção

de h

iper

mer

cado

s nas

cida

des m

aior

es, o

bser

va-s

e hav

er u

m

enfra

quec

imen

to a

cele

rado

do

com

ércio

vare

jista

de

pequ

enas

cida

des,

o qu

e é

um fa

tor d

e co

ncen

traçã

o de

rend

a, di

min

uiçã

o de

em

preg

os e

es

mor

ecim

ento

da e

cono

mia

loca

l. De

pois

da in

stal

ação

de g

rand

es lo

jas

de va

rejo

no

esta

do a

mer

icano

de

Iow

a, um

est

udo

cons

tato

u qu

e qu

ase

met

ade d

o com

ércio

vare

jista

de ci

dade

s peq

uena

s des

apar

eceu

em p

ouco

m

ais d

e um

a dé

cada

17 .Co

ntra

diçõ

es co

mo e

ssas

estã

o fre

quen

tem

ente

pre

sent

es n

as d

iscus

-sõ

es so

bre

sust

enta

bilid

ade

em q

ualq

uer s

etor

. As o

rgan

izaçõ

es, s

ejam

em

pres

aria

is ou

de i

nter

esse

púb

lico,

em re

gra,

não

cons

egue

m lid

ar co

m

toda

a co

mpl

exid

ade d

o des

envo

lvim

ento

sust

entá

vel, p

ensa

ndo n

as p

es-

soas

, nos

lucr

os e

no

plan

eta.

Dive

rsos

seto

res v

êm d

esen

volve

ndo

açõe

s pa

ra d

ispon

ibili

zar p

rodu

tos

com

atr

ibut

os d

e su

sten

tabi

lidad

e e

têm

em

pree

ndid

o in

iciat

ivas e

m b

usca

de

eficiê

ncia

s e in

ovaç

ão.

8584

Ente

nda

as co

nexõ

es d

a de

cisão

de

com

pra

com

os

asp

ecto

s am

bien

tais

e so

ciais,

das

cam

iseta

s de

alg

odão

e ro

upas

pro

fi ssio

nais

à m

oda

das v

itrin

es

De ol

ho no

vest

uário

ALGO

DÃO

É um

dos

têxt

eis

mai

s con

sum

idos

no

mun

do e

m

udan

ças p

ara

um co

nsum

o m

ais s

uste

ntáv

el p

odem

m

inim

izar i

mpa

ctos

. Um

a ca

mise

ta ex

ige

que

160

g de

ag

rotó

xico

s sej

am d

espe

jado

s no

cam

po co

m d

anos

a

agric

ulto

res,

solo

, águ

a, fa

una

e ca

deia

alim

enta

r. Nos

culti

vos

é al

to o

índi

ce d

e tra

balh

o em

co

ndiçõ

es ir

regu

lare

s INDÚ

STRI

A TÊ

XTIL

No

proc

esso

de

fi aç

ão, t

ecel

agem

e a

caba

men

to

dos t

ecid

os, in

cluin

do ti

ntur

aria

e

lava

gem

, é a

lto o

cons

umo

de

ener

gia,

com

bust

íveis

fóss

eis e

águ

a co

m g

eraç

ão d

e ga

ses,

efl u

ente

s que

po

luem

rios

e re

síduo

s sól

idos

OFI

CIN

A DE

CO

STU

RA

Um p

robl

ema

do se

tor é

a

cont

rata

ção

de m

ão-d

e-ob

ra d

e fo

rma

inad

equa

da: s

em ca

rtei

ra

de tr

abal

ho co

m jo

rnad

as

de tr

abal

ho ex

cess

ivas e

em

am

bien

tes i

nsal

ubre

s. No

Bra

sil,

imig

rant

es il

egai

s est

ão e

ntre

os

mai

s vul

nerá

veis

CON

FECÇ

ÃO D

eve

atua

r jun

to a

ofi c

inas

de

cost

ura

e de

mai

s pre

stad

ores

de

serv

iço p

ara

a ad

oção

de

boas

prá

ticas

am

bien

tais

e tra

balh

istas

. Pod

e se

r bo

m n

egóc

io a

ssoc

iar a

s mar

cas a

alte

rnat

ivas

ecol

ogica

men

te a

mig

ávei

s. Um

exem

plo

é o

algo

dão

orgâ

nico

, obt

ido

por s

istem

as su

sten

táve

is. Já

o

algo

dão

natu

ral c

olor

ido

disp

ensa

cora

ntes

quí

mico

s e

econ

omiza

águ

a no

aca

bam

ento

CUST

OMIZ

AÇÃO

Peça

s de

vest

uário

ant

igas

po

dem

ser c

onse

rtad

as

ou e

stili

zada

s par

a to

mar

a

form

a de

nov

as ro

upas

, ev

itand

o o

desp

erdí

cio d

e te

cidos

reut

ilizá

veis

USUÁ

RIO

Tant

o o

cons

umid

or

com

o o

gest

or q

ue

adm

inist

ra a

com

pra

de u

nifo

rmes

nas

in

stitu

ições

pod

em

prom

over

mud

ança

s. Al

ém d

e ev

itar o

de

snec

essá

rio, é

im

port

ante

obs

erva

r as

etiq

ueta

s par

a da

r pr

efer

ência

a o

pçõe

s m

enos

dan

osas

ao

ambi

ente

e d

esca

rtar

m

arca

s inc

luíd

as

na “l

ista

suja

” do

traba

lho

escr

avo

ATER

RO/L

IXÃO

Roup

as d

esca

rtad

as

com

o li

xo co

mum

aca

bam

no

ater

ro

sani

tário

ou

no li

xão,

onde

leva

m d

ezen

as

de a

nos p

ara

se d

ecom

por c

om im

pact

os

nega

tivos

ao

mei

o am

bien

te

DOAÇ

ÃO Em

ve

z do

desc

arte

no

lixo

, roup

as e

ac

essó

rios f

ora

de u

so p

odem

se

r ven

dido

s par

a um

bre

chó

ou

doad

os a

terc

eiro

s ou

ent

idad

es

socia

is pa

ra

reut

iliza

ção.

Isso

redu

z o co

nsum

o de

nov

as p

eças

e,

auto

mat

icam

ente

, a

quan

tidad

e de

re

curs

os n

atur

ais

e po

luen

tes

utili

zado

s na

sua

fabr

icaçã

o

PET

Mai

s de

40%

das

gar

rafa

s PET

de

scar

tada

s no

Bras

il sã

o tra

nsfo

rmad

as

em fi

bras

par

a o

seto

r têx

til. A

mat

éria

-pr

ima

recic

lada

subs

titui

a fa

brica

da a

pa

rtir

do p

etró

leo,

com

eco

nom

ia d

e 30

%

de e

nerg

ia. A

expa

nsão

dep

ende

do

avan

ço

dos s

ervi

ços d

e co

leta

sele

tiva

do li

xo

FIBR

A SI

NTÉ

TICA

Gra

nde

part

e do

s tec

idos

cont

ém p

olié

ster

e

outra

s fi b

ras o

riund

as d

o pe

tróle

o, fo

nte

não

reno

váve

l e p

olue

nte.

O us

o de

mat

eria

l sin

tétic

o cr

esce

de

vido

às i

ncer

teza

s de

clim

a, sa

fra

e pr

eços

da

prod

ução

agr

ícola

COU

RO O

secu

lar u

so d

o m

ater

ial e

m ro

upas

, cal

çado

s e

aces

sório

s est

á as

socia

do a

im

pact

os n

ocivo

s da

cria

ção

de

gado

, com

o de

smat

amen

to e

em

issão

de

gase

s de

efei

to e

stuf

a

FONTE: ICLEI/ PROJETO “IMPLEMENTANDO COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS NO ESTADO DA BAHIA”, ABIPET, ABIT

85

8786

Um p

róxi

mo

pass

o a

ser d

ado

é es

tabe

lece

r um

rela

ciona

men

to co

m

forn

eced

ores

mai

s equ

ânim

e e

dial

ogad

o, co

m vi

stas

ao

com

ércio

étic

o e

just

o –

o qu

e in

clui u

ma

divi

são

mai

s equ

ilibr

ada

dos ô

nus e

dos

bôn

us

entre

pro

duto

res,

vend

edor

es e

socie

dade

. Inici

ativa

s com

ess

as ca

ract

e-rís

ticas

estã

o su

rgin

do so

b a é

gide

da c

riaçã

o de

valo

r com

part

ilhad

o, qu

e se

rá a

pres

enta

da a

o fin

al d

este

capí

tulo

.N

o la

do d

a in

dúst

ria, a

s com

pras

em

pres

aria

is en

volv

em ta

mbé

m a

pr

eocu

paçã

o co

m o

s re

síduo

s ge

rado

s ap

ós o

uso

das

mer

cado

rias

ou

dura

nte

a su

a pr

oduç

ão n

as fá

brica

s. No

sent

ido

de cu

mpr

ir a

legi

slaçã

o, a

Polít

ica N

acio

nal d

e Re

síduo

s Sól

idos

, um

a co

alizã

o lid

erad

a pe

lo C

om-

prom

isso

Empr

esar

ial p

ara R

ecicl

agem

(Cem

pre)

agru

pand

o os

prin

cipai

s fa

brica

ntes

de em

bala

gens

e in

dúst

rias q

ue as

util

izam

na p

rodu

ção,

com

o o

seto

r de b

ebid

as, p

lane

ja co

mo

fará

a lo

gíst

ica re

vers

a – is

to é,

a co

leta

e re

torn

o do

s res

íduo

s à p

rodu

ção

indu

stria

l.Há

dez a

nos, t

odas

as ca

ixas

desc

artá

veis

de su

co e

leite

iam

para

lixõe

s e

ater

ros a

pós o

cons

umo d

as b

ebid

as n

o Bra

sil. H

oje,

mai

s de 2

5% é

recic

lada

a

part

ir de

tecn

olog

ias q

ue su

rgira

m n

o m

erca

do co

m a

poio

do

prin

cipal

fa

brica

nte

dess

as e

mba

lage

ns, a

em

pres

a Tet

ra Pa

k. “A

met

a é

atin

gir 4

0%

até 2

014”

, reve

la Fe

rnan

do vo

n Zu

ben,

dire

tor d

e mei

o am

bien

te. O

pape

l, um

do

s mat

eria

is qu

e co

mpõ

em a

s em

bala

gens

long

a vid

a ju

ntam

ente

com

as

cam

adas

de p

lást

ico e

alum

ínio

, é se

para

do e

utili

zado

na

fabr

icaçã

o de

pa

pelã

o pa

ra ca

ixas

de

trans

port

e, al

ém d

e pa

pel r

ecicl

ado

para

dive

rsos

fin

s, in

clusiv

e pa

ra im

pres

são

e pr

oduç

ão d

e no

vas e

mba

lage

ns d

e su

co e

le

ite. A

pós o

apr

ovei

tam

ento

do

pape

l des

sas c

aixa

s, o

plás

tico

mist

urad

o ao

alu

mín

io é

em

preg

ado

em te

lhas

e p

laca

s par

a a

cons

truçã

o civ

il, al

ém

de ca

pas d

e ca

dern

o ex

port

adas

par

a os

Est

ados

Uni

dos.

Nova

tecn

olog

ia

bras

ileira

, pio

neira

no

mun

do, p

erm

ite a

sepa

raçã

o to

tal d

o pl

ástic

o, pa

ra

prod

ução

de p

arafi

nas,

e do

alum

ínio

, tra

nsfo

rmad

o em

para

aplic

açõe

s no

bres

na i

ndús

tria q

uím

ica. N

o tot

al, 3

2 em

pres

as at

uam

na c

adei

a de r

eci-

clage

m de

emba

lage

ns lo

nga v

ida,

sem

cont

ar as

coop

erat

ivas d

e cat

ador

es

que a

s sep

aram

do l

ixo,

trans

form

ando

-as e

m fa

rdos

par

a env

io à

indú

stria

.O

uso

de m

ater

iais

recic

láve

is ou

recic

lado

s, no

ent

anto

, não

conf

ere

o

adje

tivo s

uste

ntáv

el à

ativi

dade

do co

nsum

o: é i

mpo

rtan

te ob

serv

ar qu

e na

mai

oria

das

regi

ões d

o Br

asil a

aqui

sição

de a

limen

tos f

resc

os d

e for

nece

-do

res l

ocai

s – co

mo l

eite

, frut

as e

suco

s – p

ode d

ispen

sar e

ssas

com

plex

as

emba

lage

ns e

tam

bém

elim

inar

a in

gest

ão d

e ad

itivo

s quí

mico

s com

o co

nser

vant

es. E

m u

ma

das c

láss

icas l

ições

da

sust

enta

bilid

ade,

a do

s “3

erre

s”, a

s açõ

es d

e Red

ução

e Re

utili

zaçã

o ap

arec

em a

ntes

da

Recic

lage

m.

Mas

um

a ve

z que

a e

mba

lage

m já

foi f

abric

ada,

nada

mai

s cer

to d

o qu

e (re

)apr

ovei

tá-la

ao

máx

imo.

Um d

esafi

o pa

ra a

s cid

ades

e

suas

cons

truç

ões

Mud

ança

s nas

com

pras

empr

esar

iais

atin

gem

a co

nstru

ção

civil,

seto

r qu

e con

greg

a ot

imism

o no

Bra

sil. R

espo

nsáv

el p

or 10

% d

o PI

B gl

obal

, che

-ga

ndo a

40%

em al

gum

as ec

onom

ias, o

seto

r rep

rese

nta u

m te

rço d

os ga

ses

de ef

eito

estu

fa em

itido

s no

plan

eta,

conf

orm

e dad

os d

o Su

stai

nabl

e Bui

l-di

ngs a

nd C

limat

e Ini

ciativ

e (UN

EP-S

BCI),

da O

NU18

. Mai

s de U

S$ 7

trilh

ões

são g

asto

s anu

alm

ente

em co

nstru

ções

, com

estim

ativa

de at

ingi

r US$

100

trilh

ões a

té 20

20, s

egun

do re

lató

rio d

ivulg

ado

pela

entid

ade.

“O p

oten

cial

de in

vest

imen

to é

alto

, mas

a fa

tia p

ara

a co

nstru

ção

sust

entá

vel é

ain

da

pequ

ena”

, lam

enta

Cur

t Gar

rigan

, coo

rden

ador

da U

NEP

-SBC

I. Ele

apre

sen-

tou

estu

do m

ostra

ndo q

ue o

seto

r é re

spon

sáve

l por

40%

da e

nerg

ia e

25%

da

águ

a co

nsum

ida

no m

undo

– n

úmer

os q

ue te

ndem

a cr

esce

r a p

artir

do

aum

ento

da

popu

laçã

o ur

bana

e d

a ne

cess

idad

e de

gar

antir

mor

adia

pa

ra to

dos.

Até

2030

, seg

undo

Gar

rigan

, 3 b

ilhõe

s de

pess

oas p

recis

arão

te

r ace

sso

a ha

bita

ção,

prin

cipal

men

te n

os p

aíse

s em

des

envo

lvim

ento

IV.

“O p

apel

das

cida

des e

do s

etor

de c

onst

ruçã

o civi

l é ce

ntra

l par

a a tr

an-

sição

na

dire

ção

de u

ma

econ

omia

verd

e”, r

essa

lta P

avan

Suk

hdev

, che

fe

da In

iciat

iva e

m E

cono

mia

Ver

de d

o Pr

ogra

ma

das N

açõe

s Uni

das p

ara

o M

eio

Ambi

ente

. “O se

tor p

rivad

o nã

o po

de se

guir

adia

nte s

ozin

ho p

orqu

e

IV In

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açõe

s for

necid

as p

or C

urt G

arrig

an n

o sim

pósio

“Efic

iênc

ia n

o Us

o de

Rec

urso

s e

Econ

omia

Ver

de: O

port

unid

ades

par

a Ed

ifício

s e C

idad

es S

uste

ntáv

eis”

, em

junh

o de

2012

.

8988

é lim

itado

pel

o luc

ro, o

pro

pósit

o prim

ário

de u

ma c

orpo

raçã

o”, a

cres

cent

a Pa

van,

def

ende

ndo

ince

ntivo

s fina

ncei

ros p

ara

o se

tor. E

le a

rgum

enta

: “é

difíc

il as e

mpr

esas

opta

rem

por

cons

truçõ

es su

sten

táve

is se

no m

undo

US$ 6

5 bilh

ões e

m su

bsíd

ios p

ara a

pro

duçã

o de c

ombu

stíve

is fó

ssei

s, m

ais

US$

275

bilh

ões d

estin

ados

a u

ma

agric

ultu

ra n

ão su

sten

táve

l e o

utro

s ta

ntos

bilh

ões p

ara

a pe

sca

que

agrid

e os

oce

anos

”. Na

opin

ião

de Pa

van,

m

udan

ças o

corre

rão

por i

nter

méd

io d

e po

lítica

s púb

licas

, atra

vés d

e in

-ce

ntivo

s e ta

mbé

m d

o po

der d

as co

mpr

as g

over

nam

enta

is (v

er ca

pítu

lo

2). “

Um m

ilhão

de d

ólar

es em

inve

stim

ento

verd

e pel

o gov

erno

pod

e ger

ar

de U

S$ 5

a 10

milh

ões a

plica

dos p

elo

seto

r priv

ado”

, com

plet

a Pa

van.

Os

gove

rnos

loca

is da

s cid

ades

, nes

te se

ntid

o, tê

m à

sua

disp

osiçã

o di

vers

as

ferra

men

tas a

dmin

istra

tivas

, reg

ulat

ória

s e e

conô

mica

s par

a pr

omov

er

esta

s mud

ança

s no

seto

r, no

âmbi

to d

o pl

anej

amen

to u

rban

o, ge

stão

dos

re

síduo

s da c

onst

ruçã

o civ

il e sa

neam

ento

, por

exem

plo19

. A C

opa d

as C

on-

fede

raçõ

es d

e 201

3, a

Copa

do

Mun

do d

e 201

4 e a

s Olim

píad

as d

e 201

6 no

Br

asil

têm

pot

encia

l de

mot

ivar p

roje

tos d

e co

nstr

ução

civi

l sus

tent

ávei

s e

infra

estr

utur

a ur

bana

verd

e e

inte

ligen

te n

esta

s cid

ades

.Cr

esce

a b

usca

por

selo

s ver

des c

omo

man

eira

de

dife

renc

iar e

mpr

e-en

dim

ento

s que

segu

em re

gras

am

bien

tais,

com

prov

adas

por

aud

itoria

s. Al

ém d

os si

stem

as p

ara

o au

men

to d

a efi

ciênc

ia e

nerg

ética

e e

cono

mia

de

águ

a na

ope

raçã

o do

s edi

fício

s, a

preo

cupa

ção

abra

nge

a ad

oção

de

boas

prá

ticas

dur

ante

a o

bra,

com

o a

recic

lage

m d

o en

tulh

o e

a ga

rant

ia

da o

rigem

da

mat

éria

-prim

a (v

eja

na ilu

stra

ção

da p

ág. 9

0).

No ca

so d

a mad

eira

, dev

ido a

esqu

emas

de f

raud

es n

a em

issão

da G

uia

Flor

esta

l ou

do D

ocum

ento

de O

rigem

Flor

esta

l, o ca

rimbo

da c

ertifi

caçã

o so

cioam

bien

tal é

vist

o co

mo

única

gar

antia

sobr

e a p

roce

dênc

ia n

ão p

re-

dató

ria d

o m

ater

ial. H

á de

safio

s par

a um

a m

aior

ade

são

do m

erca

do a

os

selo

s, qu

e en

volve

m cu

stos

par

a m

udan

ças d

e pr

oces

sos e

ade

quaç

ão à

s no

rmas

, com

refle

xos n

os p

reço

s (le

ia n

as p

ágs.

78 a

81).

Par

a Gr

eg K

ats,

pres

iden

te da

empr

esa C

apita

l E, “é

prec

iso de

smist

ifica

r que

as co

nstru

ções

su

sten

táve

is sã

o m

ais c

aras

”. Pes

quisa

real

izada

sob

sua

coor

dena

ção

em

170

préd

ios d

e 15

paí

ses r

evel

ou o

cont

rário

. “Em

20

anos

, edi

fício

s ver

des

V In

form

açõe

s for

necid

as p

or C

urt G

arrig

an n

o Si

mpó

sio E

ficiê

ncia

no

Uso

de R

ecur

sos e

Ec

onom

ia V

erde

: Opo

rtun

idad

es p

ara

Edifí

cios e

Cid

ades

Sus

tent

ávei

s em

2012

.

gera

m re

torn

o eq

uiva

lent

e a 2,

5 vez

es o

valo

r do

inve

stim

ento

, a p

artir

da

econ

omia

de

água

e e

nerg

ia”,

diz o

exe

cutiv

o. Es

tima-

se q

ue o

s edi

fício

s su

sten

táve

is of

ereç

am u

ma e

cono

mia

de a

té 30

% n

o val

or d

o con

dom

ínio

, in

cluin

do a

í as r

eduç

ões d

o co

nsum

o de

ene

rgia

, águ

a e

do cu

sto

oper

a-cio

nal d

o ed

ifício

(man

uten

ção

e re

form

as). A

lém

diss

o, se

gund

o o

Gree

n Bu

sines

s Cou

ncil B

rasil

, há

um a

umen

to d

e 20%

no

valo

r de v

enda

do

em-

pree

ndim

ento

apó

s 20

anos

de

uso20

. “F

oram

cons

truí

dos n

o Es

tado

de

São

Paul

o 3 m

il ba

irros

nos

últi

mos

40

ano

s, to

taliz

ando

450

mil

mor

adia

s, m

as e

m m

uito

s cas

os se

ocu

pou

luga

res i

nade

quad

os, s

em co

ndici

onan

tes a

mbi

enta

is”, d

esta

ca E

duar

do

Tran

i, ass

esso

r da

Secr

etar

ia d

e Ha

bita

ção,

defe

nden

do m

edid

as p

ara

se

colo

car e

m p

rátic

a po

lítica

s de

urba

niza

ção

de fa

vela

s e d

e pr

ovisã

o de

m

orad

ias n

ovas

. Ele

info

rma q

ue o

Esta

do d

e São

Paul

o fo

i con

vida

do p

ara

com

por o

SUS

HI (

Inici

ativa

de

Habi

taçã

o So

cial S

uste

ntáv

el),

um p

roje

to

da U

NEP

-SBC

I que

tem

com

o obj

etivo

aum

enta

r o u

so d

e edi

fício

s sus

ten-

táve

is (e

m te

rmos

de r

ecur

sos n

atur

ais e

eficiê

ncia

ener

gétic

a) e

solu

ções

de

des

ign

em p

rogr

amas

de

habi

taçã

o no

s paí

ses e

m d

esen

volv

imen

to.

As n

ovas

mor

adia

s da

Com

panh

ia d

e De

senv

olvi

men

to H

abita

ciona

l e U

rban

o (C

DHU)

são

entre

gues

com

aqu

eced

ores

sola

res,

que p

erm

item

um

a eco

nom

ia d

e cer

ca d

e 30%

na c

onta

de e

nerg

ia d

os m

utuá

rios.

Além

di

sso,

as ca

sas t

êm ja

nela

s mai

s am

plas

para

mai

or ilu

min

ação

e ve

ntila

ção.

Um e

xem

plo

é o

resid

encia

l Rub

ens L

ara,

em C

ubat

ão (S

P), r

econ

hecid

o co

mo

mor

adia

pop

ular

verd

e pe

la O

NU.

O p

roje

to n

a Se

rra d

o M

ar ti

rou

7,5 m

il m

orad

ores

de

uma

área

de

pres

erva

ção

ambi

enta

l, a u

m c

usto

su

perio

r a R

$ 1 b

ilhão

V . “As l

ições

do

SUSH

I no

Bras

il m

ostra

m q

ue, a

lém

de

redu

zirm

os re

curs

os n

atur

ais,

resíd

uos s

ólid

os e

em

issõe

s de

gase

s de

efei

to es

tufa

, o p

roje

to p

ode c

ontri

buir

para

a ge

raçã

o de e

mpr

egos

verd

es

e par

a a er

radi

caçã

o da

pob

reza

”, com

plet

a Tra

ni. H

á refl

exos

socia

is e c

ul-

tura

is im

port

ante

s: “e

stud

os m

ostra

m q

ue u

ma c

rianç

a com

mai

s esp

aço

e ve

ntila

ção

apre

sent

a m

elho

res r

esul

tado

s na

esco

la”.

9190

PLAN

EJAM

ENTO

DA

OBR

A O

proj

eto

básic

o de

ve

prev

er m

ater

iais

e te

cnol

ogia

s par

a re

duçã

o de

in

sum

os e

mai

or e

fi ciê

ncia

no

uso

da á

gua

e en

ergi

a po

r mei

o da

racio

naliz

ação

dos

esp

aços

, mel

hor

vent

ilaçã

o e

ilum

inaç

ão n

atur

al. C

ertifi

caç

ões e

selo

s, co

mo

o Le

ed e

o FS

C, b

aliza

m b

oas p

rátic

as.

De e

difíc

ios a

casa

s, po

ntes

e e

stra

das,

a co

ntra

taçã

o de

obr

as e

xige

crité

rios q

ue re

duza

m im

pact

os d

esde

a

orig

em d

os m

ater

iais

Cons

truçã

o sus

tent

ável

CON

STRU

ÇÃO

E U

SO D

O E

DIFÍ

CIO

A

obra

dev

e se

r lim

pa e

org

aniza

da, c

om

recic

lage

m, re

duçã

o de

des

perd

ícios

e

gara

ntia

de

segu

ranç

a e

boas

cond

ições

de

trab

alho

. A m

adei

ra p

ara

form

as d

e co

ncre

to e

esc

oram

ento

, alé

m d

e po

rtas

, ja

nela

s e p

isos,

prec

isa te

r com

prov

ação

le

gal. A

utom

ação

de

elev

ador

es, a

r co

ndici

onad

o e

ilum

inaç

ão e

cono

miza

en

ergi

a, re

duz c

usto

e to

rna

o us

o do

edi

fício

mai

s sus

tent

ável

. A b

oa

man

uten

ção

evita

per

da d

e re

curs

os.

REFO

RMA

Deve

pre

ver

mat

eria

is e

nova

s tec

nolo

gias

efi

cie

ntes

, com

o pa

inéi

s so

lare

s que

supr

em o

cons

umo

ener

gétic

o. Te

lhad

os ve

rdes

com

ve

geta

ção

susp

ensa

min

imiza

m

o ca

lor e

a n

eces

sidad

e de

re

frige

raçã

o. Ap

rove

itam

ento

de

água

da

chuv

a ou

de

reus

o em

ja

rdin

s e la

vage

m d

e ga

rage

ns

e ár

eas c

omun

s red

uz a

pre

ssão

so

bre

os m

anan

ciais.

DEM

OLIÇ

ÃO

São

indi

spen

sáve

is cr

itério

s par

a se

para

ção,

recic

lage

m

e re

apro

veita

men

to

dos m

ater

iais.

A

dem

oliçã

o de

ve se

guir

norm

as d

e se

gura

nça

e pr

oced

imen

tos p

ara

se

redu

zir p

olui

ção

sono

ra

e di

sper

são

de p

ó no

ent

orno

.

RECI

CLAG

EM D

E M

ATER

IAL O

ent

ulho

pa

ssa

por t

ritur

ador

es e

pen

eira

s, tra

nsfo

rman

do-s

e em

mat

eria

l par

a no

vos

usos

, com

o pa

vim

enta

ção

de ru

as. O

mét

odo

pode

ser o

pera

do n

a pr

ópria

obr

a ou

em

us

inas

de

recic

lage

m, q

ue p

rom

ovem

ec

onom

ia d

e m

atér

ia-p

rima,

redu

ção

da

polu

ição

e de p

robl

emas

com

o as

sore

amen

to

de có

rrego

s que

favo

rece

enc

hent

es.

DESC

ARTE

DE

MAT

ERIA

L O e

ntul

ho

jam

ais p

ode

ser d

epos

itado

em

terre

nos

bald

ios o

u m

arge

m d

e rio

s. O

mat

eria

l nã

o re

cicla

do é

enc

amin

hado

par

a at

erro

s esp

ecífi

cos p

ara

cons

truç

ão

civil.

Norm

as m

unici

pais

exig

em

das e

mpr

eite

iras r

elat

ório

s de

gere

ncia

men

to d

e re

síduo

s.

MAT

ERIA

IS E

REC

URS

OS

NAT

URA

IS D

ivers

os

insu

mos

são

extra

ídos

da

natu

reza

, com

o pe

dra

e ar

eia.

O ca

lcário

é m

atér

ia-p

rima

do ci

men

to e

do

gess

o, fa

brica

dos e

m fo

rnos

que

usa

m b

iom

assa

ou

resíd

uos

de b

oa co

mbu

stão

, com

o pn

eus v

elho

s. A

mad

eira

das

ob

ras p

rové

m d

e fl o

rest

as q

ue d

evem

ser e

xplo

rada

s po

r téc

nica

s de

impa

cto

redu

zido.

O al

umín

io e

aço

têm

or

igem

na

min

eraç

ão, p

oten

cial g

erad

ora

de p

olui

ção

e im

pact

os a

os a

mbi

ente

s nat

urai

s.

90

91

9392

O e

xem

plo

de S

ão P

aulo

, no

enta

nto,

é iso

lado

. No

níve

l nac

iona

l, o

aque

cimen

to d

o m

erca

do im

obili

ário

não

foi a

com

panh

ado

de e

sfor

ços

de g

rand

e esc

ala e

m fa

vor d

a sus

tent

abili

dade

. No

prog

ram

a Min

ha C

asa

Min

ha Vi

da, d

o gov

erno

fede

ral, s

ão tí

mid

as as

inici

ativa

s foc

adas

em co

n-tra

taçõ

es d

e ob

ras c

om cr

itério

s soc

ioam

bien

tais.

Em

pres

as de

econ

omia

mist

a são

inst

igad

as a

gera

r res

ulta

dos fi

nanc

ei-

ros e

ao m

esm

o te

mpo

arris

car n

os in

vest

imen

tos q

ue ze

lam

pel

o asp

ecto

so

cial e

am

bien

tal. C

omo

mui

tas a

tuam

em

serv

iços d

e gr

ande

volu

me,

é no

tório

o se

u po

der d

e infl

uenc

iar o

mer

cado

e ge

rar e

scal

a po

r mei

o da

s co

mpr

as e

cont

rata

ções

. Seg

uind

o o

rast

ro d

as n

orm

as d

o go

vern

o pa

u-lis

ta (l

eia

no ca

pítu

lo 2

), a

Com

panh

ia d

e Sa

neam

ento

Bás

ico d

o Es

tado

de

São

Paul

o (S

abes

p), u

ma d

as m

aior

es em

pres

as d

e san

eam

ento

bás

ico

do m

undo

, inici

ou e

m 2

009

o pr

oces

so d

e co

mpr

as su

sten

táve

is, d

ando

pr

efer

ência

a e

quip

amen

tos e

letr

ônico

s de

baix

o co

nsum

o en

ergé

tico,

cont

ando

hoj

e com

259

itens

com

o Se

lo So

cioam

bien

tal d

o Est

ado d

e São

Pa

ulo21

. Ent

re as

prim

eira

s nor

mas

adot

adas

pel

a em

pres

a, de

stac

am-s

e a

supr

essã

o do

am

iant

o (in

sum

o co

nsid

erad

o ca

ncer

ígen

o) n

a co

nstr

ução

civ

il e o

repr

oces

sam

ento

do

óleo

lubr

ifica

nte u

sado

. Ent

re 20

06 e

2010

, a

empr

esa m

ultip

licou

por

seis

o seu

cons

umo d

e pap

el re

cicla

do em

rela

ção

ao co

mum

. Não

é um

a qu

antid

ade p

eque

na, s

aben

do-s

e que

ao

todo

são

15 m

il fu

ncio

nário

s e m

ilhõe

s de

clien

tes.

Em ob

ras,

a Sab

esp

gast

a por

ano e

m to

rno d

e R$ 2

bilh

ões –

mon

tant

e qu

e apo

nta a

forç

a do s

etor

na i

nduç

ão de

mud

ança

s. Um

exem

plo r

ecen

te

é o u

so d

e agr

egad

o de

entu

lho

recic

lado

na

cons

truç

ão d

e adu

tora

s par

a di

strib

uiçã

o de á

gua.

A al

tern

ativa

é m

ais b

arat

a e su

bstit

ui a

arei

a, ex

traíd

a do

leito

de

rios m

uita

s vez

es co

m im

pact

os n

egat

ivos a

o am

bien

te. A

pós

expe

riênc

ia p

iloto

em 20

10 ju

nto a

um

a usin

a de r

ecicl

agem

que

form

ulou

o

mat

eria

l e fe

z os t

este

s, o

novo

insu

mo

foi e

mpr

egad

o no

ano

segu

inte

na

obr

a de

um

a ad

utor

a de

2,5 K

m, n

o Pr

ojet

o Tie

tê. O

pro

duto

a p

artir

do

entu

lho

foi e

ntão

libe

rado

par

a co

mpo

r as l

icita

ções

, des

de q

ue a

plica

do

em co

nstr

uçõe

s de

men

or ri

sco

estr

utur

al.

“A ex

pect

ativa

é qu

e ago

ra as

empr

eite

iras e

xpan

dam

o us

o do p

rodu

to

recic

lado

nos

serv

iços p

ara

as e

mpr

esas

em

ger

al, d

esen

volve

ndo

o no

vo

mer

cado

”, afir

ma M

arce

lo M

orga

do, a

sses

sor d

e mei

o am

bien

te da

Sabe

sp.

“Sob

cont

role

acio

nário

do

Esta

do, t

emos

mai

or m

arge

m p

ara

apos

tar n

o fo

men

to a

mbi

enta

l, seg

uind

o po

lítica

s púb

licas

”, enf

atiza

Mor

gado

. Sem

pr

ejud

icar a

cont

a ger

al da

com

panh

ia, a

bre-

se m

ão do

lucr

o de c

urto

praz

o em

nom

e de u

m be

m m

aior

e de

long

o pra

zo pa

ra so

cieda

de, m

esm

o ten

do

que

segu

ir no

rmas

lega

is m

ais r

estr

itiva

s que

os s

eus p

arce

iros d

o se

tor

empr

esar

ial. U

m p

rogr

ama

de u

so ra

ciona

l da

água

indu

ziu fa

brica

ntes

a

dese

nvol

ver v

álvu

las,

bacia

s e o

utro

s equ

ipam

ento

s hid

rául

icos m

ais e

fi-cie

ntes

, que

se di

ssem

inar

am e

hoje

são v

endi

dos a

preç

os ac

essív

eis.

Com

o re

sulta

do, e

m u

ma d

écad

a o co

nsum

o de á

gua c

aiu

quas

e pel

a met

ade n

a Re

gião

Met

ropo

litan

a de

São

Paul

o. A

busc

a de

solu

ções

junt

o a

forn

eced

ores

pro

mov

e a d

issem

inaç

ão d

e bo

as p

rátic

as ta

mbé

m e

m o

utra

s cad

eias

pro

dutiv

as. E

stud

os e

aná

lises

da

FGV

dem

onst

ram

que

apen

as q

uand

o to

da a

cade

ia é

obse

rvad

a é p

os-

sível

redu

zir cu

stos

e co

nqui

star

mer

cado

s. Pe

quen

as e

méd

ias e

mpr

esas

, ne

ste

cont

exto

, são

fund

amen

tais

para

pro

mov

er in

ovaç

ão, g

erar

esc

ala

em su

sten

tabi

lidad

e e d

esen

volve

r a ca

deia

de v

alor

. Em

pres

as d

e gra

nde

porte

tend

em a

ser m

ais r

esist

ente

s ao n

ovo,

já qu

e a cu

ltura

orga

niza

ciona

l es

tá m

ais c

onso

lidad

a e é

mai

s pes

ada.

No âm

bito

do

prog

ram

a Ino

vaçã

o na

Cria

ção

de Va

lor d

o GV

ces,

conc

luiu

-se q

ue a

s gra

ndes

empr

esas

estã

o co

mpr

eend

endo

que

sua c

adei

a de s

uprim

ento

é im

port

ante

no v

alor

fina

l do

s seu

s pro

duto

s e d

as p

rópr

ias o

rgan

izaçõ

es, t

anto

par

a de

prec

iá-lo

s co

mo

para

mel

horá

-los.

O de

safio

não

se li

mita

a im

por c

ritér

ios a

os fo

rnec

edor

es u

nila

tera

l-m

ente

, mas

dese

nvol

ver s

oluç

ões c

onju

ntas

. “Or

gani

zaçõ

es in

ovad

oras

têm

pr

edisp

osiçã

o a

alia

nças

e p

arce

rias”

, ava

lia o

pro

fess

or W

ilson

Nob

re, d

a FG

V, pa

ra qu

em “p

robl

emas

com

plex

os só

pode

m se

r res

olvid

os de

man

eira

co

labo

rativ

a e pa

rtici

pativ

a”. É

um

a est

raté

gia d

e ges

tão t

ípica

da tr

ansiç

ão

para

a “e

cono

mia

verd

e”, n

a qua

l o d

iálo

go é

um d

e seu

s prin

cipai

s pila

res.

A ex

pres

são

“res

pons

abili

dade

com

part

ilhad

a” se

inte

gra

ao vo

cabu

lário

da

s em

pres

as e

as s

uas r

elaç

ões c

om fo

rnec

edor

es. C

omo

pano

de

fund

o

9594

estã

o pol

ítica

s ins

tituc

iona

is de

com

pras

e co

ntra

taçõ

es e

o olh

ar at

ento

de

grup

os d

e con

sum

idor

es e

de ór

gãos

de c

ontro

le, q

ue p

assa

m a

não a

ceita

r a o

miss

ão d

as o

rgan

izaçõ

es co

m re

laçã

o as

suas

prá

ticas

de c

ontra

taçõ

es.

As e

mpr

esas

ent

rarã

o na

ond

a da

sust

enta

bilid

ade

seja

por

inici

ativa

pr

ópria

ou

por p

ress

ões e

xter

nas.

O m

aior

gru

po em

pres

aria

l de m

oda d

o Br

asil,

o Gu

arar

apes

Con

fecç

ões,

cont

rola

dor d

as lo

jas R

iach

uelo

, ain

da

em 20

12 a

firm

ava

não

gara

ntir

a nã

o ut

iliza

ção,

por s

eus f

orne

cedo

res,

de

mão

de

obra

esc

rava

, infa

ntil,

ou se

ope

rava

m co

m p

rátic

as d

e se

gura

nça

e su

sten

tabi

lidad

e22. A

ssim

, mes

mo

sem

que

rer, a

caba

m se

ndo

solid

ária

s às

em

pres

as q

ue a

dota

m p

rátic

as ir

regu

lare

s, o

que

leva

a a

ssoc

iaçã

o do

se

tor a

reco

rrer a

açõ

es d

e ger

encia

men

to d

e risc

o e r

elac

iona

men

to co

m

a im

pren

sa.

No ca

so d

a so

ja, a

cobr

ança

inte

rnac

iona

l apó

s cam

panh

as a

mbi

enta

-lis

tas j

unto

às re

des d

e fas

t-foo

d na

Euro

pa fo

rçou

o se

tor a

se al

iar a

ONG

s e

gove

rno

para

sair

da in

ércia

. “Pas

sam

os a

ser p

roat

ivos e

dec

lara

mos

ao

mer

cado

que

não

com

prar

íam

os g

rãos

pro

duzid

os em

áre

as d

esm

atad

as

depo

is de

julh

o de

200

6”, c

onta

Car

lo Lo

vate

lli, p

resid

ente

da

Asso

ciaçã

o Br

asile

ira da

s Ind

ústri

as de

Óle

os Ve

geta

is. La

nçad

a qua

ndo o

desm

atam

en-

to at

ingi

a rec

orde

s na A

maz

ônia

, a M

orat

ória

da S

oja c

riou

um si

stem

a de

mon

itora

men

to p

or sa

télit

e, so

brev

oo e

vist

oria

de c

ampo

, aco

mpa

nhad

o po

r um

com

itê. P

artic

ipam

ator

es q

ue an

tes t

inha

m re

laçõ

es co

nflitu

osas

e

até

litig

iosa

s, m

as a

gora

bus

cam

obj

etivo

s com

uns.

Já n

o se

tor s

ider

úrgi

co, o

com

prom

isso

de u

sar a

pena

s car

vão

vege

tal

prod

uzid

o a pa

rtir d

e flor

esta

s pla

ntad

as, s

em a

dest

ruiçã

o de m

atas

nat

ivas,

tem

com

o alvo

os p

rodu

tore

s ind

epen

dent

es d

e fer

ro-g

usa,

mat

éria

-prim

a da

s sid

erúr

gica

s. Ce

rca

de 6

0% d

o ca

rvão

par

a o

seto

r pro

vém

de

árvo

res

nativ

as, n

a mai

or p

arte

de o

rigem

ilega

l ou

pred

atór

ia, s

egun

do es

timat

iva

divu

lgad

a em

2012

pelo

Inst

ituto

Etho

s23. D

oze e

mpr

esas

assin

aram

o pa

cto

para

impl

anta

r crit

ério

s de s

uste

ntab

ilida

de e

obte

r aux

ílio t

ecno

lógi

co pa

ra

rast

rear

o pr

odut

o des

de a

orig

em. E

m p

aral

elo,

o Ins

titut

o Aço

Bra

sil cr

iou

um pr

otoc

olo p

ara q

ue ta

mbé

m as

indú

stria

s sid

erúr

gica

s na p

onta

fina

l da

cade

ia –

e não

ape

nas o

s pro

duto

res d

e gus

a – a

ssum

am a

met

a de

obt

er

100%

do

carv

ão a

par

tir d

e flo

rest

as p

lant

adas

no

praz

o de

qua

tro a

nos.

O co

mpr

omiss

o ab

rang

e ao

todo

11 g

rupo

s em

pres

aria

is de

gra

nde

port

e qu

e pro

duze

m 35

milh

ões d

e ton

elad

as d

e aço

bru

to p

or an

oVI. “C

riare

mos

pr

ogra

mas

par

a tra

nsfe

rir te

cnol

ogia

e or

ient

ar fo

rnec

edor

es a

traba

lhar

de

ntro

da

lei, a

lém

de

valid

ar a

s açõ

es e

m p

arce

ria co

m O

NGs”

, info

rma

Mar

ia C

ristin

a Yu

an, d

ireto

ra d

e su

sten

tabi

lidad

e. Es

sas a

lianç

as e

mpr

e-sa

riais,

par

a te

rem

legi

timid

ade,

prec

isam

ser o

bjet

o de

cont

role

socia

l co

m p

artic

ipaç

ão d

o Es

tado

, ONG

s e ci

dadã

os ze

loso

s pel

o cu

mpr

imen

to

dos c

ompr

omiss

os e

met

as p

actu

ados

pel

as em

pres

as. S

e iss

o não

ocor

rer,

há o

risc

o de

hav

er a

pena

s pub

licid

ade

favo

ráve

l a a

tivid

ades

per

nicio

-sa

s à sa

úde

ambi

enta

l e h

uman

a. No

caso

dos

pac

tos m

onito

rado

s pel

a in

iciat

iva C

onex

ões S

uste

ntáv

eis,

as o

rgan

izaçõ

es p

odem

ser s

uspe

nsas

e

exclu

ídas

da

inici

ativa

caso

não

pub

lique

m re

lató

rios s

atisf

atór

ios a

os

olho

s de

seu

com

itê.

A im

port

ância

de d

esen

volve

r for

nece

dore

s

Part

e ex

pres

siva

das 4

,5 m

ilhõe

s de

pequ

enas

em

pres

as b

rasil

eira

s, re

spon

sáve

is po

r 60%

da

mão

-de-

obra

em

preg

ada

no p

aís,

part

icipa

da

cade

ia d

e su

prim

ento

das

gra

ndes

corp

oraç

ões24

. “A ta

refa

inclu

i a in

ter-

nacio

naliz

ação

dos

peq

ueno

s, de

ntro

das

opo

rtun

idad

es q

ue su

rgirã

o em

no

ssas

ope

raçõ

es lá

fora

”, anu

ncia

Rica

rdo

Luiz,

coor

dena

dor d

o Pr

ogra

ma

Inov

e, da

Vale

, em

pres

a que

têm

10 m

il for

nece

dore

s, 65

% p

eque

nos e

mé-

dios

. “Com

foco

na

sust

enta

bilid

ade

econ

ômica

, o o

bjet

ivo é

qua

lificá

-los

para

ate

nder

não

ape

nas à

com

panh

ia, m

as a

o m

erca

do co

mo

um to

do,

torn

ando

-os m

ais c

ompe

titivo

s”, d

iz Lu

iz. Pl

ataf

orm

as de

ensin

o à di

stân

cia

gera

m ca

pila

ridad

e com

curs

os on

line s

obre

gest

ão em

pres

aria

l, qua

lidad

e, se

gura

nça,

saúd

e e

mei

o am

bien

te.

VI Y

UAN,

M. C

. Mar

ia C

ristin

a Yua

n: d

epoi

men

to [2

012]

. Ent

revi

stad

or: S

. Ade

odat

o. Sã

o Pau

lo:

Inst

ituto

Aço

Bra

sil. E

ntre

vist

a co

nced

ida

ao C

entro

de E

stud

os em

Sust

enta

bilid

ade d

a FG

V e

ICLE

I par

a a

elab

oraç

ão d

este

livr

o. M

ais i

nfor

maç

ões s

obre

a in

iciat

iva e

m: <

http

://w

ww

.ac

obra

sil.o

rg.b

r/sit

e/po

rtug

ues/

sust

enta

bilid

ade/

sust

enta

bilid

ade-

carv

ao-v

eget

al.a

sp>.

Aces

so e

m: 1

6 ou

t. 20

12.

9796

Para

pre

para

r a ca

deia

pro

dutiv

a den

tro d

e prin

cípio

s exi

gido

s no m

er-

cado

inte

rnac

iona

l, a V

ale

man

tém

linh

as d

e cr

édito

em

cond

ições

esp

e-cia

is, re

spon

sáve

is pe

lo re

pass

e de

R$ 1

41 m

ilhõe

s par

a 18

6 em

pres

as a

2012

. No

Fund

o de

Fin

ancia

men

to a

o Fo

rnec

edor

, a co

mpa

nhia

adi

anta

at

é 50%

do

valo

r do

cont

rato

de f

orne

cimen

to. “A

par

tir d

a neg

ocia

ção

da

com

panh

ia ju

nto

às in

dúst

rias,

300

forn

eced

ores

com

prar

am E

PI (e

qui-

pam

ento

de p

rote

ção

indi

vidu

al) a

pre

ços r

eduz

idos

, ao

cust

o to

tal d

e R$

2,6 m

ilhõe

s”, c

onta

Luiz.

Fa

zer c

ompr

as e

cont

rata

r ser

viço

s a p

artir

de

crité

rios s

uste

ntáv

eis

exig

e o

dese

nvol

vim

ento

de

mét

ricas

. Gra

ças a

um

sist

ema

inov

ador

de

pont

uaçã

o qu

e av

alia

impa

ctos

pos

itivo

s e n

egat

ivos d

e su

as o

pera

ções

co

m fo

rnec

edor

es, a

Nat

ura a

perfe

içoou

o m

onito

ram

ento

do

seu

prog

ra-

ma Q

LICAR

(Qua

lidad

e, Lo

gíst

ica, In

ovaç

ão, C

ompe

titiv

idad

e, Am

bien

tal &

So

cial e

Rela

ciona

men

to). L

evam

-se e

m co

nta i

ndica

dore

s sob

re d

ióxi

do d

e ca

rbon

o, ág

ua, e

nerg

ia e

resíd

uos,

além

de

inve

stim

ento

s em

edu

caçã

o, se

gura

nça

do tr

abal

ho, in

clusã

o so

cial e

rela

ções

com

as c

omun

idad

es.

Os d

ados

são

obtid

os p

or m

eio

de q

uest

ioná

rios

trim

estr

ais j

unto

aos

fo

rnec

edor

es. “I

nter

nam

ente

, foi i

mpo

rtan

te d

esen

volve

r mét

rica

para

se

dem

onst

rar o

s gan

hos c

om a

apo

sta

na su

sten

tabi

lidad

e”, a

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a Ar

iel

Mot

ta, c

oord

enad

or d

o pr

ogra

ma

de co

mpr

as d

a em

pres

a. O

pro

cess

o se

apl

ica a

peq

ueno

s pro

duto

res d

e ca

cau,

no

Pará

, que

m

udar

am o

sist

ema

de cu

ltivo

par

a o

forn

ecim

ento

à N

atur

a. O

insu

mo,

cont

ido

em 20

% d

a co

mpo

sição

de

sabo

nete

s, su

bstit

ui m

atér

ias-

prim

as

tradi

ciona

is, co

mo

óleo

de

palm

a ou

sebo

de

boi. “

A pr

oduç

ão to

rnou

-se

orgâ

nica

, inte

grad

a à fl

ores

ta”, c

onta

Ale

ssan

dro M

ende

s, di

reto

r de d

esen

-vo

lvim

ento

de p

rodu

tos.

De ig

ual m

odo,

o uso

de ál

cool

orgâ

nico

em p

erfu

-m

es só

foi p

ossív

el g

raça

s à p

arce

ria co

m a

des

tilar

ia C

erba

, de P

iracic

aba

(SP)

, idea

lizad

ora d

e um

pro

cess

o par

a ret

irar o

dore

s do p

rodu

to fo

rnec

ido

pela

s usin

as d

a Na

tive

que,

por s

ua ve

z, ga

nhou

um

nich

o de

mer

cado

.Al

gum

as em

pres

as co

meç

am a

ente

nder

que f

orne

cedo

res m

argi

naliz

a-do

s não

per

man

ecem

pro

dutiv

os, t

ampo

uco

gara

ntem

qua

lidad

e de s

uas

entre

gas.

Aum

enta

ndo

aces

so a

insu

mos

, com

part

ilhan

do te

cnol

ogia

s e

VII T

HE

LIFE

Cycle

Initi

ative

. Life

Cyc

le In

itiat

ive P

ublic

atio

ns. D

ispon

ível e

m: <

http

://go

o.gl

/JA

4O3>

. Ace

sso

em: 1

9 ou

t. 20

12.

VIII

AVAL

IAÇÃ

O do

ciclo

de v

ida.

Disp

oníve

l em

: <ht

tp://

acv.i

bict

.br/

>. Ac

esso

em: 19

out.

2012

.

VII, V

III

9998

aces

so a

finan

ciam

ento

s, as

empr

esas

pod

em m

elho

rar a

qua

lidad

e do f

or-

nece

dor e

a su

a pro

dutiv

idad

e. À

med

ida q

ue os

forn

eced

ores

se fo

rtale

cem

, al

ém d

e hav

er g

anho

s soc

iais,

os cu

stos

ambi

enta

is po

dem

dim

inui

r, o q

ue

aum

enta

ain

da a

sua

eficiê

ncia

. Ass

im, s

egun

do a

pro

posiç

ão d

e M

ichae

l Po

rter

, da

Unive

rsid

ade

de H

arva

rd, c

ria-s

e va

lor c

ompa

rtilh

ado,

que

tem

sid

o um

nov

o m

antra

par

a a

legi

timaç

ão d

os n

egóc

ios e

do

capi

talis

mo.

Fraq

ueza

s ou

dano

s soc

iais

cria

m cu

stos

inte

rnos

par

a as

em

pres

as –

co

mo o

desp

erdí

cio de

ener

gia o

u m

atér

ias-

prim

as, o

s one

roso

s acid

ente

s, e

a nec

essid

ade d

e tre

inam

ento

de ú

ltim

a hor

a par

a com

pens

ar in

sufic

iênc

ias

educ

ativa

s. Em

term

os m

ais p

rátic

os, a

lgum

as n

ovas

inici

ativa

s des

taca

m

as va

ntag

ens d

e com

prar

de f

orne

cedo

res l

ocai

s cap

acita

dos,

que a

juda

m

as em

pres

as a

evita

r cus

tos d

e tra

nsaç

ão. Q

uand

o as

empr

esas

com

pram

lo

calm

ente

, seu

s for

nece

dore

s pod

em fi

car m

ais f

orte

s, au

men

tar o

s seu

s lu

cros

, con

trata

r mai

s pes

soas

e pa

gar m

elho

res s

alár

ios –

o q

ue, n

a ót

ica

de P

orte

r, be

nefic

iaria

out

ros n

egóc

ios n

a co

mun

idad

e25. P

ara

aval

iar o

s re

sulta

dos d

essa

s ini

ciativ

as, é

pos

sível

ver

ifica

r qua

is va

lore

s e e

m q

ue

mon

tant

e ele

s são

cria

dos e

, fina

lmen

te, v

erifi

car c

omo é

feita

a di

strib

uiçã

o de

sses

valo

res c

riado

s. Se

o d

esen

volv

imen

to su

sten

táve

l for

um

prin

cípio

da

ação

empr

esar

ial, h

á de s

e ver

ifica

r um

a div

isão j

usta

e m

ais e

quita

tiva

dos b

enef

ícios

ger

ados

no

loca

l, tan

to n

o cu

rto

quan

to n

o lo

ngo

praz

o.

101

gest

ão d

e co

mpr

as é

um

dos

prin

cipai

s pila

res d

e qu

alqu

er in

sti-

tuiçã

o, te

ndo

impo

rtân

cia es

traté

gica

ao su

prir

a org

aniza

ção

com

os

mat

eria

is e

serv

iços n

eces

sário

s, em

qua

ntid

ades

e q

ualid

ades

cert

as,

a pr

eço

adeq

uado

, e n

o m

omen

to ce

rto,

de fo

rma

alin

hada

ao

alca

nce

de

seus

obje

tivos

. Alé

m d

e est

raté

gica

s, as

com

pras

resu

ltam

em g

rand

es im

-pa

ctos

par

a as i

nstit

uiçõ

es e

ento

rno,

já q

ue o

ato d

e con

sum

ir im

plica

em

desp

esas

e m

ovim

enta

um

a ex

tens

a ca

deia

de

forn

eced

ores

, pop

ulaç

ões

e re

curs

os n

atur

ais.

Há g

rand

e sin

toni

a en

tre o

que

se b

usca

na

com

pra

públ

ica e

na

em-

pres

aria

l, já

que

suas

dec

isões

são

base

adas

em

pre

ço, p

razo

e q

ualid

ade

– o tr

inôm

io, q

uase

um

man

tra, d

o co

mpr

ador

inst

itucio

nal. P

orém

, é ve

r-da

de q

ue e

xist

em d

ifere

nças

qua

nto

ao p

ropó

sito

de ca

da o

rgan

izaçã

o.

ACo

mo

acha

r cam

inho

s e a

perfe

içoar

age

stão

de c

ompr

as e

supr

imen

tos c

omat

ribut

os a

mbi

enta

is, d

e seg

uran

ça,

dire

itos h

uman

os e

dive

rsid

ade

4 100

Além

de pr

eço,

praz

o e qu

alida

de

123RF STOCK PHOTO

© ICLEI 2009

103

102

Na

aval

iaçã

o de

ges

tore

s e

anal

ista

s de

sus

tent

abili

dade

de

cerc

a de

50

org

aniz

açõe

s pú

blic

as e

em

pres

aria

is n

o Br

asil,

boa

par

te d

eles

envo

lvid

as e

m fó

runs

de

sust

enta

bilid

ade,

des

taca

m-s

e al

guns

tip

os d

e en

trav

es: i

nfor

mac

iona

l, fin

ance

iro e

est

rutu

ral/g

eren

cial

. A p

rimei

ra

barr

eira

rem

ete

ao g

rau

de fa

mili

arid

ade

dos

profi

ssio

nais

da

área

de

com

pras

com

as

polít

icas

de

sust

enta

bilid

ade.

Ess

e po

nto

foi r

elev

ante

pa

ra 1

1 or

gani

zaçõ

es p

úblic

as e

8 p

rivad

as, q

ue a

lega

ram

a fa

lta t

anto

de

pro

fissi

onai

s qu

alifi

cado

s co

mo

da c

apac

itaçã

o do

s at

ores

env

olvi

dos

no p

roce

sso

de c

ompr

as.

A ba

rrei

ra fi

nanc

eira

foi l

evan

tada

por

12

resp

onde

ntes

das

org

aniz

açõe

s pr

ivad

as, p

ara

quem

os

fato

res

econ

ômic

os c

erta

men

te p

reva

lece

m

dura

nte

a to

mad

a de

dec

isão.

As

barr

eira

s es

trut

ural

e g

eren

cial

est

ão

rela

cion

adas

tant

o co

m a

falta

de

apoi

o do

s ge

stor

es s

enio

res

para

as

com

pras

sus

tent

ávei

s co

mo

com

a fa

lta d

e um

a di

retr

iz in

stitu

cion

al.

três

gra

ndes

tip

os d

e fa

cilit

ador

es le

vant

ados

pel

os re

spon

dent

es.

Para

as

barr

eira

s in

form

acio

nais

, sug

ere-

se a

cap

acita

ção

das

área

s de

co

mpr

as d

as o

rgan

izaç

ões

e a

form

ação

con

tínua

em

sus

tent

abili

dade

do

s en

volv

idos

dire

tam

ente

com

os

proj

etos

. Par

a as

bar

reira

s ge

renc

iais

é n

eces

sário

um

com

prom

isso

e d

eter

min

ação

da

alta

di

reçã

o na

impl

anta

ção

firm

e de

um

a po

lític

a su

sten

táve

l. E

para

su

pera

r os

obst

ácul

os e

stru

tura

is e

cul

tura

is o

s re

spon

dent

es in

dica

m

a ne

cess

idad

e de

mel

hor p

lane

jam

ento

, ela

bora

ção

de e

stra

tégi

as

e m

etas

com

sin

ergi

a en

tre

as e

quip

es in

term

ediá

rias,

busc

ando

co

mpl

emen

tarid

ade

na t

enta

tiva

de im

plem

enta

r açõ

es.

Enqu

anto

o se

tor e

mpr

esar

ial p

erse

gue a

ger

ação

de v

alor

par

a seu

s acio

-ni

stas

, o p

oder

púb

lico b

usca

corri

gir i

nefic

iênc

ias d

o mer

cado

e sa

tisfa

zer

as n

eces

sidad

es co

letiv

as d

os ci

dadã

os. N

as co

mpr

as p

úblic

as, a

greg

a-se

àq

uele

trin

ômio

a n

eces

sidad

e de

obe

dece

r a p

roce

dim

ento

s esp

ecífi

cos

advi

ndos

da l

egisl

ação

– de

ntre

eles

ison

omia

, lega

lidad

e, im

pess

oalid

ade,

mor

alid

ade,

igua

ldad

e, pr

obid

ade a

dmin

istra

tiva,

vincu

laçã

o ao i

nstru

men

-to

conv

ocat

ório

, julg

amen

to ob

jetiv

o, tra

nspa

rênc

ia e

publ

icida

de. Te

r um

a bo

a go

vern

ança

, ser

mai

s tra

nspa

rent

e e

esta

r abe

rto

ao d

iálo

go co

m o

s fo

rnec

edor

es e

a p

opul

ação

em

ger

al sã

o co

bran

ças d

a so

cieda

de fe

itas

tant

o pa

ra a

s em

pres

as q

uant

o pa

ra o

pod

er p

úblic

o.

O va

lor d

o en

gaja

men

to d

o pr

ofiss

iona

l

É pos

sível

, por

mei

o da

ges

tão

de co

mpr

as e

supr

imen

tos o

rient

ada à

su

sten

tabi

lidad

e, pr

omov

er o

des

envo

lvim

ento

da i

nstit

uiçã

o co

mpr

ado-

ra, d

o pr

ofiss

iona

l de

com

pras

, dos

forn

eced

ores

e a

té co

ntrib

uir p

ara

o de

senv

olvi

men

to lo

cal. I

sso

porq

ue in

serir

sust

enta

bilid

ade n

a ges

tão

de

com

pras

e su

prim

ento

s é ir

além

das

pre

miss

as p

reço

, pra

zo e

qual

idad

e. É p

ensa

r com

o a s

uste

ntab

ilida

de p

ode c

ontr

ibui

r par

a ger

ar e

com

part

i-lh

ar va

lore

s par

a tod

as as

par

tes e

nvol

vida

s no f

orne

cimen

to d

e pro

duto

s e s

ervi

ços,

tom

ando

com

o pr

emiss

as b

ásic

as o

diá

logo

, a co

oper

ação

e o

dese

nvol

vim

ento

. Par

a o

pode

r púb

lico,

a su

sten

tabi

lidad

e nas

com

pras

sig

nific

a ai

nda

a pr

omoç

ão d

o de

senv

olvi

men

to n

acio

nal s

uste

ntáv

el,

mai

or e

ficiê

ncia

na

gest

ão p

úblic

a e

o be

m co

letiv

o. Pa

ra is

so, é

impo

r-ta

nte q

ue a

funç

ão d

e com

pras

este

ja al

inha

da à

polít

ica o

u es

traté

gia d

e su

sten

tabi

lidad

e da

inst

ituiç

ão e

que s

e fom

ente

o d

esen

volv

imen

to d

e um

a cu

ltura

que

mot

ive o

s col

abor

ador

es, e

spec

ialm

ente

o p

rofis

siona

l de

com

pras

, a se

eng

ajar

em n

o m

ovim

ento

da

gest

ão so

cioa

mbi

enta

l. O

profi

ssio

nal c

onsc

ient

e e en

gaja

do p

ode o

bser

var e

ende

reça

r eve

ntua

is pr

oble

mas

de i

mpa

ctos

inde

sejá

veis

que s

ua at

ivid

ade p

ossa

ger

ar p

ara

a or

gani

zaçã

o, os

trab

alha

dore

s, a

cade

ia p

rodu

tiva,

o m

eio

ambi

ente

e

a so

cied

ade.

barr

eira

s, m

as t

ambé

m fa

cilit

ador

es

para

a c

ompr

a su

sten

táve

lI

I Resu

ltado

de p

esqu

isa em

píric

a rea

lizad

a pel

a FGV

e pe

lo IC

LEI B

rasil

sobr

e sus

tent

abili

dade

na

gest

ão de

com

pras

públ

icas e

empr

esar

iais

junt

o à ce

rca d

e 50

orga

niza

ções

, ent

re em

pres

as

e ór

gãos

do

pode

r púb

lico

(inclu

indo

gov

erno

s e e

mpr

esas

púb

licas

e d

e ec

onom

ia m

ista)

in

stal

ados

no

Bras

il e

preo

cupa

dos c

om a

inse

rção

de

sust

enta

bilid

ade

em su

as a

tivid

ades

de

ges

tão

de co

mpr

as.

105

104

Olha

ndo

para

a o

rgan

izaçã

o

| Prim

eiros

pass

os |

Ter o

resp

aldo

da l

ider

ança

inst

itucio

nal é

mui

to im

port

ante

, já q

ue el

a po

de co

nfer

ir pr

ioriz

ação

, tra

nsve

rsal

idad

e e

velo

cidad

e ao

pro

pósit

o da

co

mpr

a sus

tent

ável

. Se e

nten

der q

ue a

inse

rção

de a

trib

utos

de s

uste

nta-

bilid

ade n

as co

mpr

as é

estra

tégi

co, o

CEO

, dire

tor o

u pr

esid

ente

da e

mpr

e-sa

e o

s che

fes d

o po

der p

úblic

o po

derã

o bu

scar

har

mon

izar o

s obj

etivo

s co

mer

ciais

da fu

nção

de

com

pras

com

os o

bjet

ivos d

e su

sten

tabi

lidad

e e

de re

spon

sabi

lidad

e so

cioam

bien

tal d

a or

gani

zaçã

o.M

as a

inda

que

seja

impo

rtan

te, o

env

olvi

men

to d

ireto

da

lider

ança

o po

de se

r con

sider

ado

fato

r ind

ispen

sáve

l. A ve

rdad

e é q

ue, n

a prá

tica,

mui

tas i

nicia

tivas

efe

tivas

fora

m in

iciad

as p

or u

m ú

nico

dep

arta

men

to

ou p

or u

m ú

nico

indi

vídu

o em

pree

nded

or. E

sses

pod

em in

iciar

e d

ar u

m

bom

exem

plo

para

o re

stan

te d

a org

aniza

ção.

E se a

inte

nção

é en

volve

r a

lider

ança

, pod

e-se

apre

sent

ar a

ela b

ench

mar

kings

(ver

quad

ro n

a pág

. 109)

, m

ostra

ndo

o qu

e ou

tras o

rgan

izaçõ

es já

faze

m, b

em co

mo

apre

sent

ar a

s op

ortu

nida

des e

m a

derir

à su

sten

tabi

lidad

e na

cade

ia d

e for

necim

ento

e os

risc

os d

e ig

nora

r ess

a ne

cess

idad

e. N

o ca

pítu

lo 2

apr

esen

tam

os o

s fun

dam

ento

s leg

ais q

ue im

pele

m o

po

der p

úblic

o a

faze

r com

pra

sust

entá

vel. N

o ca

pítu

lo 3,

logo

em

seu

iní-

cio, s

uger

imos

à e

mpr

esa

mon

tar s

eu b

usin

ess c

ase

ao id

entifi

car s

e os

dr

ivers

ges

tão

de ri

scos

, bus

ca p

or efi

ciênc

ia e

cria

ção

de p

rodu

tos d

evem

m

ovim

entá

-la ru

mo

à su

sten

tabi

lidad

e na

ges

tão

de su

prim

ento

s. Al

ém

dess

es a

rgum

ento

s, lis

tam

os m

ais a

lgum

as o

port

unid

ades

úte

is ao

con-

venc

imen

to in

stitu

ciona

l:

• Ec

onom

ia d

e di

nhei

ro a

o ob

serv

ar to

dos o

s cus

tos a

ssoc

iado

s ao

ciclo

de

vida

do

prod

uto/

serv

iço a

adq

uirir

;•

Opor

tuni

dade

de in

vest

ir em

inov

ação

para

a ec

onom

ia ve

rde e

inclu

siva,

mira

ndo

novo

s mer

cado

s;

• Ga

nho

repu

tacio

nal e

de

imag

em p

or a

tuar

ativ

amen

te n

a pr

oteç

ão

socio

ambi

enta

l;•

Ser e

xem

plo

no cu

mpr

imen

to d

a le

gisla

ção;

• No

caso

das e

mpr

esas

, obt

ençã

o da c

ham

ada l

icenç

a soc

ial p

ara o

pera

r; e•

Atra

ção,

enga

jam

ento

e re

tenç

ão d

e ac

ioni

stas

e co

labo

rado

res q

ue

veem

a pr

eocu

paçã

o da e

mpr

esa c

om q

uest

ões s

ocio

ambi

enta

is co

mo

um d

ifere

ncia

l.

Há ta

mbé

m ri

scos

que

pod

em se

r min

imiza

dos c

om a

inse

rção

de s

us-

tent

abili

dade

nas

com

pras

, com

o a

resp

onsa

biliz

ação

da

orga

niza

ção

por

even

tuai

s dan

os e

o e

ncer

ram

ento

das

ativ

idad

es d

e fo

rnec

edor

es e

stra

-té

gico

s par

a a or

gani

zaçã

o, de

ixan

do-a

des

prov

ida d

e ins

umos

ou se

rviço

s fu

ndam

enta

is. N

o ca

so d

as e

mpr

esas

, dev

ido

à em

ergê

ncia

de

cons

umi-

dore

s con

scie

ntes

e m

ais r

espo

nsáv

eis,

há ri

sco

de p

erda

de

mer

cado

e

mes

mo

de p

erda

de

inve

stid

ores

que

obs

erva

m su

a re

puta

ção

e qu

e sã

o pr

eocu

pado

s com

os i

mpa

ctos

ger

ados

pel

a em

pres

a em

sua

cade

ia d

e fo

rnec

imen

to, n

o m

eio

ambi

ente

e n

a so

cieda

de.

E já

que a

disc

ussã

o so

bre g

over

nanç

a e r

espo

nsab

ilida

de co

mpa

rti-

lhad

a ve

m se

pop

ular

izand

o na

adm

inist

raçã

o, su

gere

-se

inic

iar a

con-

vers

a so

bre o

tem

a em

um

gru

po in

terd

epar

tam

enta

l, pod

endo

ain

da a

orga

niza

ção

part

icip

ar d

e fór

uns e

pla

tafo

rmas

de o

rgan

izaçõ

es in

clin

a-da

s à in

serç

ão d

e su

sten

tabi

lidad

e na

ges

tão.

Esse

s esp

aços

fom

enta

m

a tr

oca

de e

xper

iênc

ias,

o ap

rend

izad

o de

est

raté

gias

e fe

rram

enta

s ut

iliza

das,

pode

ndo

aind

a fa

cilit

ar a

oco

rrên

cia

de tr

eina

men

tos

e a

form

ação

de

técn

icos e

ges

tore

s.

| Um

a bús

sola

para

a ge

stão

|

Os p

rincíp

ios d

e su

sten

tabi

lidad

e po

dem

ser fi

xado

s em

um

códi

go

de co

ndut

a e/

ou e

m u

ma

polít

ica d

e co

mpr

as e

supr

imen

tos.

Em g

eral

, po

lític

as te

ndem

a s

er m

ais

efica

zes

do q

ue c

ódig

os d

e co

ndut

a, po

is pr

ovee

m o

rient

açõe

s e

dire

triz

es in

tern

as m

anda

tória

s so

bre

o te

ma.

107

106

Por o

utro

lado

, cód

igos

de

cond

uta

pode

m re

nder

mai

or p

ragm

atism

o.É i

mpo

rtan

te q

ue a

orie

ntaç

ão tr

ansf

orm

e-os

em d

iretr

izes p

ara o

pro

-fis

siona

l de c

ompr

as, c

ontri

buin

do pa

ra qu

e ele

tenh

a mot

ivaçã

o e re

spal

do

para

adot

ar n

ovas

prá

ticas

. É re

com

endá

vel, a

inda

, que

as d

iretr

izes f

açam

pa

rte

de ca

mpa

nhas

de

com

unica

ção

e se

nsib

iliza

ção,

com

o in

tuito

de

ampl

iar o

alca

nce d

a est

raté

gia e

o en

gaja

men

to d

os co

labo

rado

res.

Pode

se

r im

port

ante

que

a in

tern

aliza

ção

da su

sten

tabi

lidad

e não

seja

ape

nas

um a

to vo

lunt

ário

, e si

m a

lgo

atre

lado

a o

bjet

ivos e

met

as in

stitu

ciona

is.

Para

ava

nçar

na

prep

araç

ão e

no

plan

ejam

ento

, indi

cam

os a

o fin

al d

este

ca

pítu

lo d

uas m

etod

olog

ias j

á pu

blica

das q

ue p

odem

aju

dar n

a ge

stão

or

ient

ada

para

a m

elho

ria co

ntín

ua d

esse

pro

cess

o.

func

ioná

rios

e fo

rnec

edor

es

nego

ciaç

ão c

olet

iva

Algu

ns e

lem

ento

s de

A or

gani

zaçã

o de

ve o

lhar

, ant

es d

e tu

do, s

e há

com

o fa

zer t

odas

as

redu

ções

/cor

tes

poss

ívei

s pa

ra m

inim

izar

a n

eces

sida

de d

e co

mpr

a e

aum

enta

r sua

efic

iênc

ia. P

ode

aind

a re

pens

ar s

ua fo

rma

de

esto

cage

m e

tra

nspo

rte

de in

sum

os. A

nec

essi

dade

de

com

pra

deve

se

r ava

liada

com

cui

dado

, pod

endo

se

cons

ider

ar a

pos

sibi

lidad

e de

tro

car a

com

pra

de u

m p

rodu

to p

ela

cont

rata

ção

do s

ervi

ço,

um b

em, m

as a

pena

s us

uária

de

um s

ervi

ço, c

omo

no c

ham

ado

serv

icis

ing

(ver

exe

mpl

o na

pág

. 46)

.An

tes

de b

usca

r int

rodu

zir a

trib

utos

de

sust

enta

bilid

ade

em

prod

utos

esp

ecífi

cos,

a ge

stão

de

mat

eria

is d

eve

cont

ar c

om u

m b

om

cont

role

de

entr

ada,

con

serv

ação

, est

oque

e s

aída

– o

que

faci

lita

a re

duçã

o de

des

perd

ício

.

do c

onsu

mo

sust

entá

vel

| Cen

traliz

ar as

com

pras

? |

Não

há u

m m

odel

o ún

ico d

e est

rutu

ra id

eal p

ara

a re

aliza

ção

de co

m-

pras

sust

entá

veis.

Em

est

rutu

ras d

epar

tam

enta

lizad

as e

hie

rarq

uiza

das,

as qu

estõ

es so

cioam

bien

tais

pode

m te

r mai

or di

ficul

dade

de in

corp

oraç

ão

em to

dos o

s set

ores

, ain

da q

ue a

lgum

as á

reas

pos

sam

des

pont

ar co

m

inov

açõe

s int

eres

sant

es. E

m o

rgan

izaçõ

es co

m e

stru

tura

cent

raliz

ada

de

com

pras

, pod

e hav

er g

anho

s de e

scal

a, ge

rand

o eco

nom

ia e

mai

or al

canc

e do

s ben

efíci

os d

a pr

ática

de

sust

enta

bilid

ade.

Por o

utro

lado

, a ce

ntra

li-za

ção

pode

impl

icar

em

mai

ores

gas

tos c

om tr

ansp

orte

(fina

ncei

ros e

109

108

ambi

enta

is, p

or co

nta

das e

miss

ões d

e GE

E) e

mes

mo i

nvia

biliz

ar a

pref

erên

cia

por c

ompr

ar lo

calm

ente

na p

ersp

ectiv

a de

favo

rece

r o de

senv

olvim

ento

loca

l ou

regi

onal

, o q

ue n

ão é

inte

ress

ante

.Pa

ra e

cono

miza

r ass

egur

ando

a fi

-xa

ção d

e atri

buto

s de s

uste

ntab

ilida

de,

siste

mas

de

com

pras

com

part

ilhad

as

(ent

re or

gani

zaçõ

es ou

mes

mo d

epar

ta-

men

tos d

a mes

ma o

rgan

izaçã

o) po

dem

ge

rar g

anho

s de

esca

la q

ue v

iabi

lizem

a a

quisi

ção d

entro

des

ses p

adrõ

es p

elo

mes

mo

preç

o e,

em a

lgun

s cas

os, p

or

valo

r men

or d

o qu

e os

pro

duto

s con

-ve

ncio

nais

sem

atr

ibut

os d

e su

sten

ta-

bilid

ade

(ver

exem

plo

na p

ág. 5

8).

No

seto

r púb

lico,

in

depe

nden

tem

ente

da

estr

utur

a,

a or

gani

zaçã

o po

de a

derir

ao

sist

ema

de re

gist

ro d

e pr

eços

. É

uma

ferr

amen

ta q

ue a

pres

enta

o

men

or p

reço

uni

tário

ofe

rtad

o pa

ra

dete

rmin

ado

prod

uto

espe

cific

ado

pela

Adm

inis

traç

ão P

úblic

a (n

os

Assi

m, o

utro

s ór

gãos

pod

em s

olic

itar

prod

uto

(até

um

lim

ite d

e qu

antia

) ao

pre

ço re

gist

rado

1 . E

mes

mo

se a

est

rutu

ra d

e co

mpr

as fo

r de

scen

tral

izad

a, a

org

aniz

ação

pod

e se

ben

efici

ar d

e um

a va

ntag

em d

a es

trut

ura

cent

raliz

ada.

Olha

ndo

para

o p

rodu

to

É nec

essá

rio de

finir

quai

s fam

ílias d

e pro

duto

s/se

rviço

s são

prio

ritár

ias, o

qu

e pod

e ser

base

ado n

a ide

ntifi

caçã

o dos

risc

os am

bien

tais

e soc

iais

envo

l-vid

os e

do im

pact

o ge

rado

sobr

e o o

rçam

ento

(mai

s det

alhe

s nas

met

odol

o-gi

as in

dica

das a

o fin

al d

este

capí

tulo

). Se h

ouve

r nec

essid

ade d

e mob

ilizar

a

orga

niza

ção p

ara e

sse t

ema,

uma p

ossib

ilidad

e é tr

abal

har c

om u

m pr

odut

o co

nsid

erad

o em

blem

ático

no

tem

a da

s com

pras

sust

entá

veis,

com

o pa

pel,

mad

eira e

redu

ção d

e em

bala

gens

. Alg

umas

ques

tões

base

adas

na av

alia

ção

do ci

clo de

vida

(ver

pág.

96) d

o pro

duto

pode

m se

r util

izada

s, com

o a id

enti-

ficaç

ão d

e val

ores

gas

tos n

a aq

uisiç

ão, n

o us

o, na

man

uten

ção,

no d

esca

rte

adeq

uado

. Tam

bém

deve

m se

r obs

erva

dos, p

ara a

lém do

mon

tant

e adq

uirid

o, os

impa

ctos

socio

ambi

enta

is de

corre

ntes

da e

xtra

ção,

do u

so e

do d

esca

rte.

Não

só ec

onôm

icos,

nem

apen

as so

ciais,

tam

pouc

o ex

clusiv

amen

te am

-

bien

tais.

Os a

tribu

tos d

e su

sten

tabi

lidad

e de

vem

cons

ider

ar a

afe

rição

de

lucr

os, o

bem

-est

ar da

s pes

soas

e os

limite

s do p

lane

ta. E

mbo

ra co

mum

ente

os

crité

rios d

e sus

tent

abilid

ade s

ejam

divid

idos

de fo

rma g

enér

ica, ch

amad

os

de “v

erde

s”, “e

coló

gico

s”, “a

mbi

enta

is” e “

socia

is”, h

á man

eiras

mai

s esp

ecífi

cas

que

ajud

am o

ges

tor e

o té

cnico

eng

ajad

os a

refle

tir co

m m

ais d

iscriç

ão e

cla

reza

. Os a

tribu

tos d

e mai

or d

esta

que n

a lite

ratu

ra so

bre c

ompr

as su

sten

-tá

veis,

tant

o em

pres

aria

is qu

anto

púb

licas

, são

os s

egui

ntes

: am

bien

tais,

di

vers

idad

e, se

gura

nça,

dire

itos h

uman

os e

com

pras

de pe

quen

as em

pres

as

loca

is2 . Alg

umas

orien

taçõ

es pa

ra in

serç

ão do

tem

a na g

estã

o de s

uprim

ento

s sã

o ap

rese

ntad

as n

a ilu

stra

ção

da p

ágin

a se

guin

te, d

ividi

das n

esse

s cin

co

atrib

utos

de su

sten

tabi

lidad

e. Se

o ob

jetiv

o da o

rgan

izaçã

o é es

tar r

ealm

ente

al

inha

da a

esse

s prin

cípio

s, el

a de

verá

faze

r um

esfo

rço

para

inte

grar

todo

s es

ses a

tribu

tos à

s sua

s pol

ítica

s e p

rátic

as d

e com

pras

e co

ntra

taçõ

es.

II Resu

ltado

de pe

squi

sa em

píric

a rea

lizad

a pel

a FGV

e pe

lo IC

LEI B

rasil

sobr

e sus

tent

abili

dade

na

gest

ão de

com

pras

públ

icas e

empr

esar

iais

junt

o à ce

rca d

e 50

orga

niza

ções

, ent

re em

pres

as

e ór

gãos

do

pode

r púb

lico

(inclu

indo

gov

erno

s e e

mpr

esas

púb

licas

e d

e ec

onom

ia m

ista)

in

stal

ados

no

Bras

il e

preo

cupa

dos c

om a

inse

rção

de

sust

enta

bilid

ade

em su

as a

tivid

ades

de

ges

tão

de co

mpr

as.

benc

hmar

ks?II

forn

eced

ores

cum

prem

com

leis

de

com

bate

ao

trab

alho

infa

ntil

e an

álog

o ao

esc

ravo

;

vant

agen

s e

desv

anta

gens

dos

pro

duto

s e

emba

lage

ns;

111

110

| Esp

ecifi

caçõ

es té

cnica

s |

Defin

ido

o ob

jeto

a se

r adq

uirid

o e

os a

trib

utos

de

sust

enta

bilid

ade

a se

rem

requ

isita

dos,

a org

aniza

ção p

oder

á ela

bora

r a es

pecifi

caçã

o té

cnica

do

pro

duto

com

aju

da d

e pro

fissio

nais

espe

cializ

ados

. No

seto

r púb

lico,

a es

pecifi

caçã

o dev

e lev

ar em

cont

a asp

ecto

s téc

nico

s e ju

rídico

s, at

enta

ndo

tant

o pa

ra a

gar

antia

da

com

petit

ivid

ade,

sem

dire

ciona

r a co

ntra

taçã

o, qu

anto

par

a as

nov

as n

orm

as q

ue tr

atam

esp

ecifi

cam

ente

de

sust

enta

-bi

lidad

e (v

er n

as p

ágs.

56 e

57). A

ntes

de

publ

icar o

edi

tal, é

fund

amen

tal

verifi

car s

e a al

tern

ativa

socio

ambi

enta

lmen

te m

ais a

dequ

ada a

o pro

duto

es

tá d

ispon

ível n

o m

erca

do. C

om re

laçã

o ao

s asp

ecto

s jur

ídico

s, al

gum

as

inst

ituiçõ

es p

úblic

as já

vêm

ela

bora

ndo

man

uais

com

orie

ntaç

ões p

ara

a co

nstru

ção d

a esp

ecifi

caçã

o téc

nica

, bem

com

o já h

á site

s gov

erna

men

tais

em q

ue al

gum

as es

pecifi

caçõ

es4 e

mod

elos

de e

dita

is e d

e con

trato

s5 com

at

ribut

os d

e su

sten

tabi

lidad

e es

tão

disp

oníve

is pa

ra co

nsul

ta.

Para

conf

erir

se o

forn

eced

or es

tá at

ende

ndo à

s esp

ecifi

caçõ

es, o

pod

er

públ

ico p

ode f

azer

dili

gênc

ias o

u m

esm

o obs

erva

r cer

tifica

ção e

miti

da p

or

inst

ituiçã

o pú

blica

ofic

ial o

u in

stitu

ição

cred

encia

da, a

o m

enos

no

níve

l fe

dera

l, con

form

e o D

ecre

to 7.

746/

2012

. Já a

s em

pres

as p

odem

dem

anda

r se

los e

cert

ifica

ções

com

mai

or li

berd

ade

(ver

capí

tulo

3). N

orm

as d

o IN

-M

ETRO

, CON

AMA,

site

s de c

ertifi

cado

ras,

tant

o de c

ertifi

caçã

o com

pulsó

ria

quan

to vo

lunt

ária

, tam

bém

pode

m se

rvir

de in

spira

ção p

ara a

espe

cifica

ção.

Mom

ento

s par

a ins

erçã

o dos

crité

rios

de s

uste

ntab

ilidad

e

Além

da

espe

cific

ação

técn

ica,

dest

acam

-se

dois

mom

ento

s par

a a

inse

rção

de

atrib

utos

de

sust

enta

bilid

ade:

na h

abili

taçã

o do

forn

eced

or

(idon

eida

de e

apt

idão

do

forn

eced

or) e

nas

obr

igaç

ões c

ontra

tuai

s.Na

habi

litaç

ão do

forn

eced

or, p

ode-

se ve

rifica

r asp

ecto

s jur

ídico

s, téc

nico

, ec

onôm

ico-fi

nanc

eiro

e de

regu

larid

ade fi

scal

. Esp

ecia

lmen

te qu

ando

o fo

r-ne

cimen

to ti

ver r

elaç

ão co

m a

extra

ção d

e rec

urso

s nat

urai

s com

o mad

eira

,

AMBI

ENTA

IS

ambi

enta

is d

e pr

odut

os e

em

bala

gens

;

prim

a re

nová

vel,

efici

ênci

a en

ergé

tica,

uso

de

água

, red

ução

de

emis

sões

de

gase

s e

desp

erdí

cios

DIVE

RSID

ADE

com

o qu

ilom

bola

s e

indí

gena

s.

SEGU

RAN

ÇA

oper

adas

com

seg

uran

ça

DIRE

ITO

S H

UMAN

OS

não

este

jam

usa

ndo

trab

alho

aná

logo

ao

escr

avo

trab

alho

infa

ntil

COM

PRAS

DE

PEQ

UEN

AS E

MPR

ESAS

LO

CAIS

Atrib

utos

de

sust

enta

bilid

ade

Font

e: ad

apta

do d

e Br

amm

er e

Wal

ker (

2011)

3

113

112

xaxi

m, p

alm

ito, a

reia

, ent

re o

utro

s, ou

gra

nde

impa

cto

no se

u us

o ou

des

cart

e (a

grot

óxico

, pr

oduç

ão d

e pi

lhas

e b

ater

ias)

rest

riçõe

s le

gais

ambi

enta

is se

vera

s a se

rem

segu

idas

.As

obrig

açõe

s con

tratu

ais t

êm po

r obj

etivo

ga

rant

ir qu

e o

forn

eced

or n

ão d

eixe

de

cum

-pr

ir co

m o

s obj

etivo

s e cr

itério

s de

sust

enta

-bi

lidad

e ao

s qua

is ad

eriu

, esp

ecia

lmen

te e

m

cont

rato

s que

não

se en

cerra

m co

m a

entre

ga

do p

rodu

to. H

á di

vers

as n

orm

as a

mbi

enta

is qu

e po

dem

serv

ir de

gui

a bá

sico

tant

o pa

ra

o se

tor p

úblic

o qu

anto

par

a o

empr

esar

ial n

a fix

ação

de

obrig

açõe

s con

tratu

ais v

isand

o a

prot

eção

am

bien

tal, s

em h

aver

impe

dim

en-

tos q

ue ou

tras s

ejam

estip

ulad

as am

plia

ndo a

re

spon

sabi

lidad

e do c

ontra

tado

e al

canç

ando

ta

nto o

cont

rata

do q

uant

o seu

s for

nece

dore

s par

a que

toda

s as e

tapa

s do

cont

rato

seja

m at

ingi

das.

No se

tor p

úblic

o, é p

ossív

el qu

e a re

spon

sabi

lidad

e do

cont

rata

do se

ja am

plia

da, d

esde

que a

ampl

iaçã

o de t

al re

spon

sabi

lidad

e já

est

eja

prev

ista

no a

to co

nvoc

atór

io.

Ao co

ntra

tant

e cab

e res

peita

r o co

ntra

to e

paga

r o qu

e foi

cont

rata

do, n

a fo

rma a

cord

ada e

, é cl

aro,

em d

ia. R

espe

ito co

m os

forn

eced

ores

e pa

rcei

ros

tam

bém

é su

sten

tabi

lidad

e.

Olha

ndo

para

o co

mpr

ador

O s

etor

de

com

pras

pre

cisa

est

ar a

linha

do à

est

raté

gia

de s

uste

n-ta

bilid

ade

da o

rgan

izaç

ão, s

e ho

uver

. Par

a al

ém d

e se

nsib

iliza

ção,

os

profi

ssio

nais

de

com

pras

dev

em p

assa

r por

form

ação

e tr

eina

men

to

espe

cífico

s par

a es

se co

mpl

exo

ofíci

o. O

com

prad

or p

recis

a co

nhec

er o

s m

arco

s reg

ulat

ório

s, co

ncei

tos,

crité

rios d

e su

sten

tabi

lidad

e e

boas

prá

-tic

as. A

dem

ais,

prec

isa te

r ace

sso

à in

form

ação

das

ofe

rtas

de p

rodu

to e

serv

iços i

mbu

ídos

de a

trib

utos

de s

uste

ntab

ilida

de. Já

exist

em m

eios

de

obte

r ess

as in

form

açõe

s, co

mo

os si

tes d

e cer

tifica

dora

s soc

ioam

bien

tais,

da

Bol

sa E

letr

ônica

de

Com

pras

do

Esta

do d

e Sã

o Pa

ulo

(BEC

)6 e d

o M

i-ni

stér

io d

e Pl

anej

amen

to, O

rçam

ento

e G

estã

o –

MPO

G7 . Mas

ain

da h

á m

uito

a se

r des

envo

lvid

o par

a mel

horia

s no a

cess

o à in

form

ação

. Em

regr

a o

com

prad

or p

recis

a te

r sup

orte

de u

m es

pecia

lista

em su

sten

tabi

lidad

e e,

se fo

rem

com

pras

púb

licas

, não

dev

e pr

escin

dir d

e as

sess

oria

juríd

ica.

É pe

rtin

ente

– re

spei

tand

o os

lim

ites l

egai

s, qu

ando

hou

ver –

que

o

com

prad

or es

tabe

leça

diá

logo

com

os fo

rnec

edor

es p

oten

ciais,

de m

odo a

tro

car i

deia

s, con

hecim

ento

s e fe

edba

cks p

ara a

real

izaçã

o de b

ons n

egóc

ios

olha

ndo

para

a su

sten

tabi

lidad

e.

Depe

nden

do d

a es

trat

égia

de

com

pras

, o t

iro p

ode

sair

pela

sa

ving

s pa

ra o

set

or d

e co

mpr

as, o

que

faz

com

que

o c

ompr

ador

ado

te p

rátic

as b

asta

nte

agre

ssiv

as n

o m

erca

do –

o c

ham

ado

“com

prad

or p

it-bu

ll”, q

ue

pres

sion

a um

forn

eced

or fr

ágil

e de

peq

ueno

por

te, f

azen

do c

om

que

ele

abra

mão

de

ques

tões

bás

icas

de

segu

ranç

a do

tra

balh

o,

paga

men

to d

e tr

ibut

os e

con

serv

ação

am

bien

tal p

ara

forn

ecer

ao

men

or c

usto

. Daí

que

, ind

epen

tent

emen

te d

o se

tor,

tam

bém

é

nece

ssár

io a

linha

r os

ince

ntiv

os p

ara

os c

olab

orad

ores

com

as

prem

issa

s do

des

envo

lvim

ento

sus

tent

ável

. No

seto

r púb

lico,

os

mec

anis

mos

de

ince

ntiv

o ta

mbé

m p

odem

ser

regu

lado

s, po

dend

o-se

cr

iar u

ma

grat

ifica

ção

para

os

serv

idor

es q

ue c

umpr

am s

uas

met

as

indi

vidu

ais

e co

letiv

as a

ssoc

iada

s ao

des

empe

nho

soci

oam

bien

talIII

.

III O

Esta

do d

e Min

as G

erai

s já a

dota

essa

prá

tica.

Disp

oníve

l em

: <ht

tp://

ww

w.g

erae

s.m

g.go

v.br/a

cord

o-de

-resu

ltado

s/o-

que-

e-o-

acor

do>.

Aces

so e

m: 1

5 ago

. 201

2.

Para

o s

etor

púb

lico,

es

se m

omen

to é

o d

a ha

bilit

ação

do

licita

nte,

esta

bele

ce u

m li

mite

(art

. 27

e sg

s) c

ondi

zent

es

com

o p

rincí

pio

da

prop

orci

onal

idad

e, o

u se

ja,

ser ú

teis

e p

ertin

ente

s ao

cer

tam

e, e

est

ar

just

ifica

das

dem

onst

rand

o a

pert

inên

cia

e re

levâ

ncia

.

115

114

Olha

ndo

para

o fo

rnec

edor

| Bus

ca po

r eng

ajam

ento

|Co

oper

ação

, étic

a e tr

ansp

arên

cia de

vem

faze

r par

te do

rela

ciona

men

to

entre

com

prad

ores

e fo

rnec

edor

es. D

iant

e di

sso,

suge

re-s

e ha

ver d

iálo

go

cons

tant

e e fe

edba

cks v

isand

o al

canç

ar g

anho

s mút

uos e

de l

ongo

pra

zo.

Para

que

isso

aco

nteç

a, al

gum

as a

ções

pod

em se

r ado

tada

s, co

mo:

Revis

ar o

s crit

ério

s par

a se

leçã

o de

forn

eced

ores

, com

inse

rção

de

atri-

buto

s de s

uste

ntab

ilida

de co

mo

os am

bien

tais,

de d

ivers

idad

e, se

gura

nça,

dire

itos h

uman

os e

com

pras

loca

is e d

e peq

uena

s em

pres

asIV

(ver n

a pág

. 110)

;•

Mel

hora

r os c

anai

s de

inte

raçã

o ex

isten

tes,

busc

ando

cont

ribui

r par

a a t

roca

de i

nfor

maç

ões d

e man

eira

clar

a e efi

cie

nte.

Um fó

rum

per

ma-

nent

e e

um p

orta

l onl

ine

pode

m se

r efi c

azes

nes

te se

ntid

o;•

Estr

utur

ar u

m P

lano

de

Dese

nvol

vim

ento

de

Forn

eced

ores

.Re

com

enda

-se

traba

lhar

inici

alm

ente

com

os f

orne

cedo

res-

chav

e ou

es

traté

gico

s par

a a

orga

niza

ção,

ou co

m a

quel

es a

ssoc

iado

s aos

mai

ores

ris

cos,

seja

m ec

onôm

icos,

socia

is ou

ambi

enta

is. Pa

ra ta

nto,

a org

aniza

ção

deve

map

ear s

ua ca

deia

de f

orne

cimen

to e

defi n

ir o e

scop

o de s

ua es

traté

-gi

a, in

cluin

do, p

refe

renc

ialm

ente

, tan

to o

s for

nece

dore

s dire

tos q

uant

o o

indi

reto

s – os

forn

ece-

dore

s dos

forn

eced

o-re

s. U

ma

ferra

men

ta

sim

ples

que

aju

da a

id

entifi

car

os fo

rnec

e-do

res m

ais c

rítico

s da

cade

ia, já

apre

sent

ada

pelo

Glo

bal C

ompa

ct8 ,

é ilu

stra

da a

segu

ir.

Prim

eira

men

te, c

abe

iden

tific

ar o

s ev

ento

s de

risco

, com

o aq

uele

s aco

ntec

i-m

ento

s que

afet

am a

socie

dade

, o p

rópr

io

negó

cio e

o d

esen

volv

imen

to e

conô

mico

, co

mo

os ri

scos

da

exclu

são

de fo

rnec

edo-

res d

e peq

ueno

por

te. Is

so fe

ito, s

uger

e-se

av

alia

r a p

roba

bilid

ade

e a

grav

idad

e do

ris

co, o

que

det

erm

inar

á com

o ele

s dev

em

ser g

eren

ciado

s10.

Des

envo

lvim

ento

d

e for

nece

dore

s

A or

gani

zaçã

o com

prad

ora p

ode t

er um

pa

pel fu

ndam

enta

l no d

esen

volvi

men

to de

fo

rnec

edor

es, c

ontri

buin

do p

ara

que e

sses

se

jam

capa

zes d

e at

ende

r à d

eman

da d

e m

anei

ra ad

equa

da, d

e mel

hora

r con

tinua

-m

ente

seus

prod

utos

e se

rviço

s, bem

com

o de

não

torn

á-lo

s dep

ende

ntes

, ince

ntiva

n-do

-os a

forn

ecer

par

a out

ras i

nstit

uiçõ

es.

A in

ovaç

ão n

eces

sária

à su

sten

tabi

li-da

de po

de vi

r tan

to pe

lo ap

erfe

içoam

ento

do

s sist

emas

prod

utivo

s exi

sten

tes q

uant

o pe

la cr

iaçã

o de

nov

os p

rodu

tos,

serv

iços

e m

odel

os d

e ne

gócio

s. Pa

ra e

stim

ular

o

aper

feiço

amen

to d

os fo

rnec

edor

es, é

im-

port

ante

que

o co

mpr

ador

sina

lize

clara

-m

ente

qua

is sã

o os

atr

ibut

os d

e su

sten

-ta

bilid

ade

impo

rtan

tes e

m su

as co

mpr

as e

, qua

ndo

houv

er u

ma

recu

sa

de fo

rnec

imen

to, o

com

prad

or d

eve

dar u

m fe

edba

ck p

ara

o fo

rnec

edor

.IV

Ver

qua

dro

cont

endo

det

alha

men

to d

esse

s atr

ibut

os d

e su

sten

tabi

lidad

e, à

pág.

110.

e ve

rdes

No

sent

ido

de g

aran

tir

requ

isito

s m

ínim

os d

e su

sten

tabi

lidad

e e

de le

galid

ade,

in

stitu

içõe

s pú

blic

as e

em

pres

aria

is b

usca

m e

vita

r aq

uisi

ções

junt

o a

empr

esas

co

m fi

cha

suja

nos

asp

ecto

s so

ciai

s e

ambi

enta

is. N

os

aspe

ctos

tra

balh

ista

s, po

r

Empr

ego,

bem

com

o o

cada

stro

lado

am

bien

tal,

o pr

odut

o

info

rmaç

ões

das

empr

esas

sob

re

licen

ciam

ento

s, at

endi

men

to a

o

cont

amin

adas

e t

ambé

m s

obre

tr

abal

ho e

scra

vo. O

set

or p

úblic

o

Nac

iona

l de

Empr

esas

Inid

ônea

s 11 ,

espa

ço o

nde

há u

ma

rela

ção

de

empr

esas

que

sof

rera

m s

ançõ

es

pelo

s ór

gãos

e e

ntid

ades

da

Adm

inis

traç

ão P

úblic

a da

s es

fera

s fe

dera

l, es

tadu

al e

mun

icip

al,

send

o po

ssív

el v

isua

lizar

eve

ntua

l sa

nção

e a

font

e da

info

rmaç

ão.

Font

e: ad

apta

do d

e UN

GC (2

010)

9 .

Map

eam

ento

de

risco

s par

a su

sten

tabi

lidad

e na

cade

ia d

e fo

rnec

imen

to

PROBABILIDADE DE RISCO IMPA

CTO

E GR

AVID

ADE

DO R

ISCO

117

116

A co

nstru

ção

de fó

runs

e pl

ataf

orm

as co

m em

pres

as fo

rnec

edor

as d

ia-

loga

ndo

com

as c

ompr

ador

as p

ode

ser u

m ó

timo

mei

o pa

ra a

ela

bora

ção

conj

unta

de cr

itério

s par

a o ca

min

har r

umo à

prod

ução

e fo

rnec

imen

to su

s-te

ntáv

eis. E

sses

fóru

ns po

dem

inclu

ir um

a ter

ceira

orga

niza

ção c

om ex

perti

se

em su

sten

tabi

lidad

e que

pode

dese

mpe

nhar

um

a fun

ção d

e ass

esso

ria e/

ou

med

iaçã

o, ta

is co

mo

o Se

brae

, ONG

s e ce

ntro

s de e

stud

os. O

pod

er p

úblic

o ta

mbé

m p

ode

traba

lhar

no

enga

jam

ento

com

pot

encia

is fo

rnec

edor

es,

seja

dire

tam

ente

por

mei

o de

aud

iênc

ias e

cons

ulta

s púb

licas

, em

que

se

conv

ocam

os f

orne

cedo

res p

ara

apre

sent

ar o

que

o se

tor p

úblic

o pa

ssar

á a

cobr

ar d

e se

us fo

rnec

edor

es (c

om su

port

e no

art

igo

39 d

a Le

i 8.6

66/9

3),

seja

com

auxí

lio de

órgã

os se

toria

is qu

e irã

o int

erm

edia

r ess

e alin

ham

ento

.A

aber

tura

de l

inha

s de i

nves

timen

to em

pes

quisa

e de

senv

olvi

men

to,

bem

com

o in

vest

imen

tos e

m n

egóc

ios e

m in

cuba

dora

s são

via

s par

a se

es

timul

ar a

cria

ção

de n

ovos

pro

duto

s, se

rviço

s e m

odel

os d

e neg

ócio

s. O

seto

r púb

lico

pode

tam

bém

lanç

ar e

dita

is co

nten

do n

ovos

atr

ibut

os d

e su

sten

tabi

lidad

e, sin

aliza

ndo

ao m

erca

do a

exi

stên

cia d

e ni

chos

par

a o

surg

imen

to d

e no

vos p

adrõ

es p

rodu

tivos

, bem

com

o tra

balh

ando

com

a

funç

ão ex

trafis

cal d

os tr

ibut

os pa

ra fo

men

tar d

eter

min

ado t

ipo d

e pro

duto

ou

serv

iço (c

onfe

rir in

fogr

áfico

da

pág.

26).

Para

cont

rola

r o cu

mpr

imen

to d

os a

trib

utos

de

sust

enta

bilid

ade

soli-

citad

os, p

ode

ser i

nter

essa

nte:

• In

vest

ir em

sist

emas

de

audi

toria

s e ve

rifica

ção

com

o fe

rram

enta

s de

apre

ndiza

gem

e a

valia

ção.

Essa

aud

itoria

pod

e se

r fei

ta p

ela

próp

ria

empr

esa/

gove

rnoV o

u po

r um

terc

eiro

. Ten

do e

m vi

sta

que

o sis

tem

a de

verifi

caçã

o exi

ge te

mpo

, recu

rso fi

nanc

eiro

e eq

uipe

capa

citad

a par

a ta

nto,

a op

ção

pela

aud

itoria

de

terc

eiro

s afa

sta

qual

quer

difi

culd

ade

inte

rna,

mas

leva

nta

a qu

estã

o do

cust

o. Um

a po

tenc

ial a

ltern

ativa

é

traba

lhar

o co

mpa

rtilh

amen

to d

esse

cust

o, po

dend

o se

r cofi

nanc

iado

por e

mpr

esas

do

mes

mo

seto

r ou

de ó

rgão

s púb

licos

que

util

izam

dos

m

esm

os fo

rnec

edor

es;

• Tr

abal

har c

om si

stem

as d

e lau

dos d

e qua

lidad

e qua

ndo

o fo

co es

tiver

em

pro

duto

s;•

Cria

r clá

usul

as de

resp

onsa

bilid

ade:

caso

o pr

odut

o apr

esen

te pr

oble

mas

du

rant

e su

a ut

iliza

ção,

o ôn

us d

a an

álise

é im

puta

do a

o fo

rnec

edor

VI;

• Ut

iliza

r sist

emas

de c

ertifi

caçõ

es e

selo

s, qu

e pod

em se

r tan

to co

mpu

l-só

rios q

uant

o vo

lunt

ário

s. As

cert

ifica

dora

s têm

o p

apel

de

audi

tar e

ve

rifica

r o cu

mpr

imen

to d

os cr

itério

s por

elas

apon

tado

s par

a a ob

ten-

ção

do se

lo, d

eson

eran

do o

adq

uire

nte

de fa

zer a

aud

itoria

;•

Elab

orar

um

que

stio

nário

de m

onito

ram

ento

par

a os f

orne

cedo

res b

a-se

ado n

o cód

igo d

e con

duta

ou n

a pol

ítica

de c

ompr

as d

a org

aniza

ção,

a fim

de qu

e se p

ossa

verifi

car s

e os c

ritér

ios d

efini

dos c

omo p

riorit

ário

s es

tão

ou n

ão se

ndo

aten

dido

s e re

aliza

r dev

olut

iva a

os fo

rnec

edor

es

sobr

e o

que

há d

e po

sitivo

e o

que

de n

egat

ivo.

VI N

o âm

bito

púb

lico

essa

solu

ção

foi u

tiliza

da p

elo

Inst

ituto

Nac

iona

l do

Cânc

er p

ara

a aq

uisiç

ão d

e re

méd

ios

de q

ualid

ade.

Disp

onív

el e

m: <

http

://w

ww

.scie

losp

.org

/pdf

/csp

/v1

5n4/

1017

.pdf

>. Ac

esso

em

: 20

set.

2012

.

Mel

horia

cont

ínua

na

gest

ão d

e su

prim

ento

s

Ao se

obs

erva

r out

ras q

uest

ões c

onec

tada

s com

as c

ompr

as d

a in

sti-

tuiçã

o, co

mo

os im

pact

os a

mbi

enta

is e

socia

is tra

nsve

rsai

s dec

orre

ntes

da

aqui

sição

(con

sum

o de e

nerg

ia el

étric

a, de

água

, pro

duçã

o de r

esíd

uos,

dest

ino

adeq

uado

dos

pro

duto

s pós

-con

sum

o, de

senv

olvi

men

to lo

cal),

pe

rceb

e-se

que

os p

roce

ssos

torn

aram

-se m

ais c

ompl

exos

e de

pend

ente

s de

ato

res c

ompr

omet

idos

e co

nscie

ntes

do

seu

pape

l. Di

ante

diss

o, a

suge

stão

é fa

zer o

ger

encia

men

to d

as a

tivid

ades

e d

o cu

mpr

imen

to d

e re

sulta

dos.

O ca

min

ho a

segu

ir de

ve se

r orie

ntad

o co

m

V N

o âm

bito

púb

lico

fede

ral, o

art

igo

8º d

o De

cret

o nº

7.74

6, d

e 05

de

junh

o de

201

2, qu

e re

gula

men

tou

o ar

tigo

3º d

a Le

i 8.6

66/9

3 já

inst

itui a

pos

sibili

dade

de

real

izar d

iligê

ncia

pa

ra ve

rifica

r se o

s crit

ério

s de s

uste

ntab

ilida

de co

ntid

os n

o ins

trum

ento

conv

ocat

ório

estã

o pr

esen

tes n

o be

m o

u se

rviço

cont

rata

do.

119

118

base

nas

mud

ança

s con

quist

adas

a p

artir

de

um p

lane

jam

ento

, da

exe-

cuçã

o de

um

a aç

ão e

de

seu

mon

itora

men

to co

m fo

co e

m u

ma

mel

horia

co

ntín

ua. P

ara t

anto

, é po

ssíve

l tra

balh

ar e

aprim

orar

elem

ento

s do p

roce

sso

de co

mpr

as e

cont

rata

ções

com

bas

e em

ferra

men

tas d

e ge

stão

, com

o a

met

odol

ogia

PDCA

(Pla

n, D

o, Ch

eck,

Act),

que

auxi

lia o

ges

tor a

inse

rir su

s-te

ntab

ilida

de n

as co

mpr

as e

cont

rata

ções

. Ess

a fe

rram

enta

é fa

cilm

ente

ad

aptá

vel a

os se

tore

s púb

lico

e em

pres

aria

l, con

form

e as

met

odol

ogia

s el

abor

adas

pel

o IC

LEI, o

Pro

cura

+ , e p

elo

Pact

o Gl

obal

das

Naç

ões U

nida

s, am

bas a

pres

enta

das n

a se

quên

cia.

Cam

panh

a Pro

cura

+ para

c

ompr

as pú

blica

s sus

tent

áveis

12

Em 2

004,

o IC

LEI l

anço

u a

Cam

panh

a Pr

ocur

a+ , inic

ialm

ente

na

Eu-

ropa

, par

a fo

men

tar a

s co

mpr

as p

úblic

as s

uste

ntáv

eis.

Nes

te c

onte

x-to

, des

envo

lveu

met

odol

ogia

esp

ecífi

ca, q

ue é

bas

eada

em

um

sist

ema

cícl

ico tí

pico

de

gest

ão P

DCA

e po

de s

er a

dapt

ada

para

qua

lque

r tip

o e

tam

anho

de

entid

ade

públ

ica.

Os

cinc

o pa

ssos

sug

erid

os e

nvol

vem

, en

tre

outr

os e

lem

ento

s, o

conh

ecim

ento

da

estr

utur

a de

com

pras

em

de

term

inad

o de

part

amen

to o

u ad

min

istr

ação

, aná

lise

inst

ituci

onal

e

lega

l, ide

ntifi

caçã

o de

crité

rios e

impa

ctos

ambi

enta

is e s

ocia

is, p

esqu

isa

de m

erca

do, s

ensib

iliza

ção

das

inst

ânci

as d

ecisó

rias

e ca

paci

taçã

o do

blico

resp

onsá

vel p

elas

aqu

isiçõ

es.

A m

etod

olog

ia d

e co

mpr

as p

úblic

as su

sten

táve

l do

ICLE

I e o

Man

u-al

do

Proc

ura+ fo

ram

ada

ptad

os p

ara

o co

ntex

to b

rasil

eiro

, por

mei

o de

du

as e

diçõ

es (2

006

e 20

08) d

a pu

blic

ação

“Gui

a de

Com

pras

Púb

licas

Su

sten

táve

is –

Uso

do p

oder

de

com

pra

do g

over

no p

ara

a pr

omoç

ão d

o de

senv

olvi

men

to su

sten

táve

l13 ”, um

a pa

rcer

ia d

o IC

LEI B

rasil

e do

GVc

es, o

Ce

ntro

de E

stud

os em

Sust

enta

bilid

ade d

a FGV

-EAE

SP. Ju

nto a

o Min

istér

io

de Pl

anej

amen

to, O

rçam

ento

e Ge

stão

(MPO

G), o

ICLE

I, em

2010

, ela

boro

u um

a car

tilha

para

a ad

min

istra

ção f

eder

al14

, mom

ento

em qu

e apr

ofun

dou

mai

s o te

ma,

tend

o co

mo

cená

rio o

cont

exto

bra

silei

ro.

Mod

elo de

gestã

o de c

ompr

as

em

pres

ariai

s do P

acto

Glo

bal d

a ONU

15

As N

açõe

s Uni

das,

por m

eio

do U

nite

d Na

tions

Glo

bal C

ompa

ct, in

dica

os

segu

inte

s pas

sos p

ara

asse

gura

r a su

sten

tabi

lidad

e na

cade

ia d

e fo

r-ne

cimen

to: c

ompr

omet

imen

to co

m d

esen

volv

imen

to d

e um

busin

ess c

ase

(ver

na

pág.

72), e

stab

elec

imen

to d

e vi

são,

obje

tivos

e ex

pect

ativa

s par

a a

cade

ia de

forn

ecim

ento

; e av

alia

ção p

relim

inar

, com

dete

rmin

ação

de es

co-

po e

esfo

rços

bas

eado

s em

prio

ridad

es e

impa

ctos

. A re

com

enda

ção i

nclu

i ta

mbé

m d

efi n

ir e i

mpl

emen

tar, c

omun

icand

o exp

ecta

tivas

e se

enga

jand

o co

m fo

rnec

edor

es, a

sseg

uran

do al

inha

men

to e

follo

w-u

p in

tern

o, pa

rtici

-pa

ndo d

e col

abor

açõe

s e p

arce

rias.

Por fi

m, a

ON

U in

dica

a ne

cess

idad

e de

med

ir e c

omun

icar, c

om m

onito

ram

ento

de d

esem

penh

o e tr

ansp

arên

cia.

Font

e: ad

apta

do d

e IC

LEI, 2

007.

Visã

o ge

ral d

os m

arco

s do

Proc

ura+

1

2

345

Prep

araç

ão

Esta

bele

cer

met

as

Dese

nvol

ver

plan

o de

açã

o

Impl

emen

tar

plan

o de

açã

o

e re

port

ar

resu

ltado

s

CRIT

ÉRIO

S-CH

AVE

DE

SUST

ENTA

BILI

DADE

121

120

Trat

am-s

e de

met

odol

ogia

s flex

íveis,

ain

da q

ue a

ord

em co

loca

da d

os

pass

os co

nten

ha u

ma

lógi

ca in

trín

seca

. As r

ealid

ades

dist

inta

s nas

org

a-ni

zaçõ

es p

odem

vir a

impo

r um

a im

plem

enta

ção d

ifere

ncia

da d

os p

asso

s, em

ord

em cr

onol

ógica

dife

renc

iada

. O m

ais i

mpo

rtan

te ta

lvez s

eja

o fa

to

de q

ue e

ssas

eta

pas s

ão co

mpl

emen

tare

s e fu

ndam

enta

is pa

ra g

aran

tir

mai

or e

ficiê

ncia

e e

ficác

ia n

a su

sten

tabi

lidad

e da

cade

ia e

das

com

pras

in

stitu

ciona

is. Bo

a gov

erna

nça,

trans

parê

ncia

e en

gaja

men

to, s

ão pr

incíp

ios

esse

ncia

is qu

e pe

rmei

am to

dos o

s pas

sos.

As d

uas m

etod

olog

ias –

a d

o IC

LEI e

da

ONU

– po

dem

gui

ar o

ges

tor

resp

onsá

vel n

a bus

ca po

r mel

horia

s con

tínua

s. Es

sas s

ão al

gum

as so

luçõ

es

para

a in

serç

ão da

sust

enta

bilid

ade n

a ges

tão d

e com

pras

, um

conv

ite ab

er-

to a

o di

álog

o pa

ra av

ança

r nas

fron

teira

s da

prát

ica e

dos c

onhe

cimen

tos

nece

ssár

ios a

o de

senv

olvi

men

to su

sten

táve

l.

A su

sten

tabi

lidad

e de

ve c

onsi

dera

r asp

ecto

s ec

onôm

icos

, be

m-e

star

soc

ial e

os

limite

s do

pla

neta

. Den

tre

os

atrib

utos

a c

onsi

dera

r, de

stac

am-s

e: a

mbi

enta

is,

dive

rsid

ade,

seg

uran

ça, d

ireito

s hu

man

os, c

ompr

as d

e pe

quen

as e

mpr

esas

loca

is.

O a

to d

e co

nsum

ir im

plic

a em

des

pesa

s e

mov

imen

ta u

ma

nas

inst

ituiç

ões.

Os

crité

rios

de d

ecis

ão d

evem

tra

nsce

nder

pre

ço, p

razo

e

qual

idad

e, a

valia

ndo

cust

os c

om b

ase

em q

uest

ões

com

o su

bstit

uiçã

o de

font

es p

olue

ntes

, red

ução

e re

cicl

agem

de

resí

duos

, eco

nom

ia d

e ág

ua e

ene

rgia

, com

bate

ao

tra

balh

o es

crav

o, in

clus

ão s

ocia

l e m

elho

ria n

o re

laci

onam

ento

com

com

unid

ades

. A

gest

ão d

e co

mpr

as s

uste

ntáv

eis

pode

ala

vanc

ar

opor

tuni

dade

s, co

mo

redu

ção

de c

usto

s, m

aior

in

vest

imen

to e

m t

ecno

logi

a, c

onqu

ista

de

novo

s m

erca

dos,

ganh

o de

imag

em e

eng

ajam

ento

de

acio

nist

as

e to

mad

ores

de

deci

são.

A es

trat

égia

da

redu

ção

do c

onsu

mo

deve

ser

prio

rizad

a pa

ra m

inim

izar

a n

eces

sida

de d

e co

mpr

a e

aum

enta

r su

a efi

ciên

cia.

pode

m g

erar

gan

hos

de e

scal

a qu

e vi

abili

zam

a a

quis

ição

de

pro

duto

s de

ntro

de

padr

ões

soci

oam

bien

tais

pel

o m

esm

o pr

eço

e, e

m a

lgun

s ca

sos,

por v

alor

men

or d

o qu

e os

pro

duto

s co

nven

cion

ais.

Dest

aque

s

Font

e: ad

apta

do d

e UN

GC, 2

010.

Com

prom

eter

-se

Aval

iar De

finir

Impl

emen

tar

Med

ir

Com

unic

ar

123

s que

stõe

s eco

nôm

icas,

prin

cipal

men

te as

rela

ciona

das à

pro

duçã

o e a

o con

sum

o, nu

nca e

stive

ram

tão a

trela

das a

o deb

ate a

mbi

enta

l e

socia

l com

o ho

je. D

esde

a d

écad

a de

1970

o m

undo

deb

ate

com

o al

iar

dese

nvol

vim

ento

e co

nser

vaçã

o do

s rec

urso

s ind

ispen

sáve

is à

vida

e a

o eq

uilíb

rio do

plan

eta (

leia n

o cap

ítulo

1). N

os ú

ltim

os an

os, o

desa

fi o ga

nhou

st

atus

de

urgê

ncia

, dia

nte

das e

vidê

ncia

s sob

re o

s im

pact

os h

istór

icos e

at

uais

das a

tivid

ades

hum

anas

que

colo

cam

em ri

sco a

disp

onib

ilida

de d

e ág

ua e

font

es en

ergé

ticas

, o su

prim

ento

de m

atér

ia-p

rima,

a alim

enta

ção

dent

ro d

e pad

rões

mín

imos

par

a a sa

úde e

a qu

alid

ade d

os am

bien

tes q

ue

sust

enta

m a

biod

ivers

idad

e e o

próp

rio se

r hum

ano,

atra

ído c

ada v

ez m

ais

para

o m

eio

urba

no co

m su

as n

eces

sidad

es e

seus

ape

los d

e co

nsum

o. M

ais d

e doi

s ter

ços d

a pop

ulaç

ão m

undi

al vi

verá

em ci

dade

s até

2050

e a

A

Um p

lane

ta m

ais e

quili

brad

o

A pe

rspe

ctiva

de g

anho

s eco

nôm

icos,

ambi

enta

is e s

ocia

is di

ante

de u

m n

ovo

padr

ão d

e con

sum

idor

es in

stitu

ciona

is e i

ndivi

duai

s

5 122

ZSOLT ZATROK

ROBERTO PALMIERI

125

124

mes

ma

capa

cidad

e urb

ana

cons

truí

da n

os ú

ltim

os 4

000

anos

dev

erá

ser

ergu

ida

nos p

róxi

mos

40

anos

1 . O cu

rso

das m

udan

ças c

limát

icas e

leva

o

grau

da

ince

rtez

a e

da a

mea

ça e

, ao

mes

mo

tem

po, d

a re

spon

sabi

lidad

e em

agir

no p

rese

nte p

ara t

orna

r mai

s ráp

ido

o pr

oces

so d

e mud

ança

s que

se

impõ

e pa

ra u

m m

undo

mai

s sus

tent

ável

.Na

per

spec

tiva

de fu

turo

, con

serv

ar re

curs

os v

itais

não

exig

e ap

enas

co

nhec

imen

to, t

ecno

logi

a de

pon

ta, m

étod

os p

ara

redu

zir d

espe

rdíci

os e

ev

itar i

mpa

ctos

neg

ativo

s ao m

eio a

mbi

ente

. A es

traté

gia e

voca

nov

os m

o-de

los d

e ges

tão d

os n

egóc

ios e

da a

dmin

istra

ção p

úblic

a, co

nsid

eran

do-s

e qu

estõ

es co

mpl

exas

que

vão

além

dos

esto

ques

nat

urai

s. Em

níve

l glo

bal,

o es

forç

o de

deb

ate e

ntre

os p

aíse

s est

á cad

a vez

mai

s atre

lado

à ne

cess

i-da

de d

e mai

or ju

stiça

no a

cess

o ao q

ue o

plan

eta t

em a

ofer

ecer

, equ

idad

e na

sua

repa

rtiçã

o, di

gnid

ade n

o tra

balh

o, go

vern

ança

com

tran

spar

ência

, ét

ica p

ara

prod

uzir

e co

nsum

ir. Sã

o te

mas

reco

rrent

es n

o cam

inho

par

a um

a nov

a eco

nom

ia, fo

co ce

n-tra

l da R

io+2

0, a

Conf

erên

cia so

bre D

esen

volvi

men

to Su

sten

táve

l2 real

izada

pe

la O

NU

em ju

nho d

e 201

2, no

Rio d

e Jan

eiro

. For

am tr

ês di

as de

enco

ntro

s ofi

ciais

das d

eleg

açõe

s par

a se

cheg

ar a

den

omin

ador

es co

mun

s sob

re

com

o tra

nsfo

rmar

o m

odel

o ec

onôm

ico e

dire

ciona

r o fu

turo

do

plan

eta

nos

trilh

os d

a su

sten

tabi

lidad

e. In

tens

o de

bate

mob

ilizo

u a

soci

edad

e civ

il ant

es e

dura

nte a

conf

erên

cia co

m se

us ev

ento

s par

alel

os e

múl

tipla

s at

ivid

ades

que

retra

tara

m u

m co

nsid

eráv

el g

rau

de co

nhec

imen

to so

bre

os d

esafi

os so

cioam

bien

tais

e so

bre

o qu

e é

prec

iso p

ara

venc

ê-lo

s. N

a ex

pect

ativa

de

avan

ços,

empr

esas

, org

aniza

ções

não

gov

erna

men

tais

de

dife

rent

es li

nhas

de

ação

, inst

ituiçõ

es d

e go

vern

os lo

cais

e cid

adão

s em

ge

ral p

rota

goni

zara

m u

m m

ovim

ento

sem

pre

cede

ntes

na

hist

ória

das

co

nfer

ência

s glo

bais

sobr

e o

tem

a.Ao

fina

l da c

onfe

rênc

ia, a

s man

chet

es d

os jo

rnai

s refl

etira

m a

insa

tisfa

-çã

o po

r par

te d

e qu

em e

sper

ava

com

prom

issos

mai

s obj

etivo

s e e

fetiv

os,

auda

cioso

s e d

e cu

rto

praz

o. “C

onfe

rênc

ia d

a ON

U te

rmin

a co

m a

cord

o cr

itica

do e

dei

xa p

ara

mai

s adi

ante

defi

niçõ

es cr

ucia

is pa

ra o

futu

ro d

o pl

anet

a” (O

Glo

bo)3 . “D

ocum

ento

frac

o e

dece

pção

mar

cam

últi

mo

dia

da

Rio+

20” (

O Es

tado

de S

ão Pa

ulo)

4 ; “O Fu

turo

a D

eus p

erte

nce”

(Car

ta C

api-

tal)5 . C

omo a

nfitri

ão, o

Bra

sil, q

ue en

frent

a o d

esafi

o de c

ompa

tibili

zar s

eus

signi

ficat

ivos e

inve

jáve

is es

toqu

es n

atur

ais c

om os

índi

ces d

e cre

scim

ento

ec

onôm

ico e

inclu

são s

ocia

l, ass

umiu

posiç

ão de

lider

ança

nas

neg

ocia

ções

qu

e che

gara

m a

um

doc

umen

to fi

nal d

e 53 p

ágin

as e

283 p

arág

rafo

s, qu

e pa

ssou

ao la

rgo d

e que

stõe

s-ch

ave,

mas

apon

tou

um ca

min

ho6 . O

resu

ltado

de

sagr

adou

à m

aior

ia do

s am

bien

talis

tas, m

ovim

ento

s soc

iais,

econ

omist

as,

empr

esár

ios e

inst

ituiçõ

es go

vern

amen

tais

loca

is do

seto

r soc

ioam

bien

tal.

Em b

alan

ço ap

ós a

Rio+

20, a

com

unid

ade c

ient

ífica

lam

ento

u qu

e os a

van-

ços d

o co

nhec

imen

to so

bre o

s lim

ites d

o pl

anet

a al

canç

ados

nos

últi

mos

an

os n

ão se

refle

tiram

no

docu

men

to g

erad

o pe

la co

nfer

ência

7 . Tra

tar a

qu

estã

o en

volv

eria

ava

nçar

sobr

e o

com

plex

o te

ma

da re

part

ição

mai

s ju

sta e

equi

tativ

a dos

recu

rsos

do

plan

eta,

o qu

e pod

eria

empe

rrar o

utra

s de

cisõe

s de

mai

or co

nsen

so.

O fu

turo

apó

s a R

io+2

0

A m

obili

zaçã

o de r

ecur

sos fi

nanc

eiro

s par

a um

fund

o glo

bal d

estin

ado

a fin

ancia

r a “e

cono

mia

verd

e” n

ão o

corre

u. E

sper

ava-

se m

aior

ênf

ase

na

mud

ança

do at

ual m

odel

o dos

subs

ídio

s gov

erna

men

tais

que s

uste

ntam

a in

dúst

ria fó

ssil,

a agr

icultu

ra p

olue

nte e

a pe

sca p

reda

tória

, som

ando

mai

s de

US$

1 tr

ilhão

no

mun

do8 . A

lém

diss

o, a

efet

iva in

serç

ão d

os a

spec

tos

ambi

enta

is e s

ocia

is no

Prod

uto I

nter

no B

ruto

(PIB

) fico

u pa

ra o

futu

ro. N

a Ri

o+20

, os p

aíse

s ape

nas r

econ

hece

ram

a ne

cess

idad

e de n

ovos

indi

cado

res

que

com

plem

ente

m o

PIB

trad

icion

al e

solic

itara

m à

ON

U um

pro

gram

a qu

e apr

ovei

te a

s dive

rsas

inici

ativa

s nes

te se

ntid

o já

em cu

rso

no m

undo

. Ap

esar

de u

m ce

rto s

entim

ento

de fr

ustra

ção,

o doc

umen

to –

intit

ulad

o “O

Futu

ro q

ue Q

uere

mos

” – in

corp

ora a

lgum

as d

iretr

izes e

com

prom

issos

qu

e in

dica

m u

m ca

min

ho d

a ag

enda

par

a o

dese

nvol

vim

ento

nas

pró

xi-

mas

déc

adas

. Um

dos

prin

cipai

s ind

icado

res e

stá

no se

gund

o pa

rágr

a-fo

: “Er

radi

car a

pob

reza

é o

mai

or d

esafi

o gl

obal

enf

rent

ado

pelo

mun

do

hoje

e re

quer

imen

to in

disp

ensá

vel a

o de

senv

olvi

men

to s

uste

ntáv

el”9 .

127

126

A in

clusã

o soc

ial, c

om di

reito

à qu

alid

ade d

e vid

a, ge

raçã

o de r

enda

e m

enos

de

sigua

ldad

e eco

nôm

ica, é

iner

ente

à co

nser

vaçã

o do

s rec

urso

s nat

urai

s. De

sta

man

eira

, a a

gend

a da

tran

sição

par

a a

econ

omia

verd

e es

tá vi

ncu-

lada

aos O

bjet

ivos d

o Milê

nio,

um p

rogr

ama d

e met

as ec

onôm

icas,

socia

is e

ambi

enta

is es

tabe

lecid

as n

o an

o 20

00 p

ela

ONU

para

cum

prim

ento

at

é 20

1510

. Na

Rio+

20, c

onco

rdou

-se

em co

nstr

uir a

té e

ssa

data

um

pla

no

com

indi

cado

res e

met

as es

pecífi

cas p

ara o

des

envo

lvim

ento

sust

entá

vel,

aplic

ável

a to

dos o

s paí

ses,

cons

ider

ando

suas

prio

ridad

es e

conô

mica

s e

polít

icas.

A Co

nfer

ência

e o d

ocum

ento

mar

cara

m, a

inda

, o re

conh

ecim

ento

de

finiti

vo do

pape

l dos

gove

rnos

nac

iona

is e l

ocai

s par

a o de

senv

olvim

ento

su

sten

táve

l, evi

denc

iand

o a

urba

niza

ção

e se

us im

pact

os co

mo

um d

os

gran

des d

esafi

os d

este

nov

o sé

culo

. Efic

iênc

ia en

ergé

tica n

o pl

anej

amen

-to

urb

ano,

nos

trans

port

es, n

a co

nstr

ução

civ

il e

no d

esen

volv

imen

to e

pr

oduç

ão d

e pro

duto

s e se

rviço

s é fu

ndam

enta

l. As c

ompr

as su

sten

táve

is,

nest

e se

ntid

o, sã

o um

inst

rum

ento

chav

e.

Mob

iliza

ção

de fo

rças

Há, n

o en

tant

o, nó

s a d

esat

ar. A

conf

erên

cia d

esco

rtin

ou a

frag

ilida

de

da g

over

nanç

a glo

bal p

ara a

tom

ada d

e dec

isões

no

níve

l soc

ioam

bien

tal.

Para

mui

tos a

nalis

tas,

os ve

rdad

eiro

s líd

eres

des

se n

ovo m

odel

o de d

esen

-vo

lvim

ento

em

que

stão

ain

da n

ão e

stão

no

pode

r11 . O te

ma

cons

umo

e pr

oduç

ão su

sten

táve

is fo

i tra

tado

em a

pena

s trê

s par

ágra

fos (

itens

224

a 22

6) q

ue ra

tifica

ram

o q

ue já

hav

ia si

do p

actu

ado

nas c

onfe

rênc

ias a

nte-

riore

s e n

ão tr

ouxe

ram

qua

lque

r efe

ito le

gal v

incu

lant

e.Po

r out

ro la

do, s

ob o

pon

to d

e vist

a pos

itivo

, per

cebe

u-se

que

a Ri

o+20

ca

talis

ou fo

rças

na

socie

dade

civi

l e p

rom

oveu

sine

rgia

ent

re o

s set

ores

o go

vern

amen

tais

e em

pres

aria

is, o

que

resu

ltou,

ent

re o

utro

s pon

tos,

na in

tenç

ão d

e se

refo

rçar

na

próx

ima

déca

da a

s prá

ticas

de

prod

ução

e

cons

umo

sust

entá

veis.

Incl

ui-s

e ne

ste

cont

exto

de

rupt

ura

o po

der d

e tra

nsfo

rmaç

ão as

socia

do às

com

pras

corp

orat

ivas e

gov

erna

men

tais,

com

di

fere

ncia

is so

cioam

bien

tais

que s

e refl

etem

nas

cade

ias d

e for

necim

ento

e ta

mbé

m n

o co

mpo

rtam

ento

de

um “n

ovo”

cons

umid

or fi

nal.

Na ú

ltim

a déc

ada,

estim

ativa

s de o

rgan

ismos

inte

rnac

iona

is ap

onta

m

que a

reto

mad

a eco

nôm

ica em

dife

rent

es p

aíse

s ten

ha ti

rado

cent

enas

de

milh

ões d

e pes

soas

da m

iséria

, cria

ndo

uma n

ova c

lass

e méd

ia q

ue m

ove

as e

stra

tégi

as d

e pr

oduç

ão a

par

tir d

o ac

esso

a cr

édito

e a

ben

s ant

erio

r-m

ente

de c

onsu

mo m

ais r

estr

ito. N

os p

róxi

mos

25 an

os, c

erca

de 3

bilh

ões

de n

ovos

cons

umid

ores

de c

lass

e méd

ia p

ress

iona

rão o

s rec

urso

s nat

urai

s, ex

igin

do so

luçõ

es d

e ges

tão

e tec

nolo

gia p

ara v

irar o

jogo

da d

estr

uiçã

o12.

No B

rasil

, ess

es a

tore

s se

torn

am ca

da ve

z mai

s rel

evan

tes n

o pr

oces

-so

de

mud

ança

s par

a um

cená

rio d

e m

enor

des

igua

ldad

e so

cial e

mai

or

prod

ução

par

a at

ende

r à d

eman

da cr

esce

nte,

sem

des

equi

libra

r o cl

ima

e sem

exau

rir a

águ

a, a

ener

gia,

os a

limen

tos,

a bi

omas

sa, o

s min

erai

s e a

bi

odive

rsid

ade.

Estu

dos d

e con

sulto

rias d

imen

siona

m o

novo

cont

inge

nte

que a

scen

de ao

cons

umo.

Entre

2001

e 20

10 a

class

e E d

imin

uiu

de 17

,3 m

i-lh

ões p

ara 7

milh

ões d

e bra

silei

ros,

mig

rand

o par

a as c

lass

es D

e C13 . A

bas

e da

pirâ

mid

e soc

ial, o

u se

ja, a

cam

ada m

ais p

obre

da p

opul

ação

, repr

esen

ta

hoje

men

os d

e 1%

dos

dom

icílio

s do

país14

.Av

anço

s for

am co

nqui

stad

os n

a re

duçã

o da

mor

talid

ade

infa

ntil

e do

an

alfa

betis

mo,

bem

com

o no a

umen

to da

expe

ctat

iva de

vida

. Com

o pa

drão

m

ais e

leva

do de

cons

umo e

as pe

ssoa

s vive

ndo m

ais t

empo

, cre

sce t

ambé

m

a nec

essid

ade d

e inv

estim

ento

s na i

nfra

estru

tura

de d

istrib

uiçã

o de á

gua,

rede

s de

esgo

to, c

olet

a e

recic

lage

m d

e lix

o e

outro

s ser

viço

s nec

essá

rios

para

ate

nder

à m

aior

dem

anda

e re

duzir

seus

impa

ctos

am

bien

tais,

den

-tro

de

um ce

nário

já e

xplo

rado

ao

limite

pel

as ca

mad

as d

e m

aior

rend

a da

pop

ulaç

ão m

undi

al. E

stim

a-se

que

o co

nsum

o gl

obal

de

água

cres

ça

30%

até

203

0, p

erío

do n

o qu

al o

pla

neta

dev

erá

ter m

ais 1

75 m

ilhõe

s de

hect

ares

des

mat

ados

, sem

fala

r do

aum

ento

nas

em

issõe

s de

dióx

ido

de

carb

ono,

que p

oder

á fa

zer o

aqu

ecim

ento

do

plan

eta

supe

rar o

s níve

is de

se

gura

nça

estip

ulad

os p

elos

cien

tista

s15 . Ao

mes

mo

tem

po, o

mun

do d

espe

rdiça

ent

re 2

0% e

30%

dos

alim

en-

tos (

1,3 b

ilhõe

s de

tone

lada

s anu

ais)

desd

e o

cam

po a

té a

s res

idên

cias16

. A

Food

and

Agr

icultu

re O

rgan

izatio

n (F

AO) a

dver

te p

ara

os ri

scos

de

se

129

128

prio

rizar

o a

umen

to d

a pr

oduç

ão e

esq

uece

r a re

duçã

o do

des

perd

ício

na

s pol

ítica

s de c

omba

te à

fom

e. A

orga

niza

ção

reco

men

da in

vest

imen

to

na e

ficiê

ncia

da

cade

ia p

rodu

tiva,

uma

vez

que

o pl

anet

a te

m re

curs

os

limita

dos d

e sol

o, ág

ua, e

nerg

ia e

fert

iliza

ntes

, e b

usca

solu

ções

de c

usto

--b

enef

ício

para

a se

gura

nça

alim

enta

r. N

a Am

érica

Latin

a, sã

o pe

rdid

os

55%

das

frut

as e

hort

aliça

s e 25

% d

os ce

reai

s. Ap

lican

do-s

e o p

erce

ntua

l à

prod

ução

bra

silei

ra, c

hega

-se

a um

pre

juízo

de

R$ 27

bilh

ões a

pena

s com

ar

roz,

feijã

o, m

ilho,

soja

e tr

igo.

Só e

m fr

utas

são

mai

s R$

20 b

ilhõe

s, se

m

fala

r o q

uant

o se

per

de d

e ca

rne

bovi

na e

fran

go, c

uja

prod

ução

de

2012

so

mar

á 25

,3 m

ilhõe

s de

tone

lada

s17 .No

cam

po d

a en

ergi

a, os

núm

eros

nac

iona

is do

des

perd

ício

são

alto

s, ap

esar

de i

nicia

tivas

com

o o

selo

Proc

el, a

par

tir d

o qu

al el

etro

dom

éstic

os

pass

aram

a co

nsum

ir m

enos

elet

ricid

ade.

No ca

so d

os re

frige

rado

res,

em

dez a

nos a

redu

ção r

epre

sent

ou u

ma e

cono

mia

de R

$ 6 b

ilhõe

s nas

cont

as

de en

ergi

a. No

enta

nto,

o paí

s jog

a for

a R$ 7

bilh

ões a

o ano

dev

ido a

furt

os

(gat

os) n

a re

de e

létr

ica e

per

das t

écni

cas n

a di

strib

uiçã

o, so

man

do u

ma

ener

gia s

uper

ior à

ger

ação

pre

vist

a par

a as d

uas u

sinas

em co

nstr

ução

no

Rio

Mad

eira

. O co

mba

te a

o fu

rto,

que

em a

lgum

as re

giõe

s do

país

cheg

a a

40%

da

ener

gia

dist

ribuí

da e

env

olve

tam

bém

ativ

idad

es in

dust

riais,

fo

rçar

ia o

cons

umo

ener

gétic

o m

ais c

onsc

ient

e18.

Além

das

per

das n

a dist

ribui

ção,

o us

o ene

rgét

ico in

eficie

nte n

os se

to-

res p

rodu

tivos

ger

a pr

ejuí

zo a

dicio

nal d

e R$ 1

2 bilh

ões p

or a

no, s

egun

do a

As

socia

ção B

rasil

eira

das

Empr

esas

de S

erviç

os d

e Con

serv

ação

de E

nerg

ia.

Em 20

11, o

gov

erno

fede

ral la

nçou

um

pro

gram

a par

a dim

inui

r o co

nsum

o em

10%

até

203

019. A

met

a, co

nsid

erad

a po

uco

ambi

ciosa

pel

o m

erca

do,

depe

nde d

e inc

entiv

os fi

nanc

eiro

s e ou

tras m

edid

as q

ue ai

nda n

ão sa

íram

do

pap

el. E

stud

o da

Con

fede

raçã

o Na

ciona

l da

Indú

stria

mos

tra q

ue e

m

2010

o se

tor p

revia

inve

stim

ento

s de R

$ 161

milh

ões e

m efi

ciênc

ia en

ergé

tica

para

atin

gir u

ma

econ

omia

anu

al d

e 62

6 GW

h20.

Ante

s das

aten

ções

na c

ompr

a pro

pria

men

te di

ta, o

desa

fio co

meç

a pel

a re

duçã

o do

cons

umo

desn

eces

sário

e d

o de

sper

dício

, num

olh

ar d

e ge

stão

. Na

quilo

que n

ão é

poss

ível r

eduz

ir, o c

amin

ho pa

ra a

sust

enta

bilid

ade é

dire

-

ciona

r as e

scol

has d

e man

eira a

reve

rter o

ritm

o do e

sgot

amen

to do

s rec

urso

s na

tura

is e

a de

terio

raçã

o da

qua

lidad

e de

vida

de

traba

lhad

ores

e co

mun

i-da

des.

O pr

oces

so n

em se

mpr

e é rá

pido

, mui

tas v

ezes

pre

ssup

õe m

udan

ças

de h

ábito

s já a

rraig

ados

, mas

aos p

ouco

s se d

issem

ina n

a te

ia d

as ci

dade

s. No

s últi

mos

anos

, a pr

ática

do co

nsum

o con

scie

nte c

onta

com

o su

port

e do

mai

or a

cess

o à

info

rmaç

ão so

bre

prod

utos

e e

mpr

esas

e d

o au

men

to

dos s

elos

que

são

aplic

ados

nas

em

bala

gens

par

a co

mpr

ovar

a o

rigem

e

a efi

ciênc

ia d

o qu

e se

com

pra

(leia

no

capí

tulo

3). T

orna

r ess

es in

dica

tivos

m

ais e

ficaz

es e

men

os co

nfus

os é

uma

preo

cupa

ção,

assim

com

o aj

uda

o co

nsum

idor

a fa

zer a

s con

exõe

s ent

re o

ato

de co

nsum

ir e o

que

acon

tece

em

toda

s as e

tapa

s que

envo

lvem

os p

rodu

tos –

da e

xtra

ção

dos r

ecur

sos

utili

zado

s nas

indú

stria

s, à

prod

ução

, dist

ribui

ção,

uso

e de

scar

te.

Med

idas

socio

ambi

enta

is pr

ecisa

m

acom

panh

ar p

olíti

ca d

e cr

escim

ento

Ao se

cons

umir

um p

rodu

to, c

onso

me-

se ju

nto

o se

u cic

lo d

e vi

da, d

a m

atér

ia-p

rima

à de

stin

ação

fina

l. No

Bras

il, vi

sand

o al

canç

ar u

m n

ível

ap

ropr

iado

de s

uste

ntab

ilida

de p

ara o

des

envo

lvim

ento

econ

ômico

, pod

er

públ

ico e

empr

esas

des

empe

nham

pap

el d

e rel

evân

cia cr

esce

nte n

a diss

e-m

inaç

ão de

mud

ança

s, na e

scal

a nec

essá

ria pa

ra o

mer

cado

resp

onde

r com

pr

odut

os m

enos

agre

ssivo

s sob

o po

nto d

e vist

a soc

ioam

bien

tal. A

ques

tão

se to

rna i

mpo

sitiva

dia

nte d

a atu

al p

olíti

ca d

e sus

tent

ação

do c

resc

imen

to

da ec

onom

ia at

ravé

s do i

ncen

tivo a

o con

sum

o. Co

mo j

á ref

orça

do d

ivers

as

veze

s ao

long

o de

ste

livro

, a re

duçã

o do

s níve

is de

cons

umo

são

as a

ções

qu

e ger

am m

aior

es b

enef

ícios

socio

ambi

enta

is . M

as, s

e a p

olíti

ca n

acio

nal

é orie

ntad

a ao c

resc

imen

to d

o PIB

, favo

rece

ndo o

cons

umo,

o mín

imo a

ser

feito

é a

sseg

urar

a a

doçã

o de

atr

ibut

os d

e su

sten

tabi

lidad

e (a

lgun

s dele

s lis

tado

s na

pág.

110).

Solu

ções

cheg

am p

ara

abrir

alte

rnat

ivas e

mui

tas n

ão ex

igem

gra

nde

sofis

ticaç

ão te

cnol

ógica

. Na c

ham

ada “

econ

omia

func

iona

l”, aç

ões c

riativ

as

prio

rizam

o co

mpa

rtilh

amen

to de

prod

utos

ou su

a sub

stitu

ição p

or se

rviço

s

131

130

Visã

o de

futu

ro

Set

or e

mpr

esar

ial

Ader

ir a

sist

emas

de

auto

rreg

ulaç

ão, c

om p

adrõ

es d

e de

sem

penh

o m

ínim

os, t

anto

par

a pr

oduç

ão q

uant

o pa

ra c

onsu

mo

sust

entá

vel,

indo

al

ém d

as d

eter

min

açõe

s le

gais

.Tr

abal

har j

unto

ao

Pode

r Púb

lico

na t

rans

form

ação

dos

ava

nços

adv

indo

s de

sis

tem

as d

e au

torr

egul

ação

em

nor

mas

de

aplic

ação

em

tod

as a

s em

pres

as, f

omen

tand

o um

círc

ulo

virt

uoso

de

evol

ução

. Tr

abal

har a

form

ulaç

ão p

úblic

a de

inst

rum

ento

s ec

onôm

icos

par

a pr

oduç

ão e

con

sum

o su

sten

táve

is, d

e m

odo

a as

segu

rar e

am

plia

r m

erca

dos

com

ess

a ca

ract

erís

tica.

Dar t

rans

parê

ncia

a p

roce

ssos

pro

dutiv

os, à

orig

em e

à q

ualid

ade

de

insu

mos

util

izad

os.

Set

or P

úblic

o

Com

pree

nsão

do

pode

r-de

ver d

e re

aliz

ar c

ompr

as e

con

trat

açõe

s su

sten

táve

is, a

fast

ando

-se

do s

impl

es v

olun

taris

mo

na in

serç

ão d

a su

sten

tabi

lidad

e na

ges

tão

de c

ompr

as.

Estim

ular

que

tod

os o

s tr

ibun

ais

de c

onta

s le

vem

em

con

side

raçã

o o

tem

a na

aná

lise

dos

proc

esso

s de

com

pras

e c

ontr

ataç

ões.

Cum

prir

a le

gisl

ação

já e

xist

ente

(enf

orce

men

t).

Dese

nvol

ver i

nstr

umen

tos

econ

ômic

os e

pol

ítica

s fi s

cais

com

o es

tímul

o à

prod

ução

e c

onsu

mo

sust

entá

veis

e d

eses

tímul

o a

ativ

idad

es d

e im

pact

o ne

gativ

o pa

ra a

soc

ieda

de.

Aprim

orar

as

base

s pú

blic

as d

e in

form

açõe

s so

bre

Aval

iaçõ

es d

e Ci

clo

de

Vida

e s

obre

com

pras

púb

licas

sus

tent

ávei

s.U

sar o

pot

enci

al d

e es

cala

e a

lcan

ce d

os g

rand

es e

vent

os e

spor

tivos

.

Ativ

idad

es c

omun

s ao

set

or p

úblic

o e

empr

esar

ial

Esta

bele

cer p

adrõ

es m

ínim

os p

ara

a ge

stão

de

com

pras

, con

side

rand

o at

ribut

os d

e su

sten

tabi

lidad

e.Tr

abal

har c

om s

iste

mas

de

med

ição

de

dese

mpe

nho,

repo

rtá-

los

e su

bmet

ê-lo

s à

verifi

caç

ão p

or t

erce

ira p

arte

a fi

m d

e da

r tra

nspa

rênc

ia e

de

mon

stra

r evo

luçã

o na

s at

ivid

ades

de

prod

ução

e c

onsu

mo

sust

entá

veis

.Di

spon

ibili

zar i

nfor

maç

ões

ao c

ompr

ador

por

mei

o de

ban

co d

e da

dos

onlin

e co

m in

dica

ção

de it

ens,

prod

utos

e s

ervi

ços,

bem

com

o cr

itério

s es

pecí

fi cos

que

faci

litem

a p

rátic

a da

com

pra

sust

entá

vel.

Inve

stir

em s

iste

mas

de

capa

cita

ção

e fo

rmaç

ão d

e co

labo

rado

res.

Cria

r um

órg

ão d

e co

ntro

le e

cer

tifi c

ação

nac

iona

l, o

que

pode

po

pula

rizar

e re

duzi

r o c

usto

de

prod

utos

e s

ervi

ços

com

atr

ibut

os d

e su

sten

tabi

lidad

e.Co

oper

ar: h

á ga

nhos

pot

enci

ais

que

pode

m e

mer

gir d

a pa

rcer

ia e

ntre

gr

ande

s e

pequ

enas

em

pres

as, g

over

nos,

órgã

os d

e co

ntro

le e

out

ros

seto

res

públ

icos

, ON

Gs,

inst

ituto

s de

tec

nolo

gia

e ce

ntro

s de

est

udos

e

pesq

uisa

s. Tr

abal

har c

om a

trib

utos

de

sust

enta

bilid

ade

ligad

os à

pre

cauç

ão e

não

so

men

te à

pre

venç

ão d

e da

nos

prev

isto

s.

Mui

to s

e av

anço

u na

ges

tão

de c

ompr

as in

stitu

cion

ais

sust

entá

veis

. Mas

espa

ço p

ara

evol

uir n

o se

ntid

o de

um

tra

tam

ento

mai

s in

tegr

ado

de a

tivid

ades

hoj

e po

ntua

is e

no

ingr

esso

em

tem

as q

ue n

ão c

onst

avam

na

age

nda

das

inst

ituiç

ões.

133

132

– por

exem

plo,

a tro

ca da

com

pra p

elo a

lugu

el. U

m ex

empl

o no c

onte

xto d

e in

fraes

trutu

ra é

o uso

de es

trutu

ras t

empo

rária

s nas

Olim

píad

as de

Lond

res

de 20

12, e

vita

ndo-

se in

vest

imen

tos e

m co

nstr

ução

de

empr

eend

imen

tos

que s

e tor

nam

obs

olet

os ap

ós o

even

to, re

duzin

do a

pega

da d

e car

bono

e ga

rant

indo

um

mai

or le

gado

par

a a

cidad

e. N

o m

undo

virt

ual, q

ue m

arca

o co

tidia

no d

e m

ilhõe

s de

bras

ileiro

s po

rtad

ores

de

celu

lare

s e co

mpu

tado

res,

as re

des s

ocia

is m

ostra

m fo

rça

e in

cont

está

vel p

oder

de

influ

ência

, tan

to n

a m

ultip

licaç

ão d

e co

ncei

tos,

idei

as e

den

úncia

s de

prát

icas i

nsus

tent

ávei

s, qu

anto

na

diss

emin

ação

de

ferra

men

tas d

e co

mer

cializ

ação

on

line.

Trat

a-se

de

um ca

mpo

que

se

expa

nde n

o ritm

o dos

avan

ços d

a tec

nolo

gia d

igita

l, cuj

os im

pact

os, a

inda

po

ucos

conh

ecid

os, t

ambé

m m

odel

am o

com

port

amen

to d

o co

nsum

idor

e,

dest

a m

anei

ra, s

e re

lacio

nam

com

o fu

turo

do

plan

eta.

Cres

ce a

busc

a por

prod

utos

e se

rviço

s com

atrib

utos

de su

sten

tabi

lidad

e. Em

rece

nte p

esqu

isa gl

obal

, a N

ielse

n ve

rifico

u qu

e 66%

dos c

onsu

mid

ores

co

m p

reoc

upaç

ões s

ocia

is ao

redo

r do

mun

do id

entifi

cava

m su

sten

tabi

li-da

de a

mbi

enta

l com

o um

a ca

usa

que

as e

mpr

esas

dev

eria

m a

poia

r21. A

se

gund

a ca

usa

mai

s im

port

ante

par

a 56

% d

esse

s con

sum

idor

es p

ode

ser

men

os ób

via: m

elho

rias e

duca

ciona

is em

ciên

cia, te

cnol

ogia

e m

atem

ática

– o q

ue re

forç

a a im

portâ

ncia

da ed

ucaç

ão e

dos i

nstru

men

tos i

nfor

mac

iona

is.

A er

radi

caçã

o da

pob

reza

ext

rem

a e

da fo

me

tam

bém

é u

ma

prio

ridad

e pa

ra e

sse

segm

ento

, que

tem

53%

dos

cons

umid

ores

com

pre

ocup

açõe

s so

ciais

acre

dita

ndo q

ue as

mar

cas d

ever

iam

ter u

m p

apel

na c

ausa

. Apo

iar

pequ

enas

empr

esas

e em

pree

nded

orism

o é o

utro

fato

r mui

to re

leva

nte.

No es

tudo

IBOP

E Am

bien

tal, r

ealiz

ado e

m 20

11, 70

% d

as em

pres

as re

ve-

lara

m q

ue se

us cl

ient

es já

pro

cura

ram

sabe

r se a

orga

niza

ção

tem

pro

jeto

de

sust

enta

bilid

ade

impl

anta

do22

. Pro

jeta

ndo

a ex

pect

ativa

par

a 20

22, a

pe

squi

sa m

ostro

u qu

e par

a 91%

das c

orpo

raçõ

es as

esco

lhas

nas

prat

elei

ras

prio

rizar

ão m

arca

s de f

abric

ante

s soc

ialm

ente

resp

onsá

veis.

Na a

valia

ção

de 9

1% d

as e

mpr

esas

, o co

nsum

idor

do

futu

ro e

star

á di

spos

to a

pag

ar

mai

s car

o po

r pro

duto

s que

não

agr

idam

o m

eio

ambi

ente

, e 6

9% d

elas

afi

rmar

am qu

e a re

laçã

o cus

to/b

enef

ício s

erá o

crité

rio pr

incip

al de

com

pra.

Os re

sulta

dos r

efor

çam

a e

stra

tégi

a de

se p

repa

rar h

oje

para

supr

ir as

ex

pect

ativa

s e n

eces

sidad

es do

aman

hã. É

um

a pre

ocup

ação

do m

undo

dos

negó

cios q

ue ch

egou

a gr

ande

s cor

pora

ções

e ag

ora t

em o

enga

jam

ento

de

forn

eced

ores

de m

enor

porte

de di

fere

ntes

cade

ias p

rodu

tivas

. O m

ovim

en-

to te

nde a

ser n

utrid

o pe

lo p

oder

de c

ompr

a do

s gov

erno

s e se

u po

tenc

ial

com

o in

duto

r de

esca

la p

ara

gera

ção

de va

lor e

mud

ança

s con

cret

as d

e pa

drõe

s no m

erca

do. D

e fat

o, re

sistê

ncia

s nas

esfe

ras p

úblic

a e em

pres

aria

l sã

o rom

pida

s par

a que

as co

ntas

inco

rpor

em al

go q

ue va

i alé

m d

os ci

frões

. Es

tão

em jo

go a

sust

enta

bilid

ade

do p

lane

ta e

a su

a ca

pacid

ade

de co

nti-

nuar

forn

ecen

do o

s ser

viços

e os

recu

rsos

vita

is pa

ra a

exist

ência

hum

ana.

Impa

ctos

das

ativ

idad

es h

uman

as a

mea

çam

águ

a, fo

ntes

en

ergé

ticas

, mat

éria

-prim

a, a

limen

taçã

o e

ambi

ente

s qu

e su

sten

tam

a v

ida.

O c

urso

das

mud

ança

s cl

imát

icas

exi

ge ra

pide

z na

ado

ção

de n

ovos

pad

rões

de

prod

ução

e c

onsu

mo.

Surg

e no

Bra

sil e

no

mun

do u

ma

nova

cla

sse

méd

ia c

om

aces

so a

cré

dito

e b

ens.

É al

to o

des

perd

ício

de

alim

ento

s no

mun

do, o

nde

o co

nsum

o de

águ

a de

verá

cre

scer

30%

até

203

0 Te

cnol

ogia

dig

ital e

rede

s so

ciai

s im

põem

des

afios

a

empr

esas

e c

lient

es, c

ada

vez

mai

s ex

igen

tes

nas

ques

tões

de

sus

tent

abili

dade

em

pro

duto

s e

serv

iços

.Pe

squi

sas

mos

tram

que

o c

onsu

mid

or d

o fu

turo

ten

de a

pa

gar m

ais

por p

rodu

tos

amig

ávei

s ao

mei

o am

bien

te.

mui

to e

spaç

o pa

ra e

volu

ção

nas

polít

icas

, prá

ticas

e

estu

dos

sobr

e co

mpr

as s

uste

ntáv

eis.

Dest

aque

s

135

134

Glos

sário

Atrib

uto

de su

stent

abili

dade

: par

a a

gest

ão d

e co

mpr

as, d

esta

cam

os ci

nco

atrib

utos

de

sust

enta

bilid

ade:

ambi

enta

is, d

iver

sidad

e, se

gura

nça,

dire

itos

hum

anos

, aqu

isiçõ

es de

pequ

enas

empr

esas

loca

is. N

este

livro

, usa

mos

o te

rmo

“crit

ério

socio

ambi

enta

l” co

mo

sinôn

imo.

Avali

ação

do

Ciclo

de V

ida (

ACV)

: é u

ma

ferra

men

ta q

ue a

juda

a id

entifi

car

to

dos o

s im

pact

os a

mbi

enta

is qu

e são

caus

ados

por

um

pro

duto

(ben

s e se

r-vi

ços)

ao lo

ngo

da su

a vi

da.

Cade

ia de

supr

imen

tos:

abra

nge

toda

s as a

tivid

ades

ass

ocia

das a

o fl u

xo e

tra

nsfo

rmaç

ão d

e ben

s des

de o

está

gio d

e mat

éria

-prim

a (ex

traçã

o), p

assa

ndo

para

o u

suár

io fi

nal, b

em co

mo

os fl

uxos

de

info

rmaç

ões a

ssoc

iado

.

Cade

ia de

valo

r: co

njun

to d

e at

ivid

ades

cria

dora

s de

valo

r, de

sde

as fo

ntes

de

mat

éria

s-pr

imas

bás

icas

, pas

sand

o po

r for

nece

dore

s de

com

pone

ntes

, en

trega

ao

cons

umid

or fi

nal a

té a

fase

pós

-con

sum

o. O

rela

ciona

men

to e

o

enga

jam

ento

da

com

panh

ia co

m o

s seu

s div

erso

s púb

licos

tam

bém

pod

em

cria

r val

or.

Cons

umo:

ato o

u ef

eito

de c

onsu

mir,

gast

o, ex

traçã

o de m

erca

doria

, apl

icaçã

o da

s riq

ueza

s na

satis

façã

o da

s nec

essid

ades

eco

nôm

icas d

o se

r hum

ano.

Cons

umism

o: é

o a

to d

e co

nsum

ir pr

odut

os d

e fo

rma

exag

erad

a. Os

cons

u-m

istas

adqu

irem

pro

duto

s (ro

upas

, pro

duto

s ele

trôni

cos,

jóia

s, ca

rros,

imóv

eis)

sem

ter a

nec

essid

ade

dess

es.

Custo

do

Ciclo

de V

ida (

life c

ycle

costi

ng):

sua

aval

iaçã

o vi

sa e

nder

eçar

um

a ot

imiza

ção

do d

inhe

iro q

uand

o se

tem

a pr

oprie

dade

de u

m b

em, le

vand

o em

co

nsid

eraç

ão to

dos o

s fat

ores

de

cust

os d

e su

a vi

da o

pera

ciona

l.

Dese

nvolv

imen

to su

stent

ável:

“aqu

ele q

ue at

ende

às n

eces

sidad

es do

pres

ente

se

m co

mpr

omet

er a

pos

sibili

dade

de

as g

eraç

ões f

utur

as a

tend

erem

às s

uas

nece

ssid

ades

” (Re

lató

rio B

rund

land

).

Econ

omia

de ba

ixo Ca

rbon

o: é

part

e da e

stra

tégi

a ope

racio

nal p

ara u

ma e

co-

nom

ia v

erde

e in

clus

iva,

com

a p

ropo

sta

de se

r um

mod

elo

que

redu

za a

s em

issõe

s de

gase

s do

efei

to e

stuf

a.

Econ

omia

verd

e e in

clusiv

a: a

quel

a qu

e re

sulta

em

mel

horia

do

bem

-est

ar

hum

ano

e da

igua

ldad

e so

cial, a

o m

esm

o te

mpo

em

que

redu

z sig

nifi c

ativa

-m

ente

os r

iscos

am

bien

tais

e a

esca

ssez

eco

lógi

ca.

Efeit

o estu

fa: f

enôm

eno

que

ocor

re q

uand

o ga

ses,

com

o o

dióx

ido

de ca

rbo-

no, a

tuan

do co

mo

as p

ared

es d

e vi

dro

de u

ma

estu

fa, a

prisi

onam

o ca

lor n

a at

mos

fera

da T

erra

, impe

dind

o su

a pa

ssag

em d

e vo

lta p

ara

a es

trato

sfer

a.

Gestã

o de c

ompr

as (o

u ges

tão d

e sup

rimen

tos):

segm

ento

da

Adm

inist

raçã

o de

Mat

eria

is qu

e te

m p

or fi

nalid

ade

supr

ir as

nec

essid

ades

de

mat

eria

is ou

se

rviço

s, pl

anej

á-la

s qua

ntita

tiva

e qu

alita

tivam

ente

, ver

ifi ca

r o re

cebi

men

to

do q

ue fo

i com

prad

o, di

spor

e d

ispen

sar a

dequ

adam

ente

os p

rodu

tos.

Impa

cto

ambi

enta

l: qu

alqu

er a

ltera

ção

das p

ropr

ieda

des f

ísica

s, qu

ímica

s e

biol

ógica

s do

mei

o am

bien

te, c

ausa

da p

or q

ualq

uer f

orm

a de

mat

éria

ou

ener

gia r

esul

tant

e das

ativ

idad

es h

uman

as q

ue, d

ireta

ou

indi

reta

men

te, a

fe-

tam

a sa

úde,

a se

gura

nça

e o

bem

-est

ar d

a po

pula

ção,

as a

tivid

ades

socia

is e

econ

ômica

s, a b

iota

, as c

ondi

ções

esté

ticas

e sa

nitá

rias d

o m

eio

ambi

ente

e a

qual

idad

e do

s rec

urso

s am

bien

tais.

Pega

da ec

ológic

a: a P

egad

a Eco

lógi

ca é

uma m

etod

olog

ia d

e con

tabi

lidad

e am

-bi

enta

l que

aval

ia a

pres

são d

o con

sum

o das

popu

laçõ

es hu

man

as so

bre o

s rec

ur-

sos n

atur

ais.

Expr

essa

da em

hec

tare

s glo

bais

(gha

), per

mite

com

para

r dife

rent

es

padr

ões d

e con

sum

o e ve

rifi ca

r se e

stão

dent

ro da

capa

cidad

e eco

lógi

ca do

plan

eta.

Prod

ução

mais

Lim

pa: P

rodu

ção

mai

s Lim

pa si

gnifi

ca a

aplic

ação

cont

ínua

de

uma

estra

tégi

a ec

onôm

ica, a

mbi

enta

l e te

cnol

ógica

inte

grad

a ao

s pro

cess

os

e pr

odut

os, a

fi m

de

aum

enta

r a e

fi ciê

ncia

no

uso

de m

atér

ias-

prim

as, á

gua

e en

ergi

a, at

ravé

s da

não

gera

ção,

min

imiza

ção

ou re

cicla

gem

de

resíd

uos

gera

dos e

m u

m p

roce

sso

prod

utivo

.

Suste

ntab

ilidad

e: pr

incíp

io se

gund

o o

qual

o u

so a

tual

dos

recu

rsos

nat

urai

s nã

o po

de co

mpr

omet

er a

satis

façã

o da

s nec

essid

ades

das

ger

açõe

s fut

uras

.

Valo

r com

parti

lhad

o: p

olíti

cas e

prá

ticas

ope

racio

nais

que a

umen

tam

a co

m-

petit

ivid

ade d

e um

a em

pres

a sim

ulta

neam

ente

ao av

anço

das

cond

ições

eco-

nôm

icas e

socia

is na

s com

unid

ades

em

que

atu

a.

137

136

Índi

ce re

miss

ivoA

Advo

cacia

Ger

al d

a Uni

ão (A

GU), 4

1, 44,

54Áf

rica d

o Sul

, 36, 6

5Ag

enda

Am

bien

tal n

a Adm

inist

raçã

o Púb

lica

(A3P

), 17, 3

9, 44

, 53, 6

3, 66

Amaz

ônia

, 13, 9

4Aq

uecim

ento

glo

bal, 1

4, 43

, 49

Asso

ciaçã

o Br

asile

ira d

as In

dúst

rias d

e Ól

eos

Vege

tais,

94At

ribut

o de

sust

enta

bilid

ade,

24, 3

1, 55,

58, 6

8, 75

, 83,

104,

107, 1

08-10

9, 111

, 113,

114, 11

5, 116

, 129-

130, 13

2Au

strá

lia, 3

6B

Biod

ivers

idad

e, 30

, 53, 74

, 123, 1

27Br

asil,

18, 21

, 28, 30

, 34, 39

, 62, 6

6-67

, 76-78

, 80-

81,

83, 85

, 86, 87

, 88, 89

, 94,

96, 10

3, 118

, 125, 1

27, 12

9, 133

Benc

hmar

k, 10

4, 10

9Bu

sines

s cas

e, 73

, 104,

119 CCa

deia

de f

orne

cimen

to, 7

2, 76,

99, 10

4-10

5, 114

, 119 Ca

mpa

nha P

rocu

ra+ , 18

, 118

Cana

dá, 2

1, 36

Carb

on D

isclo

sure

Proj

ect (

CDP)

, 76

Certi

fi caç

ão so

cioam

bien

tal, 2

1, 50,

88Ci

clo d

e vid

a, 17,

19, 22

, 25, 29

, 37, 4

9, 55

, 65, 7

9, 96

, 99

, 104,

108,

109,

110, 12

9, 131

Com

ércio

just

o, 36

, 47, 6

4, 81

Com

issão

Inte

rmin

ister

ial d

e Sus

tent

abili

dade

na

Adm

inist

raçã

o Pú

blica

(CIS

AP), 2

8, 41

Com

panh

ia d

e Te

cnol

ogia

de

Sane

amen

to

Ambi

enta

l (Ce

tesb

), 62

Com

panh

ia d

e Sa

neam

ento

Bás

ico d

o Es

tado

de

São

Paul

o (S

abes

p), 9

2-93

Com

pra l

ocal

, 22, 3

6, 66

, 82, 1

14Co

mpr

ador

, 25,

40, 6

8, 71,

73, 7

7, 83,

101-1

02, 11

2, 113

, 114,

115, 11

6, 130

Com

pra e

mpr

esar

ial, 8

6-87

, 119

Com

pra p

úblic

a, 17-

18, 23

, 28-29

, 31, 34

-37, 39

-40,

46, 57

, 63, 6

5, 74,

96, 10

2, 113,

118,

131

Com

prom

isso

Empr

esar

ial p

ara

Recic

lage

m

(Cem

pre)

, 86

Cons

elho

Nac

iona

l do

Mei

o Am

bien

te

(Con

ama)

, 56,

111Co

nsum

o co

nscie

nte,

19, 33

, 44,

129

Cons

umo

sust

entá

vel, 1

7-19,

25, 29

, 31, 34

, 37-4

0, 72

, 106-

107, 1

26, 13

1D

Desc

arte

, 19, 4

3-44,

46, 4

8, 50

, 55,

85, 9

1, 96,

108,

112, 12

9De

senv

olvim

ento

, 17-20

, 22,

25, 2

9, 34

, 36, 4

1, 54,

59, 6

5-67, 6

9, 74

, 79, 8

7, 89,

96-9

7, 102

, 108,

114-11

7, 119

, 123, 1

25, 12

6Ec

onôm

ico, 16

, 59, 11

5, 129

Sust

entá

vel, 1

2, 15-1

6, 18

-20, 23

-24, 27

, 31, 33

, 37,

56, 58

, 72, 77

, 83, 9

8, 10

5, 113,

118,

120, 12

4-126

Dire

itos h

uman

os, 2

2, 64,

75, 78

, 81, 9

6, 10

0, 10

9-110

, 114,

121Di

vers

idad

e, 20

, 22, 72

, 100,

106,

109-

110, 11

4, 121

Docu

men

to de

Orig

em Fl

ores

tal (D

OF), 4

2, 50,

88E

Eco

92, 17

, 20-21

EcoC

âmar

a, 46

Efi ci

ência

, 22,

28, 3

0, 36

-37, 3

9, 44

, 53,

59, 6

4, 66

, 68

, 72-75

, 77-78

, 83, 8

8-89

, 98,

99, 10

2, 104

, 107, 1

10,

120-12

1, 126

, 128-

129Ec

onom

ia, 18

, 22-2

3, 30

, 35,

41, 4

4-46

, 50,

53, 5

8, 60

, 63-6

4, 66

, 69,

73, 76

-78, 8

3, 87-8

9, 92

, 104,

107,

121, 12

4, 128

-129

Verd

e, 19

, 22, 29

, 31, 8

7, 93, 1

04, 12

5-126

Inclu

siva,

22, 31

, 34, 75

, 104

Efei

to e

stuf

a, 20

, 30,

43, 4

9, 62

, 64,

67, 7

6-77,

85,

87, 8

9, 99

Emba

lage

m, 3

9, 43

, 49,

54, 5

9, 75

, 80,

82, 8

6-87

, 96

, 108-

109-

110, 12

9Em

pres

aM

icro,

18, 37

, 57, 6

6-67

, 73, 10

9-110

Pe

quen

a, 18

, 22, 36

-37, 57

, 66-

67, 6

9, 73

, 82, 9

6, 10

9-110

, 114,

130, 13

2Es

crav

o, 73

, 85, 1

09-11

0, 115

, 121

Esta

dos U

nido

s, 21,

86F

Forn

eced

or, 2

4, 26

, 36, 47

, 54, 6

3-65, 6

8-69

, 70-77

, 83

, 86-

87, 9

3-95,

97-9

8, 10

1-102

, 105-1

06, 10

9-117

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