39
Ecologia de Comunidades

Comunidades

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Comunidades

Ecologia de Comunidades

Page 2: Comunidades

O que é uma comunidade?

� Assembléia de populações de espécies que ocorrem juntas no tempo e no espaço (Begon 1996; Krebs 2001)..

� Clements (1916, 1936): comunidades como unidades discretas, com limites abruptos e organização única.

Comunidades fechadas: as espécies são fortemente associadas e sua distribuição coincide com a distribuição da comunidade como um todo.

� Gleason (1926, 1939): comunidades como associações fortuitas entreorganismos cujas adaptações permitem a eles viverem juntos emcondições particulares.

Comunidades abertas: sem limites naturais, com as espécies se distribuindo de forma independente.

Page 3: Comunidades

Comunidadesfechadas

Comunidadesabertas

Zonas de transição

Page 4: Comunidades

Propriedades emergentes de comunidades

� Composição de espécies:

Page 5: Comunidades

� Diversidade de espécies

Riqueza

No. de espécies que compõem a comunidade

Diversidade

Abundância

Quantidade de indivíduos de cada espécie dentro da

comunidade

Dominância

Maior abundância de

uma determinada espécie em

relação a outras na comunidade

Equitabilidade

Homogeneidade na ocorrência numérica das espécies na comunidade

Page 6: Comunidades

Índices de diversidade

� Índice de Shannon-Weaver: ∑ pi lnpiH’ = -

Onde:

Pi é a abundância proporcional de cada espécie i; é obtida pela divisão do no. de indivíduos de cada espécie (ni) pelo no. total de indivíduos na amostra (N).

� Índice de Simpson (D) ∑ pi2D =

� Esta função indica a probabilidade de que dois quaisquer indivíduos amostrados na comunidade sejam da mesma espécie;

� O valor de D aumenta com a diminuição da diversidade. Desta forma, este índice é comumente expresso por 1-D ou 1/D;

Page 7: Comunidades

Tipos de diversidade:

� Local ou alfa → número de espécies em um habitat;

� Regional ou gama → número de espécies em todos os habitats de umaregião;

� Beta → diferenças na composição de espécies entre habitats.

Page 8: Comunidades

� Abundância relativa das espécies;

Page 9: Comunidades

Diagramas de ranking de abundância de espécies

Page 10: Comunidades

� Estrutura trófica

Page 11: Comunidades

Teias tróficas

Page 12: Comunidades

Riqueza:�No. de níveis tróficos;�No. de conexões;

Page 13: Comunidades

Comprimento de cadeias tróficas

� Fluxo de energia: produtividade e eficiência ecológica.

� Estabilidade dinâmica: cadeias longas não são estáveis.

Capacidade de resistir a um distúrbio e de se recuperar após um distúrbio.

Proporção dos organismos em cada nível trófico

Page 14: Comunidades

Desenvolvimento de comunidades: sucessão

� É o padrão de colonização e extinção não-sazonal, direcional e contínuode um local por populações de espécies (Begon 1996).

� Tipos de sucessão� Degradativa;� Alogênica → forças geoquímicas e físicas externas;� Autogênica → processos biológicos.

� Sucessão primária e secundária

Page 15: Comunidades

� Sucessão secundária: floresta de carvalho

7 anos 15 anos

35 anos95 anos150 anos

Page 16: Comunidades

Sucessão no Cerrado

Campo limpo

Campo sujo

Campo cerrado

Cerrado sensu strictu Cerradão

Page 17: Comunidades

Sucessão e comunidades animais

Page 18: Comunidades

Características das espécies

Pioneiras Tardias

Sementes Muitas Poucas

Tamanho das sementes Pequenas Grandes

Capacidade de dispersão Grande Pequena

Viabilidade no solo Longa Curta

Razão raiz/ramos Pequena Grande

Taxa de crescimento Rápida Devagar

Tamanho na maturidade Pequeno Grande

Tolerância à sombra Baixa Alta

Page 19: Comunidades

Clímax

� É a comunidade final ou estável numa série sucessional (Krebs 2001).

É auto-perpetuada e em equilíbrio com o ambiente físico e biótico.

�Monoclímax: Clements (1936) → determinado unicamente pelo clima.

� Policlímax: Tansley (1939) → determinados por umidade e nutrientesdo solo, atividade de animais, etc.

�Whittaker (1953) → continuum de clímaxes determinados por um balanço dinâmico com gradientes ambientais.

Resultado do clima, solo, topografia, fatores bióticos, fogo, vento, salinidade e até acaso.

Page 20: Comunidades

Padrões de riqueza de espécies

Fatores regionais/históricos

Diversidade: produto da evolução, dependente do tempo disponível para desenvolvimento da biota.

Page 21: Comunidades

Regiões tropicais Mais antigasMais tempo

disponível para a evolução de uma

maior variedade de organismos.

Mais estáveis e livres de eventos

catastróficos, como glaciações.

Maior tempo ininterrupto para evolução dascomunidades.

Gradiente latidudinal

Page 22: Comunidades

Fatores locais/ecológicos

Page 23: Comunidades

Heterogeneidade espacial

Page 24: Comunidades

Produtividade

Maior quantidade de recursos disponíveis

Maior diversidade

Populações maiores

Redução das taxas de extinção

Page 25: Comunidades

Produtividade Maior em regiões tropicais

Maior faixa de recursos

disponíveis

Maior diversidade

Maior quantidade de recursos disponíveis

Menor diversidade

Page 26: Comunidades
Page 27: Comunidades

� Competição como força estruturadora: controverso

� Predições:

� Competidores que coexistem em uma comunidade devem exibirdiferenciação de nicho, ainda que mínima;

� Esta difereneciação de nicho se manifestará frequentemente comodiferenciação morfológica;

� Dentro de uma comunidade, é improvável que competidores potenciais com pouca ou nenhuma diferenciação de nicho coexistam. Suas distribuições no espaço seriam negativamente associadas.

Competição interespecífica

Page 28: Comunidades

Seleção natural em regiões tropicais

Controlada principalmente por fatores bióticos

Maior influência da competição

interespecífica

Requerimentos de habitat mais restritos

Dietas mais restritas

Maior diversidade βMaior diversidade α

Competição interespecífica e gradiente latitudinal

Page 29: Comunidades

Predação

Page 30: Comunidades

Papel da predação na estrutura de comunidades

� Coexistência mediada por exploração:

Page 31: Comunidades

Predação Maior em regiões tropicais

Redução da competição

interespecífica das presas

Distância (m)

Sobrevivência (%)

Indivíduo

parental

Novos indivíduos

Page 32: Comunidades

Teoria da Biogeografia de Ilhas - área e isolamento

� O número de espécies em uma ilha é resultado do balanço entre as taxas de imigração e extinção.

Page 33: Comunidades

Tamanho da ilha

S = cAz

S = número de espécies;

A = área da ilha;

c = constante que indica o número de espécies por unidade de área;

z = constante que indica a inclinaçãoda linha relacionando S e A;

Distância de fontes colonizadoras

Page 34: Comunidades
Page 35: Comunidades

Distúrbio

Page 36: Comunidades

Dinâmica de manchas: comunidades controladas por dominância

Hipótese do Distúrbio Intermediário (Connell 1978)

Distúrbios: comunidades fora do equilíbrio

Page 37: Comunidades

Comunidades controladas por fundadores

Loteria competitiva

Page 38: Comunidades

Produçãode espécies

Diversidaderegional

Diversidadelocal

Exclusãocompetitiva

Seleção de

habitat

Intercâmbiobiótico

Extinçõesem massa

Exclusão porpredação

Extinçãoestocástica

Page 39: Comunidades

Relação entre diversidades local e regional