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Teoria da Equivalência dos Antecedentes Causais (ou teoria da conditio sine qua non) Causa é todo fato sem o qual o resultado não teria ocorrido.  Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imput!el a quem l"e deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. #ara que possamos sa$er se al%um comportamento ou acontecimento insere- se neste conceito de causa, aplica-se o  processo hipotético de eliminação, desen!ol!ido por Thyrén& elimi na-se mentalmente um determinado fato qu e est no desen!ol!imento linear do crime. 'e o resultado naturalstico não ocorrer em ra ão desta elimina*ão, é po rq ue esse fato era causa+ de outro lado, se ocorrer, não era causa. ( ex& disparos fatais de arma de fo%o contra a !tima

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Teoria da Equivalência dos Antecedentes

Causais  (ou teoria da conditio sine

qua non)Causa é todo fato sem o qual o

resultado não teria ocorrido .

 Art. 13 - O resultado, de que depende

a existência do crime, somente é

imput!el a quem l"e deu causa.

Considera-se causa a ação ou omissão

sem a qual o resultado não teria

ocorrido.

#ara que possamos sa$er se al%um

comportamento ou acontecimento insere-

se neste conceito de causa , aplica-se o

 processo hipotético de eliminação,

desen!ol!ido por Thyrén& elimina-se

mentalmente um determinado fato que

est no desen!ol!imento linear do

crime . 'e o resultado naturalstico não

ocorrer em raão desta elimina*ão , é

porque esse fato era causa+ de outro

lado, se ocorrer, não era causa. (ex&

disparos fatais de arma de fo%o contra a !tima

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se forem eliminadossuprimidos, não " crime de

"omicdio lo%o, são causa)

as somente esse processo ainda não é

suficiente para a determina*ão da

causa, pois ele, por si s/, permite o

regressus ad infinitum (re%resso ao

infinito ). (ex& ima%ine-se a fa$rica*ão de uma

arma de fo%o que, posteriormente !endida, foi

utiliada pelo comprador em um "omicdio. 'e

suprimirmos a !enda da arma, o crime não

existiria)

#or isso, a doutrina criou a imputatio

delicti (causalidade psíquica), que

nada mais é do que a exi%ência de dolo

ou culpa do a%ente para a produ*ão do

resultado . Assim, o fa$ricante da arma

não a%e com dolo ou culpa em um

e!entual "omicdio. 0 o a%ente que

dispara contra a !tima a%e

dolosamente.

xcepcionalmente , nosso C/di%o

#enal adota a Teoria da Causalidade

 Adequada  (art. 13, 2 1, C#), que

considera causa uma conduta adequada à

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 produção do resultado. 4ão $asta que o

comportamento do a%ente se5a

indispens!el para o desdo$ramento docrime (como na conditio sine qua non)+ ele

precisa ser adequado .

  concausas 6 mais de uma

causa concorrendo para o resultado

2 1 - A superveniência de causa

relativamente independente exclui a

imputa*ão quando, por si s, produiu o

resultado+ os fatos anteriores ,

entretanto, imputam-se  a quem os

 praticou.

Concausa nada mais é do que o concurso

de fatores (preexistentes ,

concomitantes ou super!enientes ) que,

paralelamente ao comportamento do

a%ente, são capaes de modificar o

curso natural do resultado .

As concausas  são !atores externos à

vontade do a"ente, mas que se unem a

sua conduta.

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4esses casos, " duas causas& a do

a%ente e esses fatores que com a

conduta con!er%em .xistem as causas a#solutamente

independentes e as causas relativamente

independentes.

'e !ão ser a#solutamente  ou

relativamente  independentes, depender

da sua ori%em.

As a#solutamente independentes  não

possuem qualquer !nculo com a conduta

do a%ente. #ossuem ori%em totalmente

di!orciada da conduta do a%ente e sua

ocorrência não depende da conduta do

a%ente.

7raem uma solu*ão mais simples e seus

exemplos são clssicos.

#ossuem três modalidades&

 preexistentes,  concomitantes e

supervenientes.

$ - %reexistente& é a causa que existe

anteriormente 8 conduta do a%ente.

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x& Al$ino dese5a matar a 9elino e para

tanto o espanca, atin%indo-a em

di!ersas re%i:es !itais. 9elino ésocorrido, mas !em a falecer. O laudo

necrosc/pico aponta como causa

mortis envenenamento  anterior , causado

por Celino . O !eneno ministrado "a!ia

demorado mais de três "oras para faerefeito.

4este caso, a causa da morte foi as

pancadas de Al$ino ou o !eneno ;

#elo que !ai responder Al$ino;

Celino;

& - Concomitante& é a causa que sur%e

no mesmo instante em que o a%ente

realia a conduta.

x& Al$ino efetua disparos de arma de

fo%o contra 9elino, que !em a falecer

em raão de um s<$ito colapso cardaco

(se a questão trouxer a informa*ão de que se

trata de doen*a cardaca preexistente, a ser

tratado com no item $ preexistente. #restem

aten*ão nisso=)

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4este caso, a causa da morte foi as

pancadas e Al$ino ou o !eneno ;

#elo que !ai responder Al$ino;' - (uperveniente& é a causa que atua

ap/s a conduta do a%ente. Al$ino

administra dose letal de !eneno para

9elino. nquanto 9elino ainda est

!i!o, cai um lustre na ca$e*a de 9elino

e esta é apontada pela percia como sua

causa mortis.

4este caso, a causa da morte foi o

!eneno dado por Al$ino ou o lustre na

ca$e*a;

#elo que !ai responder Al$ino;

4os três itens acima o resultado

naturalstico ocorreu de maneira

totalmente independente da conduta do

a%ente (Al$ino) e essa causas foram

respons!eis pela produ*ão do

resultado .

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4ão "ou!e rela*ão de causalidade (nexo

causal) entre a conduta de Al$ino e o

resultado (morte, no caso).#ortanto, Al$ino responde apenas pelos

atos 5 praticados, isto é, por

tentativa de "omicdio (desde que

compro!ado o animus necandi)

Dica: absolutamente  independentes   o

agente responde por tentat va

>e!isando &

4as causas a#solutamente  independentes

(quaisquer de suas modalidades  preexistentes,

concomitantes  ou supervenientes) o a%ente

responder somente pelos atos 5

praticados , não pelo resultado , pois a

rela*ão de causalidade é entre a

concausa (não a conduta de Al$ino)  e o

resultado .

Aplica-se, então, a 7eoria da

qui!alência dos Antecedentes Causais

(conditio sine qua non), pre!ista no arti%o

13, caput, do C#.

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0 as causas relativamente

independentes têm ori%em na conduta do

a%ente. #or isso mesmo são relati!as .Ou se5a, as causas relativamente

independentes dependem da atua*ão do

a%ente para existir.

?, da mesma forma, três modalidades&

) - %reexistente& a causa existe antes

da prtica da conduta, em$ora se5a dela

relati!amente dependente. O exemplo

clssico é o a%ente que dispara arma de

fo%o contra a !tima, causando-l"e

ferimentos não fatais . #orém, ela !em a

falecer em !irtude do a%ra!amento das

les:es pela "emofilia . (o$s& "o5e em dia

se exi%e que o a%ente ten"a ciência da "emofilia,

pois não se admite responsa$ilia*ãoimputa*ão

o$5eti!a)

* - Concomitante& ocorre

simultaneamente 8 conduta do a%ente.

xemplo é do a%ente que dispara arma de

fo%o contra a !tima, que !endo que

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est sendo al!e5ada morre em

decorrência de ataque cardaco .

4essas duas "ip/teses, por expressapre!isão le%al (art. 13, caput, C#),

aplica-se a teoria da equi!alência dos

antecedentes causais e o a%ente

responde pelo resultado naturalístico,

5 que se suprimindo mentalmente suaconduta, o crime não teria ocorrido

como e quando ocorreu. Assim, responde

 por homicídioconsumado.

A %rande @CBO aparece na terceira

causa relati!amente independente&

+ - (uperveniente& aquela que ocorre

posteriormente 8 conduta do a%ente.

4este caso especfico, torna-se

necessrio faer uma distin*ão, em!irtude do comando expresso ao arti%o

$', $., C%& A super!eniência de causa

relati!amente independente exclui a

imputa*ão quando, por si s, produiu o

resultado+ os fatos anteriores,

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entretanto, imputam-se a quem os

praticou.

Ora, da simples leitura deste arti%o,

depreende-se que existem as causas

relati!amente independentes que, por si

s/, excluem o resultado e as que não

excluem. 'endo assim, no!amente pelo

expresso comando le%islati!o, apenas as

que produem  por si s o resultado

naturalstico terão tratamento di!erso.

#ara resumir so$re causas

super!enientes relati!amente

independentes&

+/a/0 Causa (uperveniente 1elativamente

ndependente que não produ2 por si s oresultado& aplica-se a teoria da

conditio sine qua non re%ra %eral -

por não se enquadrar na exce*ão do 2 1

do arti%o 13 . xemplo& a !tima que é

al!e5ada por disparos não fatais, mas

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!em a falecer em !irtude de impercia

médica na oportunidade da cirur%ia a

qual te!e que ser su$metida em !irtudedos ferimentos. >esta claro que a

impercia médica não mata qualquer

pessoa, mas somente aquela que ense5a a

inter!en*ão médica. Como a lei manda

aplicar a teoria da equi!alência dosantecedentes, constata-se que a !tima

somente faleceu em !irtude da

inter!en*ão cir<r%ica necessria em

raão dos ferimentos causados por

disparos de arma de fo%o (suprimindo-se osdisparos, a cirur%ia não seria necessria e,

portanto, temos a causa do "omicdio). 4este

caso, o a%ente responde por homicídio

consumado. (!e5a que a infec*ão

"ospitalar ou o erro médico fa parte

da lin"a de desdo$ramento natural dos

fatos)

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+/#/0 Causa (uperveniente 1elativamente

3ndependente  que produ  por si s  o

resultado& é a situa*ão excepcional,que se amolda ao arti%o 13, 2 1, do

C#. 4este caso se aplica a teor a da

Causal dade Adequada. x& a !tima

que é atin%ida por disparos de arma de

fo%o não fatais, mas !em a falecer em

!irtude do acidente automo$ilstico de

sua am$ulDncia, que colide com um

camin"ão. x& a !tima é tam$ém

al!e5ada, mas !em a falecer em raão de

um incêndio na ala de feridos do

"ospital. x& a !tima le!a facadas (ou

tiros) e morre soterrada, de!ido a um

desa$amento no "ospital. x& !tima é

al!e5ada, e falece de!ido a um ataque

terrorista que explode todo o "ospital.

#ortanto, nestes casos, (6.b.), o

a%ente responde por "omicdio tentado

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ou por les:es corporais, dependendo do

caso (animus necandi).

O importante é sa$er que o a%ente não

responde pelo não responde pelo

resultado mais %ra!e ("omicdio

consumado)

#or essa teoria (causalidade

adequada), entende-se que os disparos

efetuados pelo a%ente (nos exemplos da

am$ulDncia, "ospital em c"amas,

atentado terrorista ao "ospital,

desa$amento) não são adequados para

causar morte por incêndio, acidente de

trDnsito, soterramento, etc. Ee5a que

qualquer pessoa que ali esti!esse

fatalmente iria morrer, e não apenas a

!tima al!e5ada pelos disparos do

a%ente.

Como o disparo não fatal não é adequado

para confi%ura*ão do "omicdio, o

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resultado naturalstico morte (em raão

do acidente ou do incêndio) não pode

ser imputado ao a%ente.#or isso, nestes casos do item F.$., o

a%ente responde por "omicdio tentado.

4ote-se& nosso C/di%o #enal determina

em quais situa*:es o intérprete de!e se

!aler da re%ra %eral (conditio sine

qua non) e em quais situa*:es se !aler

da exce*ão (causalidade adequada).Assim, a imputa*ão ao a%ente é

completamente distinta, a depender da

teoria aplicada.

>esumindo& (o aluno de!e sempre perce$er a

modalidade de concausa que incide no caso)

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Casos 1) G) 3) H) I) F.a.)  teoria da

equi!alência dos antecedentes

(conditio sine qua non)Caso F.$)  teoria da causalidade

adequada

Professor, e a teoria da imputação

objetiva

4ão é adotada pelo nosso C#.

J utiliada em al%uns casos pelos

nossos tri$unais (poucos casos ainda).

#ortanto, é de ori%em doutrinria (não

est na lei).

sta teoria, criada por Claus >oxin,di que "a atribuição de um resultado a uma pessoa não é

determinada pela relação de causalidade, mas é necessário um

outro nexo, de modo que esteja presente a realização de um risco

 proibido pela norma" .

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#elo nosso C#, ao analisarmos o fato

tpico, temos que analisar duas

situa*:es& a imputa*ão o$5eti!a(causalidade) e a su$5eti!a (dolo ou

culpa). A imputa*ão o$5eti!a !erifica

se o a%ente deu causa ao resultado

naturalstico (pela teoria da

equi!alência dos antecedentes ou pelateoria da causalidade adequada).

4a anlise su$5eti!a analisamos se

"ou!e a incidência de dolo ou de culpa.

as Claus >oxin entende que não é nemnecessrio c"e%ar a analisar a

imputa*ão su$5eti!a, pois antes disso,

na anlise da imputa*ão o$5eti!a, 5

podemos !erificar se os fatoscondutas

foram causa ou não do resultado. (nãoprecisaramos analisar a causalidade

su$5eti!a=  dolo ou culpa)

Como ! que ! professor, quer dier que

Claus >oxin defende a responsabilização

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 penal objetiva  de um resultado a um

a%ente, sem considerar sua

!ontadefinalidade (teoria finalista de

Kelel); 'em considerar se "ou!e dolo ou

culpa; le desrespeita o princpio da

responsa$ilidade penal su$5eti!a, que o

sen"or mesmo nos ensinou no primeiro

$imestre;;;;;;;

4ão, não é isso= uito pelo

contrrio=== le entende que antes de

c"e%armos a essa anlise, 5 podemos

excluir o fato tpico, !isto que não$asta a a*ão do a%ente ter tido como

consequência o resultado fatal.

Claus >oxin fundamenta-se no c"amado

#rincpio do >isco, cria uma teoria%eral da imputa*ão para os crimes de

resultado, com quatro !ertentes que

impedirão a sua imputa*ão o$5eti!a&

a) a diminui*ão do risco& pelocritério da diminui*ão do risco, a

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conduta que redu a pro$a$ilidade deuma lesão não se pode conce$er comoorientada de acordo com a finalidade de

lesão da inte%ridade corporal+$) a cria*ão de um risco5uridicamente rele!ante& se a condutado a%ente não é capa de criar um risco5uridicamente rele!ante, ou se5a, se oresultado por ele pretendido nãodepender exclusi!amente de sua !ontade,caso este aconte*a, de!er seratri$udo ao acaso+

c) o aumento do risco permitido& sea conduta do a%ente não "ou!er, deal%uma forma, aumentado o risco deocorrência do resultado, este não l"epoder ser imputado+

d) a esfera de prote*ão da normacomo critério de imputa*ão& somente"a!er responsa$ilidade quando aconduta afrontar a finalidade proteti!ada norma. x. A  mata 4 e a mãe da!tima ao rece$er a notcia sofre umataque ner!oso e morre. 4estecaso, A  não pode ser responsa$iliado

pela morte da mãe de 4.

Claus >oxin não se contenta apenas com

a rela*ão de causa e efeito, mas tam$ém

com elementos indeterminados, como por

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exemplo, o nexo normati!o. (ele ac"a

mel"or analisarmos como condi*ão e não

como causa)

A teoria condu a um filtro o$5eti!o

para a imputa*ão de um resultado.

O$s& Lem$re-se que a 7eoria da mputa*ão

o$5eti!a não se confunde com

a responsabilidade penal objetiva, que

determina ao autor do fato sua

responsa$ilidade, ainda que não "a5a atuado

com dolo nem culpa. 7am$ém não pode ser

confundida com a imputabilidade

 penal (capacidade do autor diante de seu

carter de querer e compreender o fato

delinquente)

#ortanto, Mcom a teoria da imputa*ão

o$5eti!a, antes e independentemente de

se perscrutar acerca do dolo ou da

culpa do a%ente, de!e-se analisar se o

a%ente deu causa, o$5eti!amente, ao

resultado. 'e não ti!er causado, torna-

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se irrele!ante inda%ar se atuou com

dolo ou culpaM.

4ão o$stante, a anlise de!e se pautarna !erifica*ão do resultado da conduta,

a fim de identificar se ela foi

socialmente proi$ida (descrita na norma

penal).

Assim, ser imputada a prtica

delituosa ao a%ente, quando pelo seu

comportamento, Mcriar um risco fora do

que a coleti!idade espera, aceita e se

disp:e a tolerarM.