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CONCEITOS BÁSICOS EM ONCOLOGIA
.INTRODUÇÃO.FISIOPATOLOGIA DO CÂNCER
.ONCOGÊNESE.METÁSTASES
.FATORES CARCINOGÊNICOS.GRADUAÇÃO E ESTADIAMENTO
.DIAGNÓSTICO.TRATAMENTO
INTRODUÇÃO Neoplasia = crescimento novo Benigna ou maligna Câncer: denominação das neoplasias malignas
cujas células apresentam características próprias que as diferenciam do tecido normal
Crescimento desordenado e descontrolado Compromete o equilíbrio orgânico evoluindo para o
aparecimento de sintomas, morbidade e morte Segunda causa de morte por doença no mundo
ocidental Prevalência está diretamente relacionada com o
aumento da expectativa de vida da população
FISIOPATOLOGIA DO CÂNCER Depende essencialmente da multiplicação celular
com invasão do próprio órgão, de estruturas adjacentes e órgãos distantes
Evolução correlacionada com a biologia tumoral Desequilíbrio orgânico é progressivo causado pelo
seu crescimento Progressão: crescimento local, metástases em
linfonodos regionais, à distância para órgãos e óbito A causa de morbidade e mortalidade depende
basicamente do órgão comprometido e do grau de comprometimento quando não controlado ou em estágio avançado
ONCOGÊNESE
Processo de oncogênese: falha no mecanismo de regulação de crescimento ordenado entre a morte celular e a necessidade de equilíbrio e reconstituição dos tecidos, causando crescimento celular desordenado e diferenciado culminando com a formação de tumores malignos ou benignos
Ciclo celular: células normais (24 a 48h) e células malignas (72 a 120h)
METÁSTASES
Propriedades dos tumores malignos: invasão de estruturas dos tecidos circunvizinhos e comprometimento à distância
É o comprometimento à distância de tecidos e órgãos, não relacionados diretamente com o foco primário, devendo ser encarado como um novo tumor
Distribuição: variável, depende do tipo histológico e localização do foco primário
ETAPAS DA DISSEMINAÇÃO METASTÁTICA
1. Invasão de estruturas vizinhas por células tumorais por penetração de pequenos vasos linfáticos e sanguíneos
2. Liberação destas células na circulação 3. Sobrevivência destas células na circulação 4. Retenção nos leitos capilares em órgãos
distantes 5. Extravazamento dos vasos linfáticos ou
sanguíneos, seguido do crescimento das células tumorais disseminadas
FATORES CARCINOGÊNICOS
Fatores de risco – externos ou ambientais, aumentam a probabilidade do desenvolvimento da doença: tabaco, bebidas alcoólicas, alimentares, poluição, radiação ionizante e ultravioleta,etc
Fatores internos ou genéticos – importante papel na oncogênese
Fatores de proteção – conferem menor probabilidade no desenvolvimento da doença: frutas cítricas e vegetais ricos em betacaroteno
Agentes carcinogênicos
Químicos – direta ou indiretamente causam alteração em genes responsáveis pelo crescimento celular: tabaco, asbesto, corantes azo, alimentares, hidrocarbonetos aromáticos...
Físicos – alteração do DNA após longo período de latência: radiação ultravioleta e ionizantes
Biológicos – infecção viral, bacteriana e alterações hormonais no sexo feminino na fase reprodutiva ou por reposição hormonal
ESTÁGIOS NO PROCESSO DA CARCINOGÊNESE
Iniciação / primeiro estágio – ação dos fatores que provocam as mutações genéticas – agente iniciador ou oncoiniciador
Promoção / segundo estágio – ação dos fatores que estimulam a multiplicação das células iniciadas – agentes promotores ou oncopromotores (podem ser interrompidos)
Progressão / terceiro e último estágio – multiplicação descontrolada e irreversível. Aparecimento dos primeiros sintomas
GRADUAÇÃO
Classificação quanto ao grau de diferenciação celular ou malignidade, diretamente relacionada com a agressividade
Diferenciação celular – maior ou menor semelhança das células malignas com as normais do tecido onde desenvolveu
Gx – não pode ser determinado
G1 – bem diferenciado G2 – moderadamente
diferenciado G3 – pouco diferenciado G4 - indiferenciado
ESTADIAMENTO
Sistema TNM – mais utilizado em oncologia
Crescimento e extensão tumoral se comportam de forma similar quando possuem a mesma histologia e local de origem
T – tumor primário / extensão e envolvimento de estruturas adjacentes
N – linfonodos regionais
M – metástases à distância
Objetivos do estadiamento
1. Auxiliar no planejamento terapêutico 2. Indicação do prognóstico 3. Auxiliar na avaliação dos resultados do
tratamento 4. Facilitar a troca de informações entre os
centros de tratamento 5. Contribuir para as pesquisas em Câncer
DIAGNÓSTICO
Exame clínico: avaliação dos sinais e sintomas, anamnese, exame físico geral e locorregional
Patológico: fundamental para o diagnóstico, tendo a biópsia como seu principal instrumento. Define a malignidade ou não do material analisado e sua extensão. Pode ser feito por ressecção cirúrgica, biópsia por agulhas com ou sem ajuda de outros métodos diagnósticos
Cirúrgico Diagnóstico por imagens Laboratoriais – centrados nos marcadores tumorais
TRATAMENTO CIRÚRGICO
OBJETIVO: remoção tumoral, esvaziamento ganglionar, estadiamento
Tratamento definitivo do câncer primário Citorredução Remoção de metástases Emergência oncológica Doença residual após tratamento
quimioterápico
RADIOTERAPIA Utilização de radiação ionizante para a destruição das células
tumorais, impedindo sua multiplicação ou determinando a morte celular
Exclusivas – cura para tumores sensíveis, pacientes sem condições cirúrgicas e/ou com tumores localmente avançados
Neoadjuvante – objetivo: redução tumoral antes da cirurgia Adjuvante – realizada após tratamento cirúrgico ou
quimioterápico Paliativa – objetivo: melhoria da qualidade de vida no alívio ou
remissão de sintomas Intraoperatória – durante o ato cirúrgico
Tipos de radioterapia
Radioterapia externa ou teleterapia: a fonte encontra-se a 1 metro de distância
Aparelhos RX superficial, semiprofundo / Cobalto 60 / Acelerador linear
Braquiterapia – fonte inserida a curtas distâncias do tecido tumoral através de agulhas ou sementes radioativas. Pode ser superficial, intracavitária, intraluminal e intersticial
RADIOTOXICIDADE
Reações agudas – durante ou 1 mês após o tratamento
Reações intermediárias – de 1 a 3 meses após o tratamento
Reações tardias – de 3 a 6 meses após o tratamento
Efeitos colaterais mais comuns: radiodermites, alopecia, fadiga, inapetência, mucosites, náuseas, vômitos, diarréia
QUIMIOTERAPIA
Utilização de drogas antiblásticas através de terapias combinadas ou isoladas
Tratamento de escolha para doenças que comprometem o sistema hematopoético ou tumores sólidos que apresentam metástases
Tratamento sistêmico não seletivo para células malignas
As drogas atuam em diversas fases do ciclo celular Estratégia – administração em ciclos
Tipos de quimioterapia
Curativa Paliativa – para alívio de sintomas, melhora
da qualidade de vida ou aumento de sobrevida
Potencializadora Neoadjuvante – antes do tratamento principal Adjuvante – após o tratamento principal
Vias de administração
Regional – objetiva a concentração regional, evitando ou minimizando sua ação sistêmica
Local
Sistêmica – objetiva tratar todo o organismo (oral, subcutânea, endovenosa e intramuscular)
Toxicidade – QT sistêmica Variável em intensidade e qualidade para cada droga Pode precipitar interrupção temporária ou definitiva do
tratamento Pode levar a morte quando não detectada precocemente Efeitos colaterais: náusea, vômito, fadiga, inapetência, alopecia,
diarréia, constipação intestinal, anemia, plaquetopenia, leucopenia, neuropatias periféricas, cistites, nefrotoxicidade e outros sintomas de acordo com o sistema afetado
Complicações: síndrome de lise tumoral, anafilaxia, extravazamento e flebites
TRATAMENTO
As atenções de enfermagem devem estar voltadas para o paciente e sua família
Binômio vida/morte Mutilações temporárias ou definitivas Qualidade de vida Estigmas sociais a respeito do tratamento Medo, ansiedade, agressividade, submissão
e depressão Não ignorar dúvidas quanto ao tratamento
AÇÕES DE ENFERMAGEM Manejo para náuseas e vômitos: orientações quanto ao uso de
medicamentos, alimentação e hidratação Orientações para preservação da rede venosa, hidratação da pele e
controle de flebites Avaliação cuidadosa da rede venosa antes e durante a administração
das drogas Administração cuidadosa da terapia IV com atenção voltada para evitar
extravazamentos Alertar o paciente em caso de diarréia ou constipação intestinal
prolongada a fim de evitar complicações Orientações para neutropenia febril Não ignorar queixas durante a administração de terapia IV Informar sobre os recursos existentes no mercado para preservação da
imagem corporal Interação multidisciplinar para encaminhamentos em momento
adequado