Conceitos e definicoes em Farmacologia 2011

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  • 8/7/2019 Conceitos e definicoes em Farmacologia 2011

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    1Disciplina: FARMACOLOGIAProfessor: EDILBERTO ANTONIO SOUZA DE OLIVEIRAMdico e Professor da UCSAL e da FAMAM - www.easo.com.brAno: 2011

    APOSTILA N 01

    FARMACOLOGIA GERAL HISTRICO E EVOLUOCONCEITOS DE DROGAS E MEDICAMENTOS ASPECTOS LEGAIS

    SUBDIVISES DA FARMACOLOGIAALGUMAS DEFINIES BSICAS EM FARMACOLOGIA

    BIOENSAIO - ENSAIO CLNICO

    FARMACOLOGIA GERAL HISTRICO E EVOLUO

    Na Antiguidade, a origem das doenas, at os filsofos gregos, era quase sempre atribuda scausas sobrenaturais como castigo dos deuses ou infringida por outrem sob a forma deintenes ruins como mau-olhado ou outros meios semelhantes. A preocupao com aexplicao da sade e da doena, sem ser em bases sobrenaturais, nasceu com a filosofiagrega, e, sua busca de uma explicao da constituio da natureza.Teorias foram desenvolvidas em vrias escolas mdicas gregas como Knidos, Crotona e Kos.Na escola de Kos, onde Hipcrates seria aluno, desenvolveu-se, pela primeira vez, a idia deuma patologia geral, oposta idia original, que prevalecia anteriormente, de que as doenaseram sempre limitadas a um nico rgo.Segundo esta escola, os processos mrbidos eram devidos a uma reao da natureza a umadada situao, em que havia um desequilbrio humoral, sendo, ento, a doena, constituda detrs fases: a apepsia, caracterizada pelo aparecimento do desequilbrio; a pepsis, onde a febre,a inflamao e o pus eram devidos reao do corpo, e a crisis ou lysis, onde se dava aeliminao respectivamente, brusca ou lenta, dos humores em excesso.A idia de que espritos animais percorriam os nervos, originada tambm por algunspensadores gregos, permaneceu corrente at o sculo XVII, quando ficou demonstrada anatureza eltrica na conduo nervosa.Desde seus primrdios, o ser humano percebeu os efeitos curativos das plantas medicinais,notando que de alguma forma sob a qual o vegetal medicinal era administrado (p, ch, banhoe outros) proporcionava a recuperao da sade do indivduo.

    As plantas medicinais, utilizadas h milhares de anos, servem de base para estudos naproduo de novos medicamentos. Estima-se que 80% da populao no Terceiro Mundo fazuso de fitoterpicos, sendo que 85% destes possuem extratos de plantas medicinaisA cultura brasileira sofreu srias influncias desta mistura de etnias, tanto no aspectoespiritual, como material, fundindo-se aos conhecimentos existentes no pas.A palavra Farmacologia derivada de pharmakon, de origem grega, com vrios significadosdesde uma substncia de uso teraputico ou como veneno, de uso mstico ou sobrenatural,sendo utilizados na Antigidade como remdios (ou com estes objetivos) at mesmo insetos,vermes e hmus. Provavelmente, as plantas tiveram influncia importante na alimentao,para alvio, e, tambm para casos de envenenamento do homem primitivo. Algumas plantas eanimais com caractersticas txicas, j eram utilizados para a guerra, execues de indivduos,

    e, para a caa. A Histria registra que Clepatra testou algumas plantas em suas escravasquando decidiu suicidar. Cerca de 4.000 anos a.C., os sumerianos conheciam os efeitospsquicos provocados pelo pio, inclusive tambm para a melhora da diarria.A palavra droga origina do holands antigo droogque significa folha seca, pois, antigamentequase todos os medicamentos eram feitos base de vegetais. Embora em francs drogue

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    2signifique erva, relacionada por alguns autores como a origem da palavra droga, a maioriados autores, fundamentando-se em antigos dicionrios, afirmam que se deve a palavra droog aorigem do nome.Embora a Farmacologia tenha sido reconhecida como cincia no final do sculo XIX, naAlemanha, as ervas j serviam para a manipulao de remdios h bastante tempo, e, asdrogas de origem vegetal predominaram no tratamento das doenas at a dcada de 1920quando a indstria farmacutica moderna iniciou o desenvolvimento produzindo produtosqumicos sintticos.Como a Biomedicina uma das mais novas profisses da rea de sade, e, dedica-se aoconhecimento da estrutura e funo do organismo humano, aos mecanismos causais dasdoenas, aos mtodos de investigao cientfica e de anlise complementar de diagnstico, anlise qumica e microbiolgica do meio ambiente, visando melhoria da qualidade de vidada populao, ou seja, a Biomedicina investiga as doenas humanas, suas causas, e, a formasde combat-las.A disciplina Farmacologia neste Curso envolve os conhecimentos necessrios para esseprofissional de sade, pois, consiste no estudo do mecanismo pelo qual os agentes qumicosafetam a funes dos sistemas biolgicos, portanto, de forma ampla, pois, envolve o estudo da

    interao dos compostos qumicos (drogas) com os organismos vivos atuando, em maioria,atravs da influncia das molculas das drogas em constituintes das clulas.A Farmacologia utilizada com os objetivos teraputicos (seja para curar ou controlardoenas ou aliviar sintomas), preventivos (por exemplo, vacinas, e, fluorao da gua), e,diagnsticos (por exemplo, gel, contrastes ou outras preparaes usadas em examesdiagnsticos).As espcies principalmente vegetais possuem um rico arsenal de compostos qumicos,sendo que muitos desses podem ser ativos como medicamentos, e, um dos fatores quecontribui para a larga utilizao de plantas para fins medicinais no Brasil o grande nmerode espcies vegetais encontradas no pas. Nos ltimos anos, tem aumentado a aceitao daFitoterapia no Brasil, resultando em crescimento da produo industrial dos laboratrios.

    Acredita-se que a flora mundial contenha 250 mil a 500 mil espcies, e, o Brasilcontribui aproximadamente com 120 mil dessas espcies, entretanto, apenas cerca de10% da flora do nosso Pas tem sido estudada de modo cientifico, assim, a regulamentaoda Biomedicina constitui um importante passo tambm para a pesquisa que pode levar snecessrias descobertas, e, produes de novos medicamentos, alm da capacitao doprofissional Biomdico para atuar em todos os nveis de ateno sade, integrando-se emprogramas de promoo, manuteno, preveno, proteo, e, recuperao de sade.Devido ao nmero crescente de novos frmacos, e, as ocorrncias de desastres teraputicostornam-se imprescindveis o estudo, e, a atualizao constante dos profissionais de sade queacompanham o uso dos frmacos.

    CONCEITOS DE DROGAS E MEDICAMENTOS ASPECTOS LEGAIS

    Atualmente, a droga definida como sendo qualquer substncia que capaz de modificar afuno dos organismos vivos, resultando em mudanas fisiolgicas ou de comportamento.Assim, a droga consiste em qualquer substancia qumica que possui a capacidade de produzirefeito farmacolgico, ou seja, que provoque alteraes funcionais ou somticas. Se estasalteraes forem benficas, podemos denominar de frmaco ou droga-medicamento ouapenas medicamento, e, se forem malficas denominamos de txico ou droga-txico.O frmaco ou medicamento corresponde droga-medicamento de estrutura qumica bemdefinida, e, tambm tem sido conceituado como a substncia qumica que o princpio ativodo medicamento, portanto, consistindo no produto farmacutico, tecnicamente obtido ouelaborado, com finalidades que podem ser profilticas, curativas, paliativas, para evitar agravidez ou para fins de diagnstico.O princpio ativo corresponde substncia (ou grupo destas), responsvel pela aoteraputica, com composio qumica e ao farmacolgica conhecidas.

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    3O remdio qualquer dispositivo que sirva para o tratamento do paciente, incluindo asugesto, a massagem, o frmaco ou qualquer outro procedimento teraputico, sendo estapalavra muito utilizada pelo leigo como sinnimo apenas de frmaco ou especialidadefarmacutica.Os nomes dos medicamentos oficiais em nosso pas, inicialmente, so determinados peloscritrios publicados pela Organizao Mundial de Sade (OMS) com o objetivo de padronizaros nomes genricos dos frmacos atravs de listas conhecidas como Denominaes ComunsInternacionais (DCI) em ingls, e, em espanhol para a posterior adaptao em Portugus ououtro idioma de acordo com o pas.No Brasil, o Ministrio da Sade, atravs do rgo do Governo Federal denominadoAgncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA), observando os critrios da DCI, aprovaa denominao do frmaco ou princpio ativo com efeito farmacolgico conhecida comoDenominao Comum Brasileira (DCB).A Farmacopia corresponde ao conjunto de drogas-medicamentos oficializadas e de usocorrente consagradas pela experincia como eficazes e teis, sendo publicaes oficiais decada pas, e, sujeitas a atualizao, assim como de reviso por comisses especiais decientistas.

    Quando uma nova substancia qumica sintetizada por uma empresa farmacutica, estasubstancia recebe um nome qumico ou designao qumica, por exemplo, cidoacetilsaliclico. Durante o processo de investigao oficial da utilidade desta estrutura qumicapara ser usada como frmaco, o rgo oficial do pas (no caso do Brasil, a ANVISA esegundo os critrios da OMS) escolhe o nome genrico ou nome farmacolgico (o que noser confundido com medicamento genrico), independentemente do fabricante, com oobjetivo de ser um nome simples, conciso, significativo, e, comum (escrito em letraminscula) pelo qual o frmaco deve ser conhecido como substancia isolada, portanto,conforme orientao oficial.Assim, para o nome qumico cido acetilsaliclico foi escolhido o nome genrico aspirina, e,sendo aprovado pela Farmacopia, pode ser comercializado pelo fabricante que pode utilizar

    nomes comerciais diferentes ou iguais ao nome qumico ou ao nome genrico, desde que sejadevidamente registrado no Ministrio da Sade, e, conste o nome genrico na bula domedicamento.Outro exemplo a substancia qumica 1(25)-3-mercapto-2-metilpropinoil-L-prolina querecebeu o nome genrico bem mais simples que o captopril (frmaco anti-hipertensivo).Medicamento oficial o frmaco que faz parte da Farmacopia.O medicamento de referncia conceituado como o produto inovador registrado no rgofederal responsvel pela Vigilncia Sanitria e comercializado no Pas, cuja eficcia,segurana e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao rgo federal competente,por ocasio do registro. Quando o fabricante registra um medicamento original, o laboratrio(fabricante) beneficiado pela Lei das Patentes (Lei N 9.279, de 14/05/1996) que inclui

    todos os produtos comerciais originais, assim como os medicamentos, tornando a frmula domedicamento uma propriedade exclusiva do fabricante, portanto, no podendo serreproduzida sem a sua licena durante certo perodo de tempo. Aps o vencimento do prazolegal (estabelecido pela Lei das Patentes), a frmula torna-se um patrimnio pblico podendoser reproduzida por outros laboratrios.A especialidade farmacutica o medicamento industrializado, cuja fabricao regulamentada por normas governamentais, com frmula conhecida e de ao teraputicacomprovada, embalado de modo uniforme e comercializado com um nome convencional,sendo, portanto, o produto oriundo da indstria farmacutica com registro na ANVISA, e,disponvel no mercado.O Medicamento Genrico consiste no medicamento semelhante a um produto de refernciaou inovador, que pretende ser com este intercambivel, geralmente produzido aps aexpirao ou renncia da proteo patentria ou de outros direitos de exclusividade,comprovada a sua eficcia, segurana e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua ausncia,pela DCI.

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    4No Brasil, os medicamentos genricos para serem comercializados devem ser identificadosna embalagem com uma tarja amarela, contendo uma grande letra G, e, a inscrioMedicamento Genrico, conforme a Lei dos Medicamentos Genricos (Lei N 9.787, de1999), e, a ResoluoRDC N 102 de 30/11/2000 (publicada pela ANVISA) queregulamenta todas as formas de propaganda de medicamentos neste Pas.Os mdicos e os demais prescritores do Sistema nico de Sade (SUS) tem a obrigao legalde receitar pelo nome genrico os medicamentos relacionados na lista publicada pelaANVISA.Quando a ANVISA autoriza que uma especialidade farmacutica possa ser comercializadacomo medicamento genrico, previamente so realizados testes de qualidade com o frmacoassegurando que a velocidade e extenso de absoro dos dois medicamentos (a especialidadefarmacutica e medicamento genrico) sejam semelhantes, ou seja, tenham a mesmabiodisponibilidade.A biodisponibilidade corresponde frao do frmaco administrada que alcana a circulaosistmica, incluindo a sua curva de concentrao, e, de tempo na circulao sistmica(podendo depender tambm da sua excreo urinria). Quando dois frmacos tm a mesmabiodisponibilidade so tambm citados como bioequivalentes. Portanto, podendo ser

    substitudo um frmaco pelo o outro, sendo considerados intercambiveis. A bioequivalncia o estudo comparativo entre as biodisponibilidades do medicamento dereferncia (geralmente a especialidade farmacutica), e, do genrico correspondente, sob amesma forma farmacutica, e, contendo idntica composio qualitativa e quantitativa deprincpio(s) ativo(s). Dois frmacos so bioequivalentes quando apresentambiodisponibilidades comparveis e tempos para alcanar picos de concentraosangneas semelhantes.Medicamento Similar aquele que contm o mesmo ou os mesmos princpios ativos,apresenta a mesma concentrao, forma farmacutica, via de administrao, posologia eindicao teraputica, preventiva ou diagnstica, do medicamento de referncia registrado norgo federal responsvel pela vigilncia sanitria, podendo diferir somente em caractersticas

    relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem,excipientes e veculos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca.No registro dos medicamentos similares no so exigidos os testes de bioequivalncia.Assim, segundo a ANVISA, embora apresente as mesmas caractersticas do medicamento dereferncia, os similares no podem substituir os medicamentos de referncia ou osgenricos, pois, os medicamentos similares no foram submetidos aos testes necessriospara provar a equivalncia.O medicamento oficinalcorresponde ao frmaco preparado na prpria farmcia de acordocom as normas e doses estabelecidas pela Farmacopia, apresentando uma denominaouniforme. Portanto, todo medicamento oficinal deve ser oficial (constar na Farmacopia),mas, nem todo frmaco oficial oficinal.

    As farmcias autorizadas a manipular medicamentos, inclusive os que contm psicotrpicosou entorpecentes, cuja atividade requer autorizao especial de funcionamento expedido pelorgo competente do Ministrio da Sade, so denominadas de Farmcias Magistrais.

    Existem medicamentos introduzidos antes do sculo XX e que continuam sendo utilizados,por exemplo, a morfina e a atropina (ambos de origem vegetal), enquanto outrosmedicamentos foram proibidos de serem utilizados devido a diferentes causas, como atoxicidade excessiva, potencial para causar dependncia, falta de comprovao cientfica deeficcia, possibilidade de estimular o aparecimento de micrbios patognicos resistentes.Foram suspensas as fabricaes de algumas especialidades farmacuticas devido a associaoirracional e/ou perigosa de dois ou mais frmacos.E, tambm pode ocorrer que um medicamento seja proibido o uso para tratar um tipo dedistrbio, e, posteriormente, pode ser liberado para tratar outra doena, por exemplo, foi o queaconteceu com a talidomida fabricada em 1954, utilizada como hipntico (que provoca osono), foi proibido o uso devido ao efeito teratognico (causando anormalidades no feto), e,

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    5recentemente voltou Farmacopia sendo utilizada no tratamento de certos tipos de Doenade Hansen (antigamente conhecida como Lepra).

    Medicamento Novo o medicamento comercializado no mercado nacional, composto por,pelo menos, um frmaco ativo, sendo que esse frmaco deve ter sido objeto de patente,mesmo j extinta, por parte da empresa responsvel por seu desenvolvimento e introduo nomercado do pas de origem. O medicamento considerado novo durante os primeiros 5anos de registro para a comercializao no pas (Resoluo - RDC n 135, de 29 de maiode 2003 modificada).O Ministrio da Sade estabeleceu o Sistema Nacional de Notificaes para a VigilnciaSanitria - Notivisa para que os usurios, e, profissionais de sade possam comunicar, viainternet, ANVISA os casos em que existe uma suspeita de que o dano sofrido pelo pacienteou usurio tenha ocorrido aps a utilizao de um medicamento (efeito ou evento adverso), oque pode levar alterao na prescrio do medicamento.Por exemplo, no Brasil, os medicamentos que contm a substncia emagrecedorasibutramina passaram a ter um controle maior de prescrio, e, venda no ano de 2010 pelaANVISA (atravs resoluo - RDC 13/2010) remanejando a substncia da lista C1 para a

    Lista B2 dos medicamentos sujeitos controle especial (Portaria 344/98), aps notificao decasos de efeitos adversos, e, do aumento do risco cardiovascular nos pacientes tratados comessa droga.A agncia regulatria da Unio Europia (conhecida como EMA European Medicine

    Agency) suspendeu a autorizao de comercializao para a sibutramina em toda aUnio Europia.

    Conceitos de Farmacocintica e Farmacodinmica

    A Farmacocintica estuda o movimento da droga atravs do organismo, envolvendo aabsoro, a distribuio, a biotransformao, e, a eliminao.

    Enquanto a Farmacodinmica, embora dependa da Farmacocintica, estuda o local de ao,mecanismo de ao, e, efeitos das drogas no organismo.As investigaes farmacodinmicas pesquisam especialmente os efeitos teraputicos, e,adversos potenciais; tecidos particularmente atingidos; e, os sistemas metablicos envolvidosno respectivo mecanismo de ao. Embora alguns autores no concordem com a comparao,mas, em resumo, tem sido utilizada a seguinte diferena: A Farmacocintica descreve o queo corpo faz com a droga, enquanto a Farmacodinmica estuda o que a droga faz com ocorpo.

    SUBDIVISES DA FARMACOLOGIA

    Farmacologia geral - estuda os conceitos bsicos e comuns a todas a drogas.

    Farmacologia especial ou aplicada estuda os frmacos reunidos em grupos de aofarmacolgica semelhante.

    Farmacognosia estuda a origem, as caractersticas, a estrutura anatmica e composioqumica das drogas no seu estado natural, de matria-prima, sob a forma de rgos ouorganismos vegetais ou animais, assim como dos seus extratos, sem qualquer processo deelaborao. A fitoterapia tem sido estudada.

    Farmacotcnica estuda a preparao das formas farmacuticas sob as quais osmedicamentos so administrados, como em cpsulas, suspenses, comprimidos e outrasformas. Antigamente, era funo exclusiva dos farmacuticos bioqumicos, sendo,atualmente, exercida em maioria pela industria farmacutica.

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    6Farmacoepidemiologia - Aplicao do mtodo e raciocnio epidemiolgico no estudo dosefeitos - benficos e adversos - e do uso de medicamentos em populaes humanas.

    Farmacovigilncia - Identificao e avaliao dos efeitos, agudos ou crnicos, do risco douso dos tratamentos farmacolgicos no conjunto da populao ou em grupos de pacientesexpostos a tratamentos especficos.

    Farmacogentica estuda os efeitos das drogas em relao a gentica molecular, inclusive anatureza gentica das reaes adversas a drogas. Por exemplo, em alguns pacientes comhipertenso arterial no ocorre a diminuio da presso arterial com este medicamento emdoses habitualmente indicada para os demais pacientes porque rapidamente metabolizado(por acetilao) reduzindo sua atividade devido a modificao gentica da atividadeenzimtica.

    Farmacogeriatria estuda as variaes da sensibilidade s drogas, absoro, metabolismo,toxicidade, e, excreo das drogas na pessoa idosa, incluindo todos os fatores fisiolgicos epatolgicos.

    Farmacoeconomia estuda os efeitos das drogas em termos sociais e econmicos, e, surgecomo nova disciplina importante na orientao de decises governamentais sobre a poltica deprescrio de frmacos e de assistncia sanitria.

    Farmacoterapia corresponde teraputica medicamentosa.

    Farmacologia experimental realiza experimentos com medicaes e novas drogas.

    Farmacologia clnica estuda a aplicao clinica das drogas.

    Toxicologia estuda os efeitos txicos das drogas no organismo.

    ALGUMAS DEFINIES BSICAS EM FARMACOLOGIA

    Aerossolterapia administrao de medicamentos por via inalatria em forma aerossol coma finalidade de obter a concentrao do frmaco no aparelho respiratrio.

    Agente quelante - frmaco usado no tratamento de envenenamento por metais, pois, secoordena com os tomos de metais tornando-os biologicamente inativos. O complexometlico resultante no qual h um anel fechado de tomos formado pela unio de um ligante a

    um tomo de metal em dois ou mais pontos denominado de quelato.

    Cpsula consiste na forma farmacutica cilndrica, geralmente constituda de um invlucrode gelatina, contendo um ou mais frmacos em forma slida ou lquida. A apresentao emcpsula tem como objetivos:Eliminar o sabor e/ou odor desagradvel; facilitar a deglutio; facilitar a liberao dofrmaco.

    Centrais Farmacuticas - Almoxarifados centrais de medicamentos, geralmente na esferaestadual, onde so feitas a estocagem e distribuio para hospitais, ambulatrios e postos desade.

    Cronofarmacologia tem o objetivo de relacionar os efeitos das drogas no organismo deacordo alteraes diurnas e noturnas, portanto, de acordo com as variaes circadianas, ouseja, relaciona os efeitos das drogas com a cronobiologia do organismo. Por exemplo, alguns

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    7estudos indicam que a aspirina (cido acetilsaliclico) alcana maior nvel sangneo duranteas seguintes 24 horas quando administrada no incio da manh (7 horas), enquanto oscorticosterides (por via oral ou inalatria) apresentam melhor resposta quando administrados tarde (s 15 horas) em dose nica.

    Colagogo frmaco que provoca fluxo de bile no intestino.

    Colertico droga que estimula a formao de bile.

    Comprimido - corresponde ao p que foi submetido compresso, e, em formato prprio.Muitas vezes podem ser divididos em duas ou quatro partes, e, para isso devem ter um sulcoou pequenas reentrncias que facilita a diviso do comprimido em partes de acordo com adose a ser administrada.

    Corantes - Substncias adicionais aos medicamentos, produtos dietticos, cosmticos,perfumes, produtos de higiene e similares, saneantes domissanitrios e similares, com o efeitode lhes conferir cor e, em determinados tipos de cosmticos, transferi-la para a superfcie

    cutnea e anexos da pele. Enquanto o edulcorante corresponde substancia que melhora osabor da forma farmacutica, mas, alguns autores afirmam que o edulcorante tambm asubstancia que melhora aparncia do frmaco.

    Concentrao - Quantidade de substncia (s) ativa(s) ou inativa (s) em determinada unidadede massa ou volume do produto.

    Controle de Qualidade - Conjunto de medidas destinadas a garantir, a qualquer momento, aproduo de lotes de medicamentos e demais produtos abrangidos por Lei, que satisfaam snormas de atividade, pureza, eficcia e inocuidade.

    Dispensao ato de fornecimento do frmaco ao paciente ou comprador, de acordo com alegislao em vigor, sendo para muitos medicamentos, mediante a apresentao da receitamdica.

    Distribuidor, Representante, Importador e Exportador - empresa que exera direta ouindiretamente o comrcio atacadista de drogas, medicamentos em que suas embalagensoriginais, insumos farmacuticos e de correlatos. No se deve confundir distribuio comdispensao, pois, a distribuio de medicamentos corresponde ao envio de frmacos paralocais previamente autorizados (empresas particulares ou setores de rgos pblicos),portanto, no significando a entrega direta do medicamento ao paciente ou compradorcomo pessoa fsica.

    Dose de ataque consiste na dose nica que suficiente para elevar rapidamente aquantidade do frmaco no organismo atingindo a concentrao teraputica. A palavra dose derivada do grego dosis o que significa ao de dar ou o que pode ser dado.

    Dose eficaz mediana corresponde a dose necessria para produzir determinada intensidadede um efeito em 50% dos indivduos.

    Dose letal consiste no efeito observado da morte dos animais de experincia com drogas.

    Drgea ou comprimidos gastrorresistentes corresponde a forma farmacutica que

    revestida por substancia que resiste a secreo gstrica (acidez), sendo o frmaco liberado nointestino delgado. Geralmente, a drgea contm um ncleo com o medicamento, e, umrevestimento de goma-laca, acar e corante, e, a drgea utilizada, mais freqentemente,para administrao oral de medicamentos irritantes da mucosa gstrica.

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    8Efeito adverso ou evento adverso ou indesejado consiste na ao provocada pelo frmacodiferente do efeito planejado sendo uma resposta a um medicamento que nociva e no-intencional, e, que ocorre nas doses normalmente usadas em seres humanos..

    Efeito colateral corresponde a qualquer efeito no-intencional de um produto farmacutico,que ocorre em doses normalmente utilizadas, relacionadas s propriedades farmacolgicas domedicamento, podendo ser adverso ou no, e, que em alguns casos pode ser til ao paciente.Alguns autores denominam de efeito colateral este efeito imprevisvel, e, que no se encontrarelacionado principal ao do medicamento.Elixir consiste na preparao lquida de um frmaco contendo elevada concentrao delcool, acar, glicerol ou propileno glicol.

    Equivalentes Farmacuticos - So medicamentos que contm o mesmo frmaco, isto ,mesmo sal ou ster da mesma molcula terapeuticamente ativa, na mesma quantidade e formafarmacutica, podendo ou no conter excipientes idnticos. Devem cumprir com as mesmasespecificaes atualizadas da Farmacopia Brasileira e, na ausncia destas, com as

    de outros cdigos autorizados pela legislao vigente ou, ainda, com outros padres aplicveisde qualidade, relacionados identidade, dosagem, pureza, potncia, uniformidade decontedo, tempo de desintegrao e velocidade de dissoluo, quando for o caso.

    Estudos de Utilizao de Medicamentos (EUM) - So aqueles relacionados com acomercializao, distribuio, prescrio e uso de medicamentos em uma sociedade, comnfase sobre as conseqncias mdicas, sociais e econmicas resultantes. Comocomplemento, existem os estudos de Farmacovigilncia, e, os ensaios clnicos.

    Farmcia - Estabelecimento de manipulao de frmulas magistrais e oficinais, de comrciode drogas, medicamentos, insumos farmacuticos e correlatos, compreendendo o de

    dispensao, e, o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outraequivalente de assistncia mdica.

    Farmacovigilncia Tem sido conceituado pelo Ministrio da Sade (MS) como o trabalhode acompanhamento do desempenho dos medicamentos que j esto no mercado, sendo queas suas aes so realizadas de forma compartilhada pelas Vigilncias Sanitrias dosEstados, Municpios, e, pela ANVISA.Assim, a Farmacovigilncia protege as populaes de danos causados por produtoscomercializados, por meio da identificao precoce do risco, e, da interveno oportuna.

    Farmoqumicos - Todas as substncias ativas ou inativas que so empregadas na fabricao

    de produtos farmacuticos.Forma farmacutica consiste na forma de apresentao do medicamento, por exemplo, emcomprimido, cpsula, drgea, suspenso ou outra forma. Lembrando que, alm principio ativoou medicamento principal, na forma farmacutica existem outras substancias na composio,como o veiculo, o edulcorante, e, outros.

    Frmula ou formulao corresponde o conjunto dos componentes de uma receita prescritapelo mdico ou ento a composio de uma especialidade farmacutica.

    Formulao de depsito consiste em frmaco com forma lentamente absorvida, com oobjetivo de reduzir a freqncia da administrao, geralmente administrada por viaintramuscular, e, dissolvida em leo ou como suspenso de sal insolvel. Por exemplo, ofrmaco antipsictico denominado decanoato de haloperidol (Haldol Decanoato) que produzefeito prolongado devido difuso lenta no msculo.

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    9Formulrio Teraputico Nacional - Documento que rene os medicamentos disponveis emum pas e que apresenta informaes farmacolgicas destinadas a promover o uso efetivo,seguro e econmico destes produtos.

    Guias Teraputicos Padronizados - Colees de roteiros teraputicos preconizados paradoenas diversas.

    Hemoderivados - Medicamentos biolgicos obtidos a partir do plasma humano, submetidos aprocessos de industrializao, normalizao e controle de qualidade, que lhes conferemqualidade, estabilidade, atividade e especificidade.

    Idiossincrasia - (do grego idio = prprio de, e, synkrasis que significa mistura)significando a suscetibilidade anormal a um agente (que pode ser uma droga) peculiar a umindividuo. Por exemplo, a aspirina mesmo em doses teraputicas, pode provocar criseasmtica como tem ocorrido com alguns homens com idade superior a 30 anos.A palavra idiossincrasia, embora tenha definies diferentes em outras reas do

    conhecimento, em Medicina, tem sido conceituada como sensibilidade anormal, peculiar a umindivduo, a uma droga, protena ou outro agente, entretanto, em Farmacologia, atualmente,tem sido mais utilizada em situaes em que ocorre a suscetibilidade anormal a ummedicamento, desde que no se trate de qualquer erro, seja na prescrio, via deadministrao ou dose utilizada.

    Iatrogenia ou iatrognico ou iatrognese (do grego iatros, iatric = mdico, medicina, e,genein que significa produzir).A palavra iatrogenia, embora seja usada geralmente para se referir s consequncias de aodanosa provocada por mdico, tem sido igualmente utilizada tambm como o resultado dasaes semelhantes de outros profissionais da rea de sade (enfermeiros, fisioterapeutas,

    psiclogos, odontlogos, e, demais trabalhadores especficos da respectiva rea).

    Insumos Farmacuticos - Qualquer produto qumico, ou material (por exemplo, aembalagem) utilizado no processo de fabricao de um medicamento, seja na sua formulao,envase ou acondicionamento.

    Interao aditiva Corresponde ao uso associado de dois ou mais diferentes frmacos para otratamento da mesma doena com a mesma (ou melhor) eficcia, seja em doses menores doque quando usados isoladamente, seja prolongando a durao do efeito ou impedindo ouretardando o surgimento de resistncia bacteriana, podendo ser tambm para aumentar aadeso ao tratamento e/ou com objetivo de evitar ou reduzir a incidncia de efeitos adversos.

    Interao medicamentosa Corresponde interferncia de um frmaco na ao de outro oude um alimento ou nutriente na ao de medicamentos. Existem interaes medicamentosasbenficas ou desejveis (como a interao aditiva), e, interaes medicamentosas indesejveisque determinam a reduo do efeito teraputico ou resultado contrrio ao esperado, aumentoda incidncia de efeitos adversos e/ou no custo da terapia sem benefcio teraputico, portanto,podendo levar ao fracasso da terapia e/ou progresso da doena.Existem muitos fatores que podem influenciar a suscetibilidade para interaesmedicamentosas como: Fatores genticos (predisposio a desenvolver efeitos adversos),idade, condies gerais de sade, funes renais e hepticas, consumo de etanol, tabagismo,dieta, e, fatores ambientais.Algumas interaes medicamentosas podem ser leves no exigindo medidas especiais, mas,podem ocorrer interaes que apresentam potencial para causar danos permanentesprovocando deteriorao clnica do paciente, hospitalizaes, e, aumento do perodo deinternao.

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    10Janela teraputica Significa a rea (ou faixa) entre a dose eficaz mnima, e, a dosemxima permitida. Portanto, corresponde a uma faixa plasmtica aceitvel na qual osresultados teraputicos so positivos.Por exemplo, para crianas com peso inferior a 20 Kg a dose diria do frmaco amoxicilina(antibitico) pode variar de 20 a 40 mg por quilo de peso, portanto, se a criana tiver 10 Kg depeso corporal, a dose diria pode ser no mnimo de 200 mg (dividida em trs doses de 8 em 8horas), e, no mximo de 400 mg do frmaco (dividida em trs doses de 8/8 horas). Portanto, ajanela teraputica (dose recomendada) diria do medicamento amoxicilina para crianascom o peso corporal de 10 Kg varia de 200mg a 400mg.

    Livro de Receiturio Geral - Livro destinado ao registro de todas as preparaes magistraismanipuladas em farmcias.

    Manipulao - Conjunto de operaes farmacotcnicas, realizadas na farmcia, com afinalidade de elaborar produtos e fracionar especialidades farmacuticas.

    Medicamentos de Controle Especial - medicamentos entorpecentesou psicotrpicos e outros relacionados pela Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria capazesde causar dependncia fsica ou psquica.

    Medicamentos de Uso Contnuo - So aqueles empregados no tratamento de doenascrnicas e/ou degenerativas, utilizados de modo contnuo.

    Medicamentos Essenciais - Medicamentos considerados bsicos e indispensveis paraatender a maioria dos problemas de sade da populaoMedicamento Fitoterpico - Medicamento farmacutico obtido por processos

    tecnologicamente adequados, empregando-se exclusivamente matrias-primas vegetais, comfinalidade profiltica, curativa, paliativa ou para fins de diagnstico. caracterizado peloconhecimento da eficcia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade econstncia de sua qualidade. No se considera medicamento fitoterpico aquele que, na suacomposio, inclua substncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associaes destascom extratos vegetais.

    Midritico Medicamento que dilata a pupila.

    Mitico - Frmaco que contrai a pupila (atravs da contrao da ris).

    Notificao de Receita - Documento padronizado, acompanhadode receita, destinado notificao da prescrio de substncias e de medicamentos sujeitos acontrole especial.

    vulo - forma farmacutica para aplicao vaginal, geralmente de forma ovide.

    Prescrio - Ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente, com a respectivadosagem e durao do tratamento. Em geral, esse ato expresso mediante a elaborao deuma receita mdica.

    Pomada forma farmacutica pastosa semi-slida, de consistncia macia e mais oleosa tendopouca penetrao na pele. O creme embora seja uma forma farmacutica tambm consideradapastosa, difere da pomada porque o creme consiste uma emulso semi-slida de duas fases,leo e gua, bem dispersas, e, com boa penetrao na pele.

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    11Posologia - significa o estudo da dosagem ou um sistema de dosagem.

    Placebo (do latim plahsebo = eu vou agradar) substancia ou preparao inativaadministrada para satisfazer a necessidade simblica do paciente por terapia commedicamentos, e, tambm utilizada em estudos controlados para determinar a eficcia defrmacos.

    Pr-droga substancia qumica que precisa transformar-se no organismo com o objetivo detornar-se uma droga ativa.

    Produtos Psicotrpicos - Substncias que afetam os processos mentais e podem produzirdependncia.

    Soros Hiperimunes - Medicamentos biolgicos contendo imunoglobulinas especificas deorigem heterloga, purificadas, que quando inoculados, so capazes de neutralizar seusantgenos especficos.

    Substncia Proscrita - Substncia cujo uso est proibido no Brasil.

    Supositrio a forma farmacutica destinada aplicao retal, geralmente, de formatocnico ou ogival.

    Tintura soluo alcolica ou hidroalcolica preparada a partir de um frmaco.

    Uso externo ou local ou tpico indica que a via de administrao do medicamento local,geralmente, com objetivo de que o frmaco atue somente no local da aplicao, no sendoabsorvido para a corrente sangnea.

    Uso interno indica que a via de administrao do medicamento oral.

    Vacinas - Medicamentos biolgicos que contm uma ou mais substncias antignicas que,quando inoculados, so capazes de induzir imunidade especfica ativa e proteger contra adoena causada pelo agente infeccioso que originou o antgeno.A vacina preparada a partir de microorganismos mortos ou inativos, ou a partir demicroorganismos vivos, mas atenuados pelo formol, por uma outra substncia ou pelo calor.Assim, os anticorpos especficos contra o micrbio so formados pelo organismo humano, porexemplo, os anticorpos IgG patgeno-especficos constituem uma importante resposta dedefesa do organismo humano, graas a uma enorme diversidade de reconhecimentoantignico porque ocorrem rearranjos nos genes das imunoglobinas em linfcitos B, que

    garantem essa diversidade.A palavra vacina derivada do latim vaccina significando da natureza da vaca porqueinicialmente, foi devido ao contgio do ser humano com o gado acometido pela doenachamada vacnia (causada por vrus, e, que forma pstulas nesse animal, geralmente,inofensivo ao homem) que foi verificada imunizao desses indivduos (que lidavam o com ogado) contra a doena varola, sendo o material retirado diretamente das pstulas dos animais,e, passado brao a brao das pessoas levando respectiva imunizao.Segundo historiadores, o mdico ingls Edward Jenner, em 1798, divulgou essa suadescoberta no trabalho Um Inqurito sobre as Causas e os Efeitos da Vacina da Varola .Em Medicina, a palavra vacnia tambm utilizada com o significado de reao cutnea, e,ocasionalmente sistmica associada com a vacinao em que se usou a vacina para varola.

    Vacina acelular - consiste na vacina bacteriana que apresenta apenas alguns componentescelulares purificados em vez de bactrias "inteiras", desenvolvidas de modo a apresentar

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    12melhor tolerabilidade, com menor incidncia de complicaes anafilticas sem perda dacapacidade de imunizao.

    Vacina Recombinante Corresponde vacina produzida por engenharia gentica, cujo genedo microorganismo responsvel pela produo do antgeno a ser utilizado para produo davacina isolado, e, clonado por tecnologia de biologia molecular. Esse gene posteriormenteintroduzido em um microorganismo (normalmente o Saccharomyces cereviesae), o qual passaa produzir e secretar em larga escala o produto protico do gene clonado que entopurificado, e, utilizado para a produo da vacina.

    Veculo ou excipiente corresponde a substancia mais ou menos inerte de uma formulamedicamentosa, que tem o objetivo de conferir consistncia ou forma farmacutica adequada.Atualmente, alguns autores diferenciam o veculo do excipiente, referindo ao veculo como aparte lquida da frmula onde esto dissolvidos ou emulsionados os princpios ativos, tendo autilidade de facilitar a ingesto ou a aplicao direta no paciente; e, conceituam o excipientecomo o ingrediente inerte que facilita o trabalho na dosagem ou na confeco do frmaco,quando misturado aos princpios ativos servindo tambm para dar volume e peso frmula.

    Xarope consiste na apresentao do medicamento em forma lquida contendo dois teros deacar, com exceo do xarope simples, pois, este consiste apenas em soluo aquosa deacar, no contendo medicamento.

    BIOENSAIO.Como a pesquisa deve estar fundamentada na experimentao prvia em animais, emlaboratrios ou em outros fatos cientficos, so introduzidas mutaes nas clulasgerminativas de animais, principalmente o camundongo, que permitem a introduo de novosgenes ou a inativao de genes existentes, produzindo, assim, os animais transgnicos. Pois,so pesquisadas alteraes fenotpicas que se assemelham a doenas humanas para que estes

    modelos de doenas sirvam como testes para frmacos.Na fase inicial de testes em organismos humanos, as drogas so utilizadas em voluntriosnormais, e, posteriormente, em pequenos grupos de pacientes, e, em seguida, se apresentarresultados satisfatrios, em larga escala com pacientes, antes da liberao da droga para avenda. Somente aps esta ultima fase, o frmaco ser liberado para a venda, ainda assim, soba vigilncia da eficcia e da incidncia de efeitos indesejveis.A toxicidade de novos medicamentos de ao sistmica deve ser avaliada, preferencialmente,em ensaios in vivo,e, in vitro, sendo sugerida a utilizao de testes em duas espcies deanimais, uma no roedora.O bioensaio a medida da concentrao ou potncia de uma droga a partir da magnitude doefeito biolgico por ela produzido, ou seja, consiste na estimativa da concentrao ou da

    potencia de determinada substancia atravs da medida da resposta biolgica produzido pelarespectiva substancia. Geralmente, o bioensaio envolve a comparao de uma preparaodesconhecida com um padro, no sendo confiveis as estimativas que no se baseiam nacomparao com padres.Vrias instituies de ensino e pesquisa utilizam animais para fins didticos ou experimentais.A infeco de animais por microrganismos e vrus patognicos, como modelo experimental,pode levar esses animais morte. Os animais mortos devero ser armazenados em sacosplsticos especficos autoclavados e/ou incinerados.O autoclave consiste em um aparelho esterilizador com base no vapor dgua sob presso a120 C de temperaturaO ensaio clnico consiste no mtodo comparativo da resposta de um grupo-teste de pacientesque recebem novo tratamento, com um grupo de controle que recebe um tratamento jexistente, chamado tratamento padro.O ndice teraputico corresponde a medida de segurana do medicamento, de onde valoreselevados indicam que ampla a margem entre as doses que so efetivas e as que so txicas,

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    13determinado atravs de medida de freqncia da resposta desejada, e, da resposta txicacom varias doses do frmaco. Alguns pesquisadores consideram o ndice teraputico comouma medida grosseira da segurana de qualquer droga porque baseia-se em dados detoxicidade animal, que podem no refletir as formas de toxicidade que so clinicamenteimportantes, e, tambm no leva em considerao as reaes txicas idiossincrsicas.

    Obs: Objetivando reduzir o quantitativo de folhas a serem impressas pelo profissionalde sade ou aluno(a), as referncias bibliogrficas de todas as Apostilas encontram-seseparadamente na Bibliografia nesse site (www.easo.com.br).