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4 – Administração de Crédito, Contas a Receber 4.1 – Políticas de credito/cobrança
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP
CONCEITUAÇÃO DO CRÉDITO
Segundo SILVA (2008) o termo crédito deve ser
considerado dentro dos vários contextos em que
ele esteja inserido, mas, para o nosso curso, ele
considera a seguinte definição num sentido restrito
e específico:
Crédito consiste na entrega de um valor
presente mediante uma promessa de
pagamento em parcelas definidas, num prazo
específico e a um preço acordado entre as
partes. Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP
CONCEITUAÇÃO DO CRÉDITO
2
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP
Função do Crédito como Negócio
Embora inserido no complexo empresarial o tempo
firmou a posição do Crédito com independência
suficiente para impor suas ações estratégicas:
-Se preocupa em conhecer o cliente;
-Orienta o relacionamento mercadológico visando
atender necessidades dos clientes;
-Serve como meio de alavancagem de negócios;
-A análise de seu cadastro dá agressividade nas
ações e segurança na concessão de valores;
-Sua postura pró-ativa lhe dá vantagem
competitiva.
Ciclo da Intermediação Financeira
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CLIENTE APLICADOR
(DISPÕE DE RECURSOS, ACEITA
REPUTAÇÃO DO BANCO, ACEITA
TAXAS E PRAZOS E ASSUME RISCOS
OFERECE RECURSOS
(DEPÓSITOS E APLICAÇÕES)
HAVER FINANCEIRO
(CERTIFICADOS, RECIBOS, ETC.)
CLIENTE TOMADOR
(PRECISA DE RECURSOS, É AVALIADO PELO BANCO, ENQUADRA-SE NO PERFIL DE RISCO, ASSINA PROMESSA DE PAGAMENTO E RECEBE O EMPRÉSTIMO)
As funções de depósito e crédito caracterizam a
intermediação financeira e devem ser uma parcela
representativa de receita do banco em finanças.
Em finanças, crédito define um instrumento de
política de negócios a ser utilizado por uma empresa
comercial ou industrial na venda a prazo de seus
produtos ou por banco comercial na concessão de
empréstimo, financiamento ou fiança.
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Funções da intermediação financeira
1. Adequar os volumes de recursos entre a captação
e a aplicação de valores;
2. Captar em prazos variados e aplicar em prazos
adequados à realidade e necessidade dos
tomadores;
3. Diversificar riscos através da diversificação de
suas aplicações;
4. Dar Maior Liquidez, principalmente quando da
necessidade de vencimento de aplicações;
5. Oferecer menor custo aos ativos financeiros de
tomadores.
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3
Função Social do Crédito
➢ Estimula as empresas a aumentarem seu nível de
atividade;
➢ Estimula o consumo e a demanda das empresas;
➢ Ajuda as pessoas a obterem bens, serviços e
alimentos;
➢ Facilita a execução de projetos para quem não tem
recursos próprios.
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Ciências Contábeis - UNIP 9
Objetivos da Administração Financeira
➢ Maximização dos Lucros
➢ Realização de Investimentos;
➢ Criação de Empregos;
➢ Pagamento de Impostos;
➢ Aumento das Exportações;
➢ Desenvolvimento Socioeconômico.
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Caso Prático
Iremos apresentar a seguir a análise de um caso de
empréstimo e lucro considerando-se alguns critérios
existentes em uma determinada instituição
financeira.
Imaginemos que uma determinada situação
comercial necessite de um empréstimo de R$
100.000,00 (valor principal), que será analisada
segundo as diferentes classes de clientes conforme
os riscos específicos que eles apresentam ao longo
de seu histórico de relacionamentos entre as
instituições financeiras existentes.
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4
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Assim, a montagem do quadro acima é feita a partir do
seguinte raciocínio (como exemplo o cliente M da categoria A,
considerando um empréstimo de R$ 100.000,00 (principal):
Cálculo do Juro:
$100.000 X 3% = $100.000 x 0,03 = $3.000
Cálculo do principal mais juro:
$100.000 + $3.000 = $103.000
Cálculo do valor esperado de recebimento conforme sua
probabilidade:
$103.000 x 100% = $103.000 X 1 = $103.000
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Ciências Contábeis - UNIP 15
POLÍTICA DE CRÉDITO
Em Administração Empresarial as Políticas são
instrumentos que determinam padrões de decisão
para resoluções de problemas semelhantes.
Elas proporcionam orientação uniforme e consistente
nos casos de problemas, questões ou situações que
se repetem frequentemente.
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Ciências Contábeis - UNIP 16
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POLÍTICA DE CRÉDITO
Assim, a política de crédito tem como objetivo básico
a orientação nas decisões de crédito em face dos
objetivos desejados e estabelecidos. Logo ela é:
Um guia para a decisão de crédito, porém não é a
decisão;
Rege a concessão de crédito, porém não concede
o crédito;
Orienta a concessão de crédito para o objetivo
desejado, mas não é objetivo em si.
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Ciências Contábeis - UNIP 17
POLÍTICA DE CRÉDITO
A Política de Crédito está relacionada diretamente
com as aplicações de recursos de natureza
operacional (principalmente em instituições
financeiras).
Pela sua importância a Política de Crédito é
reservada aos escalões hierárquicos mais altos
(Conselho de Administração, Diretor-Financeiro,
Diretor-Presidente, etc.).
No caso de Instituições Financeiras são formados os
“Comitês de Crédito”.
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POLÍTICA DE CRÉDITO
As Políticas de Créditos são bastante diferenciadas
quando tratamos de instituições Industriais,
Comerciais ou Financeiras. Vejamos alguns
exemplos de Política de Crédito:
1)Numa empresa comercial ou industrial, uma política de
crédito Liberal poderá aumentar o volume de vendas,
porém, ao mesmo tempo, exigirá maior investimento em
duplicatas a receber e em estoques;
2)Uma empresa que venda um produto com uma margem
alta(40 a 50%), terá condições de adotar uma política de
crédito mais liberal e assumir um risco maior;
3)Uma empresa que trabalhe com margem bruta de lucro
baixa, ainda que seu giro de estoques seja rápido,
tenderá a ser mais rigorosa na seleção de seus clientes.
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Ciências Contábeis - UNIP 19
POLÍTICA DE CRÉDITO
Os bancos, em geral, tendem a ter critérios mais
rigorosos na concessão de crédito, pois o prejuízo
decorrente do não-recebimento de uma operação de
crédito representará a perda do montante
emprestado.
Todavia, numa empresa, a perda com um incobrável
concentra-se no custo da mercadoria vendida.
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Tipos de crédito
O crédito pode ser dividido em dois tipos: crédito
público e crédito privado.
O crédito público trata as relações entre os Estados
e as pessoas ou empresas, enquanto o crédito
privado trata das relações entre as pessoas ou as
empresas.
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Ciências Contábeis - UNIP 21
Tipos de crédito
Crédito Público
É o tipo de crédito onde uma pessoa (física ou
jurídica) pode conceder crédito ao Estado ou o
Estado pode conceder crédito a uma pessoa (física
ou jurídica).
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Tipos de credito
Credito Privado
Subdivide-se em dois tipos:
Crédito mercantil: definimos o crédito mercantil
como sendo o crédito a curto prazo, concedido a
um comprador por um fornecedor em decorrência
da compra de mercadorias ou serviços.
Crédito bancário: a base do crédito bancário é o
empréstimo bancário, onde o banco empresta
dinheiro ao cliente e cobra juros sobre o
pagamento.
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Ciências Contábeis - UNIP 23
Política de credito
A política de concessão de crédito pode ser definida
como o conjunto de regras do estabelecimento para
concessão de crédito ao seus clientes.
As políticas de credito variam de empresa para
empresa e podem alterar em função de alguns
fatores como:
Condições de mercado
Eficiência administrativa
Liquidez de caixa
Credibilidade do devedor
Grau de interdependência das empresas; entre
outros Prof. José Luís –
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7
Vejamos alguns elementos presentes na politica de
crédito:
Padrões de crédito – são os requisitos mínimos
para que seja concedido credito a um cliente.
Política de cobrança – é a estratégia da empresa
para o recebimento do credito.
Desconto financeiro – é a redução do valor do
produto quando este é pago a vista ou em prazo
menor que o habitual.
Prazo de financiamento – período durante o qual
a empresa suporta financiar seus clientes.
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A criação de uma política de crédito é a solução mais
eficiente que uma empresa pode anotar para
minimizar os riscos de atraso e não pagamento por
parte de seus clientes cabe a nós saber quando o
crédito deve ser liberado, sem causar riscos para a
empresa.
É evidente que perdas irão ocorrer, porém o volume
das perdas não pode prejudicar o resultado e o lucro
da empresa a qual estamos prestando serviço.
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Ciências Contábeis - UNIP 26
Outro fator que precisa ser abordado na política de
cobrança, que pode ser desde uma simples carta,
até uma ação judicial (casos mais graves) que
também deve ser realizada pelo setor de crediário e
cobrança.
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Modalidades da política de crédito
Segundo especialistas, existem três modalidades
distintas quando falamos em política de crédito, são
elas:
Política de crédito liberal
Política de crédito rígida
Política de crédito compatível
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8
Política de crédito liberal – empresas que adotam
esse tipo de política devem ter a sua situação
financeira razoavelmente boa e uma alta margem de
lucratividade.
Ao se adotar essa política consequentemente haverá
um maior volume de vendas, que pode ser
acompanhada de um maior risco no crédito e
consequentemente maior possibilidade de atrasos no
pagamento e prejuízos financeiros.
Prof. José Luís –
Ciências Contábeis - UNIP 29
Política de crédito rígida – empresas que adotam
esse tipo de política são aquelas que a situação
financeira não permite maiores riscos.
Ao se adotar essa política, se reduz a chance de
atrasos de pagamentos e prejuízos financeiros,
porém também pode resultar em um menor volume
de vendas em consequência da rigidez para a
concessão de credito.
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Política de crédito compatível – empresas que
adotam esse tipo de política são aquelas que adotam
uma linha de flexibilidade de ação, levando em conta
as condições do mercado e de seus clientes.
Ao se adotar essa política a empresa mantem um
equilíbrio entre as vendas e os recebimentos,
permitindo uma situação financeira controlável, pois
todos os riscos de crédito são absolutamente
planejados.
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O conhecimento das políticas de crédito é muito
importante, pois através da politica de credito
adotada pela empresa, que saberemos se devemos
ser mais ou menos exigentes na concessão e
análise de crédito a clientes.
Lembrando que, as empresas geralmente costuma
migrar de política conforme a sua necessidade,
capital de giro e margem de lucratividade, portanto
nós devemos estar preparados a trabalhar com
qualquer política de crédito que seja implantada no
estabelecimento o qual estamos prestando serviço.
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Ciências Contábeis - UNIP 32
9
Identificação do cliente
Começaremos agora com as etapas que devem ser
seguidas para a concessão de crédito para clientes.
É importante seguir atentamente a todos os passos,
pois qualquer erro no momento da concessão de
credito pode acarretar prejuízos para a empresa.
A primeira coisa a se fazer é a identificação do
cliente, pois como sabemos, ninguém confia em
emprestar seu dinheiro para desconhecidos, e o
mesmo acontece na empresa, ela não dará credito a
uma pessoa sem antes conhecê-la.
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Ciências Contábeis - UNIP 33
A identificação do cliente geralmente é realizada
através de referencias de compras realizadas pelo
mesmo, para sabermos se o cliente é confiável
quando o assunto é saldar suas dividas.
Geralmente as empresas pedem que o cliente diga
algumas lojas das quais já adquiriu produtos, e cabe
a nós telefonar para esses estabelecimentos e
realizar uma consulta do histórico do cliente.
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Ciências Contábeis - UNIP 34
Algumas questões importantes sobre o cliente que
devem ser consultadas junto aos estabelecimentos
são:
Histórico de compras realizadas pelo cliente
Histórico de inadimplência do cliente
Histórico de atrasos em pagamentos
Lembrando que um bom profissional sabe
diferenciar o profissional do pessoal, ou seja,
mesmo que o cliente que esteja pedindo crédito
seja conhecido ou tenha algum vínculo de
parentesco conosco, esta consulta deverá ser
realizada da mesma maneira.
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Ciências Contábeis - UNIP 35
Ficha cadastral
Segundo especialistas a ficha cadastral é um resumo
da vida do cliente, através de informações que
permitem ao credor conhecê-lo.
Devemos lembrar de manter a ficha cadastral do
cliente sempre atualizada, e incluir todos os dados
do cliente, como: dados de contato, poder aquisitivo,
etc. pois é através destas informações que a
empresa e nós profissionais do crediário e cobrança
podemos:
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Ciências Contábeis - UNIP 36
10
Analisar o nível de crédito a ser concedido
para o cliente
Informações sobre a situação financeira do cliente
ajudam a calcular a sua capacidade de pagamento,
além de podermos usar essas informações para
estabelecer limites de crédito.
Analisar se existe a necessidade de
garantias
Caso o cliente não tenha um bom histórico de credito
ou não atenda a todas as exigências da empresa,
pode-se optar pela exigência de garantias,
diminuindo assim o risco da empresa.
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Ciências Contábeis - UNIP 37
Verificar a inclusão em cadastro de
inadimplentes
Com o nome completo do cliente e o numero de
seus documentos é possível identificar se o mesmo
faz parte de algum cadastro de inadimplentes como
SPC ou SERASA.
Contatar o cliente para cobrança
Caso haja atrasos de pagamentos é necessário
recorrer às informações do cliente, como endereço e
telefone para realizar a cobrança do pagamento.
Cada estabelecimento possui um modelo próprio de
ficha cadastral, vejamos abaixo o exemplo de um
modelo de ficha cadastral.
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Documentos comprovatórios
Quando falamos em cadastro de clientes se faz
necessário que o mesmo apresente alguns
documentos que comprovem o que foi preenchido na
ficha cadastral.
A maioria dos estabelecimentos solicita a
apresentação dos seguintes documentos:
Carteira de identidade (RG)
praticamente todos os estabelecimentos pedem a
apresentação do RG do cliente, pois ele é um
documento indispensável para identificação, valido
em todo o território nacional.
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Ciências Contábeis - UNIP 40
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Cadastro de pessoa física (CPF)
documento também requerido por praticamente
todos os estabelecimentos, pois é através desse
documento que o governo reconhece o individuo.
Comprovante de residência
qualquer Documento que comprove que o cliente
possui residência fixa (conta de agua, conta de luz,
carta do banco, entre outros)
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Ciências Contábeis - UNIP 41
Comprovante de renda
estabelecimentos pedem que este comprovante
seja o mais atual possível, pois através dele é
avaliado se o cliente terá potencial para quitar a
divida.
ALERTA:
Confira os documentos com total atenção, pois
sabemos que pode haver pessoas mal intencionadas
que falsificam esses tipos de documentos apenas
para tirar vantagem dos estabelecimentos.
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Ciências Contábeis - UNIP 42
Checagem das informações
Agora que já coletamos todas as informações do
cliente, chegamos a uma parte muito importante na
concessão de credito, a checagem das informações.
A checagem das informações consiste em saber se o
cliente está com algum problema com a justiça ou o
governo, mas de nenhum órgão de proteção ao
crédito.
Os órgãos de proteção ao crédito possuem o
cadastro de pessoas inadimplentes, ou seja, se o
nome do seu cliente constar em algum desses
órgãos a chance de ele não saldar a dívida com o
estabelecimento é muito mais elevada.
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Ciências Contábeis - UNIP 43
Veremos como fazer uma consulta no SPC e no
SERASA, que são os mais populares órgãos de
proteção ao crédito.
Geralmente consultar apenas estes dois órgãos já
basta para saber se o cliente tem ou não o nome
sujo na praça.
Apesar de serem os mais populares, SPC e
SERASA não são os únicos órgãos de proteção ao
crédito, existem outros como: CADIN, EQUIFAX,
entre outros...
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Ciências Contábeis - UNIP 44
12
Consultando o SPC
A sigla SPC significa Serviço de Proteção ao Credito.
O SPC é um banco de dados de caráter público, que
tem como finalidade disponibilizar informações
seguras para melhor analise do empresário quanto a
concessão de credito.
As câmaras de diligentes lojistas, entidades
privadas, são as entidades mantedoras, que por
intermédio da Rede Renic (Rede nacional de
informações comerciais), disponibilizam informações
de SPC advindas dos 27 estados do país.
Prof. José Luís –
Ciências Contábeis - UNIP 45
Consultando o SPC
Como acabamos de perceber, o SPC trás consigo
todas as informações de inadimplência do cliente, e
é de extrema importância a sua consulta, pois
imaginemos que o cliente possui vários casos de
inadimplência em outros estabelecimentos, como
teremos certeza de que ele irá saldar a dívida que
fará conosco?
Prof. José Luís –
Ciências Contábeis - UNIP 46
Quando trabalhamos em estabelecimentos
conveniados a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas)
da cidade, teremos em nossa posse um login de
uma senha de acesso com as quais poderemos
acessar o sistema e realizar a consulta.
Lembrando que todas as consultas são pagas e tem
um valor que pode variar à partir de R$ 9,90 cada
uma, com valores diferentes conforme a
exclusividade de pesquisa.
Prof. José Luís –
Ciências Contábeis - UNIP 47
Consultando o SERASA
Serasa é a principal empresa de análise de crédito
no Brasil e da América Latina.
Possui um dos maiores bancos de dados do mundo
e dedica as suas atividades à prestação de serviços
de interesse geral.
Em seus computadores são armazenados dados
cadastrais de empresas e cidadãos, informações
negativas que indicam dívidas vencidas e não pagas,
os registros de protestos de títulos, ações judiciais,
cheques sem fundos, além de registros provenientes
de fontes públicas e oficiais. Os dados de dívidas
vencidas são enviados sob convênio com
credores/fornecedores, indicando os dados do
devedor.Prof. José Luís –
Ciências Contábeis - UNIP 48
13
As informações do Serasa são fornecidas aos
bancos, às lojas do comércio e às pequenas, médias
e grandes empresas, com o objetivo de dar apoio às
decisões de crédito, e assim, tornar os negócios
mais baratos, rápidos e seguros.
Geralmente as empresas conveniadas fazem a
pesquisa no Serasa através da Internet, porem,
podem ser feitas também por telefone, as consultas
através da Internet são realizadas utilizando um login
e uma senha de acesso.
Prof. José Luís –
Ciências Contábeis - UNIP 49
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 50
4.2 Garantias
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 51
Garantias de crédito
A obtenção de garantias tem como objetivo dar
maior segurança nas vendas a prazo, porem
mesmo com as garantias ainda não teremos 100%
de certeza que receberemos o pagamento em da
dívida.
Entretanto, quando exigimos garantias em
operações de risco mínimo, podemos estar
inviabilizando as vendas a prazo da empresa,
então cabe a nós decidir quando é viável e quando
não é viável pedir ao cliente garantias do
pagamento.
Somente devemos dispensar as garantias quando
tivermos 100% de certeza que o cliente irá saldar a
dívida com o estabelecimento, e apenas teremos
essa certeza após realizar a análise de crédito.Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 52
Garantias
Define-se garantia como a vinculação de um bem
ou de uma responsabilidade conversível em
numerário que assegure a liquidação do crédito.
14
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 53
Formalização
A formalização da garantia é requisito essencial
para que apresente validade, sirva de prova e seja
eficaz contra terceiros.
Para reduzir o risco de crédito, os concessores de
financiamento devem formalizar corretamente as
garantias vinculadas às operações de crédito,
além de registrá-las em cartório.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 54
Garantias de crédito
Os tipos de garantias mais comuns são:
Garantias Pessoais
Aval
Fiança
Garantias Reais
Caução de aplicações financeiras de renda fixa
Caução de Duplicatas
Caução de cheques
Penhor Mercantil
Alienação fiduciária
Hipoteca
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 55
Garantias de crédito
Aval – funciona como garantia pessoal do
pagamento de um titulo de credito, obrigação
assumida por alguém (avalista) a fim de garantir o
pagamento realizado por outra pessoa, o aval
somente pode ser dado em títulos de credito para
uma mesma divida.
Fiança – trata-se de uma forma jurídica de
garantia, onde uma pessoa se responsabiliza
perante ao credor pelo pagamento da divida
assumida pelo devedor. Para que essa garantia
seja efetivada, deve-se observar se o fiador terá
capacidades financeiras de honrar a divida caso
seja necessário.Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 56
Garantias de crédito
Caução de aplicações financeiras de renda fixa
Para sua efetivação é necessário, paralelamente à
liberação do crédito pleiteado, existam saldos em
aplicações financeiras, revertidos em benefícios dos
credores, que sejam suficientes para cobrir situações
de inadimplência.
15
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 57
Garantias de crédito
Caução de Duplicatas
É uma garantia muito utilizada pelos credores, já que
possibilita a diminuição do risco de crédito por meio
da vinculação de duplicatas selecionadas ao
financiamento solicitado.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 58
Garantias de crédito
Caução de cheques
Como forma de garantia, refere-se a vinculação de
cheques ao contrato de crédito.
Cheque é uma ordem de pagamento a vista dada
por alguém que possui conta de depósito em uma
instituição financeira.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 59
Garantias de crédito
Alienação fiduciária – trata-se de uma garantia que
prevê a recuperação da posse de um bem para o
credor, caso o devedor não efetue o pagamento da
divida. Para ter validade deve ser registrada no
cartório de títulos e documentos, ou no cartório de
registros de imóveis, e é hoje considerada a forma
mais segura de garantia existente.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 60
Garantias de crédito
Penhor Mercantil
Consiste na entrega ao credor de um bem móvel, por
um devedor ou terceiros, para garantir o
cumprimento de dívidas.
Apesar de ser uma garantia real, o penhor mercantil
de mercadorias é bastante questionado quanto a sua
validade.
16
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 61
Garantias de crédito
Hipoteca
É a vinculação de bens considerados imóveis pelo
Código Civil para pagamento de dívida.
São bens imóveis passíveis de hipoteca: terras,
casas, prédios, apartamentos, sítios, lotes, navios e
aviões.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 62
5 - Administração de Estoque
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 63
O planejamento e controle de estoque é um dos
principais pontos de administração dos recursos
de uma organização.
Através dele podemos identificar o consumo, a
demanda, realizar previsões de demanda, e
alcançar níveis ideias de estoque, que não seja em
volume excessivo, mas que também nos minimize
o risco de não atendermos a demanda pelos
materiais.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 64
Estoque Mínimo
O Estoque Mínimo, ou também conhecido como
estoque de segurança, é utilizado para suportar
um tempo de resuprimento superior ao
programado, devido:
a um consumo desproporcional,
ao atraso na entrega pelo fornecedor, ou
a um problema de administração dos materiais.
17
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 65
Cálculo do Estoque Mínimo
A fórmula simples para cálculo do estoque mínimo é:
Em= C x F
Onde: Em= Estoque Mínimo
C= Consumo médio mensal
F= Fator de segurança
O fator de segurança (F) é um fator arbitrado pela
organização, e corresponde ao índice de
atendimento que a organização pretende atingir
com relação aos pedidos colocados do cliente. Se
o fator for de 80% significa que a organização está
disposta a não atender 20% das vezes os pedidos
de clientes.Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 66
Caso Prático:
Uma farmácia possui um consumo mensal de 50
unidades de um determinado produto, o fator de
segurança criado pela farmácia é de 96%, calcule o
Estoque Mínimo deste produto da farmácia.
Em= C x F
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 67
Caso Prático:
Uma farmácia possui um consumo mensal de 50
unidades de um determinado produto, o fator de
segurança criado pela farmácia é de 96%, calcule o
Estoque Mínimo deste produto da farmácia.
Em= C x F
Em= 50 x 0,96
Em= 48 unidades
O Estoque Mínimo para este produto deve ser de 48
unidades.Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 68
Lote Econômico de Compra
O lote econômico é uma forma de se calcular a quantidade a
ser comprada com o mínimo de custo de reposição. Nesta
quantidade, os custos de compra e de manutenção são os
menores possíveis.
A fórmula para se calcular o lote econômico de compra é:
LEC= 2 x CA x CC
CPA x PU
Onde: LEC= Lote Econômico de Compra
CA= Consumo Anual em Quantidades
CC= Custo Unitário do Pedido de Compra
CPA= Custo do Material Armazenado
PU= Preço Unitário do Material
18
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 69
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 70
Exemplo:
Um hospital em sua farmácia controla o material
cateter para diálise de ponta simétrica. Segundo o
levantamento do responsável pela farmácia, este
material possui os seguintes dados para o ano.
Consumo Anual = 12000 unidades
Custo Unitário para o pedido de compra = R$260,00
Custo do armazenamento = R$0,50
O Preço unitário do material = R$50,00
Com base nestas informações calcule o Lote
Econômico de compra deste material.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 71
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 72
Demonstração de valores ideias do LEC para o
exemplo
19
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 73
CLASSIFICAÇÃO ABC
A análise ABC de estoque é uma das formas mais
usadas pelas organizações para se examinar e
administrar os estoques.
Consiste em se observar e analisar a movimentação
de estoques em determinado período, 6 meses, 1
ano, em quantidades e sua relevância em valor
monetário dos itens constantes dos estoques.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 74
Com base nesta análise cria-se uma classificação
dos estoques identificando itens de classe A como os
mais importantes e relevantes, classe B os itens não
tão relevantes, mas significativos, e classe C itens de
menor relevância.
Não existe uma regra que estabeleça o percentual
aplicado aos itens de classe A, B ou C, vai depender
da composição dos itens do estoque de cada
organização. Sendo que normalmente os itens de
classe A representam um total de 40% a 70% dos
estoques, e os itens de classe B representam entre
15% a 50%, o restante fica como classificação de
itens classe C.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 75
Vamos imaginar que um hospital pediátrico possui
um determinado número de itens no estoque, e
que o consumo nos últimos 6 meses foi:
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 76
O responsável pela farmácia do Hospital nos convidou para
ajudá-lo a construir a curva ABC dos estoques da farmácia do
hospital pediátrico.
O primeiro passo é incluir uma coluna com os custos totais de
cada item.
Para calcular os custos totais basta multiplicar o consumo pelo
custo unitário.
20
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 77
Com a valorização do consumo, o próximo passo é ordenar
os itens de forma decrescente em relação ao custo total.
Veja no Quadro abaixo como fica a classificação dos itens.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 78
Após a ordenação decrescente do total do consumo, a
próxima etapa é identificar a participação percentual de
cada item em relação ao total consumido. Para isso basta
dividir o custo total de cada item em Reais pelo Total Geral
do estoque. Veja Quadro abaixo.
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Ciências Contábeis - UNIP 79
Note de que apenas dois itens já compõem o total de
62,995% do total de itens, sendo estes os itens classificados
como classe A. Os três itens seguintes juntos compõem
30,643, sendo classificados como classe B, e o restante
classificado como classe C. então nosso quadro de estoque
segundo a classificação ABC ficaria no seguinte formato:
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Ciências Contábeis - UNIP 80
21
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Ciências Contábeis - UNIP 81
A vantagem de se utilizar a classificação ABC é
dar mais atenção aos itens mais importantes, pois
se melhorarmos sua utilização podemos gerar
economia para a organização.
Vamos imaginar que após classificarmos os itens
do hospital, conseguimos uma redução de
consumo dos itens da classe A na ordem de 15%,
estaremos trazendo para a organização uma
economia de 9,45% do total de itens consumidos.
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Ciências Contábeis - UNIP 82
Para esta forma de classificação ABC tem um
detalhe muito importante que é preciso se levar em
consideração.
Alguns itens podem ser utilizados em pouca
quantidade, e ter um custo unitário muito baixo,
mas apesar deste fato são itens muito importantes
para o funcionamento da operação da
organização.
É necessário que observemos a relevância destes
itens em relação à operação da organização, e
tratar estes itens com critério, pois apesar de sua
irrelevância monetária são itens importantes para o
bom funcionamento da organização e precisamos
dar atenção especial.