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8/18/2019 Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem_ Paulo Freire - Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem http://slidepdf.com/reader/full/concepcoes-de-escola-ensino-e-aprendizagem-paulo-freire-concepcoes 1/3 22/10/2015 Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem: Paulo Freire - Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem. data:text/html;charset=utf-8,%3Ch3%20class%3D%22post-titl e%20entry-title%22%20itemprop%3D%22name%22%20style%3D%22marg in%3A%200px%… 1/3 Paulo Freire - Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem. O educador e escritor brasileiro Paulo Freire foi e continua sendo referência na Educação brasileira. Dedicou-se plenamente em favor daqueles, especialmente jovens e adultos, encontrados à margem de uma vida digna, a fim de conscientizá-los a entender a situação em que viviam e agir sobre ela, de modo a alcançarem a liberdade. Esse compromisso social o tornou fonte de inspiração para educadores de gerações passadas, presentes e futuras. Freire escreveu diversas obras, entre elas a “Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à  prática educativa” , dividida em três capítulos, os quais versam sobre o processo de formação do educador enquanto sujeito democrático, viabilizando a sua própria autonomia, como também a do educando. Nessa obra, o pesquisador demonstra perceber a escola como um ambiente favorável à aprendizagem significativa, onde a relação professor-aluno acontece sempre com diálogo, valorizando o respeito mútuo. O espaço escolar deve sempre contribuir para a curiosidade, a criatividade, o raciocínio lógico, o estímulo à descoberta. Paulo Freire acredita que a Educação é um processo humanizante, social, político, ético, histórico, cultural e afirma: “A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.  A partir desse prisma, veremos a seguir algumas considerações que evidenciam os saberes necessários à prática docente: 1.  A pesquisa como meio de aperfeiçoamento docente contínuo, logo, através desta, o mesmo poderá tanto atualizar seus conhecimentos como também estimular seus alunos ao mesmo hábito; 2.  O respeito aos saberes dos alunos, advindos das experiências anteriores à sala de aula, bem como suas realidades e necessidades; 3. O comprometimento com a educação de qualidade e igualitária, visando a inserção de indivíduos ainda marginalizados, numa sociedade desigual e excludente, pois, somente por meio dessa educação ideal, os envolvidos nesse processo terão acesso a inclusão na sociedade vigente; 4.  A reflexão constante da teoria aliada à prática docente, como forma de melhorar a próxima e, sendo assim, não perder o verdadeiro sentido; 5.  A relação que se estabelece entre educador e educando é alicerçada pelo princípio do aprendizado mútuo, não havendo uma verdade absoluta trazida pelo professor para a sala de aula, uma vez que o aluno já traz consigo conhecimentos prévios e, consequentemente, sua visão de mundo. 6.  A ética como elemento essencial na prática educativa, pois, segundo afirmação de Paulo

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Paulo Freire - Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem.

O educador e escritor brasileiro Paulo Freire foi e continua sendo referência na Educação brasileira.

Dedicou-se plenamente em favor daqueles, especialmente jovens e adultos, encontrados à margem

de uma vida digna, a fim de conscientizá-los a entender a situação em que viviam e agir sobre ela, de

modo a alcançarem a liberdade. Esse compromisso social o tornou fonte de inspiração para

educadores de gerações passadas, presentes e futuras.

Freire escreveu diversas obras, entre elas a “Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à

prática educativa” , dividida em três capítulos, os quais versam sobre o processo de formação do

educador enquanto sujeito democrático, viabilizando a sua própria autonomia, como também a do

educando.

Nessa obra, o pesquisador demonstra perceber a escola como um ambiente favorável à

aprendizagem significativa, onde a relação professor-aluno acontece sempre com diálogo,

valorizando o respeito mútuo. O espaço escolar deve sempre contribuir para a curiosidade, a

criatividade, o raciocínio lógico, o estímulo à descoberta.

Paulo Freire acredita que a Educação é um processo humanizante, social, político, ético, histórico,

cultural e afirma: “A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade

muda”.

A partir desse prisma, veremos a seguir algumas considerações que evidenciam os saberes

necessários à prática docente:

1.

A pesquisa como meio de aperfeiçoamento docente contínuo, logo, através desta, o mesmo

poderá tanto atualizar seus conhecimentos como também estimular seus alunos ao mesmo hábito;

2.

O respeito aos saberes dos alunos, advindos das experiências anteriores à sala de aula, bemcomo suas realidades e necessidades;

3. O comprometimento com a educação de qualidade e igualitária, visando a inserção de indivíduos

ainda marginalizados, numa sociedade desigual e excludente, pois, somente por meio dessa

educação ideal, os envolvidos nesse processo terão acesso a inclusão na sociedade vigente;

4.

A reflexão constante da teoria aliada à prática docente, como forma de melhorar a próxima e,

sendo assim, não perder o verdadeiro sentido;

5.

A relação que se estabelece entre educador e educando é alicerçada pelo princípio do

aprendizado mútuo, não havendo uma verdade absoluta trazida pelo professor para a sala de aula,uma vez que o aluno já traz consigo conhecimentos prévios e, consequentemente, sua visão de

mundo.

6.

A ética como elemento essencial na prática educativa, pois, segundo afirmação de Paulo

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Freire, “nos tornamos capazes de comparar, de intervir, de decidir, de romper, por tudo isso, nos

fizemos seres éticos” (FREIRE, 1996, p.16), em outras palavras, somos seres histórico-sociais e,

portanto, nos colocamos pela ética, respeitando a capacidade de cada um.

Paulo Freire considera que o docente não deve se limitar ao ensinamento dos conteúdos, mas,

sobretudo, ensinar a pensar, pois “pensar é não estarmos demasiado certos de nossas certezas” .

(FREIRE, 1996, p. 28). O pensar de maneira adequada permite aos discentes se colocarem como

sujeitos históricos, de modo a se conhecerem e ao mundo em que se inserem, intervindo sobre o

mesmo, isto é, aprende-se a partir dos conhecimentos existentes e daqueles que serãoressignificados mais adiante.

Ensinar é, portanto, buscar, indagar, constatar, intervir, educar. O ato de ensinar exige conhecimento

e, consequentemente, a troca de saberes. Pressupõe-se a presença de indivíduos que, juntos,

trocarão experiências de novas informações adquiridas, respeitando também os saberes do senso

comum e a capacidade criadora de cada um.

A verdadeira aprendizagem é aquela que transforma o sujeito, ou seja, os saberes ensinados são

reconstruídos pelos educadores e educandos e, a partir dessa reconstrução, tornam-se autônomos,

emancipados, questionadores, inacabados. “Nas condições de verdadeira aprendizagem, os

educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador igualmente sujeito do processo” . (FREIRE, 1996, p. 26). Sob esse

ponto de vista, percebemos a posição do educando como sujeito desse processo de reformulação do

conhecimento, ao lado do educador. Ele passa a ser visto como agente e não mais como objeto,

isto é, ambos fazem parte do processo ensino-aprendizagem numa concepção progressivista.

O referido autor considera ainda que: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as

possibil idades para a sua produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p. 21). Dito de outra forma,

o docente deve transmitir o conhecimento buscando proporcionar ao discente a compreensão do que

foi exposto e, a partir daí, permitir que o mesmo dê um novo sentido, quer dizer, a ideia é não dar

respostas prontas, mas criar possibilidades, abrir oportunidades de indagações e sugestões, de

raciocínio, de opiniões diversas etc. Jamais impedir as interações, as opiniões, os erros e os

acertos, isto é, todos esses elementos permitirão que o aluno alcance o real conhecimento e

continue a buscá-lo incessantemente de forma autônoma e prazerosa.

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PENSAM ENTOS FREIRIANOS

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“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a produção ou a sua construção”.

“Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.

"A Educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade

muda".

“Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”.

“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educamentre si, mediatizados pelo mundo”.

"Mudar é difícil, mas é possível".