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8/18/2019 Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem_ Paulo Freire - Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem
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22/10/2015 Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem: Paulo Freire - Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem.
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Paulo Freire - Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem.
O educador e escritor brasileiro Paulo Freire foi e continua sendo referência na Educação brasileira.
Dedicou-se plenamente em favor daqueles, especialmente jovens e adultos, encontrados à margem
de uma vida digna, a fim de conscientizá-los a entender a situação em que viviam e agir sobre ela, de
modo a alcançarem a liberdade. Esse compromisso social o tornou fonte de inspiração para
educadores de gerações passadas, presentes e futuras.
Freire escreveu diversas obras, entre elas a “Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à
prática educativa” , dividida em três capítulos, os quais versam sobre o processo de formação do
educador enquanto sujeito democrático, viabilizando a sua própria autonomia, como também a do
educando.
Nessa obra, o pesquisador demonstra perceber a escola como um ambiente favorável à
aprendizagem significativa, onde a relação professor-aluno acontece sempre com diálogo,
valorizando o respeito mútuo. O espaço escolar deve sempre contribuir para a curiosidade, a
criatividade, o raciocínio lógico, o estímulo à descoberta.
Paulo Freire acredita que a Educação é um processo humanizante, social, político, ético, histórico,
cultural e afirma: “A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade
muda”.
A partir desse prisma, veremos a seguir algumas considerações que evidenciam os saberes
necessários à prática docente:
1.
A pesquisa como meio de aperfeiçoamento docente contínuo, logo, através desta, o mesmo
poderá tanto atualizar seus conhecimentos como também estimular seus alunos ao mesmo hábito;
2.
O respeito aos saberes dos alunos, advindos das experiências anteriores à sala de aula, bemcomo suas realidades e necessidades;
3. O comprometimento com a educação de qualidade e igualitária, visando a inserção de indivíduos
ainda marginalizados, numa sociedade desigual e excludente, pois, somente por meio dessa
educação ideal, os envolvidos nesse processo terão acesso a inclusão na sociedade vigente;
4.
A reflexão constante da teoria aliada à prática docente, como forma de melhorar a próxima e,
sendo assim, não perder o verdadeiro sentido;
5.
A relação que se estabelece entre educador e educando é alicerçada pelo princípio do
aprendizado mútuo, não havendo uma verdade absoluta trazida pelo professor para a sala de aula,uma vez que o aluno já traz consigo conhecimentos prévios e, consequentemente, sua visão de
mundo.
6.
A ética como elemento essencial na prática educativa, pois, segundo afirmação de Paulo
8/18/2019 Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem_ Paulo Freire - Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem
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Freire, “nos tornamos capazes de comparar, de intervir, de decidir, de romper, por tudo isso, nos
fizemos seres éticos” (FREIRE, 1996, p.16), em outras palavras, somos seres histórico-sociais e,
portanto, nos colocamos pela ética, respeitando a capacidade de cada um.
Paulo Freire considera que o docente não deve se limitar ao ensinamento dos conteúdos, mas,
sobretudo, ensinar a pensar, pois “pensar é não estarmos demasiado certos de nossas certezas” .
(FREIRE, 1996, p. 28). O pensar de maneira adequada permite aos discentes se colocarem como
sujeitos históricos, de modo a se conhecerem e ao mundo em que se inserem, intervindo sobre o
mesmo, isto é, aprende-se a partir dos conhecimentos existentes e daqueles que serãoressignificados mais adiante.
Ensinar é, portanto, buscar, indagar, constatar, intervir, educar. O ato de ensinar exige conhecimento
e, consequentemente, a troca de saberes. Pressupõe-se a presença de indivíduos que, juntos,
trocarão experiências de novas informações adquiridas, respeitando também os saberes do senso
comum e a capacidade criadora de cada um.
A verdadeira aprendizagem é aquela que transforma o sujeito, ou seja, os saberes ensinados são
reconstruídos pelos educadores e educandos e, a partir dessa reconstrução, tornam-se autônomos,
emancipados, questionadores, inacabados. “Nas condições de verdadeira aprendizagem, os
educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador igualmente sujeito do processo” . (FREIRE, 1996, p. 26). Sob esse
ponto de vista, percebemos a posição do educando como sujeito desse processo de reformulação do
conhecimento, ao lado do educador. Ele passa a ser visto como agente e não mais como objeto,
isto é, ambos fazem parte do processo ensino-aprendizagem numa concepção progressivista.
O referido autor considera ainda que: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibil idades para a sua produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p. 21). Dito de outra forma,
o docente deve transmitir o conhecimento buscando proporcionar ao discente a compreensão do que
foi exposto e, a partir daí, permitir que o mesmo dê um novo sentido, quer dizer, a ideia é não dar
respostas prontas, mas criar possibilidades, abrir oportunidades de indagações e sugestões, de
raciocínio, de opiniões diversas etc. Jamais impedir as interações, as opiniões, os erros e os
acertos, isto é, todos esses elementos permitirão que o aluno alcance o real conhecimento e
continue a buscá-lo incessantemente de forma autônoma e prazerosa.
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PENSAM ENTOS FREIRIANOS
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“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a produção ou a sua construção”.
“Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.
"A Educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade
muda".
“Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”.
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educamentre si, mediatizados pelo mundo”.
"Mudar é difícil, mas é possível".