Conclusão do curso de enfermagem 2011 - MONOGRAFIA 2607.11

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Janaina Araujo Cerqueira

Assistncia de Enfermagem ao Parto Humanizado: Um estudo bibliogrfico

ALAGOINHAS-BA 2011

JANAINA ARAUJO CERQUEIRA

Assistncia de Enfermagem ao Parto Humanizado:Um estudo dirigidoMonografia apresentada Faculdade Santo Antonio como requisito de concluso do curso de graduao em enfermagem por parte das exigncias para obteno do ttulo de bacharel. Orientadora: Karla Florence

Alagoinhas-BA 2011

TemaAssistncia de Enfermagem ao parto humanizado: um estudo dirigido.

O ato fisiolgico de parir passou a ser visto como um ato patolgico, devido ao uso continuado das tcnicas medicamentosas e algumas intervenes e procedimentos invasivos. Isso tem estimulado s mulheres a escolha de um parto cesariano, fugindo do medo e da tenso que ocorre no parto normal. Esse trabalho se justifica no intuito de informar aos profissionais de sade, a importncia do enfermeiro numa assistncia humanizada desde sua orientao no pr-natal at a hora da realizao do parto.

ProblemaComo se realiza a assistncia da enfermagem para efetivao de um parto humanizado?

ObjetivosGeral : Discutir a assistncia da enfermagem para que incida uma humanizao na hora do parto. Especficos: Debater a persuaso do enfermeiro no decorre da assistncia; Discutir as etapas a serem adotadas para que ocorra um parto humanizado; Discutir como se d a assistncia mulher pelo enfermeiro no trabalho do parto.

METODOLOGIATrata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva que buscou as teorias e os conceitos publicados em livros e obras congneres. A busca das fontes bibliogrficas ocorreram durante o ms de maio a julho de 2011, tendo como critrios de incluso publicaes brasileiras lanadas no perodo de 1999 a 2008.

Para alcanar os resultados utilizou-se uma leitura prvia dos captulos literrios, de artigos, instituies, manuais do governo federal e sites relacionados sade da mulher. A pesquisa descritiva no pretende se limitar coleta, ordenamento e anlise de dados obtidos; exige do pesquisador uma precisa delimitao de tcnicas, modelos e teorias. (TRIVIOS, 1987).

Logo que se priorizou a tcnica medicalizada o ato fisiolgico de parir e nascer passou a ser visto como um ato patolgico, decorrente da viso do modelo tecnocrtico da assistncia, que condiz medicina a existncia de uma separao do corpo e da mente, metaforicamente falando o hospital passou a ser uma fbrica de bebs: o corpo da me era a mquina e o nenm o produto fabricado (DAVIS-FLOYD, 2001).

A gravidez e o parto so processos onde envolve a mulher, o parceiro e a famlia, onde deve haver uma ateno adequada gestante desde o pr-natal at a realizao do parto, portanto os profissionais devem estar preparados para acolher a mulher respeitando todos os significados desse momento. O profissional enfermeiro tem um papel fundamental nesse quadro pois so os que primeiro tocam cada ser que nasce.

No momento em que o enfermeiro transpe seus conhecimentos gestante, cria-se um vnculo entre o profissional e o paciente, surge um sentimento de segurana e cumplicidade, onde ela passa a ter uma viso mais ampla, facilitando a escolha do seu parto.

A idia do parto humanizado fazer com que o ato de parir, geralmente objeto de medo e tenso, siga a ordem natural das coisas, satisfazendo ao ritmo e s necessidades exclusivas do corpo de cada mulher, onde os profissionais de sade interfiram minimamente na prtica do nascimento. Com a humanizao do parto a mulher entende e vivencia de perto o processo de parir, participando de um movimento que para ela resultar em um ato simples e confortvel.

O preparo da mulher para o momento do nascimento fundamental na humanizao, e esse preparo iniciado durante o pr-natal(GIACOMO, 2001). Segundo Rolim e Cardoso, 2007 a humanizao da assistncia ao parto exige que a atuao do profissional respeite os aspectos de sua fisiologia, no intervenha de forma desnecessria, reconhea os aspectos sociais e culturais do parto e ps-parto, e oferea o suporte emocional mulher e sua famlia.

O termo humanizar e o conceito de humanizao oferecer uma ateno especial as mulheres, reconhecendo os direitos fundamentais das mes e do recm-nascido incluindo o direito escolha do local, a forma de assistncia ao parto, a escolha do acompanhante, a preservao da integridade corporal, assistncia sade, apoio emocional e proteo contra abuso e negligncia.

Dentro da prestao humanizada, o objetivo oferecer alternativas no farmacolgicas de manejo da dor baseadas nas evidncias como a presena de acompanhantes (familiares), o uso de banhos de chuveiro, bolas de parto, de pufes e um mnimo de privacidade em salas onde as mulheres possam passar o pr-parto e o parto no mesmo leito (DINIZ, 2001). O direito ao acompanhamento da gestante j reconhecido em diversas instncias, inclusive o Ministrio da Sade. Entretanto, no praticado de forma regular e sistemtica em todo pas; apenas as mulheres mais favorecidas economicamente tm seus partos atravs de seguros em hospitais privados, que se utilizam deste direito (DI GIACOMO, 2001).

dever das unidades de sade receber com dignidade a mulher e seus familiares e o RN a partir disso o Ministrio da Sade (2004) preconizou algumas aes tais como: Escutar a mulher e seus/suas acompanhantes Garantir a visita do pai ou de familiares sem restrio de horrio. Garantir o direito a acompanhante durante o pr e psparto, segundo demanda da mulher. Garantir o apoio diagnstico necessrio. Respeitar a escolha da mulher sobre o local e a posio do parto; Respeitar o direito da mulher privacidade no local do parto;

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Res eitar a esc l a a l er a t a ac a a te ra te tra al e art e art . ferecer s l eres t as as i f r a es e e lica es e esejare . Li er a e e si e vi e t ra te tra al art . sttrica as Da s s re a artici a e assist cia arteiras, stetrizes e fer eiras sttricas Brasil s escass s. 956, er e r fissi ais e e ercci era e , assa e 983 ara 68 e fer eir s c a ilita es ecializa a rea e t Brasil ( F N/AB , 985).

Desde 1 o Ministrio da Sade vem qualificando enfermeiras obsttricas para sua incluso na assistncia ao parto normal, atravs de cursos de especializao em enfermagem obsttrica e portarias ministeriais para insero do parto normal assistido por este profissional na tabela de pagamentos do SUS. A Portaria MS/GM 2. 1 , de 2 de maio de 1 inclui na tabela do Sistema de Informaes Hospitalares do SUS o procedimento "parto normal sem distcia realizado por enfermeiro obstetra" e tem como finalidade principal reconhecer a assistncia prestada por esta categoria profissional, no contexto de humanizao do parto.

Segundo Dias & Domingues, (200 ) as enfermeiras poderiam com seu trabalho, aliviar a carga de trabalho da equipe mdica, mas a partir do momento que comearem a colocar em prtica seus conhecimentos poder ganhar espao e poder neste campo de atuao o que desagradaria alguns mdicos que tero medo de perder seu espao. Espera-se que a assistncia prestada pelos enfermeiros s parturientes, promova um modelo de ateno voltado para o cuidado e humanizao e assim reduzir as intervenes desnecessrias oferecendo cuidado integral e suporte emocional para a mulher e seus familiares. (SEI ERT, 200 ).

Tendo em vista os aspectos apresentados observa-se que o enfermeiro tem um papel fundamental na construo da assistncia humanizada no parto. A partir da, o Ministrio da Sade tem investido na preparao desses profissionais. O enfermeiro assiste a parturiente, a sua famlia ou acompanhante, explicando e tranqilizando-os sobre todo o processo que ser realizado no trabalho de parto passando assim segurana e calma a todos. A mulher e o beb devem ser o principal foco da ateno fazendo com que este momento to especial da vida se torne uma lembrana agradvel e de unio. Assim, torna-se importante que os profissionais que atuam no processo do parto e nascimento tenham conscincia do seu papel independente se mdico ou enfermeiro.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS`

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BRASIL.Ministrio da Sade. Coordenao Materna Infantil. Manual de Assistncia ao Recm-nascido. Braslia, DF, 1994. DAVIM, R. M. B.; BEZERRA, L. G. M. Assistncia parturiente por enfermeiras obstetras no Projeto Midwifery: um relato de experincia. Revista LatinoAmericana de Enfermagem, v. 10, n. 5, p. 727-732, 2002 DINIZ CSG 2005. Humanizao da assistncia ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Departamento de Sade Materno-Infantil da Faculdade de Sade Pblica da Universidade de So Paulo, So Paulo

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A essncia do conhecimento de cada ser humano no est apenas em galgar mais um patamar em uma universidade, mas contribuir para o crescimento daqueles que iniciam na universidade da vida. Tendo a conscincia de que tudo o que foi feito no ficou aqum da nossa capacidade e a certeza de que tudo o que foi feito ainda pode ser melhorado".