Concurso Vestibular 2019 Perodo Vespertino

Orientaes CADERNO DE PROVAS:

a. No folheie este caderno at que seja autorizado pela fiscalizao; b. Este caderno contm 56 (cinquenta e seis) questes da prova de CONHECIMENTOS GERAIS; c. As questes esto distribudas em 8 (oito) matrias (Biologia, Filosofia, Fsica, Geografia, Histria,

Matemtica, Qumica e Sociologia); d. Cada matria possui 7 (sete) questes objetivas com 5 (cinco) alternativas (A, B, C, D, E), das quais

apenas uma deve estar correta; e. Ao final deste caderno consta a TABELA PERIDICA DOS ELEMENTOS QUMICOS, que

pode ser consultada, a seu critrio; f. Aps autorizao da fiscalizao, verifique se a impresso deste caderno est em ordem, de acordo

com o disposto nos itens anteriores. g. de inteira responsabilidade do candidato informar qualquer problema de impresso para

que as providncias necessrias sejam tomadas. 2. CARTO-RESPOSTA: a. Assine seu carto e verifique se seus dados esto corretos e se ele tem alguma falha de impresso; b. Qualquer divergncia ou problema dever ser imediatamente informado fiscalizao para que sejam

tomadas as medidas necessrias ou inform-lo sobre o procedimento que deve ser adotado; c. Preencha-o corretamente; d. TODO o quadrculo deve ser preenchido e apenas uma alternativa deve ser marcada, sem rasura de

qualquer natureza, sob pena de perda dos pontos relativos questo; e. No amasse, no dobre e no suje o carto de respostas, sob pena de impossibilidade do no-

reconhecimento das respostas pelos equipamentos de leitura e perda dos pontos relativos questo. 3. TEMPO DE PROVA E PERMANNCIA NA SALA: a. A durao da prova de 4 (quatro) horas e neste perodo est contado o tempo para o preenchimento

do carto; b. proibido sair da sala de provas antes das 17:00 horas, sob pena de desclassificao; c. Ao trmino da prova, para retirar-se da sala, entregue o carto-resposta ASSINADO; d. Respeitados os horrios e normas previstas em Edital, voc poder levar consigo sua prova; e. No esquea de levar seus pertences. 4. DECLARAO DE RECEBIMENTO DO CARTO-RESPOSTA: Ao entregar seu carto,

solicite ao fiscal que preencha o nome completo e assine a declarao abaixo que confirma o recebimento do seu carto.

DECLARO TER RECEBIDO O CARTO DE RESPOSTAS REFERENTE INSCRIO ACIMA. _________________________________ _________________________________ NOME DO FISCAL ASSINATURA DO FISCAL

BIOLOGIA

1. No primeiro semestre de 2018, no Brasil, houve um amplo debate sobre o uso de agrotxicos e seus efeitos na sade humana e ambiental. Um dos motivos pelos quais tais substncias so utilizadas em larga escala em nosso pas a produo de cultivares geneticamente modificadas, como a soja. Avalie as afirmativas sobre organismos transgnicos e assinale abaixo a alternativa INCORRETA.

A. Transgnicos so organismos que recebem e incorporam genes de outra espcie.

B. Transgenia refere-se ao material gentico extrado de determinado ser vivo e que introduzido em outro.

C. O DNA a ser transferido devidamente multiplicado por clonagem, aps a extrao de um vetor. Em seguida, purificado e inserido a partir de tcnicas adequadas no ncleo do zigoto da espcie que se deseja transformar.

D. A soja transgnica uma planta que recebeu, a partir de tcnicas da biotecnologia, um gene de outro organismo capaz de torn-la tolerante ao uso de um tipo de herbicida.

E. A manipulao gentica de animais mais simples do que a de plantas, uma vez que relativamente fcil obter um animal completo a partir de uma nica clula geneticamente transformada.

2. O Ministrio da Sade atualizou, no incio de agosto de 2018, as informaes repassadas pelas secretarias estaduais de sade sobre a situao do sarampo e da poliomielite no Pas. Atualmente, o Brasil enfrenta surtos, principalmente nos estados de Roraima e do Amazonas, e h a preocupao quanto ao aumento de incidncia de doenas que estavam controladas no Pas. Sobre a poliomielite e/ou sobre o sarampo, assinale a alternativa CORRETA.

A. A poliomielite causada por Enterovirus, um vrus no-envelopado com RNA de cadeia simples. Adquire-se o vrus por meio de gotculas de saliva de pessoas portadoras do vrus.

B. A poliomielite tem tratamento e a vacinao um mtodo eficiente que, com a aplicao sistemtica na populao, pode levar erradicao da doena.

C. O sarampo uma doena causada pelo vrus envelopado com RNA de cadeia simples, Morbillivirus. Adquire-se o vrus pela ingesto de alimentos e gua, contaminados com fezes de portadores.

D. Para a preveno contra o sarampo, deve-se administrar a vacina trplice-viral, cuja formulao atua tambm para a imunizao contra duas outras doenas: caxumba e rubola.

E. Foi realizada uma campanha de vacinao contra a poliomielite e o sarampo para conter o avano dessas doenas no Brasil e o pblico-alvo foram adultos de 18 a 35 anos.

3. Organismos pluricelulares, ao longo de seu desenvolvimento, passam por um processo relativamente lento de mudanas progressivas, as quais chamamos de desenvolvimento. No reino animal existe uma variedade considervel de tipos embrionrios, mas a maioria dos padres de embriognese compreende variaes em trs etapas principais que se iniciam aps o processo de fertilizao e a consequente formao do zigoto. Considerando essas etapas ou fases da embriognese animal, a gastrulao caracterizada

A. por sucessivas divises mitticas do zigoto, que se iniciam aps a fertilizao e do origem a inmeras clulas denominadas blastmeros.

B. por intensa movimentao e reorganizao celular, as quais originam os trs folhetos germinativos: ectoderma, mesoderma e endoderma.

C. pela formao do blastocisto, o qual, na espcie humana, estar totalmente implantado no tero materno ao final da segunda semana de gestao.

D. pela formao do tubo neural, a partir da mesoderme, e migrao de clulas da crista neural.

E. por ser um processo evolutivamente conservado que acontece por um nico mecanismo de migrao celular denominado embolia ou invaginao.

4. Os anfbios esto entre os vertebrados mais ameaados de extino. Mudanas climticas, poluio e o desmatamento esto entre as principais causas que tm levado ao declnio da populao destes animais. Com relao biologia dos anfbios, pode-se dizer que

A. so animais predadores, que se alimentam de diversos tipos de presas. Muitas espcies se alimentam de insetos e podem ajudar no controle biolgico de mosquitos causadores de diversas doenas humanas.

B. vivem em ambientes midos porque, alm de necessitarem da gua para a reproduo, a respirao ocorre exclusivamente atravs da superfcie da pele (respirao cutnea) que no possui adaptaes que impeam a dessecao.

C. a circulao do tipo fechada e o sistema circulatrio constitudo por dois trios e dois ventrculos parcialmente divididos, o que permite a mistura do sangue arterial e venoso.

D. alm da presena de quatro membros utilizados para locomoo, estes animais so caracterizados pela ausncia de cauda e tm como representantes tpicos sapos, rs e salamandras.

E. a excreo realizada atravs de rins metanefros, assim como ocorre em rpteis, aves e mamferos sendo a amnia o principal produto de excreo. Alm disso, so animais homeotrmicos que conseguem regular a temperatura corporal.

5. Em julho de 2018, uma ona-parda macho, de aproximadamente trs anos, capturada em uma armadilha na mata do Lago Municipal de Cascavel, foi solta em uma reserva prxima ao municpio. A ona-parda (Puma concolor) um animal com pelos curtos de cor marrom-avermelhada no dorso, tem hbitos noturnos e se alimenta de animais roedores, tais como pacas, cutias, capivaras, coelhos queixadas, entre outros. (Fonte:http://www.parqueestadualserradomar.sp.gov.br/pesm/especie/susuarana/). De acordo com as informaes acima, o que CORRETO afirmar?

A. Onas e outros animais do filo Chordata apresentam pelos como uma apomorfia.

B. Dentes diferenciados em caninos, incisivos, pr-molares e molares so caractersticas exclusivas da famlia Carnivora.

C. O sistema urinrio da ona e de outros mamferos, formado por rins, ureteres, bexiga e uretra, remove cido rico do sangue.

D. Em uma cadeia alimentar, o segundo nvel trfico constitudo pela ona que se alimenta de capivaras.

E. Na classe dos mamferos, cujo gnero Puma pertencente, observam-se glndulas mamrias e diafragma como caractersticas principais do txon.

6. Analise as afirmaes abaixo: I) os epitlios tm como funo revestir cavidades e a superfcie corporal e so constitudos por clulas denominadas fibroblastos. II) o tecido conjuntivo denso um dos tipos de tecido conjuntivo especial, caracterizado pela escassez de matriz extracelular e abundante quantidade de clulas. III) o tecido sseo caracterizado por possuir uma matriz extracelular altamente hidratada, o que facilita a difuso de nutrientes. IV) A substncia cinzenta do tecido nervoso caracterizada por corpos celulares de neurnios e clulas da glia. E escolha:

A. se I e III so corretas.

B. se II correta.

C. se apenas IV correta.

D. se todas so corretas.

E. se todas so incorretas.

7. Sabe-se que, na espcie humana, o formato do lbulo da orelha uma caracterstica hereditria determinada por um par de alelos, do qual o alelo recessivo responsvel pelo lbulo preso ou aderente. A hemofilia um distrbio da coagulao sangunea, o qual condicionado por um alelo recessivo localizado no cromossomo X. Analise o heredograma abaixo e responda qual a probabilidade do segundo filho homem do casal 9 x 10 nascer com o lbulo da orelha preso e ser hemoflico.

A. 1/4

B. 1/8

C. 2/3

D. 3/4

E. 1/2

FILOSOFIA

8. O tema da expulso dos poetas da cidade ideal, proposto pelo personagem Scrates, na Repblica, tem gerado discusso e perplexidade ao longo da histria da filosofia. O fundamento conceitual dessa expulso a hiptese das Ideias ou Formas. Por um lado, as Ideias so entidades eternas, que se constituem como verdadeiro ser, ser pleno, instaurando o mbito ontolgico do inteligvel; por outro lado, tudo que pertence ao mbito do imediato, circundante o nosso mundo, mbito do Sensvel menos ser. A Ideia do Um, por exemplo, tem plenitude de ser, ao passo que todas as unidades dos seres (objetos, seres humanos, etc.) dependem de sua participao na Ideia do Um, para vigorar como unidades. As Ideias so eternas; os entes sensveis so temporais, efmeros e somente subsistem enquanto se d a participao. A polis ideal construda por Scrates dever ser governada pelos filsofos, porque esses concentram-se na ateno ao Inteligvel, sem se perder nos apelos do Sensvel; e, ao imaginar esse governo, uma das exigncias para a plenitude de justia dessa cidade a expulso dos poetas, os imitadores. Levando-se em conta essa base conceitual, tal como aqui apresentada, assinale a alternativa que explica CORRETAMENTE a expulso dos poetas.

A. Scrates redigiu a Repblica com base na teoria das Ideias e chegou concluso de que poetas so politicamente perigosos e socialmente improdutivos. Assim, somente cientistas e construtores podem permanecer em atividade, na polis ideal, porque so os nicos a lidar com o Inteligvel.

B. A expulso dos poetas, propugnada por Scrates, personagem da Repblica, tem origem em sua afirmao de que a poesia est inteiramente fundada no Inteligvel.

C. Plato redigiu a Repblica com base na teoria das Ideias e chegou concluso de que poetas so politicamente perigosos e socialmente improdutivos. Assim, somente cientistas e construtores podem permanecer em atividade, na polis ideal, porque so os nicos a lidar com o Inteligvel.

D. As Ideias so entidades eternas, que vigoram no mbito Inteligvel, ou seja, elas so a inteligibilidade ou sentido de tudo que existe; sem Ideias, as coisas no tm sentido. Os poetas, em lugar de atentar ao sentido inteligvel dos entes, imitam, reproduzem, copiam afastando-se, assim, das Ideias e desviando a polis de suas tarefas prementes. Este o motivo de sua excluso.

E. Sem uma anlise do contexto, impossvel entender uma tese to radical como a da expulso dos poetas. Scrates prope essa medida extrema devido mistura entre poesia e sofstica, que se verificava em todas as grandes cidades da Grcia antiga. Os poetas, mesmo Homero e Hesodo, j se deixavam influenciar pelas teses dos sofistas, inimigos da filosofia, com o que Scrates e seus discpulos no podiam concordar. Poetas que louvassem os deuses e a filosofia, porm, poderiam permanecer na cidade ideal.

9. Quem procura alguma coisa acaba chegando a este ponto: ou diz que a encontrou, ou que ela no pode ser encontrada, ou ainda est buscando. Toda a filosofia est distribuda por estes trs gneros. Seu intento buscar a verdade, a cincia e a certeza. Os peripatticos, epicuristas, estoicos e outros pensaram hav-la encontrado. Estes estabeleceram as cincias que temos e trataram-nas como conhecimentos certos. Clitmaco, Carnades e os acadmicos desesperaram de sua busca e declararam que a verdade no podia ser compreendida com nossos meios. [...]. Pirro e outros cticos ou efticos [...] dizem que esto ainda em busca da verdade. Estes declaram que os que pensam hav-la encontrado enganam-se infinitamente; e que h ainda vaidade ousada demais nesse segundo escalo que assegura que as foras humanas no so capazes de atingi-la. Pois, estabelecer a medida de nossa capacidade de conhecer e julgar a dificuldade das coisas uma cincia grande e extrema, da qual duvidam que o homem seja capaz (MONTAIGNE, Ensaios II, 12). Sobre o excerto acima que trata dos partidos dos filsofos, seguem as seguintes afirmaes: I. De acordo com os Acadmicos e outros, a verdade, a cincia e a certeza podem ser encontradas mediante esforo mental. II. Pirro e outros cticos ou efticos esto seguros de ter encontrado a verdade porque so vaidosos. III. Os peripatticos, epicuristas e estoicos estabelecem que ainda no encontraram a verdade, mas continuam buscando. IV. No h diferena entre os trs gneros de filosofia. A partir dessas afirmaes,

A. apenas uma est correta.

B. somente uma est incorreta.

C. duas esto corretas e duas incorretas.

D. todas esto corretas.

E. todas esto incorretas.

10. Aquele que vos domina tanto s tem dois olhos, s tem duas mos, s tem um corpo, e no tem outra coisa que o que tem o menor homem do grande e infinito nmero de vossas cidades, seno a vantagem que lhe dais para destruir-vos. De onde tirou tantos olhos com os quais vos espia, se no os colocais a servio dele? Como tem tantas mos para golpear-vos, se no as toma de vs? Os ps com que espezinha vossas cidades, de onde lhe vm seno dos vossos? Como ele tem algum poder sobre vs, seno por vs? Como ousaria atacar-vos se no estivesse conivente convosco? Que poderia fazer-vos se no fsseis receptadores do ladro que vos pilha, cmplices do assassino que vos mata, e traidores de vs mesmos? (LA BOTIE, Discurso da servido voluntria). A partir deste texto de La Botie, assinale a alternativa CORRETA.

A. A fonte de poder do tirano est no grande e infinito nmero das cidades.

B. A fonte do poder do tirano est na quantidade de espies.

C. A fonte do poder do tirano est no grande exrcito que tem ao seu dispor.

D. A fonte do poder do tirano est na conivncia das pessoas.

E. A fonte do poder do tirano est na Graa Divina.

11. fato, no entanto, que a arma da crtica no pode substituir a crtica das armas, o poder material tem de ser derrubado pelo poder material, no entanto, tambm a teoria se transforma em poder material assim que se apodera das massas. A teoria capaz de apoderar-se das massas assim que se evidencia ad hominem [no ser humano latim], e de fato ela se evidencia ad hominem to logo se torna radical [...] A teoria s se efetiva num povo na medida em que representa a concretizao das suas necessidades (MARX, Contribuio crtica da Filosofia do direito de Hegel). Considere o fragmento acima e avalie as seguintes asseres: I. A teoria tudo vence por ser superior e no depender de nenhum poder material. II. Quando a teoria penetra na conscincia dos trabalhadores, se transforma em fora material. III. Em razo do analfabetismo, a teoria no capaz de apoderar-se das massas. IV. A expresso terica se realiza num povo quando representa seus interesses. De acordo com as afirmaes acima,

A. apenas uma est correta.

B. somente uma est incorreta.

C. duas esto corretas e duas incorretas.

D. todas esto corretas.

E. todas esto incorretas.

12. O filsofo alemo Martin Heidegger publicou, em 1927, sua obra Ser e tempo, que rapidamente ganhou notoriedade e ocupa posio central nos debates de vrias correntes e temas filosficos. Entre as inovaes da obra, est a elevao da tonalidade afetiva ao centro da possibilidade de compreenso do mundo. Compreendemos algo sempre situado em algum contexto: primeiro d-se algo como sala de aula, ou como sala de visitas, ou como sala de jogos, e somente por abstrao imaginaramos uma pura sala, a sala em si mesma. Toda compreenso , assim, interpretativa (algo aparece sempre como algo, x aparece como sala de aula, etc.). Mas, alm disso, toda compreenso atravessada por tonalidade afetiva. Nunca se est apenas puramente em uma sala de aula; est-se ali de algum modo, tocado por uma tonalidade de afeto: tdio, ansiedade, cansao, alegria, expectativa... A tonalidade mostra, abre, unifica a sala de aula, que, sem isso, seria um ajuntamento de partes. O como aparece antecede o o que aparece: os entes no so essncias determinadas, eles dependem do modo de aparecimento, que inclui interpretao e tonalidade afetiva. Essa ontologia diverge frontalmente da metafsica da substncia, ligada a certa leitura do aristotelismo. Segundo essa metafsica, o conhecimento verdadeiro e primeiro dos entes implica visualizar sua substncia ou essncia, o que se faz e se expressa na definio, que diz o que x. Com base nas indicaes precedentes, assinale a alternativa CORRETA.

A. Ao se adotar a perspectiva substancialista, fundada em certas leituras da filosofia aristotlica, as teses de Ser e tempo sobre a tonalidade afetiva complementam perfeitamente a tarefa de uma definio, a qual, segundo Aristteles, deve ser compreensiva, interpretativa e caracterizada pela tonalidade afetiva anloga.

B. Compreenso sempre interpretativa, e, alm disso, atravessada e unificada por uma tonalidade afetiva. Essa tese de Ser e tempo oferece um ponto de partida para a comparao com Aristteles e, com base nela, Heidegger afirma que as definies so todas poticas.

C. Segundo Heidegger, o erro aristotlico reside em ignorar os sentimentos e optar somente pela racionalidade. Com isso, a definio se tornaria impossvel, pois toda definio depende de uma sensao. Noutras palavras, a tonalidade afetiva ganhou lugar no discurso filosfico definicional, a partir de Ser e tempo.

D. A tonalidade afetiva, proposta por Heidegger em Ser e tempo, implica a primazia do sentir sobre o pensar. Por isso, a fenomenologia heideggeriana supera o racionalismo aristotlico.

E. Para Aristteles, o decisivo indicar a forma substancial (essncia) de um ente, a fim de alcanar a sua definio assim ocorre o conhecimento metafsico. Em outras palavras, devemos saber e dizer o que uma sala, uma xcara, um ser humano, para assim iniciar um discurso de conhecimento. Em Heidegger, por outro lado, a definio alcana somente o ente abstrado do contexto de compreenso e tonalidade afetiva, em que apareceu. Tal conhecimento abstrativo , para Heidegger, por isso, precrio e derivado: definir uma sala de aula um procedimento tardio em relao experincia em que a unidade de seu aparecimento articula compreenso, interpretao e tonalidade afetiva.

13. Sendo um ato definidor da existncia humana, porque exprime a condio primordial da conservao dela, permitindo ao ser vivo conservado raciocinar sobre si, a ele que compete natural e originalmente a qualificao de tcnico. Ao conceitu-lo como a caracterstica de uma ao, e a isso se resume todo o contedo do termo tecne, o homem quer exprimir que o ato realiza, enquanto mediao, o fim intencional do agente. Revela-se-nos, com isso, a essncia da tcnica. a mediao na obteno de uma finalidade consciente (A. Vieira Pinto, O conceito de tecnologia). Nesse trecho, o pensador brasileiro lvaro Vieira Pinto evita tratar a tcnica como substncia e, em vez disso, enderea-a como adjetivo do ato de produzir. Dessa forma, uma ao humana que se qualifica, ou no, como tcnica. Esse passo estabelece uma relao entre humanidade e tcnica que se traduz na assertiva de que...

A. a tcnica, por si s, definiu a conservao do homem e detm o poder sobre sua sorte.

B. o homem, e no a tcnica, o autor de seu destino.

C. dada sua autonomia, a tcnica o principal perigo sobrevivncia humana.

D. com a revoluo cientfica, as sociedades humanas passaram a viver em uma era tecnolgica.

E. a tcnica uma realidade que, uma vez instaurada, escapa ao controle humano.

14. Bruno Latour identifica em um dos impasses cruciais do mundo contemporneo as razes modernas da distino entre fato e valor e apregoa, para a soluo satisfatria desse impasse, uma reflexo epistemolgica sobre a atividade cientfica, com o deslocamento de uma cincia versus poltica para uma cincia com poltica. Segundo ele, os negacionistas climticos lograram difundir na opinio pblica uma ideia de que h uma controvrsia com relao s causas do aquecimento global. E este um dos problemas que paralisam a poltica no Antropoceno. No se trata de um debate racional. Trata-se, isso sim, de um debate para o qual os climatlogos do IPCC, que teriam sido considerados racionais em outro clima, esto sendo destitudos de poder. Eles so retratados como irracionais por aqueles que usam o poder da razo e apelam para a liberdade de investigao cientfica para poluir no apenas a atmosfera, mas tambm a esfera pblica []. E isso, por que? Porque ambos os lados e eis o que produz a ideia de que h dois lados usam o mesmo repertrio cincia versus poltica (LATOUR, Bruno. Para distinguir amigos e inimigos no tempo do Antropoceno). Considere os trs enunciados abaixo e, em seguida, marque a opo que interpreta CORRETAMENTE o pensamento de Latour. I- A ao dos negacionistas poltica, uma vez que a poltica apenas distorce os fatos. II- A ao dos climatlogos cientfica, uma vez que a cincia o campo dos fatos incontroversos. III- A soluo do impasse exige reflexes de carter filosfico acerca da cincia.

A. Todas os enunciados so condizentes com o pensamento de Latour.

B. Apenas os enunciados I e II so condizentes com o pensamento de Latour.

C. Apenas os enunciados I e III so condizentes com o pensamento de Latour.

D. Apenas os enunciados II e III so condizentes com o pensamento de Latour.

E. Apenas o enunciado III condizente com o pensamento de Latour.

FSICA

15. Um bloco macio de Ferro, de massa m = 500 g, est suspenso por um cabo preso a uma superfcie fixa (Figura A). O bloco ento submerso em gua (Figura B). Considere desprezveis tanto a massa do cabo como o empuxo do ar. Considere a densidade do Ferro igual a 7,90 g/cm3 e da gua igual a 1,00 g/cm3. Considere g = 10 m/s2.

Os mdulos aproximados da fora de tenso no cabo antes da submerso do bloco na gua (Figura A) e depois da submerso (Figura B), considerando o bloco em repouso nas duas situaes, so, respectivamente:

A. 5,00 N e 4,37 N

B. 5,00 x 103 N e 6,3 x 102 N

C. Ambos so nulos.

D. 5,00 N e 1,33 N

E. 5,00 x 103 N e 6,3 x 10-1 N

16. Considere as seguintes assertivas sobre Quantidade de Movimento Linear (Momento Linear):

I A lei de Conservao da quantidade de movimento linear (momento linear) vlida na Fsica Clssica e na Mecnica Quntica e um dos princpios fundamentais de conservao na Fsica devido a sua universalidade e generalidade;

II A quantidade de movimento linear de um sistema se conserva se a resultante das foras que atuam sobre ele for igual a zero;

III A quantidade de movimento linear uma grandeza vetorial, ou seja, caracteriza-se por mdulo, sentido e direo.

Assim, CORRETO afirmar que

A. apenas as assertivas I, II so corretas.

B. apenas as assertivas II e III so corretas.

C. apenas a assertiva II correta.

D. as assertivas I, II e III so corretas.

E. as assertivas I, II e III so incorretas.

17. Em um sistema fechado, um gs ideal passa lentamente de um estado inicial 1 para um estado final 2 devido a uma expanso isotrmica. Assim, ao final deste processo termodinmico,

A. o gs no ter absorvido energia na forma de calor uma vez que a temperatura no estado 1 igual temperatura no estado 2.

B. o trabalho realizado pelo gs ser igual variao da energia interna calculada entre o estado 2 e o estado 1.

C. o calor absorvido pelo gs ser igual variao da energia interna calculada entre o estado 2 e o estado 1.

D. o trabalho realizado sobre o gs ser igual energia por ele absorvida na forma de calor ao passar do estado 1 para o estado 2.

E. o trabalho realizado pelo gs ser igual energia por ele absorvida na forma de calor ao passar do estado 1 para o estado 2.

18. Para construo de um circuito simples, dispe-se de dois resistores, rotulados como resistor 1 e resistor 2, cujos valores de resistncia so, respectivamente, e . O valor da resistncia duas vezes maior que o valor da resistncia . Os resistores so associados em srie e o conjunto submetido a uma diferena de potencial . Considere as seguintes assertivas sobre o funcionamento desse circuito: I A queda de tenso no resistor 1 duas vezes maior que a queda de tenso no resistor 2. II A queda de tenso no resistor 1 duas vezes menor que a queda de tenso no resistor 2. III A dissipao de calor no resistor 1 duas vezes maior que a dissipao de calor no resistor 2. IV A intensidade da corrente eltrica no resistor 1 duas vezes maior que a intensidade da corrente eltrica no resistor 2. Sobre essas assertivas, CORRETO afirmar.

A. Apenas a assertiva III correta.

B. Apenas a assertiva I correta.

C. As assertivas III e IV so corretas.

D. As assertivas II e IV so corretas.

E. As assertivas I e III so corretas.

19. Dois pndulos sujeitos ao campo gravitacional terrestre esto representados nas figuras abaixo. O pndulo A composto por uma pequena esfera de massa m, presa a um fio de massa desprezvel e comprimento L. Aps ser liberada de uma altura h, medida em relao posio de equilbrio, a esfera oscila em pequenos ngulos com a vertical. O pndulo B composto por duas esferas de massas iguais m presas a fios de massas desprezveis e comprimento L. A esfera 1 encontra-se em repouso quando a esfera 2 liberada da altura h. Aps a coliso inelstica entre as massas 1 e 2, essas passam a se mover juntas formando um nico corpo de massa 2m. Despreze a resistncia do ar. Assinale a alternativa INCORRETA sobre esses dois pndulos.

A. Aps a coliso no pndulo B, o perodo de oscilao dos dois pndulos, A e B, o mesmo.

B. Aps a coliso no pndulo B, a frequncia de oscilao dos dois pndulos, A e B, a mesma.

C. No pndulo B, se v o mdulo da velocidade da massa 2 imediatamente antes da coliso, a velocidade do corpo formado pelas duas massas imediatamente aps a coliso v/2.

D. A altura mxima que o pndulo B atinge aps a coliso quatro vezes menor que a altura mxima que o pndulo A atinge nas suas oscilaes.

E. A energia potencial mxima que o pndulo A armazena a metade da energia potencial mxima armazenada no pndulo B.

20. No dia 27 de julho deste ano de 2018, aconteceu um fenmeno celeste denominado de Lua de Sangue. Considerado o eclipse lunar com maior durao j ocorrido no sculo 21, o fenmeno acontece devido luz do Sol, que refratada pela atmosfera da Terra e chega superfcie da Lua no espectro do vermelho (REVISTA GALILEU, 2018). Sobre o fenmeno dos eclipses, a propagao da luz e as cores dos objetos, assinale a alternativa CORRETA. (Fonte: REVISTA GALILEU, Lua de Sangue: por que o eclipse ser o mais longo do sculo? Disponvel em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/07/lua-de-sangue-por-que-o-eclipse-sera-o-mais-longo-do-seculo.html. Acesso em: 20 de agosto de 2018.

A. O eclipse lunar ocorre quando a Lua se encontra entre o Sol e a Terra, em perfeito alinhamento, projetando sua sombra sobre a superfcie do planeta.

B. Eclipses so fenmenos que acontecem como consequncia imediata do princpio de propagao retilnea da luz.

C. O fenmeno da interferncia explica a decomposio da luz branca nas diversas cores que formam o espectro da luz visvel quando essa atravessa a atmosfera terrestre.

D. Dentre as cores visveis, a vermelha a que possui maior energia, por isso ela consegue atravessar a atmosfera terrestre e atingir a superfcie da Lua durante o eclipse.

E. No fenmeno da Lua de Sangue, a Lua absorve apenas a frequncia do vermelho e reflete as demais frequncias da luz solar.

21. Em um violo, a corda mais grossa responsvel pelo som mais grave de baixa frequncia e a corda mais fina responsvel pelo som agudo de alta frequncia. Suponha que neste violo todas as cordas so feitas do mesmo material e esto submetidas a mesma tenso. A razo entre as densidades lineares entre a corda mais grossa (G) e a corda mais fina (F) dada por G/F = 4. Algum dedilha essas duas cordas com a mesma fora e provoca um pulso transversal de mesma amplitude. De acordo com o enunciado, assinale a alternativa CORRETA que relaciona as grandezas: velocidade de propagao (v), frequncia (f) e comprimento () para a onda criada nessas duas cordas.

A. vF = 2vG; fF > fG; F < G

B. vF = 1/2vG; fF > fG; F > G

C. vF = 4vG; fF < fG; F < G

D. vF = 2vG; fF < fG; F < G

E. vF = 1/2vG; fF > fG; F < G

GEOGRAFIA

22. Sobre o contexto demogrfico brasileiro e tomando como base os dados contidos na Tabela abaixo, assinale a alternativa INCORRETA. Tabela 1 - Taxa de fecundidade total, segundo as Grandes Regies 1940/2010

Grandes Regies

Taxa de fecundidade total

1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010

Brasil 6,2 6,2 6,3 5,8 4,4 2,9 2,4 1,9 Norte 7,2 8,0 8,6 8,2 6,5 4,2 3,2 2,4 Nordeste 7,2 7,5 7,4 7,5 6,1 3,8 2,7 2,0 Sudeste 5,7 5,5 6,3 4,6 3,5 2,4 2,1 1,7 Sul 5,7 5,7 5,9 5,4 3,6 2,5 2,2 1,7 Centro-Oeste 6,4 6,9 6,7 6,4 4,5 2,7 2,3 1,8

Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 1940/2000 e Projeo da Populao das Unidades da Federao por Sexo e Idade para o perodo 2000-2030.

A. A reduo na taxa de fecundidade, sobretudo a partir dos anos 1980, generalizou-se por todo o Pas com queda contnua, de tal forma que, conforme o Censo de 2010, as Regies que antes apresentavam fecundidade elevada seguiram o padro de decrscimo.

B. Entre os fatores que levaram a uma queda relativamente rpida na taxa de fecundidade em todo o Pas, podem-se destacar o aumento da instruo feminina, a difuso dos mtodos contraceptivos e uma populao marcada pela expanso da urbanizao.

C. O atual cenrio demogrfico brasileiro apresenta uma mdia de fecundidade inferior taxa de reposio populacional que de 2,1 filhos por mulher no perodo reprodutivo.

D. A Regio Norte apresenta a maior taxa de fecundidade do Pas em razo de sua ocupao recente com predomnio de uma populao residente no meio rural ou na margem dos rios, em meio floresta.

E. Uma persistente taxa de fecundidade baixa, aliada ao aumento de expectativa de vida, resulta em uma populao idosa proporcionalmente cada vez maior, com efeitos diretos nas polticas pblicas voltadas para a sade, aposentadoria e mercado de trabalho.

23. A Copa do Mundo de 2018 despertou a ateno para o pas-sede, a Rssia, de dimenso continental e que apresenta inmeros aspectos geogrficos instigantes. Sobre a geografia russa e temas relacionados, analise as proposies abaixo: I - A Rssia o maior pas do mundo em dimenso territorial. Em funo da rea que abrange, apresenta diversos tipos de vegetao, tais como a tundra, a floresta boreal, as estepes, dentre outros. II - A ampla faixa latitudinal que a Rssia ocupa resulta em diferentes fusos horrios, em que se considera uma hora a cada 15 de latitude. Dessa forma, enquanto so 8 horas da manh em Moscou, no extremo norte sero 9 horas do mesmo dia. III - O Volga um dos mais importantes rios da Rssia e, assim como outros sistemas fluviais do mundo, utilizado para diversos fins tais como navegao, gerao de energia eltrica e tambm sofre com diferentes tipos de impactos ambientais. IV O extenso territrio da Rssia favorece a diversidade das atividades agropecurias. No extremo norte do pas, onde h a vegetao de tundra, ocorrem solos frteis em funo do degelo e da presena de matria orgnica decomposta, o que faz dessa regio a principal produtora de gros. V A Rssia um pas que possui provncias ricas em petrleo e gs. A maior parte dos oleodutos e gasodutos esto na parte ocidental e abastecem a Rssia assim como outros pases da Europa. Sobre os enunciados acima, assinale a alternativa que apresente os itens CORRETOS.

A. Esto corretas as alternativas I, III e V.

B. Esto corretas as alternativas III e IV.

C. Esto corretas as alternativas I, II e III.

D. Esto corretas as alternativas I, II e V.

E. Esto corretas as alternativas II e IV.

24. O atual modelo urbano-industrial predominante no Brasil demanda um consumo de energia viabilizado por uma produo organizada a partir de frentes como a eletricidade, o petrleo e a biomassa. Considerando o enunciado acima, analise as seguintes alternativas: I Em nosso pas, a produo de eletricidade desenvolveu-se essencialmente pela implantao de uma rede de hidreltricas, que foi favorecida pelo potencial natural de vrios rios brasileiros. Esses contam com grande volume de gua advindo de elevada pluviosidade, tpica de climas equatoriais e tropicais, que ocorrem na maior parte do territrio, associado predominncia de relevos planlticos. II Durante o perodo marcado pelo modelo agroexportador e uma populao essencialmente agrria, o consumo energtico nacional era baseado na queima do carvo mineral, graas s abundantes reservas desse tipo de combustvel fssil, distribudas por todo o territrio brasileiro. III Atualmente, a bacia amaznica considerada a principal fronteira energtica do Pas, haja vista a construo de grandes e polmicas hidreltricas nos rios dessa regio, como o caso das usinas hidreltricas de Belo Monte, Jirau e Santo Antnio. IV Os combustveis derivados do petrleo representam um papel estratgico, na medida em que o transporte rodovirio o principal meio de circulao de mercadorias e pessoas pelo Pas, alm de viabilizar o funcionamento de muitas termeltricas distribudas pelo territrio brasileiro. V O tipo mais difundido de combustvel originrio da produo de biomassa o lcool etlico (etanol), proveniente de materiais orgnicos como o excremento de animais, restos de alimentos e bagao da cana, dentre outros.

Sobre as afirmaes anteriores, assinale a alternativa que apresente os itens CORRETOS.

A. Esto corretas as alternativas I, II e IV.

B. Esto corretas as alternativas II, IV e V.

C. Esto corretas as alternativas III e V.

D. Esto corretas as alternativas I, II, IV e V.

E. Esto corretas as alternativas I, III e IV.

25. Os solos so cruciais para a vida na Terra (BRADY, N. C.; WEIL, R. R. Elementos da natureza e propriedades dos solos, 2013). Podemos no nos dar conta disso no dia a dia, mas quase todo o nosso alimento, roupas, mveis e inmeros outros itens do cotidiano tm origem direta ou indireta dos solos. Mesmo diante dessa importncia, este bem fundamental para a nossa vida tem sido alvo de processos de degradao. Neste contexto, assinale a alternativa INCORRETA sobre os solos, seu manejo, conservao.

A. Dentre as muitas funes do solo, podemos citar: meio para o crescimento de plantas, sistema para suprir e purificar a gua, meio para obras de engenharia, habitat para os organismos do solo, modificador da atmosfera, sistema de reciclagem de nutrientes e dejetos orgnicos.

B. A formao dos solos sofre influncia de fatores como os intemperismos fsico e qumico. O processo intemprico fragmenta rochas e minerais, o que altera as caractersticas fsicas e qumicas de origem. Agentes geolgicos (gua e oxignio) e biolgicos (microrganismos) reforam este processo.

C. Os sistemas conservacionistas de manejo do solo incluem presena de cobertura verde, cobertura morta, adubao verde, rotao de culturas, faixas de reteno, dentre outras aes, alm do seu terraceamento e de revolvimento mnimo.

D. A eroso do solo (causada principalmente pela gua e pelo vento) tem como consequncia o seu transporte e de demais nutrientes para reas mais baixas. O material transportado normalmente atinge os corpos hdricos, fertilizando-os. Por conseguinte, as produtividades pesqueira e de culturas aquticas aumentam.

E. O mapeamento dos tipos de solos na paisagem importante para seu manejo e conservao. Neste sentido, fundamental mape-los em diferentes escalas cartogrficas para auxiliar nas diferentes aes de planejamento e gesto desse recurso.

26. (...) os problemas relacionados seca se fazem sentir sobre o planeta h muito tempo, embora sua gravidade tenha se acentuado nos ltimos anos, principalmente em consequncia do aumento populacional em reas com baixa capacidade produtiva (MENDONA, F.A.; DANNI-OLIVEIRA, I.M. Climatologia: noes bsicas e climas do Brasil. So Paulo: Oficina de Textos, 2007, p. 195). Acerca dos processos de desertificao que ocorrem no mundo, assinale a alternativa CORRETA.

A. Apesar de o conceito de desertificao ser controverso entre os cientistas, definem-se como desertificao somente os processos de origem natural.

B. Os processos de desertificao podem ser classificados como desertificao climtica (de origem natural) e desertificao ecolgica (de origem antropognica).

C. Os processos de desertificao ecolgica esto sempre associados com as bordas de desertos, como o Sahel africano. D. As atividades humanas constituem um dos principais agentes do processo de desertificao, porm, o homem e a

sociedade no so atingidos pelos resultados de tal processo. E. Nem a desertificao natural nem a desertificao ecolgica so registradas no Brasil, onde ocorrem somente, de forma

isolada, os processos de arenizao.

27. A seleo francesa de futebol, campe da Copa do Mundo em 2018, foi noticiada no apenas em funo da conquista do ttulo mundial, mas tambm pela origem dos jogadores que compunham sua seleo. A maior parte dos jogadores da seleo francesa so filhos de imigrantes ou naturalizados franceses. No contexto da temtica que envolve migraes e temas correlatos, analise os enunciados abaixo: I - A migrao limita-se quelas pessoas de baixa qualificao e sem formao. Mdicos, engenheiros, cientistas e demais indivduos com formao qualificada no so forados a migrarem. II - Embora os canais de comunicao enfoquem sobre a entrada de imigrantes na Europa e nos Estados Unidos da Amrica, inmeros outros pases tambm recebem imigrantes. III Conflitos, crise ou insegurana econmica, fatores ambientais ou a combinao deles contribuem para a migrao. Tenso poltica, xenofobia, discriminao e trfico de seres humanos so exemplos de situaes ligadas a essa temtica. IV - A migrao um fenmeno restrito ao deslocamento internacional de pessoas de pases mais pobres (tambm denominados e limitados aos pases do Sul) que se dirigem para pases mais ricos (tambm denominados e limitados aos pases do Norte). V Devido ao expressivo nmero de refugiados e outros migrantes nos ltimos anos, instituies como as Naes Unidas tm promovido discusses sobre o tema. Dentre os assuntos abordados, h os motivos dos deslocamentos, o respeito e a proteo dos direitos humanos, as contribuies dos migrantes para os pases de origem, destino e promoo de cooperao e parcerias internacionais. Sobre os enunciados acima, assinale a alternativa que apresente os itens CORRETOS.

A. Esto corretas as alternativas I, III e IV.

B. Esto corretas as alternativas III e IV.

C. Esto corretas as alternativas I, II e III.

D. Esto corretas as alternativas I e IV.

E. Esto corretas as alternativas II, III e V.

28. No incio de julho de 2018, um fato chamou a ateno no noticirio global: doze meninos e o treinador do time de futebol Javalis Selvagens ficaram presos na caverna Tham Luan, no Norte da Tailndia. E tal fato revelou algumas peculiaridades sobre as cavidades naturais subterrneas. Segundo o decreto n. 6.640 de 07/11/2008, uma cavidade natural subterrnea todo e qualquer espao subterrneo acessvel pelo ser humano, com ou sem abertura identificada, popularmente conhecido como caverna, gruta, lapa, toca, abismo, furna ou buraco, incluindo seu ambiente, contedo mineral e hdrico, a fauna e a flora ali encontrados e o corpo rochoso onde os mesmos se inserem, desde que tenham sido formados por processos naturais, independentemente de suas dimenses ou tipo de rocha encaixante. As cavernas tendem a ocorrer, principalmente, nos denominados terrenos crsticos, ou seja, reas onde a litologia predominante compreende rochas solveis ou carbonticas.

(Fonte: ICMBio/MMA, IV Curso de Espeleologia e Licenciamento Ambiental. 2013).

Sobre a ocorrncia de cavidades naturais subterrneas no estado do Paran, assinale a alternativa CORRETA.

A. A ocorrncia de grutas e cavernas verificada em toda a extenso do territrio paranaense j que todo o estado formado por rochas sedimentares.

B. No Paran, no h registro de cavernas, pois seu territrio constitudo por rochas recentes. C. O Primeiro Planalto Paranaense onde ocorre a maior concentrao de cavernas devido presena de rochas

metamrficas do tipo carbonticas. D. No Segundo Planalto Paranaense, formado por rochas sedimentares, no h ocorrncia de grutas ou cavernas devido

instabilidade deste tipo rochoso. E. A maior concentrao de cavernas no Paran ocorre no Terceiro Planalto, j que as rochas baslticas propiciam a

formao de cavidades nos degraus entre os derrames do Trapp.

HISTRIA

29. Analise a afirmao abaixo:

Definir a diferena entre partes avanadas e atrasadas, desenvolvidas e no desenvolvidas do

mundo, um exerccio complexo e frustrante, pois tais classificaes so por natureza estticas e

simples, e a realidade que deveria se adequar a elas no era nenhuma das duas coisas.

HOBSBAWM, E. J. A Era dos Imprios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, p. 46.

A meno do autor se remete s justificativas, muitas vezes apontadas, sobre a ocupao imperialista na frica e sia nos sculos XIX e XX. Sua indicao sugere certa complexidade a esse processo. Portanto, permite que faamos as seguintes afirmaes, EXCETO:

A. O apartheid na frica do Sul foi uma proposta de superao da segregao e a supremacia holandesa e inglesa. Aps 70 anos do incio dessa prtica, a populao sul-africana se tornou exemplo mundial na construo de um pas aps domnios estrangeiros.

B. A experincia do Timor Leste significativa para observarmos a dificuldade de garantir a autonomia de uma nao. Pois, essa regio permaneceu como territrio portugus at meados da dcada de 1970 e, aps isso, os timorenses lutaram contra o domnio da Indonsia at incio do sc. XXI, dizimando grande parte da populao.

C. A morte de Gandhi, h 70 anos, aps a independncia e perda de territrios indianos na constituio de outros pases expresso da luta estabelecida pela independncia e, tambm, os limites dessa conquista.

D. A Guerra Fria impulsionou determinadas aes para a independncia, as quais foram promovidas tanto pelos Estados Unidos quanto pela Unio Sovitica. Entretanto, a Conferncia de Bandung, em meados do sc. XX, procurava garantir o no-alinhamento e preservar interesses das naes afro-asiticas.

E. A tenso vivenciada frente ao grande nmero de civis mortos e os abusos cometidos tanto na ocupao estrangeira quanto no processo de independncia causaram imensos problemas para a reestruturao dessas naes, uma vez que todos eles estenderam esses conflitos s guerras civis estabelecidas posteriormente.

30. A recepo dos motivos clssicos [e podemos incluir o mundo medieval] (grifo nosso) o que aborda os discursos nos quais a herana clssica se faz presente sob diversas formas, a literatura o conto, o romance, a poesia, o teatro , a

filosofia, a historiografia, a antropologia, as artes visuais e as cincias naturais. A tradio clssica [e medieval] (grifo

nosso) que espelha , por um lado, aquela que os influencia nos seus temas, como tambm a que lhes dita cdigos estticos,

morais, polticos, filosficos e culturais.

SILVA, Maria de Ftima; MORAES, Maria das Graas de. A recepo dos clssicos em Portugal e no Brasil. Portugal: Editora Imprensa da Universidade de Coimbra, 2015, p. 12.

Tomando como base a referncia supracitada, assinale a alternativa INCORRETA.

A. A utilizao da Antiguidade e a ideia de um mito de origem contriburam para a legitimao da formao dos estados totalitrios europeus do sculo XX. Um exemplo disso foi a produo da cineasta alem Leni Riefenstahl, com o Triunfo da Vontade, produzido para o regime nazista na dcada de 1930.

B. O alcance do direito romano na Europa foi duradouro em boa razo por ser um direito escrito. Universidades fundadas no modelo de Bolonha tinham no estudo do direito secular a influncia dos textos jurdicos romanos.

C. Em meados do sculo XI, as obras de Aristteles atravs de traduo rabe constavam como matria obrigatria de estudos na Universidade de Paris, fundada em 1215.

D. No Brasil, podemos perceber a influncia e herana gregas nos escritos literrios. Um exemplo a destacar a obra O Minotauro de Monteiro Lobato de 1949.

E. Osama Bin Laden, membro da Al Qaeda, aps o ataque Nova Iorque em 2011, fez referncias humilhao sofrida pelos muulmanos no sculo XX. O processo de nascimento e crescimento islmico fruto do perodo medieval.

31. Leia com ateno o fragmento abaixo: Por muitos anos esqueci. Por tantos anos esqueci, que expulsei da memria o fato que vou narrar. [...] Fiz de conta que nada

tinha acontecido naquele meio do dia, num restaurante da cidade de Fort Worth, no Texas. Nada tinha acontecido no meio de

um dos primeiros dias de janeiro de 1963, depois de uma longa e cansativa viagem de nibus de Nova Orleans, na Louisiana,

at Albuquerque, no Novo Mxico. [...] Procurei como espio em terreno inimigo o lugar do banheiro. Sorrateiramente.

Descobri. Havia quatro portas de entrada para banheiro. Duas a duas. Um dos conjuntos de dois ficava ao lado de uma

lanchonete limpa, guarnecida de metais brilhantes, e o outro conjunto, ao lado de qualquer coisa como um boteco p-de-

chinelo. [...] Observei os dois conjuntos e fingi que no entendia. [...] Optei pelo banheiro dos Men, como poderia ter optado

pelo banheiros dos Gentlemen. [...] No banheiro onde entrei s havia mulatos e negros. Observei. Conferi pela memria: eram

tambm maioria no nibus. No fora por acidente que me tocara viajar ao lado de um negro. [...] Eu era o nico de pele clara

dentro do banheiro, dentro do nibus. [...] De relance redescobri a segregao, que tinha descoberto nos bondes de Nova

Orleans, onde os pretos tinham de viajar em p. [...] Chegamos a Fort Worth. [...] Decidi. Almoaria num bom restaurante da

cidade. Tomei um txi. Pedi sugesto ao motorista. [...] Entrei, escolhi uma mesa e tomei assento. Esperei o garom. Esperei.

Esperei. Os garons no passavam pela minha mesa. No recebi o cardpio nem me ofereceram o tradicional copo com gua

gelada. Fiz sinal, inutilmente. Atendiam a todas as outras mesas. Esperei dez, quinze minutos. Em vo. Esperei meia hora.

Disso me lembro bem. A dor no se reconheceu ferida, por isso deve ter sido to rpida a cicatrizao. Levantei e sa do

restaurante sem ter degustado as famosas ribs do Texas. Quantos olhos me seguiram at a porta? No sei. Estava de costas.

SANTIAGO, Silviano. Borro. In: Histrias Mal Contadas. Rio de Janeiro: Rocco, 2005, p. 37-47. A partir da anlise da fonte acima, CORRETO fazer a seguinte afirmao em relao segregao racial e aos direitos

civis nos EUA.

A. A Ku Klux Klan teve atuao restrita no Sul dos EUA. A forte represso segregao racial fez com que se encerrassem as atividades dessa organizao assim que foi promulgada a Lei dos Direitos Civis em 1964.

B. O confronto ocorrido em Charlottesville, em agosto de 2017, evidenciou as tenses presentes na sociedade norte-americana em relao intolerncia e persistncia de confrontos envolvendo supremacistas brancos pelo pas.

C. A luta pelos direitos civis nos EUA foi marcada por mortes, prises e conflitos nas ruas. Tudo isso, na tentativa de abolir a escravido e garantir direitos civis aos negros.

D. Os Panteras Negras lutavam pela garantia de direitos civis aos negros. Eles visavam principalmente defesa contra a violncia policial, faziam isso de forma pacfica, o que garantiu que no fossem perseguidos pelo governo norte-americano.

E. Atualmente, no existem escolas, espaos pblicos e bairros segregacionistas nos EUA. Todavia, restam algumas aes que contestam certas etnias, religies e opes sexuais a partir de presses por mudanas legais; sem conflitos e agresses.

32. Apesar de ser uma grande paixo nacional, o futebol, assim como outras modalidades esportivas, ainda visto com certo preconceito pela academia. Entretanto, engana-se quem pensa que ele no pode servir como objeto de estudo para a

compreenso de questes sociais.

Disponvel em: https://paineira.usp.br/aun/index.php/author/igor-soares-sodre/ Agncia Universitria de Notcias (AUN) USP, 07 fev. 2018. Acesso em: 15 ago., 2018.

Sobre os temas trazidos na citao, assinale a alternativa CORRETA.

A. Destaque da ltima copa do Mundo, jogador da Crocia passou por traumtica experincia no violento conflito que levou a Iugoslvia ao colapso em 1991.

B. A partir da dcada de 1990, criam-se vrios impeditivos para a participao de imigrantes ou descendentes de imigrantes nas selees que participam de edies da Copa do Mundo.

C. Muitos imigrantes vieram jogar no Brasil ao final da 2 Guerra Mundial (1939- 1945), quando Getlio Vargas se aproximou politicamente da Itlia, Alemanha e do Japo.

D. Ao sediar uma Copa do Mundo em 2010, a frica do Sul terminou com o regime do Apartheid. Tratava-se de uma poltica racial que no dava acesso participao da populao negra nas urnas, alm de proibir a aquisio de terras.

E. Em 1970, o Brasil conquistou o ttulo mundial de futebol pela terceira vez. Nesse contexto, o governo do General Mdici considerado o mais repressivo durante os anos ditatoriais - utilizou o esporte para construir uma imagem positiva do regime junto sociedade brasileira.

33. FONTE 1: Existe muita coisa que no te disseram na escola

Cota no esmola!

Experimenta nascer preto na favela pra voc ver!

O que rola com preto e pobre no aparece na TV

Opresso, humilhao, preconceito

A gente sabe como termina, quando comea desse jeito

Desde pequena fazendo o corre pra ajudar os pais

Cuida de criana, limpa casa, outras coisas mais

Deu meio dia, toma banho vai pra escola a p

No tem dinheiro pro buso

Sua me usou mais cedo pra poder comprar o po

E j que t cansada quer carona no buso

Mas como preta e pobre, o motorista grita: no!

[...]

O tempo foi passando e ela foi crescendo

Agora l na rua ela a preta do sovaco fedorento

Que alisa o cabelo pra se sentir aceita

Mas no adianta nada, todo mundo a rejeita

Agora ela cresceu, quer muito estudar

Termina a escola, a apostila, ainda tem vestibular

E a boca seca, seca, nem um cuspe

Vai pagar a faculdade, porque preto e pobre no vai pra USP

Foi o que disse a professora que ensinava l na escola

Que todos so iguais e que cota esmola

Cansada de esmolas e sem o din da faculdade

Ela ainda acorda cedo e limpa trs ap no centro da cidade

Experimenta nascer preto, pobre na comunidade

C vai ver como so diferentes as oportunidades

E nem venha me dizer que isso vitimismo

No bota a culpa em mim pra encobrir o seu racismo!

E nem venha me dizer que isso vitimismo [...]

FERREIRA, Bia. Cota no esmola. Disponvel em: https://www.letras.mus.br/bia-ferreira/cota-nao-esmola/

FONTE 2:

Os troncos, bacalhaus (chicotes) e outros instrumentos de tortura alimentam as fogueiras, em redor das quais os novos

cidados entregam-se ao mais delirante batuque. Charge de Agostini, publicada na Revista Ilustrada em maio de 1888 In:

http://novo.mgquilombo.com.br/artigos/pesquisas-escolares/abolicao-como-foi-a-libertacao-dos-escravos-em-minha-cidade/ (sem data de postagem). Acesso em: 10 ago. 2018

Preste bastante ateno nas fontes 1 e 2. Na primeira, vemos um trecho de Cota no esmola, msica composta por Bia Ferreira e lanada em 2018. Na sequncia, uma arte do famoso chargista, Agostini, de maio de 1888, em um contexto marcado pelo processo de abolio jurdica da escravatura (a chamada Lei urea, de 13 de maio). A distncia temporal entre a data de lanamento da msica e de publicao da charge imensa, cobrindo todo o perodo, o qual em nosso pas se comemora o dia da libertao de negros e negras escravizadas. Ocorre, contudo, que tal distncia no tem servido historicamente para que esses seres humanos deixem de ser alvos constantes de violncia, criminalizao e, particularmente, racismo. Pelo contrrio, so sculos e sculos de opresso. Neste sentido, pouco (ou quase nada) temos a comemorar. Tendo por referncia as duas fontes acima e os problemas histricos que envolvem o tema da abolio da escravatura no Brasil, CORRETO afirmar que

A. a alegria dos negros em roda, representada pela fonte 2, ilustrou perfeitamente a conquista definitiva da to sonhada libertao, cujos reflexos so sentidos em nosso tempo presente atravs da eliminao do racismo.

B. o processo histrico, que chamamos de abolio da escravatura no pode ser reduzido simplesmente a uma data, a uma personagem ou promulgao de uma lei jurdica, pois trata-se de uma luta histrica de negros e negras contra quaisquer formas de opresso, tanto no passado como no presente.

C. em Cota no esmola (fonte 1), fica evidenciada na letra da cano uma posio firme e combativa em defesa das comunidades indgenas, como se pode constatar no verso Experimenta nascer preto, pobre na comunidade / C vai ver como so diferentes as oportunidades.

D. a distncia temporal de 130 anos que separa a charge de Agostini (1888) da letra da cano de Bia Ferreira (2018) corresponde a um perodo histrico marcado por um conjunto expressivo de polticas educacionais voltadas formao de geraes de jovens sem preconceitos ou discriminaes raciais.

E. no h qualquer relao histrica entre as mensagens das fontes 1 e 2, na medida em que cada uma delas fala de um Brasil completamente diferente ou seja, a alegria dos negros em roda na charge do sculo XIX em comemorao ao fim do racismo contrasta bastante com a crtica e a rebeldia da cano.

34. Leia e analise o fragmento abaixo Desde 2013, o autoproclamado Estado Islmico do Iraque e do Levante tambm conhecido pelas siglas ISIL ou ISIS, na

traduo do nome do grupo em ingls luta pela conquista de territrios na Sria e no Iraque, travando uma guerra que j

deixou mais de 230 mil mortos e milhes de desabrigados. [...] Para afirmar a superioridade do Islamismo, o Estado Islmico

tem se esforado para destruir stios arqueolgicos e histricos de civilizaes e religies antigas, numa tentativa de apagar

o passado. [...] Em quase trs anos de conflitos, o ISIS destruiu, pelo menos, treze stios arqueolgicos ou runas histricas.

ALENCAR, Lucas. Treze locais histricos destrudos pelo Estado Islmico. 04 jan. 2016. Disponvel em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/01/13-locais-historicos-destruidos-pelo-estado-islamico.html

Ao tratarmos de evidncias e procedimentos para anlise de processos histricos, CORRETO afirmar que

A. a anlise histrica no necessita dessas evidncias, j que elas eram apenas utilizadas como foco de visitao turstica. Pois, o material necessrio para a reflexo histrica encontra-se registrado em documentos impressos e arquivos pblicos.

B. a destruio desses registros histricos no faz parte do modo como o Estado Islmico prope impor certa leitura da histria a partir dos seus interesses e domnio, esses atos foram realizados por erro de alvos durante os ataques realizados.

C. a destruio dos stios arqueolgicos e histricos se deve apenas a um conflito no Oriente Mdio em funo das prticas religiosas e intolerncia pela interveno estrangeira.

D. prticas como as realizadas pelo Estado Islmico, ao destrurem stios arqueolgicos e histricos, destacam como o debate sobre memria e histria faz parte das disputas de poder, inclusive, como tentativa de imposio de certo nacionalismo como controle do presente e do passado para intenes futuras.

E. as fontes so materiais importantes na investigao histrica acadmica. O historiador se utiliza desses indcios para aprofundar pesquisas; com destaque para perodos, fatos e sujeitos. Porm, o uso de stios arqueolgicos e histricos so desnecessrios ao ensino de histria, por isso podem ser facilmente descartados.

35. Imagem 1 Imagem 2

Imagem 1 (10 jan., 2018) Disponvel em: https://www.theatlantic.com/photo/2018/01/50-years-ago-in-photos-a-look-back-at-1968/550208/ Acesso em: 09 ago., 2018 Imagem 2 (18 mai., 2018) Disponvel em: https://neai-unesp.org/1968-um-maio-que-valeu-por-toda-uma-historia/ Acesso em: 10 ago., 2018. Neste ano (2018), completam-se 50 anos de um perodo de efervescentes movimentos sociais, polticos e culturais que agitaram diversas partes do mundo, com destaque para os continentes europeu e americano. Lutando contra o autoritarismo, a discriminao, o conservadorismo, a violncia, dentre outros enfoques, tais movimentos marcaram toda uma gerao de jovens, vidos por liberdade e defensores dos direitos humanos. Sobre tal perodo efervescente e seus principais acontecimentos histricos, CORRETO afirmar.

A. As duas imagens retratadas nesta questo referem-se a um mesmo fato poltico ocorrido nos Estados Unidos estamos falando da marcha da comunidade negra contra a violncia e a discriminao racial.

B. Uma das caractersticas essenciais daquele perodo de efervescentes movimentos sociais, polticos e culturais foi a influncia de concepes ideolgicas de extrema-direita nas prticas organizativas e nas aes pblicas destes movimentos.

C. A cena fotografada na imagem 2 procurou registrar um dos momentos de apogeu do movimento conhecido como Maio de 1968, quando os estudantes fizeram uma revoluo poltica e assumiram o governo do Estado na Frana.

D. Considerados por muitos como um problema histrico ainda presente em nossos dias, a luta em defesa dos direitos humanos, a reivindicao das liberdades e o fim de regimes e prticas autoritrios tiveram no ano de 1968 um conhecido marco simblico em vrias partes do mundo, inclusive no Brasil, com a passeata dos cem mil no Rio de Janeiro.

E. O ano de 1958 foi marcante historicamente em diversas partes do mundo, destacando-se, como pode-se ver claramente pelas imagens, a marcha da comunidade negra contra o racismo nos Estados Unidos e o que ficou conhecida na Frana como o Maio de 1968, movimento de estudantes e trabalhadores contra o autoritarismo do regime francs.

MATEMTICA

36. Se o nmero real a raiz do polinmio P(x) e o nmero real b raiz do polinmio Q(x), ento CORRETO afirmar que

A. (a + b) raiz de P(x) + Q(x).

B. a e b so razes de P(x) + Q(x).

C. (ab) raiz de P(x)Q(x).

D. a e b so razes de P(x)Q(x).

E. (a + b) raiz de P(x)Q(x).

37. Jos precisa pesar trs peas de metal A, B e C. Mas, a balana que ele dispe no precisa para pesos menores do que 1kg. Jos decide ento pesar as peas de duas em duas. A e B juntas pesam 1600g, B e C juntas pesam 1400g e A e C juntas pesam 1700g. Nestas condies, qual o peso da pea mais leve?

A. 550g.

B. 650g.

C. 700g.

D. 950g.

E. 1400g.

38. Em determinado pas, o imposto de renda calculado sobre a renda de um cidado segundo a seguinte frmula: = , onde uma taxa ou porcentagem e um valor a deduzir. Os valores de e variam de acordo com o valor da renda do cidado, conforme a tabela a seguir, expressa em unidades monetrias do pas.

Faixa de Renda () Taxa () a ser aplicada

Deduo ()

0 < 3.000,00 0 0 3.000,00 < 5.000,00 0,1 300,00

5.000,00 < 10.000,00 0,2 800,00 10.000,00 0,25 1.300,00

Sobre o imposto como funo da renda de um cidado deste pas, CORRETO afirmar.

A. Um cidado que tem uma renda inferior a 3.000,00 paga 300,00 de imposto de renda.

B. Qualquer cidado cuja renda tal que 3.000,00 < 5.000,00 paga o mesmo valor de imposto de renda.

C. Quanto maior a renda do cidado, menor ser o valor do imposto de renda a pagar porque a deduo maior.

D. Um cidado, cuja renda de 8.000,00, gasta efetivamente 10% de seu salrio com imposto de renda.

E. A funo = () uma funo definida por partes, constante em cada parte.

39. Coloca-se uma esfera da raio no interior de um recipiente com formato de um cilindro circular reto com raio da base . Em seguida, preenche-se o recipiente com gua at que a esfera fique exatamente coberta por gua, ou seja, a esfera tangencia

a superfcie da gua. Retira-se, ento, a esfera e observado que o nvel da gua reduzido em .

O valor da razo

igual a:

A. .

B.

.

C.

.

D.

.

E. .

40. Uma empresa possui 10 diretores, dos quais, 3 so suspeitos de corrupo. Foi resolvido se fazer uma investigao composta por uma comisso de 5 diretores da empresa. A nica condio imposta que a comisso de investigao selecionada tenha a maioria de diretores no suspeitos. Selecionada, ao acaso, uma comisso para apurao das suspeitas formada por diretores desta empresa, CORRETO afirmar que a probabilidade de que esta comisso atenda condio imposta est no intervalo:

A. (0,01; 0,50).

B. (0,50; 0,70).

C. (0,70; 0,80).

D. (0,80; 0,90).

E. (0,90; 0,99).

41. Sejam ": e &: definidas, respectivamente, por "(') = 3' e &(') = 3(. Ento CORRETO afirmar que a sequncia )&)"(1)*, &)"(2)*, &)"(3)*, , &)"(,)*, * A. uma progresso geomtrica de razo 27.

B. uma progresso aritmtica de razo 6.

C. uma progresso geomtrica de razo 9.

D. a sequncia constante (1,1,1, ,1, ).

E. no uma progresso geomtrica e tambm no uma progresso aritmtica.

42. Considere as equaes - = 4' 5 e - = ' 5' + 3. Suponha que os pares ordenados (', -) e (', -) satisfaam as duas equaes e que ' < '. Suponha ainda que o par (4, -) satisfaa somente a primeira equao. Ento CORRETO afirmar que a equao da circunferncia, que tem centro em (4, -) e que passa pelo ponto (', -), dada por A. (' 4) + (- 11) = 153.

B. (' 4) + (- 4) = 225.

C. (' 4) + (- 11) = 256.

D. (' 4) + (- 4) = 264.

E. (' 4) + (- 11) = 272.

QUMICA

43. O Tamoxifeno o medicamento oral mais utilizado no tratamento do cncer de mama. Sua funo impedir que a clula cancergena perceba os hormnios femininos, assim, bloqueia seu crescimento e causa a morte dessas clulas. O Tamoxifeno obtido por via sinttica e abaixo est representada a ltima etapa de reao para sua obteno. A respeito do esquema reacional mostrado, so feitas algumas afirmaes. Assinale a alternativa que apresenta a afirmativa CORRETA.

A. A converso de A em B uma reao de hidratao.

B. A estrutura B apresenta um carbono quiral.

C. A converso de A em B uma reao de eliminao (desidratao).

D. A estrutura A apresenta uma funo nitrogenada, composta por uma amina secundria.

E. A estrutura A apresenta um carbono quiral.

44. O eugenol e isoeugenol so ismeros que apresentam frmula molecular C10H12O2. O eugenol um leo essencial extrado do cravo-da-ndia, apresenta propriedades anestsicas e pode ser convertido em seu ismero isoeugenol a partir da reao apresentada abaixo. Considerando as estruturas do eugenol e isoeugenol, CORRETO afirmar.

A. So ismeros funcionais.

B. So ismeros de cadeia.

C. So ismeros pticos.

D. So ismeros de posio.

E. So formas tautomricas.

45. Segundo a resoluo nmero 430 do CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA), a quantidade permitida para lanamento de chumbo em efluente de 0,5 mg L-1. Sabendo que a concentrao encontrada desse metal em uma fbrica que o utiliza foi de 0,005 mmol L-1. Quantas vezes esta quantidade de chumbo est, aproximadamente, acima ou abaixo do permitido pelo CONAMA?

A. 100 B. 10 C. 6 D. 4 E. 2

46. Os organoclorados so poluentes considerados perigosos, mas, infelizmente, tm sido encontradas quantidades significativas destas substncias em rios e lagos. Uma reao de clorao comumente estudada a do etano com o gs cloro, como mostrada abaixo: C2H6 (g) + Cl2(g) CH3CH2Cl(g) + HCl(g)

Sabendo os valores de H de cada ligao (Tabela abaixo), determine o valor de H da reao pelo mtodo das energias de ligao.

Ligao Energia (kJ/mol) C-H 415 C-C 350 Cl-Cl 243 C-Cl 328 H-Cl 432

A. - 102 kJ/mol B. +102 kJ/mol C. +367 kJ/mol D. - 367 kJ/mol E. +17 kJ/mol

47. A radioatividade existe naturalmente na natureza devido composio qumica da matria. Exemplo disto so alimentos como a castanha do Brasil e a banana, que possuem radioatividade devido presena dos radioistopos do rdio (22688Ra) e do potssio (3919K), respectivamente. A respeito destes processos, CORRETO afirmar.

A. A radioatividade dos radioistopos dos elementos citados acima ocorre porque eles fazem parte dos metais alcalinos e alcalinos terrosos, os quais so altamente reativos.

B. Um dos radioistopos do potssio possui massa 40 g mol-1 e nmero atmico 18. C. O radioistopo do potssio, que possui massa 40 g mol-1, formaria o Clcio (40 g mol-1)

por emisso -. D. O radioistopo rdio, cuja massa de 223 g mol-1, emite uma partcula - e forma o radnio cuja massa de

219 g mol-1. E. A emisso - presente no radioistopo do rdio uma emisso de psitron que reduz o nmero atmico do

elemento.

48. O cido frmico o cido metanoico, utilizado em vrios produtos de limpeza e controle de pH, entre outros. Sabendo que o valor de Ka para este cido de 1x10-4. Assinale a alternativa CORRETA.

A. Uma soluo equimolar do cido e seu sal fornecero pH 7. B. Uma soluo equimolar do cido e seu sal resultam em pOH 4. C. O pKa deste cido 1. D. Uma soluo de 1,0 mol L-1 deste cido dissocia e fornece concentrao de H+ de, aproximadamente, 0,01

mol L-1. E. Ele considerado um cido forte.

49. O hidrognio considerado o combustvel do futuro, isto porque ele atua tanto como agente redutor de oxignio molecular como agente oxidante para os metais alcalinos. Diante do exposto, assinale a alternativa CORRETA.

A. O estado de oxidao do hidrognio, ao reagir com o metal alcalino, de -1. B. O xido metlico tem o estado de oxidao do metal reduzido ao reagir com hidrognio molecular. C. A reao do hidrognio molecular com o metal alcalino fornece um estado de oxidao de +2 para o on

metlico. D. A reao do hidrognio molecular com oxignio aumenta o estado de oxidao do oxignio. E. O produto de reao do hidrognio molecular com o oxignio o on perxido.

SOCIOLOGIA

50. Um dos episdios mais conhecidos nos Estados Unidos foi a greve geral ocorrida em 1 de maio de 1886 por todo o pas, e Chicago foi o seu centro irradiador. Os grevistas, que recebiam salrios miserveis, exigiam carga horria de 8 horas e a mudana das relaes de trabalho, marcada por jornadas de trabalho superiores a 12 horas, impostas por empresrios que se recusavam a fazer concesses aos trabalhadores. Quatorze anos antes, durante o Congresso da Internacional Antiautoritria ocorrido no vilarejo de Saint-Imier, na Sua, entre os dias 15 e 16 de setembro de 1872, Mikhail Bakunin, James Guillaume e algumas federaes anarquistas adotaram uma srie de disposies referentes s obrigaes das associaes internacionais de trabalhadores. As disposies reafirmavam o papel pioneiro dos anarquistas nas lutas operrias na conduo e participao das maiores greves e manifestaes pblicas daquele perodo. Assim, a greve geral ocorrida nos Estados Unidos considerada como uma das mais representativas quando 340 mil trabalhadores exigiram nas ruas a jornada de trabalho de 8 horas. O desenlace desse acontecimento resultou no massacre da praa de Haymarket, que considerado o evento fundador do movimento operrio. Sobre a participao dos anarquistas nos principais movimentos sociais dos sculos XIX e XX, INCORRETO afirmar.

A. O anarquismo uma teoria social e poltica que associa o Estado ao poder centralizado e autoritrio, que restringe a liberdade individual. Por isso, o anarquismo no prope uma estratgia poltica de conquista de poder do Estado.

B. Os anarquistas foram os primeiros a fazerem crticas contundentes ao processo de centralizao do Estado durante a Revoluo Russa, com severas crticas s ideias poltico-sociais de Marx e por extenso ao bolchevismo.

C. As vrias vertentes do anarquismo tm como traos comuns: a horizontalidade na organizao dos trabalhadores, a crtica radical sociedade capitalista e ao Estado burgus; o antiautoritarismo, a defesa da liberdade de expresso, a igualdade entre todos e a recusa da luta partidria.

D. O anarquismo uma ideia filosfica abstrata, perigosa, fascista, utpica e burguesa. As propostas sociais e econmicas anarquistas nunca foram colocadas em prtica.

E. No discurso anarquista, a greve geral foi utilizada como uma estratgia importante de mobilizao dos operrios, e contribuiu para garantir a conquista de direitos trabalhistas.

51. No captulo XV de O Prncipe, Nicolau Maquiavel (1469-1527) destaca um dos principais fundamentos de sua reflexo poltica. Visando distinguir-se tanto de seus predecessores quanto de seus contemporneos, ele indica claramente sua perspectiva realista: Mas, sendo a minha inteno escrever coisa til a quem a escute, pareceu-me mais convincente ir direto verdade efetiva da coisa do que imaginao dessa (MAQUIAVEL, N. O Prncipe. So Paulo: Hedra, 2011. p. 151). A partir da leitura do trecho citado, pode se afirmar CORRETAMENTE que

A. o realismo poltico de Maquiavel baseia-se na idealizao da vida poltica.

B. o realismo poltico de Maquiavel baseia-se na anlise da vida poltica na sua realidade ou verdade efetiva.

C. o realismo poltico de Maquiavel baseia-se na busca de leis imutveis que regem a vida religiosa dos homens.

D. o realismo poltico de Maquiavel baseia-se na crena da bondade natural do homem.

E. o realismo poltico de Maquiavel baseia-se na busca das leis que regem as repblicas e principados perfeitos propostos pelos pensadores utpicos.

52. O filsofo francs, Michel Foucault, ao iniciar os estudos sobre arquitetura hospitalar na segunda metade do sculo XVIII, percebeu que grande parte dos projetos arquitetnicos tinham como caracterstica uma centralizao do olhar voltada para indivduos, corpos e coisas. Segundo Foucault, os modelos arquitetnicos seguiam os princpios formulados por Jeremy Bentham em sua obra O Panopticon, publicada no final do sculo XVIII. Foucault encontrou o mesmo princpio do panopticon na arquitetura das escolas, nos hospitais e, sobretudo, nos grandes projetos prisionais do incio do sculo XIX. Em 1975, ele retoma o tema em sua obra Vigiar e Punir, quando se refere ao tema da tecnologia de poder e o da vigilncia no sistema prisional. Sobre o panopticon, CORRETO afirmar.

A. O princpio arquitetnico prisional do panopticon segue a lgica da masmorra, cuja funo trancar e privar o preso da luz solar.

B. No princpio arquitetnico prisional do panopticon, as celas no so trancadas e permitem ao preso a liberdade de contato com outros presos sem que seja vigiado.

C. O princpio do panopticon baseado na privacidade do preso e na invisibilidade de suas aes. O detento nunca vigiado em sua cela.

D. O modelo arquitetnico prisional do panopticon necessita de muitos vigilantes e o custo do sistema muito alto para ser mantido pelo Estado.

E. O modelo arquitetnico prisional do panopticon foi pensado como um espao fechado em forma de crculo, com uma torre no centro. Todos os movimentos das celas so controlados e registrados por um sistema de vigilncia ininterrupto.

53. Considerando-se o trecho citado, extrado da conferncia intitulada A Poltica como Vocao, proferida pelo cientista social alemo Max Weber (1864-1920) em 1919, indique qual das alternativas est CORRETA. Desde que existem os Estados constitucionais e mesmo desde que existem as democracias, o demagogo tem sido o chefe poltico tpico do Ocidente (WEBER, Max. Cincia e Poltica duas vocaes. So Paulo: Cultrix, 2006. p. 79).

A. O demagogo, escolhido por eleies diretas ou indiretas, exerce os principais cargos de liderana poltica nas democracias ocidentais.

B. O demagogo, ao fazer uso de argumentos sofistas, est excludo da vida poltica das democracias ocidentais.

C. O demagogo, da mesma forma que os funcionrios pblicos, est subordinado liderana religiosa nas democracias ocidentais.

D. O demagogo, desde que existem as democracias constitucionais no ocidente, no exerce nenhum papel significativo de liderana poltica.

E. O demagogo, na medida em que se constituram as democracias no Ocidente, foi substitudo como lder poltico pela figura do profeta messinico.

54. A obra Punir os Pobres: a nova gesto da misria nos Estados Unidos (2009), do socilogo francs Lic Wacquant, reveladora sobre o modelo de gesto pblica de segurana criminal nos Estados Unidos, e por extenso a sua disseminao nos pases da Unio Europeia. O autor examina a ascenso do Estado Penal e a criminalizao da pobreza como resposta diminuio das despesas do Estado nas reas social e urbana. Sobre a obra de Wacquant, Punir os Pobres, INCORRETO afirmar.

A. A preocupao com a segurana tem relao direta com o fracasso do Estado Neoliberal nas reas econmica e social.

B. Wacquant analisa a relao entre o sistema punitivo e a precarizao do trabalho assalariado no sistema capitalista.

C. A expanso do contingente policial da rede judiciria e o aumento da estrutura carcerria tm a funo de impor a disciplina no sistema produtivo entre os trabalhadores assalariados.

D. O encarceramento do operrio uma estratgica do Estado Neoliberal para neutralizar revoltas e impedir que os direitos trabalhistas sejam atendidos pelos patres.

E. Wacquant faz uma defesa da poltica de tolerncia zero, que incide na perseguio e punio das menores infraes no espao pblico.

55. Leia atentamente o seguinte pargrafo da introduo do livro Sexo e Temperamento (1979) da antroploga Margaret Mead: Quando estudamos as sociedades mais simples, no podemos deixar de nos impressionar com as muitas maneiras como o homem tomou umas poucas sugestes e as traou em belas e imaginosas texturas sociais que denominamos civilizaes. Seu ambiente natural muniu-o de alguns contrastes e periodicidades notveis: o dia e a noite, a mudana das estaes, o incansvel crescer e minguar da lua, a desova dos peixes e as pocas de migrao dos animais e pssaros. Sua prpria natureza fsica forneceu-lhe outros pontos importantes: idade e sexo, ritmo de nascimento, maturao e velhice e a estrutura do parentesco consanguneo. Diferenas entre um e outro animal, entre um e outro indivduo, diferenas em ferocidade ou em mansido, em coragem ou em esperteza, em riqueza de imaginao ou em perseverante obtusidade todas proporcionaram sugestes a partir das quais foi possvel desenvolver as ideias de categoria e casta, de sacerdcios especiais, do artista e do orculo. A partir dessa reflexo, INCORRETO afirmar.

A. Os seres humanos no so completamente determinados por fenmenos naturais, pois existem sociedades que estabelecem relaes distintas com a existncia de elementos que no so controlados pela vontade humana ou no podem ser modificados pela tcnica ou cincia.

B. Embora os elementos naturais no sejam determinantes para a inveno ou criao de instituies sociais, culturais e polticas, podemos notar que tiveram influncia no tipo de relao que os seres humanos estabeleceram entre si e com a natureza.

C. Para as Cincias Sociais em geral e para a Antropologia, em especial, todas as instituies sociais, culturais e polticas so completamente artificiais e no tm nenhuma relao com fenmenos naturais ou com a relao que os seres humanos estabelecem com a natureza.

D. As diferenas entre homens e mulheres que foram atribudas durante muito tempo s diferenas sexuais anatmicas nascer macho ou fmea da espcie humana vm sendo ressignificadas atualmente e isso mostra que possuem influncia, mas no so determinantes.

E. Margaret Mead, antroploga, um dos exemplos de mulheres que tambm so consideradas pensadoras importantes para as Cincias Sociais. Outros nomes poderiam ser citados como Simone de Beauvoir e Hannah Arendt, cujas obras auxiliam na compreenso da sociedade.

56. Embora a disciplina mais conhecida entre as trs reas das Cincias Sociais seja a Sociologia, os livros didticos tambm trazem algumas contribuies das demais disciplinas Antropologia e Cincia Poltica. Considere as seguintes afirmaes e assinale a alternativa INCORRETA.

A. Buscar regularidades em alguns comportamentos algo que costuma ser feito pela Sociologia, seja analisando as recorrncias de algum fenmeno (por exemplo, o suicdio) em uma mesma sociedade considerando um perodo; ou comparando sociedades diferentes na mesma poca.

B. Existem fronteiras fixas entre as trs reas de saber: o que estudado pela Sociologia no poderia ser abordado pela Antropologia e nem pela Cincia Poltica.

C. Compreender as diferentes formas como as sociedades humanas interpretaram suas relaes com a natureza e com os outros seres humanos percebidos como diferentes ou semelhantes algo mais prprio da Antropologia, que busca compreender a alteridade.

D. Embora existam temas e problemas que so mais pertinentes para uma disciplina do que para outra, alguns temas podem ser estudados pelas trs disciplinas.

E. Os estudos sobre poder, poltica, Estado, governo e ideologia so mais comuns para a rea de Cincia Poltica, embora alguns desses conceitos possam ser abordados pela Sociologia e pela Antropologia que inclusive permite comparar diferentes culturas a esse respeito.

CLASSIFICAO PERIDICA DOS ELEMENTOS

COM MASSAS ATMICAS REFERIDAS AO ISTOPO 12 DO CARBONO

1

IA

CHAVE 18

O 1

H

1,00797

2

IIA

Nmero Atmico

SMBOLO

Massa Atmica

13

IIIA

14

IVA

15

VA

16

VIA

17

VIIA

2

He

4,0026

3

Li

6,939

4

Be

9,0122

5

B

10,811

6

C

12,0111

7

N

14,0067

8

O

15,9994

9

F

18,9984

10

Ne

20,183 11

Na

22,9898

12

Mg

24.312

3

IIIB

4

IVB

5

VB

6

VIB

7

VIIB

8

9

VIII

10

11

IB

12

IIB

13

Al

26,9815

14

Si

28,086

15

P

30,9738

16

S

32,064

17

Cl

35,453

18

Ar

39,948

19

K

39,102

20

Ca

40,08

21

Sc

44,956

22

Ti

47,90

23

V

50,942

24

Cr

51,996

25

Mn

54,938

26

Fe

55,847

27

Co

58,933

28

Ni

58,71

29

Cu

63,54

30

Zn

65,37

31

Ga

69,72

32

Ge

72,59

33

As

74,922

34

Se

78,96

35

Br

79,909

36

Kr

83,80 37

Rb

85,47

38

Sr

87,62

39

Y

88,905

40

Zr

91,22

41

Nb

92,906

42

Mo

95,94

43

Tc

(98)

44

Ru

101,07

45

Rh

102,905

46

Pd

106,4

47

Ag

107,870

48

Cd

112,40

49

In

114,82

50

Sn

118,69

51

Sb

121,75

52

Te

127,60

53

I

126,904

54

Xe

131,30 55

Cs

132,905

56

Ba

137,34

Srie do

La

72

Hf

178,49

73

Ta

180,948

74

W

183,85

75

Re

186,2

76

Os

190,2

77

Ir

192,2

78

Pt

195,09

79

Au

196,976

80

Hg

200,59

81

Tl

204,37

82

Pb

207,19

83

Bi

208,980

84

Po

(210)

85

At

(210)

86

Rn

(222) 87

Fr

(223)

88

Ra

(226)

Srie do

Ac

104

Unq

(272)

105

Unp

(268)

106

Unh

107

Uns

108

Uno

109

Une

Srie

do

La

57

La

138,91

58

Ce

140,12

59

Pr

140,907

60

Nd

144,24

61

Pm

(147)

62

Sm

150,36

63

Eu

151,96

64

Gd

157,26

65

Tb

158,924

66

Dy

162,50

67

Ho

164,930

68

Er

167,26

69

Tm

168,934

70

Yb

173,04

71

Lu

174,97 Srie

do

Ac

89

Ac

(227)

90

Th

232,038

91

Pa

(231)

92

U

238,03

93

Np

(237)

94

Pu

(244)

95

Am

(243)

96

Cm

(247)

97

Bk

(247)

98

Cf

(251)

99

Es

(254)

100

Fm

(257)

101

Md

(258)

102

No

(255)

103

Lr

(256)