20
TEMPO DE DURAÇÃO DA PROVA: 03 (TRÊS) HORAS INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA PROVA 1. ABRA ESTE CADERNO DE PROVAS SOMENTE QUANDO AUTORIZADO. 2. Confira se sua prova corresponde ao cargo para o qual você se inscreveu. 3. Verifique se este Caderno de Provas contém 20 (vinte) questões. Cada questão é constituída de cinco alternativas. Caso haja algum problema, solicite a substituição de seu Caderno de Provas. 4. Seus dados pessoais, o cargo e o Câmpus para o qual concorre encontram-se no seu Comprovante Definitivo de Inscrição e na Folha de Respostas. 5. Você só poderá deixar o local de prova após 60 minutos do início da aplicação e poderá levar o Caderno de Provas após 90 minutos do início; quando deverá entregar apenas a folha de respostas. 6. Comunique sempre aos fiscais qualquer irregularidade observada durante a realização das provas. Não sendo tomadas as devidas providências a respeito da sua reclamação, solicite a presença do(a) Coordenador(a) ou comunique-se com ele(a), na secretaria, tão logo termine a prova. 7. Os 3 últimos candidatos deverão permanecer na sala para entrega simultânea da Folha de Respostas, e deverão assinar na Ata de Sala. 8. Você será avisado quando restarem 30 minutos para o final da prova. INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DA FOLHA DE RESPOSTAS 1. Ao receber sua Folha de Respostas, verifique os seus dados pessoais, o nome do cargo e o Câmpus para o qual concorre. Caso esteja incorreta alguma informação, comunique ao fiscal. 2. É obrigatória a assinatura do candidato na Folha de Respostas. 3. Ao receber a Folha de Respostas, assine-a imediatamente, não deixe para depois. É de responsabilidade do candidato essa assinatura. A COPESE não se responsabilizará por Folhas de Respostas não assinadas. 4. Não amasse, não dobre, não rasgue, não rasure a Folha de Respostas, nem use corretivo. 5. A marcação de mais de uma opção para uma mesma questão implica a anulação da mesma. 6. Terminada a resolução da prova, preencha a Folha de Respostas com as suas opções, conforme instruções a seguir. A marcação das respostas deve OBRIGATORIAMENTE ser feita com caneta esferográfica com tinta azul ou preta. A letra correspondente à questão escolhida deve ser totalmente preenchida, evitando-se ultrapassar a linha que margeia a letra. A COPESE não se responsabiliza por problemas na leitura que advierem da marcação inadequada da Folha de Respostas ou da utilização de material não especificado para tal. 7. Em hipótese alguma haverá substituição da Folha de Respostas. 8. Não deixe para preencher sua Folha de Respostas na última hora, pois não haverá tempo adicional para a realização dessa atividade. AO ASSINALAR SUAS RESPOSTAS, PREENCHA TOTALMENTE A LETRA CORRESPONDENTE A SUA RESPOSTA, NÃO FAÇA UM X OU QUALQUER OUTRA MARCA. FORMA CORRETA DE PREENCHIMENTO: NÃO PREENCHA ASSIM: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUDESTE DE MINAS GERAIS CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGO EFETIVO DE DOCENTES ÁREA: Língua Portuguesa e Espanhola < PROVA OBJETIVA < Câmpus Muriaé < Edital 001/2013 x *

CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

  • Upload
    buinhu

  • View
    222

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!

!!!!!!!!!!

TEMPO DE DURAÇÃO DA PROVA: 03 (TRÊS) HORAS

INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA PROVA

1. ABRA ESTE CADERNO DE PROVAS SOMENTE QUANDO AUTORIZADO. 2. Confira se sua prova corresponde ao cargo para o qual você se inscreveu. 3. Verifique se este Caderno de Provas contém 20 (vinte) questões. Cada questão é constituída de cinco alternativas. Caso haja algum problema, solicite a substituição de seu Caderno de Provas. 4. Seus dados pessoais, o cargo e o Câmpus para o qual concorre encontram-se no seu Comprovante Definitivo de Inscrição e na Folha de Respostas. 5. Você só poderá deixar o local de prova após 60 minutos do início da aplicação e poderá levar o Caderno de Provas após 90 minutos do início; quando deverá entregar apenas a folha de respostas. 6. Comunique sempre aos fiscais qualquer irregularidade observada durante a realização das provas. Não sendo tomadas as devidas providências a respeito da sua reclamação, solicite a presença do(a) Coordenador(a) ou comunique-se com ele(a), na secretaria, tão logo termine a prova. 7. Os 3 últimos candidatos deverão permanecer na sala para entrega simultânea da Folha de Respostas, e deverão assinar na Ata de Sala. 8. Você será avisado quando restarem 30 minutos para o final da prova.

INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DA FOLHA DE RESPOSTAS

1. Ao receber sua Folha de Respostas, verifique os seus dados pessoais, o nome do cargo e o Câmpus para o qual concorre. Caso esteja incorreta alguma informação, comunique ao fiscal. 2. É obrigatória a assinatura do candidato na Folha de Respostas. 3. Ao receber a Folha de Respostas, assine-a imediatamente, não deixe para depois. É de responsabilidade do candidato essa assinatura. A COPESE não se responsabilizará por Folhas de Respostas não assinadas. 4. Não amasse, não dobre, não rasgue, não rasure a Folha de Respostas, nem use corretivo. 5. A marcação de mais de uma opção para uma mesma questão implica a anulação da mesma. 6. Terminada a resolução da prova, preencha a Folha de Respostas com as suas opções, conforme instruções a seguir. • A marcação das respostas deve OBRIGATORIAMENTE ser feita com caneta esferográfica com tinta azul ou preta. • A letra correspondente à questão escolhida deve ser totalmente preenchida, evitando-se ultrapassar a linha que margeia a

letra. • A COPESE não se responsabiliza por problemas na leitura que advierem da marcação inadequada da Folha de Respostas ou

da utilização de material não especificado para tal. 7. Em hipótese alguma haverá substituição da Folha de Respostas. 8. Não deixe para preencher sua Folha de Respostas na última hora, pois não haverá tempo adicional para a realização dessa atividade.

!AO ASSINALAR SUAS RESPOSTAS, PREENCHA TOTALMENTE A LETRA CORRESPONDENTE A SUA RESPOSTA, NÃO FAÇA UM X OU QUALQUER OUTRA MARCA.

FORMA CORRETA DE PREENCHIMENTO: NÃO PREENCHA ASSIM: !!

MINISTÉRIO)DA)EDUCAÇÃO))

INSTITUTO)FEDERAL)DE)EDUCAÇÃO,)CIÊNCIA)E)TECNOLOGIA)DO)SUDESTE)DE)MINAS)GERAIS)

!

CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE!DOCENTES!)

ÁREA:!Língua!Portuguesa!e!Espanhola!!

<!PROVA!OBJETIVA!<!Câmpus!Muriaé!<!Edital!001/2013!

!

x! ✓! −! *!

Page 2: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

ATENÇÃO)))

• Leia!atentamente!o!Edital!correspondente!ao!seu!concurso.!!

• A!seguir,!chamamos!a!atenção!para!alguns!itens!presentes!no!respectivo!edital.!!

= Será! classificado,! nesta! etapa,! o! candidato! que! obtiver! aproveitamento! igual! ou!superior!a!60%!(sessenta!por! cento),! respeitando!o! limite!de,!no!máximo,!20(vinte)!vezes!o!número!de!vagas!oferecidas!na!área!objeto!do!concurso.!!

= Todos! os! candidatos! empatados! na! última! classificação! da! prova! objetiva! serão!considerados! classificados! nesta! etapa! nos! termos! do! §3o! do! Art.16! do! Decreto! no!6.944/2009.!

!= O! resultado! da! prova! objetiva! será! divulgado! no! endereço! eletrônico:!

http://www.ifsudestemg.edu.br!

Page 3: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Câmpus Muriaé

Texto para as questões 01 a 06.

Texto I

A Carteira ... De repente, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la foi 1!

obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e que, sem o 2!conhecer, lhe disse rindo: 3!

— Olhe, se não dá por ela; perdia-a de uma vez. 4!— É verdade, concordou Honório envergonhado. 5!Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã uma 6!

dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A dívida não parece grande para 7!um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as quantias são grandes ou pequenas, segundo 8!as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores. Gastos de família excessivos, a princípio por servir a 9!parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão; baile daqui, jantar dali, chapéus, 10!leques, tanta coisa mais, que não havia remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou 11!pelas contas de lojas e armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a 12!outro, e tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares a comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma 13!voragem. 14!

— Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 15!— Agora vou, mentiu o Honório. 16!A verdade é que ia mal. Poucas causas, de pequena monta, e constituintes remissos; por desgraça 17!

perdera ultimamente um processo, em que fundara grandes esperanças. Não só recebeu pouco, mas até 18!parece que ele lhe tirou alguma coisa à reputação jurídica; em todo caso, andavam mofinas nos jornais. D. 19!Amélia não sabia nada; ele não contava nada à mulher, bons ou maus negócios. Não contava nada a 20!ninguém. Fingia-se tão alegre como se nadasse em um mar de prosperidades. Quando o Gustavo, que ia 21!todas as noites à casa dele, dizia uma ou duas pilhérias, ele respondia com três e quatro; e depois ia ouvir 22!os trechos de música alemã, que D. Amélia tocava muito bem ao piano, e que o Gustavo escutava com 23!indizível prazer, ou jogavam cartas, ou simplesmente falavam de política. 24!

Um dia, a mulher foi achá-lo dando muitos beijos à filha, criança de quatro anos, e viu-lhe os olhos 25!molhados; ficou espantada, e perguntou-lhe o que era. 26!

— Nada, nada. 27!Compreende-se que era o medo do futuro e o horror da miséria. Mas as esperanças voltavam com 28!

facilidade. A ideia de que os dias melhores tinham de vir dava-lhe conforto para a luta. Estava com trinta e 29!quatro anos; era o princípio da carreira; todos os princípios são difíceis. E toca a trabalhar, a esperar, a 30!gastar, pedir fiado ou emprestado, para pagar mal, e a más horas. A dívida urgente de hoje são uns malditos 31!quatrocentos e tantos mil-réis de carros. Nunca demorou tanto a conta, nem ela cresceu tanto, como agora; 32!e, a rigor, o credor não lhe punha a faca aos peitos; mas disse-lhe hoje uma palavra azeda, com um gesto 33!mau, e Honório quer pagar-lhe hoje mesmo. 34!

Eram cinco horas da tarde. Tinha-se lembrado de ir a um agiota, mas voltou sem ousar pedir nada. 35!Ao enfiar pela Rua da Assembleia é que viu a carteira no chão, apanhou-a, meteu no bolso, e foi andando. 36!Durante os primeiros minutos, Honório não pensou nada; foi andando, andando, andando, até o Largo da 37!Carioca. No Largo parou alguns instantes, − enfiou depois pela Rua da Carioca, mas voltou logo, e entrou 38!na Rua Uruguaiana. Sem saber como, achou-se daí a pouco no Largo de S. Francisco de Paula; e ainda, 39!sem saber como, entrou em um Café. Pediu alguma coisa e encostou-se à parede, olhando para fora. Tinha 40!medo de abrir a carteira; podia não achar nada, apenas papéis e sem valor para ele. Ao mesmo tempo, e 41!esta era a causa principal das reflexões, a consciência perguntava-lhe se podia utilizar-se do dinheiro que 42!achasse. Não lhe perguntava com o ar de quem não sabe, mas antes com uma expressão irônica e de 43!

Page 4: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

censura. Podia lançar mão do dinheiro, e ir pagar com ele a dívida? Eis o ponto. A consciência acabou por 44!lhe dizer que não podia, que devia levar a carteira à polícia, ou anunciá-la; mas tão depressa acabava de lhe 45!dizer isto, vinham os apuros da ocasião, e puxavam por ele, e convidavam-no a ir pagar a cocheira. 46!Chegavam mesmo a dizer-lhe que, se fosse ele que a tivesse perdido, ninguém iria entregar-lhe; insinuação 47!que lhe deu ânimo. 48!

Tudo isso antes de abrir a carteira. Tirou-a do bolso, finalmente, mas com medo, quase às 49!escondidas; abriu-a, e ficou trêmulo. Tinha dinheiro, muito dinheiro; não contou, mas viu duas notas de 50!duzentos mil-réis, algumas de cinquenta e vinte; calculou uns setecentos mil-réis ou mais; quando menos, 51!seiscentos. Era a dívida paga; eram menos algumas despesas urgentes. Honório teve tentações de fechar os 52!olhos, correr à cocheira, pagar, e, depois de paga a dívida, adeus; reconciliar-se-ia consigo. Fechou a 53!carteira, e com medo de perdê-la, tornou a guardá-la. 54!

Mas daí a pouco tirou-a outra vez, e abriu-a, com vontade de contar o dinheiro. Contar para quê? 55!era dele? Afinal venceu-se e contou: eram setecentos e trinta mil-réis. Honório teve um calafrio. Ninguém 56!viu, ninguém soube; podia ser um lance da fortuna, a sua boa sorte, um anjo... Honório teve pena de não 57!crer nos anjos... Mas por que não havia de crer neles? E voltava ao dinheiro, olhava, passava-o pelas mãos; 58!depois, resolvia o contrário, não usar do achado, restituí-lo. Restituí-lo a quem? Tratou de ver se havia na 59!carteira algum sinal. 60!

"Se houver um nome, uma indicação qualquer, não posso utilizar-me do dinheiro", pensou ele. 61!Esquadrinhou os bolsos da carteira. Achou cartas, que não abriu, bilhetinhos dobrados, que não leu, 62!

e por fim um cartão de visita; leu o nome; era do Gustavo. Mas então, a carteira?... Examinou-a por fora, e 63!pareceu-lhe efetivamente do amigo. Voltou ao interior; achou mais dois cartões, mais três, mais cinco. Não 64!havia duvidas; era dele. 65!

A descoberta entristeceu-o. Não podia ficar com o dinheiro, sem praticar um ato ilícito, e, naquele 66!caso, doloroso ao seu coração porque era em dano de um amigo. Todo o castelo levantado esboroou-se 67!como se fosse de cartas. Bebeu a última gota de café, sem reparar que estava frio. Saiu, e só então reparou 68!que era quase noite. Caminhou para casa. Parece que a necessidade ainda lhe deu uns dois empurrões, mas 69!ele resistiu. 70!

"Paciência, disse ele consigo; verei amanhã o que posso fazer". 71!Chegando a casa, já ali achou o Gustavo, um pouco preocupado, e a própria D. Amélia o parecia 72!

também. Entrou rindo, e perguntou ao amigo se lhe faltava alguma coisa. 73!— Nada. 74!— Nada? 75!— Por quê? 76!— Mete a mão no bolso; não te falta nada? 77!— Falta-me a carteira, disse o Gustavo sem meter a mão no bolso. Sabes se alguém a achou? 78!— Achei-a eu, disse Honório entregando-lha. 79!Gustavo pegou dela precipitadamente, e olhou desconfiado para o amigo. Esse olhar foi para 80!

Honório como um golpe de estilete; depois de tanta luta com a necessidade, era um triste prêmio. Sorriu 81!amargamente; e, como o outro lhe perguntasse onde a achara, deu-lhe as explicações precisas. 82!

— Mas conheceste-a? 83!— Não; achei os teus bilhetes de visita. 84!Honório deu duas voltas, e foi mudar de toilette para o jantar. Então Gustavo sacou novamente a 85!

carteira, abriu-a, foi a um dos bolsos, tirou um dos bilhetinhos, que o outro não quis abrir nem ler, e 86!estendeu-o a D. Amélia, que, ansiosa e trêmula, rasgou-o em trinta mil pedaços: era um bilhetinho de amor.87!

ASSIS, Machado. A carteira. Obra completa, vol. II, Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1994. Disponível em: <http://machado.mec.gov.br>. Acesso em: 28 jul. 2013.

Page 5: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Câmpus Muriaé

Questão 01 Quanto ao gênero textual, esse texto pode ser definido como um (a):

a) apólogo, porque o comportamento ético de Honório ao não gastar o dinheiro da carteira mesmo estando endividado constrói uma representação alegórica da honestidade.

b) conto, porque desenvolve-se a partir do conflito de Honório frente à possibilidade de gastar ou não o dinheiro da carteira, apresentando uma única célula dramática.

c) crônica, pois narra o momento em que Honório encontra uma carteira na rua, evidenciando a importância e singularidade dos acontecimentos miúdos do cotidiano.

d) novela, pois a narrativa desenvolve-se simultaneamente a partir do drama vivido por Honório e do romance de Gustavo e D. Amélia, apresentando dois núcleos dramáticos.

e) relato, pois descreve a experiência de Honório ao encontrar uma carteira na rua, enfatizando o seu dilema ético frente à possibilidade de usar o dinheiro para pagar dívidas.

Questão 02 O elemento complicador da narrativa é :

a) a busca pelo proprietário da carteira. b) a dedicação de Honório à esposa. c) a dificuldade financeira de Honório. d) o dilema moral vivido por Honório. e) o fracasso profissional de Honório.

Questão 03 Ilari e Geraldi afirmam que “Os Dêiticos realizam o fenômeno da dêixis, que é um dos

traços que distinguem a linguagem humana das linguagens artificiais...”. Diante disso, a única alternativa que apresenta a palavra destacada em função dêitica é:

a) “Tinha-se lembrado de ir a um agiota, mas voltou sem ousar pedir nada.” [linha 35]

b) “e tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares a comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma

voragem”. [linhas 13-14]

c) “...mas tão depressa acabava de lhe dizer isto, vinham os apuros da ocasião, e puxavam por ele, e convidavam-no a ir pagar a cocheira”. [linhas 45-46]

d) “Nunca demorou tanto a conta, nem ela cresceu tanto, como agora; e, a rigor, o credor não lhe punha a faca aos peitos;" [linhas 32-33]

e) “Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã uma dívida...” [linhas 6-7]

Page 6: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

Questão 04 Considerando o uso do que como conectivo, assinale a alternativa em que o termo destacado

figure como conjunção e como pronome relativo, respectivamente.

a) “A consciência acabou por lhe dizer que não podia, que devia levar a carteira à polícia, ou anunciá-la; mas tão depressa acabava de lhe dizer isto, vinham os apuros da ocasião...” [linhas 44-46]

b) “A verdade é que ia mal. Poucas causas, de pequena monta, e constituintes remissos; por desgraça perdera ultimamente um processo, em que fundara grandes esperanças.” [linhas 17-18]

c) “Chegavam mesmo a dizer-lhe que, se fosse ele que a tivesse perdido, ninguém iria entregar-lhe; insinuação que lhe deu ânimo.” [linhas 47-48]

d) “...e depois ia ouvir os trechos de música alemã, que D. Amélia tocava muito bem ao piano, e que o Gustavo escutava com indizível prazer, ou jogavam cartas...” [linhas 22-24]

e) “...tirou um dos bilhetinhos, que o outro não quis abrir nem ler, e estendeu-o a D. Amélia, que, ansiosa e trêmula, rasgou-o em trinta mil pedaços: era um bilhetinho de amor.” [linhas 86-87]

Questão 05 Um recurso muito presente na escrita literária de Machado de Assis é a construção de um

tom irônico ao longo das narrativas. O período que encerra o texto confere à narrativa esse tom irônico. Em qual dos trechos seguintes NÃO evidenciamos o uso deste recurso?

a) “Em primeiro lugar, não há uma só alma, há duas...” A afirmação causa perplexidade, mas o

narrador não se intimida e reitera que existem duas almas: uma exterior, outra, interior... A alma exterior não é sempre a mesma, modifica-se com as circunstâncias. As duas juntas, metafisicamente, se completam, quem perde sua alma exterior vive incompletamente, e há caso de pessoas que perdem a existência inteira. O homem continua relatando sua experiência de quando tinha 25 anos e fora nomeado alferes da Guarda Nacional. Tornou-se o centro de atenção de sua humilde família e passou a ser identificado como o Sr. Alferes.

ASSIS, M. O Espelho. In: Papéis Avulsos. RJ: Nova Aguiar, 1994. p. 345.

b) Mais dia menos dia, demito-me deste lugar. Um historiador de quinzena, que passa os dias no fundo de um gabinete escuro e solitário, que não vai às touradas, às câmaras, à rua do Ouvidor, um historiador assim é um puro contador de histórias. E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de histórias é justamente o contrário de historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias.

ASSIS, M. História de Quinze Dias. In: Crônicas. RJ: Nova Aguiar, 1994. p. 361.

c) Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa ideia no discurso que proferiu à beira de minha cova: —"Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que tem honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado." Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices que lhe deixei.

ASSIS, M. Memórias Póstumas de Brás Cubas. SP: Ateliê, 2001. p. 69.

Continua...

Page 7: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

d) Um dia, porém, longos anos depois notou o Diabo que muitos dos seus fiéis, às escondidas,

praticavam as antigas virtudes. Não as praticavam todas, nem integralmente, mas algumas, por partes, e, como digo, às ocultas. Certos glutões recolhiam-se a comer frugalmente três ou quatro vezes por ano, justamente em dias de preceito católico; muitos avaros davam esmolas, à noite, ou nas ruas mal povoadas; vários dilapidadores do erário restituíam-lhe pequenas quantias; os fraudulentos falavam, uma ou outra vez, com o coração nas mãos, mas com o mesmo rosto dissimulado, para fazer crer que estavam embaçando os outros.

ASSIS, M. A Igreja do Diabo. In: Histórias sem data. RJ: Nova Aguiar, 1994. p. 373.

e) - Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas ideias que houveres de nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter absolutamente; coisa que entenderás bem, imaginando, por exemplo, um ator defraudado do uso de um braço. Ele pode, por um milagre de artifício, dissimular o defeito aos olhos da plateia; mas era muito melhor dispor dos dois. O mesmo se dá com as ideias; pode-se, com violência, abafá-las, escondê-las até à morte; mas nem essa habilidade é comum, nem tão constante esforço conviria ao exercício da vida.

ASSIS, M. Teoria do Medalhão. In: Papéis Avulsos. RJ: Nova Aguiar, 1994. p. 290. Questão 06 Afrânio Coutinho afirma que Machado de Assis, não se filiou exclusivamente a nenhuma

estética literária no Brasil, passou com independência por todas elas, assimilando o que elas tinham de aproveitável sem se entregar aos excessos. Diante disso, no texto A carteira, Machado se aproxima mais explicitamente da estética:

a) impressionista, porque o narrador em 3ª pessoa constrói uma narrativa impessoal que sugere ao

leitor a traição de D. Amélia.

b) naturalista, porque denuncia a podridão social e humana por meio da análise do comportamento adúltero de D. Amélia.

c) pré-modernista, porque crítica as relações de aparência mantidas pela sociedade burguesa ao descrever a falência de Honório.

d) realista, porque revela a hipocrisia presente nas relações sociais da burguesia e a decadência da instituição social do casamento.

e) romântica, porque a valorização da figura da mulher, representada no texto por D. Amélia, é a causa das desventuras de Honório.

Page 8: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

Texto para a questão 7

Texto II

Disponível em: <http://omelete.uol.com.br/imagens/quadrinhos/news/machado_de_assis/spacca.jpg>.

Acesso em: 06 de dez. de 2013.

Page 9: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

Questão 07 Segundo Marchushi, executamos rotineiramente atividades de reformulação dos textos em

função de uma complexa variação de registros, gêneros textuais, níveis linguísticos e estilos. A essas atividades damos o nome de retextualização e elas acontecem de forma bastante diversificada e frequente em nossa comunicação diária. O texto II é uma retextualização da narrativa A carteira de Machado de Assis. Diante dessa informação, só NÃO podemos afirmar que:

a) na retextualização da narrativa em história em quadrinhos foram consideradas estratégias

linguísticas, textuais e discursivas identificadas no texto-base para, então, projetá-las tendo em vista uma nova situação de interação.

b) no processo de retextualização da narrativa foram mantidas todas as estratégias linguísticas do texto original, já que isso é uma premissa da habilidade da retextualização.

c) os personagens, o enredo e o espaço constituintes da narrativa original foram mantidos e reconfigurados tendo em vista os recursos semióticos não verbais próprios das histórias em quadrinhos.

d) para a proposta de retextualização da narrativa levou-se em conta o propósito da retextualização; a relação entre o texto original e o texto alvo; a relação tipológica entre o gênero textual original e o gênero da retextualização e os processos de formulação típicos de cada gênero textual.

e) partindo do pressuposto de que a recontextualização é uma nova forma de orientação para o evento comunicativo, percebemos que, ao retextualizar a narrativa em história em quadrinhos, temos uma nova proposta de materializar as informações.

Texto para as questões 8 a 10.

Texto III

Compreendendo Machado de Assis O exercício de admiração de Ayrton Marcondes

O centenário da morte de Machado de Assis ganhou uma biografia em tudo e por tudo à altura deste 1!

evento. O livro de Ayrton Marcondes, intitulado simples e modestamente "Machado de Assis", com o 2!subtítulo "Exercício de admiração" (A Girafa, São Paulo, 2008, 340 páginas). Por que não "Exercício de 3!compreensão"? A admiração leva naturalmente a compreender a pessoa admirada, e é a esta tarefa que se 4!dedica o autor em sua obra. 5!

Metódico, criterioso, agudamente responsável, sempre se interrogando sobre a procedência dos 6!conceitos emitidos, ele estabelece o diálogo com os biógrafos de Machado, confrontando opiniões, 7!discutindo-as, e propondo-se "ir um pouco além da imagem do Machado de Assis oficial". Explica-se o 8!autor: "Entretanto, se conseguirmos ultrapassar um pouco essa superfície e avançarmos na direção ao 9!âmago de sua arte criativa, encontrando em seus passos sinais que nos ajudem a entendê-la, nos daremos 10!por muito bem pagos" (p.34). 11!

Machado é dos escritores que mais gostava de se ocultar. Nele o escritor absorve o homem. Na obra 12!o homem desaparece. Pois o propósito de Ayrton, avançando passo a passo, sempre com máxima cautela, é 13!resgatar o homem que teria deixado de existir debaixo do grande prosador imposto em sua imagem oficial. 14! 15! 16! 17!

Page 10: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

Uma floresta 18!Embora a percepção do crítico sobre o tema avance constantemente, ele nunca está seguro, como 19!

quem diz: "Será que estou no caminho certo?" "Será que é mesmo por aí?" Este auto-questionamento 20!sincero e renovado, só engrandece o autor. Não se dá ares doutorais, nunca está dizendo a última palavra, 21!não quer parecer dono da verdade. Apenas indaga, e indagando, encaminha o leitor para se aproximar cada 22!vez mais do autor de "Dom Casmurro", sabendo que nunca poderemos exclamar, em tom de descoberta 23!definitiva: "Finalmente, eis aqui Machado!" O Bruxo é desses autores que parecem uma floresta. Podemos 24!conhecer cada uma das árvores de que a floresta se compõe, mas jamais conheceremos a floresta como uma 25!totalidade. 26!

Talvez por isso mesmo, toda a admiração que cerca Machado de Assis não impede que ele seja, 27!talvez, o escritor que é menos bem lido em nossa literatura. Até não se sabe se ele é lido como merece; o 28!que se sabe é que é muito mal lido. Foi acusado de tudo, cético, materialista, anti-clerical, ateu, indiferente 29!ao seu País, absenteísta, etc. Tudo falso, tudo mal contado. Da acusação de ceticismo defende-se com 30!veemência: "Não achareis linha cética nestas minhas conversações dominicais. Se destes com alguma que 31!se possa dizer pessimista, adverte que nada há mais oposto ao ceticismo. Achar que uma coisa é ruim, não 32!é duvidar dela, mas afirmá-la" (A Semana, O.C., III, 769). 33!

Da mesma forma sempre repeliu a pecha de materialista. O leitor superficial é incapaz de perceber 34!que a ironia machadiana é maior e superior a todos os "ismos". Quase todo "ismo" é uma posição 35!dogmática. E o fino escritor novecentista, com seu amor aos matizes e às nuances, foi o avesso de todo e 36!qualquer dogmatismo. 37!

(...) 38! 39!Compasso de espera 40!

Neste ponto o comentário ensejado por Ayrton é muito elucidativo: "Ao tempo da militância contra 41!a crença, terá deixado a fé em compasso de espera até encontrar-se com ela, em diálogo final já próximo da 42!morte, ocasião em que o desconhecido pode tornar-se palpável até mesmo para um racionalista em estado 43!puro" (ob.cit., p.125). O mais interessante nesta citação é a frase "terá deixado a fé em compasso de espera 44!até encontrar-se com ela". A expressão "em compasso de espera" encerra um achado de alcance muito mais 45!amplo do que parece. Aplica-se como uma luva ao pretenso ateísmo e materialismo de Machado, mas se 46!aplica também a muitas outras posições de Machado ao longo de sua vida intelectual. Posições firmadas 47!como o anti-nacionalismo, o anticlericalismo, o absenteísmo, e o pessimismo radical sobre a natureza 48!humana. 49!

Machado de Assis funcionava em dois registros simultâneos. O primeiro era explícito, patente, 50!declarado. O segundo era implícito, latente e virtual, "em compasso de espera". Jamais fechava uma 51!questão, por mais que parecesse proceder assim. Deixava sempre a possibilidade contrária em aberto, à 52!espera da ocasião propícia para se manifestar. (...) 53! 54!Equívocos 55!

Um dos equívocos mais absurdos inventados pelos maus leitores de Machado é o "absenteísmo", 56!isto é, o suposto distanciamento do contexto histórico, social e político do seu tempo. É acusado de viver 57!dissociado das circunstâncias e do destino da pátria, indiferente a acontecimentos marcantes, como a 58!Abolição e a proclamação da República, por exemplo. A denúncia é vazia e totalmente improcedente, 59!conforme demonstra Marcondes com base em documentação irrefutável. Machado sempre foi, à sua 60!maneira, um brasileiro intensamente participante dos eventos sociais e políticos que se passavam à sua 61!volta, tanto em escala graúda, quanto miúda. Sua obra de cronista reflete a vida cotidiana do Rio de Janeiro 62!em toda a variedade e mobilidade só captadas por um homem que estava presente nas ruas da cidade, e não 63!enclausurada em torre de marfim. 64!

Page 11: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

Com toda sua inegável misantropia, Machado sempre foi homem da cidade, ligado às peripécias do 65!contorno urbano, que descrevia com muita graça e humor, e aos imperativos de construção da nossa 66!nacionalidade, que levava muito a sério. Ayrton lembra que ainda quando jovem, em 1858, o iniciante 67!escritor publicou um trabalho crítico, "O passado, o presente e o futuro da literatura", no qual externa sua 68!preocupação com os destinos do País, ligando-os à formação de uma literatura nacional e à educação 69!popular (ob. cit., p. 89). Sem incidir no nacionalismo, explica o biógrafo, Machado insiste na geração do 70!sentimento da nacionalidade brasileira e uma literatura brasileira. E esta disposição a manteve ao longo de 71!toda sua vida. 72!

(...) 73! Ayrton Marcondes não é um estreante. Publicou outras obras de pulso sobre Canudos, Campos 74!Salles e inclusive sobre Machado, "Por onde andará Machado de Assis?" (2004). Na obra que resenhamos, 75!reafirma suas qualidades de pesquisador sério, analista criterioso, crítico responsável que sabe dar a palavra 76!ao autor criticado para se apresentar, em vez de abafá-lo com sua própria voz em primeiro plano. Assim, 77!nos revela um Machado integrado com seu tempo, seu País, consigo próprio e com seu enigma. Não o 78!Machado fragmentário, discutível, deformado por críticos que ou não sabem ler, ou leem de maneira 79!parcial e ideológica. Este livro, "Machado de Assis", de Ayrton Marcondes, é recomendado para todos os 80!leitores que querem compreender o grande escritor. Para os iniciantes servirá de excelente introdução a 81!Machado. Para os iniciados, de oportunidade para a revisão e ajustamento de seus conceitos. 82!

KUJAWSKI, Gilberto de Mello. Compreendendo Machado de Assis.Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/resenhas/compreendendo-machado-de-assis.htm>. Acesso em: 16 de set. de 2013.

Page 12: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Câmpus Muriaé

Questão 08 No trecho: Metódico, criterioso, agudamente responsável, sempre se interrogando sobre a

procedência dos conceitos emitidos, ele estabelece o diálogo com os biógrafos de Machado, confrontando opiniões, discutindo-as, e propondo-se "ir um pouco além da imagem do Machado de Assis oficial” [linhas 6-8] observa-se que:

I - Existe uma qualificação direta em relação à biografia produzida por Ayrton Marcondes, o que

pode ser comprovado pelos léxicos metódico, criterioso, responsável. II - O pronome “ele” empregado no trecho se refere a Gilberto de Mello Kujawski autor do texto

que avalia a biografia construída sobre Machado de Assis. III - No trecho nota-se uma preocupação do autor em comprovar os argumentos positivos em

relação ao autor da biografia, o que pode ser comprovado com a utilização dos verbos Interrogar, Discutir e Propor.

IV - O termo “se” desempenha a mesma função em suas duas ocorrências no trecho.

Estão CORRETAS:

a) I, II, III, IV b) I, II e III somente. c) I, II e IV somente. d) I, III e IV somente. e) II e III e IV somente.

Questão 09 Gilberto de Mello Kujawski critica que um dos equívocos mais absurdos inventados pelos

maus leitores de Machado é o "absenteísmo", retomando que Ayrton, em sua obra, lembra que há uma extrema preocupação de Machado com o futuro do Brasil. Tendo em vista que Gilberto traduz a obra de Ayrton como "Exercício de Compreensão", pode-se afirmar que essa característica “absenteísta” é NEGADA no seguinte trecho:

a) (...) Embora a percepção do crítico sobre o tema avance constantemente, ele nunca está seguro,

como quem diz: "Será que estou no caminho certo? [linhas 19-20] b) (...) Talvez por isso mesmo, toda a admiração que cerca Machado de Assis não impede que ele seja,

talvez, o escritor que é menos bem lido em nossa literatura. Até não se sabe se ele é lido como merece; o que se sabe é que é muito mal lido. [linhas 27-29]

c) (...) Machado de Assis funcionava em dois registros simultâneos. O primeiro era explícito, patente, declarado. O segundo era implícito, latente e virtual, "em compasso de espera". Jamais fechava uma questão, por mais que parecesse proceder assim. Deixava sempre a possibilidade contrária em aberto, à espera da ocasião propícia para se manifestar. [linhas 50-53]

d) (...) Ayrton lembra que ainda quando jovem, em 1858, o iniciante escritor publicou um trabalho crítico, "O passado, o presente e o futuro da literatura", no qual externa sua preocupação com os destinos do País, ligando-os à formação de uma literatura nacional e à educação popular (ob. cit., p. 89). Sem incidir no nacionalismo, explica o biógrafo, Machado insiste na geração do sentimento da nacionalidade brasileira e uma literatura brasileira. E esta disposição a manteve ao longo de toda sua vida. [linhas 67-72]

e) "Ao tempo da militância contra a crença, terá deixado a fé em compasso de espera até encontrar-se com ela, em diálogo final já próximo da morte, ocasião em que o desconhecido pode tornar-se palpável até mesmo para um racionalista em estado puro" [linhas 41-44]

Page 13: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

Questão 10 Para convencer/persuadir, um crítico se posiciona utilizando diversas adjetivações que

evidenciam a sua opinião. O posicionamento do autor do texto III é positivo mediante a obra “Machado de Assis - Exercício de admiração”, de Ayrton Marcondes. Dos trechos abaixo, é possível encontrar, de forma mais explícita, esse posicionamento em:

a) (...) Neste ponto o comentário ensejado por Ayrton é muito elucidativo: "Ao tempo da militância

contra a crença, terá deixado a fé em compasso de espera até encontrar-se com ela, em diálogo final já próximo da morte, ocasião em que o desconhecido pode tornar-se palpável até mesmo para um racionalista em estado puro" (ob.cit., p.125). O mais interessante nesta citação é a frase "terá deixado a fé em compasso de espera até encontrar-se com ela". [linhas 41-45]

b) (...) Com toda sua inegável misantropia, Machado sempre foi homem da cidade, ligado às peripécias do contorno urbano, que descrevia com muita graça e humor, e aos imperativos de construção da nossa nacionalidade, que levava muito a sério. [linhas 65-67]

c) (...) Machado de Assis funcionava em dois registros simultâneos. O primeiro era explícito, patente, declarado. O segundo era implícito, latente e virtual, "em compasso de espera". [linhas 50-51]

d) (...) Machado sempre foi, à sua maneira, um brasileiro intensamente participante dos eventos sociais e políticos que se passavam à sua volta, tanto em escala graúda, quanto miúda. [linhas 61-62]

e) (...) Apenas indaga, e indagando, encaminha o leitor para se aproximar cada vez mais do autor de "Dom Casmurro", sabendo que nunca poderemos exclamar, em tom de descoberta definitiva: "Finalmente, eis aqui Machado!" [linhas 22-24]

Texto IV

Disponível em: <http://acervodeprofessor.blogspot.com.br/2011/11/tirinha-tema-machado-de-assis.html>.

Acesso em: 06 de dez. de 2013.

Page 14: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

Texto V

(...) Talvez por isso mesmo, toda a admiração que cerca Machado de Assis não impede que ele seja, talvez, o escritor que é menos bem lido em nossa literatura. Até não se sabe se ele é lido como merece; o que se sabe é que é muito mal lido. Foi acusado de tudo, cético, materialista, anti-clerical, ateu, indiferente ao seu País, absenteísta, etc. Tudo falso, tudo mal contado. Da acusação de ceticismo defende-se com veemência: "Não achareis linha cética nestas minhas conversações dominicais. Se destes com alguma que se possa dizer pessimista, adverte que nada há mais oposto ao ceticismo. Achar que uma coisa é ruim, não é duvidar dela, mas afirmá-la" (A Semana, O.C., III, 769). Da mesma forma sempre repeliu a pecha de materialista. O leitor superficial é incapaz de perceber que a ironia machadiana é maior e superior a todos os "ismos". Quase todo "ismo" é uma posição dogmática. E o fino escritor novecentista, com seu amor aos matizes e às nuances, foi o avesso de todo e qualquer dogmatismo.

KUJAWSKI, Gilberto de Mello. Compreendendo Machado de Assis. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/resenhas/compreendendo-machado-de-assis.htm>. Acesso em: 16 de set. de 2013. Questão 11 Em relação aos textos IV e V afirma-se que:

I - O texto IV sinaliza o senso comum de que para se ler Machado de Assis necessitaríamos de

certa maturidade para compreensão de sua obra.

II - O texto IV sugere, através da ironia, que há uma separação entre a literatura machadiana e outras literaturas inferiores.

III - O texto V enfatiza a leitura certas vezes equivocada de Machado, assim como a superficialidade dos leitores em lidar com a obra.

IV - Os textos IV e V realçam a grandiosidade da obra machadiana, assim como a incapacidade e alienação dos leitores em relação à obra.

Estão CORRETAS:

a) I, II e III, apenas.

b) II, III e IV, apenas.

c) I, III e IV, apenas.

d) I, II, III e IV.

e) I, II e IV, apenas.

Page 15: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

Texto para as questões 12 e 13

Texto VI

Disponível em: <http://www.ivoviuauva.com.br/>.

Acesso em 07 de dez. de 2013. Questão 12 A retextualização é um processo que envolve operações complexas que interferem tanto no

código como no sentido. É a refacção ou a reescrita de um texto para outro, ou seja, trata-se de um processo de transformação de uma modalidade textual em outra, envolvendo operações específicas de acordo com o funcionamento da linguagem. (Dell’Isola, 2007)

I - Os elementos verbais e não verbais do texto evidenciam personagens e fatos do clássico

Romeu e Julieta de Shakespere. Verifica-se uma retextualização de fatos e informações formatados num novo gênero que tem como propósito comunicativo destacar o humor negro do clássico.

II - Na retextualização proposta observa-se uma atualização do tempo e espaço do enredo da história original. Tais questões podem ser verificadas na utilização da variante linguística empregada e no veículo utilizado para veicular a mensagem principal.

III - Na linguagem utilizada no gênero, pode-se perceber uma atualização típica da modernização dos meios de comunicação. A abreviação dos léxicos pode ser vista como um exemplo dessa atualização que visa uma economia de caracteres e uma maior agilidade na comunicação.

IV - A retextualização apresentada articula operações do código e do sentido. No primeiro, observa-se uma variante linguística típica dos jovens. No segundo, é notável uma espécie de “recontextualização” dos fatos em um novo formato composicional associado a novas práticas sociais.

Estão CORRETAS:

a) I, II, III, IV. b) I, III, IV, somente. c) II, III, IV, somente. d) II e III, somente. e) I e III, somente.

Page 16: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

Questão 13 Percebemos hoje uma nova orientação em relação ao trabalho com a área de Linguagens, Códigos e suas tecnologias nos PCN’s. Os Parâmetros Curriculares Nacionais destacam a importância da utilização dos códigos que dão suporte às linguagens de modo que não vise apenas ao domínio técnico, mas principalmente à competência de desempenho, ao saber usar as linguagens em diferentes situações ou contextos, considerando inclusive os interlocutores ou públicos.

A partir dessa consideração, podemos afirmar que o texto VI é uma retextualização que articula contextos e práticas sociais distintas, exigindo do leitor uma leitura mais contextual do que técnica. Diante dessas afirmativas, consideramos as seguintes assertivas, EXCETO:

a) Retextualizar é produzir um novo texto e “toda e qualquer atividade propriamente de retextualização irá implicar, necessariamente, mudança de propósito. Por outro lado, a reescrita é uma “atividade na qual, através do refinamento dos parâmetros discursivos, textuais e linguísticos que norteiam a produção original, materializa - se uma nova versão do texto”.

b) Enquanto a prática da reescrita visa o aperfeiçoamento de um texto já produzido, o processo de

retextualização atribui “novo propósito à produção textual”. Com isso, estabelecem-se outras condições de produção, redimensiona-se a projeção de imagens entre os interlocutores, de seus papéis sociais e comunicativos, dos conhecimentos partilhados, das motivações e intenções, do espaço e do tempo de produção/recepção e circulação do novo texto.

c) O processo de retextualização do texto escrito para o texto escrito envolve a leitura de um ou mais

textos-base, a sua compreensão e a produção escrita de um novo texto. Esse tipo de processo, que, necessariamente, acarreta mudança da modalidade linguística, pode dar origem à produção de diferentes gêneros, como o caso acima analisado.

d) Independente de qual seja o gênero em que se materialize, a retextualização exige práticas de

letramento bastante específicas que permitirão o estabelecimento de um diálogo entre o produtor com o(s) autor(es) do texto-base. Envolve o fenômeno da intertextualidade, pois estabelece relações entre gêneros e textos, e o fenômeno da interdiscursividade, já que também cria relações entre discursos.

e) A partir da nova situação comunicativa (retextualização), o sujeito, realizará operações linguísticas,

textuais e discursivas. As operações linguísticas referem-se à organização da informação, à formulação do texto e à progressão referencial. Já as operações textuais relacionam-se aos tipos textuais que predominam no texto e as discursivas relacionam-se ao evento interativo do qual o texto emerge , quanto aos mecanismos enunciativos, tais como a polifonia e a modalização .

Page 17: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

TEXTO VII

Texto para las cuestiones de 14 a 16

Un hotel recompensa a un indigente por devolver la billetera de una turista

Por Jackie Damico, HLN

Joel Hartman, un indigente, estaba hambriento buscando comida en un basurero cuando se

encontró lo que fácilmente le hubiera representado el ingreso del día: la billetera de una turista con su identificación y su tarjeta de crédito.

Hartman, quien admitió WSB, afiliada de HLN, que en el pasado ha hecho acciones ilegales debido a su consumo de alcohol y drogas, decidió tomar la decisión correcta y encontrar a la propietaria de la cartera.

Hartman, de 36 años, recorrió las calles del centro de Atlanta yendo a cuatro hoteles diferentes antes de descubrir que la dueña se hospedaba en el Omni Hotel en el CNN Center.

Los videos de seguridad registraron a Hartman regresando la billetera a los guardias del hotel. Les dijo que se llamaba “JoshCrabber”, pues pensó que no necesitaban saber quién era en realidad ya que estaba haciendo lo correcto.

Scott Stuckey, director del hotel, determinó que la billetera le pertenecía a una turista francesa que estaba en la ciudad asistiendo a una conferencia. La mujer le había reportado a la policía de Atlanta que su cartera había sido robada el 7 de noviembre y ahora, gracias a la perseverancia de Hartman, la recuperó.

Stuckey sabía que ahora le correspondía a él buscar al hombre que la había encontrado.“Si buscas comida en un cubo de basura, probablemente vives un momento difícil en tu vida. Pero cuando encuentras la billetera de alguien y haces lo correcto, creo que a nosotros nos gustaría hacer lo correcto para esa persona”, le dijo Stuckey a WSB.

Stuckey y miembros del personal del hotel empezaron a preguntarles a indigentes por el héroe de la billetera. El 22 de noviembre, después de escuchar que estaba siendo buscado, Hartman apareció en el Omni, en donde los funcionarios del hotel querían recompensarlo de una gran forma.

El hotel hospedó al hombre en la habitación de lujo durante el festivo de Acción de Gracias. También le brindó servicio a la habitación y 500 dólares. Hartman quedó sin palabras con el gesto. Todo lo que pudo hacer fue darle un fuerte abrazo a Stuckey y dar las gracias.

“Sólo es por hacer lo correcto. Tal vez alguien vea esto, alguien drogado, y diga que si ese sujeto feo pudo hacer algo, quizá yo también pueda”, dijo Hartman.

Hartman le dijo a WSB que ha estado sin hogar desde marzo, cuando murió su novia. Recientemente ha estado durmiendo en el bosque de un suburbio de Atlanta. Después de que salga del Omni, Hartman dijo que va a subir a un tren de carga y se dirigirá a Atlanta.

El hombre dijo que padece de trastorno de hiperactividad con déficit de atención, y que se le dificulta mantener un empleo constante, pero que ha tenido trabajos ocasionales.

Disponível em: <http://cnnespanol.cnn.com>. Acesso em: 05 de dez. de 2013.

Page 18: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

Questão 14 Según el texto:

a) Hartman no entregó la cartera a la turista. b) la turista recompensó a Hartman. c) Stuckey encontró Hartman cuando lo buscabas. d) Hartman quiso solamente un abrazo por recompensa. e) Hartman recorrió la cartera a la policía.

Questão 15 La noticia central del texto es:

a) mostrar que Atlanta no ofrece peligro a los turistas. b) el hecho heroico de un indigente al devolver la cartera de una turista. c) demostrar que en Atlanta hay personas honestas. d) la recompensa ofrecida por el hotel al indigente que devolvió la billetera. e) incentivar que otras personas hagan lo mismo que Hartman.

Questão 16 “Hartman le dijo a WSB que ha estado sin hogar desde marzo, cuando murió su novia”. La expresión destacada expresa una idea de:

a) acción acabada en un marco temporal cerrado. b) acción acabada en un marco temporal aún abierto. c) acción durativa en el pasado. d) conjetura sobre hechos del pasado. e) acción concluida, pero cuya realidad se presenta como hipotética.

Texto para la cuestión 17

TEXTO VIII

Disponível em: <http://www.e-faro.info>. Acesso em: 04 de dez. de 2013. Adaptado.

Page 19: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

Questão 17 Teniendo en cuenta las nuevas Tecnologías de la Información y de la Comunicación (TICs)

en la escuela, observa la tira y marca la opción que mejor se relaciona con la situación presentada en ella

a) La aplicación de las TICs en la enseñanza depende de la infraestructura disponible, así como de los

conocimientos y experiencia de los profesores. b) Las TICs tienen como una de sus mayores contribuciones la posibilidad de ser una mediadora en el

proceso de aprendizaje. c) Las TICs son tomadas en la escuela como una herramienta para que el alumno sea sujeto de su

propia educación. d) Las TICs ofrecen a alumnos y profesores nuevas herramientas para la adquisición del

conocimiento de forma comunicativa, real y motivadora. e) Las TICs aún son rechazadas por profesores que no buscan conocer las nuevas tecnologías, ni una

continuación de su formación pedagógica y metodológica. Texto para la cuestión 18

TEXTO IX

Los PCN llaman la atención de los profesores en cuanto a la necesidad de no limitarse a aspectos formales

en la enseñanza de lenguas extranjeras modernas, sino, y principalmente, preocuparse de la formación

general de los alumnos como ciudadanos. Lo que podría parecer obvio en aquel momento no lo era, visto

que la enseñanza de lenguas extranjeras (casi exclusivamente el inglés) no pasaba de la repetición de

estructuras y memorización de elementos lexicales y gramaticales. Por lo tanto, llamar la atención de los

profesores en cuanto al carácter formativo de estas asignaturas aún se hacía necesario. PARAQUETT, M. (2009) Lingüística Aplicada, inclusión social y aprendizaje de español en contexto latinoamericano.

Revista Nebrija de Lingüística Aplicada, 6. Fragmento adaptado disponible en: <http:// www.nebrija.com/revista-linguistica/revista_6/articulo_1.html>. Acesso em: 06 dez. de 2013.

Questão 18 En el texto hay una crítica a:

a) el abordaje Directo o Natural. b) el abordaje de la Gramática y de la Traducción (AGT). c) el abordaje Comunicativo. d) el abordaje Situacional. e) el abordaje Audio Lingual.

Page 20: CONCURSO!PÚBLICO!PARA!PROVIMENTO!DE!CARGO!EFETIVO!DE ... · — Tu agora vais bem, não? Dizia-lhe ultimamente o Gustavo..., advogado e familiar da casa. 16 ... 63! e por fim um

!!!!!!!

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - COPESE

Concurso Público Para Provimento de Professores Efetivos

LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA Campus Muriaé

Texto para la cuestión 19

TEXTO X

É essencial, pois, entender a presença das Línguas Estrangeiras Modernas inseridas numa área, e não mais como uma disciplina isolada no currículo. As relações que se estabelecem entre as diversas formas de expressão e de acesso ao conhecimento justificam essa junção. Não nos comunicamos apenas pelas palavras; os gestos dizem muito sobre a forma de pensar das pessoas, assim como as tradições e cultura de um povo esclarecem muitos aspectos da sua forma de ver o mundo e de aproximar-se dele. Assim, as similitudes e diferenças entre as várias culturas, a constatação de que os fatos sempre ocorrem dentro de um contexto determinado, a aproximação das situações de aprendizagem à realidade pessoal e cotidiana dos estudantes, entre outros fatores, permitem estabelecer, de maneira clara, vários tipos de relações entre as Línguas Estrangeiras e as demais disciplinas que integram a área.

Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdf>. Acesso em: 05 de dez. de 2013. Questão 19 A partir de la idea presentada en el fragmento extraído de los PCN, la lengua extranjera no

debe ser tomada como una asignatura aislada, pero en conformidad con otras áreas del conocimiento, esta posición está ligada a la noción de:

a) interdependencia. b) discursividad. c) interdisciplinaridad. d) polifonía. e) heterogeneidad.

Texto para La cuestión 20

TEXTO XI

O professor de língua estrangeira no ensino médio deve lançar mão de conhecimentos linguísticos e metalinguísticos dos alunos, estabelecer pontos de convergência e de contraste, assim como colocar o aluno frente a situações reais de uso do idioma, que ultrapassam o teórico e o metalinguístico. Ainda que em situação de simulação, a mobilização de competências e habilidades para atividades de uso do idioma – ler manuais de instrução, resolver questões de vestibular, solicitar e fornecer informações, entender uma letra de música, interpretar um anúncio de emprego, traduzir um texto, escrever um bilhete, redigir um e-mail, entre outras –deve ocorrer por meio de procedimentos intencionais de sala de aula.

Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/linguagens02.pdf>.!Acesso em: 05 de dez. de 2013. Questão 20 El texto anterior es un fragmento de las “Orientações Educacionais Complementares aos

Parâmetros Curriculares Nacionais”, se puede decir que el texto

a) defiende una enseñanza de lenguas extranjeras libre de teorías o métodos específicos. b) defiende el tratamiento de cuestiones ciudadanas en las clases de lengua extranjera. c) defiende que las cuestiones ciudadanas deben ocupar el papel central en la enseñanza de lenguas

extranjeras. d) defiende una concepción instrumental para la enseñanza de lenguas extranjeras. e) defiende que la enseñanza de lengua extranjera no se puede desvincular del conocimiento de la

lengua materna.