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condecora e Paz - agencia.ecclesia.pt · particularmente para jovens e desempregados de meia idade”, escreve D. Manuel Clemente. O também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

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04 - Editorial: Cónego João Aguiar06 - Foto da semana07 - Citações08 - Nacional14 - A semana de... D. Pio Alves16 - A semana de... Lígia Silveira18 - Dossier Santo António

36 - Internacional42 - Cinema44 - Multimédia46 - Estante48 - Vaticano II50- Agenda52 - Por estes dias54 - Programação Religiosa55 - Minuto YouCat56 - Aplicações Pastorais58 - Liturgia60 - Fundação AIS62 - Lusofonias

Foto da capa: Agência ECCLESIAFoto da contracapa: Agência ECCLESIA

AGÊNCIA ECCLESIA Diretor: Paulo Rocha | Chefe de Redação: Octávio CarmoRedação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira,Luís Filipe Santos, Margarida Duarte, Sónia NevesGrafismo: Manuel Costa | Secretariado: Ana GomesPropriedade: Secretariado Nacional das Comunicações Sociais Diretor: Cónego João Aguiar CamposPessoa Coletiva nº 500966575, NIB: 0018 0000 10124457001 82.Redação e Administração: Quinta do Cabeço, Porta D1885-076 MOSCAVIDE.Tel.: 218855472; Fax: [email protected]; www.agencia.ecclesia.pt;

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Opinião

PresidentecondecoraComunidade Vidae Paz[ver+]

Cimeira deoração pela paz[ver+]

Santo António deLisboa[ver+] Cónego João Aguiar|Padre TonyNeves | Bento Oliveira | FreiHermínio Araújo | Frei FabrizioBordin

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Bons sinais

João Aguiar CamposSecretariado Nacionaldas ComunicaçõesSociais

Participei na ordenação episcopal de D. JoséTraquina, novo Auxiliar do Patriarcado. Nacelebração, recolhi diversos sinais – bons sinais– que hoje me permito partilhar.Um dos primeiros diz respeito ao modo familiarcomo o Patriarca, D. Manuel Clemente, se dirigiuao ordinando, tratando-o por tu: «Caríssimo D.José Traquina, é este roteiro de ascensãoautêntica que tens seguido (…).Assimprosseguirás, como sucessor dos Apóstolos,ajudando-nos a todos no percurso sinodal queestamos a começar. Não te faltará o alento divinoe a presença da Mãe de Cristo».Habituados a esconder conhecimentos ouafectos em momentos solenes, embrulhando aspalavras numa espécie de coreografia ensaiada,este tratamento por tu soou-me muito bem.Revela uma clara e assumida proximidade que,por certo, dará frutos no trabalho conjunto, embenefício de uma diocese a iniciar um percursosinodal.É certo que um Auxiliar não é uma espécie desecretário particular (com mitra) do titular que orecebe. É igualmente certo que, seguindo-se oDireito, na sua escolha tem muito peso a opçãodo bispo diocesano com quem vai trabalhar. Mas,sendo isto verdade, é bom descobrir que arelação não é mera cortesia – até porque umpaço episcopal é diferente de um Ministérioqualquer… Fixei, por isso, este sinal, potenciadorda «harmonia de acção e espírito» (CIC 407, 3).

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Registei, depois, o modo tranquilo ebem-humorado como D. JoséTraquina a todos saudou, aoterminar a celebração. A suagratidão teve nomes, não seesgotando na generalidadeagradecida a professores,paroquianos, etc. Desceu aoconcreto das menções pessoais,referindo quem mais o marcou noseu caminho; não esquecendo,sequer, os patrões já falecidos, comquem trabalhou nos tempos dejovem empregado do comércio.Pode este meu sublinhado parecerum pormenor de somenos ourevelar uma esquisita sensibilidade.Mas, nestes tempos diferentes, fazum extraordinário sentido –introduzindo nos depoimentos aternura que tão ausente tem estado.O último sinal gravei-o já nosclaustros dos Jerónimos, quando onovo bispo recebeu saudações

de padres e diáconos. Reparei quesabia os nomes de quem ocumprimentava, acolhendo e sendoacolhido com alegria e entusiasmo.Sei que uma escolha episcopal,sendo um processo algoparticipado, não é um processodemocrático, no exacto sentido quecostumamos dar à palavra; mastambém não deve ser um processo…antipático. Ora, no domingo, eraevidente a sintonia, percebendo-seque D. José Traquina está entre osseus e estes o sabem. Imagino, porisso, fáceis estes dias primeiros deum serviço diferente, alicerçado noconhecimento das pessoas e suascircunstâncias.No silêncio de casa foi-me, por isso,natural regressar ao que tinharezado na Ladainha e recordar oque tinha pedido: Senhor, dignai-Vos abençoar, santificar e consagrareste eleito.

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«O olhar fixo está em sintonia com a direção do braço…» © MAURIZIO BRAMBATTI

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“O monopólio do poder e daverdade, o juridicismo, oclericalismo, não são os caminhosda Igreja autêntica» (PadreQuerubim Silva, jornal «Correio doVouga – 04 junho 2014») “Dia após dia, novos estudosdemonstram a pujança chinesa e aforma avassaladora como obriga omundo a mudar» (Editorial do jornal«Público – 04 junho 2014»)

“Estamos a menos de 15 dias doprimeiro jogo, houve pouco tempopara ensaiar táticas e criar rotinas,pelo que todas as oportunidadesdeveriam ser aproveitadas paraolear a equipa que vai atuar” (JoséAntónio Saraiva, jornal «Record –04 junho 2014») “Fruto da Graça e do Amor de Deus,a eleição e ordenação de um novoBispo, não pode deixar de nosconfirmar, a nós Igreja de Lisboa, nafé apostólica” (D. Nuno Brás, jornal«Voz da Verdade – 01 junho 2014»)

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Comunidade Vida e Paz distinguidacom Ordem da LiberdadeA Comunidade Vida e Paz (CVP),instituição do Patriarcado de Lisboa,foi distinguida pelo presidente daRepública e vê nesta condecoraçãouma “motivação” para o trabalho emprol dos mais desfavorecidos.“O modelo futuro, se é queaprendemos alguma coisa da crise,é que temos de estar todos juntos,sempre centrados num bem último,que é o bem daquelas pessoas queprecisam”, sustentou o presidentedaquela organização, HenriqueJoaquim, em declarações à AgênciaECCLESIA, no Palácio de Belém.Este responsável sublinha anecessidade de as instituiçõessociais continuarem o seu trabalho,em conjunto com o Estado, asociedade civil e o mundoempresarial.Durante a cerimónia, Aníbal CavacoSilva atribuiu à Comunidade Vida ePaz o título de membro honorário daOrdem da Liberdade, que sedestina a distinguir “serviçosrelevantes prestados em defesa dosvalores da civilização,

em prol da dignificação da pessoahumana e à causa da liberdade”.O presidente da República declarouainda como membros honorários daOrdem de Mérito a Associação CAIS,a Associação Portuguesa deDeficientes, a Casa dos Rapazes, aLiga Portuguesa contra a SIDA e osSAOM – Serviços de AssistênciaOrganizações de Maria.Henrique Joaquim, que agradeceu oreconhecimento em nome de todasas instituições, destacou aimportância das organizaçõessolidárias colaborarem mais entre si,com os seus diferentes recursos, demodo a que seja possível cuidar dosmais desfavorecidos “como um todo”e não tratando apenas “parte doproblema”.“Com o conjunto de instituições, amultidão de pessoas que as formam,as sinergias criadas, tudo issoconstitui uma rede que, de formaorganizada, estratégica” tornaria“possível em oito anos ter ascondições que permitissem que aspessoas não estivessem na ruamais de 48 horas

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por falta de apoio”, frisou aqueleresponsável.Os indicadores económicos maisrecentes lançados pelo Banco de Portugal mostram que houve umaumento da taxa de pobreza nosúltimos anos, com o surgimento depelo menos 85 mil novos casosentre a população nacional.Para Henrique Joaquim, esses

números transmitem “sofrimento,frustração, sonhos que foramgorados, desespero” mas “não sepode ficar por aí”. “Temos de levaruma mensagem de esperança ecom essa mensagem levarrespostas, e é isso que tentamos,como as outras organizações, fazertodos os dias, fazer essas pessoassonhar de novo”, salienta.

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Presidente condecora missionárioportuguêsO presidente da RepúblicaPortuguesa condecorou o irmãoJosé Manuel Duarte, missionáriocomboniano na Colômbia, com ograu de comendador da Ordem doMérito. O religioso é uma das 30personalidades das comunidadesportuguesas e cidadãosestrangeiros que são este anodistinguidas por Aníbal CavacoSilva, por ocasião do Dia dePortugal, anunciou hoje aPresidência.O irmão José Manuel Duartetrabalhou nos bairrosmarginalizados da cidade deBogotá, onde chegou a serameaçado pelos grupos armados; éainda um dos fundadores da CasaPortuguesa na Colômbia.A Ordem do Mérito destina-se a“galardoar atos ou serviçosmeritórios praticados no exercíciode quaisquer funções, públicas ouprivadas, que revelem abnegaçãoem favor da coletividade”.As condecorações “serãooportunamente entregues” junto dasembaixadas e consulados dosrespetivos países, em cerimóniasque podem decorrer a 10 de junhoou mais tarde.

A congregação dos MissionáriosCombonianos do Coração de Jesus- MCCJ - foi fundada por S. DanielComboni a 1 de Junho de 1867, emVerona, Itália.No início era constituída porsacerdotes e leigos de diversasnacionalidades, sem votosreligiosos. Em 1885, o instituto foitransformado em congregaçãoreligiosa, tendo recebido o nome deFilhos do Sagrado Coração deJesus. As primeiras Constituiçõesforam aprovadas em 1910, as quaisestabeleciam com finalidade doinstituto a «conversão dos povos daÁfrica Central e de outros povos quefossem confiados ao Instituto comofinalidade da Congregação».Os Missionários Combonianoschegaram a Portugal em 1947.

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Patriarca alerta para consequências dacrise

O patriarca de Lisboa mostrou-sepreocupado com as consequênciassociais da crise, numa mensagemendereçada ao ConselhoPresbiteral da diocese em queassinala o primeiro aniversário detomada de posse.“Por razões sobretudo financeiras,económicas e laborais, reduziram-semuitas possibilidades imediatas, emespecial no trabalho, no rendimentoe nas reformas, e esfumaram-semuitas aspirações de futuro,particularmente para jovens edesempregados de meia idade”,escreve D. Manuel Clemente.O também presidente daConferência Episcopal Portuguesafala em “casos difíceis e por vezesdramáticos” que têm “diretamente” aver com a

presente situação geral do país e“as muitas frustrações queocasiona”.“De 2013 para 2014, a sociedadeem que nos inserimos continua asofrer de alguns condicionalismosgraves, que pesam muito sobre ageneralidade das pessoas e dasfamílias”, realça o patriarca deLisboa. “Tudo isto nos ‘bate à porta’na ação pastoral diária e nosdesafia fortemente enquanto Igreja”,acrescenta.Em relação à vida interna da Igreja,D. Manuel Clemente fala nanecessidade de promover umamudança, que não decorreunicamente da falta de clero, parafazer face “aos desafios do tempo eda sociedade global”, com basenuma “irrecusável conversãomissionária de tudo e de todos”.

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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram aatualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizadosem www.agencia.ecclesia.pt

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Crianças construíram terço gigante em Setúbal

Presidente condecorou instituições solidárias

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O bem a acontecer

Lígia Silveira,Agência ECCLESIA

À noite Lisboa transforma-se quandoacompanhamos o trajeto que as carrinhas daComunidade Vida e Paz (CVP) percorrem. Nosbecos, nas ruas de sentido único, nos cantospoucos iluminados, nos bancos de jardim queservem de teto ou abrigo noturno se encontramcheiros e vida que à luz parecem indiferentes.Todas as noites dezenas de voluntários saem àrua para, a pretexto de um saco com umasandes, um iogurte e uma peça de fruta, trocarpalavras e, esse é o objetivo, dar início a umarelação que mostre a possibilidade de uma vidadiferente a quem não tem esperança fora do céuaberto.Este é um trabalho discreto que muitas vezesrecebe um não como resposta mas é incapaz dedesistir de acreditar que a pessoa tem,independentemente da sua condição presente,dignidade. Diariamente vê-se quando muitos nãoolham e acredita-se quando tudo indica ocontrário.O Presidente da República, Cavaco Silva,condecorou esta semana o trabalho silenciosoque seis organizações desenvolvem atribuindo àCVP a Ordem da Liberdade, e à AssociaçãoCais, à Associação Portuguesa de Deficientes, àCasa dos Rapazes, à Liga Portuguesa Contra aSida e à SAOM - Serviços de AssistênciaOrganizações de Maria o grau de MembroHonorário da Ordem de Mérito.

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“Todas estas instituições têmprocurado – de forma inovadora,com novos projetos e novas ideias –ser um referencial de esperançapara milhares de pessoas, que sãotocadas pela generosidade e oaltruísmo de todos os que com elascolaboram”.Henrique Joaquim, presidente daCPV, que na cerimónia agradeceu oreconhecimento em nome de todasas instituições, sublinhou aimportância do trabalho em rede.“Com o conjunto de instituições, amultidão de pessoas que asformam, as sinergias criadas, tudoisso constitui uma rede que, deforma organizada, estratégica”tornaria “possível em oito anos teras condições que permitissem queas pessoas não estivessem na ruamais de 48 horas por falta de apoio”.

A Comunidade Vida e Paz,organização do Patriarcado deLisboa que assinala 25 anos deexistência, contacta, todas as noites,com 520 pessoas sem-abrigo e emsituação de exclusão social,contando ainda com 220 camasquer em centros de internamento,em comunidades terapêuticas deinserção, quer em apartamentos,para pessoas já na fase final dereinserção.Esta é uma história que devecontada pelos muitos «Sins» queforam recebendo e pelas vidas queajudaram a reconstruir. O bem nãofaz barulho e não espera de factoser notícia para acontecer. Este étrabalho desinteressado, onde osprotagonistas são cidadãos comunse dizem que mesmo não sendo fácilo bem acontece.

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Santo António,uma devoção que fala ao povo Frei Armindo Carvalho, reitor da igreja de S. António, local donascimento do santo em Lisboa, fala da importância de conhecer eimitar a vida do religioso português, quando todas as atenções sevoltam para ele, por causa da festa, das marchas e outrasmanifestações populares. Agência ECCLESIA (AE) – Indopara além da devoção popular,quem é Santo António de Lisboa?Frei Armindo Carvalho (AC) – Estehomem, português, o António quenasceu no local onde se ergue hojea igreja de Santo António, a quechamamos igreja-santuário –porque efetivamente é um cantinhoespecial – esse santo, penso que écom toda a certeza o portuguêsmais conhecido, mais amado e maisespalhado pelo mundo inteiro. AE – Como se constata essadimensão?AC – Só olhando às estatísticas,que fazemos todos os anos, em2013 contabilizamos 250 milperegrinos. Estamos a falar sódaqueles para quem as agências deviagens, os seus guias, reservaramo seu tempo para estarem na igreja,em oração. É interessante que

eram de 64 países diferentes, dosquatro cantos do mundo: chegamitalianos, brasileiros e perguntam ‘Éaqui Santo António de Pádua?’. Éum santo do mundo.Foi a afirmação do Papa Leão XIII:‘Nasceu aqui, morreu ali, mas ésanto do mundo’. Torna-se umafigura emblemática, porque vemosmuita devoção simples, muitopopular, não é só de achar aschaves perdidas ou o telemóvel,mas que realmente faz parte do dia-a-dia do povo, este povo simplesque acredita que em Santo Antóniohá uma presença.Ora, eu não acredito que seja osanto a fazer os milagres, mas comoele traz o menino ao colo, digamosassim, faz maravilhas. Eu costumodizer que Santo António é umaespécie de braço de Deus,permanentemente estendido,protegendo o seu povo, atravésdesta amizade simples que lhesproporciona.

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AE – A igreja de Santo António étambém um centro de ajuda a quemprecisa. O pão de Santo António éuma expressão dessa caridade,dessa ajuda?AC – Nós, os franciscanos, vivemosali há 87 anos. Santo António erafranciscano e foi contemporâneo deSão Francisco de Assis, que oacolheu e lhe deu a tarefa deensinar Teologia aos seus frades,desde que com a Teologia ensinadanão deixassem de ter tempo para aoração, porque a oração é que faztoda a pregação.A igreja de Santo António foi umaconstrução muito demorada e oserviço social começou com a vindados Franciscanos. As autoridadesimaginaram que a casa teria poucointeresse e decidiram demolir tudo efazer ali o átrio da Catedral, só queo povo não deixou. Logo entãocomeçou o culto e mais tarde, já em1400, existia uma capelinha quedepois os reis enriqueceram eengrandeceram exteriormente,criando mais espaço. Essa capela,reunindo muita devoção, foitotalmente destruída pelo terramotode Lisboa, e apenas

se conservou o quartinho deSanto António, sobre o qual estáconstruído o altar-mor, com agrande imagem do Santo, que jádeve ter mais de 500 anos, e oquadro da devoção popular.O local de encontro é a cripta, coma igreja em cima. À entrada, temosesse serviço social há 87 anos, ochamado pão dos pobres de SantoAntónio.Há duas denominaçõescomplementares: em relação ao pãode Santo António, a lenda conta queele, quando era superior dacomunidade, chegou a casa depoisdas suas pregações, e o irmãoencarregado de dar comida aosfrades aparece muito atrapalhado, adizer:- Frei António, não temos pão. - Não têm pão, o que é queaconteceu? - Não sei, terá sido roubado. - Vai ver melhor à despensa e vaisver que estás enganado.O que é certo é que, com ou semprodígio, o facto é que se encheude pão. A partir daí nasce umadevoção ao pão de Santo António,que ainda hoje, em todas as festas,é distribuído:

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um pão pequenino, que pode durarum ano, dois, cinco anos, sem sedeteriorar.Nós temos também o pão dospobres de Santo António, que é umaajuda para os mais necessitados.

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AE – Tem aumentado o número dosque vos batem à porta?AC – Neste momento estão apenasem 110, porque é fruto das ofertasque nos enviam ou das pessoasque passam na igreja. Nós depois,com as vantagens que nos dão ossupermercado, vamos adquirindobens e distribuindo. AE – Como é que se preparou afesta do dia 13, este ano?AC – A preparação tem sidoconcentrada na trezena de SantoAntónio, que inclui uma relação coma relíquia e a pregação ligada àvida, aos feitos do santo, também àvida da Igreja, nas Missas das11h00 e das 17h00.No dia 13, temos todo um espaço decelebração, com Eucaristias às7,8,9,10 e 11. Ao meio-dia há umaMissa solene, a que vai presidir obispo auxiliar de Lisboa, D. JoaquimMendes. À tarde, sai uma procissãopelos bairros, Alfama, um percursomuito antigo, acabando em frente àSé.A Missa de despedida, ou ‘Missa dasaudade’, como

lhes costumam chamar, é às 20h00.Durante as celebrações há umespaço de acolhimento às pessoas,que precisem de um apoio espiritual.

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Igreja de Santo António

A popular Igreja de Santo António, junto à Sé de Lisboa, encontra-se nolocal da casa onde Santo António nasceu e viveu a sua infância. A Cripta, local onde nasceu Santo António, e onde se pode venerar umpedaço de um dos ossos dos Santo, autenticado por Bula, com entradapela sacristia é tudo o que resta da igreja original que foi destruída peloterramoto de 1755. A nova igreja foi iniciada em 1757 sob a direção deMateus Vicente, arquiteto da Basílica da Estrela. A Igreja foi parcialmentepaga pelas crianças que pediam "um tostãozinho para o Santo António ecomo podemos ver hoje o chão da capela está coberto de moedas, e asparedes exibem mensagens de devotos.A fachada mistura o estilo Manuelino com as colunas jónicasneoclássicas de cada lado da entrada principal. No interior, na descidapara a Cripta, local que assinala o lugar onde nasceu o Santo, um painelde azulejos modernos evoca a visita do Papa São João Paulo II em 1982.Em 1995, a igreja foi restaurada para o 8.º centenário do Santoportuguês. Ler mais: http://santo-antonio.webnode.pt/igreja/historia/

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«Religião não é para show»Milhares de peregrinos, vindos dePortugal e um pouco de todo omundo acorrem por estes dias aLisboa, engalanada para mais umafesta em honra de Santo António,padroeiro da cidade e um dossantos mais importantes da IgrejaCatólica.Em entrevista à Agência ECCLESIA,o frei Francisco Sales, membro dacomunidade franciscanaresponsável pela Igreja e Santuáriode Santo António, destaca aimportância de proporcionar umbom “acolhimento” a quem chegamuitas vezes com a expetativa depedir ajuda para as suasdificuldades.“Quase sempre as pessoasaproximam-se do religioso quandose sentem em situaçõesverdadeiramente difíceis,dramáticas, de doença e sofrimento,é quando mais se agarram”, realçao religioso.Situada na freguesia de Santa MariaMaior, a Igreja de Santo António deLisboa foi construída segundo atradição católica no sítio onde osanto nasceu, em 1191 ou 1195.

Ela acolhe atualmente a maiorrelíquia de Santo António fora dePádua (cidade italiana onde elemorreu e foi sepultado em 1231),um bocado de osso do seu braçoesquerdo.O frei Francisco Sales destaca aquantidade de peregrinos orientaisque viajam para o país e quequerem conhecer as origens deSanto António e rezar junto da suarelíquia, provenientes por exemplodo Japão e das Filipinas.A devoção é “imensa”, sublinha oreligioso, para quem esta realidadeé reflexo “do grande trabalhomissionário que foi feito nas terrasdo Oriente e que as pessoascontinuam a viver e a manifestar”.Para reforçar o trabalho deacolhimento feito aos peregrinos, acomunidade franciscana da Igrejade Santo António apostou naelaboração de um pequeno livro,intitulado “António, o menino deLisboa”.Uma publicação destinada àscrianças que chegam integradasnos diversos grupos e que, emlinguagem infantil e com recurso adiversas ilustrações, procura

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© Miguel Cupido contar aos mais novos os episódiosmais significativos da vida destafigura da Igreja Católica.De acordo com o frei FranciscoSales, um dos responsáveis peloprojeto, a primeira edição do livroem português (com cerca de 500exemplares) esgotou “em poucomais de um mês” e a tradução parainglês também já foi “embora”. “Muitas vezes, no meio dos adultos,elas sentem-se um

bocadinho perdidas e procuramoster um diálogo com as crianças,oferecer-lhes um livrinho”, realça ofranciscano, que olha para o“acolhimento” como uma atitudefundamental e que está “em falta emmuitas igrejas” do país.Os mais pequenos, as criançasorientais que entram no Santuário,são um dos maiores exemplos dorespeito que os povos asiáticosmanifestam pelo “religioso e osagrado”.“Nós, que nos consideramos

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um país católico, as nossascrianças não têm aquela atitude”,aponta o frei Sales.Até agora, a reação das crianças aolivro tem sido “das coisas maisbonitas de ver” e quem asacompanha, sobretudo pais e avós,também tem ajudado a cativar osmiúdos para conhecerem a vida eobra do santo português.Quem tem “um neto ou uma neta”quer “levar um livrinho” e depois “ospais à noite leem a história de SantoAntónio aos meninos”, conta freiSales.Para o franciscano, manter viva amemória do “santo casamenteiro”,como também é conhecido, “é umamissão” de todos os portugueses,até porque muitas pessoas, pelofacto de “ele ter vivido em Itália”, da“sua fama ter nascido lá”, muitasvezes perguntam-se se SantoAntónio de Lisboa e Santo Antóniode Pádua são a “mesma” pessoa.“O orgulho, se for mal orientado, éum pecado, mas eu penso quepodemos sentir-nos orgulhosos deSanto António ter sido nosso, ternascido cá”, sustenta

o religioso, acrescentando que em“boa altura a Igreja o declarou nãode Lisboa ou de Pádua mas santodo mundo”.Nesta linha, o frei Francisco Salescritica o investimento económico quetem sido feito em iniciativas como asnoivas de Santo António.Para aquele responsável, elas “nãosão noivas de Santo António, sãonoivas de Santo António Costa”,numa alusão ao facto doscasamentos se realizarem pelo “civil,na Câmara Municipal com grandesbanquetes, uma despesa enorme,com o dinheiro dos contribuintes”.“Isto é promiscuidade, isto é imoral,isto é sem valores nem princípios. Afé, a religião não é para show”, frisao franciscano, que deixa ainda umamensagem a que detém o poderpolítico.“Os nossos políticos devem saberestar e ser responsáveis. Parabrincar, temos as marchas, temos astasquinhas, os arraiais, assardinhas, aí brinca-se. Quandochegar à parte religiosa, é a partereligiosa”, frisa. Dia 13 de junho é o dia privilegiadode festa em

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honra de Santo António, mas háoutro dia 13 em que o Santuáriorecebe muitos visitantes.Segundo o frei Francisco Sales,“todas as peregrinaçõesorganizadas que vêm a Fátimapassam por ali”,

particularmente “na proximidade do13 de maio, os que vêm doestrangeiro e passam peloaeroporto de Lisboa, na ida ou navolta”, fazem “sempre” essa visita.

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Partilhe o pão!Santo António solidárioSão incontáveis as iniciativasrelacionadas com Santo António, osanto mais popular de Portugal, oportuguês mais conhecido nomundo. Uma das que nos aprazdestacar é o Pão dos pobres deSanto António. Em Portugal estainiciativa começou em 1895,aquando do 7.º Centenário doNascimento do Santo. A ideia foi deFrei João da Santíssima Trindade eSousa, franciscano do Convento deMontariol (Braga).Na mente e no coração destefranciscano de Montariol estava oSanto enquanto modelo desolidariedade, de amor e de partilhafraterna. Esta iniciativa era diferentede todas as outras: “Nela todosrecebiam. Nela ninguém pedia nadaa ninguém, nem à porta, nem narua. Pelo contrário, a S.to Antóniotodos iriam pedir e levar. Nesta obratodos recebiam. Recebiam graçasos devotos; recebiam pão ospobres. Recebia S.to António dosdevotos esmolas e dos pobresagradecidos, louvores” (António deSousa Araújo).

No início, tudo se concretizou naigreja dos Terceiros franciscanos emBraga, onde chegavam em grandenúmero os pedidos e as ofertaspara Santo António. Nesse mesmolocal, no dia 28 de abril de 1895, foidistribuído, pela primeira vez emPortugal, o Pão de Santo Antónioaos pobres. Refere a imprensa daépoca que o número de pobres quese deslocavam a este lugar nãocessava de aumentar. Muitoslugares do nosso país seguiram oexemplo de Braga, durante todo oséculo XX.Bem mais de um século depois doseu início, esta iniciativa continua afazer todo o sentido. Santo Antóniosolidário convida-nos àsolidariedade. No mesmo conventodo Frei João da Santíssima Trindadenasceu a Fundação “DomusFraternitas”, a principal obra socialdos franciscanos portugueses naatualidade. Caso queira fazer partedesta nossa história, aceite o nossoconvite: olhe para Santo António,olhe para o pão que ele tem namão, símbolo da

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solidariedade; tal como ele, partilheo pão!Em Montariol, queremos evidenciaresta faceta solidária de SantoAntónio, distribuindo um pequeninopão a todos os que participarem nafesta. Poderão guardá-lo até à festade Santo

António do próximo ano, a fim de selembrarem de Santo Antóniosolidário.

Frei Hermínio Gonçalves de AraújoConvento de Montariol (Braga)

Presidente da Fundação “DomusFraternitas”

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Santo António,um homem que viu o Céu... na terra.No dia 8 de Abril de 1263, quandoos frades franciscanos transferiramos restos mortais do frei António nanova Basílica construída em Páduapara honrar este ilustre santoportuguês, ao abrir o caixão, oSuperior geral da Ordem, SãoBoaventura, viu que a língua deAntónio estava ainda intacta.Mostrando a preciosa relíquia,exclamou: «Ó língua bendita, quesempre abençoaste o Senhor, efizeste que outros O abençoassem,vê-se agora, claramente, quantofoste glorificada por Deus!».O Senhor quis glorificar a língua deSanto António que, de maneiraadmirável, tinha proclamado eanunciado a Palavra viva de Deus,falando com fé e amor a Deus e aoshomens. A língua é, desde então,há 750 anos, visível e veneradanum precioso relicário na Basílicade Santo António, da cidade dePádua. Acompanhei no início do mês deAbril o nosso amado Patriarca deLisboa, D. Manuel Clemente,

grande devoto de Santo António, aPádua, para o encerramento dascelebrações do 750º aniversário dadescoberta da língua incorrupta doSanto. Foram três dias intensosvividos à sombra das cúpulas daBasílica de Pádua visitada todosanos por mais de três milhões deperegrinos. Tivemos também apossibilidade de visitar outros doisSantuários menores, onde o santoportuguês viveu os seus últimos dias(a vila de Camposampiero) e aactual freguesia de Arcella naperiferia de Pádua, onde em 1231,António de Lisboa morreu. Paraalém dos Santuários, D. Manuel,visitou algumas instituições desolidariedade ligadas à devoção eespiritualidade de Santo António, oInstituto prisional, Due Palazzi, queconta com a presença de mais de800 presos, onde um númerosignificativo encontrou um empregograças a uma cooperativa alisediada, produzindo doçaria,inclusive o «bolo de Santo António»e fabricando bicicletas das grandesmarcas italianas.

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Outra instituição, que nasceu nosanos Sessenta em nome do Santo,é o Villaggio Sant'Antonio (Aldeia deSanto António), que surgiu para darum abrigo e uma formação aosnumerosos órfãos da SegundaGrande Guerra e que hoje acolhesobretudo deficientes em regimefamiliar. Ao lado desta «Aldeia», atipografia editorial do Mensageiro deSanto António, cuja revista mensalaproveitou para

entrevistar o Patriarca de Lisboa. D.Manuel Clemente, como bomhistórico que é, falando da devoçãoantoniana em Lisboa, em Pádua eem todo o mundo, citou uma célebrefrase do Cardeal Cerejeira, nosanos Sessenta, aquando dachegada das relíquias do Santo noTerreiro do Paço. O CardealCerejeira concluía o seu sermão,dizendo: «Lisboa ofereceu SantoAntónio à terra e Pádua ofereceu-oao Céu».

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Antes de deixarmos Pádua, o reitorda Basílica antoniana, ofereceu-nosum momento único: o encontro como «verdadeiro rosto de SantoAntónio». Um projecto chefiado porJosé Morales, perito brasileiro quetrabalha com a Polícia federal, coma colaboração do Museu deAntropologia da Universidade dePádua e em colaboração do Centrode Estudos Antonianos em Pádua ede anatomopatologistas e outrosestudiosos do Ateneu queforneceram uma reprodução dacaveira do Santo. No dia 10 deJunho, no Centro Cultural SãoGaetão de Pádua, seráapresentada pela primeira vez areconstrução tridimensional do rostode Santo António.A primeira reação dos frades queacompanharam a reconstruçãocientífica do rosto do Santo foi muitointeressante: «É mesmo o rosto deum português!». Enquanto oPatriarca de Lisboa ficou extasiadocom os olhos do rosto e exclamou:«Este homem viu o Céu». D. ManuelClemente lembrou, então, asúltimas

palavras de António antes demorrer, rodeado pelos seus frades:«Video Dominum meum» ("Vejo omeu Senhor").Em Chelas - Lisboa, onde há 30anos estamos presentes comofranciscanos em nome de Antóniode Lisboa e Pádua, este anoiniciamos as festas das nossas trêsIgrejas, no dia 13 de junho, festa deSanto António, com o lema: «Assimna terra... como no Céu», com odesafio forte que nos deixa SantoAntónio: missionários do Evangelhoe da Caridade.

frei Fabrizio Bordinofmconv.

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Santos de junhoO culto a Santo António, estimuladopela fama de inúmeros milagres,tem sido ao longo dos séculosobjeto de grande devoção popularpor todo o mundo. É um dos santosde maior devoção de todos ospovos e, sem dúvida, o primeiroportuguês com projeção universal.De Lisboa ou de Pádua, é para omundo católico o santo "milagreiro","casamenteiro", do "responso" e doMenino Jesus.As festas populares de SantoAntónio, São João e São Pedro,estão, pois, enquadradas por umvasto mundo de referências que asrelacionam com significados que,pouco tendo de cristão, sãocertamente tradicionais.As festas populares, manifestaçõescoletivas, as crenças e ritos dedevoção particular são as grandesmarcas da religiosidade popular nonosso país. Nas festividadespopulares, com ou sem relação como ritual oficial e, muitas vezes, comorigem em cultos naturalísticos, épossível encontrar manifestaçõesparticulares, por vezes, com carátermágico.

Quando falamos de religiosidade, defacto, referimo-nos a um conjunto depráticas simbólicas de raiz popular(no sentido em que se distinguemdas produções religiosas das dos"intelectuais" e das instituições queregulam o campo religioso) e sereferem a significados quetranscendem a própria comunidademas a identificam enquanto tal.Trata-se, pois, de fenómenosculturais integrados no quadro designificações que as comunidadesproduziram na sua interação secular(por isso se tornou corrente falar,também de religiosidadestradicionais).A atenção especial aos sinais danatureza como a água, a terra, a luz,o céu fascinou desde sempre aspessoas. A religiosidade popular,cósmica e natural, pode servir, nocaso da Igreja Católica, paracompreender melhor a utilização desinais e gestos simbólicos queexpressam uma componenteprofundamente humana e religiosa.Por isso, tem sido sempre chamadaa atenção para uma verdadeiraintegração entre a liturgia e apiedade popular,

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como aconteceu na liturgia da Igrejados primeiros séculos, com algumascelebrações, e na liturgia romana daIdade Média,

com as procissões, ladainhas eoutros ritos, assumidos em forma deculto.

© Miguel Cupido

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Encontro de oração pela paz uneIsraele Palestina no VaticanoOs presidentes de Israel e daPalestina vão reunir-se com o Papapara um encontro de oração noVaticano, este domingo. Franciscoexplicou os objetivos desta iniciativana conversa que manteve com osjornalistas, durante o voo deregresso a Roma. Rezar, sublinha, éum gesto fundamental para aconstrução da paz.“Será um encontro de oração, e nãopara fazer uma mediação ouprocurar soluções. Não. Vamosreunir-nos apenas para rezar e,depois, cada um volta para a suacasa. Mas eu acredito que a oraçãoé importante: rezar juntos, sem fazerdiscussões de outro género, ajuda”.Shimon Peres e Mahmoud Abbastinham sido convidadospublicamente, este domingo,durante a viagem do Papa à TerraSanta, e a data proposta foi aceitepelos dois lados. Francisco deixouum convite aos dois líderes paraelevarem em conjunto “uma intensaoração, implorando de Deus o domda paz”.

“Ofereço a minha casa, no Vaticano,para hospedar este encontro deoração”, declarou, em Belém e emTelavive.Numa intervenção que repetiuperante os dois presidentes, o Papasublinhou que “todos –especialmente aqueles que estãocolocados ao serviço do seu própriopovo – têm o dever de serinstrumentos e construtores de paz,antes de mais nada na oração”.“Construir a paz é difícil, mas viversem paz é um tormento. Todos oshomens e mulheres desta Terra e domundo inteiro pedem-nos paralevarmos à presença de Deus a suaardente aspiração pela paz”,acrescentou.O Papa adiantou que, além delepróprio, vão estar presentes umdignatário muçulmano e um rabino.A Sala de Imprensa da Santa Sé vaiacolher esta sexta-feira osjornalistas credenciados paraapresentar o encontro de oração,com a participação do diretor daSala de Imprensa, padre FedericoLombardi, e do Custódio

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da Terra Santa, frei PierbattistaPizzaballa, O.F.M.Já foi confirmada a participação dopatriarca ecuménico deConstantinopla, Bartolomeu, quechegará a Roma no sábado. Namanhã de domingo, Bartolomeucelebrará a solenidade dePentecostes na igreja de SãoTeodoro no Palarino, que a Diocesede Roma colocou à disposição dacomunidade greco-ortodoxa.

À tarde, o patriarca participará noVaticano do encontro de oração einvocação pela paz.De acordo com o site daConferência Episcopal Italiana, oencontro de domingo serácaraterizado por músicas, orações,invocações de paz e pedidos deperdão. Com os protagonistas,estarão presentes rabinos,dignatários muçulmanos esacerdotes católicos.

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Francisco em defesadas comunidades ciganasO Papa Francisco lamentou hoje amarginalização e hostilidade contraas comunidades ciganas, pedindopolíticas de integração que as ajudena “observância dos deveres e napromoção dos direitos de cada um”.“Vistos por vezes com hostilidade esuspeita, à margem da sociedade,os ciganos são pouco envolvidosnas dinâmicas políticas, económicase sociais”, disse, perante dosparticipantes do encontro mundialde responsáveis pela ação da IgrejaCatólica junto das comunidadesciganas, que o Conselho Pontifícioda Pastoral para os Migrantes eItinerantes, da Santa Sé, promoveentre hoje e amanhã.Os trabalhos, dedicados ao tema ‘AIgreja e os Ciganos: anunciar oEvangelho nas Periferias’, contamcom a participação derepresentantes de 26 países,incluindo Portugal, através de D.Jorge Ortiga, arcebispo de Braga epresidente da Comissão Episcopalda Pastoral Social e MobilidadeHumana.

Francisco apelou a um compromissocomum da Igreja, das instituições eda comunidade internacional paraidentificar projetos que ajudem amelhor as condições de vida dosciganos no que diz respeito aoacesso à saúde, educação,formação cultural e profissional.“São as pessoas menos protegidas,de facto, que caem na armadilha daexploração, da mendicidade forçadae de várias formas de abuso. Osciganos estão entre os maisvulneráveis, sobretudo quandofaltam ajudas para a integração e apromoção da pessoa nas váriasdimensões da vida civil”, declarou.

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Bispos de Espanha elogiamcontributo do rei Juan Carlos

A Conferência Episcopal Espanholareagiu à renúncia do rei Juan Carlosagradecendo o “generoso”contributo que o monarca deu aopaís, sobretudo para a “instauraçãoe consolidação da democracia” noperíodo pós-franquista. “O seuserviço a Espanha teve um valorextraordinário”, realçam os bisposespanhóis, que através de uma notapublicada na internet abordamainda a futura liderança da nação,que será entregue nas mãos deFilipe de Borbón e Grécia.A Igreja Católica do país vizinhomostra-se convicta de que opríncipe das Astúrias, filhoprimogénito de Juan Carlos e Sofia,irá ser capaz de dar “continuidade”à obra do pai com “competência”, erecorda as provas dadas pelo futurorei nas suas “diferentes apariçõesna vida pública”.Filipe de Borbón, de 46 anos, écasado com Leticia OrtizRocasolano e pai de duas filhas, asinfantas Leonor e Sophia, de oito esete anos. O futuro rei é formadoem Direito, tem um

mestrado em RelaçõesInternacionais e tenente-coronel doExército e comandante da Marinha.No plano político, Filipe VI assumiupela primeira vez um papel oficial emnome do trono espanhol em 1996,como representante de Espanhanas tomadas de posse de chefes deEstado da América Latina.Em 2004 deslocou-se pela primeiravez em missão diplomática aoVaticano, para uma visita ao entãoPapa João Paulo II.O anúncio da renúncia do rei JuanCarlos ao trono foi feito estasegunda-feira.

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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram aatualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizadosem www.agencia.ecclesia.pt

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Superior Geral dos Jesuítas em Portugal

Fundação católica convida a disputar outro Campeonato do Mundo

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A Vida invisívelA trabalhar há anos num ministério,o tempo como funcionário públicoparece ter absorvido a maior parteda vida de Hugo. Agora que António,seu chefe de repartição, morreu,Hugo mergulha numa profundarevisitação do espaço, do tempo edas memórias da sua vida. Umcaminho solitário que percorre pelosmeandros da perda como umincógnito, em busca da sua própriapresença e ausência, da pertençaaos outros e às coisas…Passam vinte anos desde que VítorGonçalves realizou ‘Uma Raparigano Verão’, a história de Isabel e doseu incontido desejo de realização ede amor absoluto que crê poderencontrar para lá dos limites daterra onde nasceu, e por isso partepara a cidade, e para lá dos limitesda sua personalidade, e por issoprocura-o nos outros. Um filmesingular que Manoel de Oliveiraelogiaria pela sua simplicidade, peloacerto de uma realização sóbria esensível.’Sobriedade e sensibilidaderepetem-se, vinte anos depois, em‘A Vida Invisível’ numa obra commuito de autobiográfico

que exige do espetador umaexperiência de vida, incluindointerior, capaz de o acompanhar enele descobrir afinidade. O que nãosignifica, necessariamente, ser umfilme agradável, consegue noentanto ser incrivelmenteharmonioso, bem proporcionadopara a profundidade e densidade docaminho interior que Hugo percorre.Magnificamente fotografada, ‘A VidaInvisível’ bebe do mistério que VítorGonçalves afirma ser o da sua vidano cinema, num registo que jogacom a sombra e a luz, a cor e a suaquase ausência, como estas jogamnos mistérios, nos segredos e nasrevelações da existência de Hugo.Alguém, como tantos de nós por ummomento na vida, que a sente longedo seu alcance, um quase ninguém,como se, objetivamente estandovivo, não fosse porém capaz de osentir.Nomeado para o Prémio MarcoAurélio na oitava edição do FestivalInternacional de Cinema de Roma, ofilme marca o regresso do realizadoraos ecrãs portugueses. Nascido emAngra do Heroísmo em 1951, Vítor

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Gonçalves formou-se em 1979 naentão Escola de Cinema doConservatório Nacional onde foialuno do cineasta António Reis, dequem deriva a personagem Antónionest’ ‘A Vida Invisível’. Professor e produtor, entre esta

última atividade conta-se aprodução do filme ‘Sangue’ dePedro Costa, seu assistente derealização em ‘Uma Rapariga noVerão’. Margarida Ataíde

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Net Rádio Católicahttp://www.netradiocatolica.com/

No passado dia 28 de maio a NetRádio Católica celebrou o seuoitavo aniversário. Porque não étodos os dias que se celebram oitoanos de vida de projetosinteiramente sustentados na internete somado a isso, quando esseprojeto é 100% cristão, pensamosque estão reunidas as razões parafestejar e sugerir uma visita a estesítio online.A net rádio católica, não é umarádio comum, como o nome indicaemite somente através da internetconteúdos exclusivamente deinspiração cristã desde maio de2006. Entre música, entrevistas edebates não esquecendo atransmissão diária da recitação doterço, encontramos um manancialde programas para todos os gostose para todas as idades, sempretendo como inspiração o Evangelho.Como o Bispo de Setúbal escreveu,certamente esta é uma maneira de“levar mais longe o Evangelho daalegria, da esperança, da paz e davida que é Jesus Cristo SenhorNosso".Logo na página inicial,

começamos a ouvir a emissãoonline e encontramos umaquantidade enorme de informaçõesdisponíveis. Para além dos habituaisdestaques, temos ainda os vídeosNRC, olhando depois para assugestões de programação e para aliturgia do dia, onde a dificuldadeque se nos apresenta prende-seessencialmente em saber ondevamos clicar. Todos estes conteúdossão bastante interativos e com umaqualidade elevada, possuindo aindaa vantagem de podermos ouvir osprogramas a qualquer hora, nãonecessitando para isso de estarmosem frente ao computador numdeterminado momento.Somente a título informativoapresentamos alguns programasque consideramos terem bastanteinteresse de serem seguidos:“Geração XXI” tem como objetivo adivulgação de novas bandas enovos artistas cristãos; “Conversascom … Emanuel Magalhães” umprograma de entrevistas onde sãoconvidadas personalidades paradebater e comentar temas daatualidade; “Caminho de Emaús”,

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produzido pela Paulus, em quesomos levados a refletir sobre asleituras da eucaristia dominical; eainda o “Luso Fonias” produzidopela Fundação Evangelização eCulturas em parceria com a RádioRenascença, sempre tendo emconta o carácter missionário eevangelizador.Como facilmente verificamos estesítio vale bem a pena ser

adicionado aos nossos favoritos eser acedido com regularidade. Poisalém de ficarmos a conhecer asinformações eclesiais maisrelevantes, podemos sempre sentira alegria, a força e a espiritualidadeque a música de inspiração cristãnos transmite.

Fernando Cassola [email protected]

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A Ilha e o Verbo“A Ilha e o Verbo” é o título do livroque apresenta o percurso biográficodo padre António Rego, queassinala 50 anos de ordenaçãosacerdotal no dia 21 de junho.Publicado pela Paulinas Editora,este volume reúne uma entrevistaconduzida por Paulo Rocha, umabreve secção de fotografias ealguns artigos do autor sobre temasde referência no seu itineráriosacerdotal e profissional.Numa longa entrevista, o livroinforma sobre as raízes açorianosde quem se confessa“incuravelmente um ilhéu”, opercurso rumo à ordenaçãosacerdotal de quem esteve para ser“padre americano”, a experiênciados anos do Concílio Vaticano II e olongo trabalho na comunicaçãosocial.A pergunta “se é padre oujornalista” também está nesta longaentrevista. A resposta doentrevistado denuncia a paixão comque sempre agarrou a duplamissão: “Creio que as pessoasdesconfiavam da possibilidade deum padre ser jornalista e, do mesmomodo, da possibilidade de umjornalista ser padre.

Desconfiavam das duas hipóteses,não considerando a missão únicaque pode comportar as duasatividades”.António Rego diz que a “carteiraprofissional de jornalista nãomacula, antes pelo contrário, amissão canónica de padre”.Pelas páginas deste livro, o leitorrecorda o trabalho que o padreRego realizou na RádioRenascença, entre 1968 e 1974; a“criatividade” da segunda década de70 e ao longo dos anos 80, com osprogramas na Antena 1, o 70x7 naRTP, e a coluna de opinião “Palavraentre Palavras” no Diário deNotícias.A entrevista aborda também oenvolvimento do padre AntónioRego, a partir de 1992, na TVI. Umprojeto sobre o qual “tinha dúvidas”,mas que não se achou no “direito derecusar” quando foi convidado paradiretor de informação.O trabalho no Secretariado Nacionaldas Comunicações Sociais e adinamização de projetos da IgrejaCatólica em Portugal nos media,nomeadamente a Agência Ecclesia eos programas Ecclesia na RT

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P e na Antena 1, estão entre ostemas tratados ao longo daentrevista.D. Manuel Clemente, patriarca deLisboa, assina o prefácio deste livro,onde evoca a “expressiva galeriados programas que criou e dostextos que escreveu” ondeperduram “a mesma alma e idênticaexpressão” e que consistem na“vontade de ‘comunicar’, departilhar realmente o que lhe vai naalma, ou acolhe da alma dos outros”.“Por isso tem aquela maneiraaçoriana de ser português,

homem do mar em qualquer praia aque chegue; por isso tem aquelejeito de comunicar sempre, usandoos meios mais sofisticados do modomais natural”, escreve D. ManuelClemente.O livro “A Ilha e o Verbo – DosVulcões da Atlântida à GaláxiaDigital” vai ser apresentado na Feirodo Livro de Lisboa, no dia 7 dejunho, às 19h00, e nas celebraçõesdos 50 anos de sacerdócio: dia 15de junho em Lisboa e dia 12 dejulho em S. Miguel.

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D. Eurico Dias Nogueira – Flashes devida em missão episcopal

Com o falecimento (em maio último) de D. EuricoDias Nogueira convém recordar alguns Flashes davida do último bispo português – ainda vivo – queparticipou no II Concílio do Vaticano (1962-65).Nomeado bispo de Vila Cabral (Moçambique) emmeados de 1964, o padre Joel Carlos Antunes que oacompanhou neste caminho episcopal recordou –nas celebrações jubilares dos seus 25 anos de bispo– como este trajeto teve o seu início. “Tudo começouentre dois «finos» no parque da baixa conimbricense.Numa tarde quente de julho, a mim que do SeminárioMenor da Figueira me deslocava a Coimbra paraparticipar num retiro, o Dr. Eurico de então faz-me umconvite, tão vago como impreciso, para um passeioque anunciava longo e antevia demorado” (In:Jubileu Episcopal de D. Eurico Dias Nogueira –Arcebispo Primaz; Braga, junho de 1990).Fiado na sua amizade, o padre Joel Carlos relatou,no colóquio de homenagem, que “até porque não eraa primeira vez que viajava no seu velho Volkswagen”.Três dias depois, no silêncio do retiro, foi“surpreendido pela notícia de que o Dr. EuricoNogueira fora nomeado bispo para Vila Cabral”. Eacrescenta: “Só então me apercebi do alcance doconvite e do destino do «passeio»”.Já em terras moçambicanas, o padre Joel Antunesrecorda alguns episódios da missão episcopal de D.Eurico Dias Nogueira. “Não eram de todo pacíficas,em 1964, as relações entre missionários e ogovernador distrital”.

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Apesar de estar presente nareceção oficial ao primeiro bispo doNiassa mas, “poucos dias depois, dá-se o primeiro incidente entreambos”.O governador, “com tentações deabsolutismo num império com asuperfície de seis quartos dePortugal (120 mil Km2), manda osecretário à Missão” que distavacerca de 3 km da cidade, e onde D.Eurico Dias Nogueira fixararesidência “por falta de casa nasede”, a comunicar-lhe que ogovernador desejava falar-lhe, “peloque se devia dirigir ao palácio” (Lê-se no artigo citado anteriormente).Vale a pena transcrever o diálogoentre o bispo de Vila Cabral e osecretário do governador.D. Eurico – “Não sei se ouvi bem.Então o sr. governador deseja falarcomigo e pede para eu ir ao seupalácio…”Secretário – “Sim, sim, é issomesmo. O sr. governador mandou-me comunicar que tinha assuntos atratar com V. Ex. e pede para lá sedeslocar”.D. Eurico – “Por favor diga aosenhor governador que sinto muitoprazer em me encontrar com suaexcelência e, quando

eu tiver assuntos a tratar com ele,procurá-lo-ei gostosamente nopalácio; mas quando o sr.governador quiser falar com o bispoda diocese, este de bom gradoabrirá a sua excelência as frágeisportas da sua habitação, se não sesentir diminuído por entrar em casatão modesta”.Este diálogo é revelador dapersonalidade de D. Eurico DiasNogueira, homem do II Concílio doVaticano, que sabia separar aságuas e ver os assuntos dos doislados das margens do rio.

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junho 2014

07 - Sábado * Vaticano - Encontro do PapaFrancisco com todas as sociedadesdesportivas da Itália.* Braga - Encerramento (Início a 30de Maio) do I Festival de Órgão deTubos.* Algarve - Jornada da IgrejaDiocesana. * Leiria - Vigília de Pentecostes.Jardins do Palácio de Cristal –* Porto - Festa daSolidariedade promovida pela CNIS. * Beja - Concerto «Espaço, Ritmo,tempo: Feldman vs Bach» e integrado no Festival «TerrasSem Sombra». * Lisboa - Feira do Livro (PraçaVerde) - Lançamento do livro «A Ilhae o Verbo» da autoria do cónegoAntónio Rego e Paulo Rocha comapresentação de Mário Mesquita.* Sé – Lisboa - Vigília dePentecostes presidida por D.Manuel Clemente

07 a 08 - Arco de Baúlhe -Cabeceiras de Basto – Braga -Encontro sobre a a história localcom visita a monumentos.07 a 11 - Seminário da Torred´Aguilha – Oeiras - Lisboa -Conselho Geral Internacional daSociedade de São Vicente dePaulo. 08- Domingo* Basílica de São Pedro – Vaticano -Celebração de Pentecostespresidida pelo Papa Francisco.* Vaticano - Encontro dosPresidentes de Israel e da Palestinacom o Papa Francisco* Açores - Ponta Delgada - Igreja doColégio - Recital de violino e pianopelas irmãs Marta Botelho Vieira, emviolino, e Diana Botelho Vieira, nopiano.* Eisiedeln – Suiça - D. ManuelMartins, bispo emérito de Setúbal,preside à peregrinação dosmigrantes portugueses a Eisiedelnorganizado pela coordenaçãonacional dos missionáriosportugueses da Suíça

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* Santa Maria dos Olivais – Lisboa -Assembleia diocesana doRenovamento Carismático Católicopresidida por D. Joaquim Mendes* Funchal - Claustro da Igreja doColégio - Apresentação do livro«Diocese do Funchal. Paróquias eOragos».* Igreja do Colégio - Funchal -Concerto evocativo dos 500 anosda Diocese do Funchal.* 08 a 15 - Funchal - Semana jubilarda diocese do Funchal. 09 - Segunda * Sé do Funcha - Apresentaçãopública da intervenção deconservação e restauro do retábuloe cadeiral da Sé. 09 a 10 - Fátima - Peregrinaçãonacional das Crianças presidida porD. Anacleto Oliveira, bispo de Vianado Castelo. 10 - Terça* Caniço - Ilha da Madeira - Diadiocesano do catequista.* Santuário de Nossa Senhora doCaminho – Mogadouro - Encontrodiocesano de catequese.* Braga - Dia da Família Carmelita.

* Silves - São Bartolomeu deMessines (Igreja) - Apresentação daobra «A igreja matriz de S.Bartolomeu de Messines» da autoriade Aurélio Cabrita, que tambémcontém o inventário do FundoArquivístico da Paróquia de SãoBartolomeu de Messines.* Turcifal – Lisboa - JornadasMarianas promovidas peloMovimento da Mensagem de Fátimada diocese de Lisboa* Praça Amarela da Feira do Livro –Lisboa - Apresentação de duasobras com a chancela da CáritasPortuguesa «Gerontologia» e«Perspectivas sobre oenvelhecimemto activo». 11 - Quarta* Sala da Sociedade Científica –UCP - Conferência sobre «Justiçapontifícia no Antigo Regime: direito,juízes e sociedade (sécs. XVI-XVIII)»proferida por Andrea Cicerchia(Università degli Studi di Urbino“Carlo Bo”) e promovida pelo Centrode Estudos de História Religiosa(CEHR) da UCP.* Igreja matriz do Machico – Madeira- Eucaristia evocativa da primeiramissa na Madeira que serápresidida por D. António de SousaBraga, Bispo de Angra.

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O Turismo de Portugal e o Secretariado Nacional dos

Bens Culturais da Igreja vão lançar roteiros turísticos,dedicados aos Caminhos Marianos e aos Caminhos deSantiago, e um ‘Guia de Boas Práticas deInterpretação do Património Religioso’, numa sessãoesta sexta-feira, dia 6 de junho, às 18h30, no PalácioNacional de Mafra. É lançado este sábado o livro «A Ilha e o Verbo»da autoria do cónego António Rego e de PauloRocha com apresentação de Mário Mesquita. Ainiciativa acontece na Praça Verde da Feira doLivro de Lisboa, no Parque Eduardo VII, pelas19h. Decorreu a oitava edição do torneio de futebol paraseminaristas e padres de todo o mundo, Clericus Cup,que reúne mais de 350 jogadores oriundos de 60países, em Roma. A grande festa está marcada paraeste sábado, dia em que acontece um encontro doPapa Francisco com todas as sociedades desportivasda Itália. As comemorações dos 500 anos da diocese doFunchal iniciam este domingo, 8 de junho, comuma eucaristia presidida por D. António Carrilhona Sé diocesana e a apresentação do livro e daexposição “Diocese do Funchal. Paróquias eOragos”, na igreja do Colégio, no Funchal, a quese segue um concerto. O programacomemorativo termina no domingo, dia 15 dejunho, com a Assembleia Diocesana Jubilar, quevai decorrer no estádio dos Barreiros, na cidadedo Funchal, onde se faz a apresentação dacoreografia sobre os 500 anos da Diocese.

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Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00RTP1, 10h00Transmissão damissa dominical

11h00 -Transmissão missa 12h15 - Oitavo Dia

Domingo: 10h00 - ODia do Senhor; 11h00- Eucaristia; 23h30 -Ventos e Marés;segunda a sexta-feira:6h57 - Sementes dereflexão; 7h55 -Oração daManhã; 12h00 -Angelus; 18h30 -Terço; 23h57-Meditando; sábado:23h30 - TerraPrometida.

RTP2, 11h22Domingo, dia 08 - Papa naTerra Santa: dimensãopolítica de uma viagempastoral. RTP2, 15h30Segunda-feira, dia 09 -Entrevista ao padre ManuelMorujão na conclusão de doismandatos como Secretário daConferência EpiscopalPortuguesa;Terça-feira, dia 10 -Informação e entrevistaa Jorge Libano Monteiro, da FEC;Quarta-feira, dia 11 - Informação e entrevista a MariaTeresa Maia GOnzalez.Quinta-feira, dia 12 - Informação e entrevista ao FreiArmindo Carvalho, reitor da Igreja de Santo António;Sexta-feira, dia 13- Entrevista sobre a dimensãopopular da celebração da fé. Antena 1Domingo, dia 8 de junho, 06h00 - Diferentes carismasdentro da Igreja: Movimento dos Focolares e CaminhoNeocatecumenal. Comentário à atualidade informativacom a Irmã Irene Guia. Segunda a sexta-feira, 22h45 - 9 e 10 junho - Portugale a democracia: João Lobo Antunes e João Meneses;11, 12 e 13 de junho - Santo António e as suastradições: pão de Santo António, livrinho "António,menino de Lisboa" e as iniciativas da Igreja de SantoAntónio em Lisboa

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Podemos adorar Maria?

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APLICAÇÕES PASTORAIS

iBreviaryAproximam-se as férias. Férias émovimento, viagens, malas, etc. Ossmartphones ajudam-nos aeconomizar espaço. Rezamos emtodos os lugares, em qualquer lugar.Há uma aplicação que nos ajudará acontinuar a rezar a liturgia dashoras, principalmente, em qualquerlugar: iBreviary.iBreviary é uma aplicação quenasceu em dezembro de 2008 pelopadre Paolo Padrini, coordenadortambém do projeto “Pope2you.net”,que a descreve da seguinte forma: “assim como o breviário impresso éum instrumento portátil, que podeacompanhar a jornada dossacerdotes e leigos, do mesmomodo, com a modernidade, abrimo-nos ao suporte para telemóveis:mudam as modalidades de uso, masnão a lógica subjacente, que é a depode aceder à oração de modoprático a qualquer momento do dia.A aplicação está disponível emportuguês e mais 8 línguas. Aversão portuguesa é constituída portextos aprovados pela ConferênciaEpiscopal Portuguesa e cedidospelo Secretariado Nacional daLiturgia.

É uma aplicação de fácil utilização.Iniciada a aplicação somos logoinformados qual o dia da semana eo tempo litúrgico em que nosencontramos. Para que ao iniciaro iBreviary encontredescarregados todos os textos dodia corrente, devemos ativar afunção download automático, nasdefinições.No menu REZAR encontramos 5submenus: Breviário; Missal;Leituras; Orações e Rituais.Em Breviário encontramos toda aliturgia das horas, bem como osanto do dia. O utilizador selecionase quer rezar o Ofício de Leitura;Laudes; Hora Intermédia; Vésperas;Completas ou Ofícios comuns.No Missal dispomos de todo missalpara a eucaristia do dia em que nosencontramos. Em Leituras é umseparador que conta com as leituraspróprias de cada dia.Nas Orações encontramos váriasorações que vão desde o Pai Nosso,Ave Maria, até Credo. Porúltimo Rituais. Permite-nos escolherentre vários rituais: visita ecomunhão dos doentes; unção dosenfermos, etc.

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Em suma, estamos perante umaaplicação litúrgica de grandeutilidade pastoral.Ainda não há versão otimizada paraiPad, podem instalar versão iPhone.

iPhone | Android

Bento Oliveira@iMissio

http://www.imissio.net

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Ano A - Solenidade do Pentecostes Dons doEspírito para obem comum

O tema deste domingo de Pentecostes é,evidentemente, o Espírito Santo. Dom de Deus a todosos crentes, o Espírito dá vida, renova, transforma,constrói comunidade e faz nascer o Homem Novo.Na primeira leitura, Lucas sugere que o Espírito é a leinova que orienta a caminhada dos crentes e cria anova comunidade do Povo de Deus.Na segunda leitura, Paulo avisa que o Espírito é afonte de onde brota a vida da comunidade cristã. É Eleque concede os dons que enriquecem a comunidade eque fomenta a unidade de todos os membros.O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã,reunida à volta de Jesus ressuscitado: umacomunidade viva, recriada, nova, a partir do dom doEspírito. É o Espírito que permite aos crentes superaro medo e as limitações e dar testemunho no mundodesse amor que Jesus viveu até às últimasconsequências.Olhemos a situação da Igreja e da sociedade concretaem que vivemos. A presença do Espírito só podeprovocar em nós um novo olhar de esperança, derenovação, de compromisso.A Palavra de Deus dá-nos os elementos essenciaisque definem a Igreja: uma comunidade de irmãosreunidos por causa de Jesus, animada pelo Espírito doSenhor ressuscitado e que testemunha na história, deforma efetiva e coerente, o projeto libertador de Jesus.Desse testemunho resulta a comunidade universal dasalvação, que vive no amor e na partilha, apesar dasdiferenças culturais e étnicas.

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A Palavra de Deus diz-nos que osdons que recebemos não podemgerar conflitos e divisões, masdevem servir para o bem comum epara reforçar a vivência comunitária.As nossas comunidades sódeveriam ser espaços de partilhafraterna, nunca campos derivalidades com interesses próprios,atitudes egoístas, tentativas deafirmação pessoal. Isto vale para onosso compromisso na Igreja e nasociedade.A Palavra de Deus diz-nos que acomunidade cristã só existe deforma consistente, se está centradaem Jesus. Jesus é a sua identidadee a sua razão de ser. É n’Ele quesuperamos os nossos medos, asnossas incertezas, as nossaslimitações, para

partirmos à aventura detestemunhar a vida nova no Espírito.A Palavra de Deus diz-nos que ascomunidades construídas à volta deJesus são animadas pelo Espírito:sopro de vida que transforma obarro inerte numa imagem de Deus,que transforma o egoísmo em amorpartilhado, que transforma o orgulhoem serviço simples e humilde. É Eleque nos faz vencer os medos,superar as cobardias e fracassos,derrotar o ceticismo e a desilusão,reencontrar a orientação, readquirira audácia profética, testemunhar oamor, sonhar com um mundo novo.

Manuel Barbosa, scjwww.dehonianos.org

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Terra Santa: afinal, os milagres acontecem

“Ensinem-nos a rezar!”No meio da agitação da cidade deBelém, há um convento onde reinaum silêncio que comove todos osque o visitam. É o Convento dasCarmelitas, fundado por uma jovemirmã beatificada em 1983, e que,todos os dias, continua a inspirarpequenos milagres.Fazer pontes através da oração fazparte do quotidiano das IrmãsCarmelitas. No número 119 da ruaJamal Abdel Nasser, fica situado umedifício em pedra, onde sobressaemvárias janelas, todas com grades. Éo Convento das Carmelitas deBelém. São apenas 15 as irmãs quevivem por lá. Algumas, são aindamuito jovens, mas todascompreenderam imediatamente oenorme alcance do gesto do Papaquando, na sua recente visita àTerra Santa, fez uma oraçãosilenciosa junto ao muro de betãoque separa a Cisjordânia de Israel.É muito importante a permanênciadestas irmãs na Terra Santa. Oconvento foi fundado por uma jovemreligiosa, Mariam Baouardy,conhecida

por todos como “a pequena árabe”,e que São João Paulo II beatificouem 1983. Local de peregrinaçãoA fama da sua santidadetransformou este convento numlocal de peregrinação. Todos os diaschegam turistas que queremconhecer a história desta jovem quefaleceu aos 33 anos e cuja vida nãodeixa de surpreender pela enormefidelidade às coisas do Céu. As 15irmãs vivem do trabalho manual,bordando vestes litúrgicas e fazendohóstias para as igrejas de Belém.Não têm outra fonte de rendimento epor isso agradecem o apoio quea Fundação AIS lhes dá parainstalarem um pequeno museu ondepossam mostrar a todos osvisitantes quem foi a “pequenaárabe”.Estas carmelitas sabem que a suapresença em Belém, hoje em dia, naterra onde Jesus nasceu, é tambémsimbólica pois há cada vez menosfamílias cristãs na Terra Santa. Masé também

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um sinal muito vivo de que oscristãos podem fazer pontes entreisraelitas e palestinianos.Este é um convento único. Sãomuitas pessoas que pedem ajuda àsirmãs. Uma ajuda muito especial.“Ensinem-nos a rezar! Não podemosir ter convosco, nem que seja umavez por mês, para nos ensinaremorações?”, explica a madresuperiora, a Irmã

Lucyna Seweryniak, recordando aspalavras que mais escuta entre osvisitantes. Neste conventoacontecem pequenos milagres todosos dias. O da conversão doscorações pela oração é um dos maisimportantes que se podem desejar.

Paulo Aidowww.fundacao-ais.pt

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Alimentação, um direito humano

Tony Neves

É crime contra a humanidade deixar morrer umapessoa de fome. Também devia beliscar asconsciências o facto de haver humanos semacesso ao pão de cada dia.Estamos a chegar a 2015 o ano que as NaçõesUnidas apresentaram como meta para aconcretização dos Objetivos de Desenvolvimentodo Milénio. O combate sem tréguas contra apobreza teria também este efeito humano deacabar com a fome no mundo. É mais um dosbons propósitos que fica gravado em muitos ebelos textos, mas que não conseguimos passa-los para a vida do dia a dia.Os relatórios oficiais que falam de alimentação àescala do planeta dizem que não há falta decomida. Pelo contrário, é enorme o desperdícioalimentar. O problema da fome não tem nada aver com a produção, mas com a distribuição queé injusta. Enquanto milhões de pessoas sebanqueteiam e dão ao luxo de esbanjar, muitosoutros milhões morrem de fome ou sofrem dedesnutrição. É uma injustiça de bradar aos céus.O problema de fundo que importa enfrentarprende-se com a injustiça social. Cabe aosgovernos criar leis que apoiem mais os pobres econvidem os poderosos a partilhar as riquezasacumuladas. Fala-se muito em legislações quepromovam mais equilíbrio social, mas a verdadeé que os ricos estão

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cada vez mais ricos e os pobrescada vez mais pobres. Talvez sejaimportante que os católicos gritemalto as grandes diretrizes dadoutrina social da Igreja que diz quea propriedade privada tem de estarsubmetida á destinação universaldos bens. Ou seja, o bem comumtem de estar acima das riquezasindividuais. Há, neste aspeto, umlongo caminho a percorrer…A sociedade civil, face áincapacidade dos governos quantoá resolução do problema da fomeou má alimentação, tenta encontrarcaminhos que superem a situaçãoatual,

dramática para muita gente. Assimse criaram os bancos alimentarescontra a fome e se investe hoje naluta contra o desperdício através deprojetos como o ‘Refood’ queconsiste na recolha, ao fim do dia,de toda a comida que sobra nosrestaurantes aderentes.Há que construir um mundo maisjusto. Há que ter um estilo de vidamais simples. Há que comer deforma mais racionalizada. Há quepartilhar mais o pão. Em suma, háque viver a sério a lei do Amor,assente numa fraternidade semfronteiras.

“Pode ouvir o programa Luso Fonias na rádio SIM, sábados às 14h00, ouem www.fecongd.org. O programa Luso Fonias é produzido pela FEC –Fundação Fé e Cooperação, ONGD da Conferência Episcopal Portuguesa.”

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