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Estímulo 2012 Relatório de Avaliação (primeiros seis meses de execução fevereiro/agosto 2012) 10 outubro/2012

Relatório de Avaliação - portugal.gov.pt · desempregados ao mercado de trabalho, em particular dos desempregados de longa duração e de ... desemprego, contribuindo igualmente

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Relatório de Avaliação (primeiros seis meses de execução

fevereiro/agosto 2012)

10 outubro/2012

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 2 de 76

Elaborado em outubro de 2012 Gabinete do Secretário de Estado do Emprego e Departamento de Emprego do Instituto do Emprego e Formação Profissional, IP

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ÍNDICE

0. Nota introdutória ................................................................................................5

1. Nota metodológica ..............................................................................................7

2. A Medida Estímulo 2012 ........................................................................................8

....................................................................................................8 2.1. Objetivos

......................................................................8 2.2. Requisitos de atribuição do apoio

2.2.1. Destinatários .........................................................................................8

2.2.2. Requisitos dos empregadores......................................................................8

2.2.3. Outros requisitos ....................................................................................9

.........................................9 2.3. Apoio financeiro: montante e modalidade de pagamento

............................................................... 10 2.4. Obrigações da entidade empregadora

............................................................................................ 11 2.5. A candidatura

............................................ 13 2.6. Regime especial de projetos de interesse estratégico

3. Metas e Execução da Medida ................................................................................ 14

........................................................................ 14 3.1. Metas e dotações orçamentais

.......................................................................................... 14 3.2. Execução Física

3.2.1. Adesão à Medida e abrangência geográfica ................................................... 15

3.2.2. Caraterização das ofertas e dos postos de trabalho registados ........................... 18

3.2.3. Candidaturas apresentadas após a celebração do Contrato de trabalho ................ 24

3.2.4. Caraterização das Entidades Beneficiárias.................................................... 28

3.2.5. Caraterização destinatários ..................................................................... 30

3.2.6. Tipo de formação .................................................................................. 33

3.2.7. Caraterização dos Contratos de Trabalho Celebrados e Remuneração .................. 34

3.2.8. Caraterização dos Projetos de interesse estratégico ....................................... 37

................................................ 38 3.3. Síntese da execução física e financeira da Medida

......................................................................... 40 3.4. Efeito de Incentivo da Medida

4. Aspetos-chave da Eficácia de Medidas de Apoio à Contratação ....................................... 43

.............................. 43 4.1. Efeitos diretos e indiretos das Medidas Ativas de Emprego (MAE)

4.1.1. Efeitos diretos sobre o emprego, desemprego e ganhos ................................... 43

4.1.2. Efeitos indiretos (negativos e positivos) ....................................................... 43

........................................................................... 45 4.2. Os incentivos à contratação

.................... 48 4.3. Recomendações para o desenho de medidas de incentivos à contratação

4.4. Comparação com o Regulamento Geral de Isenção por Categoria (RGIC), no respeitante

..................... 48 aos auxílios estatais a favor do recrutamento de trabalhadores desfavorecidos

5. Análise SWOT: uma primeira abordagem .................................................................. 52

6. Conclusões e propostas de atuação ........................................................................ 55

....................................................................... 55 6.1. Síntese da execução da medida

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.................................................. 56 6.2. Propostas e sugestões de alterações legislativas

7. Anexos ........................................................................................................... 61

...................................................................................... 61 7.1. Dados de execução

............................................................. 65 7.2. Dados de execução de outubro de 2012

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0. Nota introdutória

A medida ativa de emprego Estímulo 2012, criada pela Portaria n.º 45/2012, de 13 de fevereiro,

enquadra-se no conjunto de iniciativas previstas no Compromisso para o Crescimento,

Competitividade e Emprego, assinado pelo Governo e a maioria dos Parceiros Sociais em 18 de

janeiro de 2012, bem como no Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego, aprovado

pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 20/2012, de 9 de março.

Esta medida tem em vista o combate ao desemprego, potenciando um regresso mais rápido dos

desempregados ao mercado de trabalho, em particular dos desempregados de longa duração e de

outros com menores níveis de empregabilidade.

Estes objetivos encontram também acolhimento no Memorando de Entendimento sobre as

Condicionalidades de Política Económica, importando realçar os aspetos que se relacionam com a

criação de emprego, a melhoria da empregabilidade dos jovens e das categorias de pessoas mais

desfavorecidas e a diminuição dos desajustamentos no mercado de trabalho.

A definição e execução da política de emprego têm subjacente a relevância da sujeição das medidas

de emprego e de formação profissional a uma avaliação da respetiva eficácia e eficiência. O Estudo

de Avaliação das Políticas Ativas de Emprego, recentemente apresentado pelo Governo, é disto um

exemplo. Efetivamente, a importância de estudos de avaliação das políticas públicas não pode ser

subestimada, na medida em que a caracterização e quantificação dos efeitos destas deve ser um

dos aspetos determinantes nas alterações a introduzir em medidas em vigor.

Assim, e em conformidade com o previsto no Compromisso para o Crescimento, Competitividade e

Emprego, a portaria que criou a medida Estímulo 2012 contemplou a realização de uma avaliação da

sua aplicação quando decorridos seis meses desde o início da sua entrada em vigor, o que se verifica

no momento em que este relatório começou a ser produzido (as candidaturas à medida se iniciaram-

se a 14 de fevereiro de 2012).

O presente relatório contempla os principais elementos que permitem perceber a adesão a esta

nova medida por parte das entidades beneficiárias, bem como os resultados alcançados, com

especial destaque para o emprego criado e os desempregados que dele beneficiam. É, assim,

possível efetuar um primeiro balanço da iniciativa, fruto da análise aos dados disponíveis nos

sistemas de informação e dos contributos, de natureza mais qualitativa, fornecidos pelos serviços

regionais de coordenação do Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. (IEFP, IP).

Na sequência da avaliação realizada, e no sentido de reforçar os objetivos firmados entre o Governo

e os Parceiros Sociais, bem como aprofundar o combate ao desemprego, nomeadamente entre os

trabalhadores com níveis de empregabilidade mais baixos ou sujeitos a períodos mais longos de

desemprego, contribuindo igualmente para a manutenção de vínculos laborais mais estáveis e para o

combate à precariedade e segmentação no mercado de trabalho, considera-se oportuna a

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apresentação de um conjunto de propostas de remodelação da medida Estímulo 2012, bem como a

sua inclusão de forma mais permanente no catálogo de medidas ativas de emprego do IEFP, I.P..

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1. Nota metodológica

Todos os dados trabalhados têm origem nos sistemas informáticos do IEFP, IP de suporte à gestão,

nomeadamente o Sistema Informático de Gestão da Área do Emprego (SIGAE) e o Sistema de Gestão

de Candidaturas (SGC).

A informação que serve de base às análises que se efetuam no ponto 3 deste relatório foi retirada

dos sistemas a 16 de agosto, integrando toda a atividade registada até ao dia anterior (15 de

agosto).

Foram também solicitados ao Instituto de Informática, I.P. (II, IP) alguns elementos complementares

sobre o universo das novas contratações efetuadas em 2012, que apoiaram algumas análises

comparativas, ainda que um dos indicadores mais relevantes (o tipo de contrato) não estivesse

disponível.

Contou-se também com os contributos qualitativos dos técnicos dos serviços regionais de

coordenação, responsáveis pela análise e aprovação das candidaturas e que possuem, por essa via,

um contacto privilegiado com as entidades empregadoras, constituindo assim um suporte

importante para o desenho das alterações propostas.

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2. A Medida Estímulo 2012

De forma sumária, este ponto do relatório sistematiza os principais fatores de caracterização da

medida em avaliação, cuja gestão e execução é da responsabilidade do IEFP, IP, articulando, nas

matérias em que tal se revela necessário, com o II, I. P..

O Estímulo 2012 consiste na atribuição de um apoio financeiro às entidades empregadoras que

contratem desempregados que se encontrem inscritos como tal nos centros de emprego há pelo

menos seis meses consecutivos. Acresce que esta contratação tem associada a obrigação do

empregador garantir formação profissional ao trabalhador, para permitir um adequado

ajustamento ao exercício do posto de trabalho.

No desenho da medida, identificaram-se como seus principais objetivos:

Incentivar a contratação dos desempregados de média e longa duração;

Contribuir para o aumento da sua futura empregabilidade mediante a concessão de

formação profissional.

2.2.1. Destinatários

Apenas são elegíveis para efeitos de acesso ao apoio os desempregados que se

encontrem inscritos no centro de emprego, como desempregados, há pelo menos seis

meses consecutivos.

2.2.2. Requisitos dos empregadores

Pode candidatar-se ao Estímulo 2012 a pessoa singular ou coletiva de direito privado,

com ou sem fins lucrativos, que reúna os seguintes requisitos (quer no momento da

apresentação da candidatura, quer durante o período de duração do apoio financeiro):

a) Estar regularmente constituída e registada;

b) Preencher os requisitos legais exigidos para o exercício da atividade ou

apresentar comprovativo de ter iniciado o processo aplicável;

c) Ter a situação contributiva regularizada perante a administração fiscal e a

segurança social;

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d) Não se encontrar em situação de incumprimento no que respeita a apoios

financeiros concedidos pelo IEFP, I P;

e) Ter a situação regularizada em matéria de restituições no âmbito do

financiamento do Fundo Social Europeu;

f) Dispor de contabilidade organizada de acordo com o previsto na lei.

2.2.3. Outros requisitos

São ainda requisitos indispensáveis para a atribuição do apoio:

a) A celebração de contrato de trabalho entre o empregador e o destinatário, a

tempo completo, sem termo ou com termo, igual ou superior a seis meses;

b) A criação líquida de emprego, considerando-se que esta existe quando a

entidade, após a contratação do trabalhador apoiado no Estímulo 2012, registar

um número total de trabalhadores igual ou superior à média dos

trabalhadores registados nos 12 meses que precedem a data da apresentação

da candidatura, acrescida do número de trabalhadores abrangidos pelo

Estímulo 2012;

c) O empregador não ter contratado mais de 20 trabalhadores ao abrigo do Estímulo

2012 (a exceção a este último requisito é possível no âmbito do reconhecimento

como projeto de interesse estratégico, que em ponto próprio é explicitado).

O empregador que celebre contrato de trabalho ao abrigo do Estímulo 2012 tem direito, como

regra, a um apoio financeiro correspondente a 50% da retribuição mensal do trabalhador,

durante o período máximo de seis meses, não podendo ultrapassar o montante de um indexante

dos apoios sociais (IAS) - € 419,22 - por mês. Tal significa que, regra geral, o apoio máximo para

a totalidade do período são € 2.515,32, por posto de trabalho.

A legislação prevê que esse apoio, em determinadas situações, pode ser elevado a 60% da

retribuição mensal do trabalhador, durante o período máximo de seis meses, mas mantém o

limite do montante máximo do apoio no valor de um IAS por mês.

Estes 60% aplicam-se quando ocorre:

Celebração de contrato de trabalho sem termo;

Celebração de contrato de trabalho com destinatário que se encontre numa das

seguintes situações:

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a) Beneficiário do rendimento social de inserção;

b) Idade igual ou inferior a 25 anos;

c) Pessoa com deficiência ou incapacidade;

d) Trabalhadora com um nível de habilitações inferior ao 3.º ciclo do ensino básico;

e) Inscrição no centro de emprego há pelo menos 12 meses consecutivos.

Apesar do período relativamente curto em que se desenvolve a medida, está previsto que o

pagamento do apoio financeiro se efetue em 3 momentos:

1ª prestação 2ª prestação 3ª prestação

Quanto 1 IAS

€ 419,22

2 IAS

€ 838,44

remanescente

Quando Mês seguinte à aprovação

da candidatura

2º mês do contrato

3º mês do contrato A partir do 6º mês do

contrato

Este esquema de pagamentos significa que entidades empregadoras que celebrem contratos de

trabalho com remunerações mais baixas acabam por receber a quase totalidade do apoio com a

segunda prestação (é o caso de um contrato com a remuneração de € 485,00, em que o saldo

apenas será de € 197, enquanto que uma remuneração de € 1.000,00 deixa metade do apoio - €

1257,00 para a última prestação).

A concessão do apoio financeiro representa um conjunto de obrigações para a entidade

empregadora.

Assim, está obrigada a garantir a formação profissional ajustada às competências do posto de

trabalho que pode consistir numa de duas modalidades alternativas:

Formação em contexto de trabalho, pelo período mínimo de seis meses, mediante

acompanhamento de um tutor designado pelo empregador;

Formação em entidade formadora certificada, com uma carga horária mínima de 50

horas e realizada durante o período normal de trabalho.

No caso de entidades empregadoras com menos de 5 trabalhadores, a formação só pode ser

assegurada nesta última modalidade, em entidade formadora certificada.

O IEFP, IP apenas efetua o pagamento da última tranche do apoio depois da entidade ter

comprovado, pela entrega do relatório de formação elaborado pelo tutor ou a cópia do

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certificado de formação emitido pela entidade formadora certificada, que efetivamente o

trabalhador teve a formação prevista.

Como veremos neste relatório, a variável formação profissional pode criar alguns desincentivos,

em determinadas circunstâncias, à adesão das entidades, em particular para aquelas que, pela

sua dimensão de recursos humanos, estão impedidas de recorrer à formação em contexto de

trabalho.

A Medida não suporta os custos com a formação e embora seja verdade que o trabalhador pode

frequentar a formação com recurso à rede de centros do IEFP, IP esta opção nem sempre é

viável.

A outra dimensão, tradicionalmente crítica, e que constitui igualmente obrigação da entidade

empregadora, é a da criação líquida de emprego.

A partir da contratação e pelo menos durante o período de duração do apoio financeiro, está

obrigada a manter o contrato de trabalho apoiado e um número total de trabalhadores igual ou

superior ao número de trabalhadores registados à data da apresentação da candidatura.

O não cumprimento de qualquer uma destas obrigações (formação / nível de emprego) tem

consequências, que obrigam a uma devolução do apoio, total ou parcial.

Ocorrências que implicam devolução do apoio

Devolu

ção d

a

tota

lidade

Despedimento coletivo, por extinção do posto de trabalho ou por inadaptação, bem

como despedimento por facto imputável ao trabalhador que seja declarado ilícito,

efetuado durante o período de atribuição do apoio financeiro;

Incumprimento das obrigações relativas à formação profissional.

Devolu

ção

parc

ial

Incumprimento da obrigação de criação líquida de emprego em dois meses, seguidos ou

interpolados;

Cessação do contrato de trabalho por iniciativa do trabalhador ou por mútuo acordo

com a entidade empregadora durante a atribuição do apoio financeiro.

Pela primeira vez, no âmbito de uma medida de apoio à contratação, o modelo instituído para a

obtenção de apoio através do Estímulo 2012 obriga a que exista uma primeira fase de submissão

de oferta no serviço público de emprego. Essa submissão é efetuada eletronicamente no portal

NetEmprego do IEFP, IP, com o registo da oferta de emprego, relativa aos postos de trabalho a

preencher, no âmbito do Estímulo 2012. Uma oferta de emprego pode reportar-se a mais do que

um posto de trabalho, quando são da mesma profissão.

Ainda que esta obrigação exista, a entidade pode já ter conhecimento do desempregado que

pretende contratar e ao registar a oferta de emprego, identificar o(s) desempregado(s) que

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pretende contratar (de notar que, desde 13 de setembro, que todas as ofertas registadas com

identificação do trabalhador a contratar deixaram de ser divulgadas através do NetEmprego). O

IEFP, IP validará se os mesmos reúnem os critérios de elegibilidade para a Medida.

Por outro lado, também nesse momento do registo da oferta, a entidade indica se pretende ou

não que o IEFP, IP continue a considerar a oferta como válida para ajustamento, caso a mesma

não reúna condições de ser apoiada no Estímulo 2012.

O IEFP, IP procede à verificação e validação da oferta no âmbito do Estímulo 2012 e apresenta

ao empregador:

o candidato por ele indicado (caso o mesmo seja elegível);

ou candidatos elegíveis para efeito de seleção (caso o empregador não tenha indicado

candidato ou caso tenha indicado mas o mesmo não seja elegível e o empregador não

pretenda contratá-lo sem o apoio do Estímulo 2012).

Após a celebração do contrato de trabalho, o empregador tem o prazo de 5 dias úteis para

apresentar a candidatura ao apoio financeiro através do portal NetEmprego do IEFP, IP.

Ainda que na fase da oferta exista a possibilidade de uma única oferta abranger 5, 10 ou 20

postos de trabalho, na fase de candidatura essa possibilidade não existe e tem que ser efetuada

individualmente, contrato a contrato.

O IEFP, IP dispõe de 15 dias úteis, contados desde a data da apresentação da candidatura, para

proferir decisão sobre a mesma e notificar o empregador.

No momento da decisão da candidatura têm de estar reunidos todos os requisitos legais de

atribuição do apoio, podendo uma candidatura ser indeferida apesar de a oferta de emprego que

esteve na sua origem ter sido validada, o que fundamentalmente decorre de dois fatores:

Em primeiro lugar, nem todos os requisitos de atribuição do apoio são verificados na

verificação e validação da oferta: por exemplo, o cumprimento do prazo de 5 dias úteis

para apresentação da candidatura e a criação líquida de emprego apenas são verificados

na análise e decisão da candidatura.

Em segundo lugar, determinado requisito pode estar preenchido no momento da

verificação e validação da oferta e não se verificar no momento da decisão da

candidatura: por exemplo, requisitos do empregador e do contrato, bem como o limite

do número de candidaturas aprovadas por empregador.

Em todo o caso, como se verá, estes dois momentos e alguns indeferimentos têm gerado algum

desconforto junto das entidades empregadoras, sendo claramente uma matéria em que existem

vantagens em ajustar os procedimentos de modo a minimizar os riscos de indeferimento após a

celebração de contrato de trabalho.

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O regime especial do Estímulo 2012 é aplicável ao empregador que apresente investimento

considerado de interesse estratégico para a economia nacional ou de determinada região, e que

como tal seja reconhecido, a título excecional, por despacho do membro do Governo responsável

pela área da economia.

Para entidades empregadoras que obtenham este reconhecimento de projetos estratégicos, as

condições de apoio sofrem as seguintes alterações:

O contrato de trabalho deve ser sem termo ou ter duração igual ou superior a 18

meses;

Não é aplicável o limite de 20 contratações ao abrigo do Estímulo 2012;

O apoio financeiro não pode ultrapassar o montante de um IAS por mês, durante o

período máximo de nove meses.

A metodologia instituída para que este despacho da Tutela seja concedido pressupõe que a

entidade apresente junto do Delegado Regional o pedido fundamentado, o qual é objeto de

análise e parecer pelos serviços regionais de coordenação e pelos serviços centrais do IEFP, que

culmina na apresentação de proposta fundamentada à Tutela.

Ainda que se procure imprimir celeridade ao processo, essa tramitação pode tornar o processo

mais moroso do que seria desejável para a entidade empregadora.

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3. Metas e Execução da Medida

Através de um conjunto diverso de indicadores pretende-se, neste primeiro balanço do Estímulo

2012, verificar qual o grau de execução da Medida face às metas inicialmente fixadas, tanto físicas

como financeiras, caracterizando a realização nas duas fases que compõem o processo, o momento

da oferta e respetiva satisfação e o momento da candidatura e acesso ao apoio financeiro.

Nesta fase da análise, são efetuadas algumas comparações com o universo das ofertas de emprego

recebidas no IEFP, IP no mesmo período, visando perceber se existe alguma diferença no tipo de

entidades que recorrem ao Estímulo ou nas profissões abrangidas, tal como se tenta uma

comparação com o universo das novas contratações celebradas no primeiro semestre do ano, ainda

que a esse nível não tenhamos conseguido aceder a um indicador que em muito poderia enriquecer

esta análise, o tipo de contrato celebrado.

Ainda neste ponto efetua-se uma primeira aproximação que visa perceber se existe, e com que

intensidade, um efeito de incentivo do Estímulo 2012 para as entidades empregadoras, ou seja,

aferir se a contratação ocorrida ao abrigo da Medida teria lugar independentemente da existência

da mesma.

A meta estabelecida para a medida Estímulo 2012 foi abranger 35.000 desempregados em 2012,

tendo para o efeito sido atribuída uma dotação de cerca de 49M € (verba inscrita na última

alteração orçamental do IEFP, IP, onde foi efetuado um ajustamento ao valor mais elevado que

inicialmente tinha sido afeto à rubrica, uma vez que a evolução da execução física transferirá

parte dos pagamentos para o ano seguinte), que se distribui por região de acordo com o quadro

abaixo indicado.

Q1 – Metas e Dotações Orçamentais por Delegação Regional

Delegações Regionais

Dotação Orçamental (em euros)

Metas - Nº de pessoas a abranger

Norte 16.151.540,00 32,9% 15.295 43,7%

Centro 8.870.858,00 18,1% 5.005 14,3%

Lisboa e VT

16.221.476,00 33,1% 11.095 31,7%

Alentejo 5.385.180,00 11,0% 1.645 4,7%

Algarve 2.392.590,00 4,9% 1.960 5,6%

Total 49.021.644,00 100,0% 35.000 100,0%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 15 de 76

232

837 933

1.073 1.121 1.078

498

433

1.377 1.390 1.521

1.597 1.457

667

Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto

N.º de Ofertas N.º de postos de trabalho

Relativamente à execução física da Medida, pretende-se aferir a adesão das entidades

empregadoras, através da análise das ofertas registadas (primeiro momento do processo de

candidaturas – ver ponto 2.5), bem como dos contratos celebrados e apoiados no âmbito do

Estímulo 2012.

Para este efeito foram objeto de tratamento e análise vários indicadores (cuja informação

se reporta a 15 de agosto de 2012) que, para além de medirem a execução da Medida,

também a caracterizam.

3.2.1. Adesão à Medida e abrangência geográfica

No primeiro semestre de execução desta Medida, verifica-se que 3.900 entidades

aderiram a esta modalidade de apoio, tendo no seu conjunto registado 5.772 ofertas de

emprego para 8.442 postos de trabalho, o que representa em média 2,2 postos de

trabalho por entidade.

G1 – Evolução mensal das ofertas de emprego e postos de trabalho registados

Como podemos observar pelo gráfico, a adesão a esta Medida foi crescente até junho,

com um maior número de ofertas nos meses de maio e junho (respetivamente, 1.073 e

1.121), nos quais se realizaram várias iniciativas de divulgação do Estímulo 2012. Em

julho os valores diminuem ligeiramente, mas essa diminuição não pode ainda ser

considerada como uma tendência, na medida em que nas ofertas em geral essa

diminuição também ocorre tradicionalmente nos meses de julho e agosto.

Por outro lado, os dados de agosto são apenas de meio mês, o que justifica os níveis

baixos registados, ainda

que comparando com o

mesmo período do mês

anterior, também se

verifique um decréscimo.

Estas ofertas abrangem o

território de Portugal

continental e tiveram uma

maior incidência nos

distritos de Lisboa, Porto,

Faro e Braga (ver mapas 1

e 2), que no seu conjunto

representam 48,9% das ofertas e 51.4% dos postos de trabalho.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 16 de 76

Mapa n.º 1 – % de ofertas por Distrito

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 17 de 76

Mapa n.º 2 – % de postos de trabalho por Distrito

Ainda a propósito da distribuição geográfica das ofertas e postos de trabalho registados

no Estímulo 2012, torna-se relevante observar a sua distribuição em função das

Delegações Regionais do IEFP, IP.

A este respeito verifica-se que a maior parte das ofertas e dos postos de trabalho se

regista na Delegação Norte, seguindo-se a de Lisboa e Vale do Tejo e a do Centro (ver

Quadro n.º 2).

Q2 – N.º de ofertas e postos de trabalho por Delegação Regional

Delegações Regionais Ofertas Postos de trabalho

N.º % N.º %

1-Norte 1.812 31,4% 2.834 33,6%

2-Centro 1.251 21,7% 1.699 20,1%

3-Lisboa e Vale do Tejo 1.617 28,0% 2.302 27,3%

4-Alentejo 479 8,3% 638 7,6%

5-Algarve 613 10,6% 969 11,5%

Total 5.772 100,0% 8442 100%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 18 de 76

1-Norte 2-Centro 3-Lisboa eVale do

Tejo

4-Alentejo 5-Algarve

1570

1133 1285

445 694

2834

1699

2302

638

969

Colocações Postos de trabalho

Tal como referido no ponto 2.5 do Relatório, após o registo das ofertas por parte das

entidades empregadoras, os serviços do IEFP, IP efetuam um conjunto de

procedimentos de modo a tratar e satisfazer essas ofertas, que culminam na colocação

de um trabalhador em cada posto de trabalho. O processo de apresentação de

potenciais trabalhadores pode ser mais ou menos simples, até em função da

possibilidade que o empregador tem de ele próprio de efetuar a identificação do

trabalhador que pretende contratar. Neste caso, o IEFP, IP apenas tem de validar se

aquele trabalhador cumpre os requisitos de elegibilidade.

G3 – N.º de colocações efetuadas ao abrigo do Estímulo

2012, por Delegação Regional

No que respeita às

colocações verifica-se

que desde o início do

Estímulo 2012 foram

efetuadas 5.127

colocações, a maioria

das quais nas

Delegações do Norte,

de Lisboa e Vale do

Tejo e do Centro (ver

gráfico n.º 3).

A este respeito,

saliente-se que há um número significativo de ofertas/postos de trabalho que se

encontram ainda em fase de ajustamento.

Esta fase corresponde ao momento em que nos Centros de Emprego se verifica a

elegibilidade dos candidatos indicados pela entidade no registo da oferta ou se

selecionam desempregados elegíveis para as ofertas, para as quais não foram indicados

candidatos pelas entidades empregadoras.

Após a verificação da elegibilidade, os candidatos são apresentados às entidades para

que, no segundo caso referido no parágrafo anterior, sejam selecionados por esta.

Por fim, é celebrado o contrato de trabalho, considerando-se colocado o candidato.

Assim, é normal que haja algum desajustamento e diferimento temporal entre o

número de postos de trabalho registados nas ofertas apresentadas pelas entidades e o

número de colocações.

3.2.2. Caraterização das ofertas e dos postos de trabalho registados

De forma a caracterizar o Estímulo 2012, no que se refere às ofertas e postos de

trabalho registados, foi recolhida e tratada informação sobre:

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 19 de 76

as atividades económicas e profissões em que os mesmos se inserem;

o tipo de contrato de trabalho (―sem termo‖ /‖a termo‖) que a entidade

pretende celebrar;

o tipo de formação a ministrar (―Em entidade certificada‖ / ―Em contexto

de trabalho‖).

É ainda efetuada uma análise comparativa entre as ofertas registadas no âmbito do

Estímulo 2012 e as ofertas globais recebidas pelo IEFP, IP no primeiro semestre de

2012.

No que se reporta à atividade económica das entidades que recorreram ao Estímulo

2012, verifica-se um leque diversificado de sectores, dos quais se destacam (ver quadro

n.º 3):

Comércio a retalho e comércio por grosso;

Restauração e similares;

Atividades de apoio social com alojamento e sem alojamento;

Alojamento;

Indústrias alimentares.

Q3 – N.º de ofertas e postos de trabalho por classificação da atividade económica

(CAE a 2 dígitos)

Classificação das atividades económicas (CAE 2 dígitos)

Ofertas Postos de trabalho

N.º % N.º %

47 Comércio a retalho 582 10,1% 873 10,3%

56 Restauração e similares 497 8,6% 732 8,7%

87 Atividades de apoio social com alojamento

487 8,4% 636 7,5%

88 Atividades de apoio social sem alojamento

402 7,0% 517 6,1%

46 Comércio por grosso 382 6,6% 495 5,9%

55 Alojamento 285 4,9% 434 5,1%

10 Indústrias alimentares 236 4,1% 352 4,2%

Restantes CAE 2.901 50,3% 4.403 52,2%

Total 5.772 100,0% 8442 100,0%

As áreas de atividade com maior expressão dizem respeito, na sua maioria, a atividades

de comércio e serviços e representam quase metade das ofertas e dos postos de

trabalho registados no Estímulo 2012, a nível nacional.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 20 de 76

No que se refere às ofertas globais recebidas pelo IEFP, IP e à atividade económica das

entidades empregadoras (ver quadro n.º 4), verifica-se que a atividade mais

representativa é a das ―Atividades de emprego‖, exercida pelas empresas de seleção e

colocação de pessoal e empresas de trabalho temporário, o que impede uma

comparação mais fina. Em todo o caso, os setores da restauração e similares e

comércio a retalho e alojamento são comuns aos dois grupos (Estímulo 2012 e ofertas

globais).

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 21 de 76

Q4 – N.º de postos de trabalho registados nas ofertas globais por CAE a 2 dígitos (1º

semestre de 2012)

Classificação das atividades económicas (CAE 2 dígitos)

Postos de trabalho

N.º %

78 Atividades de emprego 7.632 17,7%

56 Restauração e similares 3.781 8,8%

47 Comércio a retalho 2.984 6,9%

14 Indústria do vestuário 2.190 5,1%

55 Alojamento 1.808 4,2%

01 Agricultura, produção animal, caça e atividades dos serviços relacionados

1.741 4,0%

Restantes CAE 22.943 53,3%

Total 43.079 100,0%

Também no que se refere às profissões observa-se uma grande diversidade, assumindo

um maior peso as seguintes (ver quadro n.º 5):

Pessoal dos serviços diretos e particulares, de proteção e segurança;

Empregados de escritório;

Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio;

Empregados de receção, caixas, bilheteiros e similares;

Manequins, vendedores e demonstradores;

Outros técnicos e profissionais de nível intermédio.

Q5 – N.º de ofertas e postos de trabalho por classificação nacional de profissões (CNP a 2 dígitos)

Classificação nacional de profissões (CNP 2 dígitos)

Ofertas Postos de trabalho

N.º % N.º %

51 Pessoal dos serviços diretos e particulares, de proteção e segurança

1.348 23,4% 1.957 23,2%

41 Empregados de escritório 733 12,7% 849 10,1%

91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio

569 9,9% 810 9,6%

42 Empregados de receção, caixas, bilheteiros e similares

306 5,3% 399 4,7%

52 Manequins, vendedores e demonstradores

301 5,2% 530 6,3%

34 Outros técnicos e profissionais de nível intermédio

298 5,2% 367 4,3%

Restantes grupos de profissões 2.217 38,4% 3.530 41,8%

Total 5.772 100,0% 8.442 100,0%

Os grupos acima elencados representam mais de metade das ofertas (61,6%) e postos de

trabalho (58,2%) registados no Estímulo 2012 e decorrem do tipo de atividades

económicas das entidades empregadoras que recorreram a esta medida.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 22 de 76

Relativamente às ofertas globais, verificamos através do quadro seguinte que, por

comparação com o Estímulo 2012, nos grupos de profissões mais representativos surgem

alguns que não assumem um peso muito significativo no Estímulo 2012,

designadamente:

Outros operários, artífices e trabalhadores similares;

Trabalhadores não qualificados das minas e da construção;

Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, criação de animais e

pescas;

Trabalhadores da metalurgia e da metalomecânica e trabalhadores similares;

Operários, artífices e trabalhadores similares.

Assim, no Estímulo 2012 têm um maior peso relativo os grupos de profissões associados

à área do comércio e dos serviços, enquanto que nas ofertas globais têm maior

expressão o grupo dos operários e trabalhadores da indústria e construção.

Q6 – N.º de postos de trabalho registados nas ofertas globais por CNP a 2 dígitos (1º

semestre de 2012)

Classificação nacional de profissões (CNP 2 dígitos)

Postos de trabalho

N.º %

51 Pessoal dos serviços diretos e particulares, de proteção e segurança

8.171 19,0%

74 Outros operários, artífices e trabalhadores similares 4.450 10,3%

93 Trabalhadores não qualificados das minas e da construção

4.210 9,8%

91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio

4.170 9,7%

61 Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, criação de animais e pescas

2.796 6,5%

72 Trabalhadores da metalurgia e da metalomecânica e trabalhadores similares

2.591 6,0%

41 Empregados de escritório 2.396 5,6%

52 Manequins, vendedores e demonstradores 2.212 5,1%

71 Operários, artífices e trabalhadores similares 2.134 5,0%

Restantes grupos de profissões 9.949 23,1%

Total 43.079 100,0%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 23 de 76

17,4%

82,6%

Contratos sem termo Contratos a termo

1-Norte

2-Centro

3-Lisboa VT

4-Alentejo

5-Algarve

Total

78,9%

82,9%

86,1%

85,4%

92,5%

83,7%

21,1%

17,1%

13,9%

14,6%

7,5%

16,3%

Contratos a termo Contratos sem termo

G4 – Tipo de contrato de trabalho a

celebrar (fase da oferta) por DR

Relativamente ao tipo de contrato

que as entidades indicaram

pretender celebrar aquando do

registo da oferta de emprego

(prévio à celebração do contrato),

verifica-se que a maior parte dos

contratos a celebrar são a termo

certo (83,7%), principalmente na

Delegação Regional do Algarve

(92,5%), o que decorre da natureza

sazonal da atividade do turismo,

área com grande peso na área

geográfica em questão.

G5 – Tipo de contrato de trabalho a

celebrar nas ofertas globais (1º

sem./2012)

A percentagem de contratos a termo observada no Estímulo (83,7%) não é muito

diferente da que se verifica nas ofertas

globais recebidas no 1º semestre de 2012

pelo IEFP, IP (82,6%) como se pode

constatar pela análise dos gráficos n.º 4 e

n.º 5. Fica assim demostrado que

relativamente a este ponto, não existe

qualquer influência da medida na

eventual precarização do vínculo laboral

que frequentemente se associa ao

contrato a termo.

Por último, no que se refere ao tipo de formação a ministrar, que se encontra

dependente da dimensão da entidade empregadora (ver ponto 2.4), através do gráfico

abaixo podemos observar que a modalidade ―Formação em contexto de trabalho‖ é a

escolhida em 66,1% dos postos de trabalho registados nas ofertas de emprego,

percentagem esta que regista os valores mais elevados nas Delegações do Algarve e de

Lisboa e Vale do Tejo (respetivamente, 76,0% e 70,5%).

G6 – Tipo de formação a ministrar por Delegação Regional

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 24 de 76

3.2.3. Candidaturas apresentadas após a celebração do Contrato de trabalho

Como já referido, as candidaturas são precedidas pela apresentação de oferta e

celebração do contrato de trabalho e, posteriormente, no prazo de cinco dias após a

celebração do contrato de trabalho, pela formalização da candidatura por parte da

entidade empregadora.

Nos primeiros seis meses de execução da medida, foram, assim, apresentadas junto do

IEFP, IP, 4.280 candidaturas, com maior incidência na Delegação Regional do Norte,

seguida das Delegações de Lisboa e Vale do Tejo e Centro.

Ainda a propósito da distribuição geográfica das candidaturas apresentadas, torna-se

relevante observar que a Delegação Regional do Algarve, apesar da sua menor

dimensão, tem um número muito significativo de candidaturas, proporcionalmente mais

elevado do que se poderia esperar, o que pode decorrer do tecido empresarial da

região e da predominância de áreas de atividade tendencialmente mais sazonais, e que

recorrem ao Estímulo 2012 para contratação de trabalhadores.

Q7 – Candidaturas apresentadas, válidas e aprovadas (intenção ou decisão) por

Delegação Regional

Delegações Regionais

Candidaturas Apresentadas

Candidaturas validadas (Total de processos)

Processos com deferimento (intenção ou

decisão)

N.º % N.º % N.º %

1-Norte 1248 29,2% 1164 29,5% 983 30,4%

2-Centro 996 23,3% 863 21,9% 758 23,5%

3-Lisboa e VT 1052 24,6% 1022 25,9% 776 24,0%

4-Alentejo 405 9,5% 396 10,0% 311 9,6%

5-Algarve 579 13,5% 499 12,7% 404 12,5%

1-Norte

2-Centro

3-Lisboa VT

4-Alentejo

5-Algarve

Total

61,7%

66,1%

70,6%

54,5%

76,0%

66,1%

38,3%

33,9%

29,4%

45,5%

24,0%

33,9%

Formação em Contexto de Trabalho Formação em Entidade Certificada

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 25 de 76

Total 4280 100,0% 3944 100,0% 3232 100,0%

Do total de candidaturas apresentadas, 92,1% encontram-se, à data em que foram

retirados os dados, validadas (3.944 num universo de 4.280) e 75,5% têm um parecer

favorável (i.e., de deferimento), sendo que, por Delegação Regional, existem algumas

diferenças, variando entre os 69,8% (Delegação Regional do Algarve) e os 78,8%

(Delegação Regional do Norte), de acordo com os dados do quadro seguinte (onde é

possível observar o número de candidaturas apresentadas por estado/fase de análise e

resultado quanto à situação do parecer).

Q8 – Candidaturas por estado/fase de análise e situação do parecer por Delegação Regional

F

D

a

D

Das 3.944 candidaturas validadas, 422 foram indeferidas, 22 foram extintas e 268 estão

em fase de análise.

Apesar das situações de indeferimento não se encontrarem tipificadas, uma análise por

amostragem do fundamento do parecer evidencia os seguintes motivos:

a não verificação da criação líquida dos postos de trabalho,

as entidades não terem a situação regularizada perante a segurança social e

administração fiscal,

a não formalização a candidatura nos prazos definidos, ou desistência desta.

As 3.232 candidaturas/processos aprovados resultam da concretização de 2.632 ofertas

(face ao total de 5.772 registadas) apresentadas por 1.9431 entidades beneficiárias

(face ao total de 3.900 que registaram ofertas).

De notar que, a diferença entre o número de ofertas e as candidaturas/processos

resulta do facto de uma candidatura corresponder a um contrato de

trabalho/trabalhador. Assim, uma oferta em que uma entidade se propõe contratar

1 A soma do número de Entidades Beneficiárias por Delegação Regional totaliza 1959, e não 1943; esta situação decorre do

fato de haver entidades que possuem diferentes estabelecimentos.

Delegações Regionais

Candidaturas

apresentadas

Em verificaç

ão

Candidaturas validadas - Situação do parecer

% Aprovados/ Apresentad

os

Processos com

indeferimento

Processos

extintos

Processos em

fase de análise (sem

parecer)

Processos com

deferimen

to

1-Norte 1248 84 67 5 109 983 78,8%

2-Centro 996 132 67 0 38 758 76,1%

3-Lisboa e VT

1052 8 162 12 72 776 73,8%

4-Alentejo 405 9 41 5 39 311 76,8%

5-Algarve 579 80 85 0 10 404 69,8%

Total 4280 313 422 22 268 3232 75,5%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 26 de 76

mais do que um posto de trabalho, desdobra-se posteriormente em vários processos,

em função do número de postos de trabalho criados/contratos celebrados.

Relativamente ao total de novas contratações efetuadas ao nível da economia nacional,

no primeiro semestre do ano, estes dados comparam com cerca de 500 mil novas

admissões, distribuídas da seguinte forma:

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 27 de 76

Mapa n.º 3 – % de novas contratações por distrito

O rácio entre o número de candidaturas/processos e o número de ofertas a que deu

origem é de 1,23 oferta/processo (inferior à média de 2,2 que se verifica ao nível do

registo de ofertas), verificando-se alguma disparidade por região. De facto, na região

do Algarve, o rácio é superior, situando-se em 1,58, sendo, em contrapartida, inferior à

média nas Delegações do Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 28 de 76

1.055; 54%

647; 33%

219; 11%

27; 2%

Até 9 trabalhadores

Entre 10 e 49 trabalhadores

Entre 50 e 249 trabalhadores

A partir de 250 trabalhadores

G7 – Nº Candidaturas, Ofertas e entidades beneficiárias

3.2.4. Caraterização das Entidades Beneficiárias

As 3.232 candidaturas aprovadas foram tituladas por 1.943 entidades, que passamos a

caracterizar quanto à dimensão, CAE e tipo de entidade.

G8 – Nº de Entidades Beneficiárias por

Dimensão

Quanto à dimensão, predominam as

entidades até 9 trabalhadores (1.055

entidades), representado cerca de 54%

das entidades apoiadas, representando

as entidades de maior dimensão

apenas 1,4% do total nacional.

No quadro abaixo, podemos observar a relação entre a dimensão das entidades e os

postos de trabalho criados. Pela análise, verifica-se que o número de postos de

trabalho criados por entidade beneficiária varia de acordo com a dimensão da

entidade, na medida em que a média do número de postos de trabalho criados para as

entidades com mais de 250 trabalhadores é de cerca de 3,9 postos de trabalho,

1-Norte

2-Centro

3-Lisboa eVT

4-Alentejo

5-Algarve

607

510

503

207

132

983

758

776

311

404

781

653

678

265

255

Ofertas Candidaturas/Processos Entidades

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 29 de 76

enquanto que para as entidades de menor dimensão é de apenas 1,3 postos de

trabalho.

Q9 – Nº de Entidades/Postos de Trabalho criados por Nº de trabalhadores da

Entidade

Dimensão Entidades

(estabelecimentos)

PT/Destinatários

Média Posto

Trabalho por

Entidade

Até 9 trabalhadores 1055 1353 1,28

Entre 10 e 49 trabalhadores 647 1244 1,92

Entre 50 e 249 trabalhadores

219 530 2,42

A partir de 250 trabalhadores

27 105 3,89

Total 1943 3232 1,66

No que respeita à caracterização das Entidades por CAE (Classificação da Atividade

Económica), as áreas de atividade com maior expressão dizem respeito, na sua maioria,

às atividades de comércio (à semelhança do que se verifica ao nível das ofertas

registadas) e serviços, nomeadamente, de comércio a retalho e por grosso, restauração

e alojamento, serviços na área jurídica, contabilidade e áreas associativas,

representando quase 40% das entidades beneficiárias.

Curiosamente e à semelhança do que se verifica ao nível das ofertas registadas,

constata-se que a Medida Estímulo 2012 surge também como uma alternativa para a

contratação de trabalhadores por entidades com atividades ligadas ao apoio social, que

têm um peso de 16,4% no total de entidades apoiadas.

As contratações ao nível da economia concentraram-se, por seu turno, nas atividades

administrativas e nos serviços de apoio, comércio por grosso e a retalho, indústrias

transformadoras, construção e alojamento, restauração e similares.

Q10 – Nº de Entidades/Postos de Trabalho criados por Classificação das Atividades

Económicas

Classificação das atividades económicas CAE (a 2 dígitos)

Entidades (estabelecimento

s)

PT/Destinatários

Nº % Nº %

47

Comércio a retalho, exceto de veículos automóveis e motociclos

198 10,2% 375 11,6%

88

Atividades de apoio social sem alojamento 161 8,3% 256 7,9%

87

Atividades de apoio social com alojamento 158 8,1% 323 10,0%

46

Comércio por grosso (inclui agentes), exceto de veículos automóveis e motociclos

144 7,4% 215 6,7%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 30 de 76

Quanto à classificação por tipo de entidade, predominam entidades com fins lucrativos

constituídas, na sua grande maioria, por empresas (representando cerca de 69,6% das

entidades beneficiárias) e empresários em nome individual, com um peso de cerca de

6,8%. No que se refere às entidades sem fins lucrativos, predominam as IPSS e as

Associações, com um peso de 9,5 % e 5,3%, respetivamente.

No que respeita à relação entre o número médio de postos de trabalho criados por

entidade face ao tipo de entidade, não se verificam grandes oscilações, variando entre

1,8 postos de trabalho/entidade para as IPSS e 1,1 postos de trabalho/entidade no caso

dos empresários em nome de individual.

Q11 – Nº de Entidades/Postos de Trabalho criados por Tipo de Entidade

3.2.5. Caraterização destinatários

56

Restauração e similares 129 6,6% 205 6,3%

94

Atividades das organizações associativas 71 3,7% 110 3,4%

55

Alojamento 66 3,4% 148 4,6%

69

Atividades jurídicas e de contabilidade 66 3,4% 78 2,4%

10

Indústrias alimentares 57 2,9% 125 3,9%

86

Atividades de saúde humana 54 2,8% 80 2,5%

Restantes CAE 839 43,2% 1317 40,7%

Total 1943 100,0% 3232 100%

Tipo de entidade

Entidades (estabelecimentos)

PT/Destinatários Média Postos

Trabalho por

Entidade Nº % Nº %

Empresa 1352 69,6% 2305 71,3% 1,70

IPSS 185 9,5% 340 10,5% 1,84

Particular / Empresário em nome individual

132 6,8% 146 4,5% 1,11

Associação 103 5,3% 170 5,3% 1,65

Outras entidades privadas com fins lucrativos

23 1,2% 26 0,8% 1,13

Outras entidades 148 7,6% 245 7,6% 1,66

Total 1943 100,0% 3232 100,0% 1,66

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 31 de 76

1.157; 36%

2.075; 64%

Masculino Feminino

Foram abrangidas 3.232 pessoas

nos primeiros seis meses de

execução da medida Estímulo

2012, verificando-se que a

maioria são mulheres (64,2%), o

que naturalmente está

associado às maiores

dificuldades de acesso e

integração no mercado de

trabalho da população feminina.

G9 – Nº de destinatários por género

G10 – Nº de destinatários por grupo etário

Atendendo a que o público-alvo da

Medida Estimulo 2012 é relativamente

abrangente (desempregados inscritos

nos Centros de Emprego há pelo

menos 6 meses), verifica-se que

existe uma relativa disparidade por

grupo etário, sendo que o grupo mais

representativo é o das pessoas com

idades compreendidas entre os 25 e os

34 anos (com 37% do total), seguindo-

se o grupo com idades compreendidas

entre os 35 e os 44 anos (juntos

representam 64% do total).

Numa análise por profissão associada aos contratos de trabalho apoiados, verifica-se

que mais de metade dos postos de trabalho em causa se enquadra nos subgrupos

apresentados no quadro seguinte, dos quais os primeiros quatro coincidem com os mais

representativos no âmbito das ofertas registadas e três (pessoal dos serviços diretos e

particulares, de proteção e segurança, trabalhadores não qualificados dos serviços e

comércio, outros operários, artífices e trabalhadores similares) correspondem a áreas

profissionais de difícil satisfação no âmbito da colocação direta (i.e, não apoiada

através de medidas ativas de emprego).

Q12 - Profissões (CNP 2) associadas aos contratos de trabalho previstos nos

processos

CNP (a 2 dígitos) PT/Destinatário

s %

51 Pessoal dos serviços diretos e particulares, de proteção e segurança

684 21,2%

41 Empregados de escritório 418 12,9%

14%

37% 27%

18% 4%

Menos de 25 anos Entre 25 e 34 anos

Entre 35 e 44 anos Entre 45 e 54 anos

A partir de 55 anos

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 32 de 76

1.716; 53%

681; 21%

318; 10%

517; 16%

Menos de 12 meses

Mais de 12 e até 18 meses

Mais de 18 e até 24 meses

Mais de 24 meses

91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio

358 11,1%

52 Manequins, vendedores e demonstradores 222 6,9%

74 Outros operários, artífices e trabalhadores similares 195 6,0%

82 Operadores de máquinas e trabalhadores da montagem

165 5,1%

Restantes grupos de profissões 1.190 36,8%

Total 3.232 100,0

%

G11 – Nº de destinatários por Tempo de inscrição

Quando ao tempo de inscrição, verifica-

se uma relativa equidade entre

desempregados inscritos há menos de 12

meses, que representam 53% do total de

pessoas abrangidas, e desempregados de

longa duração (47% do total).

Por outro lado, verifica-se que, nos

desempregados há mais de 12 meses, os

desempregados de muita longa duração

assumem uma expressão significativa

(34%, isto é, 517 dos 1.516

desempregados de longa duração).

Se cruzarmos o tempo de inscrição com o grupo etário, verifica-se que, relativamente

ao público mais jovem (até 34 anos), são predominantes os desempregados inscritos há

menos de 12 meses, sendo que nos jovens com menos de 25 anos, estes representam

74,2%. Relativamente ao público com idade igual ou superior a 35 anos, os

desempregados de longa duração representam cerca de 60% dos abrangidos.

Q13 – Nº de destinatários por tempo de inscrição e grupo etário

Menos de 12

meses

Mais de 12 e até 18 meses

Mais de 18 e até 24 meses

Mais de 24 meses

Total

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Menos de 25 anos 346 74,2% 64 13,7% 30 6,4% 26 5,6% 466 100,0%

Entre 25 e 34 anos 719 59,9% 261 21,8% 99 8,3% 121 10,1% 1200 100,0%

Entre 35 e 44 anos 390 44,0% 225 25,4% 116 13,1% 155 17,5% 886 100,0%

Entre 45 e 54 anos 216 38,4% 104 18,5% 64 11,4% 179 31,8% 563 100,0%

A partir de 55 45 38,5% 27 23,1% 9 7,7% 36 30,8% 117 100,0%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 33 de 76

N

o que respeita às habilitações escolares, verifica-se que os grupos mais representativos

são os destinatários com o 12º ano (30,4% do total) e os que detêm o 9º ano (25,9%).

Contudo, atendendo a que o público-alvo da medida é relativamente abrangente, é de

salientar que os destinatários com licenciatura têm igualmente alguma

representatividade.

Q14 – Nº de destinatários por Habilitações

3.2.6. Tipo de formação

As entidades beneficiárias têm a obrigatoriedade de proporcionar formação ao

trabalhador contratado, ajustada à exigência do posto de trabalho, podendo as que

têm cinco ou mais trabalhadores optar por formação em contexto de trabalho

acompanhada por um tutor designado pela entidade, ou formação em entidade

formadora certificada.

G12 – Tipo de Formação

Contudo, a grande maioria das entidades

opta pela realização de formação em

contexto de trabalho. Aliás, face ao que

eram os dados recolhidos ainda na fase da

oferta sobre esta matéria, há uma

diminuição dos trabalhadores abrangidos

por formação em entidade formadora

certificada.

anos

Total 1716 53,1% 681 21,1% 318 9,8% 517 16,0% 3232 100,0%

Habilitação escolar PT/Destinatários Nº

Não sabe ler/escrever 7 0,2%

Ler/escrever sem grau de ensino 30 0,9%

4 anos 248 7,7%

6 anos 375 11,6%

9 anos 837 25,9%

11 anos 88 2,7%

12 anos 983 30,4%

Ensino pós-secundário 17 0,5%

Bacharelato 34 1,1%

Licenciatura 555 17,2%

Mestrado 58 1,8%

Total 3232 100,0%

2.402; 74%

830; 26%

Contexto de trabalho

Entidade formadora certificada

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 34 de 76

A opção pela formação em contexto de trabalho tem sido apontada como mais

adequada para permitir que o trabalhador possa efetivamente ter um ajustamento mais

eficaz.

3.2.7. Caraterização dos Contratos de Trabalho Celebrados e Remuneração

G13 – Tipo de Contrato de Trabalho

Os contratos de trabalho celebrados

com os destinatários são, na sua

grande maioria, a termo (78% do

total), o que decorre, naturalmente,

do facto de a adesão a esta medida

não estar condicionada à celebração

de contratos de trabalho sem termo,

geralmente associada aos mecanismos

de apoio financeiro do passado, com

vista a adequar a medida ao atual

contexto e a não comprometer a

adesão das entidades à mesma.

G14 – Duração dos Contratos de Trabalho a Termo

No que respeita à duração dos contratos celebrados a termo, a grande maioria tem a

duração mínima prevista na portaria, isto é, de 6 meses.

O nível salarial dos contratos de trabalho previstos nas candidaturas apresentadas e

aprovadas no âmbito

da Medida Estímulo

2012 é inferior a

600,00€ em mais de

50% dos postos de

trabalho.

Comparando com a

média obtida para o

universo das

contratações

efetuadas no

primeiro semestre deste ano, verificamos que o valor é muito idêntico, já que para

esse universo o valor médio é de € 617,84.

De notar que o IEFP, IP apoia em 50% a retribuição mensal até ao limite de um IAS

(Indexante dos Apoios Sociais), pelo que se conclui que, na maioria das situações, as

entidades beneficiárias não solicitam o apoio máximo definido na portaria.

2.530; 78%

702; 22%

A Termo Permanente

1.973; 78%

439; 18%

110; 4% 2; 0% 6; 0% Até 6 meses

Mais de 6 e até 12 meses

Mais de 12 e até 18 meses

Mais de 18 e até 24 meses

Mais de 24 e até 36 meses

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 35 de 76

Contrato SemTermo

BeneficiáriosRSI

Jovem Deficientes Mulheres Inf3ª ciclo

DLD´s

702

124

466

30

356

1.454

G15 – Nível Salarial dos contratos apoiados

O apoio

atribuído pelo

IEFP, IP pode

ser majorado

em 10 pontos

percentuais,

situação que

se verifica na

grande maioria

dos projetos

(67,9%, i.e.,

2.194 dos 3.232 projetos aprovados).

A majoração do apoio financeiro pode ter lugar em várias situações, sendo que a mais

frequente decorre da celebração de contrato de trabalho com desempregados inscritos

nos Centros de Emprego há mais de 12 meses, tendo, igualmente, alguma expressão a

celebração de contrato de trabalho sem termo e/ou com jovens.

G16 – Tipo de Majoração

Face ao valor da remuneração prevista aquando da apresentação da oferta junto dos

serviços do IEFP, IP, para a grande maioria dos contratos de trabalho, em cerca de

74,3%, (2.402 contratos), a remuneração definida nos mesmos mantém-se.

Há porém um número de casos com algum significado em que a remuneração acaba por

ser superior à que tinha sido comunicada como base da oferta, concluindo-se que da

negociação e da adequação do perfil e competências do candidato acabou por resultar

um acréscimo na remuneração (o que sucede em 16,8% dos casos, 544 contratos).

Também acontece a situação inversa, ainda que com menos regularidade, de contratos

que vêm a apresentar um valor inferior ao que constava da oferta. Até ao momento,

31%

40%

12%

8% 4%

2% 2% 1% Rem. mínima mensal de 485€ Rem. entre 486€ e 600€

Rem. entre 601€ e 700€

Rem. entre 701€ e 800€

Rem. entre 801€ e 900€

Rem. entre 901€ e 1000€

Rem. entre 1001€ e 1500€

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 36 de 76

registaram-se 266 contratos (8,8% do total) com um valor inferior (maioritariamente

com uma diferença inferior a € 100,00).

G17 – Nível Salarial dos contratos celebrados / versus oferta inicial

No quadro abaixo, podemos observar que os níveis salariais mais elevados são atribuídos

aos trabalhadores que detêm mais habilitações.

Q15 – Nº de destinatários por Remuneração e Habilitações

Concretamente, por ciclo de ensino e nível de ensino, verifica-se que:

O grupo de trabalhadores com habilitações mais baixas (até ao 4º ano) é o grupo

onde é mais frequente a atribuição da remuneração mínima mensal;

12; 0% 55; 2%

219; 7%

2.402; 74%

411; 13%

87; 3% 46; 1%

Inferior em mais de 200€

Inferior entre menos 101€ e menos 200€ Inferior até menos 100€

Sem diferença

Superior até mais 100€

Superior entre mais 101 e mais 200€ Superior em mais de 200€

Até ao 4º

ano Até ao 6º

ano Até ao 9º

ano

Até 12º ano (incluindo

pós secundário)

Ensino Superior

Total

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

485€ 121 42,5% 151 40,3% 308 36,8% 358 32,9% 56 8,7% 994 30,8%

Rem. entre 486€ e 600€

117 41,1% 162 43,2% 382 45,6% 486 44,7% 146 22,6% 1293 40,0%

Rem. entre 601€ e 700€

34 11,9% 28 7,5% 85 10,2% 124 11,4% 123 19,0% 394 12,2%

Rem. entre 701€ e 800€

9 3,2% 23 6,1% 38 4,5% 68 6,3% 115 17,8% 253 7,8%

Rem. entre 801€ e 900€

1 0,4% 3 0,8% 14 1,7% 22 2,0% 95 14,7% 135 4,2%

Rem. entre 901€ e 1000€

3 1,1% 4 1,1% 2 0,2% 13 1,2% 52 8,0% 74 2,3%

Rem. entre 1001€ e 1500€

0 0,0% 3 0,8% 5 0,6% 14 1,3% 49 7,6% 71 2,2%

Rem superior a 1500€ 0 0,0% 1 0,3% 3 0,4% 3 0,3% 11 1,7% 18 0,6%

285 100,0% 375 100,0% 837 100,0% 1088 100,0% 647 100,0% 3232 100,0%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 37 de 76

Rem. mínima mensal de …

Rem. entre 486€ e 600€

Rem. entre 601€ e 700€

Rem. entre 701€ e 800€

Rem. entre 801€ e 900€

Rem. entre 901€ e 1000€

Rem. entre 1001€ e 1500€

Rem superior a 1500€

743

838

216

115

89

38

30

6

251

455

178

138

46

36

41

12

Feminino Masculino

Quanto aos trabalhadores com um nível de habilitações compreendido entre o 5º

ano e o 12º ano, a grande maioria aufere uma remuneração igual ou inferior a

600,00€ (variando entre os 83,5% e os 77,6%);

No que respeita aos trabalhadores que detêm uma habilitação superior

(Bacharelato, Licenciatura e Mestrado), verifica-se uma maior disparidade na

remuneração definida no contrato de trabalho; mesmo assim para 50,2% dos

trabalhadores esta é igual ou inferior a 700,00€.

G18 – Remunerações por género

Com este gráfico podemos observar que existe uma relação entre o nível salarial

definido no contrato de trabalho e o género, tendo em conta o facto de os homens

serem predominantes nos níveis salariais mais elevados, apesar das mulheres

constituírem a maioria do público da

medida Estímulo 2012 (2.075).

3.2.8. Caraterização dos projetos de interesse estratégico

O estatuto de projeto de interesse estratégico é aplicável ao empregador que

apresente investimento considerado de interesse estratégico para a economia nacional

ou de determinada região, e que como tal seja reconhecido, por despacho do membro

do Governo responsável pela área da economia. Até à data foram quatro as entidades

que solicitaram o reconhecimento e que mereceram a sua aprovação, a saber:

N & F – Comércio e Distribuição Alimentar, Lda.

GIFF – Gestão Integrada de Fogos Florestais, SA

Embraer Portugal Estruturas Metálicas – SA

Embraer Portugal Estruturas em Compósitos – SA

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 38 de 76

As entidades em causa apresentaram, até à data, 175 projetos, decorrentes da

concretização de 29 ofertas de emprego, das quais 73,1% tiveram parecer favorável

(128 projetos), taxa que se aproxima da média apurada para o total de candidaturas.

Se considerarmos os projetos que se encontram presentemente em fase de análise (10

em verificação e 33 já validados), o total de projetos aprovados aumentará,

previsivelmente, para 171. De referir, ainda, que das quatro entidades que até à data

obtiveram o reconhecimento, duas têm projetos aprovados.

Q 16 – Candidaturas associadas a projetos de interesse estratégico

Candidaturas Apresentadas

Em Verificação

Candidaturas Validadas - Situação do parecer

Processos com

Indeferimento

Processos Extintos

Processos em fase

de análise (sem

parecer)

Processos com

deferimento

Ofertas 29 6 3 1 5 23

Candidaturas 175 10 3 1 33 128

Entidades 4 1 2 1 3 2

Como seria de esperar, nos projetos reconhecidos como de interesse estratégico, o rácio entre

ofertas/candidatura é superior ao da generalidade das candidaturas aprovadas (a medida é de

1,23 candidaturas aprovadas/oferta), observando-se uma relação de 128 projetos aprovados para

23 ofertas (i.e., um rácio de 5,6), o que se justifica, na medida em que, a estes projetos, não se

aplica o limite contratual de 20 trabalhadores imposto para a generalidade das candidaturas.

As informações disponíveis indicam que estas entidades ainda não concluíram o processo de

apresentação de ofertas e de candidaturas, prevendo-se que o número de postos de trabalho

apoiados venha ainda a ter um crescimento com algum significado.

Retomando agora as metas e dotação financeira para a Medida, importa ver, em face os níveis de

realização que acabámos de apresentar e caraterizar, como é que estes se traduzem em termos

de grau de cumprimento face às metas.

No que respeita à execução financeira, tendo por referência a soma dos montantes aprovados

por candidatura, respeitantes às 3232 candidaturas com parecer de deferimento, apuramos uma

execução previsível de cerca de € 6M, pelo que a execução face à dotação orçamental situa-se

em 12,8%.

No quadro que se segue, podemos observar a distribuição por região:

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 39 de 76

Q17 – Síntese da Execução financeira (Dotações, Aprovações e Pagamentos) por Delegação

Regional

Delegações Regionais

Execução Financeira

Dotação (em euros)

Montantes Aprovados (15

agosto)

Pagamentos 31 julho 2012

% Exec. Mont. Aprov.

% Exec. Pagamentos

Norte 16.151.540,00 1.886.614,92 154.272,96 11,7% 1,0%

Centro 8.870.858,00 1.422.879,31 269.558,46 16,0% 3,0%

Lisboa e VT 16.221.476,00 1.549.815,35 81.328,68 9,6% 0,5%

Alentejo 5.385.180,00 590.549,57 79.232,58 11,0% 1,5%

Algarve 2.392.590,00 800.528,03 58.271,58 33,5% 2,4%

Total 49.021.644,00 6.250.387,18 642.664,26 12,8% 1,3%

Da análise do quadro, podemos observar uma disparidade entre as taxas de execução nas várias

regiões na medida em que a região do Algarve apresenta uma taxa de execução dos montantes

aprovados face à dotação de 32,5%, valor significativamente superior à média que se situa nos

12,8%.

No quadro 18 é efetuada uma análise da execução por região, tendo por referência as metas

relativas ao número de pessoas a abranger e os indicadores chave dos vários momentos de

execução da Medida.

Concretamente, verifica-se que até 15 de agosto foram recebidas ofertas de emprego no âmbito

da medida Estímulo 2012 para preencher 8.442 postos de trabalho, tendo sido colocadas nestas

ofertas 5.127 pessoas. Portanto, para estas 5.127 pessoas, a situação de emprego em que neste

momento se encontrem foi o resultado direto da medida Estímulo 2012.

No quadro que se segue, podemos observar a distribuição geográfica:

Q18 – Síntese da Execução Física (Metas, Ofertas, Colocações e Contratos de Trabalho) por

Delegação Regional

Delegações

Regionais

Execução Física

Meta para 2012

Ofertas Recebidas ME 2012 - Postos de trabalho

Colocações

Candidaturas

Apresentadas

Candidaturas

Aprovadas

% Exec Ofertas /Metas

% Exec Colocações/ Metas

% Exec Cand

Apres/ Metas

% Exec Cand Aprov

/ Metas

Norte 15.295 2.834 1.570 1.248 983 18,5% 10,3% 8,2% 6,4%

Centro 5.005 1.699 1.133 996 758 33,9% 22,6% 19,9% 15,1%

Lisboa e VT

11.095 2.302 1.285 1.052 776 20,7% 11,6% 9,5% 7,0%

Alentejo 1.645 638 445 405 311 38,8% 27,1% 24,6% 18,9%

Algarve 1.960 969 694 579 404 49,4% 35,4% 29,5% 20,6%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 40 de 76

Entidades Ofertas Nº PostosTrabalho

60,5% 60,6% 64,1%

39,5% 39,4% 35,9%

Não manutenção da oferta sem o apoio

Manutenção da oferta sem o apoio

Total 35.000 8.442 5.127 4.280 3.232 24,1% 14,6% 12,2% 9,2%

Numa análise por região, verifica-se igualmente uma disparidade entre regiões, na medida em

que o Algarve tem uma taxa de execução de colocações face às metas definidas para 2012 de

35,4% (694 colocações face a uma meta de 1960), superior à média nacional que se situa nos

14,6% (5127 colocações face a 35000).

As regiões Centro e do Alentejo apresentam, igualmente, uma taxa de colocações e também de

contratos de trabalho apoiados que, face às metas definidas, é superior à média nacional.

No outro extremo, a região Norte é a que apresenta a menor taxa de execução, quer no que

respeita às colocações, quer aos contratos de trabalho apoiados.

Um aspeto importante a aferir na avaliação do Estímulo 2012 é qual o efeito de incentivo que

possui para as entidades empregadoras, ou seja, até que ponto estas teriam efetuado a

contratação sem o apoio concedido ao abrigo da Medida. Na impossibilidade de recolher a

opinião expressa pelas próprias entidades empregadoras, o alcance da medida e a sua

contribuição para a criação de postos de trabalho podem ser avaliados, através da análise do

indicador que sinaliza se a entidade empregadora quer ou não manter a oferta de emprego para

que o IEFP, IP efetue o ajustamento, caso venha a verificar-se que a mesma não reúne condições

para ser elegível no Estímulo 2012.

G19 – Manutenção da oferta sem o apoio do Estímulo 2012

Tendo em conta a informação disponível,

verificamos que 60,5% das entidades

referiram, no registo da oferta, que caso a

mesma não reunisse os requisitos para acesso

ao Estímulo 2012, pretendiam que a mesma

fosse tratada e se procedesse à sua

satisfação, mesmo sem o apoio financeiro.

Esta opção abrangeu 60,6% das ofertas e

64,1% dos postos de trabalho registados.

Assim, os dados recolhidos podem indicar que mais de metade das entidades pretendiam efetuar

a contratação mesmo sem o apoio financeiro previsto no Estímulo 2012, ou que mais de metade

das entidades não colocaria as suas vagas nos Centros de Emprego se a medida Estímulo 2012 não

estivesse disponível.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 41 de 76

Ou seja, a Medida contribuiu decisivamente para que 36% dos postos de trabalho que até ao

momento tiveram apoio financeiro do Estímulo 2012 tivessem efetivamente sido criados.

Tendo em conta a dimensão em número de trabalhadores das entidades empregadoras, verifica-

se que este indicador não é determinante para a escolha da opção de manter a oferta de

emprego sem o apoio ao abrigo do Estímulo 2012 (ver gráfico seguinte).

G20 - Manutenção da oferta sem o apoio do Estímulo 2012, por dimensão das entidades

empregadoras

Embora seja um indicador importante, saber se a empresa manteria a oferta mesmo na ausência

do Estímulo 2012 não é o único indicador importante, uma vez que existem vantagens associadas

ao reforço da ligação das entidades empregadoras com o Serviço Público de Emprego,

nomeadamente no sentido em que o Estímulo 2012 criou incentivos para que as entidades

empregadoras publiquem as suas ofertas de emprego no portal do IEFP, IP.

Também ao analisarmos as entidades em função da atividade económica, não encontramos

nenhum elemento diferenciador, parecendo que também este indicador não influencia a opção

pela criação do posto de trabalho independentemente do mesmo poder ter ou não apoio

financeiro do Estímulo 2012.

Q19 - Manutenção da oferta sem o apoio do Estímulo 2012, por classificação das atividades

económicas das entidades empregadoras

Classificação das atividades económicas

(CAE 2 dígitos)

Manutenção da oferta sem o apoio

Não manutenção da oferta sem o apoio

Entidades Ofertas Nº Postos Trabalho

Entidades Ofertas Nº Postos Trabalho

10 Indústrias alimentares 3,7% 4,5% 4,5% 3,1% 3,4% 3,7%

46 Comércio por grosso 7,1% 6,4% 5,4% 7,2% 6,9% 6,8%

47 Comércio a retalho 11,7% 10,4% 10,0% 9,9% 9,5% 10,9%

Manutenção da oferta sem oapoio

Não manutenção da oferta semo apoio

57,1% 53,8%

30,5% 32,2%

9,7% 11,1%

1,4% 1,3% 2,4% 2,6%

Até 9 trabalhadores Entre 10 e 49 trabalhadores

Entre 50 e 249 trabalhadores A partir de 250 trabalhadores

Sem classificação

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 42 de 76

55 Alojamento 3,0% 5,2% 5,7% 3,3% 4,6% 4,2%

56 Restauração e similares 9,1% 9,8% 10,0% 7,7% 6,8% 6,3%

87 Atividades de apoio social com alojamento

6,8% 8,3% 7,3% 7,4% 8,7% 8,0%

88 Atividades de apoio social sem alojamento

6,2% 6,4% 5,5% 7,2% 7,8% 7,2%

Restantes CAE 52,5% 48,9% 51,7% 54,1% 52,3% 52,8%

Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 43 de 76

4. Aspetos-chave da Eficácia de Medidas de Apoio à Contratação

Este ponto pretende contribuir para a compreensão dos efeitos positivos e negativos das medidas

ativas de emprego, em termos gerais, e dos apoios à contratação, em particular, assim como dos

fatores determinantes da respetiva eficácia, tendo por base alguns estudos internacionais de

referência, designadamente:

Working Paper ‖Active Labour Market Programs: Employment Gain or Fiscal Drain?‖, Alessio

J.G. Brown e Johannes Köttl, Kiel Institute for the World Economy, de julho de 2012;

Study of State Aid Schemes Designed to Promote Employment – Final Report, Cambridge

Policy Consultants, de setembro de 2000.

São, igualmente, tidas em consideração, para este efeito, as regras comunitárias que enquadram

a concessão de auxílios estatais ao recrutamento de trabalhadores desfavorecidos,

designadamente as definidas no Regulamento (CE) n.º 800/2008 da Comissão, de 6 de agosto

(também conhecido como regulamento geral de isenção por categoria), que visam garantir a

compatibilidade deste tipo de medidas com o mercado interno, em termos de concorrência, sem

comprometer os objetivos que se lhe encontram subjacentes em matéria de criação de emprego

e reintegração socioprofissional.

4.1.1. Efeitos diretos sobre o emprego, desemprego e ganhos

Melhoria do processo de ajustamento: através da aceleração dos fluxos de entrada

no emprego e consequente redução dos custos de contratação e aumento da

divulgação de ofertas de trabalho.

Diminuição da duração dos episódios de desemprego e o seu desgaste associado.

Aumento da oferta de trabalho mediante, p.ex., o incentivo à reentrada no mercado

de trabalho de trabalhadores inativos e consequente pressão para a redução de

custos salariais e potencial aumento do desemprego.

Aumento da produtividade e consequente pressão para a subida de salários.

Aumento da procura de trabalho mediante, p.ex., a redução dos custos do trabalho

e consequente aumento do nível de emprego e diminuição do desemprego.

4.1.2. Efeitos indiretos (negativos e positivos)

Efeito de inércia ou aproveitamento (deadweight effect): verifica-se quando os

apoios são concedidos a empregadores que, de qualquer modo, contratariam os

trabalhadores, podendo ser minimizado (ainda que não totalmente evitado) com a

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 44 de 76

definição de públicos-alvo concretos, de entre aqueles que possuam as mais baixas

taxas de integração no mercado de trabalho.

Efeito de nata (creaming effect): verifica-se quando se seleciona a população menos

problemática de um grupo-alvo para garantir o melhor resultado. Pode ser

minimizado atribuindo, p.ex., uma melhor avaliação aos técnicos que incentivem a

colocação dos destinatários mais desfavorecidos.

Efeito de substituição (substitution effect): verifica-se quando os empregadores

optam por contratar trabalhadores objeto de incentivos em detrimento dos que não

sejam elegíveis para esse efeito, ou quando substituem estes por aqueles, assim

como quando o trabalhador apoiado é despedido no fim do período de duração do

incentivo. Pode ser parcialmente minimizado com a imposição do requisito de

criação líquida de emprego, considerando-se, contudo, que este impacto apenas

será relevante no curto prazo.

Efeito de favorecimento (displacement effect): verifica-se quando o apoio favorece

certas empresas e ou produções relativamente às que não são elegíveis para esse

efeito, ou, que o sendo em teoria, não beneficiam do mesmo. A sua relevância

dependerá do tipo de medida em causa, podendo ser minimizado através da

concessão de apoios de carácter geral, i.e., não seletivos, e da monitorização do

tipo de beneficiários e setores que acedem efetivamente à medida.

Efeito de retenção (locking-in effect): refere-se à menor disponibilidade e ou

incentivo que os participantes em MAE têm para procurar emprego relativamente

aos desempregados não encaminhados para este tipo de intervenções. A sua

relevância dependerá do tipo de medida em causa, podendo ser minimizado

mediante a monitorização do comportamento do candidato durante o período de

participação no programa, assim como através da não inclusão, no grupo-alvo, de

desempregados com uma experiência de trabalho recente.

Efeito de estigmatização (stigmatizing effect): refere-se aos efeitos potencialmente

negativos sobre a empregabilidade futura dos participantes em MAE que estejam,

sobretudo, orientadas para trabalhadores muito desfavorecidos. Uma das formas de

minimizar este efeito passa pelo estabelecimento de majorações relativamente a

este último tipo de públicos, não comprometendo, assim, a elegibilidade de

destinatários com um menor grau de desfavorecimento.

Efeito redistributivo (competition effect): refere-se ao contributo das MAE para a

melhoria da posição dos outsiders (desempregados) relativamente ao maior poder

negocial dos insiders (trabalhadores empregados), mediante a redistribuição de

incentivos a favor dos primeiros e consequente pressão para a baixa de salários e

aumento do nível de emprego.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 45 de 76

Efeito de transição (transition effect): refere-se ao contributo das MAE para a

melhoria da empregabilidade dos desempregados, sendo o seu impacto mais forte

junto da população de desempregados de longa duração, por se encontrarem

afastados do mercado de trabalho há mais tempo e, portanto, sujeitos a uma maior

perda ou desadequação de competências e qualificações.

Efeito de sinalização (signaling effect): refere-se ao contributo das MAE para a

redução da assimetria de informação existente no mercado de trabalho, ao

compensar o risco para o empregador de contratação de um trabalhador

desconhecido, que, durante o período de duração dos incentivos, tem a

oportunidade de se familiarizar com aquele e a sua produtividade.

Efeito orçamental (budget effect): refere-se, por um lado, aos custos orçamentais

diretos (despesa associada à execução das medidas) e indiretos das MAE (ao

promover a redistribuição de rendimentos do trabalho para os desempregados,

desincentivando a prestação formal de trabalho e aumentando o n.º de potenciais

beneficiários do subsídio de desemprego, por via do aumento da força laboral) e,

por outro, às receitas geradas através do aumento das contribuições para a

segurança social por via das contratações promovidas, assim como de outras receitas

fiscais por via do aumento do poder de compra (embora estas últimas sejam de mais

difícil medição).

Vários estudos internacionais apontam os incentivos à contratação como sendo das

políticas ativas com um maior grau de eficácia (relatório do FMI ―World Economic Outlook:

Rebalancing Growth‖), particularmente em situações de incerteza macroeconómica, em

que os empregadores adotam uma postura cautelosa face a novas contratações.

Nos incentivos à contratação, o efeito de aproveitamento tende a ser mais reduzido do

que noutras medidas de emprego, por via da exigência da criação líquida de emprego que

lhes está normalmente associada.

A sua restrição a um período limitado do tempo após a contratação contribui, por seu

turno, para a redução do efeito de retenção, assim como do efeito de substituição.

O despedimento dos trabalhadores no final do período de duração dos apoios sobressai,

contudo, como um dos efeitos mais negativos, que pode ser minimizado através da

definição de grupos-alvo bastante concretos (devidamente contrabalançada com o efeito

de estigmatização), ou tolerado, no médio e longo prazo, se os efeitos de transição e

sinalização forem suficientemente significativos (p.ex., um desempregado de longa

duração, ainda que despedido no final do período de concessão dos incentivos, ao

recuperar a sua rotina e competências de trabalho, terá uma maior probabilidade de

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 46 de 76

integração no mercado de trabalho como desempregado de curta duração do que na

situação em que se encontrava previamente).

De facto, existe evidência de que o período de emprego apoiado através deste tipo de

incentivos é utilizado como um substituto da experiência de trabalho, aumentando a

probabilidade da efetiva contratação do trabalhador (estimada, em certos estudos, em

cerca de 40% imediatamente após o programa e de 10% após cinco anos).

Afiguram-se, igualmente, como uma das medidas menos onerosas de apoio ao emprego,

tendo potencial para se autofinanciarem, através da poupança em subsídios de

desemprego e receitas fiscais adicionais (nomeadamente, contribuições para a segurança

social).

De notar, por último, o seu importante papel enquanto estabilizador automático,

combatendo o desemprego de longa duração e o afastamento do mercado de trabalho, em

tempos normais, suportando a retoma da atividade e a contratação de trabalhadores

desfavorecidos em tempos de recuperação económica, assim como contribuindo para a

manutenção da ligação ao mercado de trabalho durante períodos de recessão.

Quadro síntese dos efeitos, impacto e eficácia dos incentivos à contratação

Efeitos positivos

Efeitos negativos

Impacto em tempos normais

Papel durante tempos de crise e de

recuperação

Eficácia em termos de

custos

- Efeitos de sinalização e transição bastante significativos; - Efeitos redistributivos.

- Efeitos de substituição potencialmente significativos no curto prazo, que podem, contudo, ser minorados através da obrigação de criação líquida de emprego; -Efeitos de inércia e substituição limitados, principalmente se os incentivos forem direcionados a grupos com uma posição mais frágil no mercado de trabalho.

- Estabilizador automático eficaz em termos de custos e contra cíclico, concorrendo para a diminuição do desemprego; -Aumento dos fluxos de mão-de-obra; -Reforço da ligação ao mercado de trabalho; - Promoção da adaptabilidade.

- Importante estabilizador de suporte à recuperação económica; - Manutenção da ligação ao mercado de trabalho durante períodos de recessão. - Contrariam uma possível postura cautelosa por parte dos empregadores face a novas contratações.

- Medida menos onerosa e uma das mais eficazes em termos de custos; - Como estabilizador automático: orientação para trabalhadores desfavorecidos, especialmente DLD, por um período limitado.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 47 de 76

Fonte: ‖Active Labour Market Programs: Employment Gain or Fiscal Drain?‖, Alessio J.G. Brown e Johannes Köttl, Kiel Institute for the World Economy, julho de 2012, com adaptações.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 48 de 76

Natureza dos beneficiários: Os incentivos à contratação dirigidos a empregadores de

pequena e média dimensão do setor privado tenderão a ser mais eficazes.

Natureza dos destinatários: Os incentivos à contratação deverão visar os trabalhadores

com maiores dificuldades de integração no mercado de trabalho, designadamente, os

desempregados de longa duração e os inativos.

Duração do apoio: Os apoios devem ser de duração finita e definida. Os apoios de curta

duração (até 6 meses), sobretudo quando dirigidos a públicos desfavorecidos, podem ser

menos eficazes do que os de 12 meses ou mais, embora os de longa duração (2 a 4 anos)

tendam a produzir efeitos perversos sobre a economia, através de um significativo efeito

de retenção. Alguns autores defendem, assim, uma duração de 18 meses.

Montante do apoio: Deve aumentar com a duração do desemprego e decrescer com o

nível de qualificação, assim como ser degressivo no tempo (i.e., diminuir à medida que o

tempo de emprego vai aumentando).

Intensidade do apoio: Não deverá exceder os 50% dos custos salariais a suportar pelo

empregador (incluindo contribuições obrigatórias para a segurança social). As exceções a

este limite devem decorrer de situações devidamente justificadas (p.ex., no caso de

contratações de trabalhadores com deficiência).

Combinação com outras medidas: A combinação com outros programas e medidas (p.ex.,

melhoria do processo de ajustamento, formação e coordenação com o subsídio de

desemprego) e ou a integração numa estratégia global para o emprego tendem a

aumentar a eficácia deste tipo de apoios.

A implementação de recomendações como as anteriormente elencadas deverá, tal como

anteriormente referido, levar em linha de conta as disposições ao abrigo das quais é

avaliada a compatibilidade deste tipo de apoios com as regras comunitárias em matéria de

concorrência. No quadro abaixo, efetua-se uma síntese das mesmas, em termos

comparativos com o que se encontra definido na Portaria que regulamenta a Medida

Estímulo 2012, com vista a avaliar a margem de manobra existente para o ajustamento da

mesma:

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 49 de 76

Dispo sição

Portaria Estímulo 2012 RGIC (recrutamento de desfavorecidos)

Dest

inatá

rios

Desempregado inscrito no CTE há

pelo menos seis meses

consecutivos

Qualquer pessoa que:

- Não tenha exercido de forma regular, nos últimos seis

meses, uma atividade profissional remunerada; ou

- Não tenha concluído instrução ou formação de nível

secundário superior; ou

- Tenha mais de 50 anos de idade; ou

- Viva sem um cônjuge e com uma ou mais pessoas a cargo;

ou

- Trabalhe num sector ou profissão caracterizado por um

desequilíbrio entre os géneros, superior em 25% ou mais ao

desequilíbrio médio (...); ou

- Faça parte de uma minoria étnica num Estado-Membro (...).

Dest

inatá

rios

com

majo

rações

- Beneficiário do rendimento

social de inserção;

- Idade igual ou inferior a 25

anos;

- Pessoa com deficiência ou

incapacidade;

- Trabalhadora com um nível de

habilitações inferior ao 3.º ciclo

do ensino básico;

- Inscrição no centro de emprego

há pelo menos 12 meses

consecutivos

- Trabalhador seriamente desfavorecido: qualquer pessoa que tenha estado desempregada há pelo menos 24 meses;

- Trabalhador com deficiência: qualquer pessoa considerada

deficiente pela legislação nacional ou com limitações

reconhecidas decorrentes de uma deficiência física, mental

ou psicológica.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 50 de 76

Dispo sição

Portaria Estímulo 2012 RGIC (recrutamento de desfavorecidos)

Benefi

ciá

rios

(requis

itos

de a

cess

o)

Requisitos da entidade

empregadora:

- Estar regularmente constituída

e registada;

- Preencher os requisitos legais

exigidos para o exercício da

atividade ou apresentar

comprovativo de ter iniciado o

processo aplicável;

- Ter a situação contributiva

regularizada perante a

administração fiscal e a

segurança social;

- Não se encontrar em situação

de incumprimento no que

respeita a apoios financeiros

concedidos pelo Instituto

do Emprego e Formação

Profissional, I. P. (IEFP, I. P.);

- Ter a situação regularizada em

matéria de restituições no

âmbito do financiamento do

Fundo Social Europeu;

- Dispor de contabilidade

organizada de acordo com o

previsto na lei.

Entidades excluídas do âmbito de aplicação do regulamento

de isenção, relativamente a este tipo de apoios:

- Grandes empresas quando os auxílios sejam concedidos

numa base ad hoc;

- Empresas sujeitas a uma injunção de recuperação, ainda

pendente, na sequência de uma decisão anterior da Comissão

que declare o auxílio ilegal e incompatível com o mercado

comum;

- Empresas em dificuldade*;

- Empresas que desenvolvam atividade(s) no setor

siderúrgico.

*Este conceito considera-se satisfeito (entre outras situações)

quando a empresa preenche, nos termos do direito nacional,

as condições para ser objeto de um processo coletivo de

insolvência.

Cri

ação líq

uid

a d

e e

mpre

go (

efe

ito d

e i

ncenti

vo)

Considera -se que há criação

líquida de emprego quando:

a) A entidade empregadora

registar um número total de

trabalhadores igual ou superior à

média dos trabalhadores

registados nos 12 meses que

precedem a data da

apresentação da candidatura,

acrescida do número de

trabalhadores abrangidos pelo

Estímulo 2012;

b) A partir da contratação e pelo

menos durante o período de

duração do apoio financeiro, a

entidade empregadora registar,

com periodicidade mensal, um

número total de trabalhadores

igual ou superior ao número de

trabalhadores registados à data

da apresentação da candidatura.

- Aumento líquido do número dos trabalhadores

desfavorecidos/com deficiência contratados.

- Quando a contratação não representar um aumento líquido,

em comparação com a média dos doze meses precedentes, do

número de trabalhadores da empresa em causa*, os postos de

trabalho devem ter ficado vagos na sequência de saída

voluntária, invalidez, reforma por razões de idade, redução

voluntária do tempo de trabalho ou despedimento legal por

falta cometida, e não no âmbito de uma redução dos

efetivos.

*Os efetivos correspondem ao número de unidades trabalho-

ano (UTA), isto é, ao número de pessoas que tenham

trabalhado na empresa em questão ou por conta dela a

tempo inteiro durante todo o ano considerado. O trabalho das

pessoas que não tenham trabalhado todo o ano, ou que

tenham trabalhado a tempo parcial, independentemente da

sua duração, ou o trabalho sazonal, é contabilizado em

frações de UTA. Os efetivos são compostos por: assalariados,

pessoas que trabalham para essa empresa, com um nexo de

subordinação com ela e equiparados a assalariados à luz do

direito nacional, proprietários-gestores e sócios com

atividade regular. Os aprendizes ou estudantes em formação

profissional titulares de um contrato de aprendizagem ou de

formação profissional não são contabilizados nos efetivos, tal

como a duração das licenças de maternidade ou parentais.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 51 de 76

Dispo sição

Portaria Estímulo 2012 RGIC (recrutamento de desfavorecidos)

Inte

nsi

dade d

o a

poio

- 50% da retribuição mensal

do trabalhador, ou 60% quando

celebrado contrato sem termo e

ou contratado um dos

destinatários majorados

- A intensidade de auxílio não pode exceder 50 % dos custos

salariais* durante um período máximo de 12 meses a contar

da data de contratação, ou de 24 meses, no caso de

trabalhador seriamente desfavorecido.

No caso de o período de emprego ser inferior a 12 meses ou,

se for caso disso, inferior a 24 meses, o auxílio será reduzido

numa base proporcional.

No caso de contratação de trabalhador com deficiência, a

referida intensidade pode atingir os 75%, sendo que os custos

elegíveis correspondem aos custos salariais ao longo do

período em que o trabalhador com deficiência estiver

empregado.

* Montante total efetivo a pagar pelo beneficiário do auxílio

relativamente aos postos de trabalho em causa, incluindo:

a) O salário bruto, isto é, antes de impostos;

b) As contribuições obrigatórias, como as contribuições para

a segurança social; e

c) Despesas de guarda de crianças e ascendentes.

Dura

ção d

o

perí

odo d

e

em

pre

go

- Regime normal: igual ou

superior a seis meses, a tempo

completo

- Regime excecional: igual ou

superior a 18 meses, a tempo

completo

Exceto no caso de despedimento lícito por falta profissional,

os trabalhadores desfavorecidos devem poder beneficiar de

um emprego contínuo por um período mínimo compatível com

a sua legislação nacional aplicável ou com os acordos

coletivos que regem os contratos de trabalho.

Valo

r

máxim

o

do a

poio

- Regime normal: IAS * 6

(meses)*20 (PT) = 50.306,4

- Regime excecional: sem limite

definido

- 5 milhões de euros por empresa/ano para o recrutamento

de trabalhadores desfavorecidos

- 10 milhões de euros por empresa/ano para o recrutamento

de trabalhadores com deficiência

Regra

s de c

um

ula

ção

(rela

tivam

ente

aos

mesm

os

cust

os

ele

gív

eis

)

O apoio financeiro pode ser

cumulado com a isenção ou

redução do pagamento de

contribuições para o regime de

segurança social, não sendo,

contudo, cumulável com outros

apoios diretos ao emprego

aplicáveis ao mesmo posto de

trabalho.

Os apoios objeto de isenção não podem ser cumulados com

quaisquer outros auxílios isentos pelo presente regulamento,

nem com auxílios de minimis, nem com outros financiamentos

comunitários relativamente aos mesmos — que se

sobreponham no todo ou em parte — [custos elegíveis] se

dessa cumulação resultar uma intensidade de auxílio ou um

montante de auxílio superior aos níveis máximos fixados.

Excetuam-se os auxílios a favor de trabalhadores com

deficiência, cuja cumulação pode atingir uma intensidade de

100% dos custos relevantes relativos a qualquer período em

que os trabalhadores em causa estiverem empregados

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 52 de 76

5. Análise SWOT: uma primeira abordagem

Em face da análise dos resultados alcançados até ao momento com a execução da medida Estímulo

2012 e tendo em conta as tendências que alguns estudos sugerem no que respeita aos efeitos,

impacto e eficácia de medidas de incentivo à contratação, bem como das recomendações que daí

decorrem, ensaia-se de seguida um primeiro esforço de identificação e sistematização dos

elementos que se podem constituir como forças e fraquezas da medida, bem como dos fatores de

oportunidade e ameaça com origem no ambiente externo.

Reforça-se a natureza exploratória desta análise e a necessidade de se virem a reavaliar ou

consolidar melhor alguns dos posicionamentos perante o que os resultados da continuação da

aplicação da medida venham a demostrar de forma mais consistente.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 53 de 76

Forças Fraquezas

Apoio estatal significativo (50% da remuneração mensal durante 6 meses, até ao limite de 1 IAS) constitui-se como fator atrativo para as entidades empregadoras.

Possibilidade de associar os apoios desta medida com a isenção ou redução do pagamento de contribuições para a segurança social constitui-se como fator atrativo para as entidades empregadoras.

Obrigatoriedade de associar formação profissional pode contribuir para aumentar a eficácia dos apoios, ao melhorar a adaptabilidade do trabalhador ao posto de trabalho, assim como para aumentar o potencial de empregabilidade do mesmo, em função da natureza da formação (geral ou específica)

Impulso à divulgação de ofertas de trabalho junto do Serviço Público de Emprego

Diminuição do tempo de permanência na situação de desemprego, contribuindo para prevenir a perda de competências socioprofissionais associada a períodos longos de desemprego

Efeitos de sinalização, transição e redistributivos significativos;

Contribuição para aumento do nível de emprego;

Estabilizador automático, combatendo o desemprego de longa duração e o afastamento do mercado de trabalho, em tempos normais, suportando a retoma da atividade e a contratação de trabalhadores desfavorecidos em tempos de recuperação económica, assim como contribuindo para a manutenção da ligação ao mercado de trabalho durante períodos de recessão.

Apoio financeiro não decrescente ao longo dos seis meses.

Possibilidade de associar os apoios desta medida com a isenção ou redução do pagamento de contribuições para a segurança social reduz capacidade de autofinanciamento da medida.

Possibilidade de recurso a esta medida para satisfazer necessidades temporárias, ainda que legítimas.

O conceito de criação líquida de emprego não é tão abrangente como a definida pelo direito comunitário, que prevê situações de saída por reforma, invalidez, etc.. Por outro lado, o direito comunitário exclui os estagiários da contabilização do n.º de efetivos ao serviço da empresa, que são equiparados a assalariados tanto pela segurança social, como pelo INE e direito comunitário.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 54 de 76

Oportunidades Ameaças

Articulação destes apoios com as medidas de revitalização do emprego previstas na Resolução da Assembleia da República n.º 115/2012, de 10 de agosto, assim como com as melhorias constantes do Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 20/2012, de 9 de março.

A retoma económica leva a maior interesse pela criação de novos postos de trabalho.

O ambiente externo e a flexibilização resultante da reforma da legislação laboral do mercado de trabalho favorecem predisposição para medidas de apoios à contratação.

Imagem pública de que as entidades beneficiárias podem recorrer à medida para contratar trabalhadores a baixos salários, induzindo uma redução dos mesmos no mercado de trabalho não apoiado (apesar de os dados não o confirmarem).

Medidas ativas de emprego parecem produzir efeitos mais claramente positivos no médio e longo prazo do que no curto prazo.

Aumento acentuado da taxa de desemprego pode diminuir perceção pública do impacto da medida sobre a taxa de desemprego e tempos de permanência na situação de desemprego.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 55 de 76

6. Conclusões e propostas de alterações

A análise aos primeiros seis meses de execução da medida Estímulo 2012 apresenta um conjunto de

resultados particularmente ricos, nomeadamente em termos de conclusões quanto a aspectos deste

instrumento de combate ao desemprego que possam ser aperfeiçoados com vista ao reforço do seu

impacto. São, assim, nesta seção, apresentadas um conjunto de propostas de alterações às

características da medida.

A Figura que se segue faz um ponto de situação da execução do Estímulo 2012, à data de 14 de

agosto.

Os contornos específicos da crise económica que Portugal atravessa ajudam a explicar a taxa de

execução da medida. É importante relembrar que a medida obriga à criação líquida de emprego,

um aspecto importante para assegurar a melhor utilização possível de fundos públicos e

comunitários escassos, evitando situações de substituição de trabalhadores não apoiados por

trabalhadores apoiados. Refira-se que, nas diversas sessões de divulgação realizadas por todo o

país, nomeadamente por representantes do IEFP, com entidades empregadoras, o requisito da

criação líquida de emprego foi apresentado como o principal impedimento à apresentação de

mais ofertas/candidaturas.

Por outro lado, se se encarar como resultado da execução da medida não apenas o seu grau de

execução mas também o número de contratações que já foram efetuadas e até mesmo o número

de postos de trabalho já aprovados na fase de candidatura, conclui-se que a avaliação é positiva

Ofertas

PT

Colocações

5.772

8.442

5.127

fase

– o

fert

a d

e e

mp

rego

2

ª fa

se –

ca

nd

idat

ura

Candidaturas

Aprovadas

61% dos PT apresentados em ofertas de emprego deram

origem a colocação

84% das colocações já deram origem a uma candidatura

76% das candidaturas já foram aprovadas

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 56 de 76

e que a medida tem superado os níveis de execução de outras com fins idênticos. Esta

apreciação é particularmente válida sobretudo quando comparada com execuções de programas

similares em anos anteriores, executados num ambiente económico manifestamente mais

favorável do que o atual.

Esta conclusão sustenta-se nos dados de execução das medidas que constam do quadro abaixo

(medidas com aspetos similares ao Estímulo 2012 e também executadas pelo IEFP, IP). Assim,

tendo em conta os primeiros seis meses de execução das mesmas podemos verificar que o

Estímulo 2012 apresenta os valores mais elevados de desempregados abrangidos, representando

uma variação de 70,8% no número de abrangidos face aos apoios diretos à contratação incluídos

na Iniciativa Emprego 2010.

Medida Abrang. 6

meses

Apoio à Contratação (DL 34/96, 18 de Abril) 23

Programa de Estímulo à Oferta de Emprego

(Portaria n.º 196-A/2001, de 10 de março) 522

ACD - Apoio Direto à Contratação – IE 2009

(Portaria n.º 130/2009, de 30 de janeiro) 858

ACD - Apoio Direto à Contratação – IE 2010

(Portaria n.º 125/2010, de 1 de março) 1.892

Medida Estímulo 2012 (Portaria nº 45/2012, de

13 de fevereiro) 3.232

Para esta execução mais elevada do Estímulo 2012 contribui, certamente, o facto de a medida

não obrigar à contratação sem termo, apesar das restrições associadas à criação líquida de

emprego. Ainda assim, as diferenças são claramente muito significativas.

Não obstante, e apesar de não estar ainda evidenciado o impacto positivo que se espera que

possa decorrer da recente entrada em vigor da medida de Apoio à Contratação via Redução da

Taxa Social Única, cumulável com o Estímulo 2012, estão identificados vários pontos que poderão

contribuir para uma utilização mais alargada desta medida, reforçando o combate ao

desemprego e a dinamização da economia nacional.

Na sequência da avaliação realizada, considera-se oportuno discutir-se a alteração de

determinadas características da Medida Estímulo 2012. Estas alterações têm como objetivo

tornar mais eficaz o combate ao desemprego desenvolvido pela medida, contribuindo para a

promoção de vínculos laborais mais estáveis e para a redução da precariedade no mercado de

trabalho, aproveitando-se o novo contexto resultante da reforma da legislação laboral

recentemente implementada.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 57 de 76

1- Requisitos dos destinatários

Para efeitos da elegibilidade dos desempregados, considera-se que o tempo de inscrição não

deverá ser prejudicado pela frequência de estágio, formação ou outra medida ativa de emprego

e que são equiparados a desempregados os trabalhadores com contrato de trabalho suspenso por

motivo de falta de pagamento pontual da retribuição. Tratam-se de situações já consagradas

em legislação mais recente, nomeadamente na Portaria n.º 229/2012, de 3 de agosto, que

regula o apoio à contratação via reembolso da TSU.

Por outro lado, no sentido de alargar o leque de destinatários da medida a outros

desempregados igualmente desfavorecidos perante o mercado de trabalho, propõe-se a

admissão de outros grupos, de acordo com o conceito de ―trabalhador desfavorecido‖ definido

no regulamento geral de isenção por categoria (Regulamento (CE) n.º 800/2008 da Comissão, de

6 de agosto).

Este regulamento - que define as condições a que devem obedecer os auxílios ao emprego para

poderem ser dispensados de notificação à Comissão (para efeitos da autorização prevista no n.º

3 do artigo 108.º do Tratado) – considera ―trabalhador desfavorecido‖ qualquer pessoa que:

a) Não tenha exercido de forma regular, nos últimos seis meses, uma atividade profissional

remunerada; ou

b) Não tenha concluído instrução ou formação de nível secundário superior (CITE 3); ou

c) Tenha mais de 50 anos de idade; ou

d) Viva sem um cônjuge e com uma ou mais pessoas a cargo; ou

e) Trabalhe num sector ou profissão caracterizado por um desequilíbrio entre os géneros,

superior em 25 % ou mais ao desequilíbrio médio em todos os sectores económicos nesse

Estado-Membro, e pertença a esse género sub-representado; ou

f) Faça parte de uma minoria étnica num Estado-Membro e que necessite de desenvolver o

seu perfil linguístico, de formação profissional ou de experiência laboral, a fim de

aumentar as suas perspetivas de aceder a um emprego estável.

Neste contexto, e face à natureza da medida e à situação atual do mercado de trabalho,

propõe-se o alargamento da abrangência da medida aos desempregados inscritos no centro de

emprego há pelo menos três meses consecutivos (e não somente pelo menos seis, como no caso

geral), desde que estes preencham pelo menos uma das seguintes características:

Não tenham concluído o ensino básico;

Tenham 50 ou mais anos de idade;

Integrem famílias monoparentais;

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 58 de 76

O cônjuge se encontre igualmente em situação de desemprego (independentemente da

duração da inscrição no Centro de Emprego do cônjuge) aquando da aceitação da oferta

apoiada pela medida;

Propõe-se ainda o alargamento da medida a desempregados inscritos nos Centros de Emprego

na sequência de um período de inatividade de pelo menos 12 meses.

2 - Requisitos do contrato de trabalho

Considerando os aspetos positivos do trabalho a tempo parcial, nomeadamente no âmbito da

conciliação da vida profissional com o prosseguimento de estudos ou com a vida familiar,

propõe-se o alargamento do âmbito da medida a esta forma contratual.

3 - Criação líquida de emprego e manutenção do nível de emprego

Para as empresas que iniciaram um processo de Revitalização, propõe-se que estas sejam

isentas da obrigação de criação líquida de emprego e que possam beneficiar desta medida

mesmo não cumprindo os requisitos aplicados às restantes empresas, nomeadamente aqueles

requisitos relacionados com a regularização da situação contributiva perante a administração

fiscal e a segurança social.

Propõem-se ainda ajustamentos ao período de referência para aferição da criação líquida de

emprego, admitindo a possibilidade de tal período reportar aos últimos 4 ou 6 meses, à

semelhança, neste último caso, do consagrado na Portaria n.º 229/2012, de 3 de agosto, que

regula o apoio à contratação via reembolso da TSU (alínea a) do n.º 4 do artigo 4.º).

Por fim, em relação à obrigação de manutenção do nível de emprego, propõe-se a clarificação

que a entidade empregadora é obrigada a manter o nível de emprego atingido por via do apoio

e não o nível de emprego registado no momento da apresentação da candidatura.

Efetivamente, este último pode incluir trabalhadores recentemente contratados fora do âmbito

do Estímulo 2012 e ser superior ao nível de emprego atingido por via do apoio.

Ainda relativamente à aferição da manutenção do nível de emprego sugere-se que não sejam

contabilizados os trabalhadores que tenham saído da empresa pelos motivos acima referidos,

como invalidez, falecimento, reforma por velhice, despedimento com justa causa promovido

pela empresa, caso sejam apresentados os documentos comprovativos dessas situações.

4 - Limite de contratações

O atual limite de 20 contratações pode ser considerado como relativamente baixo uma vez que

se refere a toda a vigência da medida e poderá ser limitativo para entidades de maior

dimensão.

Assim, propõe-se um aumento do limite do número de contratações, passando este a ser de 25

contratações a termo por ano civil, eliminando-se a limitação ao número de contratações sem

termo.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 59 de 76

5 - Apoio financeiro e majorações

Em matéria de apoio financeiro e majorações, propõem-se medidas seguintes alterações com o

objetivo de aumentar o impacto da medida no combate ao desemprego e na promoção da

contratação sem termo:

Aumentar a duração para 18 meses do apoio no caso de contratação sem termo inicial;

Aumentar o valor máximo do apoio de 1 IAS para 1,3 IAS no caso de contratação sem

termo;

Implementar um prémio de conversão de contratos a termo (anteriormente apoiados)

em contratos sem termo de montante mensal idêntico ao anteriormente prestado e com

uma duração de 9 meses;

Introduzir novas modalidades de majoração para desempregados com 50 anos ou mais,

ou que integrem família monoparental ou cujo cônjuge se encontre igualmente numa

situação de desemprego.

Quanto à contratação a tempo parcial, propõe-se a redução proporcional do limite máximo

mensal do apoio (atualmente 1 IAS no caso do trabalho a tempo completo), com base em um

período normal de trabalho de 40 horas semanais.

Por fim, propõe-se admitir a suspensão e retoma do apoio nos casos de suspensão do contrato

de trabalho (designadamente nos casos de maternidade e doença).

6 - Formação profissional

Tendo em conta a experiência de aplicação da medida, propõem-se as seguintes alterações:

Permitir que a formação em entidade certificada seja realizada, total ou parcialmente,

fora do período normal de trabalho (com direito a redução idêntica no tempo de

trabalho);

Estabelecer que o período mínimo de duração da formação em contexto de trabalho

seja de 100 horas.

7 - Modelo de candidatura

Propõe-se a alteração do procedimento de apresentação da candidatura, passando o

empregador a registar a oferta e candidatura num único momento. Desta forma, o empregador

já saberá da decisão sobre o apoio quando celebra o contrato, passando este a ser apenas uma

condição para o pagamento da 1ª prestação.

Propõe-se ainda que a candidatura esteja reportada à oferta, de forma a poder abranger vários

postos de trabalho da mesma profissão.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 60 de 76

Estas alterações permitem corrigir situações em que se verifica o indeferimento de

candidaturas apesar de a oferta de emprego que esteve na sua origem ter sido validada, bem

como a atual obrigatoriedade de apresentação de uma candidatura por posto de trabalho.

8 – Incumprimento e restituições

A Portaria n.º 45/2012 não prevê, relativamente às restituições, a hipótese da rescisão, por

iniciativa da entidade empregadora, durante o período experimental do contrato de trabalho

(artigo 8.º). Trata-se de uma situação que pode suscitar a interpretação de que, em tais casos,

a entidade não teria de devolver o apoio, nem total nem parcialmente.

Assim, propõe-se incluir a rescisão por iniciativa da entidade empregadora durante o período

experimental do contrato de trabalho na lista das situações que têm como consequência a

restituição total do apoio pela entidade empregadora.

9 – Designação

Dada a avaliação positiva da medida, propõe-se a sua inclusão de forma prolongada no catálogo

de políticas ativas de emprego do IEFP, e nomeadamente a sua extensão para 2013. Neste

sentido, a medida deverá adotar uma nova designação, Estímulo à Contratação e Formação.

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 61 de 76

7. Anexos

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 62 de 76

Quadro n.º 1 – N.º de ofertas por classificação da atividade económica (CAE a 2 dígitos) e por Delegação Regional

Classificação das atividades económicas (CAE 2 dígitos)

Norte Centro Lisboa e Vale do

Tejo Alentejo Algarve Total

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

10 Indústrias alimentares 55 3,0% 51 4,1% 79 4,9% 34 7,1% 17 2,8% 236 4,1%

14 Indústria do vestuário 97 5,4% 14 1,1% 1 0,1% - 0,0% - 0,0% 112 1,9%

25 Fabricação de produtos metálicos 39 2,2% 53 4,2% 26 1,6% 11 2,3% 1 0,2% 130 2,3%

46 Comércio por grosso 153 8,4% 84 6,7% 103 6,4% 16 3,3% 26 4,2% 382 6,6%

47 Comércio a retalho 180 9,9% 118 9,4% 169 10,5% 59 12,3% 56 9,1% 582 10,1%

55 Alojamento 22 1,2% 24 1,9% 60 3,7% 22 4,6% 157 25,6% 285 4,9%

56 Restauração e similares 138 7,6% 86 6,9% 117 7,2% 59 12,3% 97 15,8% 497 8,6%

68 Atividades imobiliárias 25 1,4% 15 1,2% 21 1,3% 4 0,8% 30 4,9% 95 1,6%

85 Educação 32 1,8% 17 1,4% 78 4,8% 9 1,9% 6 1,0% 142 2,5%

87 Atividades de apoio social com alojamento

104 5,7% 137 11,0% 124 7,7% 83 17,3% 39 6,4% 487 8,4%

88 Atividades de apoio social sem alojamento

118 6,5% 123 9,8% 117 7,2% 23 4,8% 21 3,4% 402 7,0%

94 Atividades das organizações associativas 48 2,6% 50 4,0% 40 2,5% 21 4,4% 7 1,1% 166 2,9%

Restantes Cae's 801 44,2% 479 38,3% 682 42,2% 138 28,8% 156 25,4% 2.256 39,1%

Total 1.812 100,0% 1.251 100,0% 1.617 100,0% 479 100,0% 613 100,0% 5.772 100,0%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 63 de 76

Quadro n.º 2 – N.º de postos de trabalho por classificação da atividade económica (CAE a 2 dígitos) e por Delegação Regional

Classificação das atividades económicas (CAE 2 dígitos)

Norte Centro Lisboa e VT Alentejo Algarve Total

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

10 Indústrias alimentares 83 2,9% 92 5,4% 120 5,2% 38 6,0% 19 2,0% 352 4,2%

14 Indústria do vestuário 203 7,2% 97 5,7% 6 0,3% - 0,0% - 0,0% 306 3,6%

15 Indústria do couro e dos produtos do couro

182 6,4% - 0,0% 1 0,0% - 0,0% - 0,0% 183 2,2%

25 Fabricação de produtos metálicos 56 2,0% 63 3,7% 36 1,6% 26 4,1% 1 0,1% 182 2,2%

30 Fabricação de outro equipamento de transporte

- 0,0% 5 0,3% 1 0,0% 36 5,6% - 0,0% 42 0,5%

46 Comércio por grosso 204 7,2% 103 6,1% 126 5,5% 18 2,8% 44 4,5% 495 5,9%

47 Comércio a retalho 257 9,1% 145 8,5% 214 9,3% 71 11,1% 186 19,2% 873 10,3%

55 Alojamento 29 1,0% 50 2,9% 84 3,6% 24 3,8% 247 25,5% 434 5,1%

56 Restauração e similares 190 6,7% 97 5,7% 238 10,3% 75 11,8% 132 13,6% 732 8,7%

62 Consultoria e programação informática e atividades relacionadas

45 1,6% 18 1,1% 102 4,4% 1 0,2% 1 0,1% 167 2,0%

68 Atividades imobiliárias 30 1,1% 24 1,4% 28 1,2% 4 0,6% 42 4,3% 128 1,5%

85 Educação 57 2,0% 18 1,1% 91 4,0% 15 2,4% 8 0,8% 189 2,2%

87 Atividades de apoio social com alojamento

132 4,7% 164 9,7% 177 7,7% 112 17,6% 51 5,3% 636 7,5%

88 Atividades de apoio social sem alojamento

151 5,3% 173 10,2% 141 6,1% 24 3,8% 28 2,9% 517 6,1%

94 Atividades das organizações associativas 62 2,2% 62 3,6% 41 1,8% 26 4,1% 9 0,9% 200 2,4%

Restantes Cae's 1.153 40,7% 588 34,6% 896 38,9% 168 26,3% 201 20,7% 3.006 35,6%

Total 2.834 100,0% 1.699 100,0% 2.302 100,0% 638 100,0% 969 100,0% 8.442 100,0%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 64 de 76

Quadro n.º 3 – N.º de ofertas por classificação nacional de profissões (CNP a 2 dígitos) e por Delegação Regional

Classificação nacional de profissões (CNP 2 dígitos)

Norte Centro Lisboa e Vale do

Tejo Alentejo Algarve Total

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

24 Outros especialistas das profissões intelectuais e científicas

79 4,4% 37 3,0% 104 6,4% 12 2,5% 11 1,8% 243 4,2%

31 Técnicos e profissionais de nível intermédio

104 5,7% 52 4,2% 79 4,9% 11 2,3% 15 2,4% 261 4,5%

34 Outros técnicos e profissionais de nível intermédio

111 6,1% 50 4,0% 106 6,6% 13 2,7% 18 2,9% 298 5,2%

41 Empregados de escritório 218 12,0% 150 12,0% 248 15,3% 48 10,0% 69 11,3% 733 12,7%

42 Empregados de receção, caixas, bilheteiros e similares

99 5,5% 44 3,5% 90 5,6% 25 5,2% 48 7,8% 306 5,3%

51 Pessoal dos serviços diretos e particulares, de proteção e segurança

342 18,9% 322 25,7% 352 21,8% 139 29,0% 193 31,5% 1.348 23,4%

52 Manequins, vendedores e demonstradores 96 5,3% 68 5,4% 71 4,4% 31 6,5% 35 5,7% 301 5,2%

74 Outros operários, artífices e trabalhadores similares

135 7,5% 38 3,0% 46 2,8% 14 2,9% 4 0,7% 237 4,1%

91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio

137 7,6% 130 10,4% 108 6,7% 76 15,9% 118 19,2% 569 9,9%

Restantes grupos de profissões 491 27,1% 360 28,8% 413 25,5% 110 23,0% 102 16,6% 1.476 9,9%

Total 1.812 100,0% 1.251 100,0% 1.617 100,0% 479 100,0% 613 100,0% 5.772 100,0%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 65 de 76

Quadro n.º 4 – N.º de postos de trabalho por classificação nacional de profissões (CNP a 2 dígitos) e por Delegação Regional

Classificação nacional de profissões (CNP 2 dígitos)

Norte Centro Lisboa e Vale do

Tejo Alentejo Algarve Total

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

24 Outros especialistas das profissões intelectuais e científicas

88 3,1% 44 2,6% 121 5,3% 12 1,9% 11 1,1% 276 3,3%

31 Técnicos e profissionais de nível intermédio

124 4,4% 57 3,4% 122 5,3% 19 3,0% 20 2,1% 342 4,1%

34 Outros técnicos e profissionais de nível intermédio

144 5,1% 59 3,5% 127 5,5% 16 2,5% 21 2,2% 367 4,3%

41 Empregados de escritório 273 9,6% 162 9,5% 274 11,9% 49 7,7% 91 9,4% 849 10,1%

42 Empregados de receção, caixas, bilheteiros e similares

129 4,6% 57 3,4% 118 5,1% 27 4,2% 68 7,0% 399 4,7%

51 Pessoal dos serviços diretos e particulares, de proteção e segurança

487 17,2% 423 24,9% 570 24,8% 175 27,4% 302 31,2% 1.957 23,2%

52 Manequins, vendedores e demonstradores

160 5,6% 83 4,9% 104 4,5% 36 5,6% 147 15,2% 530 6,3%

74 Outros operários, artífices e trabalhadores similares

383 13,5% 128 7,5% 74 3,2% 16 2,5% 4 0,4% 605 7,2%

81 Operários de instalações fixas e similares 42 1,5% 43 2,5% 2 0,1% 32 5,0% 1 0,1% 120 1,4%

82 Operários de máquinas e trabalhadores da montagem

198 7,0% 103 6,1% 63 2,7% 31 4,9% 1 0,1% 396 4,7%

91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio

173 6,1% 176 10,4% 166 7,2% 100 15,7% 195 20,1% 810 9,6%

Restantes grupos de profissões 633 22,3% 364 21,4% 561 24,4% 125 19,6% 108 11,1% 1.791 21,2%

Total 2.834 100,0% 1.699 100,0% 2.302 100,0% 638 100,0% 969 100,0% 8.442 100,0%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 66 de 76

Quadro n.º 5 – Informação síntese sobre as ofertas do Estímulo 2012 por Delegação

Regional

Delegações Regionais

Nº de ofertas

Nº de entidades

Nº Postos Trabalho

Média de PT por

entidades Colocações

Tipo de contrato

Permanente A termo

Norte 2.593 1.771 3.878 2,2 2.315 864 3.014

Centro 1.744 1.227 2.311 1,9 1.587 464 1.847

Lisboa e Vale do Tejo

2.314 1.498 3.170 2,1 1.914 506 2.664

Alentejo 667 474 871 1,8 606 140 731

Algarve 724 359 1.104 3,1 802 94 1.010

Total 8.042 5.279 11.334 2,1 7.224 2.068 9.266

Quadro n.º 6 – Evolução das ofertas e dos postos de trabalho do Estímulo 2012 de Agosto a Outubro

de 2012

Mês N.º de ofertas N.º de postos de

trabalho

Agosto 1.008 1.346

Setembro 1.386 1.734

Outubro 378 483

Total 8.042 11.334

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 67 de 76

Quadro n.º 7 – N.º de ofertas e de postos de trabalho do Estímulo 2012, por Distrito

Distritos Ofertas Postos de trabalho

N.º % N.º %

01-Aveiro 427 5,3% 652 5,8%

02-Beja 157 2,0% 186 1,6%

03-Braga 776 9,6% 1.074 9,5%

04-Bragança 196 2,4% 245 2,2%

05-Castelo Banco 265 3,3% 332 2,9%

06-Coimbra 388 4,8% 652 5,8%

07-Évora 250 3,1% 337 3,0%

08-Faro 692 8,6% 1.027 9,1%

09-Guarda 283 3,5% 323 2,8%

10-Leiria 528 6,6% 670 5,9%

11-Lisboa 1.424 17,7% 2.017 17,8%

12-Portalegre 174 2,2% 228 2,0%

13-Porto 1.029 12,8% 1.626 14,3%

14-Santarém 398 4,9% 532 4,7%

15-Setúbal 356 4,4% 489 4,3%

16-Viana do Castelo 213 2,6% 320 2,8%

17-Vila Real 128 1,6% 182 1,6%

18-Viseu 358 4,5% 442 3,9%

Total 8.042 100,0% 11.334 100,0%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 68 de 76

Quadro n.º 8 – N.º de ofertas e postos de trabalho por classificação da atividade

económica (CAE a 2 dígitos)

Classificação das atividades económicas

Ofertas Postos de trabalho

(CAE 2 dígitos) N.º % N.º %

47 Comércio a retalho 791 9,8% 1.111 9,8%

56 Restauração e similares 644 8,0% 917 8,1%

87 Atividades de apoio social com alojamento

651 8,1% 840 7,4%

88 Atividades de apoio social sem alojamento

569 7,1% 717 6,3%

46 Comércio por grosso 524 6,5% 671 5,9%

55 Alojamento 323 4,0% 472 4,2%

10 Indústrias alimentares 296 3,7% 457 4,0%

Restantes CAE 4.244 52,8% 6.149 54,3%

Total 8.042 100,0% 11.334 100,0%

Quadro n.º 9 – N.º de ofertas e postos de trabalho por classificação nacional de

profissões (CNP a 2 dígitos)

Classificação nacional de profissões Ofertas Postos de trabalho

(CNP 2 dígitos) N.º % N.º %

51 Pessoal dos serviços diretos e particulares, de proteção e segurança

1.805 22,4% 2.532 22,3%

41 Empregados de escritório 1052 13,1% 1180 10,4%

91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio

723 9,0% 1005 8,9%

42 Empregados de receção, caixas, bilheteiros e similares

408 5,1% 508 4,5%

52 Manequins, vendedores e demonstradores

405 5,0% 653 5,8%

34 Outros técnicos e profissionais de nível intermédio

411 5,1% 500 4,4%

Restantes grupos de profissões 3.238 40,3% 4.956 43,7%

Total 8.042 100% 11.334 100%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 69 de 76

Quadro n.º 10 - Tipo de formação a ministrar por Delegação Regional

Delegações Regionais

Tipo Formação

Em entidade certificada

Em contexto de trabalho

Norte 1.483 2.396

Centro 798 1.514

Lisboa e Vale do Tejo

1.006 2.164

Alentejo 422 449

Algarve 276 828

Total 3.985 7.351

Quadro n.º 11 – Candidaturas apresentadas, válidas e aprovadas (intenção ou decisão)

por Delegação Regional

Delegações Regionais

Candidaturas Apresentadas

Candidaturas validadas (Total de

processos)

Processos com deferimento (intenção ou

decisão)

N.º % N.º % N.º %

1-Norte 1947 31,6% 1696 30,2% 1435 30,6%

2-Centro 1384 22,5% 1285 22,9% 1111 23,7%

3-Lisboa e VT

1594 25,9% 1490 26,5% 1183 25,3%

4-Alentejo 543 8,8% 527 9,4% 461 9,8%

5-Algarve 691 11,2% 617 11,0% 494 10,5%

Total 6159 100,0% 5615 100,0% 4684 100,0%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 70 de 76

Quadro n.º 12 – Candidaturas por estado/fase de análise e situação do parecer por

Delegação Regional

Delegações Regionais

Candidaturas Apresentadas

Em Verificação

Candidaturas Validadas - Situação do parecer

% Aprovados/ Apresentados

Processos Com

Indeferimento

Processos Excluidos

Processos em fase

de análise (sem

parecer)

Processos Com

deferimento

1-Norte 1947 251 143 8 110 1435 73,7%

2-Centro 1384 92 92 2 80 1111 80,3%

3-Lisboa e VT

1594 79 209 17 81 1183 74,2%

4-Alentejo 543 16 53 5 8 461 84,9%

5-Algarve 691 74 112 0 11 494 71,5%

Total 6159 512 609 32 290 4684 76,1%

Quadro n.º13 – N.º de candidaturas, ofertas e entidades beneficiárias

Quadro n.º 14 – N.º de Entidades/Postos de Trabalho criados por Nº de trabalhadores

da Entidade

Delegações Regionais

Entidades Candidaturas/Processos Ofertas

1-Norte 871 1435 1133

2-Centro 726 1111 955

3-Lisboa e VT

740 1183 1039

4-Alentejo 264 461 373

5-Algarve 166 494 325

Total 2767 4684 3825

Dimensão Entidades

(estabelecimentos) PT/Destinatários

Até 9 trabalhadores 1.582 2.044

Entre 10 e 49 trabalhadores 876 1.722

Entre 50 e 249 trabalhadores 286 772

A partir de 250 trabalhadores 32 143

Total 2.776 4.681

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 71 de 76

Quadro n.º15 – N.º de Entidades/Postos de Trabalho criados por Classificação das

Atividades Económicas

Classificação das atividades económicas CAE (a 2 dígitos)

Entidades (estabelecimentos)

PT/Destinatários

Nº % Nº %

47 Comércio a retalho, exceto de veículos automóveis e motociclos

267 9,7% 516 11,0%

88 Atividades de apoio social sem alojamento 221 8,0% 413 8,8%

87 Atividades de apoio social com alojamento 204 7,4% 449 9,6%

46 Comércio por grosso (inclui agentes), exceto de veículos automóveis e motociclos

192 7,0% 278 5,9%

56 Restauração e similares 182 6,6% 280 6,0%

94 Atividades das organizações associativas 104 3,8% 162 3,5%

55 Alojamento 79 2,9% 176 3,8%

69 Atividades jurídicas e de contabilidade 105 3,8% 123 2,6%

10 Indústrias alimentares 85 3,1% 189 4,0%

86 Atividades de saúde humana 80 2,9% 119 2,5%

Restantes Cae's 1241 45,0% 1976 42,2%

Total 2760 100,0% 4681 100%

Quadro n.º 16 – N.º de Entidades/Postos de Trabalho criados por Tipo de Entidade

Tipo de entidade

Entidades (estabelecimentos)

PT/Destinatários

Nº % Nº %

Empresa 1923 69,7% 3278 70,0%

IPSS 236 8,6% 488 10,4%

Particular / empresário em nome individual

210 7,6% 137 2,9%

Associação 126 4,6% 229 4,9%

Outras entidades privadas com fins lucrativos

47 1,7% 61 1,3%

Outras entidades 218 7,9% 488 10,4%

Total 2760 100,0% 4681 100,0%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 72 de 76

Quadro n.º 17- N.º de destinatários por género

Género Destinatários

N.º %

Masculino 1.662 35,5%

Feminino 3.019 64,5%

Total 4.681 100%

Quadro n.º 18 – N.º de destinatários por grupo etário

Grupo etário

Destinatários

N.º %

Menos de 25 anos 743 15,9%

Entre 25 e 34 anos 1.788 38,2%

Entre 35 e 44 anos 1.263 27,0%

Entre 45 e 54 anos 743 15,9%

A partir de 55 anos

144 3,1%

Total 4.681 100%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 73 de 76

Quadro n.º 19 - Profissões (CNP 2) associadas aos contratos de trabalho previstos nos processos

CNP (a 2 dígitos)

PT/Destinatários

N.º %

51 Pessoal dos serviços diretos e particulares, de proteção e segurança

1.020 21,8%

41 Empregados de escritório 589 12,6%

91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio 479 10,2%

52 Manequins, vendedores e demonstradores 298 6,4%

74 Outros operários, artífices e trabalhadores similares 276 5,9%

82 Operadores de máquinas e trabalhadores da montagem 209 4,5%

Restantes grupos de profissões 1.810 38,7%

Total 4.681 100,0%

Quadro n.º 20 – N.º de destinatários por tempo de inscrição e grupo etário

Grupo etário

Tempo de inscrição

Menos de 12 meses

Mais de 12 e até 18 meses

Mais de 18 e até 24 meses

Mais de 24 meses

Total

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

Menos de 25 anos 520 21,0% 137 13,1% 45 9,6% 41 5,9% 743 15,9%

Entre 25 e 34 anos 1.047 42,3% 412 39,4% 160 34,0% 169 24,5% 1.788 38,2%

Entre 35 e 44 anos 561 22,7% 328 31,3% 165 35,1% 209 30,3% 1.263 27,0%

Entre 45 e 54 anos 292 11,8% 139 13,3% 86 18,3% 226 32,8% 743 15,9%

A partir de 55 anos

54 2,2% 31 3,0% 14 3,0% 45 6,5% 144 3,1%

Total 2.474 100% 1.047 100% 470 100% 690 100% 4.681 100%

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 74 de 76

Quadro n.º 21 – N.º de destinatários por Habilitações

Habilitação escolar Destinatários

N.º %

Não sabe ler/escrever 10 0,2%

Ler/escrever sem grau de ensino

40 0,9%

4 anos 336 7,2%

6 anos 490 10,5%

9 anos 1.138 24,3%

11 anos 128 2,7%

12 anos 1.471 31,4%

Ensino pós-secundário 26 0,6%

Bacharelato 45 1,0%

Licenciatura 909 19,4%

Mestrado 88 1,9%

Total 4.681 100%

Quadro n.º 22 – Tipo de formação

Modalidades de formação PT/Destinatários

Contexto de trabalho 3401

Entidade formadora certificada 1280

Total 4681

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 75 de 76

Quadro n.º 23 – N.º de destinatários por tipo e duração do contrato de trabalho

Tipo de contrato de trabalho

Duração do contrato de trabalho

PT/Destinatários

A Termo

Até 6 meses 2794

Mais de 6 e até 12 meses 655

Mais de 12 e até 18 meses 176

Mais de 18 e até 24 meses 4

Mais de 24 e até 36 meses 6

Superior a 36 meses 1

Permanente

1045

Total 4681

Quadro n.º 24 – Nível Salarial dos contratos apoiados

Nível Salarial PT/Destinatários

Rem. mínima mensal de 485€ 1433

Rem. entre 486€ e 600€ 1815

Rem. entre 601€ e 700€ 582

Rem. entre 701€ e 800€ 368

Rem. entre 801€ e 900€ 231

Rem. entre 901€ e 1000€ 112

Rem. entre 1001€ e 1500€ 115

Rem superior a 1500€ 25

Total 4681

Quadro n.º 25 – Tipo de Majoração

Tipo de Majoração PT/Destinatários

Contrato Sem Termo 1045

Beneficiários RSI 184

Jovem 738

Deficientes 48

Mulheres Inf 3ª ciclo 498

DLD´s 2127

Medida Estímulo 2012 l Relatório de Avaliação (outubro/2012) Página 76 de 76

Quadro n.º 26 – Nível Salarial dos contratos celebrados / versus oferta inicial

Diferença entre a remuneração da candidatura e da oferta

PT/Destinatários

Inferior em mais de 200€ 22

Inferior entre menos 101€ e menos 200€ 88

Inferior até menos 100€ 296

SEM DIFERENÇA 3556

Superior até mais 100€ 545

Superior entre mais 101 e mais 200€ 116

Superior em mais de 200€ 58

Total 4681

Quadro n.º 27 – Remunerações por género

Feminino Masculino Total

Rem. mínima mensal de 485€ 1091 342 1433

Rem. entre 486€ e 600€ 1186 629 1815

Rem. entre 601€ e 700€ 318 264 582

Rem. entre 701€ e 800€ 165 203 368

Rem. entre 801€ e 900€ 137 94 231

Rem. entre 901€ e 1000€ 59 53 112

Rem. entre 1001€ e 1500€ 54 61 115

Rem superior a 1500€ 9 16 25

Total 3019 1662 4681