11
15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental CONDICIONANTES GEOMORFOLÓGICOS A SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS DE MASSA E INUNDAÇÃO NO MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE-PA. Loury Bastos Mello 1 ; Ítalo Prata de Menezes 2 ; Keren Vasconcelos 3 . Resumo O município de Monte Alegre está localizado na porção noroeste do estado do Pará, às margens do Rio Amazonas. Foi um dos 286 municípios brasileiros selecionados pelo Governo Federal, através do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Naturais do Governo Federal (PNGRRDN) para ser executada a Carta de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundação, com o objetivo de identificar as áreas com maior suscetibilidade a estes eventos, e auxiliar os gestores no planejamento e gestão do território, apontando regiões onde devem ser evitadas ocupações inadequadas e mostrar as mais favoráveis para uma ocupação territorial mais ordenada, que evite desastres naturais. Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de uma análise comparativa entre as diferentes formas de relevo encontradas na região e sua suscetibilidade natural a processos de inundação e movimentos de massa. De maneira que foi possível classificar as áreas de alta, média e baixa suscetibilidade, de acordo com as unidades geomorfológicas. A metodologia utilizada para execução das Cartas de Suscetibilidade consiste em uma parceria da CPRM/IPT (Bitar et al., 2014), enquanto a metodologia para a elaboração do mapa de geomorfologia, foi elaborada com base nos critérios e parâmetros de classificação de IPT/Emplasa(1990), e complementarmente, os de Ponçano et al.(1979) e Ross (1990), a partir da conjugação de fatores morfométricos básicos, como amplitude e declividade. Palavras-Chave Suscetibilidade; movimentos de massa; relevo; Monte Alegre. Abstract The city of Monte Alegre is located in the northwestern portion of the state of Pará, on the banks of the Amazon River. It was one of 286 cities selected by the Federal Government, through the National Plan for Risk Management and Disaster Responses to the Federal Government (PNGRRDN) to run the Map of Susceptibility to gravitational mass movements and flood, in order to identify areas with increased susceptibility to these events, and assist managers in planning and land management, pointing regions where inadequate occupations should be avoided and show the most favorable for a more orderly land occupation, to prevent natural disasters. This study was developed with the purpose of a comparative analysis between the different landforms found in the region and its natural susceptibility to flooding processes and mass movements. So that the classification of the areas of high, medium and low susceptibility according to the geomorphological units. The methodology for implementing the Susceptibility of Maps consists of a partnership between CPRM / IPT (Bitar et al., 2014), while the methodology for the preparation of the geomorphology map was drawn up based on the criteria and classification parameters IPT / Emplasa (1990), and in addition, the Ponçano et al. (1979) and Ross (1990), from the combination of basic morphometric factors, such as amplitude and slope. . keywordsusceptibility; mass movement; relief; Monte Alegre. 1 Geól., CPRM(Serviço Geológico do Brasil): Belém - PA, [email protected] 2 Geól., CPRM(Serviço Geológico do Brasil): Belo Horizonte - MG, [email protected] 3 Geól.,Universidade Federal do Pará: Belém - PA, [email protected]

CONDICIONANTES GEOMORFOLÓGICOS A …cbge2015.hospedagemdesites.ws/trabalhos/trabalhos/330.pdf · territoriais, e contribuir para o planejamento da expansão urbana e do uso e ocupação

  • Upload
    halien

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

CONDICIONANTES GEOMORFOLÓGICOS A SUSCETIBILIDADE A

MOVIMENTOS DE MASSA E INUNDAÇÃO NO MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE-PA.

Loury Bastos Mello1; Ítalo Prata de Menezes2;

Keren Vasconcelos3.

Resumo – O município de Monte Alegre está localizado na porção noroeste do estado do Pará, às margens do Rio Amazonas. Foi um dos 286 municípios brasileiros selecionados pelo Governo Federal, através do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Naturais do Governo Federal (PNGRRDN) para ser executada a Carta de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundação, com o objetivo de identificar as áreas com maior suscetibilidade a estes eventos, e auxiliar os gestores no planejamento e gestão do território, apontando regiões onde devem ser evitadas ocupações inadequadas e mostrar as mais favoráveis para uma ocupação territorial mais ordenada, que evite desastres naturais. Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de uma análise comparativa entre as diferentes formas de relevo encontradas na região e sua suscetibilidade natural a processos de inundação e movimentos de massa. De maneira que foi possível classificar as áreas de alta, média e baixa suscetibilidade, de acordo com as unidades geomorfológicas. A metodologia utilizada para execução das Cartas de Suscetibilidade consiste em uma parceria da CPRM/IPT (Bitar et al., 2014), enquanto a metodologia para a elaboração do mapa de geomorfologia, foi elaborada com base nos critérios e parâmetros de classificação de IPT/Emplasa(1990), e complementarmente, os de Ponçano et al.(1979) e Ross (1990), a partir da conjugação de fatores morfométricos básicos, como amplitude e declividade.

Palavras-Chave – Suscetibilidade; movimentos de massa; relevo; Monte Alegre.

Abstract – The city of Monte Alegre is located in the northwestern portion of the state of Pará, on

the banks of the Amazon River. It was one of 286 cities selected by the Federal Government,

through the National Plan for Risk Management and Disaster Responses to the Federal

Government (PNGRRDN) to run the Map of Susceptibility to gravitational mass movements and

flood, in order to identify areas with increased susceptibility to these events, and assist managers

in planning and land management, pointing regions where inadequate occupations should be

avoided and show the most favorable for a more orderly land occupation, to prevent natural

disasters. This study was developed with the purpose of a comparative analysis between the

different landforms found in the region and its natural susceptibility to flooding processes and mass

movements. So that the classification of the areas of high, medium and low susceptibility according

to the geomorphological units. The methodology for implementing the Susceptibility of Maps

consists of a partnership between CPRM / IPT (Bitar et al., 2014), while the methodology for the

preparation of the geomorphology map was drawn up based on the criteria and classification

parameters IPT / Emplasa (1990), and in addition, the Ponçano et al. (1979) and Ross (1990),

from the combination of basic morphometric factors, such as amplitude and slope. .

keyword– susceptibility; mass movement; relief; Monte Alegre.

1 Geól., CPRM(Serviço Geológico do Brasil): Belém - PA, [email protected] 2 Geól., CPRM(Serviço Geológico do Brasil): Belo Horizonte - MG, [email protected] 3 Geól.,Universidade Federal do Pará: Belém - PA, [email protected]

1. INTRODUÇÃO

O processo de urbanização e ocupação de áreas impróprias, como encostas e

margens dos rios tem intensificado e acelerado os desastres naturais por todo o território

brasileiro. Neste contexto, o Governo Federal desenvolveu o Plano Nacional de Gestão de

Riscos e resposta a Desastres Naturais (PNGRRDN), onde foram incluídos 286 municípos

para a execução das Cartas de Suscetibilidade a Movimentos de Massa e Inundação.

Estas Cartas têm como objetivo principal mitigar as indevidas ocupações

territoriais, e contribuir para o planejamento da expansão urbana e do uso e ocupação do

solo, podendo ser utilizada como indicadora de áreas mais propícias à construção e

crescimento do referido município.

O município de Monte Alegre está localizado a margem esquerda do Rio

Amazonas, inserido em um complexo cenário geológico-geomorfológico, onde elevações

modestas sob forma de cristas anelares concêntricas, resultantes da esculturação do

domo de Monte Alegre sobressaem em meio à planície amazônica e áreas aplainadas

adjacentes.

Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de uma análise comparativa entre as

diferentes formas de relevo encontradas na região e sua suscetibilidade natural a

processos de inundação e movimentos de massa. De maneira que foi possível classificar

as áreas de alta, média e baixa suscetibilidade, de acordo com a gênese e as

propriedades morfológicas e morfométricas intrínsecas de cada unidade geomorfológica.

Figura 1: Mapa de localização da área de estudo.

2. METODOLOGIA

A metodologia utilizada para execução das Cartas de Suscetibilidade consiste em

uma parceria da CPRM (Serviço Geológico do Brasil) com o IPT (Instituto de Pesquisas

Tecnológicas), como o objetivo de gerar um modelo com aplicabilidade para todo o Brasil

(Bitar et al., 2014).

Foram considerados métodos e procedimentos de diferentes autores, destacando-

se: Zuquete (1993), Prandini et al. (1995), Vedovello et al. (1995), Cerri et. al. (1996),

Zuquete e Nakasawa (1998), Guzzetti et al. (1999), Freitas (2000), Zaine (2000),

Fernandes et al. (2001), Zuquette e Gandolfi (2004), Fell et al. (2008), Abreu e Augusto

Filho (2009), Julião et al. (2009), Vallejo e Ferrer (2011), Sobreira e Souza (2012) e

Nogueira e Souza (2013); e ainda, o guia para zoneamento de suscetibilidade, perigo e

risco a deslizamento (Fell et al., 2008), elaborado pelo Comitê Técnico de Deslizamentos

e Taludes Construídos (Joint Technical Committee on Landslides and Engineered Slopes -

JTC-1), formado pelas associações técnico-científicas internacionais das áreas de geologia

de engenharia e ambiental e de engenharia geotécnica (International Society for Soil

Mechanics and Geotechnical Engineering-ISSMGE; International Association for

Engineering Geology and the Environment – IAEG; e International Society for Rock

Mechanics – ISRM). De maneira que o proposto modelo pode ser resumido da seguinte

forma (Figura 2):

Figura 2: Cartograma das etapas metodológicas desenvolvidas.

Foi estabelecida também, uma parceria da CPRM com SIPAM(Sistema de Proteção

a Amazônia), e através deste, foram disponibilizados KITs com a Base cartográfica digital na

escala 1:100.000, e ainda as imagens utilizadas.

Vale ressaltar que as extensas áreas dos municípios amazônicos, são de difícil

acesso e muitas vezes apresentam vastas áreas indígenas e áreas de preservação ambiental,

que não podem ser facilmente acessadas. Portanto foi determinado, de acordo com o Termo de

Referência do Projeto da Suscetibilidade da Amazônia, que seria mapeada uma área calculada a

partir de um raio de 30km da área urbana da sede do município,. Por fim, em Monte Alegre a

região em estudo abrange uma área total de 2700 km², referente a apenas uma pequena parte da

área total do município. A escala de mapeamento é de 1:100.000..

Neste contexto foi criada a metodologia para a elaboração do mapa de unidades de

relevo, e foi adotado como referencia inicial os critérios e parâmetros de classificação de

IPT/Emplasa(1990), e complementarmente, os de Ponçano et al.(1979) e Ross (1990), a partir da

conjugação de fatores morfométricos básicos, como amplitude e declividade.

Contudo, ao longo do trabalho foi necessária uma revisão e adequação dos

padrões de relevo inicialmente utilizados, de maneira que contemplasse também o referido

município e toda a região amazônica. (Tabela 1)

Tabela 1: Tabela da Padrões de Relevo (IPT/CPRM)

A identificação dos padrões de relevo foi executada por meio de fotointerpretação a

partir da imagem RapidEye sobreposta ao Topodata, sobre o qual foram gerados os modelos

sombreados de relevo, declividade, hipsometria, além das curvas de nível e drenagem que foram

utilizadas de forma auxiliar nas delimitações e compartimentações do relevo.

As escalas de análise estão condicionadas à resolução e à qualidade dos produtos

digitais utilizados. No entanto, essas imagens RapidEye, tem resolução espacial de 5 m, datadas

no ano 2011/2012, e o Topodata com resolução espacial de 30m do no de 2008. De maneira que,

foram utilizadas como melhor alternativa, disponível, para o desenvolvimento da Carta de

Suscetibilidade de Monte Alegre e de toda a região amazônica. Vale salientar ainda que para

elaboração do mapa de padrões de relevo foram adotadas escalas variáveis, entre 1:10.000 e

1:20.000.

3. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA

Segundo bibliografia já existente está área é caracterizada basicamente por um

contexto geológico constituído por um substrato Pré-cambriano e um conjunto sedimentar

Fanerozóico, que correspondem, aproximadamente, a 55% e 45% do espaço municipal,

respectivamente.

O substrato Pré-cambriano compreende um terreno gnáissicomigmatítico,

granitóides anorogênicos que ocorrem na forma de batólitos, além de um complexo alcalino-

ultrabásico-carbonatítico, constituindo um “stock”.

O conjunto Fanerozóico está representado pelas rochas paleozoicas da Bacia do

Médio-Baixo Amazonas, por uma cobertura clástica de idade terciária, além de aluviões recentes

e sub-recentes.

Uma intensa atividade ígnea, de natureza básica, está registrada na região,

caracterizada por diques e soleiras de diabásio, de idade mesozóica, cortando toda a seqüência

sedimentar paleozóica.

Muitas foram as proposições para a gênese do domo, entretanto somente com

Montalvão & Oliveira (1975) sua origem foi atribuída às intrusões toleíticas básicas, tendo sido

eles os primeiros a denominarem a estrutura como braquianticlinal em forma de elipsóide com 30

km de comprimento e 20 km de largura.

O domo de Monte Alegre é caracterizado pela ocorrência de rochas sedimentares

dos Grupos Urupadi, Curuá e Tapajós, com idades do Devoniano ao Carbonífero, limitadas por

falhas com rochas do Grupo Javari (Cretáceo/Terciário). As rochas paleozoicas foram

posteriormente seccionadas pelo magmatismo toleítico do evento Penatecaua de idade

Eojurássica. (Figura 3)

Figura 3: Mapa Geológico da região de Monte Alegre-PA (CPRM)

4. RESULTADOS

A partir da validação dos resultados elaborados em escritório, como o pré-mapa

das modelagens de inundação e movimento de massa e o mapa de relevo, e posterior revisão e

consolidação destes dados, pode-se gerar a Carta Síntese de Suscetibilidade e o Mapa final

Geomorfológico.

A Carta de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundação do

município de Monte Alegre é composta por, quatro cartogramas (hipsometria, declividade, relevo e

isoetas anuais médias de 1977 a 2006), o zoneamento da suscetibilidade a movimento de massa

e inundação, a descrição do zoneamento e a legenda do mapa. (Figura 4)

Figura 4: Carta Síntese de Suscetibilidade a Movimentos de Massa e Inundação de Monte Alegre-PA.

(CPRM)

O mapa Geomorfológico de Monte Alegre foi classificado em doze classes distintas:

baixos platôs dissecados, colinas, degraus estruturais e rebordos erosivos, escarpas, morros

altos, morros baixos, morrotes, planícies e terraços fluviais, platôs e chapadas (superfícies

cimeiras), relevos residuais, superfícies aplainadas e superfícies aplainadas degradadas. (Figura

5)

Figura 5: Mapa Geomorfológico de Monte Alegre-PA. (CPRM)

Através da análise da Carta de Suscetibilidade juntamente com o mapa

geomorfológico é possível identificar que a região de alta suscetibilidade a movimentos de massa

concentra-se na região de maiores declividades, portanto, na área mais preservada da estrutura

dômica. Nestas porções podem-se identificadas duas classes de relevo predominantes, que são

as escarpas e degraus estruturais e rebordos erosivos, estas são caracterizadas por uma

morfologia acidentada, classes transicionais entre distintas unidades geomorfológicas,

constituídas por vertentes predominantemente retilíneas a côncavas, escarpadas e topos

levemente arredondados. Ocorrência frequente de vertentes muito íngremes com gradientes muito

elevados e paredões rochosos subverticais e geração de depósitos de tálus e de colúvios nas

baixas vertentes. (Figura 6A)

Nas regiões de morros altos ocorre também, o predomínio de alta suscetibilidade a

movimentos de massa, concentrado quase que totalmente nas vertentes íngremes, dissecadas e

alongadas verticais. Relevo este, de geometria convexo-côncava, com topos arredondados ou

aguçados. Atuação frequente de processos de erosão laminar e linear acelerada (sulcos e

ravinas) e ocorrência esporádica de processos de movimentos de massa, com evidências de

cicatrizes, apresentando sedimentação de colúvios e, subordinadamente, depósitos de tálus nas

baixas vertentes. (Figura 6B)

A

S

u

p

e

r

B

Figura 6: (A) Degraus estruturais na região do domo; (B) Cicatriz de deslizamento em morros altos.

Entretanto, as regiões de média suscetibilidade a movimentos de massa

concentram-se nas porções menos dissecadas da área em estudo, sendo caracterizados pelos

morrotes, morros baixos e em algumas porções mais íngremes dos baixos platôs dissecados.

Essas unidades de relevo constituem uma morfologia dissecada, com vertentes convexo-

côncavas e topo arredondado, com vertentes de gradiente suave a moderado. E ainda, formação

de rampas de colúvios nas baixas vertentes. (Figura 7A)

Já as regiões de baixa suscetibilidade a movimentos de massa são representadas,

predominantemente, pelas extensas superfícies aplainadas, conservadas ou incipientemente

degradadas, pelas superfícies cimeiras, situadas nos topos dos platôs mais elevados e por quase

toda a extensão das regiões de baixos platôs dissecados.

Quanto à inundação, pode-se concluir que as regiões de planície de inundação e

terraços fluviais, são regiões quase que predominantemente de alta suscetibilidade. Essas áreas

de várzea foram caracterizadas como superfícies sub-horizontais constituídas de depósitos

arenosos ou areno-argilosos. Apresentam gradientes extremamente suaves e convergentes em

direção aos cursos d’água principais. (Figura 7B)

Figura 7: (A) Relevo dissecado de média suscetibilidade; (B) Planície de inundação de alta suscetibilidade.

5. CONCLUSÕES

A partir dos resultados expostos conclui-se que o mapeamento das unidades de

relevo é de primordial importância para a análise da suscetibilidade natural dos terrenos. De

maneira que pode-se caracterizar as diferentes classes geomorfológicas como mais ou menos

suscetíveis a movimentos de massa e inundação.

De tal forma, poderia se considerar diferentes formas de relevo como referência

para a expansão urbana, sendo, por exemplo, superfícies aplainadas ou aplainadas degradadas

as regiões com consideráveis potenciais para expansão urbana no município.

A

S

u

p

e

r

c

i

e

s

s

u

b

-

h

o

ri

z

o

n

B

S

u

p

e

r

c

i

e

s

s

u

b

-

h

o

ri

z

o

n

Salienta-se que as imagens utilizadas (RapidEye e Topodata) tem uma resolução

pouco satisfatória para gerar o mapa de relevo através da fotointerpretação, na escala desejada

de trabalho. Dificuldade esta encontrada na Amazônia, pela escassez de imagens de alta

resolução e que por consequência acaba por gerar limitações no produto apresentado.

Por fim, pode-se afirmar que apesar de suas limitações a abordagem adotada

possibilitou a integração do meio físico na avaliação e adequação do uso e ocupação das terras.

De modo que os resultados são satisfatórios e podem ser utilizados para planejamento de

expansão urbana dos municípios.

6. BIBLIOGRAFIA

ABREU, A. E. S.; AUGUSTO FILHO, O. . Mapeamento geotécnico para gestão municipal. Geotecnia (Lisboa), v. 115, p. 45-80, 2009.

BITAR, O.Y. (Coord.) (2014). Cartas de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e inundações 1:25.000: nota técnica explicativa. São Paulo: IPT/CPRM, 50p. (IPT Publicação 3016) (publicação on-line).

CERRI, L.E.S.; AKIOSSI, A.; AUGUSTO Filho, O. & ZAINE, J.E. 1996. Cartas e mapas geotécnicos de áreas urbanas: reflexões sobre as escalas de trabalho e proposta de elaboração com o emprego do método de detalhamento progressivo. In: ABGE Cong. Bras. Geologia de Engenharia, 8, Rio de Janeiro, 1996. Anais, v.2, p.537-548.

CPRM – Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais. Geologia e Recursos Minerais do Estado do Pará. Escala 1:1.000.000 GEOBANK, 2010.

CPRM – Companhia de Pesquisa e Recursos MInerais. Síntese Geológica e Favorabilidades para Tipos de Jazimento Minerais no Município de Monte Alegre. Belém, 1999. Informações para Gestão Territorial – GATE – Programa de Interação Mineral em Municípios da Amazônia – PRIMAZ.

FERNANDES, N.F.; GUIMARÃES, R.F.; GOMES, R.A.T.; VIEIRA, B.C.; MONTGOMERY, D.R.; GREENBERG, H. (2001) Condicionantes geomorfológicos dos deslizamentos nas encostas: avaliação de metodologias e aplicação de modelo de previsão de áreas susceptíveis. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 2, n. 1, p. 51-71

FELL, R; COROMINAS, J.; BONNARD, C.; CASCINI, L.; LEROI, E.; SAVAGE, W. Z. (2008). On behalf of the JTC-1 Joint Technical Committee on Landslides and Engineered Slopes. Guidelines for landslide susceptibility, hazard and risk zoning for land use planning. Engineering Geology, n. 102, p. 85-98.

FREITAS, C.G.L. Cartografia geotécnica de planejamento e gestão territorial: proposta teórica e metodológica. Tese de Doutorado, USP, FFLCH, Departamento de Geografia, São Paulo, 2000, 230p.

GUZZETTI, F.; CARRARA, A.; CARDINALI, M.; REICHENBACH, P. (1999) Landslide hazard evaluation: a review of current techniques and their application in a multi-scale study, Central Italy. Geomorphology, n. 31, p. 181-216.

IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas/CPRM – Companhia de Pesquisas e Recursos MInerais. Carta de Suscetibilidade a movimento gravitacionais de massa e inundação – Nota técnica. Escala 1:25.000. 2014.

JULIÃO, R. (coordenador) et. al. (2009) - Guia Metodológico para a Produção de Cartografia Municipal de Risco e para a Criação de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) de Base

Municipal, Autoridade Nacional de Protecção Civil e Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano/ Instituto Geográfico Português.

NOGUEIRA, F. R.; SOUZA, L. A. . CARTA DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS MÚLTIPLOS NO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, SP. In: 14º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental, 2013, Rio de Janeiro. Anais do 14º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental. São paulo: ABGE, 2013.

PRANDINI, F. L. et al. Cartografia geotécnica nos planos diretores regionais e municipais. In: Curso de Geologia Aplicada ao Meio Ambiente. São Paulo. p 187-202. 1995.

SOBREIRA, Garcia Frederico; SOUZA, Leonardo Andrade. Cartografia Geotécnica Aplicada ao Planejamento Urbano. Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental. São Paulo, v. 2, n. 2, p. 79-98, maio. 2012.

VALERIANO, M. M. Topodata: Guia para utilização de dados geomorfológicos locais. Projeto de Produtividade em Pesquisa “Modelagem de dados topográficos SRTM”, CNPq, processo nº 306021/2004-8 (NV), São José dos Campos, SP : INPE, 2008. Disponível em: < http://mtc-m18.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/mtc-m18@80/2008/07.11.19.24/doc/publicacao.pdf>. Acesso: 02 fev. 2015.

VEDOVELLO, C. Science Parks and the University-Industry Links: A Case Study of the Surrey Research Park. PhD Thesis, Brighton, UK: SPRU, University of Sussex, 1995.

ZAINE, J.E. 2000. Mapeamento geológico-geotécnico por meio do método do detalhamento progressivo: ensaio de aplicação na área urbana do município de Rio Claro (SP). Tese de doutorado, Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Campus de Rio Claro, 149 p.

ZUQUETTE, L. V. 1993. Importância do Mapeamento Geotécnico no Uso e Ocupação do Meio-Físico: Fundamentos e Guia para Elaboração. São Carlos. Tese de Livre Docência. Escola de Engenharia de São Carlos - USP. Vol 1. 256p.

ZUQUETTE, L.V. & NAKAZAWA, V.A. Cartas de Geologia de Engenharia. In: OLIVEIRA, A.M.S. & BRITO, S.N.A. (Eds.). Geologia de Engenharia. São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), 1998. cap. 17, p.283-300.

ZUQUETTE, L.V. & GANDOLFI, N. Cartografia Geotécnica. Oficina de Textos, São Paulo, 2004, 190p.

MONTALVÃO R.M.G., OLIVEIRA A.S. 1975. Geologia branquianticlinal da Monte Alegre e da Rodovia Monte Alegre – Prainha. Belém, Projeto Radam Brasil, 409p.

FIGUEIRA, I. F. R., MANCINI, F., SALAMUNI, E. Deformação Rúptil em Rochas do Magmatismo Penatecaua no Domo de Monte Alegre-PA. Revista Brasileira de Geociências, volume 42(4), 2012.

PONÇANO, W.L.; CARNEIRO, C.D.R.; ALMEIDA, M.A.; PIRES NETO, A.G.; ALMEIDA, F.F.M. (1979). O conceito de sistemas de relevo aplicado ao mapeamento geomorfológico do estado de São Paulo. SIMPÓSIO DE GEOLOGIA REGIONAL, 2, Atas, Rio Claro, p. 253-262.

ROSS, J.L.S. (1990). Geomorfologia, ambiente e planejamento. São Paulo : Ed. Contexto.