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Resumos de História-2º Teste do 1º Período 1. A que se deve a hegemonia económica britânica? Na segunda metade do século XVIII a Inglaterra encontrava-se num período de intensa prosperidade económica. Registaram-se desenvolvimentos notáveis ou até mesmo revolucionários na agricultura, na indústria, no comércio e na banca. Estes progressos aliados às vitórias militares como a guerra com a Holanda e a guerra dos 7 anos com a França, permitiram a hegemonia britânica. 2. Quais foram as condições do sucesso Inglês? Condições políticas e sociais (Encontrar-se sob um regime parlamentar onde o rei não detinha o poder absoluto, repartindo-o com o parlamento e a predominância de uma mercantilismo flexível, adaptado aos tempos e às circunstâncias, procurando resolver as dificuldades económicas que iam surgindo) Condições económicas e financeiras (o alargamento do mercado externo e a criação de um mercado interno e ainda a criação de um sistema financeiro) Condições técnicas (o investimento nas ciências, sobretudo na mecanização e nas novas formas de cultivo) Condições naturais e geográficas (ser um enorme detentor de matérias-primas e o facto de ser uma ilha bastante recortada com inúmeras reentrâncias e bons portos naturais) Condições demográficas (aumento da população e a sua urbanização) 3. Explique o que entende por “Revolução Agrícola” no século XVIII.

Condições do sucesso Inglês

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A hegemonia britânica e as condições do sucesso inglês

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Resumos de História-2º Teste do 1º Período

1. A que se deve a hegemonia económica britânica?

Na segunda metade do século XVIII a Inglaterra encontrava-se num período de intensa prosperidade económica. Registaram-se desenvolvimentos notáveis ou até mesmo revolucionários na agricultura, na indústria, no comércio e na banca. Estes progressos aliados às vitórias militares como a guerra com a Holanda e a guerra dos 7 anos com a França, permitiram a hegemonia britânica.

2. Quais foram as condições do sucesso Inglês? Condições políticas e sociais (Encontrar-se sob um regime parlamentar

onde o rei não detinha o poder absoluto, repartindo-o com o parlamento e a predominância de uma mercantilismo flexível, adaptado aos tempos e às circunstâncias, procurando resolver as dificuldades económicas que iam surgindo)

Condições económicas e financeiras (o alargamento do mercado externo e a criação de um mercado interno e ainda a criação de um sistema financeiro)

Condições técnicas (o investimento nas ciências, sobretudo na mecanização e nas novas formas de cultivo)

Condições naturais e geográficas (ser um enorme detentor de matérias-primas e o facto de ser uma ilha bastante recortada com inúmeras reentrâncias e bons portos naturais)

Condições demográficas (aumento da população e a sua urbanização)

3. Explique o que entende por “Revolução Agrícola” no século XVIII.

A “revolução agrícola” do século XVIII, entende-se pelos progressos nas técnicas já utilizadas e as inovações técnicas registadas no setor. A primeira medida inovadora tomada no âmbito da agricultura foi fechar as explorações, que até então eram abertas permitindo a sua utilização arbitrária, cercando-as com vedações. Estas explorações pertenciam agora aos landlourds, proprietários das terras, que se empenharam em rentabilizar as suas terras, pondo em prática novos métodos de cultivo, e onde era empregue o trabalho assalariado dos camponeses. O esgotamento dos solos era outro entrave a produção agrícola, deste modo para se evitar o pousio, aperfeiçoou-se o sistema de rotação de culturas, na medida em que se deixou de utilizar o afolhamento trienal (3 parcelas), mas sim o afolhamento quadrienal (4 parcelas). Nesta nova técnica, alternavam-se os cereais com as leguminosas, como o nabo que melhora os solos e o trevo uma planta forrageira que detinha igual particularidade. Esta prática, detinha ainda outra importância, visto conduzir uma articulação perfeita entre a agricultura e a criação de gado, onde as plantas forrageiras e o

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nabo serviam de alimento ao gado que detinha agora grande importância alimentar, mas também se utilizavam os excrementos dos animais como fertilizantes naturais, face à falta de adubos químicos. A mecanização foi a principal causa do brusco aumento da produção agrícola e dos progressos da agricultura na Inglaterra, que reduziu a mão de obra e promoveu o aumento do volume de produção, com a criação de alfaias e outras máquinas agrícolas. Face à modernização agrícola, nos campos fechados (enclousers), selecionavam-se sementes, introduziam-se novas culturas como a batata, a beterraba e o milho e apuravam-se as raças animais. Assim renovado, o setor agrícola viu crescer a sua produtividade, aumentando os recursos alimentares do país, que impulsionou um intenso crescimento demográfico, riqueza económica, vitalidade e permitiu a canalização de mão de obra para outros setores económicos, contribuindo para a urbanização.

4. Explique as causas do crescimento demográfico e da urbanização em Inglaterra no século XVIII.

O crescimento demográfico foi pujante em Inglaterra, no século XVIII, caracterizando-se por um fenómeno que é um resultado e um fator de desenvolvimento económico. Diz-se resultante, por estar bastante dependente dos progressos agrícolas registados, que aumentaram substancialmente os recursos alimentares. A mecanização e os campos fechados (enclousers), dirigidos pelos landlords, reduziram consequentemente a mão de obra agrícola que foi absorvida para os centros urbanos, por via da migração. Deste modo, a abundância e a criação de postos de trabalho fazem aumentar a nupcialidade e o números de nascimentos, enquanto a morte regride, por sua vez, o crescimento populacional contribui para o fornecimento de mão de obra jovem aos diversos setores de atividade. Face a isto, os habitantes nas cidades triplicou, dando-se a progressão da urbanização.

5. A criação de um mercado interno (nacional)

O aumento demográfico e a urbanização, contribuíram para a criação de um mercado interno em Inglaterra, que não se cessou de expandir. A necessidade de criação de um mercado interno deveu-se crescimento do número de consumidores, face a inexistência de alfândegas internas o que contribuía para o encarecimento das mercadorias e nas dificuldades do seu transporte. Neste sentido, criou-se então um verdadeiro mercado interno unificado, onde os produtos e a mão de obra podiam circular livremente. Com vista a diminuir os custos de transporte, a Inglaterra empenhou-se no melhoramento dos transportes, de onde tiraram partido a densa rede hidrográfica que possuíam, e onde investiram na construção de um complexo sistema de canais por onde se expediam as mercadorias. Face a isto ampliaram igualmente a rede de estradas,

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necessário à construção e canais e que proporcionava também, uma maior área ao comércio interno. O desenvolvimento das vias de circulação não só favoreceu o mercado interno, como proporcionou uma necessária ligação entre as regiões do interior e as cidades portuárias, articulando consumos e produções internas com o mercado colonial inglês.

6. O alargamento do mercado externo

Os produtos ingleses impunham-se no continente pela sua excelente qualidade e pelos baixos preços. Em 1786,a França assinou o Tratado de Eden com a Inglaterra, onde acordaram a redução de ambas as tarifas alfandegárias, e uma enorme quantidade de têxteis e ferragens ingleses invadiram os mercados franceses. Era, porém, dos mercados transoceânicos que ingleses retiravam os seus maiores lucros. Mais de metade da frota britânica navegava em direção às Américas, destacando-se o Canadá, podendo seguir diretamente ou passar pela periferia africana, utilizando a rota do comércio triangular (circuito de comércio atlântico que ligava a Europa, a África e a América). Outra importante área comercial era a Índia, mais particularmente Bengala, onde todos os direitos de comércio e responsabilidades da conquista foram transferidos para a Companhia das Índias Orientais.

7. Que importância deteve o sistema bancário no sucesso Inglês?

A superioridade inglesa assenta também em grande peso na criação de m sistema financeiro avançado, que facilita o desenvolvimento económico. Inglaterra foi a primeira detentora de uma bolsa de valores, isto é um instituição financeira em que se transacionavam bens mobiliários como fundos do Estado, ações e obrigações, que funcionava em Londres. A criação de uma bolsa de valores, resultou na prosperidade económica inglesa, na medida em que permitiu canalizar as particulares para o financiamento de empresas alargando assim o mercado de capitais. O sistema financeiro, foi então reforçado em 1694, com a criação do Banco de Inglaterra, que seguia os moldes do celebre banco de Amesterdão, e que estava vocacionado para realizar todas as operações necessárias ao grande comércio, como aceitar depósitos, transferências de conta a conta, desconto de letras e financiamento. Além destas funções, o banco tinha a capacidade de emitir notas, que circulavam como uma verdadeira moeda (nota das 5 libras), que podia ser convertida em ouro. Face a isto deu-se a estabilização da libra em Inglaterra, que permitiu a prosperidade inglesa e a superioridade financeira em relação aos países terceiros. A atividade do banco de Inglaterra foi complementada pelas dezenas de pequenas instituições- os country banques- que se encontravam espalhadas pelo país e onde eram efetuadas as mesmas operações. A estrutura financeiro serviu assim de base à

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prosperidade do comércio, à gestão capitalista do setor agrícola e de ponto de apoio à Revolução Agrícola.