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Condições Gerais de Transporte
INTRODUÇÃO
O presente documento contém as condições gerais do transporte rodoviário de passageiros em
automóveis pesados da (identificação da empresa), definidas pela empresa e aprovadas
pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes, nos termos do nº 4 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º
9/2015, de 15 de Janeiro.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
1. Objecto
O presente documento tem por objecto a definição das condições gerais de prestação e utilização dos
serviços regulares de transporte coletivo de passageiros em veículos automóveis pesados, adiante
designadas por Condições Gerais de Transporte, que regulam o contrato de transporte.
2. Âmbito
As Condições Gerais de Transporte aplicam-se a todos os serviços regulares prestados em território
nacional.
3. Definições
Para efeitos das Condições Gerais de Transporte, e salvo se do contexto claramente resultar sentido
diverso, as palavras e as expressões abaixo indicadas terão o significado que a seguir lhes é atribuído,
quando indicadas com letra maiúscula:
a) “Agente de Fiscalização”: a pessoa ao serviço da Empresa, ajuramentada nos termos da Lei,
sendo equiparado para todos os efeitos agente da ordem pública, podendo para além do
levantamento de Autos de Notícia, reclamar a intervenção de autoridades de força pública;
b) “AML”: a Área Metropolitana de Lisboa, ou qualquer entidade que a venha legalmente a
substituir;
c) “AMT”: a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes ou qualquer entidade que a venha
legalmente a substituir;
d) “Atraso”: a diferença entre a hora programada de partida do serviço regular de acordo com o
horário publicado e a hora real da sua partida;
e) “Auto de Notícia”: a declaração emitida por um qualquer Agente de Fiscalização ajuramentado ao
serviço da Empresa, no exercício das suas funções e contendo as menções previstas na Lei,
incluindo a identificação da infracção e do respectivo infractor;
f) “Autorização provisória”: o título que autoriza a empresa a explorar o serviço público de
transporte de passageiros regular, em regime provisório, emitido pela AML;
g) “Bilhete”: o documento válido que prova a existência do Contrato de Transporte;
h) “Ponto de venda”: o local onde é efectuada a venda de bilhetes e outros títulos de transporte e o
apoio ao Cliente, num horário de funcionamento devidamente anunciado;
i) "CML”: a Câmara Municipal de Lisboa;
j) “Cancelamento de serviço”: a não realização de um serviço regular previamente programado;
k) “Cartão Lisboa Viva”: o cartão pessoal e intransmissível, dotado de tecnologia sem contacto que
permite o acesso à utilização do transporte de diversos operadores de transporte na Área
Metropolitana de Lisboa. Este cartão permite o carregamento de títulos de transporte próprios de
cada Operador e combinados no máximo de 4 contratos;
l) “Cartão Viva Viagem”: o cartão electrónico, que permite o carregamento de unidades de
transporte e que serve ainda de Guia de Substituição, em caso de avaria do cartão Lisboa Viva;
m) “Contrato de Transporte”: o Contrato celebrado com o Operador, em que este se obriga a
prestar ao Passageiro, mediante Título de Transporte válido e validado ou outro meio de prova,
tendo em vista a prestação de um ou vários serviços regulares;
n) “Dia de Exploração”: o período compreendido entre o horário de partida da primeira circulação e
a hora de chegada da última circulação ao seu destino;
o) “Documento Comprovativo de Pagamento”: o documento que comprova fisicamente a
existência de um Contrato nos Cartões Lisboa Viva e Viva Viagem e/ou pagamento efectuado pelo
Cliente;
p) “Documento de Identificação Válido”: a Cédula Pessoal (crianças até 10 anos) ou o Bilhete de
Identidade ou o Cartão do Cidadão ou o Passaporte ou a Carta de Condução;
q) “Hora de Ponta”: o período de tempo das 06h30m às 09h30m na ponta da manhã e das 17h30m
às 20h00m, na ponta da tarde aos dias úteis;
r) “IMT”: o Instituto da Mobilidade e dos Transportes ou qualquer entidade que o venha legalmente
a substituir;
s) “Lei”: a lei portuguesa, incluindo a lei constitucional, ordinária ou os regulamentos aplicáveis à
actividade da Empresa;
t) “OTLIS”: o Agrupamento Complementar de Empresas (ACE) que tem por missão criar valor para
os Operadores de Transporte, Agrupados e Aderentes através de uma gestão eficiente de
sistemas centrais e recursos partilhados na Área Metropolitana de Lisboa;
u) “Paragem de Autocarro”: qualquer ponto distinto de um terminal em que, de acordo com o
percurso determinado, está prevista a paragem de um serviço regular para embarque e
desembarque de passageiros;
v) “Passageiro com Mobilidade Condicionada”: qualquer pessoa que se encontre limitada na sua
mobilidade devido a uma deficiência ou incapacidade, incluindo a idade;
w) “Passageiro ou Cliente”: qualquer pessoa a quem é prestado um serviço de transporte ao abrigo
do Contrato de Transporte;
x) “Pessoal da Empresa”: todos os trabalhadores ou prestadores de serviços da Empresa que se
encontram devidamente identificados;
y) “Portal Viva”: plataforma on-line implementada pela OTLIS que disponibiliza diversas
funcionalidades aos Clientes ao nível informativo, carregamento de títulos de transporte e
pedidos de Cartão Lisboa Viva;
z) “Post”: máquina de venda e ou carregamento de títulos de transporte;
aa) “PSU”: dispositivo (ou consola de motorista) usado no autocarro para vender bilhetes em suporte
papel. Serve ainda para ler, validar passes e para o motorista gerir os turnos de serviço e registar
as viagens que vai efectuando;
bb) “Serviço da Empresa”: o serviço de transporte rodoviário colectivo de passageiros que a Empresa
presta na área geográfica onde opera;
cc) “Serviços Regulares”: aqueles que asseguram o transporte de passageiros segundo itinerário,
frequência, horário e tarifas predeterminados e em que podem ser tomados e largados
passageiros em paragens previamente estabelecidas;
dd) “Tarifa Reduzida”: a vantagem económica associada a um título de transporte;
ee) “Terminal”: uma estrutura dotada de pessoal em que, de acordo com o percurso determinado,
está prevista a paragem de um serviço regular para o embarque e desembarque de passageiros,
equipado com instalações tais como: balcões, salas de espera ou bilheteira;
ff) “OTLIS”: a entidade gestora de sistemas centrais de bilhética e recursos partilhados na área
metropolitana de Lisboa;
gg) “Título de Transporte”: o documento emitido pela Empresa, em papel ou em suporte sem
contacto, ou por outrem, com autorização da Empresa, que confirma o Contrato de Transporte;
hh) “Transportador”: pessoa coletiva, que presta serviços de transporte coletivo regular de
passageiros;
ii) “Transporte”: o serviço de transporte realizado pela Empresa no âmbito do Serviço Autorizado;
jj) “Validação”: a passagem, leitura e aceitação do título de transporte no validador instalado na
viatura da empresa, tornando o título de transporte válido para a viagem pretendida, mediante o
descarregamento/validação da respectiva viagem;
kk) “Viagem”: a deslocação de um Passageiro documentada por título de transporte ou outro meio,
desde o momento em que entra num veículo da Empresa até ao momento em que abandona o
veículo;
4. Os serviços de transporte da Empresa são identificados e divulgados através dos respectivos horários,
os quais se encontram disponíveis na Internet no site oficial da Empresa, cartazes, horários de paragem e
painéis informativos.
5. Para utilização dos serviços da Empresa, os passageiros devem munir-se de título de transporte válido
para o respectivo serviço, de acordo com as condições, preços e horários publicitados.
6. A informação sobre títulos de transporte disponíveis, produtos comerciais e condições de venda,
poderá ser consultada na Internet, no site oficial da Empresa, nos pontos de venda, lojas de apoio ao
cliente e noutros canais de venda devidamente autorizados.
7. A aquisição de títulos de transporte está disponível na Rede de Venda da Empresa e noutros canais por
esta devidamente autorizados.
8. Nos canais que não disponham de locais de venda, está publicitado o endereço da página oficial da
empresa e os contactos da linha de atendimento, para obtenção da informação, bem como das condições
de aquisição de títulos de transporte.
9. Em caso de incumprimento dos serviços publicitados, a empresa compromete-se a proceder ao
reembolso/indemnização nos termos legalmente previstos.
10. Em situações pontuais de suspensão ou acentuada degradação das condições de circulação,
antecipadamente conhecidas e publicitadas, os horários de início e fim do serviço podem sofrer uma
modificação da hora de partida e/ou chegada e uma diferença de tempo de percurso, face ao horário
vigente à data da aquisição do título de transporte, caso tenha sido objecto de venda antecipada.
11. As crianças de idade até quatro anos viajam gratuitamente, desde que não ocupem lugar sentado, não
necessitando de título de transporte. A comprovação da idade é feita, sempre que solicitado no ato de
fiscalização, mediante a apresentação de documento oficial de identificação que inclua a data de
nascimento. Caso pretendam ocupar lugar sentado, devem adquirir o respectivo título de transporte.
12. A Empresa não se responsabiliza, pela utilização dos seus serviços, por menores não acompanhados
por adultos.
13. O transbordo entre serviços da Empresa é permitido, sendo gratuito nos passes mensais, desde que
válidos na respetiva carreira.
14. As atuais Condições Gerais de transporte dos Serviços da Empresa respeitam a operacionalização da
legislação vigente. A Empresa reserva-se no direito de pontualmente ou em função de campanhas
sazonais, praticar condições particulares, mais favoráveis, as quais serão previamente publicitadas no site
da empresa.
15. O contrato de transporte na Empresa regula-se pela legislação em vigor, pelas atuais Condições Gerais
de Transporte, pelas condições vigentes, quando aplicáveis, pelas tabelas de preços em vigor, que se
encontram à disposição dos passageiros/clientes RL.
A legislação aplicável, mais relevante, é a seguinte:
- Decreto-Lei n.º 8/93, de 11 de Janeiro
(Títulos combinados)
- Portaria n.º 102/2003, de 27 de Janeiro (que republica, com alterações, a Portaria n.º 951/99 de
Outubro)
(Define os títulos de transporte que as empresas de Transporte Público devem praticar)
- Lei n.º 28/2006, de 4 de Julho
(Aprova o regime sancionatório aplicável às transgressões ocorridas em matéria de transportes
colectivos de passageiros)
- Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de Setembro, na redacção do Decreto-Lei n.º 371/2007, de 6 de
Novembro
(Livro de Reclamações)
- Decreto-Lei n.º 9/2015, de 15 de Janeiro
(Estabelece as condições de transporte rodoviário de passageiros e bagagens em serviços regulares)
- Lei n.º 52/2015, de 9 de Junho
(Aprova o Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros)
CAPÍTULO II
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO
1. A Rodoviária de Lisboa enquanto Operador Rodoviário de Transporte de Público de Passageiros, presta
serviços adequados às diferentes necessidades de mobilidade.
Os serviços disponibilizados pela empresa são:
- serviços urbanos
- serviços interurbanos
- serviços expresso
1.1. São serviços rodoviários urbanos de passageiros os que asseguram as ligações dentro dos limites
das povoações e/ou liguem grandes centros urbanos a povoações vizinhas.
1.2. São serviços rodoviários interurbanos, todos os restantes.
1.3. São serviços expresso rodoviário as ligações de transporte interurbano rápido.
CAPÍTULO III
TÍTULOS DE TRANSPORTE
1. Os títulos de transporte podem ser desmaterializados ou materializarem-se num título escrito ou
assumirem qualquer outra forma que a empresa reconheça como válida.
2. Os títulos são emitidos nos pontos de venda e nos agentes credenciados pela empresa.
3. No âmbito da intermodalidade, a empresa emite ainda títulos válidos para outros operadores.
4. Para além dos títulos obrigatórios previstos na Lei, bilhete simples e assinaturas mensais, a empresa
pode criar outros, desde que comunique à respectiva Autoridade de Transportes competente, a AML,
com a antecedência de 20 dias relativamente à data de entrada em vigor.
4.1. A criação de novos títulos de transporte obriga à sua divulgação ao público, com 10 dias de
antecedência, em relação à sua entrada em vigor.
4.2. A empresa pode criar produtos especiais e emitir títulos com outras características e preços
próprios, desde que em condições previamente divulgadas que podem vigorar sazonalmente ou
por tempo indeterminado.
5. A utilização do transporte rodoviário prestado pela empresa apenas pode ser feita por quem detém um
título de transporte válido, adquirido a bordo (bilhete simples ou de bordo) ou validado no momento
da entrada na viatura nos validadores existentes para o efeito.
6. A empresa obriga-se a prestar ao passageiro o serviço de transporte contratualmente definido pelo
título de transporte, nos termos previstos para a sua utilização.
7. Os bilhetes simples e de ida e volta, quando existam, não são substituídos ou reembolsados, nem
objecto de emissão de segunda via.
8. Os títulos de transporte são válidos para as datas, horas, zonas, percursos, destinos, coroas ou outros
limites geográficos indicados nos mesmos. Quando estes elementos não sejam passíveis de
identificação no próprio título de transporte, a sua informação estará disponível nos locais de
atendimento.
8.1. Tipo de Títulos
8.1.1. Bilhete de Bordo/Simples: Permite a utilização imediata de uma viagem para a validação
espacial especificada.
8.1.2. Zapping: Trata-se de um sistema que tem por base o carregamento de unidades de
transporte, em múltiplos de 5 num cartão sem contacto, até um limite
máximo fixado, que vai sendo debitado à medida que o cliente valida o
cartão no operador ou operadores aderentes, de acordo com o tarifário
praticado por cada operador, desde que o mesmo tenha saldo
disponível.
8.1.3. Assinatura de Linha estudante: Confere os mesmos direitos da assinatura de linha normal,
tendo um preço reduzido (preço mensal consoante o número de dias de
aulas).
8.1.4. Passe de rede: Permite a utilização da rede de serviços da RL, para um número ilimitado de
viagens, durante o período de um mês.
8.1.5. Passes intermodais e combinados: São títulos válidos exclusivamente dentro dos limites e
condições fixadas para cada tipo de passe (que pode envolver um ou mais
operadores e desde que o passageiro seja igualmente portador do respectivo
cartão de cliente válido. Todos os cartões são personalizados e os respectivos
títulos previamente carregados são pessoais e intransmissíveis. O cartão de
cliente a utilizar é o cartão Lisboa Viva emitido em qualquer operador que
integre o respectivo título.
9. Tipos de Suporte
9.1. Cartão sem contacto personalizado (Lisboa Viva)
Pessoal e intransmissível, no qual consta o nome e fotografia do seu titular.
9.2. Cartão recarregável ocasional (Viva Viagem)
Não personalizado, permitindo o carregamento de títulos ocasionais, não sendo permitida a sua
venda isolada, obrigando o carregamento de título ou unidades de transporte.
10. Conteúdo do Título de Transporte
10.1. Com excepção dos passes multimodais, o título identifica o/os Operadores prestadores do
serviço de transporte, entidade emitente, validade temporal e geográfica e o preço a pagar.
10.2. O disposto no ponto 10.1. não prejudica a possibilidade de desmaterialização dos títulos de
transporte por suporte magnético, electrónico ou outro.
10.2.1. No caso de desmaterialização, o emitente mencionará os elementos essenciais supra
referidos, na fatura ou documento equivalente, com excepção dos passes multimodais.
10.2.2. A fatura ou documento equivalente, não serão considerados nem substituem os títulos de
transporte, para todos os efeitos.
10.2.3. Em caso de deterioração ou avaria do suporte do título, a fatura ou documento equivalente
devem ser utilizados, em conjunto com o título de transporte, como comprovativo da
aquisição e validade do título, de forma a permitir a leitura dos dados necessários à
fiscalização dos títulos de transporte.
10.2.4. No caso dos títulos de transporte materializados, o bilhete simples e/ou de bordo serve
simultaneamente de fatura. Qualquer outro documento comprovativo da sua aquisição não
é substituto de título de transporte, nem permite a emissão de segunda via.
11. Tarifário
11.1. Os preços do transporte são calculados pela Empresa, tendo em conta as características do
serviço e a origem e o destino do transporte, nos termos de regulamentação específica, relativa
à criação e disponibilização de títulos de transporte, definido pelas Autoridades competentes, a
partir dos 50km.
11.2. Os preços encontram-se publicitados e fixados em locais visíveis, pontos de informação
existentes, nos pontos de venda, e lojas de apoio ao cliente, bem como outras condições
específicas ou promocionais.
12. Descontos
12.1. A empresa pratica a política de descontos, de acordo com o normativo legal vigente.
12.2. A empresa pode ainda praticar descontos sobre o preço, em função do número de viagens, do
dia, do tipo de serviço utilizado, de determinado segmento de clientes e campanhas
promocionais em datas e condições previamente divulgadas.
12.3. A comprovação do direito ao desconto é exigível aquando da aquisição do título de transporte
e/ou durante o período de utilização, sempre que solicitado no ato da fiscalização, mediante a
apresentação de documento que confere o direito ao desconto e/ou o documento oficial de
identificação que inclua a data de nascimento.
12.4. Os passageiros com direito a transporte sem custo para o utilizador, beneficiam de condições
especiais na aquisição do título de transporte, bastando a comprovação desse direito conforme
o disposto no ponto anterior.
12.5. As entidades fiscalizadoras no exercício das suas funções da actividade de transporte público
rodoviário, de investigação criminal ou de manutenção da ordem ou da segurança pública,
gozam de livre acesso ao transporte.
12.6. A utilização de título de transporte com desconto é punida nos termos legais sempre que:
12.6.1. Não seja feita a prova do direito ao desconto;
12.6.2. O título não esteja em conformidade com o motivo do desconto ou com a identificação do
seu utilizador, mesmo que o preço seja equivalente.
12.7. Os preços dos bilhetes simples e de bordo são arredondados aos 5 cêntimos superiores.
13. Venda de Títulos de Transporte
13.1. É da responsabilidade do passageiro conferir os dados do título de transporte no ato da compra,
nomeadamente origem/destino, validade temporal e geográfica e preço e que a fatura ou
documento equivalente é referente ao título/cartão adquirido, bem como o NIF constante na
fatura.
13.2. As reclamações sobre o título emitido, preço ou trocos que resultem da venda personalizada,
devem ser feitos no ato da compra.
13.3. O pagamento do preço do título é feito em moeda corrente ou outro meio de pagamento aceite
pela empresa.
14. Aquisição de Títulos de Transporte
14.1. Os títulos de transporte podem ser adquiridos nos pontos de venda, ou em outros canais de
venda autorizados, tais como a rede Multibanco, o Portal Viva, ou as viaturas - no caso da Tarifa
de Bordo e Bilhete Simples, formalizando-se por esta via a celebração do contrato de transporte.
14.2. A empresa possui lojas próprias em funcionamento nos seguintes locais:
14.2.1. Os horários de funcionamento das lojas próprias estão afixados no exterior das mesmas, em
sítio visível e no site da empresa.
14.2.2. A empresa não garante a existência de trocos no ato da aquisição do título de transporte,
sendo da responsabilidade do passageiro garantir o dinheiro necessário para utilizar na
compra do título.
14.2.3. Os passageiros, aquando da aquisição do título de transporte, devem atuar de boa-fé,
procurando, sempre que possível, utilizar como meio de pagamento notas de valores
aproximados ao valor do título a adquirir.
14.2.4. As pessoas com mobilidade condicionada, doentes, grávidas ou acompanhadas de crianças
de colo terão direito a atendimento prioritário nas bilheteiras.
14.2.5. A empresa e os demais canais de venda credenciados emitem faturas aquando do
carregamento do título de transporte, nos termos do Código do IVA e/ou documento
comprovativo de pagamento cumprindo esses requisitos. Caso o passageiro necessite,
poderá sempre obter uma segunda via nos canais credenciados para a venda pela empresa.
14.2.6. O carregamento dos títulos de transporte no Multibanco só é possível para os
recarregamentos, ou seja, é necessário que o cartão já tenha sido carregado, pelo menos
uma vez, com o mesmo título, no sistema de vendas da empresa.
14.2.7. A utilização dos cartões no canal Multibanco implica que os mesmos se encontrem num
correto estado de conservação.
14.2.8. As trocas de títulos carregados em Multibanco obedecem às regras previstas nas condições
de troca e devolução dos valores dos títulos de transporte, previstas nestas Condições
Gerais.
15. Devoluções
15.1. Há lugar a devolução do valor do título sempre que o carregamento não tenha sido objecto de
qualquer validação até ao primeiro dia do período de validade.
15.2. Não há lugar a devolução, no caso de o título já ter sido validado e, como tal, utilizado.
15.3. No caso de existir retenção do cartão no Multibanco, o cliente terá sempre de adquirir um novo
cartão, com vista à resolução do problema. Caso se venha a comprovar que a retenção se ficou a
dever a um problema técnico relacionado com a SIBS, o cliente terá direito ao reembolso da
verba gasta na aquisição do novo cartão.
15.4. No caso de se verificar algum problema com o carregamento no Multibanco, o cliente deverá
dirigir-se ao Gabinete/Loja de Apoio ao Cliente do Operador de Transporte, suportando as
respectivas despesas e eventual aquisição de um novo cartão, se necessário, as quais serão
devolvidas pela OTLIS, caso a responsabilidade pela ocorrência seja da SIBS. Para o efeito, o
cliente deve apresentar uma reclamação dirigida à OTLIS, que responderá ao cliente.
15.5. A informação relativa às transacções em Multibanco apenas estará disponível em 3 dias, caso se
trate de um dia útil, pelo que, em caso de retenção de cartões, a sua resolução apenas é
possível após a recepção da informação necessária por parte da SIBS.
15.6. Para obtenção do recibo relativo a um carregamento Multibanco, o cliente deve
obrigatoriamente colocar/fornecer o NIF. Caso não o coloque, o Multibanco apenas emite um
talão de carregamento. A obtenção de recibo apenas é possível mediante a apresentação desse
talão directamente na OTLIS.
15.7. O Cliente pode obter uma segunda via do talão da operação em qualquer caixa Multibanco. Para
o efeito, deve utilizar o mesmo cartão bancário que utilizou na operação original, seleccionar a
operação Consulta, Consulta aos movimentos no Multibanco, e depois seleccionar a 2ª. Via de
talão; o Multibanco solicita a introdução da data da operação original (dia e mês) aparecendo
um ecrã com os diversos movimentos, devendo o cliente seleccionar a operação de
carregamento de título de transporte para a qual pretende obter a segunda via de talão. A
operação de emissão de segunda via está disponível na rede Multibanco aproximadamente 60
dias de calendário, após a data de carregamento.
15.8. A assistência comercial aos carregamentos efectuados na rede Multibanco é garantida pelos
Gabinetes/Lojas de Apoio ao Cliente das Operadoras aderentes a este canal de venda.
16. Carregamento de Títulos de Transporte no Portal Viva
16.1. O carregamento de títulos de transporte via Portal só é possível aos clientes nele registados, com
leitor de cartões e detentor do Cartão Lisboa Viva.
16.2. Registo no Portal
16.2.1. O registo no Portal é obrigatório através do Cartão de Cidadão, que exigirá o registo do PIN
de morada entregue aquando do pedido do Cartão do Cidadão. Para além deste registo, o
cliente deverá, na ficha pessoal, preencher obrigatoriamente campo do endereço.
16.3. Pedidos de cartões
16.3.1. Só pode solicitar o Cartão Lisboa Viva o cliente que esteja registado no Portal, onde todos os
dados serão pré-validados e confrontados com os existentes no Cartão de Cidadão, os quais
actualizam automaticamente a ficha do Cartão Lisboa Viva. Cada cliente só poderá
requisitar cartões para si próprio e dentro das modalidades Lisboa Viva normais, criança e
3ª Idade.
16.3.2. A opção de requisição urgente não é possível no Portal.
16.3.3. O título é pago directamente no Portal, através do cartão bancário de crédito/débito ou
outros meios de pagamento válidos como o MBNET.
16.3.4. A aquisição só se considera efectiva após garantia do pagamento do cartão.
16.3.5. O cliente poderá escolher o local e o Operador onde pretende levantar o cartão, de acordo
com a lista de locais e operadores possíveis, desde que acompanhado do comprovativo da
requisição, que é destacável do impresso de requisição do Cartão Lisboa Viva.
16.3.6. Após a conclusão da operação de carregamento e pagamento, é emitido documento
comprovativo e a fatura, que devem ser impressos pelo cliente, sendo obrigatório o
documento comprovativo acompanhar o Cartão Lisboa Viva em caso de anomalia deste.
16.3.7. A assistência comercial pós-venda aos carregamentos efectuados no Portal Viva pode ser
assegurada por qualquer Operador de transportes aderente à rede do Portal,
independentemente de integrar o passe que o cliente adquiriu. Assim, sempre que exista
algum problema com o carregamento de títulos no Portal, devem ser encaminhados para
os Gabinetes/Lojas de Apoio ao Cliente, que funcionam como uma rede de assistência pós-
venda aos carregamentos feitos no Portal. Esta rede de atendimento assegura a anulação e
devolução de contratos indevidamente carregados no Portal, nos termos das regras
definidas para os carregamentos em ATM.
17. Anulações e Devoluções
O Portal permite anular a venda, desde que esta tenha sido a última operação de leitura/escrita no
cartão e não tenha decorrido ainda/mais de 30 minutos.
18. Validação dos Títulos de Transporte
18.1. Qualquer título de transporte só é válido para utilização do serviço após validação. A validação
realiza-se através da aproximação do cartão sem contacto ao validador, que emitirá um aviso
sonoro/luminoso verde, após o qual poderá ocupar o lugar na viatura.
18.2. Qualquer que seja o cartão sem contacto não deverá ser validado junto a outros cartões
electrónicos.
19. Conservação dos Títulos de Transporte
19.1. O passageiro deve manter o título de transporte válido sempre que transpõe a porta de entrada
da viatura (autocarro).
19.2. O título só é válido após validação nos validadores existentes na viatura, sendo obrigatória a sua
validação.
19.3. O passageiro deve manter o título em boas condições de utilização e conservá-lo durante toda a
viagem.
19.4. A perda, inutilização, apreensão, extravio ou renovação do cartão, não confere ao passageiro o
direito a qualquer indemnização ou substituição gratuita. No caso do título de transporte, a
perda, inutilização, apreensão, deterioração ou extravio, implica a cessação imediata do
contrato de transporte.
19.5. Durante o prazo de garantia dos cartões (2 anos para o Lisboa Viva e 1 ano para o Viva Viagem)
contados a partir da data de emissão ou de compra, o Operador onde foi adquirido o cartão
obriga-se a proceder à sua substituição gratuita caso deixe de funcionar por motivo de avaria
não imputável ao cliente.
19.5.1. Considera-se avaria não imputável ao cliente sempre que o cartão avariado não apresente
qualquer dano visível, nomeadamente fissuras, cortes, chip descolado total ou
parcialmente, dobragens ou outros sinais de mau uso ou uso indevido.
19.6. Os títulos de transporte que o cartão avariado contenha serão transferidos para um novo
suporte, sendo obrigatória a apresentação do talão comprovativo de venda.
19.7. Fora destas situações, ou findo o prazo de garantia, a substituição do cartão será suportada pelo
cliente.
19.8. A empresa responsabiliza-se pela entrega do cartão requisitado até 1 ano após a data da sua
requisição.
19.8.1. O não levantamento do cartão dentro desse período desonera a empresa de qualquer
obrigação de restituição do valor pago ou da emissão gratuita de novo cartão.
20. Condições de troca e devolução do valor dos títulos de transporte
20.1. Não são efectuadas trocas ou devoluções de bilhetes simples, de bordo ou ida e volta, excepto se
tiver havido manifesto e comprovado erro do Operador, na emissão do título de transporte.
20.2. Os títulos mensais (passes e assinaturas) poderão ser trocados no termos seguintes, mediante a
entrega do documento comprovativo do pagamento:
20.2.1. Os passes que não tenham iniciado a validade podem ser trocados por outro passe;
20.2.2. Os passes combinados, cuja validade ainda não tenha iniciado, será efectuada a devolução
do valor do título em qualquer altura;
20.2.3. Os passes combinados ou multimodais, cuja validade já tenha iniciado, será realizada a
troca por outro passe da mesma gama que tenha preço igual ou superior, desde que a troca
se verifique até ao dia 7 do mês de utilização;
20.2.4. Nos passes próprios que já tenham iniciado a validade, só será efectuada a troca por outro
passe próprio de preço igual ou superior, até ao dia 7 do mês de utilização.
20.3. O saldo Zapping, em caso de extravio do cartão VIVA Viagem, não será reembolsável ou
transferível para outro cartão. Em caso de extravio do cartão Lisboa VIVA, o saldo zapping é transferível
para outro cartão (Lisboa VIVA ou VIVA Viagem) nas condições previstas para o efeito. Em caso de avaria
do cartão VIVA Viagem ou Lisboa VIVA, o saldo poderá ser transferido para outro cartão. Caso não seja
possível a leitura do saldo zapping no cartão avariado, a transferência só poderá ser efectuada, decorrido
um prazo de 5 dias úteis. Em caso de caducidade do cartão, o saldo zapping pode ser transferido para
outro cartão.
21. Reembolso do Título de Transporte
21.1. A empresa pode praticar condições mais vantajosas do que as previstas na lei, conforme
divulgado no site oficial da empresa.
21.2. Os reembolsos quando devidos são pagos ao cliente que suportou o custo de viagem.
21.3. Reembolso por motivo alheio ao Operador
21.3.1. Se o passageiro não utilizar o título de transporte por motivo alheio ao Operador, não há
lugar a qualquer reembolso.
21.4. Reembolso por motivo imputável ao Operador
21.4.1. Os passageiros têm direito a receber a quantia despendida na aquisição do título de
transporte pago, se se verificar um atraso à partida superior a 90 minutos.
21.4.2. O reembolso ou pagamento de quaisquer quantias, nos termos atrás mencionados,
impedem a utilização do título de transporte que o tenha suportado.
21.4.3. O pedido de reembolso deve ser solicitado no prazo máximo de 30 dias após a data do
atraso. Quando devido, o reembolso é efectuado no prazo máximo de 30 dias após a data
de apresentação do pedido.
21.4.4. Os titulares de assinatura, passe ou título de transporte sazonal, não têm direito a qualquer
reembolso em caso de atraso ou supressão temporária de serviço.
22. Desistência da viagem por motivos de greve
22.1. Em situações de greve, que impeça a circulação das viaturas, não existe a obrigação do operador
de assegurar serviços alternativos, mas apenas a prestação de serviços mínimos, quando fixados
por um Tribunal Arbitral, na medida em que esse Tribunal reconheça a sua necessidade e
adequação.
22.2. A afectação dos serviços devido à greve de trabalhadores é, sempre que possível, publicitada
pela empresa com a devida antecedência.
23. Indemnizações
23.1. O passageiro, sem perda do direito ao transporte e caso não exerça o direito ao reembolso,
quando se verifique atraso superior a 90 minutos, entre o local de partida e de chegada, para o
qual o título é válido, imputável ao operador, o passageiro em direito a uma indemnização
correspondente a 50% do preço do bilhete efectivamente pago.
23.2. Não há pagamento de qualquer indemnização quando:
23.2.1. O passageiro foi informado do atraso antes de adquirir o título de transporte, ou tenha
iniciado a viagem com conhecimento desse atraso;
23.2.2. O valor a pagar, nos termos das regras anteriores, seja igual ou inferior a 4 euros;
23.2.3. O passageiro seja titular de uma assinatura, passe ou de um título de transporte sazonal;
23.2.4. O passageiro transportado gratuitamente;
23.2.5. O passageiro que não prove possuir título de transporte válido no momento do atraso.
23.3. Motivos não passíveis de indemnização
Consideram-se não imputáveis ao Operador, logo, não indemnizáveis, os atrasos ou supressões
devidas às situações seguintes:
- Catástrofes naturais (tempestades, avalanches, inundações, deslizamentos de terras,
entre outros);
- Greves
- Alteração do itinerário, por motivos de obras, anunciado atempadamente ou
decorrente das orientações dadas pelas Autoridades de Segurança Rodoviária, em
situações imprevistas e, como tal, não anunciadas;
- Incêndios que condicionem a circulação;
- Ataques terroristas;
- Sabotagem no material circulante ou instalações;
- Manifestações ou problemas de ordem pública;
- Interrupção do serviço por ordem judicial ou do governo;
- Interrupção do serviço por ocupação de via por pessoas, animais, veículos ou outras
coisas.
24. Documento do atraso ou supressão de serviços
24.1. Nos atrasos superiores a uma hora, em relação ao tempo de viagem previsto, no horário, ou no
caso de supressão de serviço que impeça a conclusão da viagem, o Operador deve fornecer ao
passageiro, sempre que este o solicite, um documento que ateste a ocorrência e a duração do
atraso, segundo modelo comunicado ao IMT, mediante a apresentação do título de transporte
válido naquela viagem.
24.2. Os documentos poderão ser solicitados nos Gabinetes/Lojas de Apoio aos Clientes e site da
Empresa, até 24h horas após o evento que motivou o pedido.
25. Prolongamento do Percurso
Os passageiros que pretendam viajar para além do limite da validade do seu título de transporte,
deverão adquirir um novo título de transporte complementar para o percurso em falta (bilhete).
CAPÍTULO IV
DIREITOS E DEVERES DOS PASSAGEIROS
Os passageiros têm os direitos constantes da legislação em vigor, cujos aspectos mais relevantes se
encontram reflectidos nas presentes condições gerais.
1. Deveres e Obrigações dos Passageiros
O acesso ao serviço de transporte público rodoviário de passageiros implica o cumprimento por parte
destes do disposto na legislação vigente constante no Capítulo I - Disposições Gerais, nas demais
disposições em vigor aplicáveis, nas presentes Condições Gerais de Transporte e nas instruções que
lhes forem dadas pelos agentes da Empresa no exercício das suas funções.
2. São deveres dos Passageiros
2.1. Munir-se de título de transporte válido para o percurso correspondente à viagem pretendida;
2.2. No ato de aquisição do título de transporte, confirmar a seguinte informação: identificação do
Operador ou Operadores prestadores do serviço, da entidade emitente, validade temporal e
geográfica, o preço a pagar e o NIF constante na fatura, no caso de a ter solicitado;
2.3. Validar todos os títulos de transporte no início de cada viagem;
2.4. Apresentar e facultar o seu título e os documentos que autorizem a utilização desse título, sempre
que solicitado pelo agente da empresa;
2.5. A guarda e acondicionamento em segurança dos seus volumes de mão, bicicletas e animais de
companhia.
3. É proibido aos Passageiros
3.1. Utilizar os dispositivos de emergência fora dos casos em que tal se justifique;
3.2. Entrar ou sair do veículo quando este esteja em movimento, fora das paragens, ou depois do sinal
sonoro que anuncia o fecho de portas;
3.3. Ocupar o local reservado a passageiros com mobilidade condicionada, grávidas e pessoas com
crianças de colo, exceto se os mesmos não forem manifestamente necessários para o efeito;
3.4. Abrir as portas durante a marcha ou impedir que se fechem após o sinal de fecho de portas;
3.5. Projetar para o exterior do veículo quaisquer objectos;
3.6. Colocar volumes pesados ou sujos sobre os bancos ou apoiar os pés sobre os estofos;
3.7. Colocar, nos locais para tal reservados, volumes que, pelo seu conteúdo, natureza ou forma,
possam cair ou perturbar os outros passageiros em caso de choque;
3.8. Entrar nos veículos quando a lotação estiver esgotada;
3.9. Dedicar-se a qualquer actividade ou oferecer serviços para os quais não está previamente
autorizada pelo Operador;
3.10. Fazer peditórios, organizar coletas, recolher assinaturas, ou realizar inquéritos sem autorização
do Operador;
3.11. Proceder a qualquer espécie de publicidade, distribuir ou afixar cartazes, panfletos ou outras
publicações, bem como filmar ou fotografar sem autorização do Operador;
3.12. Transportar animais de companhia ou assistência em violação das condições estabelecidas nas
presentes Condições Gerais de Transporte;
3.13. Sujar, quer o interior (estofos) quer o exterior das viaturas;
3.14. Transportar armas que não estejam acondicionadas nos termos da legislação aplicável, salvo
tratando-se de agentes da autoridade;
3.15. Transportar matérias explosivas, incluindo material pirotécnico, substancias facilmente
inflamáveis, corrosivas ou radioactivas;
3.16. Transportar volumes que, pela sua natureza, forma, dimensão ou cheiro possam causar
incómodo aos outros passageiros ou danificar o material circulante;
3.17. Utilizar aparelhos sonoros ou fazer barulho de forma a incomodar os outros passageiros;
3.18. Praticar atos ou proferir expressões que perturbem a boa ordem dos serviços ou incomodem os
outros passageiros;
3.19. Destruir, danificar, inutilizar ou fazer uso indevido dos equipamentos existentes nos veículos;
3.20. Viajar em condições de manifesta falta de higiene, ou sob a influência do efeito de
medicamentos, álcool ou substâncias psicotrópicas, que perturbem, de forma intolerável, os
outros passageiros;
3.21. Fumar ou usar cigarros electrónicos, tanto dentro das viaturas, como nos espaços públicos do
Operador;
3.22. Entregar-se à prática de jogos ilícitos no interior das viaturas e nas instalações afetas ao serviço
público prestado;
3.23. Os passageiros devem respeitar as instruções dadas pelo pessoal do Operador, no âmbito do
exercício das suas funções;
3.24. No caso em que o incumprimento pelos passageiros dos deveres e obrigações que lhes
incumbem, perturbe os outros passageiros, cause danos ou interfira com a boa ordem do
serviço de transporte, os agentes de fiscalização do Operador podem determinar a sua saída da
viatura, recorrendo à autoridade policial competente, no caso de recusa no acatamento dessa
determinação, sem prejuízo desses passageiros ficarem sujeitos a um processo por contra-
ordenação e pagamento de uma coima;
3.25. Os passageiros cuja saída da viatura seja determinada nos moldes referidos anteriormente, não
têm direito a qualquer reembolso do preço do título de transporte;
3.26. Os agentes de fiscalização podem, no exercício das suas funções e quando tal se mostre
necessário, exigir ao infrator a respetiva identificação e solicitar intervenção policial;
3.27. A identificação é feita mediante a apresentação de bilhete de identidade/cartão de cidadão ou
outro documento autêntico, que permita a identificação ou, na sua falta, através de uma
testemunha identificada nos mesmos termos.
4. Exigência de Título de Transporte Válido
4.1. Os passageiros são obrigados a apresentar e facultar o seu título de transporte, sempre que
solicitado, bem como os documentos que autorizem a utilização de título com redacção de
preço, desde o início da viagem até ao seu términus.
4.2. No caso de falta de título, título não válido, título de transporte inválido ou recusa de exibição do
título, os passageiros ficam sujeitos ao pagamento do bilhete correspondente ao percurso
efetuado ou a efetuar, acrescido de uma coima correspondente, cujos valores e condições de
pagamento se encontram especificados na Lei.
4.3. A ausência de validação do título implica que o passageiro fique sujeito a coima nos termos e
condições especificadas na Lei n.º 28/2006, de 4 de Julho.
CAPÍTULO V
OBRIGAÇÕES DO OPERADOR
A empresa operadora é, nos termos da Lei, responsável pelo serviço por si prestado, designadamente,
perante os passageiros.
1. O Operador é obrigado a:
1.1. Prestar o serviço objeto do contrato de transporte com segurança e qualidade;
1.2. Publicitar os preços e horários nos locais de venda dos títulos de transporte ao público e no
respetivo site da Internet;
1.3. Divulgar os direitos e obrigações estabelecidas no âmbito do contrato de transporte,
nomeadamente as condições gerais de transporte e o disposto no Decreto-Lei Nº. 9/2015, de 15
de Janeiro;
1.4. Informar, com antecedência razoável, os passageiros através dos meios adequados, dos serviços
alternativos ao seu dispor, em caso de supressão temporária de serviços;
1.5. Divulgar os vários canais de venda de títulos de transporte, bem como os locais de venda dos
mesmos;
1.6. Emitir o título de transporte ao passageiro, num dos suportes admitidos na Lei e nas presentes
Condições Gerais de Transporte;
1.7. Prestar, desde que tecnicamente possível, aos passageiros durante a viagem, informação sobre:
- Eventuais atrasos
- Identificação da próxima paragem
- Principais correspondências
1.8. Assinalar, devidamente, em todos os veículos de passageiros, os lugares reservados, por ordem
prioritária, destinados a pessoas com mobilidade condicionada, grávidas e pessoas com crianças
ao colo;
1.9. Disponibilizar o livro de reclamações nos termos da Lei e do Regulamento.
2. São deveres do pessoal que presta serviço no Operador:
2.1. Estar devidamente identificado, com cartão emitido pela empresa;
2.2. Proceder com urbanidade para com os passageiros e os agentes de fiscalização, prestando os
esclarecimentos que lhes sejam pedidos;
2.3. Prestar aos passageiros todo o auxílio de que careçam, tendo especial atenção com as crianças, as
pessoas com mobilidade condicionada, grávidas e os idosos;
2.4. Velar pela segurança e comodidade dos passageiros;
2.5. Verificar, antes de abandonar o veículo em que presta serviço, se no mesmo se encontram
quaisquer objetos que nele tenham sido esquecidos pelos passageiros;
2.6. Parar o veículo nas paragens de tomada e largada de passageiros, sempre que lhe seja feiro sinal
para esse fim, para que a entrada e saída dos passageiros se faça sem perigo para estes e sem
prejuízo para a circulação;
2.7. A obrigação de paragem para a tomada de passageiros cessa quando o veículo tiver a sua lotação
completa e devidamente sinalizada.
CAPÍTULO VI
TRANSPORTE DE PASSAGEIROS COM MOBILIDADE CONDICIONADA
1. O Operador obriga-se a prestar assistência às pessoas com mobilidade condicionada, na entrada e saída
dos veículos, desde que munidos do respectivo título de transporte válido para o percurso pretendido.
2. Para usufruir desta assistência os passageiros deverão contactar os serviços de apoio ao cliente, através
da linha telefónica nº. 21 7928 180, disponível todos os dias úteis das 9h às 13h e das 14h às 18h, para
informações, bem como para facilitação da prestação de serviço.
3. As cadeiras portáteis ou de rodas e outros equipamentos utilizados por passageiros com mobilidade
condicionada, são sempre admitidos como bagagem pessoal, nas viaturas identificadas com essa
simbologia.
4. Não é da responsabilidade do Operador a prestação de assistência às pessoas com mobilidade
condicionada no interior dos veículos.
CAPÍTULO VII
TRANSPORTE DE VOLUMES PORTÁTEIS, BICICLETAS E ANIMAIS DE COMPANHIA
Volumes Portáteis
1. Incumbe aos passageiros o embarque, guarda e vigilância dos seus volumes de mão, bicicletas e
animais que se façam acompanhar, sendo os passageiros os únicos responsáveis pelo seu
acondicionamento nos locais disponíveis para o efeito e pelos danos que os mesmos possam causar a
outros passageiros ou ao Operador;
2. Os passageiros, nos veículos com compartimentos destinados a bagagens, é permitido levar bagagem
de mão e objectos portáteis de uso pessoal gratuitamente, desde que seja possível a sua arrumação e
o seu peso não exceda os 20kg por passageiro;
3. Considera-se bagagem:
- os objectos destinados ao uso dos passageiros contidos em malas, cestos, sacos de viagem,
caixas e outras embalagens semelhantes;
- as cadeiras portáteis;
- os carrinhos para crianças;
- os instrumentos de música portáteis;
- os instrumentos de trabalho ou lazer, que possam ser transportados nas caixas próprias dos
veículos e sejam acondicionados de forma a não causarem danos à bagagem de outros
passageiros.
Bicicletas
1. A possibilidade de um passageiro viajar com bicicleta, depende da tipologia do veículo e das
características do serviço e, em última instância, da disponibilidade de espaço existente, devendo os
mesmos estar identificados com simbologia e equipados com dispositivos adequados ao transporte de
bicicletas.
2. Nos casos em que é permitido o seu transporte, é da exclusiva responsabilidade do passageiro a guarda
e vigilância da bicicleta, sendo responsável pelo seu acondicionamento em segurança e pelos danos
que as mesmas ocasionem.
3. Em caso algum serão admitidas mais de duas bicicletas por veículo e apenas uma por passageiro.
4. As bicicletas não podem obstruir as portas, os lugares sentados e não dificultarem a entrada e a saída
dos passageiros, devendo ser acondicionados nos locais identificados para o efeito.
5. O pessoal do Operador pode, pontualmente, recusar o transporte, sempre que, dada a lotação do
veículo, o mesmo não seja aconselhável.
Animais de Companhia
1. É permitido aos passageiros transportar gratuitamente animais de companhia que não ofereçam
perigosidade, desde que devidamente encerrados em contentor apropriado que possa ser
transportado como bagagem de mão. Cada passageiro não pode transportar mais de um contentor
com animais de companhia.
2. É também permitido o transporte de cães não encerrados (um cão por passageiro) desde que não
ofereçam perigosidade, estejam devidamente açaimados, controlados por trela curta e acompanhados
de boletim de vacinas atualizado e da licença municipal.
3. É proibido o transporte de animais perigosos e potencialmente perigosos, como tal definidos por lei,
bem como aqueles em precário estado de saúde ou de higiene, pelo seu cheiro, ruído ou outro motivo
objetivamente relevante, como por exemplo a sua dimensão, possam incomodar os passageiros.
4. São transportados gratuitamente os denominados cães de assistência, acompanhantes de passageiros
invisuais, com deficiência auditiva, deficiência mental, orgânica ou motora. O cão de assistência deve
transportar de modo bem visível, um distintivo emitido por estabelecimento nacional ou internacional
de treino de cães de assistência, que assumirá caráter oficial e que o identifica como tal.
5. Incumbe aos passageiros a guarda e vigilância dos animais que se façam acompanhar, sendo os únicos
responsáveis pelos danos que os mesmos ocasionem. Os animais de companhia transportados
(encerrados ou não em contentor), em caso algum podem ocupar um assento ou impedir o acesso de
outros passageiros aos restantes lugares.
6. No caso de incumprimento destas condições, o pessoal de serviço do Operador pode determinar a
saída do passageiro e respectivo animal de companhia, sem direito a qualquer reembolso.
CAPÍTULO VIII
PERDIDOS E ACHADOS
1. Os objetos encontrados, perdidos ou abandonados nos veículos ou instalações do Operador, são
encaminhados para as instalações da RL.
2. O Operador compromete-se a manter o registo atualizado sobre esses mesmos objetos, por um
período mínimo de 30 dias, de forma a facilitar a sua localização por parte dos passageiros que os
reclamem.
3. O passageiro pode ter acesso à informação disponível no Apoio ao Cliente do site da RL, onde é
prestada a informação sobre a recolha e o local de levantamento.
4. Os volumes e objectos abandonados que contenham matérias perecíveis ou de fácil deterioração, são
encaminhados passadas 24 horas, para doação a instituições de solidariedade social ou famílias
carenciadas, que comprovarão a sua receção, ou destruídos quando possam pôr em perigo a saúde
das pessoas ou para venda, sem aviso e anúncio prévio.
5. Os volumes e documentos abandonados não reclamados no prazo referido, serão encaminhados para
a PSP, cuja lista pode ser consultada na Internet em www.perdidoseachados.mai.gov.pt ou na
esquadra mais próxima.
6. No caso de abandono de animais, estes devem ser encaminhados para o centro de recolha da área de
destino de transporte.
7. A entrega de qualquer bem perdido, ou a informação da sua localização, só pode ser feita depois de
ser inequivocamente demonstrada a sua pertença, mediante descrição pormenorizada do objeto
perdido e achado, por parte do reclamante.
8. O Operador, enquanto depositário de objetos perdidos e achados que provêm de crime, deve
participar o depósito à pessoa a quem foi subtraído ou, não sabendo quem é, ao Ministério Público,
nos termos do n.º 3 do artigo 1192.º do Código Civil.
CAPÍTULO IX
RECLAMAÇÕES E SUGESTÕES
1. O Operador só aceita sugestões e reclamações por escrito, as quais podem ser encaminhadas através
dos diversos canais de comunicação disponíveis:
- site da empresa
- formulário de sugestões/reclamações
- carta
- Livro de Reclamações
2. O Livro de Reclamações está disponível em todos os locais de acesso ao público, nomeadamente nas
lojas RL e serviços centrais.
3. Os formulários sugestões/reclamações estão disponíveis nas lojas RL e serviços centrais.
4. As respostas às reclamações serão formuladas em português e, no caso de se tratar de cidadão
estrangeiro, serão dadas preferencialmente em inglês.
CAPÍTULO X
LITÍGIOS
Em caso de litígio os passageiros/clientes – consumidores – dispõem de meios alternativos de resolução
de litígios http://www.portaldaqueixa.com/