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CONDUÇÃO SOB A INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL RELATÓRIO

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CONDUÇÃO SOB A

INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL

RELATÓRIO

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©ANSR, 2020 1 / 36

SUMÁRIO EXECUTIVO

Neste relatório a análise estatística da condução sob a influência do álcool, cujas principais conclusões

são a seguir apresentadas, é realizada em duas perspetivas utilizando as diferentes séries temporais:

fiscalização (2010-2019) e sinistralidade rodoviária (2016-2018).

O número de ações de fiscalização para deteção do estado de influenciado pelo álcool entre

2010 e 2019 aumentou 61,6%. Nesse período, a percentagem de condutores fiscalizados

infratores com taxa de alcoolemia (TAS) maior ou igual a 0,5g/l e com TAS maior ou igual a

1.20 g/l (crime) registou respetivamente diminuições de -27,4% e de -12,2%.

Entre 2010 e 2019 a taxa total de infratores com TAS≥0,5g/l, diminui 50,0%, enquanto a

proporção de infratores com TAS≥1,2g/l, aumentou 11,0% no mesmo período.

No ano de 2019, a esmagadora maioria dos testes de álcool foi aleatória (89%), e 74% do total

de condutores com TAS≥0,5g/l foram fiscalizados deste modo.

Em 2019 as taxas de infratores1 mais elevadas registaram-se nos intervalos horários

compreendidos entre as 0h e as 4h e entre as 4h e as 8h, 4,1% e de 8,0%, respetivamente,

enquanto que nos outros intervalos horários apresentam uma taxa média de 1,3%.

90,2% dos condutores submetidos ao teste de ar expirado e 91,4% dos que tinham TAS≥0,5g/l,

no ano de 2019, circulavam em automóveis ligeiros, embora a maior taxa de infratores seja

nos condutores de veículos de 2 rodas a motor (motociclos e ciclomotores) e de outros

veículos2, 3,4% e 7,0% respetivamente.

Em 2019 a maior incidência da TAS≥0,5g/l observou-se nos grupos dos condutores de idade

igual ou superior a 50 anos (29,3%) e a taxa de infratores mais elevada nos jovens de 21 a 29

anos e nos condutores com idade igual ou superior a 50 anos (ambos com 2,0%).

O número de ações de fiscalização em 2019 foi superior no distrito do Porto (10,6%) e no de

Lisboa (9,6%), enquanto que relativamente aos infratores com TAS≥0,5g/l se destaca o distrito

de Lisboa, com 15,7% do total de infratores,

A maior taxa de infratores registou-se no distrito de Leiria (3,4%).

Nos exames de determinação da taxa de álcool no sangue efetuados pelo Instituto Nacional

de Medicina Legal e Ciências Forenses, I.P. (INMLCF) aos condutores (acidentes e fiscalização),

entre 2010 e 2019, a percentagem do total de infratores com TAS≥0,50 g/l, que teve oscilações

pouco significativas entre 2010 e 2018, registou um aumento expressivo em 2019, passando

de 63,0% em 2018 para 81,1% em 2019, o que constitui um aumento de 28,7%.

1 Para os efeitos do presente relatório, e por uma questão de simplicidade, deverá ser entendido como infrator todo o condutor que apresente taxa igual ou 0,5g/l. 2 Veículos que nos termos do código da estrada não pertencem à categoria de pesados, ligeiros, motociclos e ciclomotores.

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Relativamente aos condutores vítimas de acidente autopsiadas pelo INMLCF I.P. no mesmo

período, a percentagem de vítimas mortais com TAS ≥0,50g/l em 2019 foi de 37,0%, valor mais

elevado que nos anos anteriores e apenas semelhante ao verificado em 2010 e 2012.

Entre 2016 e 2018 os acidentes em que os condutores apresentavam uma taxa de álcool no

sangue igual ou superior a 0,50g/l:

o Têm consequências mais graves: enquanto a percentagem de acidentes envolvendo

pelo menos um condutor com álcool é de 6,1%, as vítimas mortas e os feridos graves

resultantes, representam 20,9% e 14,6%, respetivamente.

o Ocorrem com maior frequência ao fim de semana.

o Aumentam significativamente durante a noite, com maior probabilidade de serem

mortais no período das 00h às 03h.

o Habitualmente são acidentes em que intervém apenas um veículo (despiste simples).

o A maioria ocorre dentro das localidades, nos atravessamentos das povoações e em

arruamentos.

o Os condutores mais envolvidos nestes acidentes são homens e acusam níveis de

alcoolemia elevado (cerca de 70% das vítimas apresenta TAS≥1,2g/l).

o O grupo dos 20 aos 49 anos evidenciou as taxas mais elevadas de vítimas resultantes

de acidentes atribuídos à presença de álcool.

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INDICE

I – INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4

II – ÁLCOOL NA CONDUÇÃO .............................................................................................. 5

Efeitos ........................................................................................................................... 5

Medidas de combate ..................................................................................................... 5

III – FISCALIZAÇÃO ............................................................................................................ 6

Legislação ...................................................................................................................... 6

Ficha do Controlador ..................................................................................................... 6

Evolução ........................................................................................................................ 7

1. Natureza da fiscalização ............................................................................................................... 9

2. Intervalo horário .......................................................................................................................... 9

3. Categoria de veículos ................................................................................................................. 10

4. Grupos etários ............................................................................................................................ 11

5. Distritos ...................................................................................................................................... 11

Exames do INMLCF ...................................................................................................... 12

IV – SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA – BEAV ...................................................................... 14

Evolução ...................................................................................................................... 15

1. Acidentes e vítimas por mês ...................................................................................................... 17

2. Acidentes e vítimas por dia da semana...................................................................................... 18

3. Acidentes e vítimas por intervalo horário .................................................................................. 20

4. Acidentes e vítimas por condições de luminosidade ................................................................. 22

5. Acidentes e vítimas por natureza ............................................................................................... 24

6. Acidentes e vítimas por localização ........................................................................................... 26

7. Acidentes e vítimas por tipo de via ............................................................................................ 27

8. Acidentes e vítimas por distrito ................................................................................................. 28

9. Vítimas por categoria de utente ................................................................................................ 29

10. Vítimas por categoria de veículo .............................................................................................. 30

12. Condutores ............................................................................................................................... 30

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 34

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I – INTRODUÇÃO

De acordo com o relatório do SICAD sobre a situação do País em Matéria de Álcool3 o consumo

estimado de álcool per capita (+15 anos) em 2016 era de 12,3 litros de álcool puro por ano (20,5 litros

nos homens e 5,1 litros nas mulheres), valor superior aquele que é atribuído ao conjunto da Região

Europeia da Organização Mundial de Saúde (OMS Europa) de 9,8 litros.

O álcool é uma substância psicoativa que consumido sem moderação causa dependência e constitui a

3.ª principal causa de doença e morte prematura a nível mundial. O seu consumo excessivo e

prolongado está associado a um conjunto de consequências em função da quantidade, da duração e

de fatores inerentes ao indivíduo, como problemas neuromusculares, gastrointestinais,

cardiovasculares e sexuais, para além de consequências familiares, sociais e laborais.

No âmbito do combate à sinistralidade rodoviária, para efeitos de tratamento estatístico, análise e

definição de políticas de combate a este problema, as forças de segurança preenchem a denominada

“ficha do controlador”4 em todos os atos de fiscalização da condução sob o efeito do álcool, e remetem

essa informação à ANSR. Para determinação da taxa de álcool os agentes de fiscalização utilizam

equipamentos aprovados para o efeito nos termos do código da estrada, denominados alcoolímetros

quantitativos.

O Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses. I.P. (INMLCF) efetua exames para

quantificação da taxa de álcool no sangue na sequência de atos de fiscalização do Código da Estrada e

nas autópsias que efetua em vítimas mortais de acidentes de viação, remetendo essa informação às

forças de segurança, que por sua vez a envia à ANSR.

A informação sobre o estado de influência do álcool dos intervenientes em acidentes de viação é

também registada no instrumento de notação da ANSR, denominado Boletim Estatístico de Acidentes

de Viação (BEAV) que constitui a fonte da Base de Dados de Acidentes, com base nas taxas

determinadas pelas forças de segurança e pelo INMLCF.

Neste relatório e em separado, será efetuada uma análise estatística das informações provenientes

destas 3 fontes, sendo que as duas primeiras são tratadas no capítulo fiscalização e os BEAV no capítulo

sinistralidade.

3http://www.sicad.pt/BK/Publicacoes/Lists/SICAD_PUBLICACOES/Attachments/161/RelatorioAnual_2018_%20ASituacaoDoPaisEmMateriaDeAlcool_PT.pdf 4 A Ficha do Controlador foi aprovada pela ANSR.

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II – ÁLCOOL NA CONDUÇÃO

Efeitos

Em termos da condução, os efeitos do álcool no organismo levam à diminuição de capacidades

essenciais para conduzir em segurança. A investigação desenvolvida ao longo de várias décadas sobre

a influência do álcool na capacidade de conduzir, revela que esta se degrada principalmente devido a

perturbações ao nível de aspetos cognitivos e do processamento de informação que acarretam, entre

outros efeitos, uma menor capacidade e rapidez de decisão, aumento do tempo de reação e

descoordenação de movimentos. Esta perda de capacidades, bem como as alterações de

comportamento que podem levar a estados de euforia e desinibição, aumentam de forma muito

significativa o risco de se envolveram em acidentes rodoviários.

O risco de acidente rodoviário aumenta exponencialmente com o aumento da quantidade de álcool

consumido, como referido em vários estudos (Compton et al, 20025). O risco de morrer em acidente

também é mais elevado em condutores sob o efeito de álcool por comparação com os condutores sem

álcool no sangue, (Allsop R.,20156).

Medidas de combate

Existem várias medidas de combate à condução sob a influência do álcool cuja eficácia é medida pela

redução da taxa de acidentes associada ao consumo de álcool ou pela diminuição do número de

quilómetros percorridos em que o condutor se encontrava sob a influência do álcool.

Estas medidas podem ser divididas em três grupos:

Redução da disponibilidade de álcool;

Estabelecimento de limites legais da taxa de álcool no sangue dos condutores, sua fiscalização

e sancionamento;

Formação e informação.

5 Compton, R.P., Blomberg, R.D., Moskowitz, H., Burns, M., Peck, R.C. & Fiorentino, D. (2002) Crash rate of alcohol impaired driving. Proceedings of the sixteenth International Conference on Alcohol, Drugs and Traffic Safety ICADTS, Montreal. 6Allsop, R. (2015) Saving lives by lowering the legal drink drive limit, University College London

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III – FISCALIZAÇÃO

Legislação

A fiscalização constitui parte integrante e essencial de qualquer política de prevenção da condução sob

a influência do álcool, já que o estabelecimento de regras de segurança, só por si, não é eficaz se não

for promovido o seu cumprimento, nomeadamente através da fiscalização e sancionamento.

O artigo 81.º do Código da Estrada proíbe a condução sob a influência de álcool definindo uma taxa de

álcool no sangue limite (TAS) de 0,5 g/l para a generalidade dos condutores e uma TAS≥0,2g/l no caso

dos condutores em regime probatório e dos condutores de veículos de socorro ou serviço urgente, de

transporte coletivo de crianças e jovens até aos 16 anos, de táxis, de automóveis pesados de

mercadorias ou de passageiros ou de transporte de mercadorias perigosas (Lei 72/2013, de 3 de

setembro). Existe a obrigação dos condutores e das pessoas que se propuserem a iniciar a condução

se sujeitarem às provas estabelecidas para a deteção do estado de influenciado pelo álcool nos termos

do art.º 152º do Código da Estrada Deste modo, é lícita a fiscalização aleatória da condução sob o

efeito do álcool não sendo requerido qualquer indício.

Por sua vez, o art.º 156.º do Código da Estrada estabelece a obrigatoriedade da fiscalização para

deteção do estado de influenciado pelo álcool dos condutores e dos peões envolvidos em acidentes

de viação.

Nos termos da legislação vigente compete ao Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses

(INMLCF) realizar os exames que são requisitados pelas autoridades no seguimento de qualquer ação

de fiscalização em que não seja possível efetuar o teste de ar expirado.

Para os efeitos do presente relatório, e por uma questão de simplicidade, deverá ser entendido como

infrator todo o condutor que apresente taxa igual ou 0,5g/l.

Ficha do Controlador

Em seguida será analisada a informação da atividade de fiscalização que é recolhida através da Ficha

do Controlador.

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Evolução

Relativamente à evolução das ações de fiscalização para deteção do estado de influenciado pelo álcool

levadas a cabo entre 2010 e 2019 (quadro 1 e gráfico 1), constata-se que o número de testes realizados

aumentou progressivamente até 2019, embora mais acentuadamente nos primeiros anos, tendo

atingido nesse ano mais 61,6% valor registado em 2010.

Quanto ao número de condutores infratores com TAS≥0,5g/l, registou-se um acréscimo até 2012, ao

qual sucederam reduções em 2013 e 2014. Entre 2014 e 2016 este valor manteve-se relativamente

estável, seguindo-se um aumento acentuado em 2017 (+49,3% em relação a 2016). Em 2018, verificou-

se uma forte diminuição face ao ano anterior (-42,9%), pelo que o número de infratores se aproximou

do valor observado em 2009. Face a 2018, 2019 manteve a diminuição, mas com uma menor

expressividade (-9,8%).

No que se refere à percentagem de infratores com TAS≥0,5g/l, relativamente ao total de condutores

testados (taxa de infratores), verifica-se desde 2009 uma diminuição com oscilações, sendo que, em

2019 se verificou o valor mais baixo dos últimos 11 anos (1,9%). Também nesta variável o ano de 2017

é atípico apresentando um valor elevado.

Contudo, verifica-se que entre 2010 e 2019 a taxa total de infratores diminui 50,0%, enquanto a

proporção de infratores com TAS≥1,2g/l, aumentou 11,0%.

Quadro 1 - Fiscalização da condução sob o efeito de álcool efetuada pela GNR e PSP entre 2010 e 2019

Ano

Total Testes

Infratores

𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥 𝐈𝐧𝐟.

𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥 𝐓𝐞𝐬𝐭𝐞𝐬

𝐈𝐧𝐟. (𝐓𝐀𝐒 ≥ 𝟏. 𝟐𝟎 𝐠/𝐥)

𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥 𝐈𝐧𝐟.

0.50-1.19

g/l

≥1.20

g/l Total

2010 1 125 364 24 603 18 172 42 775 3,8% 42,5%

2011 1 172 445 27 695 22 432 50 127 4,3% 44,8%

2012 1 401 318 29 729 25 934 55 663 4,0% 46,6%

2013 1 559 873 28 582 25 011 53 593 3,4% 46,7%

2014 1 548 621 24 461 21 142 45 603 2,9% 46,4%

2015 1 577 907 24 599 23 195 47 794 3,0% 48,5%

2016 1 638 020 22 600 21 408 44 008 2,7% 48,6%

2017 1 683 237 30 929 34 795 65 724 3,9% 52,9%

2018 1 681 992 19 521 17 992 37 513 2,2% 48,0%

2019 1 818 700 17 870 15 956 33 826 1,9% 47,2%

Variação

19/10 61,6% -27,4% -12,2% -20,9% -50,0% 11,1%

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Gráfico 1 - Evolução da fiscalização da condução sob o efeito de álcool efetuada pela GNR e PSP entre 2010 e

2019

É de salientar (gráfico 2), no universo de condutores infratores, o peso significativo assumido pelos

condutores que apresentam TAS igual ou superiores a 1,2g/l que constitui crime (n.º 1 do art.º 292º

do código penal), e que tem aumentado nos últimos 10 anos, de 42,5% em 2010, para 47,2% em 2019

(quase metade dos condutores infratores).

Gráfico 2 – Evolução da percentagem de condutores infratores segundo a taxa de álcool no sangue (TAS) entre

2010 e 2019

57,5% 55,2% 53,4% 53,3% 53,6% 51,5% 51,4% 47,1% 52,0% 52,8%

42,5% 44,8% 46,6% 46,7% 46,4% 48,5% 48,6% 52,9% 48,0% 47,2%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

0.50-1.19 g/l ≥1.20 g/l

0

200 000

400 000

600 000

800 000

1 000 000

1 200 000

1 400 000

1 600 000

1 800 000

2 000 000

Total Testes

0

10 000

20 000

30 000

40 000

50 000

60 000

70 000

80 000

Condutores TAS≥0,5g/l

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Caracterização

Com o objetivo de caraterizar os resultados da fiscalização da condução sob o efeito de álcool no ano

de 2019, a análise será desenvolvida segundo alguns dos parâmetros que constam na ficha de

controlador preenchida pelas forças de segurança (GNR e PSP).

1. Natureza da fiscalização

A esmagadora maioria dos testes de álcool foi aleatória (89%), e 74% do total de condutores com

TAS≥0,5g/l foram detetados desta forma.

A manobra perigosa é a natureza de fiscalização menos frequente (2%), embora represente 16% dos

condutores infratores, dos quais 30% acusaram uma taxa de álcool igual ou superior a 1,2g/l (crime).

Gráfico 3 - Testes de álcool e infratores por natureza da fiscalização, 2019

2. Intervalo horário

Em 2019 realizaram-se mais testes de álcool entre as 8h e as 12h (28,7%) e as 16h e as 20h (22,7%)

(gráfico 4).

As taxas de infratores mais elevadas registaram-se nos intervalos horários compreendidos entre as 0h

e as 4h e entre as 4h e as 8h, 4,1% e 8,0%, respetivamente, enquanto que nos outros intervalos horários

apresentam uma taxa média de 1,3%.

É no período das 0h às 8h que se registaram a maioria dos infratores (57,7%).

Acidente161 742

9%Manobra Perigosa29 466

2%

Aleatório1 609 226

89%

Total TestesAcidente

3 52210%

Manobra Perigosa

5 40516%

Aleatório25 284

74%

Condutores TAS≥0,5g/l

Page 11: CONDUÇÃO SOB A INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL RELATÓRIO

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Gráfico 4 - Testes de álcool e infratores por intervalo horário, 2019

3. Categoria de veículos

Relativamente à categoria dos veículos dos condutores fiscalizados (gráfico 5), constata-se o

predomínio de automóveis ligeiros, tanto no que diz respeito aos condutores submetidos ao teste de

ar expirado (90,2%), como nos que tinham TAS≥0,5g/l (91,4%). Contudo, a taxa de infratores assumiu

valores relativamente mais elevados entre os condutores de veículos de 2 rodas a motor (motociclos

e ciclomotores) e de outros veículos7, 3,4% e 7,0% respetivamente.

Gráfico 5 - Testes de álcool e infratores por categoria de veículo, 2019

7 Veículos que nos termos do código da estrada não pertencem à categoria de pesados, ligeiros, motociclos e ciclomotores.

11 259

8 248

1 7282 402

5 167 5 022

0-4 4-8 8-12 12-16 16-20 20-24

Condutores com TAS≥0,5g/l

276 739

103 056

522 383

325 447

412 616

178 444

0-4 4-8 8-12 12-16 16-20 20-24

Total Testes

Ligeiros1 640 028

94%

Pesados51 900

3%

2 rodas36 058

2%

Outros8 671

1%

Total Testes

Ligeiros31 280

94%

Pesados2771%

2 rodas1 208

3%

Outros6062%

Condutores TAS≥0,5g/l

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4. Grupos etários

O maior número de testes foi realizado a condutores do escalão etário 30-39 anos, e em menor

quantidade do escalão 16-20 anos, sendo que a maior incidência da TAS≥0,5g/l se observou nos

condutores de idade igual ou superior a 50 anos (29,3%). A percentagem de infratores, por sua vez, foi

proporcionalmente mais elevada entre os jovens de 21 a 29 anos e nos condutores com idade igual ou

superior a 50 anos (ambos com 2,0%).

Gráfico 6 - Testes de álcool e infratores por grupo etário, 2019

5. Distritos

A nível de distritos (gráfico 7), foi nos distritos do Porto e em Lisboa que ocorreu a maior percentagem

de ações de fiscalização, 10,6% e 9,6%, respetivamente.

O maior número de infratores com TAS≥0,5g/l registou-se distrito de Lisboa, com 15,7% do total. Em

termos relativos os distritos onde foi registada a maior taxa de infratores (n.º de infratores / total de

testes) foram Leiria (3,4%), Lisboa (3,1%) e Faro (3,0%).

42 142

367 717

504 944

448 622489 480

16-20 21-29 30-39 40-49 >=50

Total Testes

760

7 2737 697

8 185

9 905

16-20 21-29 30-39 40-49 >=50

Condutores TAS≥0,5g/l

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Gráfico 7 - Testes de álcool e infratores por distritos, 2019

Exames do INMLCF

Em relação às estatísticas do INMLCF, as análises ao sangue realizadas aos condutores não são

discriminadas segundo o motivo, pelo que não é possível isolar os resultados associados à ocorrência

de acidentes com vítimas (incluídos no estudo da sinistralidade rodoviária) dos que respeitam às

restantes ações de fiscalização.

Tendo presente esta limitação, os dados apresentados no quadro 2 permitem constatar o seguinte:

No período em análise verifica-se uma diminuição continuada no número de exames efetuados que

em 2019 apresentaram uma quebra de -29,9% em relação a 2010, sendo esta mais acentuada no

último ano.

A percentagem do número total de infratores com TAS≥0,50 g/l, que teve oscilações pouco

significativas entre 2010 e 2018, registou um aumento expressivo em 2019, passando de 63,0% em

2018 para 81,1% em 2019, o que constitui um aumento de 28,7%.

É de realçar a predominância sistemática de condutores com TAS≥1,20g/l, que todos os anos

representaram mais de 2/3 do total de infratores.

0

50000

100000

150000

200000

250000

Po

rto

Lisb

oa

Co

imb

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Bej

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telo

Bra

gan

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iseu

Po

rtal

egr

eÉv

ora

Total Testes

Testes Média Continente

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

Lisb

oa

Ave

iro

Po

rto

Leir

ia

Faro

Bra

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Setú

bal

Vis

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V. R

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Bra

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Bej

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Po

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e

Évo

ra

Condutores TAS≥0,5g/l

TAS≥0,5g/l Média Continente

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©ANSR, 2020 13 / 36

Quadro 2 – Exames de determinação da TAS efetuados pelo INMLCF aos condutores entre 2010 e 2019

(acidentes e fiscalização)

Ano Total Exames

Infratores

𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥 𝐈𝐧𝐟.

𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥 𝐄𝐱𝐚𝐦𝐞𝐬

𝐈𝐧𝐟. (𝐓𝐀𝐒 ≥ 𝟏. 𝟐𝟎 𝐠/𝐥)

𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥 𝐈𝐧𝐟.

0.50-1.19

g/l

≥1.20

g/l Total

2010 4 296 854 1 827 2 681 62,4% 68,1%

2011 4 195 825 1 894 2 719 64,8% 69,7%

2012 4 014 825 1 708 2 533 63,1% 67,4%

2013 3 978 829 1 658 2 487 62,5% 66,7%

2014 3 719 692 1 580 2 272 61,1% 69,5%

2015 3 712 772 1 567 2 339 63,0% 67,0%

2016 3 487 666 1 544 2 210 63,4% 69,9%

2017 3 707 665 1 561 2 226 60,0% 70,1%

2018 3 683 673 1 648 2 321 63,0% 71,0%

2019 3 010 651 1 790 2 441 81,1% 73,3%

Variação

19/10 -29,9% -23,8% -2,0% -9,0% 29,9% 7,6%

Estes resultados revelam uma proporção de infratores muito superior à que se verificou no âmbito dos

testes de ar expirado realizados pelas entidades fiscalizadoras e registados na ficha de controlador.

Relativamente aos condutores e peões, vítimas de acidente autopsiadas, os gráficos 8 e 9 apresentam

a evolução registada no período de 2010 a 2019 sendo de referir o seguinte:

Nos condutores, a percentagem de vítimas mortais com TAS ≥0,50g/l em 2019 foi de 37,0%,

valor mais elevado que nos anos anteriores apenas semelhante ao verificado em 2010 e 2012.

Nos peões, o número de vítimas mortais com TAS ≥0,50g/l em 2019 foi um dos mais baixos

dos anos em análise (17,4%) representando um decréscimo face a 2018 (20,3%).

A percentagem total de mortos (condutores + peões) com TAS ≥0,50 g/l em 2019 apresentou

valores da mesma ordem de grandeza que os restantes anos da série, embora em 2014 e 2015

os valores tenham sido mais baixos.

Das vítimas mortais com TAS ≥0,50g/l, mais de 70% revelaram taxas de álcool no sangue

superiores a 1,2g/l: 75,3% no total das vítimas autopsiadas, 79,0% nos condutores, e 71,4%

nos peões.

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©ANSR, 2020 14 / 36

Gráfico 8 – Distribuição da percentagem de vítimas mortais com TAS ≥0,50 g/l, por ano

Gráfico 9 – Percentagem de vítimas mortais com TAS ≥1,20 g/l / Total de infratores, por ano

IV – SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA – BEAV

De acordo com o Manual dos Indicadores de Desempenho em Segurança do projeto Safetynet8 (2008),

no que diz respeito à condução sob efeito do álcool, deverão ser adotados como indicadores o número

e a proporção de feridos graves e de vítimas mortais resultantes de acidentes em que pelo menos um

interveniente ativo (condutor ou peão) apresente TAS acima de um determinado limite. Posteriormente

8 Safety Performance Indicators- SPI disponível em

http://www.dacota-project.eu/Links/erso/safetynet/content/safetynet.html

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Total 31,1 27,0 30,6 29,2 23,6 25,6 27,8 29,3 26,8 28,3

Condutores 37,1 32,7 37,4 33,2 26,6 31,8 29,3 35,5 30,8 37,0

Peões 26,7 16,0 19,7 19,8 20,4 16,4 24,6 17,3 20,3 17,4

10

15

20

25

30

35

40

45

50%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Total 66,5 71,1 79,3 64,9 85,0 71,1 70,6 66,5 75,0 75,3

Condutores 70,1 70,1 78,1 64,1 84,4 69,0 72,8 69,7 77,5 79,0

Peões 72,2 82,6 88,9 68,2 91,3 89,5 75,0 70,6 80,8 71,4

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

100%

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©ANSR, 2020 15 / 36

em 2017, o International Traffic Safety Data and Analysis Group (IRTAD)OECD9 recomendou a utilização

deste indicador adotando o limite legal de taxa de álcool no sangue. Não existindo para o caso dos

peões qualquer limite legal e sendo esta variável para os condutores, conforme o seu tipo, o indicador

adotado foi o da TAS ≥0,5g/l.

Recorrendo à Base de Dados de Acidentes da ANSR é possível conhecer:

Os resultados dos testes no ar expirado realizados pelas entidades fiscalizadoras (GNR e PSP)

aquando da ocorrência do acidente e inscritos no Boletim Estatístico de Acidentes de Viação

(BEAV);

Os resultados dos exames de quantificação da taxa de álcool no sangue realizados pelo INMLCF

e enviados posteriormente para a ANSR a fim de serem inseridos na base de dados de

acidentes de viação.

De acordo com o estudo do IRTAD anteriormente referido, entre 2000 e 2010 a proporção média de

mortos relacionados com o álcool nos países que forneceram dados foi de 20% tendo-se mantido

sensivelmente constante ao longo do período.

Por outro lado, a avaliação efetuada no estudo de 2014 da Ecorys intitulado Study on the prevention

of drink-driving by the use of alcohol interlock devices,10 indica que a média dessa percentagem nos

países da União Europeia estará situada entre 20-28%, o que permite manter a estimativa anterior da

Comissão Europeia de 25% das mortes em acidentes rodoviários estarem relacionadas com álcool

Considerando que as políticas que são prosseguidas no âmbito da segurança rodoviária no que diz

respeito à matéria do álcool se centram no condutor, em seguida é efetuada uma análise em que

apenas serão tidos em conta os acidentes em que pelo menos um dos condutores tinha uma taxa de

álcool igual ou superior a 0,5 g/l.

Evolução

Relativamente à evolução da sinistralidade a 30 dias envolvendo condutores com TAS≥0,5g/l nos

últimos anos (quadro 3), verifica-se que o número de vítimas mortais sofreu um agravamento em 2017

(+12,7%) e se manteve constante em 2018. Os acidentes com vítimas e os feridos, por sua vez,

apresentaram uma evolução menos desfavorável em 2017, com variações estatisticamente pouco

9 https://www.itf-oecd.org/sites/default/files/docs/alcohol-related-road-casualties-official-crash-statistics.pdf

10 https://ec.europa.eu/transport/road_safety/sites/roadsafety/files/newspdf/study_alcohol_interlock.pdf

Page 17: CONDUÇÃO SOB A INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL RELATÓRIO

©ANSR, 2020 16 / 36

significativas (+0,2% acidentes com vítimas e -1,4% feridos leves), enquanto em 2018 registaram

acréscimos de 11,4% acidentes com vítimas, 14,8% feridos graves e 8,4% feridos leves.

Quadro 3 - Sinistralidade a 30 dias envolvendo pelo menos um condutor com TAS≥0,5g/l entre 2016 e 2018

Ano Acidentes com Vítimas Vítimas Mortais Feridos Graves Feridos Leves

N.º %* N.º %* N.º %* N.º %*

2016 1 985 - 118 - 284 - 2 298 -

2017 1 989 0,2% 133 12,7% 284 0,0% 2 265 -1,4%

2018 2 215 11,4% 133 0,0% 326 14,8% 2 455 8,4%

*Variação relativa ao ano anterior

Analisando o peso que os acidentes assumem na sinistralidade geral, cuja causa é atribuível ao álcool

(quadro 4), comprova-se o que já foi referido anteriormente – os acidentes com interferência de álcool

são particularmente graves. No período de 2016 a 2018, a causa do acidente pode ser atribuída ao

álcool em 6,1% do total das ocorrências, sendo que estes provocaram 20,9% do número total de

mortes e de 14,6% do número total de feridos graves.

Estes valores permitem igualmente constatar, face à metodologia de avaliação atrás proposta –

percentagem de vítimas mortais resultantes de acidentes com vítimas em que pelo menos um condutor

apresenta TAS≥0,5g/l) – que a situação nacional não sofreu alterações relevantes em termos relativos,

na medida em que a percentagem de mortes ocorrida nestes acidentes aumentou de 21,0%, em 2016,

para 22,1%, em 2017, e melhorando ligeiramente em 2018, com uma redução para 19,7%.

Quadro 4 – Peso dos acidentes envolvendo pelo menos um condutor com TAS≥0,5g/l na sinistralidade geral

entre 2016 e 2018

Ano Acidentes com Vítimas Vítimas Mortais Feridos Graves Feridos Leves

2016 6,1% 21,0% 14,2% 5,9%

2017 5,8% 22,1% 13,4% 5,4%

2018 6,5% 19,7% 16,3% 5,9%

Total 6,1% 20,9% 14,6% 5,7%

Caracterização

A caracterização da sinistralidade a 30 dias envolvendo pelo menos um condutor com TAS≥0,5g/l tem

como referência os valores observados no período 2016-2018 e é desenvolvida segundo vários

segmentos, como sejam a distribuição temporal (mês, semana, hora), localização, natureza, condições

Page 18: CONDUÇÃO SOB A INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL RELATÓRIO

©ANSR, 2020 17 / 36

atmosféricas, etc., evidenciando-se, sempre que tal se considere relevante, os aspetos em que esta se

distingue da sinistralidade geral.

1. Acidentes e vítimas por mês

Relativamente à distribuição mensal, o número de acidentes com vítimas sob a influência de álcool

aumenta significativamente em junho, atinge valores máximos em julho e agosto (21,2% do total

registado no período em análise) e diminui a partir de setembro, muito embora em dezembro volte a

subir consideravelmente (gráfico 10).

Gráfico 10 – N.º de acidentes c/ vítimas sob a influência do álcool por mês, ∑2016 a 2018

Quanto às vítimas (gráfico 11), constata-se uma situação ligeiramente diferente consoante o tipo de

lesão: o maior número de vítimas mortais ocorreu nos meses de junho, agosto e dezembro (10,9%,

12,8% e 9,6%, respetivamente), os feridos graves, após registarem um acentuado acréscimo em maio,

assumem percentagens mais altas nos meses de julho (11,1%) e agosto (11,5%).

430 414444

491 489

543

644669

544 528

415

578

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Page 19: CONDUÇÃO SOB A INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL RELATÓRIO

©ANSR, 2020 18 / 36

Gráfico 11 – N.º de vítimas sob a influência do álcool por mês, ∑2016 a 2018

2. Acidentes e vítimas por dia da semana

No que concerne aos dias da semana, destacam-se o sábado e domingo relativamente a todos os

indicadores de sinistralidade: o número de acidentes com vítimas envolvendo pelo menos um

condutor com TAS≥0,5g/l (gráfico 12), assim como as vítimas (gráfico 13), registam um agravamento

substancial a partir de sexta-feira, pelo que o fim de semana é responsável por 45,9% dos acidentes c/

vítimas, 44,8% das vítimas mortais, 47,7% dos feridos graves e 46,8% dos feridos leves.

Gráfico 12 – N.º de acidentes c/ vítimas sob a influência do álcool por dia da semana, ∑2016 a 2018

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

V. mortais 26 23 25 28 32 42 34 49 31 34 23 37

F. graves 44 63 61 73 91 70 99 103 87 71 51 81

F. leves 510 452 541 552 526 612 699 758 593 585 479 711

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

659 635577 611

867

13811459

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo

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Gráfico 13 – N.º de vítimas sob a influência do álcool por dia da semana, ∑2016 a 2018

Ainda neste contexto, importa assinalar que o acréscimo de vítimas mortais e feridos graves observado

entre sexta e sábado é bastante mais acentuado na sinistralidade relacionada com álcool do que nos

restantes acidentes (gráfico 14), e que os valores registados no domingo se mantêm elevados ou até

aumentam (caso dos feridos graves), ao contrário do que sucede na sinistralidade geral, que apresenta

uma ligeira diminuição nesse dia.

Gráfico 14 – Percentagem de vítimas mortais e de feridos graves por dia da semana da sinistralidade com álcool

na sinistralidade geral, ∑2016 a 2018

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo

V. mortais 42 39 31 39 61 86 86

F. graves 84 111 78 79 116 194 232

F. leves 746 728 629 703 931 1520 1761

0

500

1000

1500

2000

2500

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom

Vítimas mortais

TAS≥0,5g/l Geral

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom

Feridos graves

TAS≥0,5g/l Geral

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©ANSR, 2020 20 / 36

3. Acidentes e vítimas por intervalo horário

Sobre a distribuição segundo as horas do dia, verifica-se que mais de 1/4 dos acidentes envolvendo

pelo menos um condutor sob o efeito de álcool (26,7%) bem como dos feridos leves (26,1%) ocorre

entre as 18 a as 21 horas (gráficos 15 e 16).

Quanto aos acidentes de maior gravidade, apesar de serem relativamente mais frequentes no período

das 18-21 horas (com 24,2% dos mortos e 22,6% dos feridos graves), também registam percentagens

expressivas entre as 21 e as 24 horas (19,3% mortos e 20,6% feridos graves).

Gráfico 15 – Percentagem de acidentes c/ vítimas sob a influência do álcool por intervalo horário,

∑2016 a 2018

11,0%

9,1%8,2%

3,0%

6,8%

16,8%

26,7%

18,4%

0-3 3-6 6-9 9-12 12-15 15-18 18-21 21-24

Page 22: CONDUÇÃO SOB A INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL RELATÓRIO

©ANSR, 2020 21 / 36

Gráfico 16 – Percentagem de vítimas sob a influência do álcool por intervalo horário,

∑2016 a 2018

Além dos elevados valores observados ao entardecer e à noite, um outro aspeto a realçar é o facto de

21,6% do total de vítimas mortais e 23,5% dos feridos graves resultantes de acidentes relacionados

com o álcool ocorrerem entre a meia-noite e as 6 horas da madrugada, quando na sinistralidade geral

estas proporções são de 11,8% e 9,9%, respetivamente (gráfico 17).

Gráfico 17 – Percentagem de vítimas mortais e feridos graves por intervalos horários da sinistralidade com

álcool na sinistralidade geral, ∑2016 a 2018

0-3 3-6 6-9 9-12 12-15 15-18 18-21 21-24

V. mortais 12,8% 8,9% 9,4% 2,1% 6,8% 16,7% 24,2% 19,3%

F. graves 12,5% 11,0% 10,1% 2,6% 5,0% 15,7% 22,6% 20,6%

F. leves 11,5% 9,4% 8,9% 3,1% 7,1% 16,3% 26,1% 17,5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

0-3 3-6 6-9 9-12 12-15 15-18 18-21 21-24

Vítimas mortais

TAS≥0,5g/l Geral

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

0-3 3-6 6-9 9-12 12-15 15-18 18-21 21-24

Feridos graves

TAS≥0,5g/l Geral

Page 23: CONDUÇÃO SOB A INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL RELATÓRIO

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4. Acidentes e vítimas por condições de luminosidade

Analisando os períodos do dia, constata-se que mais de metade dos acidentes com vítimas envolvendo

pelo menos um condutor com TAS≥0,5g/l e das vítimas (gráficos 18 e 19) se verificam à noite: 51,2%

acidentes, 51,6% mortos, 54,4% feridos graves e 51,5% feridos leves. Esta predominância é uma

particularidade da sinistralidade sob a influência de álcool, uma vez que no geral se observa o oposto

– o número de acidentes e de vítimas é superior durante o dia (gráfico 18).

Gráfico 18 – N.º de acidentes c/ vítimas sob a influência do álcool por condições de luminosidade, ∑2016

a 2018

291

2727

3171

Aurora ou crepúsculo Dia Noite

Page 24: CONDUÇÃO SOB A INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL RELATÓRIO

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Gráfico 19 – N.º de vítimas sob a influência do álcool por condições de luminosidade, ∑2016 a 2018

Mesmo considerando os acidentes mais graves (com vítimas mortais e feridos graves), que na

sinistralidade geral também revelam um agravamento à noite, as percentagens correspondentes a

estas vítimas são muito mais baixas (gráfico 20): 33,6% mortos e 30,4% feridos graves versus 51,6%

mortos e 54,4% feridos graves nos acidentes relacionados com o álcool.

Gráfico 20 – Percentagem de vítimas mortais e feridos graves por condições de luminosidade da sinistralidade

com álcool na sinistralidade geral, ∑2016 a 2018

Aurora ou crepúsculo Dia Noite

V. mortais 22 164 198

F. graves 55 353 486

F. leves 320 3087 3611

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

51,6%

42,7%

33,6%

62,6%

Noite Dia

Vítimas mortais

TAS≥0,5g/l Geral

54,4%

39,5%

30,4%

66,1%

Noite Dia

Feridos graves

TAS≥0,5g/l Geral

Page 25: CONDUÇÃO SOB A INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL RELATÓRIO

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5. Acidentes e vítimas por natureza

No que respeita à natureza, o maior número de acidentes que envolvem pelo menos um condutor com

TAS≥0,5g/l bem como de vítimas, resulta de despistes simples (gráficos 21 e 22): 32,6% dos acidentes,

32,3% das vítimas mortais, 35,2% dos feridos graves e 27,3% dos feridos leves. A seguir destacam-se

as colisões frontais e laterais, que em conjunto, representam 25,2% dos acidentes e 31,4% dos feridos

leves. Já em relação às vítimas mortais e aos feridos graves, os acidentes que assumem maior

importância depois dos despistes simples e das colisões frontais, são os despistes com capotamento,

com 14,1% das vítimas mortais e 9,6% dos feridos graves.

Gráfico 21 – N.º de acidentes c/ vítimas sob a influência do álcool por natureza, ∑2016 a 2018

2015

804

755

493

469

465

386

351

290

161

0 500 1000 1500 2000 2500

Despiste simples

Colisão frontal

Colisão lateral

Outras colisões

Desp. c/ capotamento

Colisão traseira

Outros despistes

Atropelamentos

Desp. c/ colisão veíc. imobil./obst.

Colisão c/ vei./obst. faixa rodagem

Page 26: CONDUÇÃO SOB A INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL RELATÓRIO

©ANSR, 2020 25 / 36

Gráfico 22 – N.º de vítimas sob a influência do álcool por natureza, ∑2016 a 2018

Em termos comparativos (gráfico 23), os despistes simples e com capotamento adquirem maior

relevância na sinistralidade com álcool, sendo responsáveis por 46,4% das vítimas mortais e 44,9% dos

feridos graves versus 30,2% e 29,4% no geral, respetivamente. Inversamente, as vítimas que resultam

de atropelamentos são muito menos numerosas, constituindo 6,5% das vítimas mortais e 5,5% dos

feridos graves em contrapartida com 21,5% e 19,5% nos restantes acidentes, respetivamente.

0 500 1000 1500 2000 2500

Despiste simples

Colisão frontal

Colisão lateral

Outras colisões

Colisão traseira

Desp. c/ capotamento

Outros despistes

Atropelamentos

Desp. c/ colisão veíc. imobil./obst.

Colisão c/ vei./obst. faixa rodagem

Despistesimples

Colisãofrontal

Colisãolateral

Outrascolisões

Colisãotraseira

Desp. c/capotamen

to

Outrosdespistes

Atropelamentos

Desp. c/colisão

veíc.imobil./obs

t.

Colisão c/vei./obst.

faixarodagem

F. leves 1914 1212 991 636 599 475 372 335 287 197

F. graves 315 186 74 29 32 86 58 49 54 11

V. mortais 124 67 28 16 16 54 25 25 23 6

Page 27: CONDUÇÃO SOB A INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL RELATÓRIO

©ANSR, 2020 26 / 36

Gráfico 23 – Percentagem de vítimas mortais e feridos graves por natureza da sinistralidade com álcool na

sinistralidade geral, ∑2016 a 2018

6. Acidentes e vítimas por localização

No que se refere à localização (gráfico 24), o maior número de acidentes envolvendo pelo menos um

condutor com TAS≥0,5g/l bem como de vítimas verifica-se dentro das localidades – 77,5% dos

acidentes, 50,5% das vítimas mortais, 62,8% dos feridos graves e 78,4% dos feridos leves, seguindo a

mesma tendência que a sinistralidade no geral.

Gráfico 24 – Percentagem de acidentes e vítimas sob a influência do álcool por localização, ∑2016 a 2018

77,5%

50,5%62,8%

78,4%

22,5%

49,5%37,2%

21,6%

Acid. c/ vítimas V. mortais F. graves F. leves

Fora das localidades

Dentro das localidades

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

Atrop. Colisãofrontal

Colisãolateral

Desp.capotamento

Desp.simples

Feridos graves

TAS≥0,5g/l Geral

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

Atrop. Colisãofrontal

Colisãolateral

Desp.capotamento

Desp.simples

Vítimas mortais

TAS≥0,5g/l Geral

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7. Acidentes e vítimas por tipo de via

Quanto ao tipo de via (gráficos 25 e 26), a distribuição da sinistralidade com presença de álcool é

semelhante à que se observa ao nível da sinistralidade em geral, diferindo apenas em relação às

estradas municipais, onde a percentagem de vítimas mortais é de 12,8% nos acidentes relacionados

com o álcool versus 7,9% no geral.

Os arruamentos são o tipo de via onde ocorrem o maior número de acidentes (59,2%) e de feridos

(44,7% feridos graves e 59,6% feridos leves), porém as estradas nacionais registam o número mais

elevado de vítimas mortais (36,5%).

Gráfico 25 – N.º de acidentes c/ vítimas sob a influência do álcool por tipo de via, ∑2016 a 2018

Gráfico 26 – N.º de vítimas sob a influência do álcool por tipo de via, ∑2016 a 2018

165

3663

528

1395

176

AE Arruamento EM EN IC

AE Arruamento EM EN IC

V. mortais 27 121 49 140 25

F. graves 20 400 95 308 27

F. leves 203 4182 530 1578 235

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

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8. Acidentes e vítimas por distrito

Analisando por distrito, 31,6% dos acidentes e 34,2% dos feridos leves resultam das ocorrências nos

distritos de Lisboa e Porto (gráfico 27), tal como se verifica na sinistralidade em geral, com 40,6% dos

acidentes e dos feridos leves a ocorrerem nestes dois distritos.

Gráfico 27 – N.º de acidentes c/ vítimas e de feridos leves sob a influência do álcool por

distrito, ∑2016 a 2018

Relativamente às vítimas mortais, além dos distritos de Lisboa (11,2%) e do Porto (10,4%) também se

evidenciam Braga (7,8%), Faro (7,8%) e Santarém (7,6%), enquanto que esta tendência na

sinistralidade em geral se mantém apenas em Lisboa e Porto. Nos feridos graves, os distritos mais

representativos são Lisboa com 11,7%, Braga (9,3%) e Faro (8,6%) – conforme gráfico 28, sendo que

em termos da sinistralidade geral se mantém- a representatividade de Lisboa, seguida de Faro, Porto

e Santarém.

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

Ave

iro

Bej

a

Bra

ga

Bra

gan

ça

C. B

ran

co

Co

imb

ra

Évo

ra

Faro

Gu

ard

a

Leir

ia

Lisb

oa

Po

rtal

egre

Po

rto

San

taré

m

Setú

bal

V. C

aste

lo

Vila

Rea

l

Vis

eu

Acid. c/ vítimas F. leves

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Gráfico 28 – Percentagem de vítimas mortais e feridos graves sob a influência do álcool por distrito, ∑2016 a

2018

9. Vítimas por categoria de utente

No que respeita à categoria de utentes, os condutores são as principais vítimas dos acidentes

relacionados com o álcool (gráfico 29), constituindo 81,3% dos mortos, 73,0% dos feridos graves e

67,2% dos feridos leves, quando na sinistralidade geral os valores são 63,1%, 62,0% e 64,2%,

respetivamente.

Gráfico 29 – Percentagem de utentes vítimas na sinistralidade com álcool, ∑2016 a 2018

81,3%73,0% 67,2%

18,8% 27,0% 32,8%

V. mortais F. graves F. leves

Condutores Outros utentes

6%5%

9%

1%4%

4%

3%

9%

4%

7%12%

3%

7%

8%

7%3%

3%6%

Feridos gravesAveiro

Beja

Braga

Bragança

C. Branco

Coimbra

Évora

Faro

Guarda

Leiria

Lisboa

Portalegre

Porto

Santarém

Setúbal

V. Castelo

Vila Real

Viseu

7%5%

8%

2%4%

4%

3%

8%4%

6%11%

2%

10%

8%

7%2%

5%5%

Vítimas mortaisAveiro

Beja

Braga

Bragança

C. Branco

Coimbra

Évora

Faro

Guarda

Leiria

Lisboa

Portalegre

Porto

Santarém

Setúbal

V. Castelo

Vila Real

Viseu

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©ANSR, 2020 30 / 36

10. Vítimas por categoria de veículo

Analisando os veículos intervenientes (gráfico 30), aproximadamente 2/3 das vítimas mortais e dos

feridos graves resultam de acidentes com automóveis ligeiros e 1/4 com veículos de “2 Rodas” a motor,

não se verificando valores estatisticamente significativos entre os restantes veículos, tendência similar

à da sinistralidade geral.

Gráfico 30 – Percentagem de vítimas mortais e feridos graves sob a influência do álcool por categoria de

veículo, ∑2016 a 2018

12. Condutores

O gráfico 31, referente à taxa de álcool no sangue dos condutores que sofreram lesões, é bastante

elucidativo ao revelar que a maioria apresenta uma TAS igual ou superior a 1,2g/l, ou seja, muito acima

do limite geral e assumindo valores que, de acordo com a legislação atual, constituem crime.

Automóvel ligeiro64%

"2 Rodas" motor25%

Outros veíc.11%

Vítimas mortais

Automóvel ligeiro67%

"2 Rodas" motor24%

Outros veíc.9%

Feridos graves

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©ANSR, 2020 31 / 36

Gráfico 31 – Percentagem de condutores segundo o nível da TAS, ∑2016 a 2018 por tipo de lesão

Relativamente ao género dos condutores, é nítida a preponderância do sexo masculino em todos os

graus de lesão (gráfico 32): 96,9% das vítimas mortais, 96,5% dos feridos graves e 91,7% dos feridos

leves.

Gráfico 32 – Percentagem de condutores vítimas sob a influência do álcool segundo o género, ∑2016

a 2018

9,2% 12,6% 10,3%

19,8%20,9% 19,5%

71,0% 66,5% 70,2%

V. mortais F. graves F. leves

≥0.5g/l e < 0.8g/l ≥0.8g/l e < 1.2g/l ≥1.2g/l

96,9% 96,5% 91,7%

Morto Ferido grave Ferido leve

Feminino

Masculino

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©ANSR, 2020 32 / 36

No que se refere à idade, observa-se uma maior incidência de condutores vítimas sob a influência de

álcool entre os 20 e os 49 anos, representando 62,9% das vítimas. Analisando por tipo de lesão, 23,5%

das vítimas mortais têm entre 30 e 39 anos, 25,5% dos feridos graves têm entre 40 e 49 anos, tal como

acontece nos feridos leves, em que 23,0% se situam no mesmo grupo etário.

Gráfico 33 – N.º de condutores vítimas sob a influência do álcool segundo o grupo etário, ∑2016 a 2018

A este propósito, interessa igualmente evidenciar a relativa predominância nos acidentes sob o efeito

de álcool de condutores com idades compreendidas entre os 30 e os 54 anos (gráfico 34), os quais

representam 54,9% das vítimas mortais e 56,6% dos feridos graves contra 40,6% e 45,9%,

respetivamente, na sinistralidade geral.

15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 >=75

V. mortais 7 18 24 36 33 28 32 32 25 22 14 10 12

F. graves 7 61 61 52 60 70 72 65 44 34 14 14 10

F. leves 48 355 350 319 360 379 423 328 301 225 165 108 124

0

100

200

300

400

500

600

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Gráfico 34 – Percentagem de vítimas mortais e de feridos graves por grupo etário da sinistralidade com álcool

na sinistralidade geral, ∑2016 a 2018

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

20%

15

-19

20

-24

25

-29

30

-34

35

-39

40

-44

45

-49

50

-54

55

-59

60

-64

65

-69

70

-74

>=7

5

Vítimas mortais

TAS≥0,5g/l Geral

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

20%

15

-19

20

-24

25

-29

30

-34

35

-39

40

-44

45

-49

50

-54

55

-59

60

-64

65

-69

70

-74

>=7

5

Feridos graves

TAS≥0,5g/l Geral

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BIBLIOGRAFIA

Allsop, R. (2015) Saving lives by lowering the legal drink drive limit, University College London.

Compton, R.P., Blomberg, R.D., Moskowitz, H., Burns, M., Peck, R.C. & Fiorentino, D. (2002)

Crash rate of alcohol impaired driving. Proceedings of the sixteenth International Conference

on Alcohol, Drugs and Traffic Safety ICADTS, Montreal.

Safety Performance Indicators- SPI disponível em http://www.dacota-

project.eu/Links/erso/safetynet/content/safetynet.html

https://www.itf-oecd.org/sites/default/files/docs/alcohol-related-road-casualties-official-

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https://ec.europa.eu/transport/road_safety/sites/roadsafety/files/newspdf/study_alcohol_i

nterlock.pdf

http://www.sicad.pt/BK/Publicacoes/Lists/SICAD_PUBLICACOES/Attachments/161/Relatorio

Anual_2018_%20ASituacaoDoPaisEmMateriaDeAlcool_PT.pdf

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