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C I R C U L A Ç Ã O N A C I O N A L Órgão Oficial da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 2ª Região ANO IX - Nº 61 Janeiro-Fevereiro/2006 CONCURSO AMATRA-SP requer realização de concursos para Juiz do Trabalho Substituto Página 11 HOMENAGEM Veja o artigo sobre a flexibilização trabalhista Página 12 DOUTRINA Antônio da Graça Caseiro e Celso Alonso deixam saudades Página 11 Confira as propostas eleitorais, a composição da diretoria e perguntas de um candidato para o outro. Página 6

Confira as propostas eleitorais, a composição da diretoria ... · Gézio Duarte Medrado Conselheiros José Lucio Munhoz Sonia Maria Lacerda ... colegas de Diretoria, minha mais

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C I R C U L A Ç Ã O N A C I O N A L

Órgão Oficial da Associaçãodos Magistrados daJustiça do Trabalho

da 2ª Região

ANO IX - Nº 61 Janeiro-Fevereiro/2006

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○CONCURSO

AMATRA-SP requerrealização de concursos para

Juiz do Trabalho SubstitutoPágina 11

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Veja o artigosobre a flexibilização

trabalhistaPágina 12

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○DOUTRINA

Antônio da Graça Caseiroe Celso Alonso

deixam saudadesPágina 11

Confira as propostas eleitorais, a composição da diretoria eperguntas de um candidato para o outro.

Página 6

Janeiro-Fevereiro/2006○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○2

DIRETORIA EXECUTIVA

PresidenteJOSÉ LUCIO MUNHOZ

Vice-PresidenteSÔNIA MARIA LACERDA

Diretora CulturalMARIA DE FÁTIMA ZANETTI

Diretor SecretárioANDRÉ CREMONESI

Diretora SocialSORAYA GALASSI LAMBERT

Diretora TesoureiraNEYDE GALARDI DE MELLO

Diretor de BenefíciosSAINT CLAIR LIMA E SILVA

COMISSÃO DISCIPLINAR E DEPRERROGATIVAS

TitularesEDÍLSON SOARES DE LIMA

EDUARDO DE AZEVEDO SILVAWILDNER IZZI PANCHERI

SuplentesCÍNTIA TAFFARI

DÉCIO SEBASTIÃO DAIDONEFERNANDO CÉSAR TEIXEIRA FRANÇA

CONSELHO FISCAL

TitularesANTONIO RICARDO

LIANE CASARIN SCHRAMMMARBRA TOLEDO LAPA

SuplentesANÍSIO DE SOUSA GOMES

JOSÉ BRUNO WAGNER FILHOSÉRGIO PINTO MARTINS

IMPRENSAConselho Editorial

CoordenadorGézio Duarte Medrado

ConselheirosJosé Lucio MunhozSonia Maria Lacerda

Soraya Galassi LambertPaulo Kim Barbosa

Lúcio Pereira de Souza

Jornalista ResponsávelThaís Ribeiro Croitor - MTB 35386

RevisãoIzilda Garcia

FotosAugusto Canuto

Thaís Ribeiro Croitor

DiagramaçãoFernanda Ameruso

Editoração e FotolitoAmeruso Artes Gráfica (11) 6215-3596

[email protected]ão

Ativa/M Editorial Gráfica (11) 6602-3344

AMATRA-SPASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO.Av. Marquês de São Vicente nº 235 – Bloco B 10ª and. – São Paulo – SP

CEP: 01139-001 – Telefones: (011) 3392-4727 – 3392-4997 e 3392-4996www.amatra2.org.br – [email protected]

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Palavra do Presidente ........................................ 3

Entrevista .......................................................... 4

Capa - Exposição de proposta ........................... 6

Capa - Chapa União e Força .............................. 8

Capa - Chapa Participação Democrática ............ 9

Capa - Comissões e Conselhos ........................10

Por dentro da AMATRA .....................................11

Nepotismo .......................................................12

Congresso .......................................................14

Evento ..............................................................15

Doutrina ...........................................................16

Atualize-se .......................................................17

Viagens ............................................................18

Jure et facto .....................................................19

Aconteceu em audiência ...................................20

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SUMÁRIOEXPEDIENTE

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PALAVRA DO PRESIDENTE

MUITO OBRIGADO!

Uma Diretoria

só é importante

se conseguir serum elementoaglutinador, capazde ampliar apresença dosmagistrados nasdecisões queditam os destinosda entidade.

Com isso seconquista mais,erra-se menos,criam-se

novas idéias,permitem-sediferentesreflexões.

Nestes dois anos tive a honra de ser elei-to e de presidir esta entidade representativada magistratura trabalhista da maior regiãometropolitana do país. O trabalho não foiindividual e todo um grupo de colegas seesforçou muito para corresponder à con-fiança depositada. Muito se fez em tão pou-co tempo. A entidade deu um grande saltoem atuação institucional, no trabalho polí-tico, na comunicação, na busca de melho-res condições de trabalho, na melhoria daatuação jurisdicional, nos eventos sociais,nos serviços prestados.

Com os colegas diretores, adjuntos emembros de comissões, discutimos propos-tas, elaboramos projetos, planejamos a atua-ção institucional, buscamos alternativas.Como uma boa família, tentamos construiruma nova casa, mais feliz, mais confortá-vel, mais produtiva.

Sem esta união não teríamos alcançadoos resultados obtidos. Uma Diretoria só éimportante se conseguir ser um elementoaglutinador, capaz de ampliar a presençados magistrados nas decisões que ditam osdestinos da entidade. Com isso se conquis-ta mais, erra-se menos, criam-se novasidéias, permitem-se diferentes reflexões.Democracia associativa se faz com atos con-cretos, não com retórica.

Desde o início, até mesmo em razão denossa história política local, eu tive semprea noção exata de minha responsabilidadena condução da AMATRA-SP. Este peso fi-cou mais leve, mais suportável, com a atua-ção dos colegas e amigos que compuserameste maravilhoso grupo, aos quais me fal-tam palavras para agradecer a afeição coma qual me presentearam.

Cremos ter conseguido abrir aAMATRA-SP para maior participação dosassociados, distribuindo tarefas, criandocomissões, permitindo que os diretoresefetivamente participassem dos trabalhose da organização de sua pasta.

Agora se aproxima o momento de pas-sarmos a Diretoria da AMATRA-SP paraoutros colegas. A luta não se esgota e exis-tem outros tantos objetivos a serem con-quistados e desejo que a futura gestão con-siga ampliar as realizações, consolidar asconquistas, melhorar ainda mais a entida-de, fazê-la mais forte.

O exercício do poder-dever de votar, pe-los associados, e a valorização das discus-sões das propostas apresentadas pelas cha-pas, fortalece a AMATRA-SP e contribuipara o engrandecimento de toda a magis-tratura. A valorização de nossa entidade per-

mitirá a obtenção de muitas outras vitórias,coletivas e individuais.

Trago uma aspiração especial de que to-dos os juízes, imediatamente após o últi-mo voto, se unam em torno deste ideal quevaloriza o conjunto, que busca vencer de-safios comuns, que visa destruir os obstá-culos externos. Seria lamentável o desper-dício de energia e esforços para soluçãode questiúnculas eleitoreiras, em debatesinternos estéreis, em ataques pessoais quesó nos dividem.

A maturidade de nossa atuação social,política e institucional deve caminhar nosentido de valorizar os eventos daAMATRA-SP, seja qual for a Diretoria elei-ta, sem deixarmos que interesses menores,de grupos ou pessoais fiquem à frente daprópria entidade, desprestigiando o coletivo.

É momento de abrir espaços para queoutros colegas possam vivenciar todas es-tas emoções, construir caminhos alternati-vos, enfrentar diversas realidades, produ-zir novas conquistas.

Deixamos a direção da AMATRA-SP coma alma tranqüila e aliviada, prontos paracolaborar com a nova Diretoria no que forpreciso. Desejamos que muito possam rea-lizar, desfrutando, no coração, a doce feli-cidade das conquistas.

Aos associados que me agraciaram como voto de confiança, sugestões, carinho esolidariedade – vitais para a manutenção daserenidade e obtenção de tantas realizações– minha inesquecível gratidão.

Continuemos, juntos, construindo aAMATRA-SP de nossos sonhos, valorizan-do suas ações, respeitando a legitimidadede suas lideranças e incentivando a repre-sentatividade associativa. Precisamos, jun-tos, sonhar, trabalhar, construir, vibrar, cho-rar, comemorar. Àqueles que sonharam edividiram conosco estes sentimentos, gos-taria de deixar o meu especial agradecimen-to. Aos tantos parceiros de jornada, a certe-za de uma convivência leal e produtiva. Aoscolegas de Diretoria, minha mais profundaadmiração, eterno respeito e reverência pelocomprometimento, doação, companheiris-mo e o sempre presente abraço amigo e fra-terno.

Numa despedida formal como esta,minhas duas últimas palavras só poderiamser: “muito obrigado”.

José Lucio MunhozPresidente da AMATRA-SP

Janeiro-Fevereiro/2006○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○4

A atuação e vigilânciaconstantes daAssociação emBrasília, com o apoiodas AssociaçõesNacionais, paraalcançar a necessáriaautonomia financeirado Poder Judiciário é aestratégia paraenfrentar esse entrave.

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ENTREVISTA

MAGISTRADOS ELEGEM A Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 2ª Região promove, dia 15 de

março, a eleição de sua nova Diretoria, Comissão Disciplinar e de Prerrogativas e ConselhoFiscal para o biênio 2006-2008. O processo eleitoral ocorrerá das 16h às 20h, na sede daAMATRA-SP, com apuração em seguida ao encerramento da votação.

1. Gostaria que comentasse brevementesua trajetória na magistratura.

Ingressei na carreira no XVIII Concur-so, em março de 1996, atuei como JuizSubstituto por nove anos e meio, aproxi-madamente, e fui promovido por antigüi-dade em 31 de maio de 2005, para a 1ªVara de São Paulo.

2. Qual sua expectativa quanto ao plei-to para a próxima gestão?

Pela importância das eleições para a vidada Associação, torcemos pela mais amplaPARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA de to-dos os associados no pleito, o que, por si,já engrandeceria a AMATRA II.

3. Qual sua principal proposta caso sejaeleito?

Nossas principais propostas são: revita-lizar a atuação da Associação na defesa in-transigente das prerrogativas dos magistra-dos, função precípua de uma entidade re-presentativa de juízes; e lutar pela melho-ria da qualidade dos serviços judiciáriosprestados à sociedade, o que significa ga-rantir melhor estrutura de trabalho para osjuízes e servidores. Nesta luta, buscaremoso aumento do número de cargos, o preen-chimento dos já existentes, a melhoria daestrutura material, a manutenção e o efeti-vo usufruto das férias de sessenta dias porano para os juízes, o estímulo à adoção dapauta referência em toda a Região e a de-signação de juízes auxiliares permanentesnas unidades de maior movimento.

4. Em sua opinião, hoje, quais são osprincipais entraves para a moderniza-ção do Judiciário e como devem ser en-frentadas?

O principal entrave é a ausência de au-tonomia financeira efetiva, real e concretados Tribunais. O Judiciário submete-se, naorganização do Orçamento da União, aosditames políticos do Executivo e do Legis-

lativo, não recebendo os investimentosnecessários para a modernização e me-lhoria da qualidade dos serviços judiciá-rios. A atuação e vigilância constantes daAssociação em Brasília, com o apoio dasAssociações Nacionais, para alcançar anecessária autonomia financeira do Po-der Judiciário é a estratégia para enfren-tar esse entrave.

5. Como o Senhor avalia a recente re-forma do Poder Judiciário? A refor-ma do Judiciário se esgota com a pro-mulgação da Emenda 45/2004? O quefalta fazer?

Não houve reforma nuclear do Judi-ciário, porque, da perspectiva do cidadão,o que aconteceu foi apenas a troca decompetência de algumas matérias. Subs-tancialmente, o Judiciário não se modifi-cou. Faltam, ainda, a reforma da legisla-ção processual, a mudança do sistema decomposição dos tribunais superiores, ins-tituindo-se eleições diretas de seus mem-bros, a democratização interna do Judi-ciário, mediante a eleição direta dos ad-ministradores, com a participação de to-dos os juízes, entre outras medidas. De-vemos, ainda, aproveitar o aumento dacompetência, respondendo ao jurisdicio-nado com a mesma presteza que semprecaracterizou a Justiça do Trabalho.

6. Para o senhor, qual deve ser o papeldas associações para um Judiciário for-te e democrático neste novo cenário?

O principal papel da Associação é en-volver os associados nas importantes dis-cussões de interesse do Judiciário. Fo-mentar a PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁ-TICA efetiva dos associados nas delibe-rações, com o que se fortalece a entida-de, legitimando suas decisões. Interagircom a ANAMATRA, representante dosJuízes do Trabalho em nível nacional,para se integrar à luta de fortalecimentodo Judiciário Trabalhista.

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Respostas do juiz

Mauricio Miguel Abou Assali

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Respostas do juiz

Gabriel Lopes Coutinho Filho1. Gostaria que comentasse brevemente suatrajetória na magistratura.

Ingressei na magistratura do trabalho da 2ªRegião em setembro de 2000, no XX Concurso.Foi um concurso difícil, com uma banca exami-nadora muito exigente. Comigo acorreu algo co-mum a todos os Colegas: o concurso torna-semais que um meio de acesso, para representar um“rito de passagem”, na qual se alcança e se esta-tui a maturidade da visão do magistrado. Passeiquase 4 anos em uma mesma Vara e foi uma ex-periência formidável pois, ainda que substituto,tive que assumir e desenvolver uma forte relaçãode engajamento e comprometimento com a Se-cretaria e todos os funcionários.

2. Qual sua expectativa quanto ao pleito paraa próxima gestão?

Construir juntos o futuro dando continuidadeao que está dando certo. É isso que espero dapróxima gestão. A AMATRA-SP tem dado mos-tras de sua atividade pujante e grandes vitóriasforam alcançadas. As conquistas da AMATRA-SPsão do conjunto de seus associados. Isso significaque nossa comunidade não aceita menos do quejá tem recebido e continuará exigindo a contra-partida de serviços e luta por avanços na melhoriade nossas condições de trabalho e de vida.

3. Qual sua principal proposta caso seja eleito?São tantas as carências e demandas de nossa

comunidade que seria uma redução injusta a in-dicação de uma só proposta. Considero que lutarpor um plano remuneratório, que contemple to-das os segmentos de juízes da ativa e jubilados,é um ponto fundamental a ser defendido e, nesseplano, o ATS é ponto de destaque que defende-mos intransigentemente tanto para colegas ati-vos como jubilados. Propomos também umaampliação do Tribunal com mais 25 vagas dejuiz na 2ª instância. A programação de ativida-des ligadas à qualidade de vida é uma necessida-de a ser suprida da mesma forma que atividadesculturais diferenciadas estão alinhadas em nos-so programa. O plano social promete grandes mo-mentos de entretenimento para nossos juízes.Ressalto que nosso programa foi elaborado apartir de nossas pesquisas com os Colegas e fo-ram desenhadas com grande cuidado e carinho,para alcançar o máximo de resultado positivo.

4. Em sua opinião, hoje, quais são os princi-pais entraves para a modernização do Judi-ciário e como devem ser enfrentadas?

Os entraves à modernização do Judiciário sãoos déficits históricos de fatores estruturais, mate-riais e de recursos humanos, além do próprio de-senho de nosso sistema processual. O objetivo

principal do Poder Judiciário deve ser a efetivi-dade do processo e a prestação jurisdicional. Paratanto, entendo que deve haver um investimentosignificativo em cultura de informática, no aper-feiçoamento de juízes e funcionários em suasrespectivas áreas, implementando condições detrabalho que atenda às suas necessidades. Deveser uma solução integrada e coordenada, volta-da à produtividade sem prejuízo da qualidadeda resposta jurídica.

5. Como o Senhor avalia a recente reforma doPoder Judiciário? A reforma do Judiciário seesgota com a promulgação da Emenda 45/2004? O que falta fazer?

A EC45/2004 tem aspectos que devem serdebatidos com vigor. A magistratura como umtodo tem feito criticas severas ao instituto dasúmula vinculante, ressaltando que a formaçãoda jurisprudência, em nosso sistema, é produtode maturação e transformação constante, quali-dades que podem ser prejudicadas. Outro aspec-to que merece atenção é o CNJ, com a participa-ção de quadros externos ao Judiciário, inclusivecom poderes de processar e de avocar processosdisciplinares em face de magistrados desde o 1ºgrau. A EC45/2004 está longe de esgotar as re-formas que o Poder Judiciário necessita. E nãose atacou ainda os dispositivos processuais quepermitem a prolongação excessiva da lide.

6. Para o senhor, qual deve ser o papel dasassociações para um Judiciário forte e demo-crático neste novo cenário?

As associações de magistrados ocupam umespaço vital no aprimoramento das instituiçõespúblicas, incluindo o Judiciário, pois formamuma fonte legítima de expressão e uma frentepoderosa de resistência. É fonte de expressão davontade de um segmento da cidadania profun-damente compromissado com a democracia e aobediência às leis e à justiça, fundada em suamissão constitucional. Ver Ao mesmo tempo, asassociações formam uma frente de resistêncialegítima contra todo tipo de ação tente diminuirou retirar dos magistrados suas prerrogativas le-gais e morais. O Judiciário deve ser uma reservade excelência democrática, pautada pela obser-vância da lei e de todos os princípios caros àcoisa pública, servindo de parâmetro a todas asdemais instituições, especialmente pelo fato deque, em última instância, é ao Judiciário quetodos buscam na hipótese de haver qualquer in-justiças. A AMATRA-SP, nesse contexto, é umadas Associações mais importantes do Brasil, sejapor seu natural expressivo número de associa-dos seja pela atuação vigorosa em todos os te-mas de interesse que lhes são pertinentes.

Os entraves àmodernização doJudiciário são osdéficits históricos

de fatoresestruturais,

materiais e derecursos humanos,

além do própriodesenho de nosso

sistema processual.

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ENTREVISTA

O NOVO PRESIDENTEDuas chapas disputam a eleição: União e Força, que tem como candidato a presidente o

juiz Gabriel Lopes Coutinho Filho, e Participação Democrática, que tem como candidato apresidente o magistrado Mauricio Miguel Abou Assali.

Confira a entrevista feita pelo Jornal Magistratura & Trabalho com os dois candidatos.

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Janeiro-Fevereiro/2006○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○6

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CAPA - EXPOSIÇÃODE PROPOSTA

No plano institucional, a ChapaUnião e Força propõe a continua-ção da luta constante e intransigen-te pela independência da magistra-tura, atuando de forma propositivao que significa não esperar paraagir. Vamos lutar para aperfeiçoaros mecanismos de promoção pormerecimento fundados em critéri-os objetivos, intervindo e garantin-do que os critérios de merecimentosejam debatidos e aplicados comtransparência e eficácia. Vamos lu-tar pela implantação de critérios dedesignação de juízes substitutos demodo que haja sempre transparên-cia nas designações para substitui-ção e auxílios, nas Varas e convo-cações para o Tribunal. A pauta re-ferência é um importante avançopara o amadurecimento das rela-ções entre colegas, estabelecendoum parâmetro objetivo de produ-ção que atenda à jurisdição e à sa-nidade física e emocional dosjuízes. Temos o compromisso delutar pelo mais breve provimentodos cargos vagos de juiz na 2a Re-gião. Continua também o trabalhopara a aprovação do projeto decriação de 141 novos cargos dejuízes substitutos, que atualmenteencontra-se na Comissão de Finan-ças da Câmara dos Deputados. Osconcursos de ingresso à magistra-tura do trabalho devem ser realiza-dos de forma mais breve e célere,considerando a quantidade de car-gos disponíveis e os níveis de apro-vação históricos dos concursos denosso TRT/SP. Temos o firme pro-posto de lutar pelo estabelecimentode um plano remuneratório condig-no com a posição da Magistratura,priorizando o ATS, a recomposiçãoanual dos subsídios e minimização

dos efeitos da Reforma da Pre-vidência sobre a Magistratura.Lutaremos pela participação daAMATRA-SP nas decisões da Ad-ministração do TRT-SP que atinjamou interfiram na atividade dosJuízes, pelo respeito ao RegimentoInterno do TRT exigindo o assentoda AMATRA-SP na Escola da Ma-gistratura do TRT 2a Região e pelaparticipação da AMATRA-SP nasdiscussões prévias com a Correge-doria do TRT 2a Região no que tan-ge à edição de Provimentos e medi-das que afetem ou interfiram nas ati-vidades dos Juízes de São Paulo. AChapa União e Força pretende ado-tar uma prática de ação de defesade prerrogativas pró-ativa, toman-do medidas necessárias na condu-ção de propostas preventivas quevisem à proteção dos Juízes emseus direitos inalienáveis comoagentes de poder. Acompanhamen-to da atuação do CNJ - ConselhoNacional de Justiça, vigiando paraque seus limites constitucionais se-jam obedecidos e que esse órgãonão se projete como instância dis-ciplinar dos Magistrados.

Atuação junto ao Congresso Na-cional para defesa dos projetos de in-teresse da magistratura, em especialos relativos às condições de traba-lho e seus subsídios. Outro ponto éo fortalecimento das parcerias insti-tucionais da AMATRA-SP com aAMB - Associação dos MagistradosBrasileiros e ANAMATRA - Associa-ção Nacional dos Magistrados da Jus-tiça do Trabalho além de ampliartambém a atividade de parceria e in-tercâmbio com outras entidades eórgãos da Magistratura, MinistérioPúblico, Advocacia, Sindicatos e So-ciedade Civil. Um projeto exclusivo

EXPOSIÇÃO DE PROPOSTASUNIÃO E FORÇA

é a criação de mais 5 turmas noTRT/SP ante o volume de proces-sos. O Total de Juízes do TRT,atualmente com 64, poderá ser ele-vado para 89, com a criação de 25cargos para a 2a instância do TRTpaulista. Um programa muito im-portante está nas atividades visan-do à qualidade de vida já implanta-da com sucesso. A sua continuida-de com maior vigor é decorrêncianatural da demanda efetiva que to-dos os Juízes de São Paulo neces-sitam. Propomos um programa departicipação em obras sociais, ta-lhado para a colaboração individualde cada colega, na medida de suasdisponibilidades de tempo e afini-dade. É a forma mais relevante egratificante de doação que um serhumano pode proporcionar a ou-tro, seu semelhante. Na área cultu-ral planejamos um programa de te-levisão, a criação de uma Escola daAMATRA-SP, já em fase de plane-jamento avançado por esta gestão.A diretoria social traz a novidadede um piano ao cair da tarde, umHappy Hour com Karaoque e oSuper Boca Livre, fora daAMATRA-SP, Além do Baile daMagistratura e festas temáticas. Adiretoria de benefícios planeja a am-pliação de convênios cada vez maisatrativos. A Diretoria Financeira tra-balhará a continuidade da introdu-ção de mecanismos de gestão pro-fissional, ligadas especialmente aplanejamento financeiro e orça-mento. Dando seguimento ao tra-balho já iniciado na gestão atual,ampliaremos o tratamento das nos-sas comunicações com os jornais,televisão e demais meios de comu-nicação de massa, interagindo maiscom esses formadores de opinião.

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Melhora da qualidade dos serviçosjudiciários. Pugnamos pelo aprimora-mento da indispensável missão do PoderJudiciário, esteio e fundamento do Esta-do Democrático de Direito. Neste senti-do, batalharemos firmemente pela a)ampliação do quadro de servidores emagistrados do trabalho na Região; b)rápida aprovação de todas as medidasque envolvam a criação desses cargospara São Paulo; c) realização de mais con-cursos, com célere encerramento de cadacertame, para preenchimento dos cargosdisponíveis de juiz do trabalho substitu-to; d) melhora do aparelhamento mate-rial das unidades judiciárias da Região,com o implemento do programa SISDOC,de movimentação eletrônica dos proces-sos; e) realização de atividades voltadaspara o enriquecimento da qualidade devida dos juízes associados; f) apresenta-ção de propostas legislativas que abrevi-em e tornem sempre mais eficazes as de-cisões judiciais trabalhistas; g) integra-ção efetiva da AMATRA II à Escola daMagistratura da Segunda Região, paraque a associação não se prive de interfe-rir, sugerir, participar e coordenar os pro-gramas voltados aos juízes; e h) dar inícioefetivo aos programas de cidadania, assu-mindo pública e cabalmente a responsabi-lidade social da AMATRA II no seio dacomunidade, com a divulgação em sin-dicatos, escolas, associações, da realida-de judiciária e dos mecanismos de aces-so à Justiça.

Plantão permanente de apoio ao as-sociado. O sofrimento terrível que en-frentamos com a recente perda do cole-ga Celso Alonso, de forma trágica, mos-trou a necessidade de implementação denosso plano de instituir um grupo per-manente de plantão, todos os dias do ano,para atendimento a qualquer emergên-cia que envolva os associados daAMATRA II. Temos certeza de que oapoio da instituição num momento cru-cial fará a diferença!

Direitos humanos e sociais. Certosde que uma associação de juízes nãopode voltar suas atenções exclusiva-mente aos interesses da categoria, emespecial uma associação de juízes dodireito social, implementaremos dire-toria adjunta de direitos humanos, quedeverá integrar a AMATRA II na lutaingente pela defesa do cidadão contraa) trabalho escravo, b) trabalho infan-til, c) discriminação e d) do amplo aces-so ao Judiciário.

Revitalizar a luta pelas prerroga-tivas da magistratura. Não há moti-vo para existir uma associação dejuízes, que não lute, como meta prin-cipal e objetivo mais importante, pelaindependência dos magistrados. En-cerrando um biênio em que a atuaçãoda AMATRA II na luta pelas prerro-gativas dos juízes mostrou-se vaga eopaca, contrariando tradição de maisde dez anos desta associação, preten-demos revitalizar os meios de prote-ção ao magistrado, com a) a imple-mentação de comissão de prerrogati-vas ativa; b) interação contínua juntoao Tribunal, visando evitar problemasque afetem a independência dosjuízes; c) resgate da comissão conjuntade prerrogativas criada na administra-ção Participação Democrática daAMATRA II no biênio 02-04 em as-sociação com AATSP; d) garantir as-sento e voz no Tribunal Pleno, para opresidente da AMATRA; e e) divul-gar para os associados, com as cau-telas exigidas e com a autorização dojuiz envolvido, a atuação da comis-são, visando a estimular a luta pelaindependência. A vitória de qualquerdos juízes é vitória de todos e necessitaser divulgada e comemorada.

Atividades culturais. Contínua pre-paração para excelência dos serviçosjudiciários é objetivo de todo magis-trado. A promoção de meios para queesta preparação não esmoreça incum-

be, também, à AMATRA II. Procurare-mos: a) diligenciar junto ao Tribunal emfavor dos pedidos de licença relaciona-dos à formação do magistrado; b) ofere-cer cursos formais, reuniões informais,cursos telepresenciais e boletins de atua-lização jurisprudencial e legislativa; c)criação de convênios com editoras, li-vrarias e entidades científicas, para pro-piciar aos juízes fácil e barato acesso aomaterial e aos cursos necessários a seuaprimoramento; e d) ressurreição da “Re-vista da AMATRA II” e revitalização do“Jornal Magistratura e Trabalho”, para queexerçam o importante papel de formado-res de opinião, que historicamente vinhamcumprindo antes da atual gestão.

Convênios. Não discutimos ser essen-cial às atividades da associação a buscapor convênios de interesse de seus asso-ciados. Temos certeza, no entanto, danecessidade de que tais convênios nãose entabulem com quaisquer empresas,para que entidade de juízes do trabalhofavoreçam, com o consumo, maus em-pregadores, devedores contumazes decréditos trabalhistas ou entidades envol-vidas com denúncias de corrupção.Avançar neste campo é possível, apli-cando-se a cautela típica das decisõesjudiciais.

Participação democrática na Justi-ça do Trabalho da Segunda Região. OPoder que é esteio do Estado Democrá-tico de Direito não pode ficar alijado doexercício pleno da democracia. Com estabandeira, pretendemos: a) promovereleições diretas para a direção do Tribu-nal, com a participação de todos os ma-gistrados da Região, publicando seu re-sultado antes da eleição regimental, paradeixar cientes da escolha da maioria,todos os integrantes do restrito colégioeleitoral; b) batalhar por alteração regi-mental que amplie o colégio eleitoraldos dirigentes do Tribunal, a fim de quedele participem todos os juízes ativosda Região.

EXPOSIÇÃO DE PROPOSTASPARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA

CAPA - EXPOSIÇÃODE PROPOSTA

Janeiro-Fevereiro/2006○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○8

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CAPA - CHAPAUNIÃO E FORÇA

Diretoria ExecutivaGABRIEL LOPES COUTINHO FILHO

PresidenteJuiz Substituto do Trabalho desde set/ 2000(1º lugar no XXV Concurso). Diretor Cultu-ral da AMATRA-SP biênio 2004/2006. Mes-tre em Direito do Estado pela UniversidadeMackenzie. Mestre em Direito do Trabalhopela PUC/SP. Professor de Pós-Graduação

em Direito da Universidade Mackenzie-SP. Professor deGraduação de Direito da FADISP (Arruda Alvim). Laureadocom Prêmio Nacional Cesarino Júnior 1998 - IBDSCJ - 1ºLugar

TÂNIA BIZARRO Q. DE MORAISVice-PresidentaBacharel em Direito pela USP (1974).Mestre em Direito Agrário e Direito Pro-cessual Civil. Advogada pelo EBCT (Che-fe da Assessoria Jurídica). Ingressou naMagistratura do Trabalho em 1985 e foipromovida ao TRT 2ª Região em 2001 (5ª

Turma). Professora de Direito do Trabalho das FaculdadesIntegradas de Guarulhos desde 1989. Diretora Social daAMATRA-SP biênio 2004/2006.

MARIA DE FÁTIMA ZANETTIDiretora CulturalFuncionária da Justiça do Trabalho de 1977a 1980. Advogada de 1981 a 1984. Ingres-sou no TRT da 2ª Região em 1985 comoJuíza Substituta e aposentou-se em 2003como Juíza do Tribunal, para onde foi pro-movida por merecimento. Professora de

Direito do Trabalho em cursos preparatórios; Professoraconvidada do Curso de Pós Graduação da FADISP (ArrudaAlvim) Professora convidada do IASP; Professora convida-da do FACCAMP; Professora convidada da Escola Paulistade Direito, Diretora Adjunta da AMATRA-SP - 2004/2006 eDiretora Cultural a partir de out/2005. Resp. pelo ProjetoQualidade de Vida da AMATRA-SP que incluiu a realizaçãodo 1º Encontro de QV da AMATRA-SP (2005).

EDILSON SOARES DE LIMADiretor FinanceiroBacharel em Direito pela Universidade Ma-ckenzie-SP. Especialista em Direito Empre-sarial pelo Mackenzie-SP. Mestre em Direi-to do Trabalho pela PUC-SP Professor deDireito na Universidade Ibirapuera. Autor dolivro “Correição Parcial” publicado pela LTr.

Ingressou na Magistratura na 15ª Região. Juiz Presidenteda 5ª VT-SP desde 2002. Membro Titular da Comissão dePrerrogativas da AMATRA-SP biênio 2004/2006.

SORAYA GALASSI LAMBERTDiretora SocialBacharel em Direito pela USP (1994). Ser-vidora do E. TRT da 2ª Região (1995 a1998). Juíza do Trabalho Substituta do TRTda 18ª Região de maio a agosto de 1998.Juíza do Trabalho Substituta do TRT da 2ªRegião desde agosto de 1998, aprovada

em 1º lugar no XXII Concurso. Pós-graduanda em Direito doTrabalho pela PUC/SP. Cursando Especialização em Econo-mia do Trabalho e Direito Sindical na UNICAMP. DiretoraAdjunta de Juízes Substitutos da Amatra II, no biênio 2004/2006 e Diretora Social desde nov/2005.

SONIA MARIA LACERDADiretora de BenefíciosBacharel em Direito pela Faculdade de Direi-to de Osasco FIEO (1988) Advogada de 1988a 1995. Pós-Graduação Lato Sensu emDireito Empresarial pelo Mackenzie-SP(2000). Ingressou na Magistratura em 1995como Juíza Substituta por concurso público.

Titular deste 2002 atualmente presidente da 2ª VT de Osasco.Vice-Presidenta da AMATRA-SP no biênio 2004/2006.

THIAGO MELOSI SÓRIADiretor SecretárioBacharel em Direito pela Faculdade de Di-reito da USP (1999). Especialista em Direi-to do Trabalho da PUC (2003). Estagiário eAdvogado do Departamento Jurídico do XIde Agosto. Ingressou na Magistratura doTrabalho da 2ª Região como Juiz Substituto

em março de 2004. Participação como debatedor em pa-lestras da AMATRA-SP.

1. Você foi juiz classista durante algunsanos. Gostaríamos de saber qual sua ativi-dade sindical anterior à nomeação classis-ta, qual o sindicato que o indicou e que bene-fícios essa experiência lhe trouxe para a car-reira de magistrado?

Agradeço a oportunidade de falar sobre essetema que, entre alguns raros colega, é um ver-dadeiro preconceito, inadequado à nossa con-dição como Juízes. Ser candidato demonstra aconfiança de meus pares em minha conduta euma postura de separação entre a crítica à fun-ção e a crítica à pessoa. Já comprovei isso exer-cendo o cargo de Dir. Cultural na atual gestão,sendo considerada por muitos a melhor atua-ção cultural da história da entidade. O fato deter sido juiz classista certamente não era moti-vo de desonra ao colega da chapa adversária,assim como não o é para mim. Outros classis-tas, tal como Wilson Batalha ou CristhianoCarrazedo, foram honrados togados. Antes deser juiz togado eu era titular de um escritóriode propriedade industrial e intelectual alémde professor universitário de direito. Essa ati-vidade é ligada ao SESCAPIPESP, atualSESCON, a maior entidade sindical estadualà época. Essa experiência, que muito valori-zo, ajudou-me a encarar a nossa atividade comalto grau de comprometimento social e decontínuo aperfeiçoamento profissional, tantoque atualmente tenho dois mestrados, sou pro-fessor universitário. Certamente em razão daminha contribuição pessoal ao coletivo, es-tou sendo indicado ao cargo de Presidente daentidade, circunstância que por si só muitome honra e orgulha.

2. Como você avalia a falta de atuaçãopública e incisiva da diretoria daAMATRA-SP, no tocante ao gravíssimotema “distribuição dirigida de processosna segunda instância”?

A afirmação de “falta de atuação” demons-tra falta de contato com a vida associativa e daobservância de alguns princípios básicos notratamento de temas que envolvam a magistra-tura ou as prerrogativas de magistrados. A en-tidade jamais pode cometer a imprudência de“pré-julgar”, condenando publicamente umfato que sequer restou comprovado até o pre-sente momento. Muito me estranharia se umDiretor de Prerrogativas, por exemplo, fosse aum jornal dirigido aos advogados para lamen-tar um fato que ainda se encontra em averigua-ção, sem que antes se observasse o respeito aodevido processo legal. A AMATRA-SP lançou

manifestação pública dirigida ao TRT/SP exi-gindo apuração dos fatos.

3. Em sua opinião, o instituto do quinto cons-titucional contribui de alguma forma à demo-cratização e o engrandecimento do Judiciá-rio?

Em nossas propostas públicas adotamos ocompromisso de respeitar as decisões do coleti-vo sobre esse tema. No entanto, os que ingressa-ram por tal instituto continuam credores do nos-so maior respeito e admiração, até porque hojecompõem a própria magistratura. O fato de en-tender que o concurso de juiz substituto tam-bém deve ser melhorado, não desqualifica to-dos os colegas que, como eu, por meio dele fo-ram aprovados. No entanto, me salta aos olhos aomissão nas propostas da chapa adversa quantoao importantíssimo tema.

4. Se um juiz do Tribunal retirar um fun-cionário, sem prévia anuência do juiz da vara,como deve agir a AMATRA-SP, caso provo-cada pelo juiz prejudicado?

A designação de funcionário para determi-nada lotação é de competência da presidênciado TRT/SP. O que não se pode aceitar é que nãohaja a devida substituição, em prejuízo da ati-vidade jurisdicional. A AMATRA-SP deve in-tervir para que haja a substituição ou para evitarque tal medida seja utilizada em abuso de direi-to ou no desvio de função.

5. Qual sua opinião sobre a prática do TSTem convocar juízes dos Tribunais Regionais,para ocuparem cargos no âmbito daquelaCorte, sem atender a qualquer critério objeti-vo e sem fundamento ou previsão legal?

É bom esclarecer que os juízes não ocupam“cargos” no TST. Eles continuam juízes doTRT/SP, só que convocados no TST. Não en-tendemos, todavia, que a prática adotada peloTST seja a mais adequada ainda que se com-preenda que foi essa a solução encontrada parase dar vazão ao enorme volume de feitos. Con-siderando as circunstâncias prática e reais, aprópria ANAMATRA, não enfrentou judicial-mente a matéria. Brilhantes nomes de nossoRegional foram convocados para auxiliar noTST. Podemos destacar os colegas CarlosBerardo, Wilma Nogueira de Araújo Vaz da Sil-va, Anélia Li Chum, Décio Daidone, Pedro Pau-lo Manus, Luis Claudio Godoi, Maria Doralice,entre outros. Além de honrar a 2ª Região noâmbito do TST, a experiência foi enriquecedorana vida pessoal e profissional dos colegas.

5 Perguntas da Chapa ParticipaçãoDemocrática para o candidatoGabriel Lopes Coutinho FilhoF

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5 Perguntas da ChapaUnião e Força para o candidato

Mauricio Miguel Abou Assali1. Qual a posição da chapa sobre a am-

pliação de competência da Justiça do Tra-balho para julgar as ações de relação deconsumo e as penais para apuração de cri-mes contra a organização do trabalho?

Apoiamos a interpretação ampliativa da

nova competência da Justiça do Trabalho,

em especial nestes primeiros momentos, de

fixação dos parâmetros jurisprudenciais.

Não nos esquecemos de que o Tribunal que

soluciona os conflitos de competência - STJ

- não tem, em sua composição, representan-

tes da Justiça Laboral, o que torna as abor-

dagens acerca do nosso ramo do Judiciário,

em geral, recheadas de preconceitos. A ques-

tão, no entanto, encontra-se no inviolável

espaço da decisão jurisdicional, não deven-

do compor, a nosso ver, plataforma política

da associação.

2. Qual a posição da chapa relativa àcompra da sede da AMATRA/SP?

Defendemos a compra da sede da

AMATRA II há muitos anos. Na transferên-

cia para o Fórum Ruy Barbosa, durante al-

guns dias, a sala anunciada como “da

AMATRA” sumiu dos croquis publicados

pela Presidência e, na ocasião, pudemos

confirmar a instabilidade que representa a

falta da sede própria. Um local no fórum

para uso dos juízes é muito diferente da sede

da associação. Esta, a nosso ver, deve ser

independente da Administração do Tribu-

nal, como fundamento de sua autonomia

institucional.

3. Qual a posição da chapa relativa aoProjeto de 141 novos cargos de juízessubstitutos em trâmite legislativo e quan-to à proposta de criação de 25 cargos dejuiz do TRT/SP?

O aumento do número de cargos de

juízes, em primeira e segunda instâncias, é

sempre providência necessária nesta Re-

gião, que reúne a maior fatia da distribuição

de todos os processos trabalhistas do país.

Nossa proposta é regulamentar o dispositi-

CAPA- CHAPA PARTICIPAÇÃODEMOCRÁTICA

vo constitucional que estabelece a propor-

cionalidade entre unidades de jurisdição e

quantidade de processos, para que, de forma

mais célere, as Novas Varas – com os respec-

tivos cargos – possam ser criadas, logo que o

volume de trabalho exija.

4.Qual a posição da chapa sobre o assen-to da AMATRA-SP na Escola da Magistra-tura do TRT/SP?

De anos – a PD dirigiu a AMATRA II por

mais de uma década – lutamos pela efetiva

instalação da escola, dirigida por um cole-

giado, como prevê o regimento. Este passo

foi dado pela atual gestão do TRT, embora,

com a nomeação de uma comissão de cole-

gas. Participar da condução da escola é pro-

jeto político de nosso grupo há muitos anos,

portanto. Não desperdiçaríamos convites

para que o presidente tomasse seu assento re-

gimental na escola. Pelo contrário, eleitos,

ali estaremos, de forma atuante e democráti-

ca. Participando.

5. Qual a posição da chapa quanto aolocal de realização de encontros anuais daAMATRA, esclarecendo se devem ser naCapital, dentro do Estado de São Paulo ouem qualquer outro lugar sem limitação?

Entendemos que esta decisão deva contar

com PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA de

todos os associados. Fizemos os DOIS PRI-

MEIROS ENCONTROS fora da sede na his-

tória da AMATRA II, na gestão da colega

Olívia – Guarujá (2002) e Campos do Jordão

(2003). Episódios de sucesso notório. Temos

particular preferência para escolher locais no

Estado de São Paulo, para prestigiar nossa

região e facilitar o mais amplo acesso do

maior número de associados possível. Elei-

tos, no próximo encontro anual, a escolha do

subseqüente será feita em assembléia – va-

mos ressuscitar a assembléia política da ins-

tituição por ocasião do Encontro, prática

hoje abandonada – pelo voto dos presentes,

a partir de opções pesquisadas pela diretoria

social.

Diretoria ExecutivaMAURICIO MIGUEL ABOU ASSALI

PresidenteFormado em Direito pela Universida-de de São Paulo em 1987. ProfessorUniversitário da UNIP e UNIB desde1995. Pós-graduando em Direito doTrabalho pela USP. Professor Univer-sitário nas cadeiras de Direito do Tra-

balho e Processo do Trabalho; Juiz do Trabalho Titularda 1ª VT/SP. Na Amatra II foi membro do ConselhoFiscal da gestão 1998/2000 e membro da Comissãode Prerrogativas na gestão 2000/2002.

MARCOS NEVES FAVAVice-PresidenteFormado em direito pela USP e emLetras pelo Mackenzie. Mestre emDireito do Trabalho pela USP. Profes-sor de Processo do Trabalho na FAAP.Juiz do Trabalho desde 1996. NaAmatra II foi membro suplente da Co-

missão de Prerrogativas na gestão 1998/2000, vice-presidente na gestão 2000/2002 e Diretor Cultural nagestão 2002/2004. Na Anamatra atuou na ComissãoLegislativa entre 2000 e 2005, foi Diretor Cultural nagestão 2003/2005 e atualmente é Direitor de Prerro-gativas.

ARMANDO AUGUSTO PINHEIRO PIRESDiretor SecretárioFormado em Direito pela PUC/SP em1983. Servidor da Justiça do Trabalhoda Segunda Região de 1979 a 1993.Juiz do Trabalho desde 1993, atual-mente como titular da 2ª VT/SãoCaetano do Sul. Na Amatra II foi Dire-

tor Tesoureiro na gestão 1998/2000 e Diretor de Be-nefícios na gestão 2000/2002.

CRISTINA OTTONI VALERODiretora FinanceiraFormada em Direito pela Universidadede Mogi das Cruzes em 1985. Servi-dora do TRT da 2ª Região de 1981 a1991. Juíza do Trabalho desde 1991,sendo Juíza Titular da 54ª Vara do Tra-balho/SP de janeiro/1995 até a apo-

sentadoria em julho/2003. Atuou como Juíza convoca-da no TRT em 2002 e 2003.

HELDER BIANCHI FERREIRA DE CARVALHODiretor CulturalFormado em Direito pela UNAERP em1988. Técnico em informática de 1987/95. Advogado de 1995/2000. Juiz doTrabalho substituto desde 11/09/2000.

MAURICIO MARCHETTIDiretor SocialFormado em Direito pela USP em1996. Servidor do TRT - 2ª Região denov/93 a abril/99. Juiz do TrabalhoSubstituto desde 26/04/1999. Mes-trando em Direito do Trabalho pelaPUC/SP. Na Amatra II foi membro ti-

tular da Comissão de Prerrogativas na gestão 2002/2004 e em 2003/2004 ocupou a Diretoria de Benefí-cios.

VALÉRIA NICOLAU SANCHEZDiretora de BenefíciosFormada em Letras (inglês, francêse por tuguês) pela Faculdade de Filo-sofia, Letras e Ciências Humanas daUSP e em Direito pela mesma Uni-versidade. Foi Servidora do TRT da 2ªRegião de 1991 a 1995. Como Juíza

do Trabalho da 2ª Região está desde outubro de 1995,sendo atualmente Titular na 66ª VT/SP desde dezem-bro de 2002.

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CAPA- COMISSÕES ECONSELHOS

Comissão Disciplinar e dePrerrogativas - Titulares

LUIZ ANTONIO MOREIRA VIDIGALFuncionário do TRT/SP de 1974 a 1986. Ingres-sou a Magistratura do Trabalho como Juiz Subs-tituto 1986. Promovido por antiguidade a JuizTitular em 1989. Promovido por antiguidade aJuiz do TRT em 2002. Membro de diversascomissões de concurso público para ingresso

na magistratura da 2ª Região.

LÚCIO PEREIRA DE SOUZABacharel em Teologia (1989) e Direito (1994)pela Faculdade de Direito da USP. Funcionáriodo Banco do Brasil (1992-1994) e do BancoCentral do Brasil (1995-1996). Ingressou namagistratura em julho de 1996; atualmente,Juiz Titular da 2ª VT de São Paulo-SP. Cursan-

do Especialização em Economia do Trabalho e Direito Sindicalna UNICAMP. Laureado em concurso de monografias, promo-vido pelo Depar tamento de Direito do Estado, da FADUSP(1994), e pela ANAMATRA (2002) .

FERNANDO CÉSAR T. FRANÇABacharel em História (1988) e Direito (1997)pela USP. Mestre e Doutor em Filosofia pelaUSP (1999). Especialista em Epistemologia eHistória da Ciência pela Unicamp (1992). Au-tor de “Criação e Dialética”, pela Ed. Brasi-liense/EDUSP (1996) Professor de Direito do

Trabalho no Curso Robortella. Professor de Filosofia do Direitona UNICAPITAL. Juiz Substituto do Trabalho desde 2000 (XXXVConcurso).

Comissão Disciplinar e dePrerrogativas - Suplentes

CÁTIA LUNGOVBacharel em Direito pela Faculdade de Direitoda USP. Especialista em Direito do Trabalho.Ingressou como Juíza Substituta na 2ª Re-gião em 1988. Promovida a Juíza Titular deVara em Promovida a Juíza do TRT em 2002.Examinadora em diversos concursos para in-

gresso na magistratura da 2ª Região.

LÍLIAN GONÇALVESBacharel em Direito pela PUC-SP, em1985. Trabalhou na Justiça do Trabalho doTRT 2ª Região, como funcionária e oficialde justiça, de 1982 a 1989. Ingresso namagistratura da 10ª Região, em 1989 e na2ª Região, em novo concurso, em 1990.

Juíza Titular da 51ª VT¨de SP, desde 1994. Mestranda emDireito do Trabalho pela USP (em fase conclusiva). Cola-boradora da Escola da Magistratura - TRT - 2ª Região.

LUCIANA BEZERRA DE OLIVEIRAServidora do TRT/2ª Região de 1988 à 2001.Bacharel em Direito pela Universidade deMogi das Cruzes (formada em 1992). In-gressou na Magistratura do Trabalho comoJuíza Substituto aprovada em concurso pú-blico em setembro de 2001. Pós-graduada

em Direito e Processo do Trabalho pela UniversidadePresbiteriano Mackenzie (2005).

Conselho Fiscal - TitularesRONI GENÍCOLO GARCIAJuiz do Trabalho, aposentado em marçode 1998 como Titular na 2ª JCJ do Guaru-já. Ex-Inspetor Fiscal na Prefeitura do Mu-nicípio de São Paulo e ex-Diretor da Divi-são de Desenvolvimento do Departamen-to de Rendas Mobiliárias (Secretaria das

Finanças da PMSP). Ex-Procurador do Estado. Bacharelem Direito pela FADUSP-Faculdade de Direito da USP. Ba-charel em Administração pela Universidade Mackenzie.Mestre em Administração Geral pela FEA-Faculdade deEconomia e Administração da USP. Doutor em Direito Eco-nômico pela FADUSP-Faculdade de Direito da USP. Autordo livro “Manual de Rotinas Trabalhistas”, da Editora Atlas,3ª edição, 2003.

SAINT-CLAIR LIMA E SILVAJuiz Substituto na 2ª Região desde 2001.Diretor de Benefícios da AMATRA-SP nobiênio 2004-2006. Bacharel em Direito pelaFaculdade de Direito Padre Anchieta, deJundiai (1996). Servidor Público no TRT-15ª Região desde 1996, foi assistente de

juiz de 1998 a 2000. Aprovado no Concurso da Magistraturado Trabalho da 1ª Região (RJ) e 2ª Região.

FERNANDO MARQUES CELLIEngenheiro Textil formado pela Fa-culdade de Engenharia Industrial -FEI (1991). Funcionário Público doTRT da 2ª Região de 1993 a 2000,tendo atuado como atendente judi-ciário e assistente de diretor a par tir

de 1995. Juiz do Trabalho Substituto aprovado emconcurso público pelo TRT 15ª Região em 2000 eintegrante da magistratura do TRT da 2ª Região des-de jul/2001 (por permuta).

Conselho Fiscal - Suplentes

RICARDO CESAR A.HESPANHOLBacharel em Direito pela Universi-dade Mackenzie-SP- (1969). Ba-charel em Administração de Empre-sas pelo Instituto de Ensino SenadorFlaquer de Santo André (1976). Juiz

do Trabalho Substituto em março de 1983, promovi-do a Juiz Titular em 1987, por merecimento. JuizConvocado do TRT, em janeiro de 1983, promovidopor merecimento a Juiz do Tribunal em julho de 2001e aposentado voluntariamente em outubro de 2003.Diretor da AMATRA-SP no período de 1984 a 1990.Prof. universitário na Faculdade de Direito de Bra-gança Paulista e na Fundação Santo André, no pe-ríodo de 1985 a 1994

MARIA DE FÁTIMA DA SILVAJuíza do Trabalho do TRT da 2ª região,Titular da 3ª Vara do Trabalho de Gua-rulhos.

RICARDO VERTA LUDUVICEMestre e Doutor em Direito pela PUC-SP. Juiz Titular da 4ª VT de Cubatão.

Comissão Disciplinare de Prerrogativas - Titulares

JOSÉ RUFFOLOFormado em Direito pela PUC/SP em 1970.Juiz do Trabalho desde agosto de 1986.Juiz do Tribunal desde 28/02/05. Na AmatraII foi membro do Conselho Fiscal da gestão1996/1998 e da Comissão de Prerrogativasda gestão 1998/2000.

RUI CESAR PUBLIO B. CORREAFormado em Direito pela PUC/SP e em Jor-nalismo pela Faculdade Cásper Líbero am-bos concluídos em 1988. Advogado mili-tante de 1988 a 1993. Juiz do Trabalho dede1993, atualmente como Titular da 60ª Varado Trabalho/SP. Mestre em Direito do Tra-

balho e doutorando pela PUC/SP. Professor Universitário naGraduação e Pós-Graduação no COGEAE da PUC/SP. NaAmatra II foi membro suplente da Comissão de Prerrogati-vas na gestão 2002/2004.

DIEGO CUNHA MAESO MONTESFormado em Direito pela PUC/RS em1999, com título de especialização emProcesso Civil pela Unisinos/RS. Juiz doTrabalho Substituto na 2ª Região desdemarço de 2004.

Comissão Disciplinare de Prerrogativas - Suplentes

LAURO PREVIATTIFormado em Direito pela USP em 1964.Servidor do TRT da 2ª Região de 1960 até1971. Advogado militante na área sindi-cal pelos trabalhadores por 14 anos. Juizdo Trabalho desde jan/85, atualmentecomo Juiz do Tribunal desde junho/2002.

JOMAR LUZ DE VASSIMON FREITASFormado em Direito pela UERJ em 1981 e emAdministração Pública pela FGV também em1981. Juiz do Trabalho da 2ª Região desde1988, atualmente como Titular da 2ª VT/Dia-dema. Na Amatra II foi membro do ConselhoFiscal das gestões 1988/90 e 1990/92.

MARCO ANTONIO DOS SANTOSFormado em Direito pela FMU em 1993, ten-do concluído a Pós-Graduação pela PUC/SP em dezembro de 2003. Advogado mili-tante na área trabalhista de 1994 a 2004.Juiz do Trabalho Substituto desde novem-bro de 2004.

Conselho Fiscal - Titulares

MARIA CRISTINA FISCHFormada em Direito pela Faculdade de Direitode Santos, com especialização em Direito doTrabalho. Foi servidora do TRT da 2ª Regiãopor dez anos. Juíza do Trabalho desde 1988,atualmente é titular da 21ª VT/SP desde 1994.

PAULO DIAS DA ROCHAFormado em Direito pela PUC/SP em 1972.Juiz do Trabalho na 2ª Região de 1986 a1998, quando se aposentou na Presidênciada 20ª VT/SP. Atualmente é advogado mili-tante. Na Amatra II foi membro suplente doConselho Fiscal na gestão 1994/98 e vice-

presidente na gestão 1996/1998.

MARIA TEREZA CAVA RODRIGUESFormada em Direito pela Faculdade Católicade Direito de Santos desde 1983. Advogadamilitante nas áreas trabalhista e cível por onzeanos na Baixada Santista. Juíza do TrabalhoSubstituta na 2ª Região dede nov/1996.

Conselho Fiscal -Suplentes

MARIA ALEXANDRAKOWALSKI MOTTAFormada em Direito pela USP em1966. Mestra em Direito do Traba-

lho e Comercial pela mesma Universidade. Ingres-sou na Magistratura do Trabalho da 2ª Região emnovembro de 1975. Em setembro de 1995 foi pro-movida ao Tribunal, tendo se aposentado em 1999.Na Amatra II foi tesoureira em 1982, da Comissãode Prerrogativas nas gestões 1996/98 e 1998/2000,suplente do Conselho Fiscla na gestão 2000/2002 eDiretora Adjunta de Juízes Aposentados na gestão

2002/2004.

EDIVANIA BIANCHIN PANZANFormada em Direito pela Faculdadede Direito Padre Anchieta Jundiaídesde 1994, tendo concluído espe-cialização em Direito de Família em

1995 e Pós-Graduação em Direito Material e Pro-cessual do Trabalho em 2001, na mesma Institui-ção. Gerente de Recursos Humanos entre 1990 e1994 e advogada militante de 1996 a maio de 2001.Professora da UNIP Jundiaí em Direito e Processodo Trabalho desde agosto de 2002. Juíza do Traba-lho Substituta desde junho de 2001.

MOISÉS DOS SANTOS HEITORFormado em Direito pela Universi-dade Católica de Santos. Servidordo Tribunal de Justiça do Estado deSão Paulo de 1987 a 1990. Servidorda Justiça do Trabalho de 1990 a

1998. Juiz do Trabalho Substituto desde julho/1998.Na Amatra II, integrou o Conselho Fiscal na gestão2000/2002. Foi Diretor Adjunto da Baixada Santistana gestão 2002/2004.

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Ao juiz Antônio da GraçaCaseiro

Prestamos nossa homena-gem a Antônio da Graça Ca-seiro, que fez parte daAMATRA-SP desde que to-mou posse como juiz substi-tuto, em 19 de outubro de1978. Caseiro nasceu em 31de outubro de 1927 e faleceuem 07 de janeiro de 2006, aos78 anos. Exerceu a judicaturacomo titular no Guarujá/SP. Acompulsória o alcançou co-mo titular do Tribunal. Emnossa homenagem manifesta-mos a sua esposa os sentimen-tos de pesar pelo passamento.

Gézio Duarte MedradoJuiz do Trabalho Aposentado

da 2ª Região

Programe-se:

15 de marçoEleições gerais da AMATRA-SP

03 a 06 de maioXIII CONAMAT em Maceió/Alagoas

23 a 26 de maioSeminário sobre DireitoDesportivo de São Paulo

SITE DO JUIZ ISMAL GONZALEZÉ SUCESSO NA REDE

Ao juiz Celso AlonsoA saudade traz para nós dois fluxos de sensações de forma

simultânea. Ao mesmo tempo, sentimos prazer pela lembrançaagradável, lembrança saudosa, e sentimos tristeza pela falta dequem nos é caro. Verdade é que às vezes a tristeza sobressai. Hápouco tempo, perdemos um amigo de ofício, de ministério,profissão, de luta... e também de momentos de alegria sincera,espontânea e incontida. Quem já viveu a experiência sabe quãobom é possuir um amigo que além de querido seja admirável.

O estimado Celso Alonso fazia-se admirável por várias ra-zões, sobretudo pelas mais relevantes. São exemplos a retidãode caráter com que ele se conduzia; a dedicação com que sededicava, em geral, à magistratura e, em específico, a cadaquestão ou causa que lhe fosse submetida; e a devoção com quevivia sua vida familiar, inclusive fazendo questão de dizer que“curtia muito” sua família. Tendo em vista que a imortalidadenão existe, quando pensamos nas qualidades que fizeram doquerido Celso Alonso quem ele foi, não é a tristeza da saudadeque sobressai, mas sim o prazer da sua lembrança.

Estimado amigo, esteja onde estiver, goze a sua paz.

Wildner Izzi PancheriJuiz do Trabalho da 2ª Região

HOMENAGEM

AMATRA-SP REQUERREALIZAÇÃO DE

CONCURSOS PARA JUIZ DOTRABALHO SUBSTITUTOA AMATRA-SP apresentou requerimento ao

TRT/SP solicitando a realização simultânea deconcurso de ingresso para a magistratura, umavez que o número de vagas existentes não serácompletado com o certame em andamento. A his-tória registra que nos últimos dez anos não hou-ve aprovação de mais de 22 candidatos num úni-co concurso e este número dificilmente será no-vamente atingido, na medida em que as regrasexistentes atualmente são mais rigorosas (antespodiam ser aprovados até 1.500 candidatos na 1ªfase e hoje há limitação de 200).

Com a instalação das novas Varas do Trabalho,são aproximadamente 70 (setenta) cargos vagosde juiz do trabalho na 2ª Região, número que nãoserá preenchido pelo concurso em andamento.Certamente serão necessários, no mínimo, outrosquatro concursos para o preenchimento destasvagas. “Os cargos existentes já são insuficientespara fazer frente ao número de feitos em tramita-ção e, assim, não é razoável que não façamos umesforço especial para que, ao menos as vagas jácriadas sejam preenchidas. Sabemos das dificul-dades operacionais, mas a nobreza dos objetivosdeve nos exigir uma dedicação maior, para queconsigamos cumprir com aquilo que a lei mandaque seja feito. Se foram criados cargos, a socieda-de espera que, para o bom funcionamento do ser-viço jurisdicional, eles sejam preenchidos.”, dizo Presidente da AMATRA-SP, José Lucio Munhoz.

Na última assembléia geral foi aprovada umamoção de apelo à Administração do TRT/SP paraque fosse promovida a realização simultânea deconcursos. Além disso, a AMATRA-SP pede queo concurso em andamento tenha antecipada adata da 2ª fase, pois o resultado da 1ª fase já foidivulgado no final de novembro e, no entanto, apróxima prova só foi designada para o mês demarço. A seguir tal calendário, o concurso teráduração superior a um ano, o que não atende àsnecessidades da magistratura trabalhista da 2ªRegião e nem tampouco os interesses dos juris-dicionados.

A AMATRA-SP esteve em reunião emmeados do mês de dezembro de 2005 o CNJonde foram apresentados argumentos técni-cos e de justificativa para a aprovação dosprojetos de lei de criação dos 141 cargos dejuiz substituto e dos cargos de servidores.

O presidente da AMATRA-SP, José LucioMunhoz, e o diretor, Fernando César Teixei-ra França, esclareceram aos membros do Co-mitê Técnico do CNJ a peculiar situação daJustiça do Trabalho de São Paulo, extrema-mente carente de recursos humanos para fa-zer frente ao enorme volume processual.

A reunião foi bastante positiva e esclare-

O juiz aposentado Ismal Gonzalez é umótimo representante de magistrado plugadona internet. Ele é o responsável pelo sitewww.ismalsitelegal.com.br que já possuimais de 10 mil visitas desde a sua criação emjulho de 2004. O conteúdo do endereço ele-trônico é todo voltado para o mundo do Di-reito do Trabalho: códigos, teses, estudos,dissertações e entre outros tópicos.

Não se trata de um site popular, mas sim,um portal voltado para estudantes de direito,juízes, advogados e juristas em geral.

“É um site todo gratuito e que não contémpublicidades. Esse é o meu hobby”, diz Ismal.Atualizado diariamente, o site tem como ob-jetivo divulgar ao mundo a legislação brasi-leira, pois quando iniciou o projeto do site, omagistrado Ismal enviou o conteúdo para

mais de 40 embaixadas, a fim de que todospudessem conhecer melhor a legislação nacio-nal. Não perca tempo, entre no site e confiramuito mais. www.ismalsitelegal.com.br

cedora, de modo a que o CNJ pudesse compre-ender a realidade vivida no âmbito da Segun-da Região.

Pela lei de diretrizes orçamentárias o CNJdeve emitir parecer sobre todos os projetos delei de criação de cargos no poder Judiciário.

Com a aprovação da LDO os projetos deinteresse do TRT/SP, inclusive o de criação dos141 cargos de juiz substituto, foram paralisa-dos pelo Congresso Nacional à espera do pare-cer do CNJ. Os representantes da AMATRA-SPsaíram extremamente satisfeitos da reunião eacreditando que o relatório seja aprovado peloCNJ mais rápido possível.

AMATRA-SP DISCUTE NO CNJPROJETO DE CARGOS PARA O TRT/SP

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POR DENTRO DA AMATRA

Janeiro-Fevereiro/2006○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○12

O Supremo Tribunal Federal, no último dia16 de fevereiro, declarou a constitucionali-dade da Resolução nº 07 do CNJ que proíbe onepotismo no âmbito do Poder Judiciário.Por iniciativa da ANAMATRA, o CNJ emitiu,em outubro de 2005, uma Resolução proibin-do o emprego de parentes de magistrados noâmbito do Poder Judiciário, salvo as exceçõesestabelecidas na própria regulamentação, edeu 90 (noventa) dias de prazo para que osocupantes irregulares de cargos fossem dis-pensados.

Em todo o Brasil o problema atingia mi-lhares de pessoas, empregadas no serviço pú-blico sem concurso apenas em razão de seuparentesco com determinada autoridade. AResolução do CNJ não seria facilmente apli-cada, em razão da natural e até mesmo espera-da reação dos “prejudicados” pela medida,que resistiram e obtiveram liminares para semanterem no cargo.

Diante desta circunstância, a AMB ingres-sou com Ação Direta de Constitucionalidade,para que o STF declarasse constitucional aResolução do CNJ e, assim, derrubasse as li-minares concedidas em todo o Brasil a respei-to do tema. Na decisão histórica para a ma-gistratura, o STF decidiu pela constituciona-lidade da Resolução, por nove votos a um,vencido apenas o Min. Marco Aurélio, porentender que o CNJ não possui poderes pararegulamentar este tipo de matéria.

Deste modo, no âmbito do Poder Judiciá-rio é proibida a contratação de parentes dejuízes para cargos em comissão, sem que ofuncionário seja concursado em função coma mesma ou similar formação técnica-profis-sional e, mesmo assim, fica vedada a nomea-ção quando o parente é o diretamente respon-sável por esta contratação.

As Associações de Magistrados possuemum histórico de luta contra o nepotismo noPoder Judiciário. A ANAMATRA empreendeuuma grande batalha contra o nepotismo, fa-zendo inclusive denúncias perante o TCU, jáno ano de 2001. A AMB também se engajouna matéria, pelo menos a partir de 2003. AAMATRA-SP, por sua vez, apoiou todas aslutas, nas duas associações nacionais, sobre otema, visando proibir o nepotismo.

O resultado obtido no STF coroa todo umesforço das associações num tema de difícilatuação político-institucional, posto que en-volve alguns de seus próprios associados. EmSão Paulo não foram detectados problemasneste campo, posto que o TJ/SP já proíbe, porlei estadual, o nepotismo no Tribunal de Jus-tiça e não houve nenhuma denúncia quantoao tema no TRT/SP.

Veja, as resoluções do CNJ sobre a matéria:

RESOLUÇÃO N° 07,DE 18 DE OUTUBRO DE 2005.

Disciplina o exercício de cargos, empre-gos e funções por parentes, cônjuges e com-panheiros de magistrados e de servidores in-vestidos em cargos de direção e assessora-mento, no âmbito dos órgãos do Poder Judi-ciário e dá outras providências.

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIO-NAL DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições,

CONSIDERANDO que, nos termos do dis-posto no art. 103-B, § 4°, II, da ConstituiçãoFederal, compete ao Conselho zelar pela obser-vância do art. 37 e apreciar, de oficio ou me-diante provocação, a legalidade dos atos admi-nistrativos praticados por membros ou órgãosdo Poder Judiciário, podendo desconstituí-los,revê-los ou fixar prazo para que se adotem asprovidências necessárias ao exato cumprimen-to da lei;

CONSIDERANDO que a Administração Pú-blica encontra-se submetida aos princípios damoralidade e da impessoalidade consagradosno art. 37, caput, da Constituição;

RESOLVE:Art. 1° É vedada a prática de nepotismo no

âmbito de todos os órgãos do Poder Judiciário,sendo nulos os atos assim caracterizados.

Art. 2° Constituem práticas de nepotismo,dentre outras:

1 - o exercício de cargo de provimento emcomissão ou de função gratificada, no âmbitoda jurisdição de cada Tribunal ou Juízo, porcônjuge, companheiro ou parente em linha reta,colateral ou por afinidade, até o terceiro grau,inclusive, dos respectivos membros ou juízesvinculados; II - o exercício, em Tribunais ouJuízos diversos, de cargos de provimento emcomissão, ou de funções gratificadas, por côn-juges, companheiros ou parentes em linha reta,colateral ou por afinidade, até o terceiro grau,inclusive, de dois ou mais magistrados, ou deservidores investidos em cargos de direção oude assessoramento, em circunstâncias que ca-racterizem ajuste para burlar a regra do incisoanterior mediante reciprocidade nas nomeaçõesou designações;

III - o exercício de cargo de provimento emcomissão ou de função gratificada, no âmbitoda jurisdição de cada Tribunal ou Juízo, porcônjuge, companheiro ou parente em linha reta,colateral ou por afinidade, até o terceiro grau,inclusive, de qualquer servidor investido emcargo de direção ou de assessoramento;

IV - a contratação por tempo determinadopara atender a necessidade temporária de ex-cepcional interesse público, de cônjuge, com-

panheiro ou parente em linha reta, colateral oupor afinidade, até o terceiro grau, inclusive, dosrespectivos membros ou juízes vinculados, bemcomo de qualquer servidor investido em cargode direção ou de assessoramento;

V - a contratação, em casos excepcionais dedispensa ou inexigibilidade de licitação, depessoa jurídica da qual sejam sócios cônjuge,companheiro ou parente em linha reta oucolateral até o terceiro grau, inclusive, dos res-pectivos membros ou juízes vinculados, ouservidor investido em cargo de direção e deassessoramento.

§ 1° Ficam excepcionadas, nas hipóteses dosincisos I, II e III deste artigo, as nomeações oudesignações de servidores ocupantes de cargode provimento efetivo das carreiras judiciárias,admitidos por concurso público, observada acompatibilidade do grau de escolaridade docargo de origem, a qualificação profissional doservidor e a complexidade inerente ao cargoem comissão a ser exercido, vedada, em qual-quer caso a nomeação ou designação para ser-vir subordinado ao magistrado ou servidor de-terminante da incompatibilidade.

§ 2° A vedação constante do inciso IV desteartigo não se aplica quando a contratação portempo determinado para atender a necessidadetemporária de excepcional interesse públicohouver sido precedida de regular processo se-letivo, em cumprimento de preceito legal.

Art. 3º É vedada a manutenção, aditamentoou prorrogação de contrato de prestação de ser-viços com empresa que venha a contratar em-pregados que sejam cônjuges, companheiros ouparentes em linha reta, colateral ou por afinida-de, até o terceiro grau, inclusive, de ocupantesde cargos de direção e de assessoramento, demembros ou juízes vinculados ao respectivoTribunal contratante, devendo tal condiçãoconstar expressamente dos editais de licitação.

Art. 4° O nomeado ou designado, antes daposse, declarará por escrito não ter relação fa-miliar ou de parentesco que importe prática ve-dada na forma do artigo 2°

Art. 5° Os Presidentes dos Tribunais, den-tro do prazo de noventa dias, contado da pu-blicação deste ato, promoverão a exoneraçãodos atuais ocupantes de cargos de provimentoem comissão e de funções gratificadas, nas si-tuações previstas no art. 2°, comunicando aeste Conselho.

Parágrafo único Os atos de exoneraçãoproduzirão efeitos a contar de suas respectivaspublicações.

Art. 6° O Conselho Nacional de Justiça, emcento e oitenta dias, com base nas informaçõescolhidas pela Comissão de Estatística, analisa-rá a relação entre cargos de provimento efetivo

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NEPOTISMO

STF DECLARA CONSTITUCIONAL PROIBIÇÃODE NEPOTISMO ESTABELECIDA PELOCONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

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e cargos de provimento em comissão, em todosos Tribunais, visando à elaboração de políticasque privilegiem mecanismos de acesso ao ser-viço público baseados em processos objetivosde aferição de mérito.

Art. 7° Esta Resolução entra em vigor nadata de sua publicação.

CNJ - Enunciado Administrativonº 1 – Nepotismo:

A) As vedações constantes dos arts. 2º e 3º daResolução nº 07, de 18 de outubro de 2005,abrangem o parentesco natural e civil, na linhareta e colateral, até o terceiro grau, inclusive, eo parentesco por afinidade, na linha reta ou co-lateral, alcançando ainda o parente colateral deterceiro grau, do cônjuge ou companheiro dosmembros e juízes vinculados ao Tribunal.

B) Para os fins do disposto no § 1º do art. 2ºda Resolução nº 7, de 18 de outubro de 2005,são equiparados aos servidores admitidos porconcurso público ocupantes de cargo de provi-mento efetivo das carreiras judiciárias:

I - os empregados públicos do Poder Judi-ciário contratados por prazo indeterminado,providos os respectivos empregos medianteconcurso público, por expressa previsão legal;

II – os empregados públicos do Poder Judi-ciário contratados por prazo indeterminadoantes da Constituição Federal de 1988, provi-dos os respectivos empregos sem concurso

público, e que foram considerados estáveispelo art. 19 do Ato das Disposições Constitu-cionais Transitórias; e

III – os servidores públicos do Poder Judiciá-rio contratados por prazo indeterminado antesda Constituição Federal de 1988, providos osrespectivos empregos sem concurso público, eque em face da mudança de regime jurídico únicotiveram os referidos empregos transformados emcargos, por expressa previsão legal.

C) As vedações previstas no art. 2º da Reso-lução nº 07, de 18 de outubro de 2005, não seaplicam quando a designação ou a nomeaçãodo servidor tido como parente para a ocupaçãode cargo comissionado ou de função gratificadaforam anteriores ao ingresso do magistrado oudo servidor gerador da incompatibilidade, bemcomo quando o início da união estável ou ocasamento forem posteriores ao tempo em queambos os cônjuges ou companheiros já esta-vam no exercício das funções/cargos, em situa-ção que não caracterize ajuste prévio para bur-lar a proibição geral de prática de nepotismo.

D) O vínculo de parentesco com magistradoou com servidor investido em cargo de direçãoou de assessoramento já falecidos ou aposenta-dos não é considerado situação geradora de in-compatibilidade para efeito de aplicação do art.2º da Resolução nº 07, de 18 de outubro de 2005.

E) Os antigos vínculos conjugal e de uniãoestável com magistrado ou com servidor inves-

tido em cargo de direção ou de assessoramentonão são considerados hipóteses geradoras de in-compatibilidade para efeito de aplicação do art.2º da Resolução nº 07, de 18 de outubro de 2005,desde que a dissolução da referida sociedade con-jugal ou de fato não tenha sido levada a efeitoem situação que caracterize ajuste para burlar aproibição geral de prática de nepotismo”.

F) Para caracterização das hipóteses de nepo-tismo, previstas no art. 2º da Resolução nº 07/2005, o âmbito de jurisdição dos tribunais supe-riores abrange todo o território nacional, com-preendendo: a) para o STJ, são alcançados pelaincompatibilidade os parentes e familiares dosrespectivos membros perante o próprio tribunalsuperior e todos os Tribunais Regionais Fede-rais, Tribunais de Justiça, Varas Federais e VarasEstaduais; b) para o TSE, são alcançados pelaincompatibilidade os parentes e familiares dosrespectivos membros perante o próprio tribunalsuperior e todos os Tribunais Regionais Eleito-rais e Zonas Eleitorais; c) para o STM, são alcan-çados pela incompatibilidade os parentes e fami-liares dos respectivos membros perante o pró-prio tribunal superior e todas as auditorias decorreição militares, conselhos de justiça milita-res e juízos-auditores militares; e d) para o TST,são alcançados pela incompatibilidade os paren-tes e familiares dos respectivos membros peranteo próprio tribunal superior e todos os TribunaisRegionais do Trabalho e Varas do Trabalho.”

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NEPOTISMO○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

ARTIGO DO PRESIDENTE DA AMATRA-SP É PUBLICADO NO CONSULTOR JURÍDICO

PARENTE É SERPENTEProibição do nepotismo inaugura nova fase no Judiciário

por José Lucio Munhoz

Hoje, inauguramos uma nova fase na magis-tratura brasileira, com a eliminação do nepotis-mo no âmbito do Poder Judiciário. Este é ummomento de muita alegria.

Os princípios da impessoalidade e da mora-lidade na gestão da coisa pública foram estabe-lecidos na Constituição Federal de 1988 (art.37) e só agora conseguimos sua plena aplica-ção em todos os tribunais brasileiros. Foi preci-so muita disposição, luta e empenho para a ob-tenção deste resultado, amplamente saudadopelos milhares de juízes em todo o Brasil.

O exercício de um cargo público exige docandidato aptidão e o preenchimento das qua-lidades esperadas e previstas legalmente para oseu desempenho. É claro que alguns parentesde autoridades possuem condições e habilida-des para o bom desempenho dos cargos dispo-nibilizados na administração pública. Todavia,certamente outras centenas de pessoas tambémteriam condições de exercer, com a mesma oumelhor competência, o respectivo cargo, massão alijadas desta possibilidade tão só por nãoterem nascido na família daquela autoridade.Isto não é razoável.

Se o parente da autoridade possui ótimas qua-lidades — como habitualmente se apregoa emtais casos —, então ele não enfrentará nenhumadificuldade para se submeter à isenta avaliaçãotécnica, por meio do concurso público. Vencerum disputado certame em igualdade de condi-ções com milhares de concorrentes, por suas pró-prias qualidades e sem a ajuda do papai ou datitia, é uma conquista pessoal que dignifica eenobrece qualquer cidadão. Valoriza a indivi-dualidade e o esforço, premiando a dedicação eos próprios méritos.

Muito melhor a alegria desta conquista queo constrangimento do exercício de uma funçãosó ocupada em razão de um parentesco qual-quer, cuja cobrança pessoal, não raro, é exerci-da quase todos os dias, jogando-se na cara docontratado o favor que está recebendo. Esta si-tuação dá margem, inclusive, ao dito popularque indica que “parente é serpente” e, para esteefeito, realmente o é.

A proibição do nepotismo cumpre um im-portante papel até mesmo para algumas auto-ridades que, por vezes, em razão de fortes pres-sões familiares, são constrangidas a contratar

alguém contra a sua vontade, sendo “mordi-das” por este mal que acaba comprometendotoda a honra e a dignidade de uma carreiraprofissional efetivamente dedicada ao bem doserviço público e da coletividade.

As associações de magistrados, como aAMB, Anamatra e a Amatra-SP, muito lutarampara que, depois de quase 18 anos da Consti-tuição de 1988, atingíssemos a maioridade e amaturidade necessária para finalmente extir-par definitivamente este problema de nossomeio. Aguardamos com ansiedade que o Con-gresso Nacional aprove a PEC 334/96, paraque esta grande alegria hoje vivida na magis-tratura possa ser estendida para toda a admi-nistração pública.

Continuaremos lutando, confiantes na fir-me atuação do STF, para que as isoladas resis-tências existentes sejam prontamente venci-das, em benefício maior da magistratura, doPoder Judiciário e da nação brasileira.

Revista Consultor Jurídico,16 de fevereiro de 2006.

Janeiro-Fevereiro/2006○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○14

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CONGRESSO

Dia 03• À tarde: credenciamento

• À noite: abertura; apresentação de grupos regionais e jantar

Dia 049h - Painel: Do Direito Patrimonialista ao Direito Includente

10h30 - Coffee Break

11h - Conferência

Almoço Livre

14h30 - Comissões Temáticas:

1ª - Magistratura: ingresso e formação inicial e continuada; carrei-ra, direitos, garantias e prerrogativas; atividade correicional esupervisão administrativa; atuação política e associativismo;

2ª - Novos Campos de Atuação da Justiça do Trabalho, competên-cia, condutas anti-sindicais, poder normativo, direito adminis-trativo do trabalho e nova competência;

3ª - Direitos e Garantias nas Relações de Trabalho, direitos da per-sonalidade nas relações de trabalho, trabalho escravo, trabalhoinfanto-juvenil, discriminação no trabalho, integração de nor-mas internacionais e meio-ambiente do trabalho;

4ª - Fundamentos Constitucionais do Direito do Trabalho, dignidadeda pessoa humana, valorização social do trabalho, redução dasdesigualdades sociais, erradicação do analfabetismo, garantiaao emprego, função social da empresa, responsabilidade social.

Dia 059h - 1º painel: Paradigmas Internacionais e Integração do Direito

10h30 - Coffee Break

11h - 2º Painel: Magistratura e Transformação Social

Almoço Livre

15h - Conferência

16h - Assembléia Geral da Anamatra

Encerramento das Atividades Científicas

22k - Jantar de Confraternização

Show Artístico

Dia 06Atividades Desportivas:

• Torneio de Futebol• Torneio de Tênis

CONAMAT SERÁ REALIZADO EM MACEIÓENTRE OS DIAS 3 E 6 DE MAIO DE 2006

O Congresso Nacional dos Magistradosda Justiça do Trabalho (CONAMAT), emsua décima terceira edição, acontecerá emMaceió, Alagoas, no período de 03 a 06 demaio próximo, com o tema: “Magistraturae Transformação social: Trinta anos deluta”.

O CONAMAT espera reunir cerca de1000 participantes e é o evento onde são

discutidas e aprovadas teses jurídicas ou deatuação institucional que vinculam a dire-toria da ANAMATRA. A inscrição de tesespode ser feita até o dia 20 de abril, pelo e-mail [email protected] por qualquerassociado da ANAMATRA, de acordo comos subtemas técnicos do congresso.

A AMATRA-SP, para estimular seus asso-ciados a participar do CONAMAT sorteou

13º Conamat(Congresso Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho)

PERÍODO: 03/05/2006 a 06/05/2006LOCAL: Maceió-AL

Encontro terá como tema central: Magistratura e Transformação social: Trinta anos de luta

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para 20 (vinte) de seus associados, passagensaéreas (SP-Maceió-SP) com as respectivastaxas de inscrição pagas. Com isso espera-seque os juízes de São Paulo possam estar bemrepresentados no maior evento nacional damagistratura trabalhista.

Outras informações podem ser obtidas nosite www.anamatra.org.br.

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EVENTO○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

No dia 18 de fevereiro, mais de 200 pessoasvestiram literalmente a camisa da AMATRA-SP,durante uma divertida feijoada no espaço deEventos Vila Noah Embratel, em São Paulo/SP.A festa organizada pela diretora social SorayaGalassi Lambert e pela vice-presidente SoniaLacerda contou com o apoio do Banco do Bra-sil e foi embalada pela música do grupo Incau-tos do Samba, do qual faz parte o talentoso juiz

CARNAVAL DA AMATRA-SPLuís Paulo Pasotti Valente, que toca baixolão.

A participação da escola de samba Rosas deOuro contagiou os convidados, que não conse-guiram ficar parados e arriscaram passos de sam-ba em meio a bateria, as passistas, ao mestre-sala ea porta-bandeira da escola. O pré-Carnaval daAMATRA-SP transformou-se num imenso bailede máscaras, com direito a muito samba no pé,alegria e integração.

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DOUTRINA

Há alguns anos, foi reiteradamente apregoadaaos quatro cantos a mensagem de que a flexibi-lização trabalhista seria a solução para o desen-volvimento do Brasil. Várias leis trabalhistasforam promulgadas, sob esta bandeira. Por que,todavia, a economia brasileira não entrou notão anunciado ciclo econômico virtuoso?

De início, vale lembrar que a flexibilizaçãoestá ligada à desenfreada concorrência do ca-pitalismo, que vem se exarcebando no comér-cio global, desde a queda do Muro de Berlim.Embora a concorrência sempre tenha estadopresente neste sistema, ela se acelerou, depoisdesse evento. Após o fracasso do socialismo, ocapitalismo perdeu seu freio e seus agentes per-deram o medo que aquele os impunha.

Nesta concorrência, até a década de 80, osjaponeses tiveram proeminência no comercioglobal, chegando mesmo a ameaçar a indús-tria americana de modo excepcional, em espe-cial a automobilística, a ponto de haver, nosEstados Unidos, aberta propaganda anti-nipônica aos produtos de suas indústrias, soba bandeira de nacionalismo.

Este sucesso nipônico atraiu a atenção dasempresas ocidentaispara o toyotismo, sis-tema criado pela em-presa japonesa To-yota, mas que rapi-damente espalhou-se às demais indús-trias nipônicas. “Foinos anos 80 que otoyotismo conseguiualcançar um poderideológico e estrutu-rante considerável,passando a represen-tar o “momento pre-dominante’ do com-plexo de reestrutu-ração produtiva naera da mundializa-ção do capital.”1 Otoyotismo apresentaas características doprincípio da autono-mação/auto-ativa-ção, o just-in-time/kanban, o controlesocial do capital, afragmentação sistê-

mica / a constituição da empresa rede, oprincípio da lean production e a flexibilida-de em toda a cadeia do processo produtivo2.

Se as empresas japonesas conseguiam, naconcorrência global, obter vigorosos resulta-dos, utilizando o paradigma do toyotismo, nãodurou muito para que o ocidente percebesse anecessidade de mudar seus padrões de produ-ção, a fim de barrar tal ameaça comercial. Nomundo do trabalho, a característica dotoyotismo que despertou mais polêmica foi aflexibilização das normas trabalhistas.

Esta flexibilização interessa de perto aosgrandes conglomerados multinacionais, pois,em face da extrema facilidade atual de comu-nicação e de transportes, eles podem decidircom muita facilidade onde produzir, e, pois,se houver em todos os lugares a propaladaflexibilização, passará a haver concorrênciaentre os países em desenvolvimento com ofito de atrair plantas industriais destas em-presas, o que obviamente lhes será muito in-teressante economicamente. Sob esta ótica,aparecem os defensores da flexibilizaçãocomo paradigma de progresso para o país.

Cabe indagar agora se o progresso de umpaís depende da obtenção de maiores van-tagens econômicas por parte destas orga-nizações, o que, em tese, justificaria flexi-bilização.

Dizia Keynes, um dos mais prestigiadoseconomistas do século passado, autor de ATeoria Geral do Emprego, do Juro e da Moe-da, que “não é surpreendente que o volumedos investimentos flutue muito através dotempo. Isso porque ele depende de dois con-juntos de opiniões sobre o futuro – nenhumdos quais se apóia num fundamento ade-quado ou seguro – sobre a propensão aentesourar e sobre a futura rentabilidade dosativos de capital”.

Importante destacar que tanto um quantooutro, dos dois conjuntos de opiniões, estãoumbilicalmente ligados à taxa de juros daeconomia. Sim, porque a propensão aentesourar é adversária da propensão a con-sumir, sendo que só saírá vencedora a pri-meira, se a taxa de juros paga pelo entesou-ramento “convencer” o dono da moeda queisso lhe será vantajoso. Doutro lado, ao fa-zer algum investimento, o empresário irácalcular se a futura rentabilidade deste serásuperior aos rendimentos que ele receberia

O ARDIL DA FLEXIBILIZAÇÃO TRABALHISTAPor Lúcio Pereira de Souza

caso aplicasse o mesmo valor no mercado fi-nanceiro; somente, em caso do primeiro apre-sentar um rendimento superior ao segundo,ele irá arriscar seu capital. Fica claro, portan-to, que é a taxa de juros o principal obstáculoao investimento e ao consumo, as duas condi-ções para que a economia avance.

Ora, no Brasil, onde a taxa de juros real ul-trapassa os 12% ao ano, é extremamentedesencorajador ao empresário trocar a segu-rança de seus investimentos no mercado fi-nanceiro a investir no mercado produtivo. As-sim, embora nos últimos dois governos, tenhahavido a edição de leis de flexibilização tra-balhista, a taxa de desemprego não melhorou;ao revés, alcançou pico histórico. Doutra ban-da, a taxa real de juro da economia nunca es-teve em patamar tão elevado.

Por outro lado, utilizando ainda exemplohistórico, se observamos o governo de Getú-lio Vargas, época de promulgação da CLT, ve-remos que, em poucos períodos, presenciou-se avanço tão notável no País. Note-se que foia época em que ocorreu a grande urbanizaçãodo País, com numerosos casos de ascensãosocial da população. E este progresso eco-nômico não parou por aí. Com JuscelinoKubitschek e, depois, à época do Regime Mi-litar, quando o Brasil viveu o que ficouconhecido como milagre econômico, as leistrabalhistas eram muito mais exigentes com ocapital do que hoje. Mas a economia crescia.Por quê? Compare-se a taxa de juros reais daeconomia durante este período e a da últimadécada e conseguir-se-á encontrar a pistaprincipal para a resposta.

Além disso, a falta de investimentos esta-tais, que foram paralisados, para que se pu-dessem pagar os enormes juros da dívida pú-blica, estrangulou a economia brasileira, quenos últimos anos, patina ao redor de uma taxade crescimento entre 0,5 e 2,5% do PIB aoano, quando não há retração. E estes investi-mentos, no passado, foram a alavanca do cres-cimento econômico brasileiro.

Assim, é forçoso concluir que a flexibiliza-ção das leis trabalhistas em nada alavanca ocrescimento da economia de um país. Ao re-vés, ao tirar direitos trabalhistas, retira do tra-balhador a possibilidade de alcançar um me-lhor padrão de vida e, como conseqüência,rebaixa o índice de desenvolvimento humano(IDH) do Brasil, ao ponto do país hoje está

“Foi nos anos 80que o toyotismoconseguiualcançar umpoder ideológicoe estruturanteconsiderável,passando arepresentar o‘momentopredominante’do complexo dereestruturaçãoprodutiva na erada mundializaçãodo capital.”

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ATUALIZE-SE○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

SÚMULAS DO TSTConforme já mostrado, o Tribunal Superiordo Trabalho mudou a sua jurisprudência. Osantigos “Enunciados” passaram agora a serchamados de “Súmulas”. E houve mudançaem vários conteúdos.

Tem-se atualmente:1 - Súmulas do Tribunal Superior do Traba-

lho;2 - Orientação Jurisprudencial do Tribunal

Pleno;3 - Orientação Jurisprudencial da Seção de

Dissídios Individuais 1;4 - Orientação Jurisprudencial da Seção de

Dissídios Individuais 1 - Transitória;5 - Orientação Jurisprudencial da Seção de

Dissídios Individuais 2;6 - Orientação Jurisprudencial da Seção de

Dissídios Coletivos;7 - Precedentes Normativos. As principais mudanças foram:a) Súmula nº 192: Ação rescisória. Compe-

tência e possibilidade jurídica do pedido.I- Se não houver o conhecimento de recurso

de revista ou de embargos, a competênciapara julgar ação que vise a rescindir a deci-são de mérito é do Tribunal Regional doTrabalho, ressalvado o disposto no item II.

II- Acórdão rescindendo do Tribunal Supe-rior do Trabalho que não conhece de re-curso de embargos ou de revista, anali-sando argüição de violação de dispositi-vo de lei material ou decidindo em conso-nância com súmula de direito material oucom iterativa, notória e atual jurisprudên-cia de direito material da Seção de Dissí-dios Individuais (Súmula nº 333), exami-na o mérito da causa, cabendo ação resci-sória da competência do Tribunal Supe-rior do Trabalho.

III- Em face do disposto no art. 512 doCPC, é juridicamente impossível o pe-dido explícito de desconstituição desentença quando substituída por acór-dão Regional.

IV- É manifesta a impossibilidade jurídicado pedido de rescisão de julgado profe-rido em agravo de instrumento que, li-mitando-se a aferir o eventual desacertodo juízo negativo de admissibilidadedo recurso de revista, não substitui oacórdão regional, na forma do art. 512do CPC.

V- A decisão proferida pela SDI, em sede deagravo regimental, calcada na Súmula nº333, substitui acórdão de Turma do TST,porque emite juízo de mérito, comportan-do, em tese, o corte rescisório.

b) Súmula nº 199: Bancário. Pré-contrata-ção de horas extras.

I- A contratação do serviço suplementar,quando da admissão do trabalhador ban-cário, é nula. Os valores assim ajustadosapenas remuneram a jornada normal,sendo devidas as horas extras com o adi-cional de, no mínimo, 50% (cinqüentapor cento), as quais não configuram pré-contratação, se pactuadas após a admis-são do bancário.

II- Em se tratando de horas extras pré-con-tratadas, opera-se a prescrição total se aação não for ajuizada no prazo de cincoanos, a partir da data em que foram su-primidas.

c) Súmula nº 214: Decisão interlocutória.

IrrecorribilidadeNa Justiça do Trabalho, nos termos do art.893, § 1º, da CLT, as decisões interlocu-tórias não ensejam recurso imediato, sal-vo nas hipótese de decisão:

a) de Tribunal Regional do Trabalho con-trária à Súmula ou Orientação Juris-prudencial do Tribunal Superior do Tra-balho;

b) suscetível de impugnação mediante re-curso para o mesmo Tribunal;

c) que acolhe exceção de incompetência ter-ritorial, com a remessa dos autos para Tri-bunal Regional distinto daquele a que sevincula o juízo excepcionado, consoan-te o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.

d) Súmula nº 219: Honorários advocatícios.

Hipótese de cabimento.I- Na Justiça do Trabalho, a condenação

ao pagamento de honorários advocatíci-os, nunca superiores a 15% (quinze porcento), não decorre pura e simplesmenteda sucumbência, devendo a parte estarassistida por sindicato da categoria pro-fissional e comprovar a percepção de sa-lário inferior ao dobro do salário míni-mo ou encontrar-se em situação econô-mica que não lhe permita demandar semprejuízo do próprio sustento ou da res-pectiva família.

II- É incabível a condenação ao pagamen-to de honorários advocatícios em açãorescisória no processo trabalhista, salvose preenchidos os requisitos da Lei nº5.584/70.

Veja as recentes alterações legislativas e asdecisões mais importantes dos tribunais

num infeliz patamar, ficando classificado, naAmérica Latina, abaixo de México, Cuba,Uruguai, Chile e Argentina. Sob o ponto devista macroeconômico, portanto, a flexibili-zação é extremamente prejudicial ao país.

Como se percebe, a flexibilização é im-portante para os grandes conglomeradosmultinacionais, o que pressupõe uma visãomicro-econômica da questão, ou seja, aquelafocada na unidade empresarial. Mas, sob oponto de vista macroeconômico, como mos-tra Keynes e mesmo a mais recente históriaeconômica no Brasil, a flexibilização só cau-sou a redução do padrão de vida dos traba-lhadores e, como conseqüência, do índice dedesenvolvimento humano do Brasil, o que éuma lástima.

Dentre os prós e os contra, parece-nos que,como um dos poderes da nação, e preocupadacom o desenvolvimento não só econômico,mas humano do país, a Justiça do Trabalhodeve focar suas decisões olhando muito maispara o Brasil do que para os grandes conglo-merados internacionais. É meu parecer.

Referências Bibliográficas

1 Giovanni Alves, O NOVO (E PRECÁRIO) MUNDODO TRABALHO, Boitempo Editorial, 2000, SãoPaulo, SP, p. 29.

2 Idem, p. 32-64.

3 O conceito de Desenvolvimento Humano é a basedo Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH),publicado anualmente, e também do Índice de De-senvolvimento Humano (IDH). Ele parte do pres-suposto de que para aferir o avanço de uma popu-lação não se deve considerar apenas a dimensãoeconômica, mas também outras característicassociais, culturais e políticas que influenciam a qua-lidade da vida humana. Esse enfoque é apresenta-do desde 1990 nos RDHs, que propõem umaagenda sobre temas relevantes ligados ao desen-volvimento humano e reúnem tabelas estatísticas einformações sobre o assunto. A cargo do PNUD, orelatório foi idealizado pelo economista paquis-tanês Mahbub ul Haq (1934-1998). Atualmente, épublicado em dezenas de idiomas e em mais decem países.

Paulo Kim Barbosa é Juiz Titularda 30ª VT-SP, bacharel pela USP, mestre

pela PUC-SP e professor da UNIB.

Lúcio Pereira de SouzaJuiz do Trabalho

da 2ª Região

Janeiro-Fevereiro/2006○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○18

Soraya Galassi LambertJuíza do Trabalho da 2ª Região

XXI ENCONTRO ANUALPRIMEIRO DIA

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VIAGENS

DESTINO CERTOConfira as dicas dos magistrados que retornaram de viagens com uma boa lembrança na bagagem

Por Soraya Galassi Lambert

Escolher o destino certo para aproveitar atemporada de férias não é uma tarefa simples.Para montar o roteiro vale tudo: consultar li-vros, revistas e guias, procurar agências es-pecializadas e escutar a experiência de ami-gos. Os magistrados Ricardo Motomura e Lu-ciana Bezerra sabem quanto vale voltar paracasa com boas lembranças na bagagem e com-partilham com os colegas suas melhores ex-periências.

Durante a Semana Santa de 2003, o juizRicardo Motomura e mais quatro colegas damagistratura (Lígia Motta, Mara Castilho, Pa-trícia Ramos e Wassily Buchalowicz) embar-caram para Bonito (MS) rumo à fazenda Pro-jeto Vivo. Segundo ele, a viagem foi bem mo-vimentada e a turma fazia cerca de três pas-seios por dia. “Lembro-me que fizemosflutuação no Rio Sucuri e no Rio da Prata,rafting no Rio Formoso e arborismo. Nós vi-sitamos a Estância Mimosa (onde há váriascachoeiras), a Gruta do Lago Azul, fizemosum passeio a cavalo e andamos de quadrici-clo pela cidade.”

Ele não tem dúvidas sobre o local que maislhe impressionou: “O Abismo Anhumas pos-sui 70 metros, em que temos que descer esubir de rapel. No fundo, há um lago escuroonde se faz mergulho com lanterna. As pare-des do abismo estão cheias de estalactites eestalagmites, que possuem formas bem vari-adas. A beleza até espanta. Mas, o incrívelmesmo é fazer a descida e a subida. É puraadrenalina. Na descida até que vai, mas a su-bida – que é feita com a força do próprio cor-po, com o movimento chamado “frog” –, éde matar. Só para subir os 70 metros, demorei

cerca de 30 minu-tos. Quase morri (li-teralmente) de me-do”, recorda.

Ricardo Moto-mura destaca a flu-tuação nos rios,que têm água cris-talina e parecemum aquário. “Épossível chegarbem perto dos pei-xes, quase tocá-los.É incrível a sensa-ção de ver os pei-xes todos ali, para-dos, em seu habi-tat natural”. E paraquem é fã de umaboa comida, o co-lega avisa que Bo-nito é o lugar ide-al, porque a maiorparte dos passeiosincluem uma refeição servida com um car-dápio bem brasileiro (arroz, feijão, carne, ba-tata e saladas). “Recomendo a viagem comcerteza, ainda mais para quem tem uma roti-na diária muito atarefada. É de tirar todo oestresse. E o legal é que agrada a todos osgostos, já que têm passeios com esportes ra-dicais, mas também locais tranqüilos só paradescansar, perto de rios e cachoeiras.”

Na terra do tango

No último recesso, a magistrada LucianaBezerra reservou oito dias para passear com o

namorado EduardoEloi Rodrigues, emBuenos Aires, na Ar-gentina. Eles aindanão conheciam opaís e confessam quenão tinham tantas ex-pectativas, mas sur-preenderam-se aochegar lá: “BuenosAires revelou-se umasurpresa bastanteagradável. Nós tínha-mos apenas aquelavisão de rivalidadeno futebol, mas issologo foi esquecido,pois a cidade nos re-

cebeu de braços abertos, commuito calor humano e edu-cação”, comenta LucianaBezerra.

A juíza destaca o verdedos parques e a preservaçãoda parte histórica, que é evi-dente nos edifícios centená-rios do bairro de San Telmo.Na opinião dela, a culináriaargentina é outro ponto for-te da viagem e o Ojo de bife(centro do contra-filé) é umdos pratos que lhe dá águana boca só de lembrar. Elarecomenda que os colegasvisitem a Recoleta, um bair-ro muito conhecido interna-cionalmente, que contacom cafés, bares e uma feirade antiguidades. Outra pa-rada obrigatória é o cemité-rio da Recoleta, que abrigaos principais personagens

da história argentina como, por exemplo, EvaPerón.

Para Luciana Bezerra, os encantos da noiteportenha também devem ser desfrutados. “Éemocionante observar os casais dançando tan-go pelas ruas. Até o meu namorado que é ro-queiro ficou comovido com o ritmo”, comen-ta a juíza, que trouxe na memória a lembrançade um povo amistoso e cordato.

Os magistrados Ricardo Motomura, Lígia Motta, Mara Castilho, Patrícia Ramos e WassilyBuchalowicz, durante passeio ecológico em Bonito

Para Luciana Bezerra, Buenos Airesfoi uma grata surpresa

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Check-listUma viagem bem-sucedida começa mui-

to antes do embarque

• Procure consultar livros e guias sobreo local a ser visitado;

• Verifique se a data em que você estaráem determinado destino não é um fe-riado local, pois cada lugar possui seuspróprios feriados nacionais e se vocêestiver por lá nesta ocasião, as com-pras e os passeios podem ficar com-prometidos.

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JURE ET FACTO

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TÍTULOO juiz Ney Prado foi agraciado no último

dia 29 de novembro com o título de Profes-sor Emérito da Escola de Comando e EstadoMaior do Exército (ECEME). O título eno-brece toda a magistratura brasileira da 2ªRegião.

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HOPI HARI

NASCIMENTONasceu 18.01.06, Felipe, filho da juíza Karen Cristine Nomura Miyasaki e do papai Erick.

Parabéns aos papais e muita saúde ao bebê!

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mas gozará de um desconto, no seu passapor-te de ingresso, de 50%. Basta se identificarnas bilheterias do parque e solicitar o des-conto especial para o seu ingresso.

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A Juíza Ana Cristina Lobo Petinati tomou posse no cargo dejuíza do TRT/SP, no último dia 17 de fevereiro, em razão depromoção por merecimento, conforme decreto assinado peloPresidente Luis Inácio Lula da Silva, da mesma data. A emoci-onante posse aconteceu no mesmo dia em que, 19 anos antes, amagistrada ingressou na magistratura como juíza substituta.Desejamos muitas felicidades e conquistas neste novo momen-to profissional.

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ANA CRISTINA PETINATI TOMA POSSE NO TRT/SP

No dia 06 de janeiro foram instaladas 11 no-vas Varas do Trabalho em São Paulo, no Fórum

Ruy Barbosa. A AMATRA-SP deseja felicidadesa todos que trabalharem nas novas unidades.

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Janeiro-Fevereiro/2006○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○20

IMPRESSO

ANO IX - Nº 61 - Janeiro/Fevereiro - 2006AMATRA II (Associação dos Magistrados da Justiçado Trabalho da 2ª Região - Grande São Paulo e Baixada Santista).Av. Marquês de São Vicente, 235 - B - 10º and. - Barra Funda01139-001 - São Paulo - SP

C I R C U L A Ç Ã O N A C I O N A L

Órgão Oficial da Associaçãodos Magistrados daJustiça do Trabalho

da 2ª Região

Era o ano 2000, talvez junho ou julho. Fuidesignada para uma das Varas do Trabalho daCapital, cujo número, hoje em dia, não saberiadeclinar. Aliás, não conseguiria dizer nem aomenos em que prédio referida Vara estava loca-lizada, recordo-me, apenas, que nela ainda ha-via a representação classista. O tempo apagouda memória os detalhes.

Lembro-me, porém, das frivolidades: as au-diências da extensa pauta iniciavam-se na par-te da manhã e estendiam-se tarde afora. Os clas-sistas esforçavam-se para obter acordos, mas nemsempre eram bem sucedidos. Almoçava-se porvolta das 16 horas etc., etc., etc.

Após algumas horas de trabalho, peguei oprocesso no qual figurava como réu um grandebanco. Comecei a ler a petição inicial.

Narrou o autor que após muitos anos de tra-balho dedicados àquela instituição bancáriateria sido sumariamente dispensado sem justacausa e, muito embora tivesse recebido as ver-bas rescisórias, havia outros títulos trabalhistasnão pagos aos quais entendia fazer jus. Descre-veu que, por motivo de segurança, tinha a tare-fa de camuflar os malotes em que era guardadoo dinheiro da agência até a chegada do carro-forte. Informou que, anos antes de sua abruptadispensa, camuflara tão bem os pacotes que, nofinal do expediente, quando deveria entregá-los todos ao responsável pelo carregamento,

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ACONTECEU EM AUDIÊNCIA

DANO MORAL TRABALHISTAPor Erotilde Ribeiro dos Santos Minharro

percebeu que faltava um. Não sabia mais ondeo havia escondido. Esqueceu. Todos se mobili-zaram na procura até que, passadas algumashoras, o malote fora finalmente achado. O inci-dente passaria sem maiores percalços, visto queo banco entendeu tratar-se de um mero lapso dememória, comum a todos nós. O contrato detrabalho do reclamante não fora rompido na-quela ocasião e a rescisão que viera a se concre-tizar anos depois não guardava nenhuma corre-lação com tais fatos. O autor, entretanto, os nar-rava porque, a seu ver, tinha direito a uma inde-nização por danos morais. Explico: os colegasde trabalho começaram a zombar de nosso re-clamante pelo fato de ter disfarçado o dinheirotão bem que ninguém mais conseguia encontrá-lo. Segundo ele, estas “chacotas” o entristeci-am, pois deixavam antever a desconfiança doscolegas com relação à sua honestidade.

A reclamada, em defesa, declarava que nun-ca havia duvidado do caráter moral do empre-gado em questão e que seus prepostos jamaisfizeram comentários maldosos acerca do ocor-rido e, por fim, que zombarias de terceiros es-capavam à sua responsabilidade como empre-gador.

Apregoadas as partes e feitas as tentativasconciliatórias de praxe, passou-se ao depoimentopessoal do demandante.

Este repetiu em juízo quase tudo o que já

havia descrito em sua petição inicial e, ao serindagado sobre as injúrias eventualmente so-fridas em seu ambiente de labor, respondeu:

“–Estou muito chateado, porque meus cole-gas fazem “xoxota” de mim!”

Todos na sala se entreolharam: da secretáriaaos advogados que aguardavam as próximasaudiências, mas ninguém disse palavra. O re-clamante continuou, inocente, a fazer sua ex-posição. Todos temiam que o menor esboço desorriso pudesse ser interpretado como uma novachacota e ser objeto de mais um processo pordanos morais. Só no final da tarde, quando ter-minadas todas as audiências, a Junta, reunida,pôde extravasar o riso.

Hoje em dia, não saberia descrever o recla-mante, escapam-me as minúcias, talvez por te-mor de que, de alguma forma, inadvertidamen-te, ele possa se reconhecer neste texto e postu-lar alguma indenização.

Se isso ocorresse, ao menos teria a meu favorparte da doutrina, que entende que o tempoapaga eventuais marcas de danos morais. O tem-po faz com que se esqueça quase tudo.

Erotilde Ribeiro dos Santos MinharroJuíza do Trabalho da 2ª Região