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ABRIL/MAIO DE 2007 ANO XX Nº 764 SEG 30 TER 1 QUA 2 QUI 3 SEX 4 SÁB 5 DOM 6 sintufrj.org.br [email protected] Jornal na Internet A versão on line do Jornal do SINTUFRJ entra na rede na manhã de sábado. Por intermédio do boletim eletrônico você pode receber o jornal no seu e-mail. É só se cadastrar na página do Sindicato: <www.sintufrj.org.br> CONGELAMENTO DE SALÁRIO, NÃO! 5 mil vagas para funcionários O reitor Aloísio Teixeira ins- tala, esta semana, a comissão de avaliação das medidas con- tidas no Plano de Desenvolvi- mento da Educação (PDE) lan- çado pelo governo. A intenção do MEC é que, a partir de agos- to deste ano, sejam realizados concursos públicos para pre- enchimento de 1.943 vagas de docentes e de 5 mil de técni- cos-administrativos. Páginas 4 e 5 Fasubra indica greve Assembléia às 14h desta quinta, dia 3, no CT: campanha salarial, hospitais universitários, carreira eeleição de delegados para a plenária da Fasubra. Diante da intransigência do governo e da insensibilidade do Congresso, a direção nacional da Fasubra, reunida nos dias 22 e 23 de abril, avaliou a necessidade de intensificar a mobilização e propôs indicativo de greve. Se o projeto de lei (PLP 01) encaminhado ao Congresso for aprovado, o seu salário será congelado até 2016. Páginas 2, 3 e 6 Conseqüências do PLP Salários congelados até 2016 Acaba com a possibilidade de haver alguma correção das distorções da carreira Não há garantia para aqueles que ganham pouco recuperar dignamente seus salários O VBC não será resolvido Acaba de vez com todas as pretensões de haver a efetivação da Mesa Nacional de Negociação Permanente Impossibilita legalmente a recuperação das perdas salariais acumuladas pelos servidores EM BRASÍLIA. Solenidade de lançamento do PDE, na semana passada

CONGELAMENTO...nacional da Fasubra, reunida nos dias 22 e 23 de abril, avaliou a necessidade de intensificar a mobilização e propôs indicativo de greve. Se o projeto de lei (PLP

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ABRIL/MAIO DE 2007 ANO XX Nº 764 SEG 30 TER 1 QUA 2 QUI 3 SEX 4 SÁB 5 DOM 6 sintufrj.org.br [email protected]

Jornal na InternetA versão on line do Jornal do SINTUFRJ entra na rede na

manhã de sábado. Por intermédio do boletim eletrônico vocêpode receber o jornal no seu e-mail. É só se cadastrar napágina do Sindicato: <www.sintufrj.org.br>

CONGELAMENTODE SALÁRIO, NÃO!

5 mil vagas

para

funcionáriosO reitor Aloísio Teixeira ins-

tala, esta semana, a comissãode avaliação das medidas con-tidas no Plano de Desenvolvi-mento da Educação (PDE) lan-çado pelo governo. A intençãodo MEC é que, a partir de agos-to deste ano, sejam realizadosconcursos públicos para pre-enchimento de 1.943 vagas dedocentes e de 5 mil de técni-cos-administrativos.

Páginas 4 e 5

Fasubra indica greve Assembléia às 14h desta quinta, dia 3, no CT: campanha salarial, hospitais universitários,

carreira eeleição de delegados para a plenária da Fasubra. Diante da intransigência do governo e da insensibilidade do Congresso, a direção

nacional da Fasubra, reunida nos dias 22 e 23 de abril, avaliou a necessidade de intensificara mobilização e propôs indicativo de greve.

Se o projeto de lei (PLP 01) encaminhado ao Congresso for aprovado, o seu salário serácongelado até 2016.

Páginas 2, 3 e 6

Conseqüências do PLP Salários congelados até 2016 Acaba com a possibilidade de haver alguma correção das distorções da carreira Não há garantia para aqueles que ganham pouco recuperar dignamente seus salários O VBC não será resolvido Acaba de vez com todas as pretensões de haver a efetivação da Mesa Nacional de

Negociação Permanente Impossibilita legalmente a recuperação das perdas salariais acumuladas pelos servidores

EM BRASÍLIA. Solenidade delançamento do PDE, na semanapassada

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JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Denise Francisco Góes, Jeferson Mota Salazar e Odilon Campinas Filho / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenaçãode Comunicação / Edição: L.C. Maranhão / Reportagem: Ana de Angelis, Lili Amaral e Regina Rocha. / Estagiária: Renata Souza / Secretária: Katia Barbieri / ProjetoGráfico: Luís Fernando Couto / Diagramação: Luís Fernando Couto e Jamil Malafaia / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Niko Júnior / Revisão: RobertoAzul / Tiragem: 11 mil exemplares / As matérias não assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Correspondência:aos cuidados da Coordenação de Comunicação. Fax: 21 2260-9343. Tels.: 2560-8615/2590-7209, ramais 214 e 215.

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21944-970 - CGC:42126300/0001-61

Assembléia geral decidesobre campanha salarial

A LUTA CONTRA O PLP 01

Proposta de transformação dos hospitais universitários (HUs) em fundação estataltambém está na pauta. Às 14h desta quinta, no CT

A assembléia geral destaquinta-feira, 3 de maio, às 14h,no auditório do CT, está sen-do convocada para que a ca-tegoria delibere sobre as es-tratégias de luta a serem defi-nidas e eleja os representan-tes do SINTUFRJ que irãolevá-las à plenária da Federa-ção e à dos Servidores Públi-cos Federais, esta marcadapara o dia 6 de maio. A assem-bléia também tem como pau-ta outro ataque do governoque é a transformação doshospitais universitários (HUs)em fundação estatal.

Desde já a Fasubra está ori-entando a aprovação de esta-do de assembléia permanen-te; construção de caravana aBrasília e indicativo de grevepara a segunda quinzena demaio. Estas ações fazem partede uma mobilização unificadado funcionalismo que hojetem uma pauta comum, cons-truída em várias reuniões daCoordenação Nacional das En-tidades dos Servidores Fede-rais (Cnesf) e nas plenárias dosservidores públicos federais, aqual a Fasubra tem sido umade suas principais articulado-ras. Nesta pauta a rejeição aoPLP 01 é uma das principaisbandeiras de luta.

Greve é umapossibilidade

Na reunião ampliada daCnesf, dia 25 de abril, a Fasu-bra levou a proposta do indi-cativo de greve – já apoiadopela Condsef –, que foi apro-vado pela maioria das entida-des presentes. A data não foidefinida, porém a Fasubra estápropondo o indicativo para asegunda quinzena de maio, eo dia deve ser fechado na ple-nária dos servidores públicos

federais do dia 6 de maio.Como já anunciamos, o

PLP 01 acaba com qualquerpossibilidade de atendimen-to da pauta de reinvidicações– como a definição de umapolítica salarial, recomposi-ção e correção das distorçõesexistentes nas carreiras –, as-sim como inviabiliza negoci-ações sobre as questões maisespecíficas dos técnicos-ad-ministrativos das universida-des federais, como resoluçãodo vencimento básico com-plementar (VBC), evolução da

tabela salarial e recursos parao Plano de Assistência de Saú-de Complementar. Não é umaquestão apenas salarial, tra-ta-se fundamentalmente dofuturo do trabalhador do ser-viço público.

A carreiraNo que se refere à carreira,

algumas propostas tambémnecessitam de deliberação nasassembléias para definição naplenária. O que já foi definidoé que a estrutura da tabeladeve refletir os princípios con-

tidos na carreira. A mudançada estrutura da tabela devebuscar se aproximar dos pi-sos históricos conquistadosno PUCRCE. É fundamentalque os pisos salariais entre osníveis de classificação valori-zem os servidores, garantin-do-lhes uma perspectiva dedesenvolvimento. Os princí-pios da linearidade entre asclasses implicam garantir quetodos tenham a mesma pos-sibilidade de desenvolvimen-to dentro da carreira e quehaja igualdade de tratamento

para com todos os servidores,independentemente da clas-se em que eles estejam..

Sindicato vai realizar reu-niões centralizadas mobilizan-do trabalhadores de unidadesdiversas. Veja na página 6

Campanha Salarial Hospitais Universitários Carreira Eleição de Delegados à

plenária da Fasubra

O governo pretendetransformar os HUs em fun-dação estatal. O projeto defundação estatal é uma pro-posta que vem sendo de-senvolvida no governo fe-deral de criação de nova for-ma jurídico-institucional.Sua principal função, se-gundo o governo, é a “flexi-bilidade e agilidade” dasáreas como saúde, educa-ção, tecnologia, cultura, es-porte, turismo, entre outras.

Os membros da direto-ria executiva, assim comoos novos funcionários dasfundações estatais, serãocontratados pelo regimeda CLT. Os servidores esta-tutários pertencentes aoquadro de pessoal das IFESpoderão ser cedidos paraexercício na fundação es-tatal, sem ônus para o ór-gão de origem. A fundaçãoestatal tem total responsa-bilidade pela sua folha depagamento e não receberecursos do Tesouro Naci-

Hospitais universitários ameaçadosonal para arcar com as des-pesas de pessoal, inclusivedos servidores requisitadosde outros órgãos. Podem ge-rar receitas no exercício deatividades pela aplicação desuas receitas no mercado fi-nanceiro; pelo estabeleci-mento de convênios e outrasparcerias para a realizaçãode estudos e pesquisas; pelorecebimento de doações,entre outros.

A transformação dos HUs

neste modelo de fundaçãoquebra o princípio da indis-sociabilidade entre ensino,pesquisa e extensão, que nocaso dos HUs são exercidoatravés da prestação de ser-viços de saúde à população.Pois as pesquisas serão rea-lizadas através de convêni-os e parcerias, que pagarãopor elas. Dessa forma, aspesquisas atenderão às ne-cessidades de seus conveni-ados e parceiros em detri-

mento de pesquisas de in-teresse social, uma vez queelas não gerarão receitaspara a fundação. Outraquestão fundamental é quea transformação dos HUsem fundação estatal retira-os do âmbito das universi-dades, deixando, portanto,de ser uma unidade acadê-mica da IFE, mantendovinculação apenas atravésde convênios ou contratos.

Por tudo isso, a Fasu-bra e o SINTUFRJ defen-dem a manutenção dosHUs vinculados às IFES,hospitais estes que conti-nuem públicos, com leitosvinculados ao SUS e finan-ciados pelos Ministérios daEducação, da Ciência e daTecnologia e Saúde; assimcomo o fim da terceiriza-ção, com manutenção dacontratação pelo RegimeJurídico Único. Um abaixo-assinado em defesa doshospitais universitários vaicircular na UFRJ..

Veja a pauta da assembléia

Foto: Niko Júnior

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A LUTA CONTRA O PLP 01

Fasubra propõe indicativo de greve

Diante daintransigência dogoverno e dainsensibilidade noCongresso, a direçãonacional da Fasubra,reunida nos dias 22 e23 de abril, avaliou anecessidade deintensificar amobilização dosfuncionários nasuniversidades e estápropondo aconstrução de umadata indicativa degreve unificada comas demais categoriasdo funcionalismo aser aprovada naplenária nacional dosdias 4 e 5 de maio. Aanálise teve comoparâmetros aconjuntura atual – emque a aprovação doPLP 01 joga por terraqualquerreivindicação dofuncionalismopúblico.

O balanço do Dia Nacio-nal de Luta (17 de abril) tam-bém foi tomado como indíciopolítico positivo para o avan-ço da luta. Segundo a Fasu-bra, desde o início do ano asdiscussões com o governopermanecem no campo dasintenções. A federação nãodescarta uma greve da educa-ção ou até mesmo específica.Diversos ofícios relacionadosà pauta específica enviadospela Fasubra ao MEC desdedezembro de 2006 não tive-ram resposta.

O momento é delicado “O governo diz que não vai

retirar o PLP 01 do Congresso.A negociação coletiva no ser-viço público e o direito de gre-ve também estão ameaçados.Por isso temos que mostrar

Plenária dias 4 e 5 de maio pode definir data, assembléia geral do SINTUFRJ avalia conjuntura e elege delegados

nosso poder de pressão paramostrar ao governo e ao Par-lamento que a categoria estámobilizada e pronta para o en-frentamento se a atual políticafor mantida”, declarou a coor-denadora-geral da Fasubra,Léia Oliveira. Segundo ela, aproposta do indicativo temcomo base a resposta positivada categoria e do funcionalis-mo público como um todo noDia Nacional de Luta. Mais de20 universidades paralisaramatividades e várias atividadesconjuntas com outras catego-rias tiveram boa repercussãonos estados.

“Estamos num processo deretomada da mobilização e odia 17 de abril foi um sinal po-sitivo”, afirmou a dirigente,que chamou a atenção de queas entidades do funcionalismonão têm dado trégua ao Con-gresso Nacional e as ações co-meçam a produzir efeitos. Léiadisse que o relator do PLP 01,José Pimentel (PT-CE), aceitououvir a CUT e que parlamen-tares petistas já anunciaramque não irão aprovar o projetodo jeito que está. “É uma infle-xão importante na base do go-

verno, o que dá espaço maiorde atuação dentro do Congres-so. Nós temos trabalhado mui-to em mostrar a contradiçãonuma proposta que acena para

o desenvolvimento e destróios serviços públicos. Não é so-mente uma questão salarial.Até porque temos apresenta-do argumentos e propostas al-

ternativas elaboradas pelo Di-eese”, explicou. E completou:“A luta é esta: rejeição do pro-jeto ou a substituição pelas al-ternativas apresentadas.”

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A LUTA CONTRA O PLP-01

Dirigente da Fasubra acusagoverno de intransigênciaAudiência pública na Câmara sobre projeto que congela salários reúne

centrais sindicais e entidades de servidores

O governo pôs como pilardo Programa de Aceleraçãodo Crescimento (PAC) a apro-vação do projeto de lei (PLP01) que limita as despesascom pessoal no setor públi-co, e abriu uma guerra comtodas as centrais sindicais dopaís. A união das centrais emtorno da rejeição do projetofoi ratificada na última audi-ência pública com a catego-ria, em Brasília, no dia 17 deabril, o Dia Nacional de Lutado funcionalismo contra oPLP. A coordenadora-geral daFasubra e que representou aCoordenação Nacional dasEntidades de Servidores Fe-derais (Cnesf), Léia Oliveira,denunciou a intransigênciado governo e desafiou os par-lamentares. “O governo é in-transigente ao não retirar oprojeto e ao deixar a respon-sabilidade com o Congresso.Será que esta Casa vai fazerapenas o que o governoquer?”, sustentou.

A audiência pública foipromovida pela ComissãoEspecial da Câmara dos De-putados que analisa o proje-to, e participaram pelos tra-balhadores, além da Cnesf, opresidente da CUT nacional,Artur Henrique, e o coorde-nador da Coordenação Na-cional de Lutas (Conlutas),José Maria de Almeida. Tam-bém estiveram presentes àmesa o presidente da Comis-são de Trabalho e ServiçoPúblico, Nelson Marquezelli(PTB-SP); o relator do proje-to, deputado José Pimentel(PT-CE); e o deputado e pre-sidente da Força Sindical,Paulo Pereira da Silva. Du-rante a audiência os servido-res apresentaram argumen-tos e contribuições sobre alimitação de despesas, taiscomo: a limitação do paga-mento da dívida externa, aimplementação de um pro-grama contra a sonegação deimpostos, a taxação das gran-

des fortunas e a reconversãode parcela da dívida externa.O plenário 12, do Anexo II daCâmara, onde ocorreu a au-diência, ficou lotado.

REJEIÇÃO – Artur Henri-que, da CUT, afirmou que seo governo não retirar o pro-jeto do Congresso, as centraissindicais e os sindicatos dosservidores públicos federaisvão atuar para que os parla-mentares rejeitem todo o seuconteúdo. “O governo nãopode conseguir aprovar esseprojeto. É preciso debatercom a sociedade e com os ser-vidores públicos”, disse. Eacrescentou: “Com o limita-dor não dá para resolver pro-blemas crônicos do país, es-

pecialmente em áreas comoeducação e saúde.” “Os gas-tos com funcionários não sãocausadores dos problemas dopaís. Deveríamos debater asaltas taxas de juros e o supe-rávit primário”, argumentou.“Parcelas de juros poderiamser aplicadas na melhoria doserviço público”, completou.

O representante da Con-lutas, José Maria de Almeida,

destacou a importância daunião das centrais sindicaispara impedir a aprovação doPLP01. Na sua avaliação, estaunião mostra a insatisfaçãodos trabalhadores com essamedida do governo. “O go-verno tem R$ 100 bilhõespara investir. Por que não se

retira esse dinheiro dos ban-queiros, em vez de atacar osdireitos dos trabalhadores? Opaís já tem uma carência enor-me de prestação de serviçosà população”, afirmou. Elereforçou a reivindicação daslideranças sindicais para queos parlamentares rejeitem oprojeto e sua totalidade.

Léia Oliveira declarou queao propor o PLP01 o governopretende manter os servido-res federais, nos próximosdez anos, reféns da falta depolítica salarial para o fun-cionalismo. A dirigente dissetambém que as entidadessindicais vão reforçar a bata-lha pela regulamentação dodireito à negociação coletiva

no serviço público. “Que ne-gociação vai haver, se as re-gras já vão estar definidas?”,questionou. E encerrou suafala afirmando que os atos eprotestos do Dia Nacionalde Luta vão mostrar o poderde mobilização do funciona-lismo federal, como tambémalertou o relator do PLP 01,deputado José Pimentel: “Omaior dano da aprovaçãodesse PLP será para o servi-ço público prestado à socie-dade. Não é a governo quedevemos prestar contas, esim à população. Por isso,pedimos aqui, em nome daCnesf, a retirada do regimede prioridade na tramitaçãodo projeto.”

Veja onde o governo poderia buscar recursos,em vez de querer congelar o salário do servidor

Limitar o pagamento da dívida externa Combater a sonegação de impostos Taxar grandes fortunas

O governo pagou dejuros no ano de 2006275 bilhões de reais

PROTESTO. O Centro da Cidade voltou a ser palco de manifestação política na semana passada

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A LUTA CONTRA O PLP 01

Governo tem pressaem aprovar projetoSituação no Congresso Nacional é desfavorável. Relator do PLP 01 é indiferente a apelos

O governo tem pressa e serecusa a retirar o PLP 01 depauta. Em reunião das entida-des cutistas do funcionalismodas três esferas, dia 13 de abril,em São Paulo, a avaliação é ade que o processo e o anda-mento do PLP 01 não estãofavoráveis aos trabalhadores.E mais, corre-se um granderisco de as emendas ao proje-to serem rejeitadas em bloco,haja vista que só serão aceitasemendas na apreciação doprojeto no Plenário. E primei-ro será votado o parecer dorelator José Pimentel (PT-CE),que tem se mostrado insensí-vel aos apelos da CUT. Esseparlamentar foi relator da re-forma da Previdência aprova-da no início do governo Lula.

O PLP 01 foi apresentadoà Câmara dos Deputados pelogoverno no dia 2 de feverei-ro, em regime de prioridade.Assim, em vez de passar pe-las comissões que têm a vercom o assunto em questão,ele foi direto para a Comis-são Especial que reuniu to-das elas – Comissão de De-senvolvimento Econômico,Indústria e Comércio; Seguri-dade Social e Família; Traba-

lho, de Administração e Ser-viço Público; Finanças e Tri-butação e Constituição e Jus-tiça e de Cidadania. Em 14 demarço o colégio de líderes dogoverno apresentou um re-querimento solicitando regi-me de urgência na votação.Até agora este requerimentonão foi retirado e as discus-sões na Comissão Especial eas audiências públicas estãoem fase final.

O projeto ainda não temdata para ser votado, mas Pi-mentel disse que as negocia-ções serão rápidas e, logo quea pauta da Câmara for des-trancada com a votação dasmedidas provisórias, seusubstitutivo estará prontopara ser votado. O presiden-te da Comissão Especial, de-putado Nelson Meurer (PP-RR), pediu no dia 10 de abriluma nova prorrogação doprazo da comissão – a quarta– para que o relator tenhatempo de preparar o seu pa-recer. Segundo Meurer, aprorrogação também servirá

para que as entidades de ser-vidores públicos tenhamtempo de discutir as propos-tas com o relator, se o gover-no não retirar a matéria de

MP do FGTS é aprovada

pauta. Contudo, na avaliaçãoda assessoria da deputadaAlice Portugal (PCdoB-BA),que integra a Comissão Es-pecial, corre-se um sério ris-

co de o projeto ir à votaçãoaté o fim de maio. “Nosso de-safio é o PLP 01”, declarou aparlamentar, que já foi diri-gente da Fasubra.

NA UFRJ. Reunião na segunda-feira, 16, definiu a participação no ato de 17 de abril

A Câmara aprovou no dia17 de abril a Medida Provisó-ria 349, que destina mais deR$ 5 bilhões do Fundo de Ga-rantia do Tempo de Serviço(FGTS) para um fundo queaplicará os recursos em obrasnos setores de energia, rodo-via, ferrovia, porto e sanea-mento e mais hidrovias – estaacrescentada pela Câmara. AMP faz parte do Programa deAceleração do Crescimento(PAC), e a votação deu amplavitória ao governo que obte-ve 312 votos a favor, 105 con-trários e uma abstenção. O ris-co de usar dinheiro dos traba-lhadores em operações de re-torno lento e incerto fez damedida a mais polêmica dasoito MPs do PAC editadas emjaneiro e ser muito criticadapela centrais sindicais. Maisimportante para o governo navotação foi desafogar a pauta

da Câmara, bloqueada háquatro semanas pelas MPs doPAC – ainda restam duas a se-rem examinadas pelos depu-tados. A MP aprovada garan-tiu remuneração mínima anu-al de 3% mais a Taxa Referen-cial (TR) para os recursos donovo fundo – igual à rentabi-lidade do FGTS. A garantia foio ponto mais polêmico na dis-cussão da MP. Pelo texto ori-ginal do Executivo, a CaixaEconômica não deveria arcarcom o risco do crédito, ouseja, com o prejuízo decor-rente de eventuais calotes nosfinanciamentos concedidos.Na Câmara o relator, WilsonSantiago (PMDB-PB), respon-sabilizou o banco por garan-tir ao novo fundo uma renta-bilidade mínima equivalenteà do FGTS. No entanto, nãoestá claro como a Caixa, umaempresa de capital 100% pú-

blico, poderá arcar com estaobrigação.

Defenderam a aprovaçãoda medida os partidos alia-

dos do governo: PMDB, PT,PTB, PCdoB, PSB, PDT, PP, PRe PV. Ficaram contra PSDB,PSOL e DEM (ex-PFL). A Me-

dida Provisória 349 aindapassará pelo Senado e pelasanção presidencial para en-trar em vigor.

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doispontos

7/5 – 11h – Todas as unidades do Prédio da Reitoria – Auditório Archimedes Memória.

8/5 – 11h – Todas as unidades do CCS, Alojamento e Escola de Educação Física –Auditório do Quinhentão – Bloco K-CCS.

8/5 – 12h30 – Faculdade de Odontologia – Sala da Graduação – 2º andar.

8/5 – 13h – IPPMG – Anfiteatro Nobre.

8/5 – 14h – Unidades da Praia Vermelha – Ao lado da piscina.

9/5 – 11h – Unidades do CT e do CCMN – Auditório do Roxinho.

9/5 – 14h – Todas as Unidades do Centro da Cidade – IFCS – Salão Nobre.

Reuniões setoriais na UFRJMobilização para a campanha salarial será intensificada

A diretoria do Sindicatocomeça a realizar este mêsreuniões centralizadas deunidades. O objetivo é dis-cutir com os trabalhadoresa campanha salarial, asações judiciais e a impor-tância dos companheirosdas unidades escolheremos representantes dos seuslocais de trabalho – os dele-gados sindicais de base. Ocalendário é o seguinte:

“Referência

Negra”Evento marcado para 17 de maio,

das 9h às 19h30, no auditório do Con-selho Regional de Química III (RJ/ES).As conferências, das 9h às 12h, serãofeitas pelos reitores Aloísio Teixeira(UFRJ) e José Vicente (Unipalmares/SP); pelo professor do Instituto de Quí-mica/UFRJ, Cláudio Cerqueira; pelopresidente do Sindicato dos Químicos,Dílson Rosalvo dos Santos; pela ouvi-dora da Petros, Vanda Ferreira e pelaatriz Zezé Mota.

Trânsito no

FundãoA pista sentido Hospital–Reito-

ria estará interditada entre 1º e 8 demaio para continuidade das obrasde recuperação das vias do Fun-dão. Assim, os veículos que se diri-girem ao setor sul (Retoria, Facul-dade de Letras, Coppead) deverãoseguir pela Avenida Athos da Sil-veira Ramos (entre o Bloco A do CTe CCMN). Para os veículos proveni-entes da Linha Vermelha a Prefeitu-ra da UFRJ recomenda a utilizaçãodo acesso pela Rua Moniz de Ara-gão (fundos do CT).

Futebol da PVSerá realizadano dia 7 de maio, se-

gunda-feira, das 10h às 14h, no audi-tório Manoel Maurício de Albuquer-que (ao lado do Banco Real), no CFCH,Praia Vermelha, reunião com os dire-tores, técnicos de esporte e lazer, atle-tas e funcionários da UFRJ lotados naPraia Vermelha. A idéia é discutir acriação de um time de futebol.

Conflitos

urbanosA cerimônia será no Plenário da

Câmara Municipal do Rio, dia 2 demaio, quarta-feira, às 10h, com a apre-sentação do Observatório Permanen-te dos Conflitos Urbanos na Cidadedo Rio de Janeiro, objetivos, formasde acesso e utilização do sítiowww.observaconflitos.ippur.ufrj.br.

Reunião do

GT-CarreiraSerá às 14h30 do dia 2 de maio,

esta quarta-feira, na subsede do HU,a reunião do GT-Carreira do SIN-TUFRJ. Na pauta: capacitação, ava-liação e dimensionamento.

Plano diretor na Câmara

“Saúde do Trabalhadorem Debate: A Construção dosseus Direitos” é o evento pro-movido pelo Instituto deNeurologia Deolindo Couto(INDC) e pela Escola de Ser-viço Social em comemoraçãoao Dia do Trabalhador. O ob-jetivo é estimular a promo-ção da saúde do trabalhadorao problematizar e criar es-tratégias junto aos servido-res e estudantes, contribuin-do para melhores condiçõesde trabalho. A realização doevento, dia 3 de maio, quin-ta-feira, das 10h às 13h, noauditório do pátio do INDC,é a primeira ação de mobili-zação do projeto de extensão“Atenção à saúde do traba-lhador nas instituições públi-cas” que está vinculado à Es-cola de Serviço Social e contacom o apoio do SINTUFRJ.Os palestrantes são: o coor-denador-geral do SINTUFRJ,Marcílio Lourenço; a direto-ra da DVST, Vânia Alves; e acoordenadora do ProjetoSaúde do Trabalhador, Cecí-lia Cavalcanti.

O plenário da Câmarados Vereadores foi ocupa-do, no dia 25 de abril, pelossem-teto do Centro, associ-ações de moradores e sin-dicalistas que exigiram umplano diretor participativo.O presidente do Sindicatodos Arquitetos e diretor doSINTUFRJ, Jeferson Salazar,

foi aplaudido quando disseque esta Casa fechou osolhos para a exclusão, e rea-firmou que a cidade é dopovo. Os movimentos e en-tidades presentes distribuí-ram carta com algumas crí-ticas às irregularidades exis-tentes no processo de revi-são do plano diretor do Rio

de Janeiro, entre as quais ofato de o projeto de lei en-caminhado pelo prefeitoCésar Maia não atender aosrequisitos legais quanto aoconteúdo mínimo e à parti-cipação popular. Foram fei-tas também, por meio da car-ta, algumas propostas, taiscomo: constituição de uma

Coordenação Geral com-posta pela Comissão Espe-cial da Câmara de Vereado-res e pelo Fórum de Partici-pação da Sociedade Civil ecriação de grupos de traba-lho, no âmbito da Coorde-nação Geral, responsáveispela operacionalização dasatividades.

Notas >>>

Debate sobre

saúde do

trabalhador

Coppe: festa

do trabalhadorNesta sexta-feira, 4 de maio, o Grê-

mio da Coppe promove show em co-memoração a data. Três bandas vãose apresentar das 16h30 às 19h30. Aentrada é franca e pede-se somente acolaboração de uma lata de leite empó. O leite faz parte da Campanha doLeite para as crianças assistidas peloHospital N.Sra. do Loreto. Os postosde coleta que estarão arrecadando aslatas, entre os dias 2 e 4 de maio,ficam no Grêmio e na Entrada do Blo-co G do CT.

Favelas protestam

contra remoções

da PrefeituraUm ato público contra a vio-

lência dos despejos e da remoçãopromovida pela Prefeitura do Riofoi realizado no dia 26 de abril, emfrente à sede da OAB, no Centro dacidade. Cerca de 200 pessoas par-ticiparam da manifestação paradenunciar que a Prefeitura amea-ça remover 75 mil cariocas de suasmoradias devido às obras do PAN.Aproximadamente 30 comunida-des têm recebido pressão irregu-lar de órgãos da Prefeitura. Duascomunidades em áreas do PAN –Arroio Pavuna e Canal do Cortado– foram removidas sem regras cla-ras de indenizações. O ato públicofoi convocado pelo Ibase, FrenteEstadual contra a Remoção (queagrega 35 organizações da socie-dade civil), Faferj, Comissão deDireitos Humanos da OAB, Pasto-ral de Favelas, CMP, Felru, entreoutros.

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CONCURSO

Vestibular: isenção em junhoQuem comprovar insufi-

ciência de recursos para o pa-gamento da taxa para o vesti-bular 2008, de R$95, podepleitear isenção integral dovalor. As inscrições serão fei-tas das 10h do dia 11 de ju-nho até às 20h do dia 29 dejunho pelo site www.vestibular.ufrj.br. A UFRJ dis-ponibiliza pólos de apoio in-formatizados na decania doCFCH, no NCE e no IFCS.

Aprovado por unanimida-de no CEG dia 25, o edital deisenção prevê critérios para aconcessão do benefício euma pré-seleção cuja lista-gem será divulgada dia 5 dejulho. Os pré-selecionadosdevem enviar cópias de do-cumentação (como cópias decomprovantes de rendimen-to, contracheques ou carteiraprofissional, comprovante doimposto de renda, despesase outros) entre 6 e 14 de ju-lho, por carta registrada ouentregá-los nos postos de co-leta em datas de acordo coma letra inicial do nome, entre9 e 13 de julho. O resultado

final sai no dia 8 de agosto,pela internet, ou na Coorde-nação do Concurso, noCCMN, no IFCS e no CFCH.

Ano passado, a adoção domodelo de inscrição pela in-ternet levou a um aumentosignificativo do número deinscritos. Em 2006, 10.646pessoas solicitaram isenção.Foram deferidas 10.049. Em2007, foram 23.287 pedidos.

Foram concedidas 9.114 isen-ções.

Federais constroem calen-dário conjunto

A inscrição para o vesti-bular da UFRJ será entre 1o e31 de agosto, prazo que podeser prorrogado até 6 de se-tembro. O edital do vestibu-lar, com regras, número devagas de cada curso e pro-

postas de mudanças, deveráser submetido ao CEG embreve. A comissão espera queem junho já esteja aprovado.

Algumas datas já estãosendo definidas em conjun-to pelas federais do Rio, quebuscam fechar um calendá-rio comum de modo a per-mitir que os candidatos pos-sam se inscrever em todos osconcursos.

Datas da 1a faseUFF – 15/11UFRJ – 11/11UERJ – 17/6UNI-Rio – 18/11Rural – 16/12CEFET – 6/12

UFF - R$90UFRJ - R$95UERJ - R$74

Taxas

UNI-Rio - R$85Rural - R$85CEFET - R$70

Confirme datas e

eventuais mudanças

UFF – 8/8 a 10/9www.vestibular.uff.br/2008tel. 2629-2805UFRJ - 1o a 31/8www.vestibular.ufrj.brtel. 2598-9430UERJ - (para 2o exame) – 11 a 23/7www.vestibular.uerj.br tel. 2587-7307UNI-Rio – 3/9 a 30/9http://vestibular.unirio.brtel. 2542-4306Rural - setembro(período a ser definido)www.vestibular.ufrrj.brtel. (21) 2682-2810CEFET - 15/10 a 1/11www.cefet-rj.brtel. 2569-4338

Datas da 2a faseUFF – 9/12UFRJ – 25/11UERJ – 16/9UNI-Rio – 13/1Rural – 17/12CEFET – 6/1

Rolo no prédio da FísicaPATRIMÔNIO

Enquanto as obras do restauran-te universitário são aceleradas, aReitoria não tem previsão para a re-tomada da construção do prédio daFaculdade de Física, iniciada há doisanos e há meses paralisada. O feioesqueleto cercado de mato ocupa oterreno em frente ao Centro Tecno-lógico. Nos debates durante a cam-panha eleitoral, estudantes cobra-ram explicações de Aloísio Teixeira.

Segundo o pró-reitor de Planeja-mento e Desenvolvimento, CarlosLevi, a paralisação da obra deve-seprincipal a confusões da empreitei-ra licitada e contratada, CPV. “Semexperiência para trabalhar com pré-moldados, a CPV subcontratou aCassol, que fez o serviço e levou ca-lote”, explicou. A CPV recebeu daUFRJ R$ 4.102.263,00 milhões.

ROLO – Outro problema é comrelação ao financiamento da obra,

que é resultado de um acordo entreo ex-reitor José Henrique Vilhena eo Ministério da Ciência e Tecnolo-gia. O MCT custearia a construçãoda unidade como forma de ressar-

CNPq). O ministério chegou a envi-ar, via Finep, a primeira parte dodinheiro prometido (os R$ 4 mi-lhões pagos à CPV).

SOLUÇÃO – Carlos Levi infor-mou que duas providências já es-tão sendo tomadas para pôr fim ànovela do prédio da Física. “Esta-mos negociando com o Ministérioda Ciência e Tecnologia mais R$ 3milhões para continuar a obra eprovidenciando nova solicitaçãopara contratar outra empresa.”

SUSTO – Recentemente o prédioem construção foi submetido a tes-te de carga, porque houve suspeitade que a laje teria sido construídasem as dimensões necessárias parasustentar os pesados equipamen-tos. Segundo o pró-reitor, depois demeses de teste e o resultado foi ne-gativo, ou seja, o prédio agüenta oslaboratórios.

cimento à Universidade pelo uso deáreas no campus do Fundão (Ce-tem e Instituto de Energia Nuclear)e na Praia Vermelha (Centro Brasi-leiro de Pesquisas Físicas, do

NA PAISAGEM. Esqueleto no campus do Fundão

Foto: Niko Júnior

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CRISE NO FORUM

O professor Carlos Tan-nus continuará como coorde-nador do Forum de Ciência eCultura até o encerramento doatual mandato do reitor Aloí-sio Teixeira, que se encerra emjulho. De acordo com o queapurou o Jornal do SINTUFRJ,na semana passada Tannuschegou a ser comunicado deseu afastamento pelo reitor, oque Aloísio nega. “Em momen-to nenhum tomei tal decisão”,afirmou. Aloísio admitiu, noentanto, divergências com o es-tilo de Tannus à frente da coor-denação do Forum.

Segundo Aloísio Teixeira, oForum esteve fora de sintoniaem relação às atividades que aReitoria desenvolveu comocentro de atenção prioritária. Oreitor disse que um dos pro-blemas do Forum foi não terinstitucionalizado ações comoa convocação do Conselho Di-retor. Por essa falha, ele assu-miu a responsabilidade. Já naquarta, dia 25, Aloísio convo-cou a primeira reunião do Con-selho Diretor. Estatutariamen-te, o colegiado é comporto pelopresidente do Forum, que é oreitor ou o seu vice, pelo coor-denador do Forum, por seis de-canos, pelo diretor do Museu,pelo presidente do Colégio deAltos Estudos, por um repre-sentante discente, por um re-presentante técnico-adminis-trativo, por um dos antigos alu-nos e por três representantesexternos nomeados pelo reitor.Ele pediu uma indicação pro-visória do representante dis-cente e do representante dostécnicos-administrativos. Apróxima reunião será no dia 30de maio – última quarta-feirado mês –, às 16h30, no PalácioUniversitário.

Ao voltar a presidir o Con-selho Universitário (depois doperíodo em que teve que seafastar para se recandidatar àReitoria), Aloísio Teixeira abriua sessão do dia 26 anunciandoque não pretende fazer nenhu-ma mudança na sua equipe atéo fim desta gestão. Para o se-gundo mandato, ele informouque haverá substituições, emalguns casos por desejo deseus ocupantes. Em outros, emdecorrência da necessidade deimplantação do Plano de De-senvolvimento Institucional(PDI), cuja discussão ainda estáem curso.

Aloísio mantém Tannus,mas admite divergênciasReitor nega que tenha afastado coordenador do Forum deCiência e Cultura na semana passada

Atividades

de extensão

Na opinião de AloísioTeixeira, boa parte dasatividades do Forum é deextensão, embora não selimite a estas. Ele apon-tou a necessidade deuma articulação maiorcom a área de extensão.Mas destaca que seráuma articulação e nãouma subordinação: “Nãoposso fazer isso. Só oConselho pode fazer.Nenhuma decisão deixa-rá de ser discutida.”

Segundo o reitor, oestatuto e o regimento doForum são antigos, pau-tados na visão da dita-dura da década de 1960,e não refletem uma uni-versidade que já foi mo-dificada e a própria rea-lidade do Forum hoje.Ele informa que outrosorganismos foram cria-dos, como o ProgramaAvançado de CulturaContemporânea (PACC),e a Coordenação de Pro-gramas de Estudos Avan-çados da UFRJ (Copea)que ainda estão no Fo-rum de Ciência e Cultura.

Lembra, ainda, que oque constava como Bi-blioteca Central é hoje oSistema de Bibliotecas eInformação da UFRJ,com outra inserção e quedispõe de outras tecno-logias que não existiamno final da década de1960. Outro exemplo quecita é o Museu Nacional,que hoje tem importân-cia não só como acervo,mas também pelos pro-gramas de pós-gradua-ção. Todos integram oForum (que tem ainda aEditora e a Casa da Ciên-cia). O que, para ele, temque ser discutido.

“É claro que há divergências”Aloísio Teixeira contestou as notícias de afastamento de Carlos Tannus da Coordenação

do Forum de Ciência e Cultura. “Em momento nenhum tomei tal decisão. É claro que há

divergências de estilo de condução. As discussões na equipe às vezes ficam acaloradas. Mas

a decisão que houve foi essa: assumir uma presença maior no Forum”, disse o reitor.

Teixeira explicou que, em razão das viagens na semana anterior, não teve oportunidade

de conversar pessoalmente com o professor. Na quarta-feira, dia 25, ele convocou uma

reunião com os organismos que compõem o Forum e o conselho. Só no fim do dia pôde se

reunir com Tannus.

Embora Aloísio Teixeira negue, fontes próximas do poder na universidade asseguram

que a demissão de Carlos Tannus chegou a se configurar na sexta-feira, dia 20, depois de

uma ríspida discussão entre o reitor e o coordenador. Mesmo mantendo Tannus no cargo,

ao assumir efetivamente a presidência do Conselho Diretor, Aloísio Teixeira, na prática,

reduz o poder do coordenador.

O reitor protestou contra a publicação da notícia sobre a troca de poder no Forum, dada

em primeira mão pelo Jornal do SINTUFRJ. “No caso, era uma notícia que não foi confirma-

da por mim e gerou instabilidade.”

ALOÍSIO E TANNUS. Faltou sintonia entre os projetos do reitor e a coordenação do Forum