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SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE PERNAMBUCO GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO E SUPORTE ESTRATÉGICO – GEDES
SETOR DE APOIO A LOGÍSTICA E GESTÃO DA OFERTA – SEGEO SUPERINTENDENTE REGIONAL DE PERNAMBUCO
EUDE GUEDES DE ANDRADE
GERENTE DE DESENVOLVIMENTO E SUPORTE ESTRATÉGICO – GEDES
VALDOMIRO SAMPAIO MARTINS
GERENTE DE OPERAÇÕES – GEOPE
CLÓVIS AFONSO FERREIRA FILHO
GERENTE DE FINANÇAS E ADMINISTRAÇÃO – GEFAD
ROBERTO PEREIRA LINS
ENCARREGADO DO SETOR DE APOIO A LOGÍSTICA E GESTÃO DA OFERTA –
SEGEO
FREDIRICO NUNES DA SILVA
EQUIPE TÉCNICA
LOURIVAL BARBOSA DE MAGALHÃES
ANTÔNIO DE ARAÚJO LIMA FILHO
MARLI TEREZINHA DE CASTILHO REGO
VERA LÚCIA GUEDES SALES
KARINA ALEXANDER GUIMARÃES
3
APRESENTAÇÃO
É com imensa satisfação que apresentamos a primeira edição da Conjuntura
Regional pertinente aos estados de Pernambuco e Alagoas.
Neste primeiro número, elaboramos um pequeno histórico sobre os produtos que se
destacam dentro da agricultura e do agronegócio nos estados de Pernambuco e
Alagoas, contendo informações esclarecedoras e mostrando suas peculiaridades,
assim como o comportamento e relevância desses produtos na economia regional e
nacional.
Na disposição da apresentação, enfatizamos, primeiramente, a cultura da Cana-de-
açúcar e a Avicultura, em Pernambuco, e a Cana-de-açúcar, em Alagoas, devido à
participação expressiva dessas duas atividades no PIB estadual, seguidas dos
produtos que fazem parte das pesquisas efetuadas no levantamento de safra e, por
último, dos produtos que são gerados em menor escala.
As próximas edições da Conjuntura terão um aspecto mais simplificado, uma vez que
a sua função será a de inserir e/ou atualizar dados relevantes a esse informativo.
Eude Guedes de Andrade
Superintendência Regional de Pernambuco
Superintendente
4
ALAGOAS
Cana-de-Açúcar Segundo dados do SINDAÇÚCAR, o estado de Alagoas é classificado como o maior
produtor nordestino de cana-de-açúcar, contabilizando uma produção de 28.770.721 t
(cana moída), 2.442.512 t (açúcar) e 701.676 t (álcool), um produto considerado
imprescindível em função da geração de emprego e renda que a atividade com a
cana-de açúcar proporciona à economia do estado.
O setor de industrialização do açúcar destaca-se com 50% de sua produção destinada
ao mercado consumidor internacional, o que não ocorre com seus derivados que vêm
registrando um declínio em sua produção e exportações.
As regiões produtoras estão localizadas na Zona da Mata, Litoral Sul e Norte, Baixo
São Francisco e parte do Agreste.
Produto = Cana-de-açúcar
Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação.
Brasil Nordeste Alagoas
Área Plantada (Em mil ha)
Produção (Em mil t)
Área ((Em mil ha)
Produção ((Em mil t)
Área ((Em mil ha)
Produção (Em mil t)
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
5.506,8 5.797,0 389.849,4 411.010,0 1.200,4 1.249,1 62.897,4 64.402,6 435,3 497,3 25.252,0 25.833,6
FONTE – IBGE
5
Algodão
Há alguns anos a cultura de Algodão tinha uma participação significativa dentro da
economia do estado de Alagoas em relação às demais culturas, mas diversos fatores
alteraram esse quadro fazendo com que essa atividade perdesse a sua importância,
entre eles, oscilações climáticas; indisponibilidade de sementes; falta de assistência
técnica, crédito nas instituições financeiras e apoio na comercialização; praga do
bicudo (não erradicada); inexistência de fábrica de tecidos; concorrência com produtos
sintéticos que passaram a substituir o algodão durante o processo de fabricação dos
tecidos.
Entretanto, no ano de 2004 a atividade foi retomada com o reinício do plantio da
cultura que contou com a parceria do estado mediante incentivos na forma de
distribuição de sementes destinadas ao plantio cuja colheita, infelizmente, foi irrizória
devido a fatores climáticos, entre eles, a ausência de chuvas durante a fase de
desenvolvimento vegetativo e a presença de pragas.
Produto = Algodão herbáceo
Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação
Brasil Nordeste Alagoas
Área (Em mil ha)
Produção (Em mil t)
Área ((Em mil h)
Produção ((Em mil t)
Área ((Em mil h)
Produção (Em mil t)
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
735,1 1.068,5 2.212,3 3.310,2 167,0 292,2 347,5 754,6 14,6 9,5 7,2 4,1
FONTE -CONAB
6
Observa-se que no resultado do último levantamento da safra 2003/2004 em relação a
safra anterior houve uma retração de 34,9% na área plantada, representando uma
redução de 5.100 hectares. Houve, ainda, uma diminuição de 12,2% e 43,1% na
produtividade e produção, respectivamente, contabilizando menos 3.100 toneladas.
RESULTADO DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO SAFRAS 2002/2003 E 2003/2004 - ALAGOAS
Área
(em mil ha)
Produtividade
(kg/ha)
Produção
( em mil t )
Produto
Agrícola Safra
02/03
Safra
03/04
VAR % Safra
02/03
Safra
03/04
VAR % Safra
02/03
Safra
03/04
VAR %
Algodão 14,6 9,5 (34,9) 490 430 (12,2) 7,2 4,1 (43,1)
FONTE – CONAB
A evolução da estimativa da safra 2003/2004 pertinente à essa cultura demonstra que
houve uma oscilação na área plantada, produtividade e produção.
EVOLUÇÃO DA ESTIMATIVA DE ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO
SAFRA 2002/2003 E 2003/2004 - ALAGOAS
Produto Agrícola Algodão Área ( em mil / ha )
02/03
1ºLevant.
Fev/04
2ºLevant.
Abr/04
3ºLevant
Jun/04
4ºLevant.
Ago/04
5ºLevant.
Out/04
14,6 9,0 10,6 11,4 9,5 9,5
Produtividade ( Kg / ha )
490 490 490 360 430 430
Produção ( em mil / t )
7,2 4,4 5,2 4,1 4,1 4,1
FONTE - CONAB
7
Arroz Os municípios alagoanos Penedo e Igreja Nova produzem arroz de sequeiro e
irrigado; Jacuípe, Jundiá, Matriz de Camaragibe, Porto Calvo, São Luís de Quintude,
Japaratinga, Maragogi, Passo de Camaragibe, Porto de Pedras, São Miguel dos
Milagres e Piaçabuçu, arroz de várzea, esse último também produz arroz irrigado
juntamente com o município de Porto Real do Colégio.
Piaçabuçu é o município que se destaca com uma produção de arroz de várzea
correspondente a 64% enquanto que a maior parte do arroz irrigado está concentrada
nos municípios de Igreja Nova e Porto Real do Colégio, com 60% e 24%,
respectivamente.
Produto = Arroz
Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação
Brasil Nordeste Alagoas
Área (Em mil ha)
Produção (Em mil t)
Área (Em mil ha)
Produção (Em mil t)
Área (Em mil ha)
Produção (Em mil t)
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
3.186,1 3.618,7 10.367,1 12.808,4 720,3 772,1 1.124,8 1.228,9 2,5 3,1 12,0 12,4
FONTE - CONAB O resultado do último levantamento da safra 2003/2004 demonstra que houve um
aumento de 24% na área em relação à safra anterior, equivalendo a um aumento de
600 hectares. Não obstante a diminuição de 16,7% ocorrida na produtividade a
produção sofreu um incremento de 3,3%.
8
RESULTADO DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO SAFRAS 2002/2003 E 2003/2004 - ALAGOAS
Área
(em mil ha)
Produtividade
(kg/ha)
Produção
( em mil t )
Produto
Agrícola Safra
02/03
Safra
03/04
VAR % Safra
02/03
Safra
03/04
VAR % Safra
02/03
Safra
03/04
VAR %
Arroz 2,5 3,1 24,0 4.800 4.000 (16,7) 12,0 12,4 3,3
FONTE – CONAB
Quando avaliamos os levantamentos anteriores, a partir do 2º levantamento notamos
um aumento gradual na área; no 3º levantamento, uma diminuição na produtividade e
uma oscilação na produção a partir do 2º levantamento da safra 2003/2004.
EVOLUÇÃO DA ESTIMATIVA DE ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO SAFRA 2002/2003 E 2003/2204 - ALAGOAS
Produto Agrícola
Arroz Área ( em mil / ha )
02/03
1ºLevant.
Fev/04
2ºLevant.
Abr/04
3ºLevant.
Jun/04
4ºLevant.
Ago/04
5ºLevant.
Out/04
2,5 2,5 3,0 3,1 3,1 3,1
Produtividade ( Kg / ha )
4.800 4.800 4.800 4.100 4.100 4.000
Produção ( em mil / t )
12,0 12,0 14,4 12,7 12,7 12,4
FONTE - CONAB
9
Feijão
Existe uma intensificação do plantio e produção dessa cultura no estado de Alagoas,
especificamente, o feijão cores na região do Sertão, Microrregião de Santana do
Ipanema e nos municípios de São José da Tapera, Carneiros, Olho D’água das
Flores, Olivença, Poço das Trincheiras, Dois Riachos e Cacimbinhas que detêm,
aproximadamente, 60% da produção.
A produtividade média é, praticamente, igual em todas as regiões do estado, exceto
nas demais microrregiões onde existem pequenas plantações familiares destinadas à
subsistência familiar.
A intensificação do plantio e produção do feijão macaçar está concentrada nas
regiões do Agreste, Sertão, Baixo São Francisco e Zona da Mata (canavieira),
destacando-se a participação da microrregião de Arapiraca e municípios Craíbas,
Campo Grande, Coité do Nóia, Feira Grande, Lagoa da Canoa, Girau do Ponciano,
São Sebastião, Taquarana e Liomeiro de Anadia, que detêm 58% da produção.
A produção do feijão sofreu uma redução em função de alguns fatores como o atraso
das chuvas, a falta de crédito destinado ao custeio dessa cultura em razão das
adversidades climáticas e plantio fora do calendário agrícola.
No período crítico da lavoura, durante as fases de germinação e desenvolvimento
vegetativo, houve aparecimento de pragas e doenças provenientes da falta de
controle e a não utilização de herbicidas agrícolas.
10
Produto = Feijão
Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação
Brasil Nordeste Alagoas
Área (Em mil ha)
Produção (Em mil t)
Área (Em mil ha)
Produção (Em mil t)
Área (Em mil ha)
Produção ((Em mil t))
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
4.378,7 4.289,9 3.205,0 3.000,3 2.420,3 2.467,8 928,1 817,5 92,1 85,0 26,0 24,7
FONTE - CONAB
O resultado final da safra 2003/2004 constatou uma retração de 7,7% da área
plantada e um aumento de 3,2% na produtividade, aumento esse considerado
insuficiente para proporcionar um aumento, também, na produção com relação à safra
anterior.
RESULTADO DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO SAFRAS 2002/2003 E 2003/2004 - ALAGOAS
Área
(em mil ha)
Produtividade
(kg/ha)
Produção
( em mil t )
Produto
Agrícola Safra
02/03
Safra
03/04
VAR % Safra
02/03
Safra
03/04
VAR % Safra
02/03
Safra
03/04
VAR %
Feijão 92,1 85,0 (7,70) 282 291 3,2 26,0 24,7 (5,0)
FONTE – CONAB
Fazendo um paralelo entre as avaliações anteriores e a mais recente constatamos um
aumento da área e significativas alterações na produtividade e produção que foram
motivadas, principalmente, em função de oscilações climáticas.
11
EVOLUÇÃO DA ESTIMATIVA DE ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO SAFRA 2002/2003 E 2003/2004 - ALAGOAS
Produto Agrícola Feijão Área ( em mil / ha )
02/03
1ºLevant.
Fev/04
2ºLevant.
Abr/04
3ºLevant.
Jun/04
4ºLevant.
Ago/04
5ºLevant.
Out/04
92,1 92,1 85,0 85,0 85,0 85,0
Produtividade ( Kg / ha )
282 282 400 500 500 291
Produção ( em mil / t )
26,0 26,0 34,0 42,5 42,5 24,7
FONTE - CONAB
Milho Apesar dos inúmeros esforços movidos pelas entidades agrícolas, o país ainda não
conseguiu libertar-se da dependência da importação desse produto em função de
haver no mercado consumidor interno uma demanda superior à oferta. Esse
componente tem inviabilizado os pequenos negócios dentro da avicultura,
suinocultura, entre outras, dificultando a geração de emprego e renda nas regiões que
desenvolvem essas atividades.
Em Alagoas, o plantio dessa cultura é praticado na região do Agreste,
especificamente, nos municípios de Arapiraca, Campo Grande, Coité do Noia,
Craíbas, Feira Grande, Girau do Ponciano, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, São
Sebastião, Taquarana, Belém, Estrela de Alagoas, Igací, Mar Vermelho e Palmeira
12
dos Índios, e na região do Sertão, onde a maior produção está concentrada nos
municípios de Santana do Ipanema, Batalha e Delmiro Gouveia.
Produto = Milho
Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação
Brasil Nordeste Alagoas
Área (Em mil ha)
Produção (Em mil t)
Área (Em mil ha))
Produção (Em mil t)
Área (Em mil ha)
Produção ((Em mil t))
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
13.226,2 12.820,0 47.410,9 42.186,1 2.894,9 2.938,0 3.277,5 3.065,7 57,0 79,0 18,0 21,7
FONTE - CONAB
Com relação à safra 2002/2003, houve um aumento de 38,59% na área plantada
representando um incremento de 22.000 hectares, um aumento de 13% e 20,55% na
produtividade e produção, respectivamente, equivalendo a um acréscimo de 3.700
toneladas.
RESULTADO DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO
SAFRAS 2002/2003 E 2003/2004 - ALAGOAS
Área
(em mil ha)
Produtividade
(kg/ha)
Produção
( em mil t )
Produto
Agrícola Safra
02/03
Safra
03/04
VAR % Safra
02/03
Safra
03/04
VAR % Safra
02/03
Safra
03/04
VAR %
Milho 57,0 79,0 38,59 316 275 13,0 18,0 21,7 20,55
FONTE – CONAB
Baseados nas avaliações anteriores dessa cultura, os resultados obtidos demonstram
expressivas alterações na área plantada, produtividade e produção.
13
EVOLUÇÃO DA ESTIMATIVA DE ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO SAFRA 2002/2003 E 2003/2004 – ALAGOAS
Produto Agrícola
Milho Área ( em mil / ha )
02/03
1ºLevant.
Fev/04
2ºLevant.
Abr/04
3ºLevant.
Jun/04
4ºLevant.
Ago/04
5ºLevant.
Out/04
57,0 57,0 80,9 68,4 68,4 79,0
Produtividade ( Kg / ha )
316 600 600 599 599 275
Produção ( em mil / t )
18,0 34,2 48,5 41,0 41,0 21,7
FONTE - CONAB Como forma de viabilizar o acesso dos criadores e das agroindústrias de pequeno
porte aos estoques públicos, a Conab atua nas vendas diretas a preços de mercado e
compatíveis com os praticados em pregões públicos, conforme abaixo:
MILHO EM GRÃOS – VENDA EM BALCÃO Unidade Produto Entrada ( kg ) Saída ( Venda ) kg Saldo ( kg ) Nºde Clientes
Maceió /AL Milho 1.997.900 48.000 1.949.900 29
FONTE – CONAB/PE
14
Mandioca Em Alagoas, historicamente, o comportamento da cultura da mandioca sofre
alterações quanto à área plantada devido à dependência existente quanto à área que
é destinada à cultura do fumo. Durante o período de safra, caso o preço desse
produto seja considerado bastante compensador pelos agricultores, haverá uma forte
tendência de priorizar o plantio do fumo em detrimento da mandioca, reduzindo a área
destinada ao plantio dessa cultura. Esse comportamento conduz ao aumento de preço
da raiz e, conseqüentemente, da farinha de mandioca. Obviamente, se ocorre a
situação inversa com o fumo, a cultura da mandioca será beneficiada com o aumento
da área destinada ao plantio e da produção, gerando a queda do preço desse produto.
Atualmente, como forma de incrementar a agregação de valores à cultura da
mandioca, um consórcio de, aproximadamente, 2.500 agricultores estão promovendo
a instalação de uma fecularia com capacidade de esmagamento para 50
toneladas/dia.
Todo o estado de Alagoas mantém plantação de mandioca, mas a maior
concentração encontra-se na região do Agreste e de Palmeira dos Índios, abrangendo
os municípios de Arapiraca, Lagoa da Canoa, Girau do Ponciano, Coité do Nóia,
Taquarema, Feira Grande, Campo Grande, Limoeiro de Anádia, Craíbas, São
Sebastião, Estrela de Alagoas, Igaci e Belém.
Na tabela a seguir, observamos que mesmo com o aumento da área plantada houve
uma diminuição na produção devido a um declínio na produtividade.
15
Produto = Mandioca
Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação
Brasil Nordeste Alagoas s
Área Plantada (Em mil ha)
Produção (Em mil t)
Área (Em mil ha))
Produção (Em mil t)
Área (Em mil ha)
Produção ((Em mil t))
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
1.724,5 1.899,1 22.146,8 24.003,5 826,6 880,6 8.174,0 8.745,4 26,1 39,4 289,6 259,0
FONTE - IBGE
Fumo O Brasil é o maior exportador mundial de fumo.
Os três estados da região Sul do país produzem 600 mil toneladas do produto por
ano, e outras 40 mil toneladas são produzidas na Bahia e em Alagoas.
O estado de Alagoas é considerado o principal produtor nordestino de fumo,
destacando-se o município de Arapiraca como o maior produtor, juntamente com
alguns municípios da região do agreste.
Na safra 2002/2003 houve um aumento de 80% na área plantada gerando um
incremento de 8.400 hectares equivalendo a um acréscimo de 19.000 ha na safra
2003/2004. Esse aumento foi devido à valorização do preço do fumo que vinha
mantendo-se em baixa há muito tempo.
O rendimento médio é de 750 kg/ha (fumo de corda) e 600 kg/ha (fumo em folha).
16
Produto = Fumo (em folha)
Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação
Brasil Nordeste Alagoas
Área Plantada (Em mil ha)
Produção (Em mil t)
Área (Em mil ha))
Produção (Em mil t)
Área (Em mil ha)
Produção ((Em mil t))
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
Safra 02/03
Safra 03/04
392,4 470,3 656,1 928,3 24,7 34,2 22,5 34,5 10,6 19,0 9,3 20,3
FONTE - IBGE
Fruticultura
O sertão alagoano tem como características a baixa umidade, luminosidade elevada e
calor constante, favorecendo ao cultivo de frutas quando associado à irrigação. Esse
método utilizado na região do semi-árido permite uma produção de,
aproximadamente, 2,5 safras/ano, possibilitando a inserção do produto nos mercados
europeu e norte-americano, durante os períodos de entressafra.
A fruticultura irrigada representa a geração, em média, de um emprego direto e dois
ou três indiretos por hectare cultivado. Essa atividade é praticada, principalmente, nos
tabuleiros costeiros e no Agreste e as frutas plantadas são acerola, graviola,
destacando-se o abacaxi, banana, caju, coco-da-baía, laranja, mamão, manga,
maracujá e pinha.
17
Pecuária Leiteira
No passado, Alagoas possuía a maior bacia leiteira do Nordeste. Atualmente, produz
cerca de 600 mil litros de leite/dia, classificando em quarto lugar no “ranking” da
produção nordestina, competindo com os estados de Pernambuco, Bahia e Ceará, e
mantendo-se distante da média nacional.
No estado, existem 2 mil fornecedores de leite e um contingente de 300 mill
habitantes existentes na bacia leiteira, representando um total de 25 mil empregos
diretos e indiretos.
Inicialmente, a bacia leiteira alagoana era composta pelos municípios de Batalha,
Jacaré dos Homens, Major Isidoro e Palmeira dos Índios. Com o decorrer dos anos,
os municípios de União dos Palmares, Viçosa, e Chã Preta, passaram a se destacar e
grande parte da produção de leite em Alagoas é comercializada nos demais estados
nordestinos e em São Paulo.
Carcinicultura Em 2001, no cenário nacional, Alagoas ocupava o 14º lugar contabilizando uma
produção de 40 toneladas, cultivados em 10 ha de viveiros oriundos de um único
produtor. No anos seguintes, passou para o 12º lugar (2002) produzindo 100
toneladas em 16 ha de viveiros com dois criadores e caiu para o 13º lugar (2003),
mantendo o mesmo quantitativo de carcinicultores e a mesma área anterior destinada
à cultura, embora, tenha produzido 130 toneladas do crustáceo, registrando um
aumento de 30% na produção .
18
Nos anos de 2001, 2002 e 2003, a atividade gerou 38, 60 e 75 empregos diretos e
indiretos, respectivamente. FONTE – ABCC
Piscicultura O país é um grande exportador de pescados - ocupa o 33º lugar no “ranking” mundial
de produção de peixe de água doce e a demanda no mercado internacional por peixes
como tilápias e camarões é bastante expressiva em função do comportamento do
consumidor cujo perfil é o de adquirir alimentos mais saudáveis.
A prática dessa cultura, tem no Baixo São Francisco um representante em potencial
podendo transformar-se num dos principais pólos de aqüicultura do país por
apresentar clima favorável, infra-estrutura de irrigação, tecnologia disponível,
produção de ração e forte demanda nos mercados externo e interno.
Segundo a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, estima-se que
já existam cerca de 800 hectares de tanques destinados à criação de peixe e,
gradativamente, a criação feita nos canais de irrigação existentes está conquistando
seu espaço.
A maior parte da produção piscícola em Alagoas concentra-se nos municípios
ribeirinhos: como Piaçabuçu, Penedo, Igreja Nova, Porto Real do Colégio, São Brás,
Traipu, Pão de Açúcar, Piranhas, Olho D’água do Casado e Delmiro Gouveia. A
produção, atualmente, de 6 mil toneladas é originária de pequenos e médios
produtores.
A Tilápia é o principal peixe da piscicultura alagoana. Sua produção apresenta custos
que giram entre R$ 2,50 /kg a 2,80 /kg.
19
A Conab, através do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, Instrumento
Compra Especial da Agricultura Familiar - Doação Simultânea, adquiriu, em dezembro
de 2004, um total de 22.500 kg de Tilápia dos produtores familiares alagoanos como
incentivo à produção e equilíbrio do preço de mercado.
Avicultura
No cenário nacional, a avicultura alagoana está classificada em 17º lugar, com um
plantel de 1,9 mil frangos de corte e 1,1 mil aves de postura, contabilizando uma
produção de 37,2 mil quilos de carne de frango e 10,5 mil dúzias de ovos em 2003.
Esse setor gera, aproximadamente, 30 mil empregos e possui uma participação de
1.2% no PIB estadual.
Segundo projeção da AVISAL - Associação dos Avicultores e Suinocultores de
Alagoas, a expectativa do desempenho dessa atividade para o exercício de 2005 é de
crescimento na ordem de 18,5%.