Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro

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  • 8/20/2019 Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro

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     a u

    R G E L Toussa

    in

    t  

    - Mil,itar francês, aprisionado por João

    Pereira de Sous,a Botafogo, no Cabo

    Frio. Assim o diz Pedro Taques Paes Le·me, em sua Nobiliarquia,

    acrescentando

    mais, que o episódio ocorreu logo que Botafogo che

    gara ao

    Rio de Janeiro, '

     quan

    1

    do a ci:

    drude

    velha á estava principia

    da, e nela s,e

    fa

    .zia guerra ao gentio Tamoio'' . Trazido à cidade,

    casou-se mais tarde com Domingas de Arão do Am·aral, tornan·do

    se pai de Angela de Arão do Amaral e avô de Cláudio Gurgel do

    Amaral, futuro proprietário do morro de Lerype (Glória), que o doou

    a Irman.dade

    de

    N. S. da Gló·

    ria

    .

    E

    .m 16·31 já

    er

    ·a faleci do Tous

    saint.

    Residira na rua de Aleixo Manuel (Ouvidor); seus herdeiros

    eram confrontantes de

    uma

    cas·a ve.ntdida

    pela

    Mis.ericórdia, em

    1

    de

    julho

    daquele ano, a Do·mingos Manuel, por

    136

     

    000

     

    (43-V-28).

    Vivaldo Coaracy col,oca a prisão de

    T.

    Gurgel no século XV

    II,

    quando

    o governador Constantino Menelau bateu franceses no Cabo Frio,

    em 1615. Neste caso seu captor não poderia ser J . P. S. Botafogo,

    falecido cêrca de 1605.

    Bibl.

    : 26, 43, 81.

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    130

    ELYSIO

    DE

    OLIVEIRA

    BELCHIOR

    p g i ~ a den1anda se se

    acabara (77-48)

    . Com

    grande

    contenta

    mento

    foi recebido na Companhia,

    não

    obstante ser culpado de várias

    mortes voluntárias

    de

    indígenas.

    f Temos

    muita

    confiança

    de pela

    terra dentro

    se fazer

    muito fruto

    diz o mesmo jesuíta

    a 12 de

    fevereiro

    1

    de

    1553

    e o

    irmão Pedro

    Correia, que

    nisto é

    mais prá

    tico que nenhum de nós,

    promete-nos muito l·

    O

    Irmão

    Pedro

    Correia é

    aqui

    grande

    instrumento para por

    êle Nosso

    Senhor obrar

    muito, porque

    é

    virtuoso e sábio, e a

    melhor

    língua

    do

    Brasil

    77--

    36/7) .

    Possuindo grande experiência de sertanista, intérprete dos

    mais renomados, os

    jesuítas

    o utilizavam

    frequentemente para

    pregar

    nas visitas que faziam às aldeias dos sertões. Pero Correia visitará

    a costa e as casas por razão da muita autoridade e crédito que tem

    com a

    genti

    l

    idade

    de

    tõdas

    as partes

    (77-43).

    E

    foi

    justamente,

    em

    missão .

    junto

    aos Carijós,

    em

    fins de

    1554,

    que ao lado do irmão

    João

    de Sousa, foi

    morto à flechadas

    pelos selvagens, insuflados

    por

    um espanhol

    a quem, consta,

    salvaram

    a vida

    subtraindo-o

    das mãos

    do

    gentio.

    Foram

    êles os primeiros

    inacianos

    a

    verter sangue na

    .

    catequese dos

    indígenas

    do

    Brasil

    .

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    CONQUISTADORES E POVOADORES DO

    lU

    u ~ j . f \ . 1 1 . c J . ~ -

    -

    derem se foram

    para

    a Capitania àe São Vicente. Não foi pací

    fica, porém, a retirada do rio ·de

    Janeiro.

    Sairam uma m d r u g d

    e a nau francesa que haviam tomado diante de

    tôdas

    as outras, com

    um

    caravelão de Domingos

    Fernandes,

    dos

    Ilhéus. Acharam na

    barra

    muitas

    canoas de

    inimigos índios e france.ses misturados, que,

    chegando ao caravelão, o furaram

    com machados e o meteram

    no

    fundo,

    matando-lhe

    quatro homens ,e ferindo a Domingos Fernan

    des de seis

    frechadas,

    com que se foi a nado para a nau, a qual

    também chega1--am e lhe fizeram

    um

    buraco; mas

    um

    índio

    da índia

    de

    Brás

    Fragoso, que ali

    ia

    com seu senhor, se foi abaixo

    da

    coberta

    e

    por

    o mesmo buraco matou um francês, com o que êles, ou com

    o temor da armada que vinha atrás, se foram embora, e a nau

    também, seguindo seu caminho

    para S.

    Vicente onde contaram ao

    Capitão-mor e aos mais o que lhes havia sucedido'' (139-178/9).

    Voltando à Guanabara, participou ·das lutas da conqui.sta e povoa

    mento

    do Rio de

    Janeiro,

    recebendo

    em

    recompensa

    uma

    das

    pri

    meiras sesmarias concedidas por Estácio de Sá, aos 5 de setembro

    de 1565. Localizava-se na

    tapera

    de Inhaúma, e media 700 braças

    ao longo do mar e 1. 000

    pela

    terra

    a

    dentro. Não obstante ter

    re

    cebido estas terras, deixou a cidade, I"egressando a Salvador,

    o n d e

    a sete ·de setembro de

    1570

    serviu de

    testemunha

    no

    Instrumento

    de Serviços de Mem de Sá ,

    relatando

    os acontecimentos que

    pre

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    recebido de Cristovão Monteiro. Realizou-se a

    diligência

    a 8 de fe

    vereiro de 1596. Em 28 de

    novembro

    de 1611 assistiu e subscrevet1

    o

    auto

    d diligência procedida

    para

    demarcação d sesmaria

    do

    Mosteiro de São Bento, antes propriedade

    de

    Manuel de Brito.

    o

    cargo que

    o levou a

    participar

    dêstes atos,

    ainda

    lhe

    pertencia

    em

    1616. Na cidade

    do

    Rio de

    Janeiro

    e seu têrmo foi aquinhoado con

    1

    várias sesmarias: a de junho de 1568 600 braças ao longo

    d águ

    a

    e 1. 000 pela terra a

    dentro

    da

    banda

    da Carioca e a ilha de

    Qua

    ti

    hyba

    sucedendo

    nesta propriedade a Ambrósio Gonçalves; em 4 de

    dezembro

    de

    1589

    6.

    000

    braças,

    em

    quadra,

    no

    rio

    Capivariba,

    e

    em

    22 de novembro de 1593

    com

    outros sesmeiros

    9.

    000 braças

    entre

    os rios Guandu e Marap:cu.

    Diziam

    os religiosos da Casa de N. s

    do

    Carmo,

    em 1615 que alem de Guaratiba

    auia

    hum campo con1

    hum Rio

    no

    meyo

    que

    se chamaua o guandu que

    no

    principio

    delle

    Balthezar da.

    Costa

    e

    Ba rtholomeu Vaz

    moradores

    d

    dit

    cidade tem

    cada hum delles

    sua

    data de terras . Êste mo1

     

    ador do Rio de Ja-

    11eiro deman

    ·dou Jerônimo Veloso

    Cubas em

    juízo

    ganhando

    a

    questão, acêrca

    de seis braças de

    chãons

    na uarge

    desta cidade

    na

    Rua

    que

    vai

    da

    praia p.ª

    banda

    do Co11vento de

    Santo

    Antôni

    o

    .

    - Casou-se

    antes de 1595 com Andresa de

    Sousa

    filha mais

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    C O N Q ~ I S ' ] A D O R E S

    E

    POVOAD

    ,O·R

    ES

    DO RIO

    DE

    JANEIRO 1

    COSTA Duclrte

    da

    2

    0

    Governador-Geral do Brasil, designado

    em substituição a Tomé

    de Sousa.

    No

    meado

    a

    1

      ()

    de

    março

    de 1553, partiu de Lisboa

    em

    8 de maio,

    che

    ga11do

    a

    Salvador

    i10

    .

    dia

    13

    de

    julho

    de

    1553.

    Acompanharam-no

    cêrca de

    260 pessoas,

    entre as quais vários jesuítas

    que

    constituíam

    a 3.ª missão enviada ao Brasil: dêles sobressairia o

    irmão

    José de An

    chieta.

    Segundo

    A. M. Kitzinger,

    D. João

    III

    inteirado do estabe-

    lecimento

    dos

    franceses no

    Rio

    de

    Janeiro,

    ordenou

    a

    D. Duarte

    da

    Costa, gover11ador-ge1 al do

    Brasil, que

    mandasse

    reconhecer

    o

    forte

    e a

    barra

    do Rio ·de

    Janeiro,

    o que,

    com

    a

    maior

    diligência,

    cumpriu

    o governado1·, transn1itindo a el-rei

    as informações

    obtidas

    (70) . Nisto cingiram-se as

    providências sôbre

    a invasão france

    .

    sa de

    1555.

    Aliás, observar o inimigo

    constituía único

    recurso que

    tinham

    as autoridades

    coloniais,

    desprovida

    -s

    de fôrças

    militares

    até

    contra

    as arrem

    1

    eti

    das

    dos

    indígenas

    (

    63-III

    -344) .

    '1"a

    verdade,

    a

    adminis

    tração

    de D.

    Duarte

    caracterizou

    -se

    por constantes desavenças

    com

    o primeiro Bispo do Brasil,

    D.

    Pero

    Sardinha,

    e

    combates

    con1

    lndios

    revoltados, afinal

    vencidos. Ernbora designado

    para

    exe1·cer o go

    vêrno

    pelo

    período

    de três anos, nêle perma11eceu até

    ,

    ser substituído

    por

    Mem

    de

    Sá,

    a 3 de janeiro de 1558.

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    134

    Jl:l. YSlO DE

    OLIVEIRA

    BELCHIOR

    mesmos

    religiosos a ermida,

    acrescida, para

    patrimônio da capela:r

    de terras

    em Saracuruna

    e algumas cabeças de

    gado vacum.

    Bibl.: 147.

    h

    C

    O

    S T

    A Fra

    ncisco

    da:

    - Serralheiro, assassinado

    em

    1567. O

    crime girou

    em

    tôrno de

    sua

    espôsa

    Jerô11ima Rodrigues e

    nêle

    estiveram i1nplicadas dez pessoas entre

    as quais são nomeadas Simão Gonçalves

    Julião

    Rangel e

    Jorge

    da

    lVIota. Dêste último

    diria

    anos mais

    tar

     de

    u1n

    Gaspar, menor

    de

    25

    anos que

    sendo na dita

    cidade de ão Sebastião morad

    o ·

    Fran

    cisco

    àa

    Costa

    Serralheiro,

    irmã o

    carnal

    da mãe dêle autor o àito

    réu Jorge

    da

    Motta

    no

    ano de 77 ou i10 tempo que na verdade viesse 

    levou

    enganosamente

    ao dito Francisco

    da Costa tio

    dêle

    autor ao

    lugar da

    Carioca

    e

    tanto

    que

    o

    tivera

    à

    falsa

    lhe

    dera 7

    ou

    8

    flechadas das

    quais

    o matara o que o dito

    rea

    fizera

    por

    conversar

    a molher do

    dito Francisco

    da

    Costa

    morto como

    dantes

    e depois

    conversava e .que

    tanto

    que

    o

    dito reo tivera morto o dito morto

    Francisco

    da

    Costa tio dêle autor, logo fôra visto no gar do

    ma-

    leficio

    com arcos

    e

    flechas

    e

    outras armas

    - e se

    vie1 a

    gabar

    a

    àita

    cidade

    e out.ras pes.

    soas

    que êle

    matara

    ao .dito· Francisco Costa di

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    .

    CONQUISTADORES E POVOADORES DO

    RIO

    DE J 1\NEIRO 135

    G

     

    O

    T A

    Luís:

    - Almoxarife dos

    armazéns

    e

    mantimentos

    de El-

    Rei, na cidade de Salvado1 • Acompanhou ~ d e m

    de

    Sá,

    exercen·do o cargo de meirinho do governador, na a.

    rmada

    que

    bat·eu os franceses do rio de Janeiro, em 1560. Depôs como testemu

    nha

    no

    Instrumento

    de Serviços , justificação judicial

    requerida

    por

    Mem de

    Sá, no

    ano de

    1570,

    descrevendo

    então,

    com

    i

    iqueza

    de

    detalhes,

    o

    ataque

    e

    tomada

    do

    forte

    de

    Colig11y:

    O governador -

    afirmou Luís Costa

    determinou

    ide ·dar 11.a ·

    dita

    fortaleza com

    ajuda

    de Deus

    vendo que

    se

    podia

    entrar

    de

    noite

    com

    gente

    e

    ma

    malucos que fôssem a nado e outras invenções que inventava para a

    combater porque

    sua

    vontade

    foi

    sempre

    não

    a

    levantar

    banco até

    não

    .

    ver o fim do dito negócio e começo como de feito um dia, e11trartdo a

    viração

    pela

    barra dentro, mandou ao capitão

    mor IB

    ,artolomeu de

    Vasconcelos da

    Cunhal

    dizer-lhe p·or êle testemunl1a, que êle havia

    de dar

    na

    dita fortaleza ao tempo q11e entrasse a viração, e por

    tanto se

    fizesse prestes, e desse a vela com os seus navios

    po1 '

    uma

    das

    bandas da fortaleza,

    àespejando sua

    artilharia, que êle gover·

    nador havia de

    ir

    pela

    outra

    parte em barcos e navios pequenos

    com a mais gente, e ass.im

    se

    fêz.

    E

    logo o governador a ren1os e

    velas

    remeteu

    a ban·da

    àa

    fortaleza

    em

    que houve

    na

    entrada,

    convém

    saber no

    baixo defendimento, que a defe11diam com r.auita

  • 8/20/2019 Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro

    8/14

    136

    EL

    YSIO DE OLIVEIRA BELCHIOR

    acometerem u1na

    fortaleza

    tão forte, como tinham, e lhes

    pare

    ce11do que o governado1 não

    havia

    de levar

    mão

    dali

    até

    os

    não

    destruir,

    e

    por lhe

    ter

    toma

    ·do a

    fortaleza

    debaixo e

    lhes

    não

    cessarem de

    com

    ,bater a fortaleza g1--ande com tiros .de fogo que lhe

    entravam pelas

    portas

    e ja11elas dentro, foi

    sua

    determinação de

    largarem

    a dita fortaleza como de feito se sairam dela todos os

    franceses

    e índios por umas janelas e

    penedias

    abaixo,

    doutra

    banda,

    po1

    cordas

    por

    que

    se lançavam,

    e se

    foram em canoas

    por

    a

    terra

    firme, e por

    esta

    banda por onde se sairam era

    lugar

    que os por

    tuguêse.s lhe não

    puderam

    fazer dano nem

    mal

    algum, e desta ma

    neira largaram a

    dita

    fortaleza

    com

    muita e fqrmosa artilharia de

    n1etal e de ferro coado, mt1ita

    pólvora

    e

    outras

    munições . e navios

    de

    remos

    que

    tinham

    feito

    para

    andare1n

    pela costa

    (

    68-182/5)

    .

    Bibl.: 47, 68,

    164.

    C OS

    TA

    JJ anuel da:

    -

    Mo1 ado1

    ·d cidade do Rio de Janei1 0, pelo

    menos desde 1567. Era língua do gentio

    d

    ter1--a.

    Devido a

    esta

    aptidão,

    foi

    co11.vocado,

    juntamente

    com André

    de Leão,

    para

    servir de

    intérprete

    entre os índios

    d

    aldeia d e

    Ju

  • 8/20/2019 Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro

    9/14

    de

    qu

    e pudesse assumir o cargo de tabelião

    do público

    e do

    judicial;

    t-m 18

    de

    janeiro de 1571

    serviu

    de fiador

    da

    me.sma pessoa,

    em cem

    cruzados, pa1--a se livrar

    em seis

    meses,

    e, a 4

    de

    agôsto de 1576

    ga-

    ra.ntiu I sabel

    Dias,

    espôsa de Lourenço Ferna11des, para que lhe

    fôsse

    permitido comerciar em sua casa. Recebeu em

    sesmaria,

    a 19

    de

    novembro

    de 1567, 1. 000

    braças de

    la1go e 1. 500 para o

    sertão,

    no

    rio

    Su

    ruhy,

    e,

    aos

    8

    de março de

    1596,

    3.

    000 braças

    de largo

    e 6. 000

    par

    a o .sertão, até a

    ponta de Tramandoatehy.

    Bibl.: 9 79, 119, 124.

    COSTA lVIargarida

    da:

    - Espôsa de Zacarias de F1 ielas, i1ascida

    cêrca

    de 1557. Conta o Pe. Simão

    de

    vasconcelo,s, que

    certo

    dia desceu o gentio

    bravo

    do sertão, fêz

    um

    assalto em uma

    paragem,

    chamada

    Macacu, e levou cativos muitos

    escravos e

    uma mulher

    por

    nome Margarida da

    Costa; lastimou-se

    um

    irmão

    desta

    mulher,

    Gaspar

    Magalhães, ao

    P.

    José ·do sucesso

    triste;

    disse-lhe:

    mandai

    após êles os índios e ide com êles, e

    não

    vos agasteis, que, quando voltardes, haveis de

    achar

    em casa vossa

    irmã. Partiu com

    bom sucesso e,

    quan

    ·do veio, achou

    em casa

    a

    irmã

    sã e

    salva, com

    espanto

    grande, e

    jurou

    o

    sucesso . (16.()-II-65).

    Em

    1.

    0

    de maio de

    1611

    prestou

    testemunho

    na

    justificação judicial

    atra-

    vés da

    qual

    os religiosos

    do Mosteiro de São

    Bento procuravam de-

  • 8/20/2019 Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro

    10/14

    Estácio de Sá, capitão-mo1 da

    armada

    que l ~ e y nosso Senhor

    mandou correr esta Costa

    do

    Brasil

    e povoar este dito Rio

    de

    Ja

    neiro

    onde

    ora está fazendo fortaleza

    em

    nome do ·dito senhor .

    To

    davia, a 20 de

    setembro

    de

    1565,

    Mem de Sá, e111 Salvador, conside

    l ando

    Pedro

    da

    Costa

    se achar

    comigo

    na

    tomada

    do Rio de

    Janeiro

    .e o fazer de

    sua

    pessoa mui valentemente, assim no e·dificamento

    da

    Cidade de

    São Sebastião

    que o

    capitão

    mor fêz no

    i ~ o

    Rio de

    Janeiro, e o fazer mui animosamente, e seja

    la

    morador com sua

    rnolher, e a sua pessoa

    mui

    1-iabil, e suficiente para servir a todo

    o

    cargo de que

    o

    encarregarem

    do serviço de

    Sua

    Alteza ,

    o nor.aeou

    e6crivão

    das

    sesmarias e tabelião ·de notas por

    tôda

    sua vida, de

    vendo,

    porém, largar

    o ofício do público e

    judicial

    que por minha

    provizão .serve . Note-se a dualidade de no1neações por parte ·de

    Estácio de Sá e de seu tio

    Governador-Geral

    Mem de Sá. Mesmo

    provi

    ·do nos

    últimos

    c ~ t r g · o s

    desde

    aquela

    data,

    sóinente

    a

    16

    de

    setembro do ano

    seguinte,

    nas pousadas do Senhor Capitão-mor

    Estácio de Sá, foi lavrado o têrmo pelo qual desistia de ser tabelião

    do

    público e

    ju

    ·dicial -

    por

    que

    eram

    muito trabalhosos os ofícios -

    e tomava posse de suas novas. funções,

    tendo,

    para

    tanto,

    p1·estado

    a respectiva fiança

    perante

    o

    juiz ordinário

    Pedro

    Martins

    Namo

  • 8/20/2019 Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro

    11/14

    que1 eu a Mem e Sá lhe desse o ofício de escrivão dos órfãos, no que

    foi

    atendido. ão

    aceitando pacificamente a exoneração, Pedro

    da

    Costa opô.s embargos,

    s m

    resultado, uois Antênio de Mariz, provedor

    da

    Fazenda

    Real, recebeu

    intimação

    para

    não consentir que conti

    nuasse

    aquêle

    povoador do Rio de Janeiro a exercer dito cargo, sob

    pena

    de

    multa

    de

    cem

    cruzados.

    O

    despacho

    final

    do

    provedor

    mandando fôs

    se

    cumprida a provisão ·do Governador data de 26 de

    novembro

    de 1571. Saiu eleito oficial da Câmara

    da

    cidade do

    Rio

    de Janeiro

    nas

    vereações de 1576, 1583, 1585, 1587, 1588, 1591, e 1 5 9 2

    cabendo-lhe, ao·s 28 ·de fevereiro de 1592, subscrever a carta de doação

    da ermida de

    Santa

    Luzia à

    Ordem

    de S. Francisco. Desempenhou

    as

    funções

    de p1 'ocurador

    da

    Câma1·a

    em

    1569.

    Recebeu

    sesmaria

    antes

    de 2 de deze·mbro de 156

    1

    7, pois

    nesta

    data Sebastião Rodrigues

    obteve

    terras na

    costa de Pernaguá, correndo ao Nordeste

    para

    o

    rio tinga onde acabar Pero da Costa''. .

    - Outro Pedro da Costa, talvez seu filho,

    desempenhou

    também

    na cidade o cargo de tabelião,

    e

    ·de meirinho do campo. Existem

    várias escrituras de

    sua lavratura

    no século XVII, inclusive

    a

    de

    recomposição

    da

    se.sma1·ia do·s sete capitães dos

    campos

    ·dos Goita·

    cazes, datada

    do

    ano de 1648.

    Bibl

    . : 9, 13, 26, 27, 76, 79, 85, 119, 124, 161.

    -

     

    O

    S

    TA

    Peàro:

    -

    Integrante

    da

    bandei1 a

    qt1e

    saiu

    do

    Rio

    de

    Janei1·0 a 14 de o u t u b 1 ~ de 1596,

    sob

    o co

  • 8/20/2019 Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro

    12/14

    ilegíveis) que fôra pe11itenciada por judiar,

    mulher

    de

    um

    pi

    Iôto

    que andava ausente da dita cidade

    do Rio de Janeiro: sem

    embargo

    de que

    o padre Pedro Peixoto diz que

    est

    .a

    mulher

    se cha

    mava Vitória

    Costa,

    mulher que

    fôra de certo Valle:

    porém,

    Pedro

    e

    Melo esteve

    no

    Rio de

    Janeiro

    e é

    de ser

    mais

    acreditado por

    ser

    fidalgo

    muito

    verda

    1

    deiro

    que

    pessoalmente se

    informou e

    teve desta

    n1ulher ilegítimos:

    Martim Correia

    de

    e

    Gonçalo Correia de Sá

    (71-78).

    Carvalho

    Franco, todavia,

    estribado em docume11tos de

    rigorosa exati

     

    d.ão

    oficial , quais

    sejam, os papéis

    de

    habilitação para

    01·dem

    Militar, apresentados por Salvador Correia

    de

    e BenevidesJ

    discorda de tôdas

    estas

    opiniões e considera Vitória

    Costa

    a

    primeira

    er;pôsa

    de Salvador Correia

    de

    Sá,

    o

    velho .

    Bibl . : 27, 71, 118.

  • 8/20/2019 Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro

    13/14

    CONQUIS1.,ADORES E

    POVOADORES

    DO RIO

    DE JANEIRO

    4

    t

    e rezai

    cinco padre-nossos e cinco ave-marias, à honra das cinco

    chagas

    do

    Senhor,

    e logo sereis

    são.

    Foi, bebeu, rezou e

    tornou

    para.

    casa

    são,

    sem

    nunca

    mais

    sentir

    tal doença

    (166-II-52).

    Bibl.

    : 9, 161, 166.

    FONSECA Antônio da:

    - Sesmeiro.

    Aos

    9 de fevereiro de

    1568

    recebeu 3. 000

    braças

    de

    terras,

    em

    quadra,

    no

    rio

    Inhomirim.

    Deixando a cidade,

    transferiu

    res.idência

    para

    Salvaào.

    r.

    As

    t,

    erras

    que pos.

    suia

    pas

    .

    saram

    a p.

    ertencer

    a

    João

    Botelho, aos 11 de

    setembro

    ·de

    1603.

    Bibl.:

    21, 26, 119.

    F O N SE C A Francisco: Oleiro . Pos.

    suia

    chão para casa, em com-·

    domínio com André de Fontes, ·dado

    em sesmaria, a

    1

    os 30 d.e

    setembro

    de 1594. A 24 de outubro do mesmo

    ano

    recebeu

    outros

    chãos. localizados

    na

    estrada que

    cortava

    a Várzea

    de Nossa

    Senhora, em

    direção às

    olarias.

    Bibl. : 21.

    J;:

    O

    N S E C A Francisco Alves

    da:

    - Sesmeiro.

    Aos 15

    de· dezembro

  • 8/20/2019 Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro

    14/14

    ..... .... v

    ~ Y ~ l O

    foi obrigado a

    prestar

    fiança

    para não

    ser prêso e defender-se em

    liberdade : aos 18

    de

    janeiro

    de

    1571 , Manuel

    da

    Costa e

    Ant

    ônio de

    Sampaio ficaram contentes em nisso ser util ao tabelião da cidade.

    Ressalvando a hipótese de

    ser

    um

    homônimo,

    arrematou

    em leilão

    a ilha das Cobras, aos 11 de setembro de 1589 , pela importância de

    15 300, pôsto que seu

    antigo

    proprietário João Guterres, oleiro; a

    deixara abandonada. Pouco depois a

    ilha

    passou a per te

    ncer

    ao

    Mosteiro de São Bento . Segundo certidão passada

    por

    despacho de

    Cris

    pim da

    Cunha,

    provedor dos ausentes, e a

    requerimen

    to ·de

    Fr

    .

    Peàro de São Bento Ferraz, o dito João da Fonseca comprou a

    dita

    Ilha

    pa

    . os Rdos . Pes . de S. Bento e eles a pagaraó .

    Bibl.

    : 9, 13, 43, 124, 145.

    F O SEC

    A

    Manuel: Sesmeiro. Recebeu, juntamente com ~ 1 a

    nuel de Carvalho, 500

    braças

    de largo e

    800 para o sertão, ao longo do rio de Sarapohy. A carta de sesmaria

    é datada de 3 de

    julho

    de 1598. .

    Bi

    bl.:

    119.