Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA E OS RESÍDUOS GERADOS NA
ESCOLA
Maricler de Souza1
Profª. Drª. Soraya Moreno Palácio2
RESUMO
A escola, no contexto atual, deve trabalhar no sentido de formar cidadãos atuantes no meio onde vivem, de maneira que possam interferir nele de forma positiva e consciente. Neste cenário, além das situações de ordem social, temos também as de ordem ambiental, sendo que, na maioria das vezes, a degradação da natureza ocorre pela ação do homem, o qual depende dela para sobreviver. Diante disso, este artigo buscou discutir os resultados de uma proposta pedagógica implementada com uma turma de 3º ano do Curso Formação de Docente do Colégio Estadual Presidente Roosevelt Ensino Fundamental, Médio e Normal - da cidade de Guaíra- PR. O objetivo principal foi despertar nos alunos uma consciência ecológica, começando pelos resíduos produzidos na escola. Neste trabalho desenvolveu-se, juntamente com os alunos, diversas atividades como: pesquisas, visitas, atividades diversificadas em sala de aula, entrevista, observações e oficinas, fazendo uma relação com os conteúdos da Química. Os alunos, ao participarem de todas as etapas, mostraram-se muito críticos diante do assunto. O projeto culminou com a formação de um grupo de agentes ambientalmente corretos, os quais por sua vez já vêm desenvolvendo diversas ações em prol de um meio ambiente mais equilibrado.
Palavras-chave: Resíduos. Ações. Consciência Ecológica.
ABSTRACT The school in the current context must work to educate active citizens in the environment where they live, so that it might interfere positively and consciously. In this scenario, apart from situations of social order, we also have the environmental reasons, and in most cases, the degradation of nature occurs by the action of the man, which depends irrefutably on it to survive. Thus, this article titled "Ecological Awareness and the Waste Generated at School", discusses the results of a pedagogical implemented with a group of 3rd year of the Teacher Training Course of President Roosevelt Elementary, Middle and Normal School – of the city of Guaíra-PR. The main objective of this studying was to awaken an ecological awareness in the students, starting about the waste produced in school, this paper proposed, together with the students, various activities such as research, visits, diversified activities in the classroom, interviews, observations and workshops, making a relationship with the contents of Chemistry. Students that participated in all stages, were very critical on the subject. The project culminated with the formation of a group of agents environmentally friendly which, in turn, has been developing several actions towards a more balanced environment. Keywords: Waste. Actions. Ecological Consciousness.
1 INTRODUÇÃO
A proposta, neste artigo, é apresentar os estudos e os trabalhos realizados
por meio do Projeto de Implementação Pedagógica com o tema “Consciência
1 Professor de Química da Rede Estadual de Ensino – PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional do
Paraná –Toledo– PR. 2 Professora Drª Soraya Moreno Palácio – Orientadora Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE –
CAMPUS TOLEDO.
Ecológica e os Resíduos Gerados na Escola”, desenvolvido com alunos do 3º ano
do Curso Formação Docente do Colégio Estadual Presidente Roosevelt Ensino
Fundamental, Médio e Normal localizado no município de Guaíra - PR. Como
objetivo geral buscamos incentivar comportamentos ambientalmente corretos na
escola, a fim de que o aluno seja agente transformador, por meio do
desenvolvimento de atividades diversificadas, buscando a formação de atitudes
condizentes com o exercício da cidadania.
A escolha por esse tema se deu devido à preocupação de constatarmos que
um grande número de pessoas, por ignorância ou informações equivocadas, não
compreende a relação entre as ações do homem e o meio ambiente. Além disso, há
interesses econômicos e políticos que, muitas vezes, camufladamente inofensivos,
agridem de maneira devastadora o meio ambiente.
É preciso que as pessoas se sensibilizem e se envolvam com os problemas
ambientais, buscando soluções efetivas. Contudo, isso só se concretizará através de
um processo educativo. Neste contexto pode-se apontar a escola como o ambiente
que mais tem se destacado na luta pela preservação ambiental. Esta instituição,
caracterizada como formadora de cidadãos aptos à prática social tem o
compromisso de preparar os alunos para que ao deixar seus portões escolares
possam inserir-se na sociedade de forma ativa. Assim, espera-se que este educando
seja um elemento de transformação, consciente em relação às questões da natureza
e que saiba produzir ou utilizar benefícios sem prejudicar o meio ambiente.
A escola utilizando a Educação Ambiental, não como uma nova disciplina,
mas como um conjunto de práticas educacionais, procura inserir uma nova
consciência ecológica em todas as disciplinas do currículo escolar, voltada às
constantes transformações físicas e químicas que vêm ocorrendo nos últimos anos,
sendo muitas delas causadas pela ação humana.
Sendo assim buscou-se implementar uma proposta pedagógica que
envolvesse a disciplina de Química e o tema Meio Ambiente, buscando analisar e
compreender melhor estas transformações e usar de modo sustentável os sistemas
ambientais dos quais fazemos parte.
Esta etapa é uma das atividades do Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE), o qual consiste num Programa de Formação Continuada
oferecido pelo Governo do Estado do Paraná, que tem como objetivo principal
estabelecer um diálogo e interação entre professores da Educação Superior e da
Educação Básica, através de estudos e atividades teórico-práticas orientadas, tendo
como resultado a construção de conhecimentos e mudanças na prática pedagógica
das Escolas Públicas do Estado do Paraná.
O presente artigo contemplará os resultados de atividades desenvolvidas no
Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, ao longo de 2012 e 2013. O
trabalho inicial partiu de um Projeto de Intervenção Pedagógica, o qual se respaldou
em diversos teóricos e que resultou na publicação de um material didático, formato
Unidade Didática, tendo como foco “O Meio Ambiente e o Ensino de Química” e que
foi utilizado na implementação do estudo com os alunos e disponibilizado para os
professores da Rede Pública Estadual por meio do Grupo de Estudos em Rede
(GTR).
2 ALGUMAS REFLEXÕES TEÓRICAS
2.1 A EXPLORAÇÃO HUMANA E O MEIO AMBIENTE
É certo que, o desenvolvimento de todos os setores dominados pelo homem
tem causado muitos impactos negativos para o Planeta. No início, a humanidade
retirava da natureza somente aquilo que necessitava para sua subsistência.
Entretanto, com a chegada do capitalismo, a exploração tornou-se uma forma de
acumular riquezas materiais, estimulando muitas vezes o consumo exacerbado.
A Revolução Industrial consiste num marco da história mundial, sendo que
esta veio contribuir positiva e negativamente na mudança de vida da população, pois
à medida que proporcionou melhores condições de vida para os consumidores, os
países industrializados passaram a produzir com maior velocidade. A busca
exploratória e extrativista pelas matérias-primas não levou em consideração o fator
extinção, pois os recursos naturais, ao contrário do que se pensava, não são
inesgotáveis.
Assim, com a aceleração da industrialização o homem tornou-se mais
agressivo no sentido de explorar e poluir o meio para satisfazer suas necessidades
sociais e econômicas.
A esse respeito Buarque apud Maldaner (2003) aponta:
O impacto sobre o meio ambiente é decorrente de dois vetores que se
juntam criando bases ideológicas da chamada sociedade de consumo. Um
primeiro vetor corresponde à visão otimista de história e de capacidade
infinita de inovação tecnológica, que permitiria uma dinâmica sem limites do
processo de transformação da natureza em bens e serviços. O segundo
vetor corresponde à ânsia consumista que o capitalismo conseguiu
disseminar na consciência da humanidade e que se identifica na busca [...]
acelerada, sendo a própria razão de ser da atividade econômica e a razão
ontológica do processo civilizatório (MALDANER, 2003, p.120).
Hoje, a ação do homem sobre o meio natural é elemento primeiro na escala
das preocupações mundiais, pois este, muitas vezes, por não deter as informações
necessárias tem agido de forma negativa sobre a paisagem natural. Por outro lado,
encontram-se também pessoas que detém conhecimento a esse respeito, porém,
por descaso ou por incentivos financeiros, tem abandonado os cuidados necessários
ao meio natural, agindo de forma negligente e irresponsável.
Neste sentido, são necessárias mudanças no comportamento humano e para
tanto é preciso que haja também uma releitura dos conceitos sociais, a fim de que,
por meio de uma mudança na postura social e no estilo de vida do homem possa
haver uma maior harmonia entre ele e o meio natural.
Para que essa mudança aconteça faz-se necessário que todo cidadão
reconheça sua responsabilidade no espaço em que vive e reflita a respeito das
políticas públicas, pois o problema existe, e ações precisam ser colocadas em
prática urgentemente. Neste sentido Loureiro, Layrargues e Castro (2005) afirmam
que é preciso:
[...] esclarecer a responsabilidade do indivíduo, deste em uma comunidade, da comunidade no Estado-Nação e deste no planeta. Em outras palavras, não basta dizer, em nome de um comportamento idealizado como ecologicamente correto, que se deve abolir o uso do automóvel em uma sociedade que o valoriza e estimula seu uso. Sem uma ampla reflexão e um planejamento de ações públicas, essa pretensão só gera angústia e sentimento de impotência. (LOUREIRO, LAYRARGUES E CASTRO 2005 , p. 92)
O mundo vive hoje grandes problemas de ordem ambiental tais como
poluição de rios e fontes, extinção de espécies, a poluição atmosférica,
impermeabilização do solo, poluição visual, poluição sonora, alterações climáticas,
efeito estufa, chuva ácida, ausência de saneamento ambiental, destinação e
tratamento dos resíduos sólidos de maneira inadequada ou inexistente entre outros.
É preciso que se coloque em prática ações que minimizem a degradação ambiental.
2.2 O LIXO E OS IMPACTOS AMBIENTAIS
O lixo representa hoje um grave problema de ordem ambiental, o qual por sua
vez, tem ameaçado a vida na Terra, pois a quantidade de material produzido é um
fator agravante, visto que no mundo contemporâneo o modo de produção capitalista
tem levado as pessoas a consumirem mais, aumentando a cada dia o volume de
materiais descartáveis.
Segundo dados disponibilizados por Colavitti (2003) a produção de material
que é descartado aumentou três vezes mais que o populacional nos últimos 30
anos, sendo que no Brasil cada pessoa produz cerca de um quilo de lixo por dia.
Tal assertiva mostra que são produzidas toneladas de lixo diariamente pelos
moradores das grandes e pequenas cidades, sendo que esse material, muitas
vezes, não é corretamente encaminhado aos devidos locais. É importante frisar que
o lixo urbano é hoje um dos maiores responsáveis por vários danos causados ao
meio ambiente, pois seus resíduos poluem o solo, as águas e transmitem doenças.
O lixo urbano quando incinerado emite CO2 (Dióxido de Carbono), principal poluente
atmosférico causador do aquecimento global.
Ainda a respeito do destino dado ao lixo no artigo de Menezes et al., (2005)
pode-se encontrar dados mostrando que, de todo material descartado no Brasil, 76%
é abandonado a céu aberto em locais impróprios, os quais permitem a proliferação
de vetores capazes de transmitir diversas doenças, que podem levar a morte.
Dada à realidade ecológica mundial é importante que se busque formar e
capacitar pessoas para uma convivência mais harmoniosa com a natureza, assim os
docentes precisam privilegiar, em seu planejamento, atividades que visem
proporcionar conhecimento do meio natural e nutrir o respeito às questões da
natureza, pois a situação atual exige que os profissionais da educação busquem
soluções à promoção da vida no planeta.
2.3 O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DE CIDADÃOS CONSCIENTES
Uma minoria de estudiosos, pesquisadores, professores, defensores da
natureza e simpatizantes têm desenvolvido formas de alertar a população sobre os
riscos que o planeta tem sofrido, mediante a depredação de suas riquezas naturais.
Desse modo, no cenário educacional as disciplinas escolares podem ser
apontadas como grandes potenciais para que o respeito à natureza seja cultivado.
Hoje nas escolas encontram-se inúmeros projetos e atividades que visam preparar
os alunos para atuarem de forma mais harmoniosa com a natureza. Diversos
conteúdos da disciplina de Química estão ligados a questões de ordem ambientais.
Desta forma, nas aulas de Química o professor deverá ir além dos conceitos
químicos, de modo a colocar em discussão a importância da preservação ambiental
e os fatores que tem levado à degradação do meio ambiente de maneira articulada
com os conteúdos dessa disciplina.
As Diretrizes Curriculares para o ensino de Química (2008) apontam que:
[...] é preciso superar a mera transmissão de conteúdos realizada ano após
ano com base na disposição sequencial do livro didático tradicional, e que
apresenta, por exemplo, uma divisão entre Química Orgânica e Química
Inorgânica que afirma, entre outros aspectos, a fragmentação e a
linearidade dos conteúdos químicos, bem como o distanciamento da
Química em relação a outros saberes. É preciso desvencilhar-se de
conceitos imprecisos, desvinculados do seu contexto. (PARANÁ, 2008,
p.56).
Diante desse pressuposto, o professor de Química deverá partir dos
Conteúdos Estruturantes para organizar os conteúdos específicos que serão
abordados em sala de aula. A esse respeito, as Diretrizes Curriculares para o ensino
de Química (2008), concluem que:
Nestas diretrizes propõe-se que o ponto de partida para a organização dos
conteúdos curriculares sejam os conteúdos estruturantes e seus respectivos
conceitos e categorias de análise. A partir dos conteúdos estruturantes o
professor poderá desenvolver com os alunos os conceitos que perpassam o
fenômeno em estudo, possibilitando o uso de representações e da
linguagem química no entendimento das questões que devem ser
compreendidas na sociedade. (PARANÁ, 2008, p.57).
Desta forma, tendo como ponto de partida os conteúdos estruturantes de
Química: Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica e Química Sintética, o professor
poderá trabalhar os conceitos de Química de várias formas.
Os conteúdos ciência, propriedades das substâncias, fenômenos físicos e
químicos, substâncias simples e compostas, processos de separação de misturas,
diferenças entre os resíduos orgânicos e inorgânicos, efeito estufa, gases do efeito
estufa como o dióxido de carbono, gás metano, os óxidos nitrosos e de enxofre,
métodos de tratamento do lixo e reciclagem podem ser articulados ao tema Meio
Ambiente, abordando vários problemas, dentre eles, o lixo.
De acordo com as Diretrizes Curriculares (PARANÁ, 2008, p. 54) “Cabe ao
professor criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense mais
criticamente sobre o mundo, sobre as razões dos problemas ambientais”.
Nesta perspectiva, o professor deve articular os conhecimentos tácitos dos
alunos, os quais carregam consigo, aos conhecimentos sistematizados por meio de
fundamentação teórica, a fim de que, o próprio aluno construa os conhecimentos e
conceitos da Química.
Todavia torna-se necessário evidenciar que a adesão às mudanças
comportamentais não é um objetivo uníssono, pois muitos indivíduos por questões
pessoais, sociais ou econômicas ainda mantêm-se a margem de qualquer
planejamento no tocante a uma forma mais harmônica de beneficiar-se dos recursos
naturais. Sendo assim, a escola tem papel fundamental, pois é responsável pela
formação humana, logo poderá contribuir para sensibilizar aqueles que representam
o futuro do Planeta.
3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA TENTATIVA DE TRANSPOR DA TEORIA
PARA A PRÁTICA
A presente proposta tem como temática “Consciência ecológica e os resíduos
gerados na Escola”, pois acredita-se que a Educação Ambiental deve estar presente
em todos os espaços que possa promover a educação dos cidadãos. Logo, na
escola, cada indivíduo no contexto escolar deve contribuir na busca de soluções
para os problemas que afetam o meio ambiente.
Isso se justifica pelo fato de que, a educação pode despertar a preocupação
ética e ambientalista dos sujeitos, modificando valores e atitudes, propiciando assim
a construção de mecanismos necessários para o desenvolvimento sustentável.
Reigota (1994) acrescenta dizendo que, a escola pode ser considerada como
um dos locais privilegiados para a consecução da Educação Ambiental, que com a
perspectiva de educação, deve permear todas as disciplinas, enquanto enfocar as
relações entre a humanidade e o meio natural. Todas as disciplinas podem contribuir
com as atividades de Educação Ambiental, envolvendo professores de todas as
áreas de conhecimento.
Dessa maneira, para atingir o objetivo proposto foi selecionada uma turma de
3º ano do Curso Formação Docente do Colégio Estadual Presidente Roosevelt
Ensino Fundamental, Médio e Normal - Guaíra – PR para desenvolver uma proposta
pedagógica que incentive os alunos a terem comportamentos ambientalmente
corretos de forma interdisciplinar, ou seja, buscando um trabalho em conjunto com
demais disciplinas da grade curricular.
Neste capítulo serão discutidos os resultados das atividades que foram
desenvolvidas com os alunos durante a Implementação do Projeto na Escola, na
qual aconteceram discussões, pesquisas, visitas, entrevistas, reflexões, atividades
práticas e teóricas.
As atividades se iniciaram pela socialização do Projeto de Intervenção
Pedagógica com a comunidade escolar, a qual ocorreu em reunião convocada pela
Direção da Escola e contou com a presença de professores, alunos, pais e demais
funcionários que atuam no estabelecimento de ensino.
Na oportunidade esclareceu-se que o projeto fazia parte de um programa de
capacitação oferecido pelo Governo do Estado aos professores. Também foram
elencados os objetivos da proposta e apresentada a justificativa pela escolha do
tema.
Para promover a consciência ecológica na escola é necessário usar
criatividade e diferentes metodologias, e o professor nesse caso é uma peça
fundamental na mediação do processo de ensino/aprendizagem. Existem diversas
formas de abordar a temática ambiental. Casale e André (2004) indicam que:
Existem diferentes formas de incluir a temática ambiental nos currículos escolares, como as atividades artísticas, experiências práticas, atividades fora da sala de aula, produção de matérias locais, projetos ou qualquer outra atividade que conduza os alunos a serem reconhecidos como agentes no processo que norteia a política ambientalista. Cabe aos professores, por intermédio de práticas interdisciplinares, promover novas metodologias que favoreçam a implementação da Educação Ambiental sempre considerando o ambiente imediato, relacionado a exemplos de problemas ambientais atualizados. (CASALE E ANDRÉ, 2004, p. 02)
No momento da apresentação houve interação com os pais, que deram seus
depoimentos sobre a pertinência de se desenvolver na escola ações que promovam
a consciência ecológica. Incentivaram o professor a dar continuidade no projeto, pois
o tema trata de uma questão muito importante.
A partir disso, no primeiro encontro, orientados pelo professor, observaram
por três dias consecutivos as atitudes dos alunos da escola em relação ao
tratamento dado ao lixo produzido durante o intervalo. Constatou-se que, não existia
um comportamento adequado por parte dos alunos, pois jogavam todo tipo de lixo
no chão e quando muito colocavam nas lixeiras sem ter o cuidado de separar cada
tipo de material de acordo com sua composição.
A partir das observações foi realizada a segunda atividade, na qual os
resultados foram discutidos em sala de aula com os alunos e estes se mostraram
preocupados com o comportamento dos colegas. Segue alguns depoimentos sobre
as observações:
De acordo com relato da aluna F.L.:
“Pudemos observar que, os lixos são jogados no pátio sem nenhuma
consciência sobre o fato. As lixeiras são caracterizadas identificando cada tipo de
lixo, isto é, orgânicos, inorgânicos, seco, úmido, porém estes ignoraram isso”.
Para a aluna G. :
“Mesmo que o Colégio Presidente Roosevelt já tenha sido considerado como
sendo exemplo dentro de Guaíra em relação ao tratamento dado ao lixo, ainda há
muito que se discutir, pois nesses dias em que observamos pude perceber que os
alunos não respeitam e não se preocupam com as questões ambientais. Eles sem
pensar jogam lixo no chão, mesmo havendo lixeiras espalhadas pelo pátio”.
Aproveitando esse momento de discussões incentivou-se a conscientização
e, através de questionário individual, cada aluno refletiu sobre os resíduos (lixo)
produzidos por ele, pela sua família, pelo seu vizinho, seu bairro e sua cidade. Uma
das reflexões que chamou bastante a atenção dos alunos foi sobre as doenças
causadas pelo lixo, pois muitos falaram que não sabiam que o acúmulo de lixo em
local inadequado poderia gerar tantos problemas para a saúde humana.
A terceira atividade realizada foi uma pesquisa feita pelos alunos no
Laboratório de Informática. Cada grupo ficou responsável por um assunto, os quais
estavam relacionados com o ensino de química e as questões ambientais, conforme
pode-se observar os tópicos foram: O lixo; Os tipos de lixo; Tempo de decomposição
identificando materiais e substâncias; Destino do lixo em geral; Lixo per capita em
Kg por dia; Classificação do lixo (critério: natureza física – seco úmido); Origem em
relação a seres vivos; lixo orgânico e inorgânico; Origem em relação à atividade
humana-domiciliar e comercial - estes em setor público e de serviços de saúde,
hospitalar, portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários, industrial,
radioativo, espacial, agrícola, entulho; separação do lixo; Constituição e simbologia;
Tratamento do lixo; Gases do efeito estufa como metano CH4 e CO2; Aterro
controlado; Incineração; Compostagem; Contaminação dos lençóis freáticos; Coleta
seletiva e reciclagem e informações gerais sobre materiais que podem ser
reciclados.
Esta pesquisa foi orientada pelo professor que indicou alguns sites de busca.
Após esta etapa os alunos socializaram os resultados com a turma, usando toda sua
criatividade e com diferentes recursos como data show, TV Pen drive, retroprojetor e
etc. A atividade foi complementada pelo docente que explicou a relação dos
conhecimentos químicos com as questões ambientais.
Neste tipo de atividade o professor deve atuar como mediador e facilitador do
processo de aprendizagem e não somente como alguém que, por ter mais
conhecimento, irá simplesmente ensinar a matéria (CASALE E ANDRÉ, 2004, p. 04).
Nesta mesma linha de pensamento Jacobi (2003, p.193) complementa
dizendo que, “O educador tem a função de mediador na construção de referenciais
ambientais e deve saber usá-los como instrumentos para o desenvolvimento de uma
prática social centrada no conceito da natureza”.
Desse modo, fica evidente que a função mediadora do docente contribuiu
para a construção dos conhecimentos, bem como para a formação integral dos
alunos.
Outra atividade realizada foi uma visita a um aterro sanitário da cidade. Nesta
os alunos registraram suas impressões em forma de relatório, sendo que,
posteriormente em sala de aula foram realizadas discussões sobre o que foi
observado, bem como solicitado um relatório mostrando como o lixo é depositado e
que tipo é depositado no aterro sanitário após ser recolhido.
Esta atividade foi muito importante para o grupo, pois por meio dela os alunos
entenderam como funciona o aterro sanitário, quais tipos de lixo devem ser
encaminhados para lá, a importância da coleta seletiva, como o município de Guaíra
está enfrentando este problema e a gravidade da situação para o meio ambiente.
Tais constatações foram impactantes e muito reflexivas, os alunos se
impressionaram com a quantidade de lixo no local e pelo fato de que o município
não tem outro lugar para depositar o lixo produzido, além de não ter um sistema de
reciclagem do lixo.
Nesta etapa os alunos perceberam a relação do que foi estudado na atividade
de pesquisa com suas observações, o que enriqueceu as discussões, possibilitando
que esses construíssem conhecimentos a respeito dos conceitos da química como:
tratamento do lixo; gases do efeito estufa como metano CH4 e CO2; aterro
controlado; incineração; compostagem; contaminação dos lençóis freáticos; coleta
seletiva, reciclagem e etc.
Tal asserção vem ao encontro do que propõe as Diretrizes Curriculares para o
Ensino de Química (PARANÁ, 2008, p.54):
Nestas diretrizes, propõe-se um trabalho pedagógico com o conhecimento químico que propicie ao aluno compreender os conceitos científicos para entender algumas dinâmicas do mundo e mudar sua atitude em relação a ele. Por exemplo, numa situação cotidiana, faz sentido para todas as pessoas separar os resíduos orgânicos dos inorgânicos? Para alguém que tenha estudado e compreendido plásticos – resíduos orgânicos – a resposta é sim. Provavelmente essa pessoa terá mais critérios ao descartar esse material, pois sabe que o tempo de sua degradação na natureza é longo. Então, conhecer quimicamente o processo de reciclagem e reaproveitamento pode contribuir para ações de manuseio correto desses materiais. Isso não significa que as pessoas que desconhecem tais processos e os conceitos científicos sejam incapazes de compreender a importância de separar e dar o destino adequado a resíduos orgânicos e inorgânicos. Porém, o ensino de Química pode contribuir para uma atitude mais consciente diante dessas questões.
Outra atividade de campo realizada foi uma visita em uma escola municipal
que é auto-sustentável na produção de sabão. Nesta visita os alunos conheceram
como é feito o armazenamento do óleo, como este chega à escola e como o sabão é
feito e usado pela própria escola, despertando curiosidade, interesse pela iniciativa e
o afloramento de uma consciência ecológica, uma vez que, a partir dessa atividade
os alunos passaram a propor iniciativas que podem contribuir para a preservação
ambiental. Entre estas a coleta seletiva, oficinas de reciclagem, palestras de
conscientização sobre a preservação ambiental, cisterna e etc.
Após a realização das atividades propostas e discutidas acima percebeu-se
que os alunos, participantes do projeto de implementação, já estavam preparados
para atuarem como disseminadores e assim exercerem seus papéis enquanto
cidadãos. Para tanto, propôs-se a organização de duas oficinas para cada grupo de
alunos do 6º, 7º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental, nas quais os alunos
envolvidos no projeto foram os monitores. Foi feita a divisão dos grupos e o sorteio
dos temas.
Na primeira oficina foi feita uma sensibilização sobre o tema “lixo” por meio do
uso de diferentes recursos como: vídeo, data show, textos, teatros, música, ou seja,
as equipes escolheram como trabalhar essa temática. Os próprios alunos
organizaram o material e fizeram o convite para as turmas das séries finais do
Ensino Fundamental para participarem das oficinas, sendo sempre orientados pelo
docente.
Quanto aos resultados desta atividade pode-se inferir que, foram muito
positivos, pois segundo o depoimento de uma das equipes que estavam
monitorando a oficina houve participação ativa dos alunos. Podendo ser comprovado
através do relato de um dos membros de uma das equipes: “Os alunos prestaram
muita atenção e conseguiram captar a mensagem que queríamos passar”.
Na segunda etapa das oficinas o professor de Arte contribuiu na sua
organização, cujos temas foram: Para o 6º ano - Oficina de reciclados (com
embalagens plásticas, artesanato com CD, garrafas pet, roupas de materiais
reciclados como: lacre da lata de refrigerante, sacos plásticos, papel de balas e etc);
Com o 7º ano - oficinas de lixeiras; 8º ano - oficinas de produção de sabão e o 9º
ano - oficinas de produção de papel (confecção de convite para Feira de Ciências da
Escola).
Os resultados das oficinas foram muito positivos, havendo a participação de
todos os alunos, os quais assumiram uma postura de multiplicadores de informações
ambientais na escola, em casa e na comunidade. Além disso, as oficinas instigaram
a refletir sobre os resíduos jogados ou descartados indevidamente em casa, na
escola e na rua e sobre a importância de coletá-los e separá-los.
Esta atividade encontra-se respaldada nos pensamentos de Sampaio (2006),
quando este defende que a escola não pode continuar a ser unicamente um local de
instrução, tem de ser também, um local onde se educa e socializa as crianças e os
jovens. É imprescindível começar a formar jovens ativos, participativos nos debates
da sociedade, com autonomia, dinâmicos e críticos, em vez de jovens passivos,
conformados e sem opinião.
Nestas atividades foi possível contar com o apoio da Equipe Pedagógica,
Direção e demais professores da escola.
Também foi realizada mais uma atividade de campo, na qual os alunos
fizeram uma entrevista com o Secretário do Meio Ambiente, previamente preparada
e agendada, a fim de conhecer como o município organiza a coleta seletiva na
cidade.
De posse dos resultados, as informações foram socializadas com todos os
alunos participantes do projeto, evidenciando como está sendo conduzido o
problema do lixo, para onde está sendo encaminhado e quem faz a coleta. Além
disso, descobriram que a cidade de Guaíra ainda não tem coleta seletiva
gerenciada, pois esta é feita só pelos catadores em algumas ruas e bairros, mas não
recolhem todo tipo de resíduos, devido não ter postos de entrega ou comércio.
Também foram informados sobre a Lei 12.305/2010 que irá regularizar o
gerenciamento dos resíduos sólidos a partir de 2015, gerenciar os aterros
controlados nas cidades com mais de 100.000 mil habitantes e também gerenciar
os resíduos nas cidades menores.
Uma informação que chamou bastante a atenção dos alunos foi a média de
lixo produzido por dia, que é de 1 kg por habitante, o que os levou a refletir sobre a
grande quantidade de lixo produzida diariamente, tendo em vista o número de
habitantes. Nesta entrevista também ficaram sabendo sobre as ações que já vêm
sendo realizadas pelo município com o intuito de proteger o Meio Ambiente tais
como: elaboração de decretos proibindo atear fogo em vias públicas, entulhos em
lugares inadequados, multa para habitantes que não separam o lixo de maneira
adequada, projeto de reciclagem por bairros, incentivo a um ECO ponto para o
recolhimento de pilhas, baterias, gerenciamento de todo tipo de lixo eletrônico,
manutenção do aterro sanitário, realização de atividades diversas na Semana do
Meio Ambiente e etc.
Esta atividade e as demais realizadas despertaram nos alunos a necessidade
de refletir sobre o papel de cidadão, bem como de engajarem na luta pela
preservação do meio onde vivem. Dessa forma, decidiram formar um grupo de
agentes ambientais para realização de ações permanentes na escola tais como:
campanhas informativas e de coleta de resíduos, seminários, gincanas e outros
eventos de conscientização para melhorar a relação dos estudantes com o meio
ambiente.
Quanto à formação desse grupo de Agentes Ambientais, este foi composto
por seis (06) alunos do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Formação Docente
que, em parceria com o Grêmio Estudantil pretendem desenvolver ações, participar
de eventos, palestras, campanhas e representar o Colégio em eventos referentes ao
assunto. A criação deste grupo torna-se muito importante, pois é através das ações
lideradas por ele que se dará continuidade a este trabalho, o qual segundo a Direção
da Escola será incluído no Projeto Político Pedagógico da Escola.
Por fim, com base no que foi desenvolvido ao longo dado projeto de
Intervenção Pedagógica, os alunos escreveram uma carta para o Secretário do Meio
Ambiente do município, falando sobre o destino dado ao lixo e sugestões de
algumas ações que possam melhorar o quadro.
Para a elaboração da carta os alunos tiveram como embasamento leituras e
reflexões realizadas na Carta de Belgrado, Conferência sobre meio ambiente e
desenvolvimento UNCED/Rio/92 que tratou da Agenda 21 e Carta Brasileira de
Educação Ambiental, Novos Parâmetros Curriculares que inclui a Educação
Ambiental e a Lei 9.795/99 sobre Política Nacional de Educação para interação do
grupo sobre a legalidade do assunto a nível nacional.
Esta carta foi elaborada a partir das necessidades da sociedade Guairense,
detectada pelos alunos após o levantamento dos dados e, da situação em que se
encontra a coleta seletiva, tratamento e gerenciamento dos resíduos sólidos do
município.
Um acontecimento que não estava previsto, fruto deste trabalho, foi um
convite feito pela Secretaria do Meio Ambiente do município aos alunos que fizeram
parte do projeto para participarem de um Projeto Piloto a ser desenvolvido pelo
município Guaíra sobre a coleta seletiva. Estes alunos realizarão ações de
conscientização junto a um bairro do município previamente escolhido pela
Secretaria citada.
No âmbito da escola, o grupo de Agentes Ambientais já tomou algumas
iniciativas entre elas a confecção de caixas coletoras de papel para serem colocadas
em todas as salas de aula, sendo que o material recolhido será doado para a
creche Lar São Francisco que venderão os materiais recolhidos e os recursos serão
revertidos para a compra de materiais didáticos para esta instituição. Além disso, os
alunos agentes farão a sensibilização dos demais alunos da escola para que
depositem adequadamente os papéis.
Também iniciaram uma campanha de recolhimento de pilhas, as quais serão
entregues num local de recebimento adequado e iniciaram um trabalho de incentivo
quanto à separação adequada dos resíduos produzidos no refeitório, identificando
quais materiais devem ser depositados em cada lixeira. Além disso, propuseram a
participação do grupo em todos os eventos oferecidos pelo Município e demais
órgãos sobre o Meio Ambiente representando a escola em que estudam.
O grupo pretende ainda promover o recolhimento de outros materiais como:
lixo eletrônico, embalagens diversas e etc.
A partir das atividades implementadas estimulou-se a reflexão sobre os
problemas ambientais e a busca de ações e soluções para ele, pois segundo as
DCEs (PARANÁ, 2008, p.54). “Cabe ao professor criar situações de aprendizagem
de modo que o aluno pense mais criticamente sobre o mundo, sobre as razões dos
problemas ambientais”.
Espera-se que, esta iniciativa estimule não somente o grupo de agentes, mas
também todos os alunos que participaram do projeto a atuarem como
multiplicadores de informações ambientais na escola, em casa e na comunidade.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Programa de desenvolvimento Educacional (PDE) é uma iniciativa do
Governo do Estado do Paraná, a qual vem apresentando muitos resultados positivos
ao passo que, oportuniza a qualificação de professores da Educação Básica da
Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná, logo proporcionam um grande avanço
na qualidade da educação oferecida aos alunos das escolas paranaenses.
Desse modo, em nossa proposta inicial buscamos apresentar algumas
atividades sobre as questões ambientais relacionadas ao ensino de Química, pois
sabemos que, esta temática deve ser desenvolvida em sala de aula de forma
vinculada aos conteúdos das disciplinas escolares.
Diante da realidade observada, foi possível perceber que as atividades
desenvolvidas a respeito da questão ambiental proporcionaram aos alunos uma
reflexão profunda a cerca dos impactos provocados pela ação do homem no meio
natural.
Tais reflexões evidenciaram que são necessárias implementar ações que
visem à ação do aluno na busca por soluções para os problemas existentes.
Durante todas as etapas realizadas houve grande aceitação por parte dos
alunos, sendo que tanto as atividades desenvolvidas em sala de aula, bem como
fora do espaço escolar, despertaram um grande interesse nos alunos.
No decorrer das atividades procuramos mostrar a relação da educação
ambiental e o ensino de Química, pois, por meio destas é possível desenvolver
diversos trabalhos relacionados a essa temática, devido à relação intrínseca entre
essa disciplina e as questões ambientais.
Por fim, constata-se que a qualidade de vida do nosso planeta tem sido
destruída, comprometendo os aspectos físicos e biológicos, devido principalmente
aos fatores sociais, econômicos e políticos. Portanto, é extremamente importante
que as pessoas se sensibilizem e engajem-se na busca de soluções dos problemas
ambientais. No tocante ao papel do professor, este pode contribuir muito quando se
compromete a unir o conteúdo da grade curricular às questões relativas ao meio
ambiente e sua preservação.
REFERÊNCIAS
CASALE, V. C.; ANDRÉ, S. G. Oficina de Elaboração de Projetos. Ed. Escola Parque/ Escola de Educação Ambiental. Foz do Iguaçu. 2004. COLAVITTI, F. O que fazer com o lixo? Revista Galileu, n.143, p. 39-50, 2003. JACOBI, P. Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, n. 118, março/ 2003 Cadernos de Pesquisa, n. 118, p. 189-205, março/ 2003 LOUREIRO, F.B.; LAYRARGUES, P. P.; CASTRO, R. S. de. (Orgs) Educação Ambiental: Repensando o Espaço da Cidadania. 3 Ed. Cortez: São Paulo, 2005. MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química: professor/ pesquisador. 2. Ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003. p.120. MENEZES,G.M. et al. Lixo,Cidadania e Ensino:Entrelaçando Caminhos. Revista Química Nova na Escola.Nº22,p.38-41,Novembro de 2005. REIGOTA, M. O que é Educação Ambiental. São Paulo: Brasiliense, 1994, 62 p. PARANÁ. Secretaria de estado da Educação. Superintendencia da Educação. Diretrizes Curriculares de Química para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.
ANEXOS
Foto 1 e 2
Foto 1 e 2 - Coleta, quantificação e separação dos resíduos e lixo do recreio do Colégio
Estadual Presidente Roosevel feita pelo alunos 3º ano do Curso Formação Docente.
Foto 3 , 4 e 5
Foto 3, 4 e 5 - Visita ao Aterro sanitário de Guaíra/Pr pela turma 3º ano do Curso Formação
Docente.
Foto 6
Foto 6- Visita a Escol Municipal Duque de Caxias auto sustentável na produção de sabão.
Fotos 7, 8, 9, 10, 11, 12,13
.
Foto 7,8,9,10,11,12,13 - Oficinas de sabão no 9º ano do Ensino Fundamental , reciclagem
no 6º ano, de lixeiras no 7º ano e de papel no 8º ano.