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CONSELHO ESCOLAR: REFLEXÕES SOBRE A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA GESTÃO DA ESCOLA PÚBLICA1
Autor: Rosicley Afonso Rosa2 Orientadora: Natalina Francisca Mezzari Lopes3
Resumo
O presente artigo registra reflexões provenientes da nossa participação no Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná. O estudo focou o Conselho Escolar, sua função e atuação dos conselheiros, oportunizando a ampliação dos conhecimentos dos representantes dos vários segmentos que compõem este órgão colegiado. De acordo com a fundamentação teórica que amparou o trabalho, concebemos o Conselho Escolar como espaço dialógico e de tomada de decisões, através da participação da comunidade escolar, frente ao desafio da gestão democrática. Todavia, a participação ainda é o ponto nevrálgico das discussões. Para este momento, apresentamos brevemente o percurso da intervenção pedagógica e as reflexões decorrentes que enfatizaram a importância, as dificuldades e entraves na participação da comunidade na gestão escolar.
Palavras-chave: Gestão Democrática. Participação. Gestão Escolar. Conselho Escolar.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo registra algumas reflexões decorrentes dos estudos
desenvolvidos no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) com os
representantes do Conselho Escolar do Colégio Estadual Princesa Izabel, em
Umuarama - Paraná. Esses estudos foram desenvolvidos na terceira etapa do
PDE, ou seja, na implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica. O
objetivo do trabalho foi promover reflexões e debates sobre a função e atuação
do Conselho Escolar, tendo em vista as especificidades da gestão democrática,
visando a qualidade do ensino e o aprimoramento da gestão da unidade
educativa.
1 Este artigo contou com importantes contribuições da Professora Sandra Regina Cassol
Carbello, DFE/UEM, PR. 2 Professora da Rede Pública de Educação do Estado do Paraná Colégio Estadual Princesa
Izabel – Ensino Fundamental e Médio. Licenciatura em Ciências – Habilitação em Matemática pela FAFIU (Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Umuarama). Especialização em Matemática (FAFIU). 3 Natalina Francisca Mezzari Lopes, Mestre em Educação - UNICAMP/SP, Professora do
Departamento de Fundamentos da Educação - DFE/UEM, Paraná.
A escolha do tema “Conselho Escolar” para desenvolver os estudos no
PDE, adveio de experiências vividas ao longo do percurso como gestora
educacional e confluiu com um dos caminhos indicados no Projeto Político
Pedagógico desta unidade educativa, como possibilidade de mudança. Este
documento simboliza a essência da instituição, direciona o trabalho pedagógico
da escola e menciona que a unidade escolar tem buscado se fundamentar em
uma gestão democrática que “[...] visa romper com a separação entre
concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática e busca
resgatar o controle do processo e do produto do trabalho pelos educadores”
(PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, 2012, p. 38). Nesta perspectiva o
Conselho Escolar tem papel decisivo na democratização da educação e da
gestão da escola, pois se apresenta como ferramenta que possibilita a
participação nas discussões e nos processos de tomada de decisões, através
de suas funções deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora (PARANÁ,
2009).
A organização deste órgão colegiado e a materialização destas ações
dentro das escolas públicas tem sido desafiadora. A gestão da escola
fundamentada em princípios democráticos ressalta a participação da
comunidade nos processos decisórios e reafirma o caminho a ser seguido.
Neste percurso, os estudos e reflexões sobre a participação da comunidade na
gestão escolar são fundamentais para o direcionamento do trabalho coletivo. É
sobre este debate que desenvolveremos o presente artigo em dois momentos
que se complementam e indicam a trajetória do trabalho no PDE. São eles:
notas iniciais sobre a intervenção; reflexões sobre o conselho escolar e a
participação da comunidade na gestão da escola.
Almeja-se que as anotações aqui compartilhadas possam contribuir com
outras comunidades escolares para a troca de experiências e reflexões e juntos
construir-se caminhos possíveis para efetivar uma educação pública de
qualidade.
2. NOTAS INICIAIS SOBRE A INTERVENÇÃO
A intervenção pedagógica faz parte das atividades previstas no PDE.
Este Programa é organizado em quatro momentos complementares. No
primeiro, organiza-se um projeto de estudos para os dois anos de formação
continuada. Nele, prevê-se o desenvolvimento do trabalho com os
representantes do Conselho Escolar do Colégio Estadual Princesa Izabel. Para
desenvolvê-lo, elaborou-se, no segundo momento do programa, um material
didático intitulado: “O conselho escolar e os desafios para a gestão
democrática da escola pública” (ROSA, 2012).
No terceiro momento do PDE desenvolveu-se a intervenção pedagógica
na escola com os integrantes do Conselho Escolar. Para estudar o tema
proposto, planejou-se um curso de 32 horas, organizado em oito encontros
presenciais, com quatro horas de duração. Dividiu-se a temática em quatro
eixos integrados. São eles: Contexto histórico da gestão escolar democrática;
Legislação educacional e Estatuto do Conselho Escolar; Os conceitos de
poder, autonomia e democracia; Atuação do Conselho Escolar e suas funções.
Para cada encontro previu-se as seguintes atividades: vídeos, dinâmicas de
grupos, leitura do material didático e discussões.
Os representantes dos segmentos da comunidade escolar e local, como:
diretor-auxiliar; representante da equipe pedagógica; representante do corpo
docente; representante dos funcionários administrativos; representante dos
funcionários de serviços gerais; representante do corpo discente; representante
dos pais de alunos; e representantes da APMF (Associação de Pais, Mestres e
Funcionários), se fizeram presentes. O convite estendeu-se aos demais
professores e pais, perfazendo um total de 15 participantes.
No primeiro eixo o destaque foi para as políticas educacionais no Brasil
e as reformas de ensino. Para o grupo, conhecê-las foi fundamental para
entender o processo histórico de organização da gestão escolar e assim
perceber as possibilidades e os desafios que se apresentam. As discussões e
reflexões permitiram traçar um paralelo sobre a “escola real” e a “escola ideal”.
Retomou-se a história da construção da escola pública brasileira através do
vídeo: “A história e os caminhos da gestão escolar” e a leitura do material
didático: “Contexto histórico da gestão escolar democrática”. O estudo destes
materiais contribuiu para a reflexão sobre o processo histórico da educação,
percebendo os avanços. Os professores e funcionários presentes relembraram
as dificuldades e conquistas em cada período e os pais destacaram as
dificuldades de acesso à educação.
O segundo eixo apresentou a legislação vigente que contém os
princípios que norteiam a educação brasileira. Conhecê-la é fundamental para
que se possa atuar na garantia dos direitos e deveres de todo o cidadão. O
destaque foi a leitura do Estatuto do Conselho Escolar para aprofundar o
entendimento da dinâmica deste órgão e suas funções.
Ao estudar a Legislação observamos os princípios que regem a
educação e que são assegurados como letra de Lei, uma vez que são direitos
conquistados e que devem ser apropriados pela comunidade escolar, tornando-
se motivo de luta para a efetivação de cada um. O Projeto Político Pedagógico
do Colégio, documento que orienta os rumos da educação desta comunidade,
reafirma os princípios da educação contidos na Legislação, com destaque para
a participação da comunidade na gestão, assegurada através do Conselho
Escolar.
No terceiro eixo debateu-se os conceitos de poder, autonomia e
democracia, três termos que integram-se e são fundamentais para que se
conheça as relações democráticas. Mesmo que neste momento não se tivesse
a pretensão de aprofundamento das problemáticas foi possível despertar o
desejo de ampliar a discussão em outras oportunidades. A gestão escolar é
vivenciada quando todos os envolvidos têm clareza dos significados e de seus
papéis.
Ao trabalhar tais conceitos, acentuou-se ainda mais a importância da
participação na gestão, deixando claro que o poder não deve estar centrado
nas mãos de uma pessoa, no caso o gestor, que deve ser aquele que partilha,
socializa e possibilita a participação. O vídeo: “A função do gestor escolar”
viabilizou reflexões importantes sobre as características de um gestor que
conclama a comunidade escolar a participar na gestão.
O quarto eixo, ápice de toda a discussão empreendida, mostra as
formas de atuação e consciência das funções deste órgão colegiado. O cerne
foi o debate com propostas para repensar as ações do Conselho Escolar com
vistas a uma melhor atuação desta instância. Destacou-se que a unidade
escolar tem uma relação direta com a política educacional, através das ações
planejadas que resultam em políticas públicas. Esta relação é dinâmica e
interfere nas ações dos diferentes atores, que atuam na escola, sem perder de
vista sua organização específica para a garantia do direito à educação.
Discutir estas questões com os membros da comunidade escolar
possibilita mais discernimento nos processos decisórios, entre eles, a própria
organização do projeto político pedagógico que aponta os caminhos para os
gestores escolares. Os estudos e debates sobre a organização coletiva da
escola permite o compromisso da comunidade com a instituição educativa,
buscando respaldo legal e financeiro do Estado na garantia da oferta de
educação de qualidade.
A participação deve permear, sempre, todas as discussões deste
processo educativo. E pode-se dizer que esta foi a grande mola propulsora do
debate. As conquistas percebidas na legislação e os direitos garantidos advêm
das muitas lutas e das vozes de diferentes atores sociais. Os direitos sociais
não são garantidos à população de forma gratuita, mas através de pressão
social por parte da classe trabalhadora. Nesta perspectiva, segundo Paro
(2004, p.13) “[...] a escola deve constituir-se em um núcleo de pressão a exigir
o atendimento dos direitos das camadas e defender seus interesses em termos
educacionais”. Há caminhos abertos que apontam nesta direção e um deles é o
Conselho Escolar, ferramenta para a efetivação da participação e possibilidade
de acompanhamento, fiscalização e avaliação das políticas públicas no interior
da escola.
3. O CONSELHO ESCOLAR E A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA
GESTÃO DA ESCOLA
Para discutir a temática proposta é necessário perceber as formas de
organização de uma instituição educacional, a partir de sua realidade social,
demarcada em dois aspectos. O primeiro aspecto é o macro campo, no qual a
unidade escolar está inserida e ao qual é subordinada. Trata-se de um espaço
político, cenário de disputa e interesses sociais. Nele, ocorrem discussões, de
diferentes concepções e perspectivas, que resultam no planejamento das
ações como políticas públicas, que irão interferir nas ações da comunidade
escolar.
O segundo aspecto, é aquele onde a escola é percebida como um micro
campo, organizado para a garantia do direito à educação. É na organização
desta unidade que entrelaçam os conhecimentos aventados no primeiro
aspecto. É na escola que sobressaem os espaços e instrumentos de decisões
coletivas, entre eles o conselho escolar, escopo deste estudo.
A existência do conselho escolar é inerente à concepção de gestão
democrática da educação. Segundo Vieira (2009), a gestão democrática é um
eixo transversal que pode, ou não, estar presente na esfera da gestão
educacional (aspecto macro) e/ou na gestão escolar (aspecto micro). Na
organização da escola, a criação dos Conselhos Escolares, é apontada por
Paro (2004) como uma ferramenta capaz de superar os condicionantes
ideológicos, institucionais, político-sociais e materiais, ou seja, é um dos
caminhos para a construção da gestão democrática.
A gestão democrática da escola pública tem sido pauta nas discussões
sobre educação, seja no âmbito das políticas públicas educacionais, como no
interior da escola, sendo apontada fortemente como um dos caminhos a ser
seguidos para a efetiva democratização do ensino público. Este processo
implica políticas públicas educacionais sérias. Para Dourado (2007, p.940):
Em um país historicamente demarcado por forte desigualdade social, revelada nos indicadores sociais preocupantes [...] carece de políticas públicas, incluindo a garantia de otimização nas políticas de acesso, permanência e gestão, com qualidade social, na educação básica.
As políticas educacionais no Brasil, as reformas de ensino e a legislação
vigente, são frutos de muita luta e discussão acerca deste direito social.
Expressão das inúmeras vozes dos atores sociais e da vida coletiva. Para
Carvalho (2012, p.25):
As políticas educacionais respondem às lutas e aos embates de uma época, a legislação, ou norma jurídica, não será compreendida como isenta da trama de interesses de grupos ou perspectivas de classes sociais divergentes e sim como resultado das numerosas forças que, difusas na sociedade, participam direta ou indiretamente do poder e, fazendo-se representar no poder legislativo, aí se condensam e se exprimem como uma decisão social, como lei.
Refletir sobre a construção da escola pública significa retomar a
dinâmica da sociedade e “[...] entender por que a educação assume formas
históricas diferenciadas” (CARVALHO, 2012, p.22). O olhar que contribui para
entender-se as dificuldades de organização da escola hoje, portanto é
necessário ir para além dos muros da escola e analisá-la como parte e produto
de um contexto social mais amplo, tendo sua existência justificada por uma
necessidade social.
A luta pela educação pública no Brasil se intensificou no decorrer do
século XX. Na primeira metade do século acontece a implantação dos grupos
escolares e a criação do Ministério da Educação e Saúde Pública, cujo foco era
a modernização do país. Na segunda metade do século observa-se a
regulamentação da educação em âmbito nacional, com a primeira Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei no4024, de 1961. Nesta mesma
década o país vivenciou o golpe militar, período de vinte anos marcados por
autoritarismo, violência e repressão. Na década de 1980 houve a transição de
regime militar para governo civil, neste movimento, foram documentados os
desejos de organização democrática do estado e instituições brasileiras, entre
elas, a escola.
Esta trajetória culminou na promulgação, em 1988, da Constituição
Federal que estabeleceu, no Art. 206, os princípios que fundamentam a
educação brasileira. São eles:
I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III. Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V. Valorização dos profissionais da educação escolar,
garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
VI. Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII. Garantia de padrão de qualidade. VIII. Piso salarial profissional nacional para os profissionais da
educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
Destaca-se o inciso VI que determina a gestão democrática do ensino
público, conclamando a elaboração de uma lei específica para regulamentá-lo.
Trata-se da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9394/96
que reafirma este princípio. Em relação aos Conselhos Escolares é
fundamental observar o Artigo 14 da LDB que diz:
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Assim, o Conselho Escolar deve ser organizado nas escolas públicas
para assegurar o espaço para a comunidade discutir, deliberar, planejar,
controlar e avaliar as práticas político-pedagógicas, contribuindo para uma
educação pública de qualidade. Conforme Estatuto do Conselho Escolar,
elaborado para orientar os gestores do Estado do Paraná:
Art. 5º - O Conselho Escolar é concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e de participação da comunidade escolar, numa perspectiva de democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do estabelecimento de ensino (PARANÁ, 2009).
Em outras palavras, o Conselho Escolar é o principal instrumento da
gestão democrática da escola pública. Nesta perspectiva não há como
desvincular a participação como ação primordial para garantir a gestão
democrática. Para Cury (2005, p.17):
A gestão democrática como princípio da educação nacional, presença obrigatória em instituições escolares, é a forma não-violenta que faz com que a comunidade educacional se capacite para levar a termo um projeto pedagógico de qualidade e possa também gerar „cidadãos ativos‟ que participem da sociedade como profissionais compromissados e não ausentes de ações organizadas que questionam a invisibilidade do poder.
Entende-se que a gestão educacional não deve ser vista como uma
ação técnica, mas sim como uma ação político-pedagógica, pois a educação
não é um projeto acabado e imutável, mas como a própria história mostra, deve
ser retomada e rediscutida, construída e reconstruída. Nesse debate o
Conselho Escolar é um importante espaço no processo de democratização.
Para Werle (2003, p. 58) o conselho escolar é “[...] um campo de construção
comunitária”, uma vez que reúne as diferentes vozes e olhares ao entorno de
um projeto comum, a educação. Tendo como objetivo o planejamento e o
acompanhamento do desenvolvimento das ações pedagógicas de todo
processo ensino-aprendizagem, apontando para o caminho a ser trilhado.
É importante pontuar que o Conselho Escolar organizado apenas como
espaço formal, para cumprir uma exigência legal, não tem significado algum em
relação ao exercício da democracia e da autonomia. Por isso é preciso rever os
padrões de funcionamento deste órgão colegiado, junto à comunidade escolar,
pois a prática educativa é uma ação social, e a escola é espaço de
materialização desta ação, uma vez que trabalha com a formação humana.
Logo “[...] não há dúvida de que podemos pensar na escola como instituição
que pode contribuir para a transformação social” (PARO, 2004, p.10).
Na perspectiva de transformação da sociedade, a participação dos
sujeitos na esfera coletiva está intrinsecamente ligada ao exercício da
autonomia. Autonomia esta que deve estar presente nas ações pedagógicas no
interior da unidade educativa, que segundo Libâneo, Oliveira e Toschi (2009), é
relativa, mas que oportuniza discutir, refletir, deliberar e decidir, sobre rumos
que dizem respeito às práticas educativas, que acontecem no cotidiano da
escola e independem do poder central.
Ainda para os autores “[...] a participação é o principal meio de
assegurar a gestão democrática” e ao fazê-lo, os sujeitos, a comunidade
escolar interna e externa, “[...] toma conhecimento dos objetivos e das metas
da escola, de sua estrutura organizacional e de sua dinâmica” (LIBÂNEO,
OLIVEIRA e TOSCHI, 2009, p. 328), sente-se parte do processo, o que
favorece o desejo de construir, reconstruir, participar, decidir e lutar por
objetivos comuns.
É importante perceber que a participação da comunidade ainda é
bastante limitada, vai pouco além dos muros da escola e ainda não conhece o
poder de decisão sobre as políticas públicas. A participação da comunidade na
gestão da escola foi fomentada na década de 1990, com vistas à
descentralização das ações do Estado, atribuindo responsabilidades à
comunidade e outros segmentos da sociedade (LIBÂNEO, OLIVEIRA e
TOSCHI, 2009).
A participação não é um tema fechado em si, contempla várias
definições e conceitos. Independente da categoria de participação, segundo
Nogueira (201), institucionalizada ou movimentista, direta ou indireta, focada na
decisão ou na expressão, efetiva ou simbólica, todas refletindo ações
dedicadas a fazer parte de determinados processos, decisórios ou não, é um
exercício que se movimenta em várias direções, uma vez que não é estático.
Aquele que participa traz consigo a intenção de transformar, cooperar,
opinar, fazer parte, reivindicar, sente-se sujeito que constrói a história. Para
Nogueira (2011, p.133) “[...] quem participa procura projetar-se como sujeito
que porta valores, interesses, aspirações e direitos: constrói assim uma
identidade, formula uma teoria para si e traça um plano de ação”. O autor
distingue, ainda, quatro modalidades de participação: assistencialista,
corporativa, eleitoral e política.
A participação assistencialista é aquela que se expressa através da
solidariedade, presente na parcela da população que está à margem da
sociedade, excluída do acesso aos direitos que lhe são assegurados. Este tipo
de participação serve para diminuir o impacto da desigualdade, concentra
esforços e estratégias para melhorar as condições de vida desta população.
O outro tipo de participação diz respeito às associações ou grupos
específicos que defendem interesses próprios, que lhe são comuns, portanto
buscam benefícios fechados àquela categoria, é a corporativa. Segundo
Nogueira (2011, p. 135):
[...].ambas as modalidades de participação integram uma espécie de dimensão pré-política da agregação moderna, na qual os grupos (classes, comunidades) reconhecem a necessidade de unir-se para defender ou para negociar em melhores condições os termos de sua “adesão” à sociedade moderna. São práticas, portanto, muito mais sintonizadas com o proletariado e com as camadas populares do que com a burguesia.
A outra modalidade diz respeito à coletividade e se efetiva no campo
político, já acenando para a ideia de autogoverno, nos reportando à
democracia, é a participação eleitoral, manifestando-se na representatividade.
Espera-se neste segmento de participação o exercício da cidadania.
A cidadania e a dignidade da pessoa humana foram garantidas
recentemente como princípio fundamental, na Constituição Federal de 1988,
em seu Art. 1º, inclusive chamada de Constituição Cidadã, que consolidou a
democracia, após longo período de ditadura militar no Brasil:
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos [...].
A busca por um país democrático ganhou força após o fim da ditadura
militar. A palavra cidadania ganhou vida e com ela alguns avanços
aconteceram, como: o direito ao voto, a participação política e a liberdade de
expressão; porém para Carvalho (2009, p. 7) esta prática não traz consigo a
“[...] garantia de liberdade, de participação, de segurança, de desenvolvimento,
de emprego, de justiça social”, resultando numa descrença na democracia
política. Essa prática é construída num esforço conjunto, estado e sociedade,
não está garantida somente porque está na legislação. O exercício da
cidadania é partícipe da construção da democracia de um país e a nossa
história é bastante recente, com muitos desafios a serem conquistados. Para
uma melhor reflexão é relevante conceituar democracia:
O significado da palavra “democracia” é “governo do povo”. Ela foi usada pela primeira vez no século V a.C. pelo historiador grego Heródoto, combinando as palavras gregas demos, que significa “o povo”, e kratein, que significa “governar”. [...] democracia é um sistema político no qual o povo inteiro toma, e tem o direito de tomar, as decisões básicas determinantes a respeito de questões importantes de políticas públicas. (DICIONÁRIO DO PENSAMENTO SOCIAL DO SÉCULO XX, 1996, p. 179)
Segundo o Dicionário de Política (BOBBIO; MATTEUCCI, 2004, p.319)
este conceito relaciona-se a três tradições históricas: a primeira é a teoria
clássica, “[...] divulgada como teoria aristotélica, das três formas de Governo,
segundo a qual a Democracia, como Governo do povo, de todos os cidadãos,
ou seja, de todos aqueles que gozam dos direitos de cidadania”. A segunda é a
teoria medieval,
[...] de origem romana, apoiada na soberania popular, na base da qual há a contraposição de uma concepção ascendente a uma concepção descendente de soberania conforme o poder supremo deriva do povo e se torna representativo ou deriva do príncipe e se transmite por delegação do superior para o inferior (BOBBIO; MATTEUCCI, 2004, p.319).
A terceira é a teoria moderna,
Conhecida como teoria de Maquiavel, nascida com o Estado Moderno na forma das grandes monarquias, segundo a qual as formas históricas do Governo são essencialmente duas: a monarquia e a república, e a antiga Democracia nada mais é do que uma forma de república (a outra é a aristocracia), onde se origina o intercâmbio característico do período pré-revolucionário entre ideais democráticos e ideais republicanos e o Governo genuinamente popular é chamado, em vez de Democracia, de república (BOBBIO; MATTEUCCI, 2004, p.319-320).
O próprio texto do dicionário alerta para as dificuldades de conceituar o
termo: “O problema da Democracia, das suas características, de sua
importância ou desimportância é, como você vê, antigo. Tão antigo quanto a
reflexão sobre as coisas da política, tendo sido reproposto e reformulado em
todas as épocas” (BOBBIO; MATTEUCCI, 2004, p.320).
O modelo de gestão democrática, em vigor via legislação, ainda está por
ser construído, uma vez que o próprio conceito de Democracia, como já visto,
não é único e determinista. No Brasil, a concepção de democracia ou a forma
como ela é entendida pela grande maioria dos cidadãos, é a democracia da
representatividade, através do voto nas eleições, quando se delega poder de
voz àquele que foi eleito pelo povo para representá-los nas diversas esferas da
vida em sociedade. Este entendimento também é bem forte dentro das escolas,
através da escolha de diretores, porém, este espaço conquistado é uma
ferramenta para que a gestão da democracia participativa se efetive.
Para Nogueira (2011), a participação eleitoral ainda tem seus limites.
Eleger representantes através do voto, direito de todo cidadão assegurado na
Constituição, não tem sido suficiente para a solução dos problemas sociais.
Segundo Carvalho (2009, p.8):
Quinze anos já se passaram desde o fim da ditadura e problemas centrais de nossa sociedade, como a violência urbana, o desemprego, o analfabetismo, a má qualidade da educação, a oferta inadequada dos serviços de saúde e saneamento, e as grandes desigualdades sociais e econômicas ou continuam sem solução, ou se agravam, ou, quando melhoram, é em ritmo muito lento.
Por fim a participação política refere-se à organização da vida em
sociedade. Para Dallari (1984, p.8), “[...] política se refere à vida em comum, às
regras de organização dessa vida, aos objetivos da comunidade e às decisões
sobre todos esses pontos”, logo a participação é de extrema necessidade para
a busca de soluções aos problemas sociais:
A participação política é uma necessidade da natureza humana. Para todos os seres humanos é indispensável à vida em sociedade e para que esta seja possível torna-se necessária uma organização, ou seja, é preciso que exista uma ordem, na qual as pessoas possam viver e conviver (DALLARI, 1984, p.89).
É através dessa participação que se efetiva o exercício da cidadania,
uma vez que “consolida, protege e dinamiza a cidadania e todos os variados
direitos humanos”, para Nogueira (2011, p.137):
Por intermédio da participação política, indivíduos e grupos interferem para fazer com que diferenças e interesses se explicitem num terreno comum organizado por leis e instituições, bem como para fazer com que o poder se democratize e seja compartilhado.
A participação política incorpora tanto a participação eleitoral, como a
corporativa (NOGUEIRA, 2011). Para o efetivo exercício da cidadania é
primordial que o cidadão tenha consciência de seus direitos e deveres e lute
para colocá-los em prática. Este é um dos objetivos da Educação, assim como
sua função social. É interessante observar que o capítulo que trata da
educação “[...] é o mais detalhado de todos os textos constitucionais que, de
uma forma ou de outra, trataram da educação no Brasil” (VIEIRA, 2009, p.36).
No texto da lei, é direito inquestionável de toda a população, conforme Capítulo
III, Seção I, da Educação, em seu artigo 205:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Segundo Carvalho (2009, p.11), “[...] a ausência de uma população
educada tem sido sempre um dos principais obstáculos à construção de
cidadania civil e política”.
Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais
contemplados na Lei maior. Para o autor: “[...] o cidadão pleno é aquele que é
titular destes três direitos” (CARVALHO, 2009, p. 09) e os esclarece: os direitos
civis são aqueles “[...] fundamentais à vida, à liberdade, à propriedade, à
igualdade perante a lei”; direitos políticos são os que garantem o direito do
voto, a participação no governo pela representatividade, a ideia de
autogoverno, de democracia; e os direitos sociais expressam a justiça social,
“[...] direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, à aposentadoria”
(CARVALHO, 2009, p.10).
O exercício do direito político é o que tem prevalecido, em geral
acontece através do voto, na forma da representatividade e que, para o autor,
não tem garantido a resolução dos problemas sociais e muito menos
assegurado os direitos civis e sociais, na sua plenitude.
Ao pontuar tais questões é de grande relevância voltar os olhos para o
longo caminho da construção da cidadania no Brasil. José Murilo de Carvalho
apresenta este percurso, em “178 anos de história do esforço para construir o
cidadão brasileiro” (2009, p. 219). Para o autor, há dois pontos que não podem
ser desconsiderados: o choque cultural dos que aqui chegaram com os que
aqui já viviam e a exploração da terra, com finalidade exclusivamente lucrativa.
O resultado: uma grande desigualdade estabeleceu-se entre os que
exploravam e os que eram explorados. Além desse fator, havia três obstáculos
de peso da herança colonial e que contribuíram desfavoravelmente para o não
exercício da cidadania civil: a escravidão que fechava os olhos para a condição
humana do escravo; os latifúndios e um Estado comprometido com a classe
que dominava. A escravidão foi a grande vilã na construção da cidadania, para
Carvalho (2009, p.19):
Não havia república no Brasil, isto é, não havia sociedade política; não havia “repúblicos”, isto é, não havia cidadãos. Os direitos civis beneficiavam a poucos, os direitos políticos a pouquíssimos, dos direitos sociais ainda não se falava, pois a assistência social estava a cargo da Igreja e de particulares. (CARVALHO, 2009, p. 24)
Outros fatos importantes e relevantes também aconteceram no Século
XX e trouxeram contribuições negativas na construção da cidadania. Para o
autor a partir de 1930 houve um avanço no campo dos direitos sociais, com a
criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, tendo como resultado
a Consolidação das Leis do Trabalho em 1943. O mesmo não aconteceu com
os direitos políticos “[...] que tiveram uma evolução mais complexa, uma vez
que o país entrou em fase de instabilidade, alternando-se ditaduras e regimes
democráticos” (CARVALHO, 2009, p.87). Ainda segundo o autor, com grande
lentidão avançaram os direitos civis, presentes nas legislações de cada
período, inclusive na ditatorial, mas com poucas garantias na vida real.
A ordem do percurso descrito contribuiu para as dificuldades que
enfrentamos ainda hoje no que diz respeito à participação, “[...] primeiro vieram
os direitos sociais, implantados em período de supressão dos direitos políticos
e de redução dos civis por um ditador que se tornou popular. Depois vieram os
direitos políticos” (CARVALHO, 2009, p. 219); os direitos civis ainda hoje
continuam inacessíveis para a maioria da população. Segundo o autor, essa
ordem de formação da cidadania brasileira traz consigo uma característica
peculiar: a fascinação por um executivo forte. Deve-se a esse fato a
centralidade no Poder Executivo e por conta dessa valorização excessiva
ocorre a desvalorização do Legislativo, espaço importante para a participação
nas instâncias de representação e decisão.
Não se pode ignorar a cultura que está posta, a da não participação. É
preciso romper com este legado, uma vez que a participação é direito e dever
de todos. Toda pessoa faz parte deste macro campo social e todo e qualquer
assunto diz respeito à coletividade: os problemas, as soluções e as decisões
que são tomadas, influem diretamente sobre todo e qualquer cidadão.
Acredita-se que a participação da comunidade escolar local interna e
externa, através da representatividade dos diferentes segmentos, contribui para
a materialização do objetivo geral desta instituição educativa, que é “[...]
redimensionar todo o trabalho escolar, visando o aprimoramento da gestão
escolar e da qualidade do ensino” (PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO,
2012, p.18). A participação da comunidade e a gestão democrática estão
normatizadas em documentos que regem o funcionamento das escolas, como
por exemplo, na Lei de Diretrizes e Bases (9394/96), no entanto, no cotidiano,
ainda depara-se com as dificuldades e os entraves para que as mesmas
possam ser concretizadas. Logo se faz necessário refletir junto à comunidade
escolar sobre as formas de superar as dificuldades percebidas e contribuir com
a gestão da escola exercendo a participação na organização e implementação
do Projeto Político Pedagógico.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A escola é o lugar instituído para oferecer aos indivíduos o
conhecimento construído historicamente pela humanidade, patrimônio humano
e de domínio público. A educação deve ser entendida e praticada como direito
inquestionável de toda a população, como expressa a Constituição Federal. A
apropriação deste direito por parte da população não se dá apenas na garantia
do acesso e da permanência do aluno na escola, mas depende de políticas
públicas sérias comprometidas com a qualidade do ensino.
A democratização do ensino está vinculada à gestão da educação, seja
no âmbito do poder público como nas unidades de ensino. É muito importante
refletir e ter clareza sobre o modelo de organização e de gestão adotado na
escola, uma vez que existem várias formas de organização e processos de
gestão, que expressam ou legitimam as relações de poder. A escolha do
modelo de gestão depende da concepção que se tem da educação e da função
social para a qual ela existe.
Saliente-se que a escola não pode ser vista como mera executora das
políticas definidas pelo poder público, mas ela é espaço de instrumentalização
dos sujeitos. Nesta perspectiva, deve contribuir significativamente para a
formação de cidadãos emancipados e conscientes de seus papéis na
transformação da sociedade, e as principais ações pedagógicas e
administrativas devem convergir para esse fim.
Discutir estas questões com os membros da comunidade escolar
possibilita mais discernimento nos processos decisórios, entre eles, a própria
organização do projeto político pedagógico que aponta os caminhos para os
gestores escolares. Os estudos e debates sobre a organização coletiva da
escola vislumbram o compromisso da comunidade com a instituição educativa,
buscando respaldo legal e financeiro do Estado na garantia da oferta de
educação de qualidade. Esta ação contribui, ainda que minimamente, com as
discussões sobre caminhos para a superação dos déficits na organização de
uma educação de qualidade, dívida secular do Estado brasileiro para com seus
cidadãos.
A organização e a gestão escolar são vistas como espaços que podem
possibilitar a efetivação de princípios democráticos, ao se criar espaços
dialógicos para a participação da comunidade na tomada de decisão coletiva
sobre caminhos a serem seguidos pela instituição, que deve ser organizada de
forma a permitir que os planos de trabalho, problemas e soluções relacionados
à aprendizagem dos alunos e ao seu funcionamento sejam compartilhados.
Com este olhar, a aplicação deste Projeto de Intervenção, trouxe
contribuições importantes ao oportunizar espaço para estudos aos
representantes dos vários segmentos que compõem o Conselho Escolar, do
Colégio Estadual Princesa Izabel, da cidade de Umuarama-Paraná, como
partícipes da Gestão Democrática. Também como instrumento que contribuiu
para discussões, reflexões e debates acerca deste órgão colegiado e as
possibilidades que lhe são atribuídas como gestor educacional, em aspectos
amplos e nas possibilidades de organização da escola em seus aspectos
específicos.
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