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CONSELHO FISCAL TEM NOVO PRESIDENTE Adriano Soares de Assis, presidente do Conselho Fiscal da FIBRA D t O participante ativo da FIBRA Adriano Soares de Assis foi eleito pelos seus pares, membros do Conselho Fiscal da Fundação, presidente deste colegiado para o exercício de 2001. Substitui Sérgio Machado, que ocupou a presidência no exercício anterior. Nascido em Carabuçu, no Estado do Rio de Janeiro, próximo à divisa com Minas Gerais, casado, com três filhos, Adriano vai completar em breve 25 anos de trabalho na Binacional, sempre na área de contabilidade. Começou a trabalhar no escritório do Rio de Janeiro, foi transferido para Curitiba quando os escritórios de São Paulo e do Rio de Janeiro foram desativados e, nos últimos quatro anos, está lotado em Foz do Iguaçu. "Após tantos anos. aprendi a conhecer a ITAJPU e a FIBRA de vários ângulos, o que me possibilita ter uma visão bastante otimista das duas entidades", afirma Adriano, ao iniciar esta entrevista que o Fibranoticias publica com o mesmo objetivo que motivou as entrevistas, em edições anteriores, de outros dirigentes da Fundação: mostrar aos nossos leitores quem são e o que pensam os responsáveis pela gestão e fiscalização da nossa entidade. Preocupação quanto ao futuro dos fundos V de pensão no Brasil J Participante fundador da FIBRA, Adriano é um defensor intransigente dos fundos de pensão e dos princípios da previdência complementar fechada. "Por experiência própria, pois desfruto da tranqüilidade de sentir o futuro de minha família assegurado pelo plano de benefícios da FIBRA, sei o que significa para o trabalhador estar assistido pelo seguro social consubstanciado em um fundo de pensão", afirma. Mas Adriano tem sérias reservas quanto ao futuro do sistema brasileiro de entidades fechadas de previdência privada. Tenho observado com muita preocupação as iniciativas recentes que objetivam modificar as regras do jogo. Acho que os fundos de pensão não podem ser ameaçados por essa intranqüilidade que resulta de modificações tão freqüentes nos dispositivos regulatórios do sistema — como o Fibranoticias analisou com tanta propriedade na última edição—pois além do papel social que desem-penham. assegurando aos trabalhadores e suas famílias condições dignas de vida quando se aposentam, eles representam, hoje, a mais importante fonte de recursos para investimentos na economia brasileira". NJ e> : ' f S » ? U)N> A Fundação tem feito grandes avanços D Sobre a FIBRA, a opinião de Adriano coincide com a maioria absoluta dos participantes que se manifestaram na pesquisa de opinião realizada em meados do ano passado: "Na condição de participante", explica, "sinto-me seguro com o desempenho dos órgãos de direção responsáveis pela formulação e execução das políticas e dos programas - o Conselho de Curadores e Diretoria Executiva - pois os resultados que a Fundação tem alcançado têm sido bons. A certificação ISO 9002 para o sistema de investimentos e aplicações financeiras. por exemplo, é apenas o sinal mais evidente de um desempenho que tem primado pela seriedade nas ações e pela transparência e objetividade nas informações prestadas aos participantes e à sociedade". -\. Apesar das dificuldades, vamos vencer os desafios J Adriano, que antes de presidir o Conselho Fiscal da FIBRA já participava daquele colegiado como conselheiro, concluí sua entrevista fazendo um depoimento na condição de atual presidente do órgão encarregado de examinar as prestações de contas da Diretoria Executiva. "Devo testemunhar que tenho acompanhado com redobrada atenção os documentos contábeis que têm sido encaminhados pela Diretoria Executiva ao Conselho Fiscal. Eles refletem a mesma postura de transparência e correção que tem caracterizado as ações daquele órgão executivo em outras áreas de suas atividades". Ele finaliza suas declarações com uma mensagem de otimismo aos participantes da FIBRA. "Apesar do clima de intranqüilidade que o sistema brasileiro de fundos de pensão está enfrentando, em virtude desse ambiente regulatório tumultuado pelas bruscas mudanças de rumo, a posição da Fundação pode ser considerada confortável, pois a competência de sua Diretoria e a transparência com que a mesma tem conduzido a administração da entidade, sob orientação da patrocinadora ITAIPU. farão com que atravessemos em segurança essa tempestade".

CONSELHO FISCAL TEM NOVO PRESIDENTE - … · iniciativas recentes que objetivam modificar as regras do jogo. ... fundamentos de sua economia tenha repercussões ... Fez dois cortes

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CONSELHO FISCAL TEM NOVO PRESIDENTE

Adriano Soares de Assis, presidente do Conselho Fiscal da FIBRA D

t

O participante ativo da FIBRA Adriano Soares de Assis foi eleito pelos seus pares, membros do Conselho Fiscal da Fundação, presidente

deste colegiado para o exercício de 2001. Substitui Sérgio Machado, que ocupou a presidência no exercício anterior. Nascido em Carabuçu, no Estado do Rio de Janeiro, próximo à divisa com Minas Gerais, casado, com três filhos, Adriano vai completar em breve 25 anos de trabalho na Binacional, sempre na área de contabilidade. Começou a trabalhar no escritório do Rio de Janeiro, foi transferido para Curitiba quando os escritórios de São Paulo e do Rio de Janeiro foram desativados e, nos últimos quatro anos, está lotado em Foz do Iguaçu.

"Após tantos anos. aprendi a conhecer a ITAJPU e a FIBRA de vários ângulos, o que me possibilita ter uma visão bastante otimista das duas entidades", afirma Adriano, ao iniciar esta entrevista que o Fibranoticias publica com o mesmo objetivo que motivou as entrevistas, em edições anteriores, de outros dirigentes da Fundação: mostrar aos nossos leitores quem são e o que pensam os responsáveis pela gestão e fiscalização da nossa entidade.

Preocupação quanto ao futuro dos fundos

V de pensão no Brasil J Participante fundador da FIBRA, Adriano é um defensor intransigente dos fundos de pensão e dos princípios da previdência complementar fechada. "Por experiência própria, pois desfruto da tranqüilidade de sentir o futuro de minha família assegurado pelo plano de benefícios da FIBRA, sei o que significa para o trabalhador estar assistido pelo seguro social consubstanciado em um fundo de pensão", afirma.

Mas Adriano tem sérias reservas quanto ao futuro do sistema brasileiro de entidades fechadas de previdência privada. Tenho observado com muita preocupação as iniciativas recentes que objetivam modificar as regras do

jogo. Acho que os fundos de pensão não podem ser ameaçados por essa intranqüilidade que resulta de modificações tão freqüentes nos dispositivos regulatórios do sistema — como o Fibranoticias analisou com tanta propriedade na última edição—pois além do papel social que desem-penham. assegurando aos trabalhadores e suas famílias condições dignas de vida quando se aposentam, eles representam, hoje, a mais importante fonte de recursos para investimentos na economia brasileira".

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A Fundação tem feito grandes avanços D Sobre a FIBRA, a opinião de Adriano coincide com a maioria absoluta dos participantes que se manifestaram na pesquisa de opinião realizada em meados do ano passado: "Na condição de participante", explica, "sinto-me seguro com o desempenho dos órgãos de direção responsáveis pela formulação e execução das políticas e dos programas - o Conselho de Curadores e Diretoria Executiva - pois os resultados que a Fundação tem alcançado têm sido bons. A certificação ISO 9002 para o sistema de investimentos e aplicações financeiras. por exemplo, é apenas o sinal mais evidente de um desempenho que tem primado pela seriedade nas ações e pela transparência e objetividade nas informações prestadas aos participantes e à sociedade".

- \ .

Apesar das dificuldades, vamos vencer os desafios J

Adriano, que antes de presidir o Conselho Fiscal da FIBRA já participava daquele colegiado como conselheiro, concluí sua entrevista fazendo um depoimento na condição de atual presidente do órgão encarregado de examinar as prestações de contas da Diretoria Executiva. "Devo testemunhar que tenho acompanhado com redobrada atenção os documentos contábeis que têm sido encaminhados pela Diretoria Executiva ao Conselho Fiscal. Eles refletem a mesma postura de transparência e correção que tem caracterizado as ações daquele órgão executivo em outras áreas de suas atividades".

Ele finaliza suas declarações com uma mensagem de otimismo aos participantes da FIBRA. "Apesar do clima de intranqüilidade que o sistema brasileiro de fundos de pensão está enfrentando, em virtude desse ambiente regulatório tumultuado pelas bruscas mudanças de rumo, a posição da Fundação pode ser considerada confortável, pois a competência de sua Diretoria e a transparência com que a mesma tem conduzido a administração da entidade, sob orientação da patrocinadora ITAIPU. farão com que atravessemos em segurança essa tempestade".

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c Brasil: fatores de intranqüilidade D

DEBENTURES, A NOVA TENDÊNCIA DO MERCADO

O mercado financeiro encerrou o ano 2000 em clima de otimismo. Mas essa percepção modificou­se, no final de fevereiro, com a volta de preocupantes ocorrências no cenário externo. Estados Unidos, Turquia e Argentina, principalmente , somadas aos aconteci­mentos que tumultuaram a vida política e influíram no desempenho da economia brasileira.

N Estados Unidos: a expectativa continua

A influência dos Estados Unidos sobre o resto do mundo faz com que qualquer variação nos fundamentos de sua economia tenha repercussões nos quatro cantos do planeta. Daí a preocupa­ção com que tem sido acompanhada a tentativa do FÈD (Banco Central dos EUA) para evitar o agravamento de uma "desaceleração econô­mica" evidente. A adoção I de severas medidas * corretivas, p r i n c i p a l ­ I mente a elevação da taxa de juros básicos da economia entre 1999 e 2000, parece que não deu o resultado esperado e o FED iniciou uma brusca reversão. Fez dois cortes de meio por cento na taxa dos juros básicos em menos de um mês: janeiro passado. Essa atitude aumentou as incertezas em relação às perspectivas da economia daquele país. pois há indícios de que a volatilidade poderá ser a tônica das bolsas norte­americanas, nos próximos meses.

( Turquia e Argentina: novas ameaças? J

Na Turquia a queda de 18.1% na bolsa de valores em um único dia ­ 21 de fevereiro ­ refletiu a instabilidade do regime de câmbio fixo adotado no pais em 1999, por onentação do FMI (Fundo Monetário Internacional). O governo turco anunciou, nessa mesma data, que passaria a adotar um regime de câmbio livre. Com esses acontecimentos da Turquia, o mercado financeiro internacional passou a preocupar­se novamente com a Argentina que. apesar das recentes mudanças adotadas em sua política econômica, continua mantendo o regime de câmbio fixo. similar ao que era vigente na Turquia.

O otimismo do final do ano de 2000 com o crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) dissipou­se nos primeiros 60 dias de 2001. Além de absorver os reflexos externos, o país viveu algumas turbulências políticas, que influenciaram o comportamento dos indicadores econômicos: as seqüelas resultantes da crise institucional com as eleições para as mesas do Senado e da Câmara; a decisão judicial que manteve suspenso o leilão da Caixa Seguros (Sasse); e o anúncio do déficit na balança comercial provocaram quedas consecutivas nas bolsas de valores e pressão nos mercados de juros e de dólar.

d Investidores voltam-se para debentures D Apesar deste quadro momentâneo, os analistas não perdem totalmente o otimismo e afirmam que a economia deve continuar crescendo num ritmo, no mínimo, igual ao do ano 2000. Outro fator positivo é a expectativa da queda da taxa básica de juros (Selic) até o final do ano, que serviria como incentivo ao financiamento de investimentos produtivos. Se assim ocorrer, os economistas acreditam que teremos mais um ano positivo na economia e as alternativas de investimento em debentures devem ser consideradas como uma boa opção de mercado. Debentures são papéis emitidos pelas empresas que buscam captar recursos para suprir seus investimentos. Elas oferecem três tipos de garantia ao investidor: a primeira tem como lastro um bem físico, como um prédio. Ê a chamada garantia real e é a mais forte. A segunda, denominada flutuante, está baseada em ativos da empresa emissora, cujos valores podem oscilar no mercado. A terceira, conhecida como subordinada, dá prioridade ao debenturista, em relação ao acionista da empresa, em caso de liquidação da mesma.

As debentures podem ter diferentes níveis de remuneração, como juros fixos ou a correção pelo IGP­M (índice geral de preços do mercado) assim como variedade nos prazos de vencimento. Algumas podem ser convertidas em ações. Isso permite ã empresa emissora financiamentos com prazos maiores e taxas moderadas, melhores do que as do mercado internacional. Para o investidor, é uma aplicação de longo prazo, com um indexador mais uma taxa de juros fixa. o que propiciará um prêmio extra com a redução dos juros prevista no mercado.

A FIBRA acompanha atentamente o mercado

Noticiário recente da Gazeta Mercantil (21.02.2001) informa que há a expectativa, no mercado, de lançamentos de R$ 5 bilhões de debentures por empresas de primeira linha e que a demanda por estes papéis está muito acima da oferta. Por exemplo, a Companhia Petrolífera Marlim emitiu RS 1 bilhão em debentures (RS 70Q milhões indexados aos Certificados de Depósito Interbancário (CDI) e RS 300 milhões ao IGP­M). Para o primeiro lote a demanda chegou a RS 1 bilhão e 776 milhões e. para o segundo, a RS 926 milhões. A FIBRA está acompanhando atentamente a evolução desse mercado e participando de operações que se mostrem convenientes na relação entre retomo adicional e risco ­ este último medido por agências de "rating" nacionais e internacionais.

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POLEMICA SOBRE O DECRETO 3.721

O decreto 3.721. de 8 de janeiro de 2001. estabeleceu novos critérios para que o trabalhador tenha o direito de desfrutar das complementações de aposentadoria nas entidades fechadas de previdência privada. A idade mínima dos planos de complementação definida, até agora de 55 anos de idade, foi elevada para 65. com correções progressivas no prazo de 20 anos. Essa medida desencadeou uma onda de manifestações, algumas com argumentos a favor e outras questionando a constitucionalidade do decreto, além da alegação de que ele poderá acarretar irreparáveis prejuízos para o sistema brasileiro de fundos de pensão.

Mudanças demográficas e econômicas \ estariam afetando o equilíbrio atuarial dos I

planos de benefícios das fundações J

O ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega defende o decreto 3.721. Em artigo publicado no jornal Valor ele afirma: "A justificativa está nas mudanças demográficas e econômicas dos últimos anos. Do lado demográfico, a principal foi o aumento da sobrevida pós-aposentadoria. Do lado econômico. mencionem-se a estabilidade da moeda, as menores taxas de juros reais e a introdução do fator previdenciário. Essas mudanças afetaram o equilíbrio atuarial dos planos e exigem a elevação da contribuição dos participantes e/ou redução dos benefícios futuros".

Mailson acrescenta que "a introdução do fator previdenciário e a queda da inflação geraram a necessidade de aumento de 11 % das reservas técnicas dos fundos de pensão" e que "cada ponto percentual de redução da rentabilidade dos ativos tomaria necessário aumentar a contribuição em 1,5%". Segundo ele, a solução adotada pelo governo "evita que o esforço para a preservação do equilíbrio dos fundos e dos respectivos benefícios recaia sobre os participantes".

O limite de idade mínima estabelecida no decreto \ 81.240, de 1978, seria insuficiente nas condições atuais

Sílvio Furtado Holanda, coordenador de estudos técnicos da SPC, em artigo publicado na última edição da revista Conjuntura Econômica (fev/2001). destaca que a idade mínima de 55 anos até agora vigente foi definida de acordo com a realidade da época em que a legislação foi aprovada.

"Hoje. mais de duas décadas depois, esse limite mostra-se insuficiente" afirma Silvio Holanda. acrescentando o argumento de que vários países já impuzeram idades mínimas para aposentadorias de acordo com seus respectivos padrões de envelhecimento. Cita países que reformaram profundamente seus sistemas previdenciários na última década: "o México e a Argentina fixaram em 65 anos a idade mínima para o recebimento de benefícios de aposentadorias complementares".

Manifestações na Câmara dos Deputados )

As principais reações ao decreto surgiram no âmbito do Congresso Nacional e em pronunciamentos de representantes de entidades ligadas aos fundos de pensão. Na Câmara dos Deputados, um grupo de parlamentares de diversos partidos - da oposição e também do governo - mobilizou-se para apresentar projetos de decretos legislativos que, se aprovados, teriam força para suspendera aplicação da medida.

O deputado Márcio Reinaldo (PPB-MG), designado relator da Comissão representativa do Congresso para avaliar o decreto, não tem dúvidas: "Estou convicto de que a proposta é ilegal, prejudica na forma e no conteúdo a política de recursos humanos das empresas. Os argumentos apresentados não me convencem".

Pesquisador do Ipea dá outra dimensão ao argumento da expectativa de vida

O pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Francisco Barreto de Oliveira. salienta, em artigo publicado no jornal O Globo: "De fato, a expectativa de vida tem crescido bastante no Brasil, fruto da redução principalmente da mortalidade infantil. Ocorre que essa estatística é irrelevante para as questões tanto de previdência pública como de previdência privada. A menos, é claro, que se esteja cogitando de aposentar bebês. Comparar a expectativa de vida ao nascer em 1930 com as esperanças de sobrevivência aos 50 anos em 1998, simplesmente não faz sentido".

C Presidente da Abrapp refuta os principais argumentos que tentam justificar o decreto

O presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp), Carlos Duarte Caldas, em editorial na Revista Abrapp (edição especial dez 2000/jan 2001). afirma, refutando argumentos favoráveis ao decreto: "No sistema de capitalização que os fundos usam, e pelo qual cada empregado acumula poupança de modo que sua aposentadoria esteja integralmente financiada quando chegar o momento de parar de trabalhar, não existe transferência de responsabilidade entre uma geração e outra, na medida em que cada uma obtém seu beneficio independente da outra. Assim, não cabe falar que se está aumentando o piso da idade para evitar que continue se estreitando a relação entre participantes ativos e já suplementados. É absurdo também tentar justificar a medida argumentando com o envelhecimento da população, uma questão demográfica grave para a Previdência Social, mas indiferente para os Fundos de Pensão".

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Entenda Seu Plano

PASSIVO ATUARIAL; ISTO O ASSUSTA?

Muita gente se sente incomo­dada quando ouve a palavra "passivo", o que não é de estranhar pois ela sempre vem associada a alguma dívida ou compromisso. No caso da FIBRA essa palavra não tem um sentido traumático, representando os compromissos que a Fundação terá de honrar, no futuro, para com os seus participantes. É também chamado de reserva matemática.

Um exemplo do acréscimo do passivo atuarial da FIBRA, registrado em 2000. foi a mudança da tábua de mortalidade CSO-58 para a AT-49. O que isto representa? O cálculo das reservas matemáticas da Fundação está mais conservador, com a expectativa de vida elevando-se. em números redondos, de 69 para 72 anos. Outro aumento do passivo decorreu do reajuste salarial de 7%, mais o aumento por mérito, de 3%, para os benefícios a conceder (para o pessoal da ativa) e 7% para os benefícios concedidos (para o assistido). O aumento da gratificação de férias, que ainda terá reflexos nos dois próximos exercícios, por entrar na média salarial de 36 meses, também influiu no aumento do passivo.

A adoção de hipóteses atuariais mais conservadoras. ao mesmo tempo que aumenta o passivo, toma o plano mais seguro e o cálculo mais próximo da realidade.

Em 2001, a FIBRA está desenvolvendo projetos para aperfeiçoar o acompanhamento da evolução do passivo, de forma a aumentar ainda mais a segurança do plano de benefícios. Esses projetos surgiram em decorrência de necessidades identificadas durante o Planejamento Estratégico.

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SEGURIDADE

Esse aumento do passivo da FIBRA está sob controle e não está descoberto, pois o ativo disponível é capaz de suportar o passivo atual, o que pode ser comprovado pela situação superavitária da Fundação.

Maiores detalhes, relativos ao exercício de 2000, serão apresentados no relatório anual de gestão, que será distribuído aos participantes em abril próximo.

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O gráfico abaixo, representa a situação da FIBRA, em dezembro de 2000, no confronto entre suas reservas técnicas (patrimônio ou ativo liquido) e o passivo atuarial, ou seja, o valor atual ou presente dos benefícios que a Fundação terá de pagar, no futuro, aos seus participantes (englobando as complemen­tações de benefícios dos que já estão aposentados, as pensões dos beneficiários dependentes de participantes falecidos e as complementações futuras dos atuais participantes ativos), já descontada a expectativa de contribuições.

Como mostram as duas curvas, as reservas técnicas em 31 de dezembro de 2000 (RS 410.297.872,35), comparadas com o passivo atuarial na mesma data (R$ 373.738.790.80). resultaram num superávit acumulado de R$ 36.559.081.55.

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300.000 000

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100 000.000

50.000.000

RESERVAS TÉCNICAS X RESERVAS MATEMÁTICAS 31 dez/1988 - 31 dez/2000

Reserva Técnica

Reserva Matemática

Ü * 1989 1990 (991 1992 1993 1994 1995 1997 1934 1999

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