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ENTREVISTA CONCILIAÇÃO Desembargadora Fátima Cavalcanti fala das ações da mesa diretora para elevar o nível de eficiência do Judiciário na Paraíba A força do A força do MUTIRÃO MUTIRÃO TJPB realiza esforço concentrado para pronunciar e julgar réus acusados de crime contra a vida, avaliar situação de presos e desafogar unidades judiciárias cíveis Nº 1 Ano 1 EDIÇÃO Justiça do futuro fortalece o acordo entre as partes

Consenso 1

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Publicação trimestral do Tribunal de Justiça da Paraíba - Maio 2013

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ENTREVISTA CONCILIAÇÃO Desembargadora Fátima Cavalcanti fala das ações da mesa diretora para elevar o nível de eficiência do Judiciário na Paraíba

A força do A força do MUTIRÃOMUTIRÃO

TJPB realiza esforço concentrado para pronunciar e julgar réus acusados de crime contra a vida, avaliar situação

de presos e desafogar unidades judiciárias cíveis

Nº 1

Ano 1EDIÇÃO

Justiça do futuro fortalece o acordo entre as partes

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A JUSTIÇA ABRAÇA ESSA IDEIAwww.tjpb.jus.br/sustentabilidade

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Editorial

Por um Judiciário cidadão

Diante de uma nova realidade da Justi-ça brasileira, com uma sociedade que

exige transparência e melhores serviços, a informação é, sem dúvida, um instrumento essencial ao fortalecimento da democracia e um direito do povo.

Em recente palestra, durante o Encon-tro Nacional de Comunicação do Poder Judi-ciário, em Brasília, a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, defendeu a transparência da notícia e a ampliação dos meios de comunicação dos tribunais.

Eliana Calmon destacou que “a Justiça e os magistrados têm de estar sintonizados com os anseios da sociedade. Afi nal, com a Constituição de 1988, o Poder Judiciário passou a ser um poder político, ao contrário de antes, quando era apenas um chancelador das decisões do Executivo e do Legislativo”.

Assim, sob orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a comunicação social dos tribunais brasileiros tem buscado fortalecer suas mídias no sentido de alcançar,

cada vez mais, um maior público, para fazer com que a sociedade compreenda melhor a atuação do Judiciário e conheça os serviços disponibilizados aos jurisdicionados.

A revista “Consenso” tem o objetivo, portanto, de ampliar esse diálogo, levando aos leitores a visão dos magistrados paraiba-nos sobre os mais variados temas judiciais e, principalmente, apresentar projetos e ações desenvolvidos para garantir uma melhor prestação jurisdicional, dentro de parâme-tros razoáveis de tempo e acessibilidade.

A revista, instituída na gestão da desem-bargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, procu-ra traduzir, para o leitor, o caminho que será trilhado por esta administração, consideran-do todo trabalho de gestão estratégica que projeta o futuro da Justiça paraibana, obser-vando a continuidade dos serviços.

Nesta edição, encontram-se as ações de-senvolvidas nos cem primeiros dias da mesa diretora (biênio 2013/2014) do Tribunal de Justiça da Paraíba.

A revista “Consenso” tem o objetivo de ampliar o diálogo com a sociedade, trazendo a visão dos magistrados paraibanos sobre temas judiciais, e, principalmente, de apresentar projetos e ações

desenvolvidos pelo Poder Judiciário estadual.

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DIRETORAMarcela Sitônio

SUPERVISOR: Valter Nogueira

JORNALISTAS: Clélia Toscano, Eloise Elane, Fernando Patriota, Lila Santos, Gabriella Guedes, Gabriela Parente, Genésio Souza, Kubitschek Pinheiro, Marcus Vinícius e Evandro Nóbrega. ESTAGIÁRIO: Janailton Oliveira EDITORAÇÃO: Gilberto Lopes FOTOGRAFIAS: Ednaldo AraujoREVISÃO: Ivan Costa Júnior

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃORicardo Araújo (Forma Comunicação) SUPERVISOR DE PUBLICAÇÕES OFICIAISMartinho Sampaio

JUDICIÁRIO EM REVISTA - MAIO DE 2013 4

Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça

MESA DIRETORA(Biênio 2013-2014)

PRESIDENTEMaria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcanti

VICE-PRESIDENTERomero Marcelo da Fonseca Oliveira

CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇAMárcio Murilo da Cunha Ramos

DESEMBARGADORESLuiz Sílvio Ramalho Júnior

Abraham Lincoln da Cunha RamosMaria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcanti

Márcio Murilo da Cunha RamosJosé Di Lorenzo Serpa

Saulo Henriques de Sá e BenevidesMarcos Cavalcanti de Albuquerque

Joás de Brito Pereira FilhoMaria das Neves do Egito de Araújo Duda Ferreira

Arnóbio Alves TeodósioRomero Marcelo da Fonseca Oliveira

João Benedito da SilvaJoão Alves da Silva

Frederico Martinho da Nóbrega CoutinhoJosé Ricardo Porto

Carlos Martins Beltrão FilhoMaria das Graças Morais Guedes

Leandro dos SantosJosé Aurélio da Cruz

DIRETORIA DE INFORMAÇÃO INSTITUCIONAL

Mutirões, conciliações, parcerias e tecnologia para julgar o maior número de processos em tempo razoável. PÁGINAS 20 a 24JUSTIÇA EM DIA

Campanha orientabares sobre crime na venda de bebidaalcoólica a menor

LEI SECA JOVEM32Corregedoriarealiza auditagemnas 77 comarcasparaibanas

RIGOR49

Projeto cria ambientesecologicamenteequilibrados nasunidades judiciárias

SUSTENTABILIDADE34

SUMÁRIO

GERENTEGilberto Lopes

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A REVISTA CONSENSO É UMA PUBLICAÇÃO OFICIAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA - ANO 1 - EDIÇÃO 1 - MAIO DE 2013 - TIRAGEM: 500 EXEMPLARES - 72 PÁGINAS

> Sandra, detenta da Penitenciária Júlia Maranhão, obteve progressão de pena, depois de 8 anos, no Dia da Mulher. > TJPB idealiza uma série de ações para garantir direitos das mulheres e em sua proteção. > Programa Mulher Merece Respeito leva orientações às comunidades sobre a Lei Maria da Penha.VENCENDO MEDOS, DIVULGANDO PAZ

TJPB sequestracontas de 41prefeituras parapagar dívidasde dívidas

PRECATÓRIOS56

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Conecte-se com o [email protected] www.tjpb.jus.brtwiiter.com/tjpbnotícias facebook.com/tribunal-de-justiça-da-Paraíba

Tribunal abre Agenda Cultural com a Revista do ForoO lançamento da Revista do Foro, no dia17 de abril, marcou o início das ati-vidades culturais no âmbito do Poder Judiciário. Para o mês de maio já estão programadas homenagens aos minis-tros Djaci Falção e Rafael Mayer e à juíza Helena Alves. PÁGINA 60

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DESEMBARGADORA Fátima Bezerra Cavalcanti

“As ações da mesa diretora estão voltadas para elevar o

nível de eficiência do Judiciário”

Empossada no dia 1º de fevereiro, a desembargado-ra Fátima Bezerra Cavalcanti é a primeira mulher

a presidir o Tribunal de Justiça da Paraíba. A magistra-da nasceu em João Pessoa e ingressou na magistratura em 1984. Em entrevista, ela aponta os caminhos que sua administração já trilhou e para onde caminhará. E faz questão de destacar: “Somos servidores públicos de uma nação e, como os servos do Evangelho, para bem cumprir nossa missão de distribuir Justiça é pre-ciso ter fé, equilíbrio e determinação”.

CONSENSO- Como defi ne sua meto-dologia de trabalho?

FÁTIMA CAVALCANTI - Gosto de trabalhar com agenda positiva. Existe um adágio de Mahatma Gandhi, que procuro aplicar em minha vida: “Se tivermos pensamentos positivos, eles tornar-se-ão palavras positivas, as quais, por sua vez, transformar--se-ão em atitudes positivas, cons-truindo a base de hábitos positivos, que gerarão valores positivos”. Se, como pessoa, procuro ver o lado bom das coisas e dos indivíduos, como julgadora busco também o lado benigno da verdade, esse que é o alicerce da jus-tiça. Portanto, minha me-todologia de trabalho, à

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O Tribunal está desenvolvendo o projeto Mulher Merece Respeito, que faz parte das metas de nossa

administração e garante um amplo debate junto à comunidade sobre os direitos das mulheres.

frente do Tribunal, seguirá essa linha, aliás, que tem norteado toda a minha caminhada. Assim, apoiar juízes e ser-vidores, para oferecermos uma pres-tação jurisdicional célere, moderna e, sobretudo, humanizada.

CONSENSO - Algumas ações, para julgamento de processos, mere-ceram atenção especial do TJPB nesses 100 dias de gestão. Quais as principais e em que se avançou?

FÁTIMA CAVALCANTI - De modo geral, todas as ações desta mesa diretora estão vol-tadas para elevar o nível de efi ciência do Judiciário. A Presidente, o Vice--Presidente e o Corregedor têm tra-balhado conjuntamente, para conferir agilidade e solução às demandas judi-ciais. Isso é o que espera o jurisdicio-nado. Nosso empenho é nesse sentido, a exemplo do lançamento de esforços concentrados e de mutirões em áre-as que consideramos críticas, como Execução Penal e Júris. Em uma pró-xima fase, também serão benefi ciados os Juizados Especiais. Outra impor-tante ação da gestão foi a instalação da Ouvidoria, que em dois meses de funcionamento já atendeu quase 800 pessoas, contribuindo, inclusive, no encaminhamento de solicitações refe-rentes à morosidade processual.

CONSENSO - Já existem resultados sa-tisfatórios nos multirões que estão ocorrendo?

FÁTIMA CAVALCANTI - Sim. Por orientação da Presidência e da Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), priorizamos, inicialmente, o sistema carcerário e os processos dos tribunais do júri, esse último, com base no ter-mo de cooperação técnica, assinado entre a Corregedoria do CNJ, o TJPB, o Governo do Estado, o Ministério Público, as Secretarias de Segurança Pública e Cidadania, a Administração Penitenciária, a Defensoria Pública e a OAB-PB. Por estarmos preocu-pados com os direitos fundamentais do cidadão é que lançamos o projeto “Justiça em Dia”, iniciando pelas varas de execução penal revisando as ações

de todas as pessoas que se encontram cumprindo pena. Os avanços foram signifi cativos: dos quase 6 mil proces-sos, em oito varas, no Estado, 4.027 ações foram trabalhadas, resultando em 3.341 despachos e em concessão de 686 benefícios, dentre progressão de regime, indulto e diminuição da pena (comutação). Foram resultados efetivos, em menos de três meses.

CONSENSO - Foi possível desenvolver o mesmo trabalho nos tribunais do júri?

FÁTIMA CAVALCANTI - Foi possível. Estamos trabalhando com afi nco, para cumprir atos processuais dentro de um perí-odo satisfatório. Até o dia 19 de de-

zembro de 2013, os tribunais do júri das comarcas de João Pessoa, Cabede-lo, Santa Rita, Bayeux e de Campina Grande deverão pronunciar e, quiçá, julgar maior parte dos processos de crimes dolosos contra a vida. A meta, inclusive, faz parte do plano estratégi-co do nosso Tribunal e do Conselho Nacional de Justiça. Defi niu-se uma pauta de julgamentos que está sendo seguida à risca, assim, atingiremos não só estas comarcas, mas todo o Es-tado da Paraíba, em seguida.

CONSENSO - Na área administrativa, qual o caminho que tem trilhado?

FÁTIMA CAVALCANTI - Tenho um sonho:

construir uma gestão democrática, participativa, efi ciente, valorizando juízes e servidores. Anunciei essa di-retriz por ocasião de minha posse, e, durante esses poucos dias, tenho tra-balhado nesses pilares. Antes mesmo de assumir o cargo, começamos a pla-nejar a gestão, com a promoção de um “workshop”, com apoio do meu anteces-sor, cuja reunião agregou magistrados e servidores de todas as nossas comarcas. Agora, damos prosseguimento ao pla-nejamento estratégico, para alinhar nos-sas atividades com foco ainda na satis-fação do jurisdicionado e na divulgação das boas práticas do Judiciário.

CONSENSO - Em que se baseia esse planejamento?

FÁTIMA CAVALCANTI - Tem sido objeto de nosso planejamento harmonizar dois aspectos: máquinas e homens, ou seja, os setores de informática e de pessoal. No campo de recursos humanos, esta-mos oferecendo cursos de capacitação e investindo em políticas públicas de melhoria de qualidade de vida. Esta-mos mantendo um canal aberto com as associações, os sindicatos e, tam-bém, diretamente, com os juízes e os funcionários, agendando audiências na Presidência e visitas às comarcas. É uma ação que desenvolver-se-á grada-tivamente, envolvendo todos os agen-tes do poder, para que através de uma administração participativa, possa-mos encontrar as rotas para execução

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que sediará essa vara em João Pes-soa. O Tribunal está desenvolvendo o projeto “Mulher Merece Respeito”, garantindo um amplo debate, junto à comunidade, sobre os direitos das mulheres.

CONSENSO - Em que outros campos a administração tem atuado?

FÁTIMA CAVALCANTI - Descentralizamos as atividades. Posso destacar os proje-tos que servem de alicerce para nosso trabalho: “Conhecendo o Judiciário”; “Mulher Merece Respeito”; “Susten-tabilidade, a justiça abraça essa ideia”; “Desjudicialização da saúde”; “Segu-rança para todos” (não apenas dos ma-gistrados, mas das unidades judiciá-rias); “Lei Seca Jovem”; “Conciliação e Mediação - Justiça do Futuro”; e, “Jus-tiça em dia” (o nosso carro chefe). Tais projetos, além de atender metas tra-çadas pelo CNJ, possibilitarão a prá-tica de uma gestão partilhada, tendo em vista que desembargadores, juízes e servidores integram as várias ativi-dades, oferecendo parte de seu tem-po, além do expediente normal, para tornar efi cazes programas e serviços que atendam aos anseios sociais. Im-portante que se ressalte que o Tribunal de Justiça trabalha sempre com gestão continuada, o próprio CNJ determina planejamento estratégico nesse senti-do. E o que se executa nesse biênio, já foi pensado antes e será desenvolvido depois, evidentemente com a modula-ção e perfi l do administrador, in casu, como atual presidente, dou primazia, por exemplo, as questões envolvendo

de um bom trabalho.

CONSENSO - Hoje, por recomendação do CNJ, o Judiciário tem que im-plantar a Justiça Virtual. Qual a si-tuação da Paraíba?

FÁTIMA CAVALCANTI - Estamos envidando todos os esforços para aperfeiçoar o sistema de tecnologia, que modifi ca-rá a feição dos processos, capacitan-do e treinando nosso pessoal para essa nova realidade da Justiça. Deve-mos efetuar, nos próximos meses, um maior investimento, para garantir a ampliação do processo judicial ele-trônico, o PJe, que dispensa o uso de papel na tramitação processual. Hoje, a informatização é algo essencial para possibilitar um bom serviço. Nesse pouco tempo de gestão foi montada uma equipe de Tecnologia da Infor-mação (TI) dedicada ao PJe que, tam-bém, integra grupos de trabalho para implantação do sistema nos tribunais estaduais junto ao CNJ; foi realizado treinamento de servidores, decorrente da implantação do sistema no 2º grau de jurisdição; foram distribuídos cer-tifi cados digitais e foram promovidas revisões de confi guração do sistema. Ainda sobre o PJe, verifi camos a ne-cessidade de investimentos em segu-rança da informação, os quais serão direcionados à construção de uma sala segura, dotada de equipamentos capazes de proteger e armazenar os dados, bem como a contratação de co-nexões de internet com capacidade de atender esta nova demanda, possibili-tando a sua expansão para as demais unidades do Estado.

CONSENSO - O que se espera da Justi-ça no futuro?

FÁTIMA CAVALCANTI - Acima de tudo, agili-dade na solução dos confl itos. Reco-nheço a importância das políticas de Conciliação e Mediação das conten-das, como forma alternativa e mais satisfativa de se aplicar a justiça.

CONSENSO - Como se pode proporcio-nar isto?

FÁTIMA CAVALCANTI - Na condição de Co-

ordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Confl itos, no biênio 2011/2012, muito laborei para a sua efetiva implantação. O diálogo entre as partes, em uma perspectiva consensual, é, sem dúvi-da, o que vai predominar no Judiciá-rio ad futurum. Uma prova disso são os mutirões que temos feito e que têm surtido um excelente efeito, reduzindo muito a quantidade de confl itos. Pre-tendemos nessa seara, realizar, neste primeiro semestre, outros mutirões, envolvendo Juizados Especiais, Varas da Fazenda Pública e Cíveis. Além disso, estamos fi rmando parceria com instituições de ensino superior, para a criação de centros de conciliação.

CONSENSO - A senhora tem dado re-levância a área de proteção da mulher. Que progressos poderia destacar?

FÁTIMA CAVALCANTI - A mulher brasileira ganhou uma importante ferramenta em sua defesa, que é a Lei Maria da Pe-nha. Mas, como mulher, percebo a ne-cessidade – e isto é um consenso entre magistradas, promotoras, advogadas e entidades que atuam em instituições de defesa da mulher – de oferecer, no âmbito da Justiça, um suporte para fa-zer valer a lei nº 11.340/2006. Assim sendo, estamos ampliando a estrutura das Varas de Violência Doméstica e Familiar, reforçando o setor de segu-rança e o setor multidisciplinar (psi-cologia, assistência social, etc). Lan-çamos, ainda, a pedra fundamental do Memorial à Mulher e do complexo

Devemos efetuar, nos próximos meses, um maior investimento para garantir a ampliação do sistema do processo judicial eletrônico, o PJe.

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tuímos esforços concentrados para auxiliar as unidades que estão com acúmulo processual, com participa-ção de servidores, assessores e juízes; ampliamos os centros de conciliação e mediação; e, enfi m, convocamos toda a família judiciária para que, através de um esforço comum, possa-mos cumprir bem a nossa função de servidores da justiça, mesmo com as difi culdades de ordem orçamentária.

CONSENSO - Que características a se-nhora impõe à frente do TJ, e que diferencia sua gestão das masculi-nas, adotadas até então?

FÁTIMA CAVALCANTI - William Shakespea-re, ao refl etir sobre as características femininas exclamou: “Fragilidade, teu nome é mulher”. Li sobre isso e sorri para mim mesma! Enxergo de forma absolutamente diferente, porque, ao meu sentir, o espírito feminino, em-bora mais terno, é mais disciplinado e mais forte. E a nossa harmonia com o Divino é o nosso diferencial. Minhas preces diárias são para que, ilumina-dos por Deus, consigamos realizar uma gestão com essas nuances.

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POSSE DA DESEMBARGADORA FÁTIMA BEZERRA CAVALCANTI Primeira mulher a assumir, na história do Judiciário, o cargo de presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba.

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violência contra a mulher, cujas varas foram implantadas na gestão anterior.

CONSENSO - Qual a maior difi culdade do Judiciário Paraibano?

FÁTIMA CAVALCANTI - Creio que não é só do Judiciário paraibano, mas de todo o Judiciário brasileiro, tendo em vista que os Tribunais não dispõem de re-cursos orçamentários sufi cientes, para atender suas demandas, sobretudo, os pequenos Estados. Daí decorrem vãrios problemas: número de servi-dores insufi cientes e a necessidade de permanente capacitação, face aos avanços do mundo da informática; bem como, a elevação galopante de litígios processados incompatível com o aumento do número de julgado-res. Para se ter uma ideia, na Paraíba, cada juiz de primeiro grau, prolata em média cerca de 120 sentenças por mês. Já na segunda instância, o nú-mero de processos distribuídos para cada desembargador, triplicou em dez anos. Assome-se a esta situação o fato de que nas serventias, embora a quantidade de técnicos e analistas tenha sofrido um acréscimo, segundo

a LOJE, na prática a lacuna permane-ce em virtude da instalação de novas unidades judiciárias e impossibilidade orçamentária de nomeações corres-pondentes.

CONSENSO - Qual será, portanto, o planejamento do Tribunal, para vencer essa difi culdade e fornecer uma justiça mais célere?

FÁTIMA CAVALCANTI - Em três meses de gestão já conseguimos trabalhar em prol de efetivar várias ações: avan-çamos nas digitalizações processuais dentro dos recursos e pessoal dispo-níveis; estamos em fase de concurso para juízes leigos, cujas nomeações darão novo incremento aos juizados especiais; resolvemos nomear asses-sores para juízes, e, inclusive, para as unidades que estão sem titulares, para apoiar os magistrados que estão acumulando; continuamos traba-lhando para implantar métodos de gerenciamento de rotinas e manuais de práticas cartorárias para facilitar os trabalhos; lavraremos e publicare-mos nossos acórdãos em até 10 dias após a sessão de julgamento; insti-

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No mundo todo, as instituições estatais carregam refe-rências masculinas, com refl exos na língua: o Estado, o Poder, o Congresso, e por aí vai. Análise mais cui-

dadosa revela que, pelo menos uma delas, que seja no nome, afasta-se do paradigma linguístico tradicional: a Justiça.

Infelizmente, na Justiça brasileira, não obstante a força do artigo feminino, as mulheres ainda são, com as exceções de praxe, minoria, por vezes minoria retórica, sobretudo nas instâncias superiores. Desnecessário ir longe, basta ver o STF e o STJ, com duas e seis ministras, respectivamente.

Avançamos na base da pirâmide judicial, é certo, quando se considera que fechamos a década de 60 com pouco mais de 2% de juízas, número que passou a 11% nos anos 90 e hoje está perto dos 40%.

Uma injustifi cável contradição, pois nas Faculdades de Di-reito, inclusive nas mais conceituadas, as mulheres são maioria ou perto disso. Qualidade, preparo intelectual e probidade não faltam. Nos concursos públicos das carreiras jurídicas, são elas que frequentemente conquistam os primeiros lugares, embora bancas machistas ainda usem o exame oral para prejudicá-las na classifi cação geral ou mesmo reprovar candidatas que não se encaixam no formato do conservadorismo.

No passado, ainda com ecos no presente, argumentos criativos - e absurdos - foram utilizados para fechar ou es-treitar às mulheres as portas do Judiciário (e do Ministério Público). Usual, p. ex., a utilização de paternal simpatia com uma hipotética fragilidade feminina. Dizia-se que mulher não enfrentava comarca distante nem difícil, como se a realidade não pudesse expor o disfarçado preconceito excludente. Bas-tou a aprovação das primeiras juízas para derrubar a fantasia do discurso que encobria tal indignidade.

De nenhuma ajuda serviu a iconografi a de divindades da antiguidade, cujas referências são reproduzidas até hoje nos portais dos tribunais e em capas de livros. Como se sabe, ti-rante precedentes na Mesopotâmia (Shamash, patrono divino de Hamurabi e do seu Código) e em tribos germânicas (Tyr),

a Justiça contava frequentemente com deusas, e não deuses.Sem prejuízo da egípcia Maat (fi lha de Ra, o deus-sol)

e da romana Iustitia, de todas a que mais infl uenciou a sim-bologia judici al que incorporamos na civilização ocidental foi Têmis, segunda esposa de Zeus, fi lha de Urano (Céu) e de Gaia (Terra), criadora das leis, dos ritos e dos oráculos, guardiã igualmente do juramento dos mortais, ela própria mãe de Diké (ou Dice), associada por igual à Justiça, espe-cialmente a dos homens.

Sua imagem, às vezes mesclada, em sincretismo greco--romano, que combina elementos de Iustitia e Diké é bastante conhecida dos profi ssionais do Direito. Ora vendada, a indicar objetividade e igualdade de todos perante a lei, ora de olhos abertos (bem abertos, se possível), representação da neces-sidade, no Estado social contemporâneo, de tratar diferente-mente os desiguais ao se socorrer oprimidos e vulneráveis.

Lembrar essas alegorias ajuda a valorizar o fato de a Pa-raíba fi nalmente contar com uma presidenta no Tribunal de Justiça, a Desembargadora Fátima Bezerra. Mais do que seus notáveis méritos pessoais e profi ssionais a colocação em pri-meiro lugar no concurso de ingresso da carreira, as décadas de dedicação ao serviço público a festejar aqui está mesmo o simbolismo da ascensão da mulher, no sentido coletivo, ao topo do Judiciário paraibano.

Com a chegada de Têmis ao olimpo judicial do pequeno Estado nordestino, liberta-se um pouco do preconceito ma-chista a açoitada Paraíba, ela própria fêmea atrevida que, no refrão de Luiz Gonzaga, de tão orgulhosa e poderosa não es-caparia de ser “masculina, mulher macho, sim senhor”.

Que nos perdoe o querido poeta, pois, ao contrário, a prin-cesa volta a roncar simplesmente por ser mulher e brasileira. Nada mais. Um “novo caminho”, a que fez alusão a própria Desembargadora Fátima Bezerra, quando agradeceu aos seus pares a eleição por unanimidade.

Aplausos, então, à nossa Fátima-Têmis. De todos, mulhe-res e homens.

‘A Paraíba de Têmis’

HERMAN BENJAMINParaibano de Catolé do Rocha,

é ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“ Com a chegada de Têmis ao olimpo judicial do pequeno Estado nordestino, liberta-se um pouco do preconceito machista a açoitada Paraíba, ela

própria fêmea atrevida que, no refrão de Luiz Gonzaga, de tão orgulhosa e poderosa não escaparia de ser ‘masculina, mulher macho, sim senhor’ ”.

ANTONIO

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No Brasil, todos os anos, milhares de pessoas são vítimas de assassinatos por impulso em situações como brigas em bares, discussões no trânsito ou entre vi-zinhos. Mortes que poderiam ser evitadas com uma simples mudança de atitude. Valorize a vida acima de tudo. Ela é úni-ca. Sua vida vale mais que qulquer briga.

Apoio:

Tribunal de Justiça da Paraíba

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CONSENSO - MAIO DE 2013 12

Programa de rádio do TJPB é transmitido todos os sábados

Comissão inicia reformulação

JUSTIÇA CIDADÃ

REGIMENTO INTERNO

Com meio hora de duração, o programa Justiça Cidadã vai ao ar todos os sábados, a partir das 7h da manhã, levando aos ouvintes da Rádio Tabajara AM 1110 e FM 105.5 um resumo das principais ações do Tribu-nal de Justiça da Paraíba durante a semana.

São apresentadas, também, en-trevistas com magistrados, que retiram dúvidas de ouvintes sobre temas re-levantes, fatos e seus direitos. Aborda ainda eventos ocorridos no Judiciário em todo o Estado, além das principais decisões dos órgãos colegiados da Corte paraibana.

Os membros da Comissão do Regimento Interno do Tribu-nal de Justiça da Paraíba iniciaram no dia 5 as discussões para a reformulação da lei que regula o funcionamento do Poder Judiciário e a competência dos órgãos do TJPB. O presidente da comissão, desembargador Luiz Sílvio Ramalho Júnior, informou que o RITJ/PB será elaborado gradativamente, por meio de re-soluções isoladas que serão apreciadas pelo Tribunal Pleno e, após aprovação, entrarão em vigor imediatamente.

A comissão deverá atender aos princípios da celeridade, da razoabilidade e da efi ciência, formulando ao fi nal da regula-mentação de todas as matérias, um texto único.

VISITA AO TJPB Sustentabilidade, inclusão social e Lei dos Resíduos Sólidos foram temas discutidos pela desembargadora Ana Carolina Zaina (4ª à direita), do Tri-bunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-9), durante visita à presidente do TJPB, Fátima Bezerra Cavalcanti. Em uma conversa bastante informal, fi cou evidenciada uma nova preocupação dentro da magistratura com o desenvolvimento sustentá-vel e suas repercussões na vida da sociedade. O encontro teve, ainda, a presença do juiz-auxiliar da Presidência, Antônio Silveira Neto, da assessora Valéria Beltrão e da gerente de projetos do TJPB, Virgínia Queiroga.

Para participar do progra-ma e fazer sugestões, basta ligar para (83) 3216-1611, ou enviar mensagem para [email protected].

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Como é tradição, cerca de cinco mil fi eis participaram da Procissão do Encontro, na Quinta--feira Santa, em João Pessoa. O duplo cortejo, com as imagens de Nossa Senhora das Dores e de Jesus carregando a cruz, que tradicionalmente inicia os ritos da Semana Santa, percorreu várias ruas do Centro e, por volta das 17h30, encontraram-se em frente ao Tribunal de Justiça da Paraíba. Na homilia realizada na Praça dos Três Poderes, o arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, falou sobre a importância da fé para superação dos problemas sociais. A presidente do TJPB, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, recepcionou o arcebispo e os padres.

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TJPB implantará Sistema Eletrônico de Carga dos Autos

Procissão tem momento marcante em frente do TJPB

TJ cria núcleo para gerenciar processos submetidos à repercussão geral ou ao recurso repetitivo

O Tribunal de Justiça da Paraíba implantou o Sistema Eletrônico de Car-ga dos Autos na Internet. O novo ser-viço vai possibilitar que os advogados agendem, previamente, a retirada de processos dos cartórios. Inicialmente, o sistema vai atuar como projeto piloto nas 1ª Varas Cível, de Família, Criminal, da Fazenda Pública e a 1ª Vara Distrital de Mangabeira, todos da Capital, pelo prazo de três meses.

O Tribunal de Justiça da Paraíba instituiu o Núcleo de Repercussão Geral e Recursos Repetitivos (Nurer), no âmbito da Corte. Cabe ao Nurer mo-nitorar os recursos dirigidos ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou ao Superior Tribunal de Justi-ça (STJ), a fi m de identifi car con-trovérsias que possam vir a ser julgadas como repercussão geral ou recurso repetitivo.

A criação do núcleo, em ní-vel nacional, ocorreu através da Resolução nº 160, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O de-creto, determinando a criação e as atribuições no âmbito da Jus-tiça do Estado, foi publicado na edição eletrônica do Diário da Justiça do dia 1º de abril.

1.531 É o número de candidatos que disputam as 18 vagas de juiz leigo no TJPB.

SEMANA SANTA

BIOMÉTRICO O presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque, e a presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), desembargado-ra Fátima Bezerra Cavalcanti, ofi cializaram, no dia 22 de abril, parceria para a ampliação do atendimento do recadastramento biométrico em João Pessoa e Campina Grande, os dois maiores colégios eleitorais da Paraíba. O Termo de Cooperação Técnica foi assinado em solenidade no Salão Nobre do Tribunal, que con-tou com a presença de diversas autoridades, dentre elas o vice-governador Rômulo Gouveia. No local foram instalados kits biométricos para demonstrar a agilidade do processo. A presidente do TJPB aproveitou a oportunidade para realizar o recadastramento biométrico do seu título eleitoral e recebeu imediatamente das mãos do desembargador Marcos Cavalcanti o novo documento. Desde o dia 23, o cadastro biométrico foi iniciado com os demais desembargadores, juízes, defensores públicos, promotores, jurisdicionados e serventuários do Poder Judiciário estadual, em posto de recadastramento biométrico instalado no Tribunal, no Auditório Alcides Carneiro. Foram instalados, ainda, postos à população nos Fóruns Cível de Mangabeira e Criminal, ambos na capital, e no Fórum Afonso Campos, em Campina Grande.

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CONSENSO - MAIO DE 2013 14

Durante os cem primeiros dias da atual gestão do Tribunal de Justiça da Paraíba, a Diretoria de Gestão Estratégica buscou viabilizar e concluir a implanta-ção do projeto de alinhamento estratégico, revisão do BSC-Gestão de Indicadores e Planejamento Estraté-gico (Resolução nº 70/2009) e implementação do es-critório de gerenciamento de projetos do TJPB (Meta nº 01/2011/CNJ). Procurou, ainda, oportunizar o acompanhamento periódico dos dados estatísticos, objetivando melhorar a qualidade das informações submetidas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e garantir melhoria na qualidade da gestão das metas processuais e não processuais do Poder Judiciário.

Em dezembro de 2012, foi realizado “workshop”, para que as considerações de servidores e de magis-trados quanto aos principais entraves à prestação jurisdicional fossem conhecidas e discutidas ampla-mente. Essas considerações, já em fevereiro de 2013, subsidiaram a revisão da estratégia do Tribunal, re-sultando na nova versão do Mapa Estratégico que, em termos pormenorizados, traduz a missão e a visão de

futuro em objetivos organizados segundo diferentes perspectivas e temas, representando, em última ins-tância, os desafi os impostos ao Judiciário estadual.

No mesmo mês, buscando tornar efetiva a ges-tão dos desafios conhecidos, ou seja, dos objetivos inscritos no Mapa Estratégico, mediante consulta às diferentes diretorias e gerências do TJPB e uni-dades judiciárias, cada um desses objetivos foi des-dobrado em indicadores de gestão, metas e proje-tos estratégicos.

“Isso resultou em um arcabouço, para acompa-nhamento periódico e pró-ativo da movimentação do Tribunal rumo a uma prestação jurisdicional mais confi ável, justa, acessível e célere”, observou o diretor de gestão estratégica, Falbo Abrantes.

Na oportunidade, valendo-se do início das ati-vidades orientadas a implementação do escritório de projetos do Tribunal, alguns temas/projetos-piloto, com resultados rápidos e específi cos, foram eleitos pela Presidência para serem executados nesses cem primeiros dias de gestão.

Mapa estratégico traduz missão do TJPB

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Para tornar efe va as legislações que dispõem sobre violência domés ca e fami-liar contra a mulher, os bairros do Rangel, Mangabeira, Mandacaru, Bairro dos No-vais, Valen na e Costa e Silva, com índices consideráveis de violência contra a mu-lher, foram visitados por equipe do TJPB, que debateu a aplicação da Lei Maria da Penha e outras temá cas relacionadas à violência familiar.

WORKSHOP COM DESEMBARGADORES, JUÍZES E SERVIDORESPrincipais entraves à prestação jurisdicional foram conhecidas e discutidas amplamente durante o encontro.

> Justiça em seu bairro, Mulher Merece Respeito

> Conhecendo o Judiciário

> Lei Seca Jovem> Sustentabilidade

> Segurança Institucional

GESTORA: juíza Rita de Cássia Martins Andrade

GESTOR: Desembargador Leandro dos Santos

GESTOR: Dr. Fabiano Moura de Moura

GESTOR: Juiz Josivaldo Félix de Oliveira

GESTOR: Desembargador Joás de Brito P. Filho

Para tornar efetiva a lei que proíbe a venda, a oferta, o forneci-mento, a entrega e a permissão de consumo de bebida alcoólica, ain-da que gratuitamente, a crianças e adolescentes, o projeto vem exe-cutando etapas do planejamento, desde fevereiro. Atualmente, o projeto está na terceira fase de operação, que consiste em realizar visitas educativas a bares e restau-rantes de João Pessoa. Uma minu-ta da portaria que disciplina essa iniciativa já foi elaborada, assim como foram realizadas reuniões com integrantes da rede de prote-ção, formalizando parceria. Ainda esse mês, serão confeccionados material gráfico e de publicidade, e o projeto culminará com o semi-nário, a ser iniciado no dia do lan-çamento oficial.

Para aproximar o Tribunal de Jus ça dos jurisdicionados e da população em geral, ações educa vas e preparatórias ao lançamento do projeto foram realizadas, ministradas pelo gestor do Projeto, des-mis fi cando a imagem do judiciário como uma ins tuição fechada. Em João Pessoa, estudantes do curso de Direito da UNIPÊ visitaram as instalações do TJPB, e, em Patos, alunos das Ins tuições de Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas e privadas par ciparam de audiência no Fórum, permi ndo que os envolvidos pas-sem a ter plena consciência da estrutura e do funcionamento do Tribunal e das Uni-dades Judiciárias. O projeto será lançado na Comarca de Campina Grande.

Com o obje vo de melhorar a segurança de servidores, magistrados e jurisdiciona-dos, foi realizada a adequação dos efe vos militares mínimos do Tribunal de Jus ça, fóruns da região metropolitana e comarcas do interior, através de parceria com o Go-verno do Estado.

Buscando atuar com responsabilidade so-cioambiental, o mizando a produ vidade e o uso de recursos, ações pontuais voltadas para a redução do consumo de energia, água e papel estão sendo viabilizadas mediante a mobilização de servidores, de magistrados e de prestadores de serviço. Nesse sen do, buscando a defi nição do slogan e do masco-te da inicia va, foi feito concurso no sí o do Tribunal; também, instalação de coletores sele vos de lixo (Fórum Cível como piloto), capacitação dos prestadores de serviço de limpeza e cons ervação e evento ins tucio-nal de lançamento. No que tange a gestão esta s ca de dados relacionados a presta-ção jurisdicional do Tribunal, após validação da Presidência, relatórios periódicos passa-ram as ser subme dos pelas diretorias para consolidação na Diretoria de Gestão Estra-tégica com posterior envio para acompa-nhamento da Presidência. Outro aspecto relevante diz respeito à melhoria no trata-mento dos dados relacionados à produ -vidade dos magistrados, especifi camente, às produ vidades mensais, referentes ao úl mo trimestre de 2012 e primeiro tri-mestre de 2013.

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Infoseg

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A rede conta também com dados do Sigma – Sistema de Gerenciamento Militar de Armas, do Exército; do Sinarm – Sis-tema Nacional de Armas, da Polícia Federal e o Sinic – Sistema

Nacional de Informações Criminais, ambos da Polícia Fede-ral. Estão em estudos e negociações com outros sistemas para comporem a grande Rede Infoseg.

Dessa forma, a Rede disponibiliza, através da In-ternet, um índice onde em que é possível acessar infor-mações básicas de indivíduos. Com base nesse índice, o usuário pode detalhar informações sobre o investiga-do, acessando, as bases estaduais e federais de origem, mantendo assim a autonomia e gerenciamento dos Es-tados e dos órgãos federais em relação às informações detalhadas, como processos, inquéritos, mandados de prisão, dados sobre armas, veículos e condutores.

Como a Infoseg não possui gerência sobre os bancos de dados que disponibiliza, seu índice nacional

é alimentado por uma solução de atualização real time ou por processamento em lote em que, à medida que os

dados sejam alterados pelo sistema de origem, imedia-tamentese refl ete na consulta on-line, facilitando o

trabalho dos profi ssionais de segurança pública, justiça e fi scalização em todo o País.

TJPB oferece mais de 100 mil informações sobre pessoas

124.668Informações de pessoas estão disponíveis, o que corres-ponde a um aumento de 40% no volume de dados para consulta em relação à atualização feita em 2010.

O Tribunal de Justiça da Paraíba fi nalizou o processo de atualização de dados da rede Infoseg, passando a ofere-cer 124.668 informações de pessoas, o que correspon-

de a um aumento de 40% no volume de dados disponíveis para consulta em relação à atualização anterior, feita em 2010. Agora, a Paraíba junta-se a mais de vinte e quatro Estados e o Distrito Federal com dados atualizados em abril de 2013.

De acordo com o juiz auxiliar da Presidência do TJPB, Antônio Silveira Neto, a Rede Infoseg integra os bancos de da-dos das secretarias de segurança pública de todos os Estados e Distrito Federal, incluindo termos dos tribunais brasileiros e mandados de prisão; o sistema de controle de processos do Superior Tribunal de Justiça; o sistema de CPF e CNPJ da Re-ceita Federal; o Renach – Registro Nacional de Carteira de Habilitação e Renavam – Registro Nacional de Veículos Auto-motores, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

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Todas as comarcas do Estado já utilizam o Controle de Prisões e Mandados (CPM), ferramenta inte-grada ao Banco Nacional de Manda-dos de Prisão (BNPM). Quando um juiz criminal expede um mandado de prisão, esse documento é enviado para um banco nacional, em que to-dos os órgãos de segurança têm a in-formação sobre foragidos da Justiça.

O Provimento nº 05/2013 da Corregedoria Geral de Justiça do Poder Judiciário da Paraíba regu-lamentou a matéria, com base na Resolução nº 137/11, do Conselho Nacional de Justiça.

“O Poder Judiciário estadual começou a utilizar o novo sistema na comarca de Itabaiana, ainda em

fase piloto, mas o novo sistema foi disponibilizado para todas as co-marcas. Outros tribunais que já enviavam os dados de mandados de prisão ao Banco Nacional re-gistraram uma maior efi ciência no número de capturas. Certamente, também teremos essa melhora”, es-tima o juiz-corregedor auxiliar Me-ales Medeiros de Melo.

Os interessados na busca de algum mandado de prisão para cumprir, basta acessar o atalho www.cnj.jus.br/bnmp, no menu mandado/pesquisar.

Outra vantagem, apontada pelo magistrado, é a existência de uma data de validade para cada mandado expedido, tornando des-

necessária a renovação periódica do mandado de prisão. A integração ao BNMP elimina a necessidade de re-messa de várias cópias do mandado expedido aos diversos órgãos de se-gurança.

“Quando o juiz envia o man-dado de prisão para esse banco de dados público, com cada manda-do contendo seu prazo de validade correspondente ao prazo de pres-crição, em abstrato ou em concreto, não é mais preciso fi car renovan-do o mesmo mandado de prisão e reenviando para vários órgãos de segurança, semestralmente, como normalmente ocorria, o que poupa tempo dos servidores e recursos da justiça”, explicou Meales Medeiros.

CONSENSO - MAIO DE 201317

Banco Nacional de

Comarcas do Estado já estão integradas ao serviço que vai contribuir para o aumento do número de captura

de foragidos da Justiça

Mandados de Prisão

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CONSENSO - MAIO DE 201318

CNJ revela que TJPB elevou taxa de eficiência em quase 100%

no período de 2009 a 2011Dados do relatório “Justiça em

Números 2012” do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelam que o Tribu-nal de Justiça da Paraíba elevou a taxa de eficiência de 44% para 86% entre 2009 e 2011, o que corresponde a uma alta quase 100%, dobrando seu desem-penho nesse período. Ainda conforme o relatório, a quantidade de processos arquivados com solução definitiva au-menta constantemente, apresentando em 2011 o menor índice de congestio-namento.

A eficiência é analisada pelo

CNJ, considerando parâmetros como orçamento, estrutura e recursos hu-manos, número de sentenças por ma-gistrados e total de processos baixados (solucionados).

De acordo com o juiz-auxiliar da Presidência, Antônio Silveira Neto, es-ses números de produtividade tendem a aumentar, diante das diversas medi-das adotadas pela presidente do TJPB, desembargadora Fátima Bezerra Ca-valcanti, a exemplo do projeto “Justiça em Dia”, que é desenvolvido através de um esforço concentrado, para sen-

tenciar os processos em tramitação no Poder Judiciário.

O magistrado acredita que o nú-mero de processos novos , segundo as estatísticas do próprio TJPB e do CNJ, tem aumentado ao longo dos anos. “Em face disso, a atual gestão lançou o projeto Justiça em Dia, que tem como objetivo desenvolver ações de apoio aos juízes no que diz respeito ao julgamen-to de processos em atraso, para trazer mais celeridade e efi ciência àquelas unidades que estão em difi culdade com o acúmulo de trabalho”, explicou.

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CONSENSO - MAIO DE 201319

O “Justiça em Dia” iniciou com um esforço concentrado nas Varas da Execução Penal de todo o Esta-do, para verifi car o cumprimento da pena dos presos e o direito à progres-são de regime ou algum benefício de readequação de suas penas.

A segunda inciativa do Proje-to está sendo a realização do Mu-tirão do Júri, em parceria com o CNJ, o Governo do Estado, a OAB, a Defensoria Pública e o Ministério Público, com vistas a combater a criminalidade.

Na Comarca de Campina, o “Justiça em Dia” vem atuando nas Varas Cíveis. “Constatou-se que houve um acúmulo de processos nessas Varas. Então, existem cin-co juízes a mais, trabalhando junto com oito assessores, de modo a pro-duzir sentenças e decisões, a fi m de fazer com que processos em atraso sejam resolvidos e a gente tenha mais celeridade e uma prestação de serviço ao cidadão com mais quali-dade”, fi nalizou Silveira.

O Processo Judicial Eletrôni-co (PJe) deverá entrar em execução em todas as Varas e Juizados da re-gião metropolitana de João Pessoa e da Comarca de Campina Grande, em um prazo de dois anos. As diretrizes para atingir essa meta começaram a ser traçadas pelo Comitê de Magis-trados para Tecnologia de Informática (CMTI), que tem se reunido com os integrantes da Diretoria de Tecnolo-gia da Informação (Ditec) do Tribunal de Justiça da Paraíba.

O diretor de Tecnologia da Infor-mação do TJPB, Ney Robson, informa que, na Paraíba o PJe está em funcio-namento nas Comarcas de Cabedelo (2ª, 3ª e 4ª Varas e Juizado Especial), Bayeux (2ª, 3ª e 4ª Varas e Juizado Es-pecial), Santa Rita (2ª, 3ª e 5ª Varas e Juizado Especial), Itabaiana (1ª e 2ª Va-ras) e em João Pessoa, no 1º Juizado

Regional de Mangabeira.O juiz Euler Paulo de Moura

Jansen, membro do Comitê, explicou que o PJe é um programa aplicativo elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça, que vem substituindo o pro-cesso judicial tradicional, em papel. A proposta do PJe é reduzir o tempo para se chegar à decisão judicial.

“Nós estamos expandindo o PJe e criamos essa equipe com dedica-ção exclusiva para a implementação do sistema em todas as unidades ju-diciais de Campina Grande e da re-gião metropolitana de João Pessoa”, acrescentou.

O CMTI e a DTI traçaram linhas de comunicação com o Conselho Na-cional de Justiça para a atualização da Versão do PJe e para iniciar estudos de viabilidade de desenvolvimento de uma versão mais moderna do Siscom.

Tecnologia da Informação do TJPB trabalha na expansão do Processo Judicial Eletrônico

ANTÔNIO SILVEIRA NETOOs números da produtividade tendem a crescer diante das medidas adotadas pelo TJPB.

Esforço concentrado

nas varas de execução

Veja mais ações de apoio aos juízes do projeto JUSTIÇA EM DIA na página 20

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CONSENSO - MAIO DE 201320

Projeto promove mutirões nos Tribunaisdo Júri, nas Varas de Execução Penale Varas Cíveis de Campina Grande

análise de mais de seis mil processos nas Varas de Exe-cução Penal nas oito maiores comarcas do Estado; a conclusão de duas mil instruções processuais nos Tri-bunais do Júri da Capital, Bayeux e Santa Rita; além da emissão mensal de trezentos e trinta sentenças na 1ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª Varas Cíveis da Comarca de Cam-pina Grande, sob esforço concentrado. Essas são algu-mas das metas a serem atingidas pelo projeto “Justiça em Dia”, que foi colocado em prática logo nos pri-meiros dias de fevereiro, após a posse da atual mesa diretora do Tribunal de Justiça da Paraíba.

accb

A

O “Justiça em Dia” dá um importante passo para a celeri-dade processual e uma melhor prestação jurisdicional. Para viabilizar essa meta, a desem-bargadora-presidente Fátima Bezerra Cavalcanti estabeleceu o Grupo de Esforço Concentra-do, que teve a primeira atuação nas Varas de Execução Penal de oito comarcas, com o pro-pósito de garantir o direito de apenados e, ao mesmo tempo, melhorar o sistema carcerário.

Foram concedidos, du-rante o mutirão, benefícios do

regime fechado para o semia-berto, do semiaberto para o aberto, livramento condicio-nal, indultos, comutação de pena e remissão de pena.

De acordo com os dados estatísticos da implementação, no período de 18 de fevereiro de 2013 a 24 de abril, foram analisados 4.784 processos, com a distribuição de 251 e o arquivamento de 263, além de 3.943 despachos, 841 decisões proferidas (benefícios conce-didos) e 185 audiências reali-zadas.

Esses processos analisados estão distribuídos da seguinte maneira: Vara de Execução Pe-nal de João Pessoa, 3.012 pro-cessos; Campina Grande, 715; Santa Rita, 59, Guarabira, 173; Patos, 408; Catolé do Rocha, 31; Sousa, 314; Cajazeiras, 72.

O esforço teve um diferen-cial porque essas unidades ju-diciárias trabalham com o pro-cesso eletrônico, o e-Jus VEP, que dispensa o uso de papel na tramitação. Isso possibilitou que o trabalho fosse totalmen-te concentrado em João Pessoa.

CAPA

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CONSENSO - MAIO DE 201321

A assinatura de um termo de cooperação téc-nica entre o corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, a presidente do TJPB e o Governo do Estado formalizou a realização de um mutirão com o objetivo de dar celeridade à tramitação dos procedimentos referentes aos crimes de competência dos tribunais do júri.

O trabalho vem sendo desempenhado pelos Tribunais do Júri da Região Metropolitana da Ca-pital (João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita e Bayeux) e Campina Grande, com a parceria do Ministério Público, Secretarias de Segurança Pública e Defesa Social e Administração Penitenciária, Defensoria Pública e OAB-PB. Pelo Tribunal de Justiça, foram designados 11 ofi ciais de justiça, afora os que co-brem os Tribunais do Júri, e 10 servidores. Foram comprados 2 aparelhos eletrônicos, para a gravação de áudios e vídeos das audiências.

Ao preparar o “Mutirão do Tribunal do Júri”, os magistrados, envolvidos no esforço concentrado, con-cluíram que não havia acúmulo de processos para for-mação de pauta, para a realização de júris populares, mas verifi caram haver 2.029 processos aguardando a conclusão dos inquéritos pela Polícia Civil e o ofereci-mento da denúncia do Ministério Público. Com isso, fi cou estabelecido que os meses de abril, maio e junho de 2013 seriam para a realização das audiências de instrução e julgamento dos processos judiciais já em tramitação nas unidades judiciárias.

Assim, o 1º Tribunal do Júri da Comarca da Ca-pital realizou no mês de abril 62 audiências de instru-ção e tem outras 79 programadas para maio. Mais 24 foram agendadas para o mês de junho. Já o 2º Tribu-nal do Júri realizou 77 audiências em abril e tem pro-gramadas 31 para maio e 41 para junho. Em Bayeux foram realizadas 6 audiências, e, em Cabedelo, 9.

Mutirão do Tribunal do Júri

APOIO DO CNJAssinatura de um termo de cooperação técnica entre o corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, a presidente do TJPB, Fátima Bezerra, e o governador do Estado, Ricardo Coutinho, formalizou a realização do muti-rão nos tribunais do júri.

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CONSENSO - MAIO DE 201322

CAPA

CARLOS NEVESJuiz-coordenador do esforço na Execução Penal destacou o salto quantitativo de sentenças.

JOSÉ AURÉLIODesembargador coordena mutirão do júri e informa celeridade nas instruções processuais.

CRIADO FÓRUM DO SISTEMA CARCERÁRIOCom a participação do ouvidor Fred Cou-tinho, o juiz Carlos Neves constituiu um fó-rum formado por representantes da OAB, MP, UFPB, Pastoral Carcerária, Secretaria da Administração Penitenciária, Defensoria Pública, ONGs e outras instituições públicas para buscar ações conjuntas que resultem em solução para os problemas enfrentados por presidiários. A proposta é de se criar agenda positiva das ações. Na primeira reu-niu foi discutido acesso de membros da Pas-toral Carcerária aos presídios.

CASO FÁTIMA LOPESO juiz Marcial Henrique Ferraz presidiu o júri popular que condenou o réu Eduardo Paredes por morte no trânsito.

CASO RAIMUNDO ASFORAPresidido pelo juiz Alberto Quaresma, o júri popular ocorreu na comarca de Campina Grande e resultou na absolvição dos réus.

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Tendo em vista o acúmulo de pro-cessos na 1ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª Varas Cíveis da Comarca de Campina Grande, a Presi-dência do Tribunal de Justiça decretou re-gime de jurisdição conjunta nessas unida-des judiciárias, no período de 25 de março a 23 de junho de 2013. A resolução foi aprovada pelo Conselho da Magistratura.

Do dia 25 de março, quando teve início o esforço concentrado, ao dia 25 de abril, os magistrados analisaram 403 processos, sendo proferidas 312 senten-

ças e 91 despachos e decisões.O juiz-coordenador do esforço,

Leonardo Sousa de Paiva Oliveira, des-tacou o salto quantitativo de sentenças, quando comparados os números de abril de 2012, cujo total foi 355, aos de abril de 2013, que totalizaram 997 sentenças, um crescimento de mais de 280%. “Isso mostra que, além do esforço concentra-do, a produção dos juízes titulares das unidades judiciárias também foi bastante expressiva”, afi rmou.

Além de atender às metas priori-tárias defi nidas pelo Conselho Nacional de Justiça, o Tribunal de Justiça pretende, com o projeto “Justiça em Dia”, reduzir o tempo médio para duração de processos, garantindo o efetivo direito das partes em tempo razoável.

A meta estabelecida é atingir a emissão mensal de 70 sentenças para cada unidade judicial sob o esforço concentrado, totalizando 335 sentenças mensais.

CONSELHO DA MAGISTRATURAResolução aprovada no dia 18 de maio de 2013, pelo Conselho da Magistratura, decreta regime de jurisdição conjunta na 1ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª varas cíveis da comarca de Campina Grande.

Esforço concentrado nas Varas Cíveis

CAPA

CONSENSO - MAIO DE 2013 23

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NÚCLEO DE CONCILIAÇÃODesembargadora Maria das Graças e os juízes Fábio Leandro e Bruno Azevedo dialogam com representantes de universidades que apoiam os centros de conciliação.

Uma nova ideologia para a Justiça do futuro

CONCILIAÇÃO e MEDIAÇÃO>>>>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Ações que incentivam a concilia-ção e a promoção da cultura da paz, de forma a recuperar a crença da população em uma Justiça célere, que age em prol da sociedade. É com esse conceito que o projeto “Justiça do Futuro – Conciliação e Mediação” vem sendo implementado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, atra-vés do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Soluções de Confl itos.

O Núcleo programou uma série de atividades a serem realizadas já neste ano, especialmente mutirões de conci-liação, envolvendo processos referentes à Unimed, ao DPVat, aos bancos Bra-desco e Itaú, a Tim e à implantação do Programa Pró-endividados (que busca a resolução amigável de consumidores em situação de endividamento junto aos credores).

O Pró-endividados já é adotado com sucesso pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco e vem resgatando a digni-dade social das pessoas que estão extre-mamente endividadas, regularizando seus cadastros do Serasa e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

A desembargadora Maria das Gra-ças Morais Guedes, diretora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Soluções de Confl itos, explicou que a intenção do programa é apoiar as pes-soas com dívidas, resgatando o seu equi-líbrio fi nanceiro, como forma de evitar

a geração de novos processos na Justiça. “Cerca de 90 milhões de proces-

sos tramitam hoje no Poder Judiciário. O Núcleo de Conciliação pretende se-dimentar a cultura da paz, de forma a evitar a judicialização de outros casos, utilizando a mediação, a conciliação”, informou. A mesma acrescentou que o trabalho contará com a participação

de estudantes dos cursos de direito. “A atuação conjunta com os estudantes de direito é para preparar os operadores do amanhã com a ideologia da mediação”, ressaltou.

Ao lado da desembargadora atuam também os diretores-adjuntos, juízes Carlos Sarmento, Bruno Izidro de Aze-vedo e Fábio Leandro de Alencar.

CONSENSO - MAIO DE 2013 24

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Minucioso trabalho põe fim a processo de inventário que se arrastava há vinte e cinco anos na Justiça da Paraíba

Atuação dos advogados foi decisiva para se chegar a um acordo

UM CASO DE CONCILIAÇÃO

A construção do termo da conciliação, que pôs fi m ao processo que se arrastava, teve a colaboração dos advogados das partes, que procuraram se reunir entre si e apaziguar os ânimos de seus clientes, fato que gerou satisfação para todos os envolvidos no litígio e segurança jurídica em torno das transa-ções comerciais e negócios de compra e venda dos imóveis da primeira partilha.

Na opinião do juiz, a participação dos advogados foi muito importante, para o desfecho positivo. “Eles vinham fazendo um trabalho de bastidores, conversando entre si, conversando com as partes, construindo todo esse acordo, que não foi fácil porque havia interesses de 7 herdeiros. Cada um com suas posições, pois muitos já tinham tudo consolidado. Alguns herdeiros já tinham recebido bens que já estavam em poder de terceiros”, revelou.

Daniel Sabadele Aranha, advogado de uma das partes, afi r-ma que a situação era muito complexa, pois além dos interesses coletivos de dois grupos, um de herdeiros antigos e outro de her-deiros novos, existiam os interesses individuais de cada herdeiro.

“A conciliação não envolveu só 2 partes, mas 7. A maior vitória foi a pacificação de todos esses litígios do inventário, bem como a segurança jurídica que gerou em torno de todas as transações comerciais e negócios de compra e venda”, de-

clarou Daniel Sabadele. Já o advogado José Marcelo Dias, que representava Eudes

Arruda – fi lho do herdeiro Pedro Tomé de Arruda – , obteve a sa-tisfação de seu cliente, que evitou mais 20 anos de luta na Justiça. “Eles não iam mais usufruir de nada. Os terceiros, de boa fé, que compraram os bens iriam, com certeza, entrar na Justiça com ape-lação e esse processo ira demorar pelo menos mais vinte anos”, afi rmou José Marcelo.

Para o advogado Wilson Paulo Magalhães, que representou o três últimos herdeiros, a conciliação tem que vir de mãos da-das com a satisfação. Na sua opinião, o juiz Gustavo Procópio teve “a sabedoria de interromper, na hora que os ânimos estavam mais arrefecidos, e conduzir, depois, para que todos refl etissem”. Depois de um ano de construção, o resultado da conciliação foi satisfatório para todos.

Ele disse, ainda, que a maior dificuldade foi lidar com o emocional das pessoas. “Você tem que trabalhar com esse emocional, para que o litigante se sinta satisfeito, não se sinta prejudicado e compreenda que do outro lado tem uma outra pessoa que também está sofrendo. É muito difícil você ver, no outro, o seu sofrimento. Trabalhar esse sentimento é o mais complexo”, reforçou.

Um minucioso trabalho de conci-liação judicial pôs fi m a um processo de inventário que se arrastava há 25 anos na Justiça da Paraíba, e, ainda, mais 40 outros processos relacionados à lide principal. O processo de inventário envolvia 7 herdeiros, sendo 4 de uma primeira partilha que foi anulada por 3 herdeiros que, após a abertu-ra da sucessão, ingressaram com uma ação de investigação de paternidade, além de 15 terceiros, que compraram bens de boa-fé e vinham convivendo com a insegurança jurí-dica gerada pela querela.

A conciliação durou um ano, tendo, à frente dos trabalhos, o instrutor do Con-selho Nacional de Justiça (CNJ) em Polí-ticas Públicas de Conciliação e Mediação, juiz Gustavo Procópio, que iniciou promo-vendo o diálogo entre as partes, as quais sequer se falavam até fechar as bases gerais do acordo, na última sessão de conciliação, em janeiro de 2013.

A partilha já havia sido feita benefi -ciando os primeiros 4 herdeiros, alguns de-

les com mais de 70 anos de idade. Muitos dos bens foram vendidos a terceiros de boa fé. Mas um grupo composto por 3 novos herdeiros decidiu lutar, na Justiça, pela anu-lação da primeira partilha e pela realização de uma segunda, assegurando-lhes o direito. Para esse segundo grupo, o valor estimado era de mais de 3 milhões de reais.

“As partes estavam sofrendo uma angústia de ter um inventário inconcluso, um confl ito sem fi m, que já perdurava 25 anos, com constantes embates, incertezas e inseguranças jurídicas. Era como se o luto daquele ente querido que faleceu, permane-cesse por 25 anos”, observa o magistrado.

Gustavo Procópio conta que a me-diação teve início em janeiro de 2012. Uma situação complexa, mas que foi construída pelas partes, à base do consenso, avançando a cada sessão conjunta e privada, realizada com os herdeiros. “A pergunta que eu fi z, no primeiro momento, aos herdeiros, foi se eles queriam buscar a conciliação. A res-posta foi afi rmativa. No entanto, eles perce-

beram que tinham difi culdades de diálogo.Na primeira audiência mal se olhavam”, re-latou o magistrado.

Ao longo de um ano, foram realizadas várias sessões de conciliação. Ele relata que não queria impor o resultado, mas encon-trar um consenso. “O resultado fi nal foi um acordo, com a satisfação de todos os envol-vidos”, observou.

Para o juiz, a sociedade está des-pertando para a prática da conciliação, e o Tribunal de Justiça da Paraíba, através dos próprios magistrados, tem levado, para as audiências, o incentivo para que as partes busquem o entendimento. O TJ, inclusive, conta com o Núcleo Permanente de Mé-todos Consensuais de Soluções de Confl i-tos e vários Centros de Conciliação. Além disso, o Judiciário paraibano vem traba-lhando em harmonia com o CNJ, na im-plementação da política judiciária nacional de tratamento adequado dos confl itos de interesses, em conformidade com a Reso-lução nº 125 do CNJ.

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Centros de Conciliação

Mais de cinco mil processos serão postos em julgamento

Mutirão DPVAT

NÚCLEO DE CONCILIAÇÃORepresentante da Líder Seguradora em reunião para defi nição do mutirão do DPVAT.

Mais de cinco mil processos, referentes ao pagamento do seguro DPVAT, em tramitação nas comarcas da região metro-politana de João Pessoa, serão postos em julgamento, através de mutirão a ser realizado pelo Núcleo Permanente de Media-ção e Conciliação do Tribunal de Justiça da Paraíba, no perío-do de 10 a 14 de junho.

O DPVAT é um seguro pago por proprietários de veículos automotores. Os recursos, relativos ao DPVAT, servem como um meio de indenização para vítimas de acidentes automobi-lísticos. Seja por deformidades permanentes ou por mortes, o seguro indeniza os familiares da vítima.

Os detalhes do mutirão foram defi nidos pelos membros do Núcleo de Conciliação e representantes da Seguradora Líder –

DPVAT, que comanda o “pool” de seguradoras responsáveis pelo pagamento direto de todos os benefícios.

A estrutura, para a realização do “Mutirão DPVAT”, deve abranger mais de cento e vinte pessoas, sendo cerca de sessenta conciliadores, além do pessoal de apoio e dos advogados.

A proposta do Núcleo de Conciliação é interiorizar os mutirões, que devem acontecer em Patos, na região do Sertão, no período de 12 a 16 de agosto, e, depois, um segundo, em outra região do Estado, de 23 a 27 de setembro. A defi nição dessa outra região vai depender de estudos para averiguar onde existe um passivo maior das ações do seguro DPVAT. No segundo semestre do ano, o mutirão será realizado em Campina Grande.

Dentro da política de reforçar as formas extrajudiciais, como concilia-ção, mediação e negociação, na solução de confl itos, o Tribunal de Justiça fi rmou uma parceria com instituições de ensino superior, para a instalação de Centros de Conciliação e Mediação nas Comarcas de Bayeux, Patos, Sou-sa e Cajazeiras.

A parceria foi fi rmada com a Universidade Federal de Campina Gran-de (UFCG), parceira em Sousa; a Maurício de Nassau, instituição que vai trabalhar com o TJ em Bayeux; as Faculdades Integradas de Patos (FIP); a Faculdade de Filosofi a, Ciências e Letras de Cajazeiras (Fafi c).

Já existem centros de conciliação em Cabedelo, em parceria com o Iesp; no Fórum de Mangabeira (Fesp e UFPB); Fórum Cível da Capital (Iesp); co-marca de Guarabira (UEPB); e Campina Grande (Facisa).

MEDIAÇÃO DE 2º GRAUAcordo em processo sobre compra de veículo. A conciliação envolveu casos no âmbito do tribunal.

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Vista como caminho a ser segui-do pelos futuros operadores do direito, a solução dos confl itos judiciais, por meio da conciliação e da mediação, é uma ideologia que vem sendo trabalha-da pelo Judiciário paraibano. Um meio encontrado, para preparar, desde já es-ses novos operadores, é o projeto “Cur-so de Direito Amigo da Conciliação”, que tem, por meta, sensibilizar as 17 universidades de direito existentes no Estado, para instalarem, em sua grade curricular, o estudo e a análise das for-mas extrajudiciais para solução de con-fl itos, criando e implantando disciplina voltada para esse tema.

O projeto foi elaborado pela presidente do TJPB, desembargadora Fátima Bezerra, com o apoio do juiz Bruno Azevedo, diretor-adjunto do Núcleo de Conciliação do Tribunal. “Analisando os desafios que afligem o sistema de Justiça em nosso país, temos, como principais males de seu acesso, a morosidade, o formalismo e o alto custo. Tais deficiências são mais sentidas, face a demanda da popula-ção interessada e ansiosa em resolver os seus problemas. Afinal, são quase 90 milhões de processos tramitando na única porta de acesso à Justiça co-nhecida da sociedade: o Poder Judici-ário”, ressaltou a presidente.

O juiz Bruno Azevedo informou que esse projeto é pioneiro em todo o país: “A ideia básica é envolver a comu-nidade acadêmica nessa mudança de ideologia, para tornar, de conhecimen-to do povo, a cultura da paz através da conciliação, mediação, negociação e, até mesmo, a arbitragem, fazendo com que as práticas extrajudiciais sejam do conhecimento de todos. Os estudantes de direito são os atores jurídicos do amanhã, por isso, a participação deles nesse processo é fundamental”.

Disciplina voltada para a conciliação

A conciliação e a mediação são semelhantes, sendo, muitas vezes, confundidas em sua aplicação. A diferença entre os termos, porém, é que o mediador atua, prioritariamente, no diálogo entre as partes autoras, para que ambas cheguem as suas próprias soluções. Já na conciliação, um terceiro imparcial (conciliador) busca, em conjunto com as partes, chegar voluntariamente a um acordo.

Fique por dentroConciliação e Mediação

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No período de 27 a 31 de maio o Núcleo de Conciliação fará um esforço concentrado – denominado Mutirão de Saúde da Unimed – com o objetivo de buscar a conciliação dos confl itos nos processos em que a Unimed é parte como autora ou ré. O Mutirão vai acontecer no Fórum Cível Desembargador Mário Mo-acyr Porto, na Capital, e será esten-dido, posteriormente, às comarcas da grande João Pessoa e de Campina Grande.

Deverão ser colocados, para julgamento, em torno de 800 pro-cessos, que estão em tramitação nas Varas Cíveis da Comarca da Capital, na maioria relacionados à negativa de precedimentos médicos.

Durante o mutirão será mon-tada uma tabela com os horários de trabalho dos peritos, que irão par-ticipar do mutirão e a identifi cação das ações que tenham idosos como parte.

Mutirão de saúde

Bradesco e TIM No período de 13 a 17 de maio também foi realizado um es-

forço concentrado no Centro de Conciliação e Mediação, no hall do Fórum Cível da Capital, que obteve sucesso em vários processos que tramitam no Judiciário envolvendo o banco Bradesco.

Foram realizadas 17 audiências e fi rmados 12 acordos, o que corresponde a 70,6% de índice de resolução de confl itos. O valor total das conciliações chegou a R$ 713,6 mil.

Ainda em maio ocorreu o “Mutirão da TIM”, com 200 feitos em pauta, para se buscar a conciliação, com a resolução dos litígios que envolvem a empresa de telefonia e os usuários do serviço. O esforço concentrado também aconteceu no Centro de Conciliação e Mediação de João Pessoa, no Fórum Cível Desembargador Mário Moacyr Porto.

O núcleo funciona em parceria com o Instituto de Educação Superior da Paraíba (Iesp), e os mutirões contam com a participa-ção dos alunos do curso de Direito da instituição, que atuam como conciliadores, sob a supervisão dos magistrados.

CONCILIAÇÃO NA ÁREA DE SAÚDEEncontro defi niu a realização de mutirão para solução de casos envolvendo a Unimed. O encontro teve a participação dos membros do Núcleo de Conciliação, do Setor Médico do TJPB, do Comitê Estadual de Saúde e da empresa Unimed.

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A Justiça decidiu bater à porta do ci-dadão e promover debates com a comuni-dade, como forma de estreitar os laços entre o Poder Judiciário e a sociedade. A ação faz parte do projeto “Conhecendo o Judiciário”, que teve o piloto lançado na comarca de Pa-tos, onde estudantes de escolas da rede par-ticular e pública de ensino puderam assistir a uma audiência e tirar dúvidas sobre o fun-cionamento da Justiça.

Coordenado pelo desembargador Leandro dos Santos, o projeto já foi levado para mais de 300 alunos do ensino médio e universitário, identifi cando os principais questionamentos com relação ao funciona-

mento do Judiciário. O lançamento ofi cial do projeto acontecerá neste mês de maio, quando o coordenador deverá apresentar um calendário de palestras para este ano.

Os alunos, em Patos, puderam assistir à realização de uma audiência, em um processo criminal, envolvendo porte de arma, em que presenciaram os interrogatórios feitos às teste-munhas e ao réu. Também entenderam a par-ticipação de cada ente da Justiça na condução do feito, entre eles, advogados, representante do Ministério Público, juiz e servidores.

Usando uma linguagem simplifi cada, o projeto busca esclarecer os caminhos para se entrar com uma ação na Justiça, o trâmite

do processo, os desdobramentos, o papel do Judiciário na sociedade e os principais equí-vocos em relação ao assunto.

Com uma participação expressiva, os participantes aproveitam para indagar so-bre coleta de provas. Júri popular, processos preferenciais, mecanismos para mudar as leis, impunidade em relação a processos de corrupção, número de recursos possíveis, entre outros assuntos.

A cidadania é um dos focos do pro-jeto, e para um maior esclarecimento, car-tilhas são distribuídas e é exibido um vídeo institucional com informações básicas, mos-trando como funciona o Judiciário.

Conhecendo o JudiciárioProjeto estreita elo entre a Justiça e a sociedade

EM PATOSAlunos de escolas públicas e privadas visitaram a comarca de Patos e assistiram a uma audiência.

EM JOÃO PESSOAUniversitários conheceram o funcionamento do Pleno, orientados pelo desembargador Leandro dos Santos.

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ADESÃO AO COMITÊSolenidade aconteceu no Salão Nobre do Tribunal de Justiça da Paraíba.

O Poder Judiciário da Paraíba está fazendo parte do Comitê Inte-grado de Segurança Pública e Justiça Criminal, ao lado do Poder Executivo, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado. A adesão aconte-ceu durante reunião realizada no Sa-lão Nobre do Tribunal de Justiça, no início do mês de abril, e tem, como propósito, a contribuição do órgão na discussão de ações estratégicas, para reduzir os índices de criminalidade no Estado, especialmente com relação aos crimes dolosos contra a vida.

A presidente do TJPB, desem-bargadora Fátima Bezerra Cavalcan-ti, explicou que, ao integrar Comitê, o Poder Judiciário pretende dialogar com o Executivo e auxiliar com pro-

postas para o combate à violência. Ao comentar a adesão, o governador Ricardo Coutinho disse que “a incor-poração do Judiciário vai garantir a agilidade nos processos, a troca de ideias e a cobertura de cada área in-tegrada de segurança pública dentro do Estado”.

ATUAÇÃOO Comitê trata de assuntos re-

lativos aos diversos tipos de crimina-lidade, a redução de crimes violentos contra a vida (homicídios), à quali-fi cação dos inquéritos, agilidade do MP no oferecimento da denúncia, com o propósito de que o sistema de justiça criminal possa alcançar efi cá-cia e efi ciência.

TJPB adere ao Comitê Integrado de Segurança Pública

Foi a REDUÇÃO no índice de homicídios no 1º trimestre de 2013, em comparação ao ano passado. Enquanto em 2012 foram 446 casos, no ano em curso foram registrados 418 homicídios.

FONTE: Comitê Integrado de Segurança Pública e Justiça Criminal

6,3%

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Um plano estratégico de segurança foi implementado em todas as dependências do Fórum Criminal Ministro Osvaldo Trigueiro de Albuquerque Melo, na Capital, para garantir salvaguarda aos juízes, operadores do direito e servidores, além das dezenas de pessoas que diariamente aportam naquela unidade judici-ária. A medida faz parte das ações propostas pela Comissão de Segurança do Poder Judici-ário para os primeiros 100 dias de administra-ção e deverá atingir os principais fóruns.

A Comissão de Segurança é responsável pelos planos de proteção de integridade física dos juízes e dar garantia de liberdade de atu-ação dos magistrados na hora de prolatar as sentenças.

A Comissão é presidida pelo desembar-

gador Joás de Brito Pereira Filho. Segundo ele, magistrados paraibanos têm recebido ameaça de morte e a Comissão vem tomando todas as providências no sentido de protegê-los.

A implantação do sistema de segurança de-verá atingir os principais fóruns do Estado, com rigorosa fi scalização nas entradas das unidades judiciárias, inclusive com detectores de metais.

O trabalho será em parceria com a Se-cretaria da Segurança e da Defesa Social e a Polícia Militar. Também fazem parte da Co-missão os desembargadores Carlos Martins Beltrão Filho e João Benedito da Silva, o pre-sidente da Associação dos Magistrados da Pa-raíba (AMPB), Franca e Horácio Ferreira de Melo e os juízes Ricardo Vital de Almeida e Carlos Neves da Franca.

REUNIÃO COM O SECRETÁRIO DE SEGURANÇAIntegrantes da Comissão de Segurança do Judiciário discute proteção a magistrados.

Plano de segurança garante proteção a magistrados

A Comissão de Segurança é

responsável pelos planos de proteção

de integridade física dos juízes paraibanos e

pela garantir de liberdade de atuação

dos magistrados.

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Campanha busca protegerjuventude contra o álcool

O Tribunal de Justiça da Paraíba lançou, no dia 13, a campanha “Lei Seca Jovem”, para proteger crianças e adolescentes contra o consumo de álcool, atendendo aos artigos 70 e 149 do Estatuto da Criança e do Adolescente. “Tenho ouvido o choro de muitas mães que sofrem ao verem seus fi lhos vitimados por conta do uso de álcool. Essa droga tem destruído muitos lares e interrompido a vida de muitos jovens”, disse a presidente do TJPB, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti.

O lançamento da campanha que chegará a bares e restaurantes ocorreu durante evento no Salão Nobre do Tribunal. Já no dia 15, equipes da Coordenadoria da Infância e da Juventude do TJPB ini-ciou atividades de adesivagem em bares e veículos.

Lei Seca Jovem

JUIZ FABIANO MOURA DE MOURA “A Presidência do TJPB está preocupada com o

crescente número de jovens que passam a beber”

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Para a criação desse projeto, foram considerados os desafi os relacionados ao

enfrentamento de uso de bebidas al-coólicas por crianças e adolescen-

tes. Para os idealizadores, como o juiz Fabiano Moura de Mou-ra, coordenador da Infância e da Juventude do TJPB, faz--se necessário diminuir as estatísticas de dependência, infrações e letalidade relacio-

nados ao álcool. “Isso ocorre através de ações protetivas e,

quando necessário, medidas socioeducativas, reafi rmando o

conceito do Poder Judiciário, voltado para o interesse da sociedade”, explicou

o magistrado.O objetivo do projeto é dar efetivida-

de à Lei nº 9.866/2002, que já foi amplia-da pela Lei nº 12.425/2012. A legislação proíbe a venda, a oferta, o fornecimento, a entrega e a permissão do consumo de bebida alcoólica, ainda que gratuitamen-te, a crianças e adolescentes, em casas de espetáculo, boates, feiras, eventos, super-mercados, lanchonetes e similares.

BENEFÍCIOS

Os benefícios esperados são a re-gularidade das inspeções e a adesão dos parceiros e estabelecimentos comerciais. Também pretende-se traçar o perfi l das infrações e das crianças e dos adolescentes envolvidos, assim como diminuir os autos de infrações e a incidência desse público relacionada ao consumo de álcool.

Compete à Coordenadoria da In-fância e da Juventude, como gestor do projeto, gerenciar a equipe, negociar a carga de trabalho dos recursos envolvi-dos, tratar os desvios de planejamento, agir preventivamente e corretivamente,

gerir defi ciências técnicas e informar à Gerência de Projetos, da Diretoria de Gestão Estratégica do TJPB, o anda-mento do projeto.

CAPACITAÇÃO

No dia 29 de abril, 40 comissários de menores participaram de capacitação para atuar na campanha. O curso teve o objetivo de prepará-los, transformando--os em agentes no cuidado com as crian-ças e adolescentes que bebem ou podem vir a consumir bebidas alcoólicas.

O juiz Fabiano Moura de Moura abriu o curso, ocasião em que ressaltou a preocupação da atual gestão do TJPB com a problemática. “A Presidência do Tribunal está preocupada com o crescen-te número de jovens que passam a beber. Então, estamos formando pessoas que possam ajudar a evitar que crianças e ado-lescente usem álcool”.

FRENTES DE AÇÃO

Os comissários vão atuar em vá-rias frentes. Uma delas é o enfrentamen-to direto, com a presença constante des-ses profi ssionais em bares, restaurantes e boates. Por outro lado, também vai existir um trabalho de prevenção, com a realização de palestras e debates em es-colas e espaços comunitários. Para isso, foi estabelecida uma estratégia e plane-jamento.

“Certamente, esse trabalho terá um alcance social muito grande. O Tri-bunal decidiu se associar às famílias que sofrem, em suas casas com esse pro-blema, que é o consumo de álcool por pessoas tão novas. Nós queremos que a sociedade participe desse processo”, des-tacou Fabiano Moura .

DOENÇAS

Perfil das infrações, das crianças e dos adolescentes

Para aadntóleso

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Além dos sérios problemas sociais e econômicos, causados pelo uso precoce do álcool, os riscos dessa droga no organismo de uma criança ou adolescente são muito graves. Publicações especializadas sobre a saúde dos jovens revelam que a bebida nos jovens pode causar doenças, como hepatite alcoólica, gastrite, síndrome de má absorção, hipertensão arterial, aciden-tes vasculares, cardiopatias (aumento do ventrículo esquerdo com cardiomiopatias), diferentes tipos de câncer (esôfago, boca, garganta, cordas vocais, de mama e intes-tino), pancreatite e polineurite alcoólica (dor, formigamento e cãibras nos membros inferiores). No caso das mulheres, essas manifestações são mais precoces.

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Susten abilidadeTJPB adota diretrizes visando um

ambiente ecologicamente equilibrado

A adoção de políticas públicas, visando à formação e a recuperação de um ambiente foi uma das iniciativas da atual mesa diretora do Tribunal de Justiça da Paraíba. Para isso, foi lançada a campanha “Sustentabilidade: a Justiça abraça essa ideia”, com o propósito de conscientizar os servidores, os magistrados e os operadores do direito sobre a necessidade da coleta seletiva do lixo, para reciclagem, e a utilização de meios alternativos, como a im-plantação de um sistema de energia solar nos prédios do Judiciário e a utilização das águas do subsolo.

A campanha foi lançada no dia 2 maio, no auditório do Fórum Cível da Ca-pital, quando a presidente do TJPB, Fátima Bezerra Cavalcanti, apresentou as novas diretrizes de sustentabilidade adotadas pela instituição. As pessoas presentes pu-deram desfrutar da apresentação da ban-da de percussão da Emlur, o Baticumlata, e foram apresentadas à simpática mascote, “TJeco”.

TJECO A simpática mascote foi apresentada juntamente com as novas diretrizes de sustentabilidade adotadas pelo Tribunal de Justiça da Paraíba.

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Dentre as medidas tomadas pelo Tri-bunal de Justiça para a implementa-ção das políticas públicas, visando

um meio ambiente ecologicamente equili-brado, a Presidência baixou um ato determi-nando à Gerência de Contratação do TJPB, em seus processos de aquisição de bens e ma-teriais de consumo, observar o tripé básico de sustentabilidade: “Ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável”.

Com isso, o Tribunal, a partir deste ano, deverá adquirir papel reciclado e não colora-do, impressoras com tecnologia de impressão frente e verso, lâmpadas fl uorescentes, sem mercúrio, de 32 Watts e reatores de partida rápida, além de adquirir mobiliários ergonô-micos, preservando a saúde e o conforto dos usuários.

A Comissão Permanente de Planeja-mento Ambiental e Sustentabilidade, que co-ordena o projeto, pretende expandir a cam-panha para outras unidades da Justiça, nas diversas comarcas do Estado.Uma vez conso-lidada, a ideia será levada aos municípios, ao governo do Estado e a toda sociedade através de parcerias.

CONSCIENTIZAÇÃOServidores do Tribunal de Justiça recebem capacitação sobre sustentabilidade.

MEDIDAS QUE SERÃO ADOTADAS- Utilização de papel reciclado e não colorado;

- Impressoras com tecnologia de cópia frente e verso;

- Lâmpadas fluorescentes, sem mercúrio, de 32 Watts;

- Reatores de partida rápida;

- Mobiliários ergonômicos, preservando a saúde e o conforto dos usuários.

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Mais de 30 servidores e magistra-dos do Fórum Criminal da Comarca de João Pessoa receberam diversos tra-tamentos que contribuem para preven-ção de doenças relacionadas ao Dort e a LER. A iniciativa é do projeto “Qua-lidade de Vida em Ação”, incluído em um programa mais amplo, denominado “Vida e Saúde”.

O programa, idealizado pela pre-sidente do Tribunal de Justiça da Para-íba, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, é executado pela Gerência de Qualidade de Vida, da Diretoria de Gestão de Pessoas.

O projeto consiste em atender os servidores do Judiciário estadual nos lo-cais de trabalho, com serviços de “Quick Massage”, auriculoterapia, osteopatia, eletropatia, aferição de pressão arterial e verifi cação de glicemia. A primeira unidade atendida foi o Fórum Cível De-sembargador Mario Moacyr Porto, no dia 8 de março.

Conforme a fi sioterapeuta Valéria Beltrão, além dos serviços prestados, a equipe médica multidisciplinar forne-ce orientações sobre postura e consci-ência corporal. “Nós vamos em cada fórum, pois o servidor está muito ex-posto às doenças osteomioarticulares. Queremos levar maior qualidade de vida a esse público, atuar na prevenção dessas doenças e minimizar o “stress” do trabalho”, ressaltou.

Lesões osteomioaticulares são

Projeto atua na prevenção de doenças em servidores e magistrados Vida e

Saúde

aquelas que comprometem os ossos, os músculos e as articulações. Elas ocor-rem devido ao esforço repetitivo ou traumas.

Para o diretor do Fórum Criminal, juiz Geraldo Emílio Porto, isso demons-tra a preocupação da atual gestão com o bem estar dos servidores e dos magis-trados. “Não é só trabalho. A gente tem que se preocupar com a saúde de todos, para melhorar a prestação do serviço à sociedade”, afi rmou.

O projeto será levado às demais comarcas do Estado, conforme solici-

tações, enviadas pelos diretores dos fó-runs à Gerência de Qualidade de Vida, via malote digital. “A partir da demanda, vinda do interior, vamos elaborar um calendário, para cumprir todos os pedi-dos”, esclareceu a fi sioterapeuta Valéria Beltrão, que é a responsável pelo agen-damento.

O programa “Vida e Saúde” evi-denciou, também, o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial, reali-zando aferições de pressão arterial, no dia 26 de abril, no prédio do Tribunal de Justiça da Paraíba.

QUALIDADE DE VIDA EM AÇÃOServidoras recebem orientações para prática de exercícios físicos e massagens.

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Dialogar com as instituições, com os setores público e privado para que efetivamente a “desjudicialização” possa acontecer. Esse é o principal objetivo do Comitê Estadual do Fórum Nacional do Judiciário, com o auxílio da Câmara Téc-nica de Saúde, que vem trabalhando para garantir a efetividade do atendimento do Sistema Único de Saúde aos cidadãos, na Paraíba, com relação ao implemento de políticas públicas de saúde e das decisões judiciais para o fornecimento de medi-camentos, suplementos alimentares, órteses, próteses, exames, internações e procedimentos cirúrgicos.

O Comitê foi instituído pelo Tribunal de Justiça da Para-íba, dando cumprimento à Resolução nº 107/2010 do CNJ, em setembro de 2012, e vem recebendo todo apoio da atual ges-tão administrativa do TJPB. A partir da criação do Comitê, foi instalada a Câmara Técnica de Saúde, órgão responsável para dar pareceres técnico-científi cos que embasam os magistrados na prolatação de sentenças relativas ao fornecimento de medi-camentos, procedimentos cirúrgicos e perícias para atestar a incapacidade.

Desde a sua instalação, a Câmara Técnica de Saúde já deu

236 pareceres. Só neste ano, foram 162, sendo 82 para proces-sos que pediam medicamentos e 80 para procedimentos. Os pareceres técnico-científi cos são emitidos em 48 horas, para os casos de emergência, e 5 dias, para as urgências. Os prazos bus-cam agilizar as decisões judiciais.

A Câmara é composta por dois profi ssionais médicos, quatro farmacêuticos e dois nutricionistas em João Pessoa. Mas o Comitê Estadual do Fórum Nacional do Judiciário já discute a possibilidade de estender a abrangência da Câmara Técnica para os municípios de Campina Grande e Patos, maiores cida-des do interior paraibano, ainda este ano.

“Há uma crise estrutural não só na saúde pública, mas também na chamada saúde suplementar. Nosso objetivo, enquanto Comitê, é buscar meios, dialogar com as insti-tuições, com os setores público e privado, para que efetiva-mente a “desjudicialização” possa acontecer”, afirmou o juiz, coordenador estadual do Fórum Nacional do Judiciário, Marcos Coelho de Salles.

Saúde públicaComitê busca “desjudicialização” da saúde e

efetividade do atendimento do SUS aos cidadãos na PB

REUNIÃO DO COMITÊO comitê vem recebendo todo o apoio da atua gestão administrativa do TJPB.

CONSENSO - MAIO DE 2013 37

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Ações administrativas incluem banco de horas, recadastramento, cartório unificado e mais segurança

JUÍZA AGAMENILDES DANTASDiretora do Fórum Cível da Capital.

JUIZ GERALDO EMÍLIO PORTODiretor do Fórum Criminal da Capital.

Fóruns da Capital

As diretorias dos Fóruns da Capi-tal aumentam cada vez mais o perfi l ad-ministrativo devido ao grande volume de varas judiciárias e, consequentemente, de servidores, magistrados, jurisdicionados e processos. E o campeão é o “Fórum Cível Desembargador Mário Moacyr Porto”, que conta com 67 unidades judiciárias. A juíza Agamenildes Dias Arruda Vieira Dantas, ao assumir a diretoria do Fórum, reuniu juízes, chefes de cartório, setores administrativos e prestadores de serviço. Com essa ação, a magistrada listou 23 itens para garantir me-lhorias imediatas na unidade.

O documento foi enviado à presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desem-bargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, que tomou as providências dentro das possibili-dades fi nanceiras.

A juíza Agamenildes Dantas destacou que todas as providências são compartilha-das por meio de reuniões e em um informa-tivo institucionalizado, o que permite con-

tatos diretos para a construção da prestação jurisdicional. “Entendo que ninguém faz nada sozinho. O lema é este: união para tra-zer solução para os nossos desafi os”.

No dia 1º de maio, a diretora do Fó-rum baixou uma portaria disciplinando o Banco de Horas para os servidores, com referendo da presidência do Tribunal. “O objetivo do projeto é motivar os servidores, com base na atual política do TJPB”, observa a magistrada.

Nesse sentido, o diretor do “Fórum Criminal Ministro Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Mello”, juiz Geraldo Emílio Porto, elaborou 20 pedidos à mesa diretora para atender aos anseios das 22 unidades ju-diciárias que funcionam no prédio. “Apesar do volume intenso de processos administra-tivos na presidência, a desembargadora Fá-tima Bezerra sempre está aberta ao diálogo para encontrar a melhor forma de atender a tantos pleitos”, considerou o magistrado.

Dentre as ações que vem desenvol-

vendo, o juiz Geraldo Porto providenciou a normatização dos seguranças da unidade, oferecendo um treinamento não apenas na defesa do patrimônio do Judiciário, mas também de pessoal. A capacitação abrangeu abordagem ao jurisdicionado, responsabili-dade e compromisso com serviço, postura, uso de fardamento e coletes.

Já o “Fórum Regional Desembargador José Flóscolo da Nóbrega”, em Mangabeira, conta com oito unidades judiciárias. Recém--inaugurado, o Fórum iniciou o atendimen-to ao público com inovações, como a Secre-taria Unifi cada (Cartório Unifi cado) e com a missão de ser a unidade-modelo, o que exigiu tempo para melhoria na organização dos setores.

Conforme o diretor do Fórum, juiz Manoel Gonçalves de Abrantes, “a desem-bargadora sempre solicita empenho e com-preensão da nossa parte, mas não mede esforços para encontrar soluções para os nossos problemas”.

JUIZ MANOEL ABRANTES Diretor do Fórum Regional de Mangabeira.

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Fórum Cível

Dentre às solicitações atendidas estão: treinamen-to da segurança em primeiros socorros; recadastramen-to dos servidores; projeto para melhor acomodação das lanchonetes; adoção do Malote Digital para os setores administrativos; organização do plantão judiciário; esfor-ço concentrado na distribuição para atualizar e remeter processos para a Vara de Sucessões, assim como nova mobília para essa unidade e dedetização do prédio.

O Fórum Cível foi escolhido, ainda, como a pri-meira unidade para implantação do projeto de Susten-tabilidade do TJPB, que pretende reduzir, a pelo menos, 2% o consumo per capita com energia, telefone, pa-pel, água e combustível, conforme meta instituída pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Fórum Criminal

Já foram atendidos, no Fórum Criminal, os pedi-dos para realização do levantamento na estrutura de rede e capacidade de carga, assim como a visita do Corpo de Bombeiros, que, além da inspeção, deu orien-tações sobre como proceder em caso de incêndio e treinamento aos seguranças, inclusive de resgate. Tam-bém estão previstas reforma em cartórios e gabinetes, recuperação do poço artesiano.

Fórum Regional

Foram redefi nidas as competências das Varas Regionais, com a redistribuição dos processos entre as Especializadas. Ocorreu, também, a organização do Cartório Unifi cado, distribuindo as tarefas de acordo com as competências de cada seção e dígitos para cumprimento dos atos processuais pelos servidores, que receberam treinamento para a nova tabela uni-fi cada de movimentação de processos e numeração única do Conselho Nacional de Justiça. Com o projeto de unidade judiciária-modelo, o Fórum Regional foi o primeiro a receber o sistema unifi cado de processos físicos através de tarjas coloridas, proposto pela Cor-regedoria Geral de Justiça.

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Fórum Cível “Desembargador Mário Moacyr Porto”

Fórum Criminal Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Mello

Fórum Regional de Mangabeira (Fórum Des. José Flóscolo da Nóbrega)

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CONSENSO - MAIO DE 2013 40

Vencendo medos, divulgando paz!

Projeto do TJPB visita bairros para difundir a Lei Maria da Penha

A cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil. A informação é da Organização Mundial de Saúde, em pesquisa realizada em 2005, e citada em palestra da presidente do Tri-bunal de Justiça da Paraíba, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti. Assim, uma mulher foi agredida neste momento quando você começou a ler, e outra está sendo agora. Talvez você já tenha ouvido falar nesse dado, mas já parou para refl e-tir o que isso signifi ca?

Muito se fala nos índices de vio-lência das cidades, mas já percebeu que quatro mulheres são agredidas por mi-nuto, dentro das próprias residências? Não importa o tamanho da disputa no hanking de crimes cometidos por causa do tráfi co de entorpecentes, por hora, 240 mulheres são humilhadas, espan-cadas, estupradas, encarceradas por companheiros, pais, fi lhos ou irmãos. Se dentro do próprio lar, não é possível que a paz seja estabelecida, é plausível que isso seja exigido na sociedade?

Com essa preocupação, a mesa diretora do TJPB, ao assumir no dia 1º de fevereiro de 2013, ampliou as ações relacionadas a esse tema. Uma campa-nha, dando esse alerta, foi veiculada em rádios, televisão e impressos do

Estado, mas o principal foi a efetivação do projeto “Justiça em seu Bairro: Mu-lher Merece Respeito”, que, no dia 8 de março, deu início a visitas a localidades da Capital, para que a população co-nheça a Lei Maria da Penha.

O Tribunal de Justiça garantiu o apoio logístico necessário para pôr em prática, o projeto que tem como gestora a juíza Rita de Cássia Andrade, titular do Juizado de Violência Doméstica con-tra a Mulher da Capital. Até o dia 30 de abril, 6 bairros receberam o projeto, dos 53 listados para recebê-lo, a saber: Ran-gel, Cidade Verde (Mangabeira VIII), Mandacaru, Bairro dos Novais, Valenti-na e Costa e Silva. Nas escolas e associa-ções de cada um desses bairros, alunos, pais, professores e funcionários não só

receberam orientações sobre os meca-nismos da Lei Maria da Penha, como foram motivados a denunciar agressões a mulheres. Aconteceu com o senhor Francisco José que, ao ouvir a palestra, no Conjunto Valentina de Figueiredo, anunciou que vai denunciar um caso que ocorre perto da residência dele.

As palestras têm a participação de integrantes da Rede de Combate à Violência contra a Mulher, as dele-gadas Maysa Félix e Renata Matias; da Secretaria de Estado da Diversi-dade Humana, Sueldes Araújo; e da Secretária de Educação do Município, pedagoga Maria das Neves Pessoa. A juíza-auxiliar do Juizado de Violência Doméstica, Israela Pontes, também participa do projeto.

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Os profi ssionais envolvidos já con-versaram com inúmeras famílias dos bairros que foram visitados pelo progra-ma nesta primeira fase, e o programa vai avançar atingindo todas as comunidades de João Pessoa.

A escolha dos bairros da Capital é feita a partir da elaboração de um levan-tamento prévio, com base em estatísticas que indicam maior incidência de violên-cia contra a mulher e crianças. O projeto conta com o apoio do Ministério Público Estadual e da Secretaria de Segurança Pú-blica do Estado.

Com base nos depoimentos dos participantes, o projeto está sendo bem recebido pela comunidade pessoense. A aluna Veralúcia Barbosa, da Escola Mu-nicipal Afonso Pereira, no bairro Cidade Verde (Mangabeira VIII), externou sua satisfação após participar da palestra, ocorrida no dia 15 de março. “Fiquei sabendo maneiras de me proteger, caso sofra alguma violência doméstica”. Ela disse também que, antes, não sabia como denunciar casos que acontecem na co-munidade, apesar de ter revelado que conhece mulheres que sofrem agressões.

Para a desembargadora Fátima Be-zerra, o Judiciário, ao se aproximar mais da sociedade, contribui ainda mais para a paz social. “Está na educação a consciên-cia dos prejuízos e das possibilidades de mudança. Só com a intensa divulgação dos crimes e com a promoção do amplo acesso aos meios de instrução formal, pode-se barrar a violência, para implan-tar novas atitudes de convivência. Não é uma questão de ideologia ou legalidade, mas uma postura de solidariedade”, des-taca a magistrada na obra ‘Guiadas pela Justiça, movidas pela Fé’.

Famílias receberam orientação do Judiciário

PALESTRAS E ORIENTAÇÕESPalestras nas escolas e associações motivaram a população à procurar seus direitos e denunciar abusos contra a mulher

CASA CHEIAEm todos os bairros onde ocorreram palestras sobre a Lei Maria da Penha, os auditórios fi caram lotados, com grande envolvimento do público..

MÚSICA E TEATROAlém de apresentações artísticas da orquestra de metais e percussão João XXIII, formada por alunos e ex-alunos da escola e guiada pelo maestro Anderson Domingos, houve performance teatral simulando uma audiência.

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Vencendo medos, divulgando paz!

Um dia especial só para elasA desembargadora Fátima Be-

zerra Cavalcanti acredita que, com o sofrimento, a mulher despertou para a realidade de que, só através do traba-lho, atingiria a tão sonhada indepen-dência e o respeito como cidadã. Com todo histórico de luta do universo fe-minino para conseguir votar, estudar, trabalhar, opinar, ir e vir livremente, a presidente do TJPB não permitiu que o 8 de março passasse em branco.

Foi assim que uma vasta progra-mação prestou homenagens às mu-lheres da Paraíba, começando com o lançamento da pedra fundamental do Memorial da Mulher e 1º e 2º Juizados de Violência Doméstica da Capital. O prédio histórico, situado na Rua das Trincheiras, nº 134, Jaguaribe, vai ser reformado para abrigar o Memorial, que será um espaço para o registro das mulheres que fizeram história no Es-tado, nos campos das artes, da cultura, da música, da política, do direito, den-tre outros.

Já as unidades judiciárias, funcio-narão com estrutura moderna e bem aparelhada, para atender às vítimas. Por isso as Gerências de Arquitetura e Engenharia elaboraram o projeto para a construção de um novo prédio, por trás do histórico. De acordo com o ge-rente de engenharia, Hilton Bezerra Ca-valcanti, após a conclusão dos projetos complementares e fi nalização do or-çamento, a licitação será defl agrada. A previsão é que isso aconteça em junho.

Para ampliar as homenagens, a presidente visitou a Penitenciária Fe-minina em um caráter solidário, in-cluindo as detentas nas comemorações ao Dia da Mulher. Segundo a magistra-da, elas não poderiam fi car esquecidas, nesse dia, pelo Poder Judiciário, oca-sião em que foram concedidos indultos a 10 apenadas e oferecido um almoço aos presentes.

MEMORIAL DA MULHERA desembagadora Fátima Bezerra Cavalcanti fez o lançamento da Pedra Fundamental do Memorial da Mulher, que abrigará acervo das mulheres que fi zeram história no Estado da Paraíba.

APOIO A DETENTASFátima Bezerra e a primeira-dama do Estado, Pâmela Bório, visitaram a Penitenciária Feminina no Dia da Mulher.

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Vencendo medos, divulgando paz!

“Acordo cedo para fi car com as crianças. Faço o almoço. Em seguida, deixo as crianças na escola e vou di-reto para o serviço. À noite vou dor-mir”. Essa é a rotina de Sandra. Mãe de quatro meninas e um menino, sen-do duas já casadas. Ela tem um dia a dia semelhante ao de qualquer outra mulher, não fosse o fato de que o ser-viço dela e o sono acontecem na Pe-nitenciária Feminina Júlia Maranhão.

“Foi muito gratifi cante, esperei muito por aquele dia. Voltei para casa uma outra mulher”, reconheceu Sandra que recebeu a progressão da pena no dia 8 de março de 2013, depois de dois anos e oito meses longe do convívio familiar. Sem palavras para descrever a emoção daquele momento, ela ain-da não acredita que foi homenageada e almoçou com a presidente do TJPB, desembargadora Fátima Bezerra, além das juízas e secretários que acompa-nharam a concessão de indultos para dez apenadas. “Foi um grande dia. Eu não esperava que fosse tão magnífi co, ganhei até um buquê de fl ores”, contou.

Sandra foi condenada por tráfi co

Entre bonecas e esperança

PRODUTOS DA VITÓRIASandra, condenada por tráfi co de drogas, hoje produz bonecas de pano e ensina outras colegas da penitenciária a aprender o ofício de artesã.

SANDRAFeliz por ganhar dinheiro fruto do trabalho desenvolvido no interior da penitenciária

de drogas, e se viu só. Para ela, foi um momento de grande refl exão. “Já sabia fazer as bonecas, mas nunca dei valor. Não gostava de fazer e nunca teve nin-guém que me incentivasse. Eu me li-bertei dessa maldição da droga no dia que me vi sozinha. Foi aí que comecei a fazer umas bonequinhas pequenini-nhas, só para me distrair. Aí, fui me apegando, e, hoje, não quero saber de droga, tenho pavor.”

Sandra começou o trabalho so-

zinha e vendia as bonecas no presídio mesmo. A produção foi se expandindo e a diretoria do presídio fi cou saben-do. Foi então que a diretora Cinthya Almeida propôs que ela fi zesse a pri-meira exposição no local e conseguiu o material necessário para a fabricação das bonecas de pano, por meio de do-ações. “A gente nem achava que fosse ter muito sucesso, era só eu e mais uma colega, foi um sucesso e outras aqui começaram a se interessar. Aí, da-mos credibilidade a outras pessoas que queiram aprender”, explicou.

Cerca de vinte detentas apren-deram o ofício. Algumas já saíram, outras estão no semi-aberto. Umas trabalham na fábrica, e seis mulheres, no presídio. “Teve uma exposição no Cendac (Centro de Apoio à Criança e ao Adolescente) que as artesãs com-praram bonecas de mim para revender em outros lugares”, lembra-se satisfeita com o próprio progresso. “Hoje, não tenho mais medo, não preciso mais andar me escondendo. Sou uma mu-lher livre. Ganho meu dinheiro hones-tamente e me sinto muito honrada.”

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Desde a implantação dos Juizados da Violência Doméstica contra a Mu-lher, primeiro em Campina Grande (3 de outubro de 2011) e depois em João Pessoa (31 de janeiro de 2012), as víti-mas encontraram um porto seguro para lutar contra a violência. Sentindo-se mais protegidas com as ferramentas ju-diciais, o número de mulheres que pro-curam a Justiça aumenta mês a mês.

Em Campina Grande, há um total de 1.582 processos ativos. Só esse ano,

foram 136 audiências realizadas, 432 feitos distribuídos e 81 sentenças emi-tidas. A juíza Renata Barros Assunção, que assumiu a unidade judiciária no dia 18 de março, explicou que a violência mais frequente são lesões corporais com ameaças. O Juizado abrange também Lagoa Seca, Massaranduba e Boa Vista, este último tem aumentado considera-velmente os índices em relação ao tema, revelou a magistrada.

Na Capital, há um total de 2.964

processos ativos. No mês de abril, 498 decisões foram proferidas, e 42 senten-ças, prolatadas. Em 2012, foram 387. Há, ainda, 408 ações no Ministério Pú-blico para denúncia, e um total de 1.098 foi arquivado. Justamente por verifi car essa demanda crescente, que a juíza Rita de Cássia Andrade idealizou e, hoje, executa o projeto “Justiça em seu Bairro: Mulher merece Respeito”, com o objeti-vo de agir preventivamente no combate à violência doméstica e familiar.

Vencendo medos, divulgando paz!

Mulher no JudiciárioNo dia 8 de março, dentro da programação ofi cial alusiva ao Dia Internacional da Mulher,

mais de 100 juízas do Poder Judiciário estadual se reuniram no auditório do Fórum Cível para o I Encontro de Magistradas. O principal motivo da reunião foi pensar o Judiciário através da lógica feminina. O Encontro foi uma oportunidade para as magistradas discutirem os proble-mas e necessidades existentes em cada comarca.

Um oásis de ajuda

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“Com a entrega de obras de fóruns e de depósitos judiciais, estamos interio-rizando a administração da Justiça, que é meta da nossa gestão. Não estamos apenas nos preocupando com o segundo grau, mas, sobretudo, com a base, que é o nasce-douro da Justiça”, afi rma a desembargado-ra Fátima Bezerra Cavalcanti, presidente do TJPB, ao comentar o plano de constru-ções para os dois anos de administração.

Em três meses, a magistrada inau-gurou obras nas comarcas de Piancó, no sertão paraibano, de Sapé e Bananeiras, no brejo, e visitou outros fóruns, nessas regiões, para conhecer as condições de trabalho de juízes e de servidores.

A primeira obra inaugurada foi a do Fórum Desembargador Luiz Síl-vio Ramalho, na comarca de Piancó. O prédio foi projetado nos moldes de um complexo judiciário, baseado no critérios da modernidade e sustentabilidade am-biental, e abriga, além da sede do foro, o tribunal do júri, três residências de ma-gistrados e o depósito judicial. A edifi -cação possui poço artesiano como modo de se trabalhar na economia de gastos e exploração de recursos naturais.

A continuidade de gestão, para a desembargadora, é fundamental para a melhoria da prestação jurisidicional. “Obras iniciadas na gestão do desembar-gador Abraham Lincoln, que me ante-cedeu, terão continuidade. Isto ocorreu com o novo fórum de Piancó.

A presidente entregou, no mês de abril, as reformas dos prédios e depósitos judiciais de Sapé e de Bananeiras, que, juntos com o Fórum de Piancó, benefi -ciam cerca de 140 mil jurisdicionados.

Ainda dentro da melhoria do fun-cionamento das atividade judicantes, até o fi nal do primeiro semestre de 2013, as sessões do Tribunal Pleno passam a fun-cionar no auditório Desembargador Wil-

Obras são concluídas e população ganhafóruns modernos nas regiões do sertão e brejo

GESTÃO CONTINUADA

son Pessoa da Cunha, no Anexo Admi-nistrativo do Poder Judiciário estadual, no Centro de João Pessoa.

O novo projeto arquitetônico do Pleno contará com um sistema de segu-rança moderno, com a instalação de equi-

pamentos de vigilância, detectores de me-tais, catracas com impressões digitais ou cartões magnéticos, além de outros aspec-tos relacionados à segurança de todo o Ju-diciário do Estado. Salas para advogados e imprensa também vão compor o espaço.

OBRAS SEM INTERRUPÇÃOA Presidência do TJPB entregou o novo Fórum de Piancó, no sertão, e as reformas dos prédios de Sapé e Bananeiras, cujas obras foram iniciadas na gestão anterior.

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COORDENADOR DOS JUIZADOS ESPECIAISO desembargador Abraham Lincoln participou recentemente do Fonaje, que discutiu medidas para aprimorar os juizados especiais. O TJPB mantém convênios com universidades para desen-volvimento das atividades dessas unidades judiciárias.

Nova estratégia na lutapela celeridade processual

O desembargador Abraham Lin-coln da Cunha Ramos recebeu a in-cumbência de centralizar os dados refe-rentes aos Juizados Especiais do Estado e emitir um relatório com as sugestões colhidas junto a magistrados e analistas judiciários da primeira instância.

O magistrado é o novo coordena-dor dos Juizados Especiais da Paraíba e vai presidir a Turma de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados, que será instalada pela presidência do TJPB.

Foram três meses recolhendo in-formações junto à Diretoria de Gestão Estratégica. Aliado a esse trabalho, o desembargador Lincoln participou das discussões, em nível nacional, sobre os juizados, considerados prioridades nos tribunais, durante o XXXIII Fórum Nacional de Juizados Especiais (Fona-je), realizado em Cuiabá (MT), de 22 a 24 de maio.

O desembargador Lincoln parti-cipou do grupo de trabalho que tratou sobre “Turmas Recursais e Uniformi-zação Estadual”, com a coordenadoria do juiz Ricardo Cunha Chimenti, au-xiliar da Presidência do Superior Tri-bunal de Justiça.

Dois setores vitais foram reestruturados, em

fevereiro deste ano, para aprimorar o desempenho

do Poder Judiciário estadual para a garantia da ce-

leridade processual. A Ouvidoria e a Coordenado-

ria dos Juizados Especiais do Tribunal de Justiça da

Paraíba receberam desembargadores na linha de

frente com o objetivo de articular informações e

projetos que busquem a excelência no atendimen-

to às partes envolvidas em processos.

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Os participantes do Fonaje estudaram, também, te-mas polêmicos em julgamento nas Turmas Recursais e observaram onde estava havendo divergências.

“Vou detalhar a realidade dos demais estados e es-tudar aqueles que adotaram medidas inovadoras, como, por exemplo, a Turma Recursal Única. Desse modo, pre-tendo viabilizar um relatório à Presidência substancial o sufi ciente para que a desembargadora Fátima Bezerra pos-sa tomar as melhores decisões dentro das possibilidades fi nanceiras”, afi rmou o desembargador Abraham Lincoln.

O magistrado destacou, ainda, que a questão fi nan-ceira é o maior desafi o dos gestores: atender tantos pleitos para garantir a celeridade processual aos jurisdicionados, dentro dos limites orçamentários e da Lei de Responsabi-lidade Fiscal.

Abraham Lincoln delineou a necessidade de estabe-lecer metas a curto, médio e longo prazo, para que os jui-zados possam funcionar satisfatoriamente. “Percebemos que advogados estão recorrendo à Justiça Comum porque os Juizados estão se tornando inoperantes. Alguns estão agendando audiências para 2014. Está impraticável, preci-samos tomar providências drásticas”, alertou.

O desembargador já estabeleceu reuniões setoriais com os juízes e servidores dos Juizados Especiais para aprimorar as sugestões que pretende encaminhar à Presi-dência, em conformidade com as realidades apresentadas pelos integrantes da primeira instância.

Outra medida será a formulação do Regimento Inter-no da Turma de Uniformização de Jurisprudência dos Jui-zados, para que possa iniciar os trabalhos imediatamente. “Acredito que a uniformização dará um grande contributo para desafogar os Juizados e Turmas Recursais”, avaliou.

Uma ação imediata, programada para junho, será o mutirão nos juizados com maior número de processos conclusos para sentenças. De acordo com Abraham Lin-coln, a presidência vai disponibilizar os próprios assesso-res para essa função, para que não haja interrupção das atividades dos cartórios.

Além disso, está em licitação o processo de aquisição de melhoria da rede para desenvolvimento do e-Jus, para atender às reclamações dos usuários do sistema, principal-mente do interior.

Atualmente existem cinco Juizados Especiais Cíveis e um Criminal na Capital, e dois mistos no Regional de Mangabeira. Dois Cíveis e um Criminal em Campina Grande, dois Juizados Mistos em Sousa e Patos, e um Mis-to em Guarabira e outro em Cajazeiras. Todos funcionam com o sistema e-Jus, exceto o 1º Juizado Especial Misto de Mangabeira, que funciona com o PJe. Não há previsão para migração dos sistemas ao PJe.

Após regulamentação do funcionamento da Coor-denadoria dos Juizados Especiais, mais quatro juízes in-tegrarão o órgão, convocados de forma equiparada, para agilizar os trabalhos.

Juízes leigos devem desafogar a pautaA curto prazo, o desembargador Abraham

Lincoln acredita que a fi nalização de concurso e o chamamento dos juízes leigos vai desafogar a pauta dos Juizados Especiais. “Dessa, forma serão distribuídos quatro juízes por unidades, que, junto com o togado, garantirão cinco jul-gadores realizando audiências, instruindo pro-cessos e sentenciando”, explicou. Ele acrescen-ta, ainda, a necessidade de convocação de mais analistas e técnicos judiciários.

Outra medida, já de médio prazo, seria a viabilização de assessores para os juízes das

turmas. “Como o magistrado primevo não se afasta da unidade de sua titularidade, o asses-sor é essencial para que ele mantenha as ati-vidades em dia, ficando impedido de auxiliar o juiz nas Turmas Recursais”, esclareceu.

Além disso, o desembargador revela outra medida importante será a instalação do 6º e 7º Juizados Especiais de João Pessoa e o 3º de Campina Grande.

“Essa quantidade ainda está longe do ideal, mas vai permitir uma melhoria imedia-ta”, disse.

Atualmente existem cinco Juizados Especiais Cíveis e um Criminal na Capital, e dois mistos noRegional de Mangabeira. Dois Cíveis e um Criminal em Campina Grande, dois Juizados Mistos em Sousa

e Patos, e um Misto em Guarabira e outro em Cajazeiras. Todos funcionam com o sistema e-Jus, exceto o 1º Juizado Especial Misto de Mangabeira, que funciona com o PJe.

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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICOMembros da Corregedoria Geral do TJPB se reuniram para conhecer detalhamento do planejamento estratégico do órgão.

Órgão já realizou auditagem em

todas as 77 comarcas da Paraíba

A Corregedoria Geral de Justiça do TJPB é um órgão de função admi-nistrativa, que tem, como fi nalidade básica, orientar, fi scalizar e disciplinar os serviços em todas as varas de todas as comarcas, com jurisdição em todo o Estado e sede em João Pessoa. O cargo de corregedor-geral é exercido por um desembargador indicado pelo Pleno. Esse magistrado tem como auxiliares três juízes corregedores, cada um res-ponsável por um grupo de comarcas. O atual corregedor-geral é o desembarga-dor Márcio Murilo da Cunha Ramos. Ele assumiu no início o cargo no início de fevereiro.

Com pouco mais de três meses de administração, Márcio Murilo imple-mentado um forte ritmo de trabalho. Prova disso é que a Corregedoria-Geral

já realizou auditagem em todas as 77 comarcas do Estado, ou seja, foram exa-minados todos os processos em atraso, para seu devido cumprimento. Por ou-tro lado, já foram realizadas correição na 7ª Vara Cível de Campina Grande e audiências em Picuí e Cacimba de Den-tro. Foram concluídas a correição em São José de Piranhas e uma inspeção na 1ª Vara de Cajazeiras. No mês passado, a comarca de Caaporã passou por inspe-ção e, em fevereiro, foram inspecionadas Picuí e Barra de Santa Rosa, enquanto Água Branca e Soledade passaram por um processo de revisão de inspeção.

A equipe de juízes-corregedores auxiliares é composta pelos magistrados Rodrigo Marques da Silva (Grupo I), Meales Medeiros de Melo (Grupo II) e Carlos Antônio Sarmento (Grupo III).

Geral do TJPBCorregedoria

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Os três juízes auxiliares da Cor-regedoria Geral agora têm atribuições funcionais especializadas. Além das 75 comarcas e varas específi cas de João Pessoa e Campina Grande, onde os ma-gistrados atuam, eles terão competência de apreciar os incidentes que envolvem vários segmentos, como direitos huma-nos, unidades prisionais, processos vir-tuais e adoção, entre outros assuntos de grande interesse da sociedade.

Responsável pelo do Grupo I, que

engloba 25 comarcas, o juiz corregedor Rodrigo Marques Silva Lima, passa a ser também responsável pelas possíveis matérias de execução penal, de presos provisórios, de direitos humanos, de unidades prisionais de todo o Estado, de questões judiciais, além de representar a Corregedoria-Geral de Justiça no Con-selho Estadual dos Direitos do Homem e do Cidadão.

O juiz Meales Medeiros de Melo vai apreciar, além dos procedimentos

administrativos de suas 25 comarcas que formam o Grupo II, todos os pos-síveis incidentes das serventias extraju-diciais, do Fundo de Apoio ao Registro das Pessoas Naturais (Farpen), dos pro-cessos virtuais e Siscom. Incumbirá ao corregedor auxiliar do Grupo III, com mais 25 comarcas, juiz Carlos Antônio Sarmento, analisar questões de ordem administrativa, da infância e juventude e integrar a Comissão Estadual Judiciá-ria de Adoção (Ceja).

Juízes corregedores

Planejamento Estratégico

JUIZ RODRIGO MARQUES SILVA LIMAResponsável pelas matérias de execução penal.

JUIZ CARLOS ANTÔNIO SARMENTOAnalisa questões de ordem administrativa e infância.

JUIZ MEALES MEDEIROS DE MELOServentias extrajudiciais, Farpen e Informática.

A Corregedoria Geral está muito perto de concluir seu planejamento estratégico, que já tem slogan: “Justiça se faz com otimização e ética”. O título foi apresentado durante reunião entre magistrados, representantes do Ministério Pú-blico e servidores do TJPB, ocasião em que houve um detalha-mento do novo planejamento, que servirá para os próximos cinco anos.

De acordo com as novas tendências das consultorias especializadas em planejamento, o projeto da Corregedoria é considerado um dos mais modernos, já que chama diversos segmentos da sociedade, para ouvir opiniões e sugestões que podem ser utilizadas no texto fi nal. “Nossa proposta é que o planejamento estratégico da Corregedoria-Geral de Justiça tenha uma duração de cinco anos e sirva para às próximas

duas gestões”, revelou o corregedor-geral, desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos.

O desembargador disse também que as metas do Con-selho Nacional de Justiça e as diretrizes da Presidência do TJPB estão sendo devidamente observadas no andamento dos traba-lhos. Constantes reuniões são realizadas na sede da Corregedo-ria, para aprimorar o planejamento estratégico. A transparência é uma constante na atual administração da Corregedoria, con-forme afi rmou o magistrado. “Nosso planejamento tem uma real sintonia com as diretrizes da mesa diretora do Tribunal de Justiça da Paraíba. Entendemos que, com um trabalho harmôni-co, quem ganha são os jurisdicionados”, comentou. A professora e consultora, Ana Lúcia Carvalho, foi a responsável pela apre-sentação do projeto.

Corregedoria Geral do TJPB

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Uniformização dos presídios

Localização de processos

A Corregedoria Geral também editou a Recomendação nº 01/2013, endereçada aos juízes com compe-tências em execução penal, com o propósito de unifi car as condições re-lacionadas aos regimes prisionais. Em seu primeiro artigo, o texto sugere, aos magistrados, que os apenados em regime semi-aberto, na ausência de estabelecimento prisionais adequa-dos, devem se recolher, diariamente, ao presídio ou cadeia pública às 19h, sem qualquer tolerância, podendo sair para o trabalho às 5h.

Já os apenados em regime aberto, conforme a recomenda-ção, diante da inexistência de casa de albergado, devem se recolher às 13h do sábado, havendo liberação às 5h da segunda-feira. Em feria-

dos nacionais, o recolhimento será sempre às 19h do dia anterior, com saída às 5h do dia posterior. A re-comendação também estabelece que, nos casos de regime fechado, semi-aberto e aberto, não é permi-tido ao apenado ter, sob sua guarda dinheiro, bebida alcoólica, apare-lho celular, instrumentos capazes de produzir lesões físicas e apare-lhos eletrônicos.

O juiz-corregedor-auxiliar, Rodrigo Marques Silva Lima, expli-cou que a proposta da Corregedoria ainda levou em consideração a mul-tiplicidade de regras relacionadas aos regimes prisionais, o que tem causado, entre os apenados, prefe-rências por comarcas com condi-ções mais brandas.

REGIMES PRISIONAIS

O método de localização de pro-cessos por tarjas coloridas foi conclu-ído no cartório unificado do Fórum Regional de Mangabeira, em João Pessoa, onde tramitam 17.701 pro-cessos, em seis varas. A iniciativa im-plementada pelo corregedor-geral de Justiça permite que um processo seja encontrado em menos de dois minu-tos, facilitando o trabalho dos servi-dores, dos jurisdicionados e de todos os operadores do direito. O trabalho

da equipe da Corregedoria, para eti-quetar todos os feitos, foi de 45 dias, e este mesmo projeto já funciona na co-marca de Cuité, nas 11ª Vara Cível da Capital e 1ª Vara de Itabaiana.A forma de encontrar um processo, utilizando o método, é muito simples. Tudo se re-sume à posição de tarjas coloridas na capa do caderno processual, relacio-nadas com dígito do servidor, com a letra inicial nome do autor da ação e com a matéria a ser tratada. Essas co-

res são pré-estabelecidas. A tarja pre-ta, por exemplo, significa urgência no cumprimento do despacho ou da deci-são. A tarja vermelha é relacionada às ações preferenciais, como a de idosos. Já a tarja amarela, são processos que já foram sentenciados. Outra inovação está no espaço específico no dorso do processo destinado aos provimentos da Corregedoria. O corregedor-geral quer expandir esse método para ou-tras comarcas do Estado.

Corregedoria Geral do TJPB

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TENDÊNCIA NACIONAL

Casamento homoafetivoAlguns provimentos da Corregedoria-Geral geram grande

repercussão na sociedade e na vida dos jurisdicionados. Esse é o caso do Provimento nº 06/2013, que dispõe sobre a escrituração da união estável homoafetiva nas serventias extrajudiciais do Es-tado da Paraíba.

O documento também regulamenta a conversão da união estável em casamento e autoriza o processamento dos pedidos de habilitação, para casamento entre pessoas do mesmo sexo. Com essa medida, a Paraíba acompanha uma tendência nacional e passa a ser o 13º Estado brasileiro a consentir o casamento homoafetivo.

Uma das considerações para a edição do provimento está na dignidade humana e na isonomia de todos perante a lei, “sem distinções de qualquer natureza, inclusive de sexo, nos termos constantes do artigo 1º, inciso III e artigo 5º, caput, e inciso I, da Constituição Federal de 1988”. O provimento está publicado no Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça da Paraíba.Segundo o corregedor-geral, “esse provimento não obriga que o juiz faça o casamento homoafetivo. Ele que é a autoridade para a realização deste ato, com todos os recursos cabíveis. Coube a Corregedoria regulamentar a matéria, caso ele entenda que deva fazer o casa-mento”, explicou Márcio Murilo.

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Corregedoria Geral do TJPB

Sub-registro civilEscritura para baixa renda

A Corregedoria Geral do TJPB deve se tornar uma par-ceira do Estado no enfrentamento do sub-registro civil. Para estudar essa possibilidade o corregedor-geral, desembarga-dor Márcio Murilo da Cunha Ramos, recebeu o gerente exe-cutivo da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano, Luiz Antônio Lianza, para avaliar a viabilidade jurídica do projeto. Atualmente, quase 16% da população paraibana não possui certidão de nascimento.

O projeto apresentado pelo secretário executivo é que toda criança nascida já saia da maternidade com a certidão de nascimento da sua cidade de origem, ou seja, no município onde, efetivamente, mora e não do município em que acon-teceu o parto. Márcio Murilo ressaltou que uma das grandes preocupações é que todos os setores estatais funcionem da melhor forma possível, no tocante ao aperfeiçoamento dos serviços voltados no cidadão. “É, sem dúvida, uma iniciativa de grande repercussão social”, destacou o corregedor.

A primeira fase do projeto será realizada em mater-nidades de Campina Grande, Patos, Guarabira e Bayeux. Esse estágio também servirá para a adequação dos cartó-rios ao sistema, com base o Serviço Nacional de Registro Civil (Serc).

O corregedor-geral de Justiça da Paraíba tam-bém estuda a regularização fundiária para famílias de baixa renda. Para avaliar a matéria ele recebeu a presi-dente da Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap), Emília Correia Lima Eles debateram a gratui-dade da primeira escritura de imóveis para essa faixa da população.

Documento com tal teor continua sendo cobra-do pelos cartórios extrajudiciais. Duas leis federais serão devidamente avaliadas pela consultoria jurídica da Corregedoria: a Lei 11.977/09 e a Lei 6.015/73 (em especial, o Artigo 290 - desta).

Segundo o corregedor, o assunto levado pela presidente da Cehap terá cunho prioritário, por se tratar de uma questão social e de interesse público. “Já determinei minha consultoria jurídica para es-tudar, profundamente, o caso. No início do mês de abril, outra reunião será realizada e teremos um po-sicionamento concreto sobre essa questão”, adiantou Márcio Murilo.

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CONSENSO - MAIO DE 2013 53

Casamentos coletivos são reali-zados pelo Poder Judiciário estadual, na comarca de João Pessoa, todas as quintas-feiras de cada mês. Mas, em 11 de abril de 2013, a cerimônia ganhou caráter especial, por ocorrer, pela pri-meira vez, dentro de um presídio e, no mesmo dia, em dois outros lugares.

O juiz de paz Romero Carneiro Feitosa uniu, no presídio do Roger, Ma-ria Lúcia e Lázaro Nascimento e Geisa Carla e Franklin Ribeiro, que já manti-nham convivência, respectivamente, de 11 anos e de seis anos.

Antes de visitar a penitenciária, o magistrado realizou o casamento de 63 casais, sendo 27 no auditório da Es-cola Superior da Magistratura (Esma), 12 no auditório do Fórum Regional de Mangabeira e 24 no salão da Igreja As-

Cerimônia ganhou caráter especial, por ocorrer, pela primeira vez, dentro de um presídio

Casamento coletivo

JUIZ ROMERO CARNEIRO FEITOSA”Quinta-feira é o melhor dia da minha semana por casar o povo de João Pessoa”.

sembleia de Deus, no Conjunto Geisel.Titular da Vara de Feitos Espe-

ciais, Romero Feitosa afi rma que, ape-sar de tudo, foi um dia atípico, com um número reduzido de uniões.

“Geralmente eu faço entre 70 e 190 casamentos em um dia. Meu recorde foi 299”, observa o juiz que não se cansa de executar esse projeto. ”Quinta-feira é o

melhor dia da minha semana por casar o povo de João Pessoa”, acrescenta.

Diversos casamentos são inicia-dos dessa forma. Mas, boa parte, regis-tra uniões já sólidas, como foi o caso de Severino Pessoa da Silva e Josefa Maria da Conceição. Ele, com 83 anos de ida-de, e, ela com 58, consolidaram a união de 40 anos, que formou uma família de 17 fi lhos, netos e bisnetos.

Os casais que estão buscando for-malizar suas uniões devem procurar um Cartório de Registro Civil e apre-sentar os documentos exigidos, além de pagar os emolumentos. Em João Pessoa, três cartórios fazem esse traba-lho: Azevedo Bastos, na Avenida Epitá-cio Pessoa; o 12º Cartório de Registro Civil de Mangabeira; e o Lima Gomes, no Geisel.

“Geralmente eu faço entre 70 e 190

casamentos em um dia. Meu recorde foi 299”.

JUIZ ROMERO FEITOSA

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CONSENSO - MAIO DE 2013 54

“Quem adota diz não ao preconceito, ao individualismo e à discriminação. Quem adota prova do amor incondicional e constrói uma nova família. O Tribunal tem o dever de con-tinuar incentivando a adoção de nossas crianças e adolescen-tes”, disse a desembargadora Fátima Bezerra, presidente do TJPB, ao lançar campanha de incentivo à adoção, promovida pela Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), órgão da Corregedoria Geral de Justiça.

O evento aconteceu na manhã do dia 3 de maio, no Busto de Tamandaré, orla de João pessoa, onde foi ofere-cido um café da manhã às mães que passaram no local. A campanha recebeu o slogan “Adoção. Para este ato não exis-tem fronteiras”. De acordo com o juiz Fabiano Moura de Moura, titular da 1ª Vara da Infância e Juventude da Capi-tal, existem quase mil processos de adoção em tramitação só em sua unidade judiciária.

O magistrado também esclareceu que, além das ações de adoção, ainda existem os procedimentos de apadrinhamento, que consiste em um casal fi car com uma criança ou adolescen-te por um fi nal de semana ou até durante um período de férias.

Para o corregedor-geral de Justiça, desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, que também esteve presen-te na abertura da campanha, o incentivo à adoção faz parte da agenda positiva da Corregedoria. “Entendemos que tudo o que é bom tem que ter continuidade. O caso dessa campa-nha da Ceja, que já vem de outras administrações, terá sequ-ência. Adotar, na minha opinião, é um ato de extremo amor ao próximo”, defi niu o corregedor.

A Ceja, coordenada pela psicóloga Ana Cananéa, é res-ponsável pelas habilitações de pretendentes estrangeiros à ado-ção. Contundo, esse setor da Corregedoria também promove, divulga, incentiva e estimula a adoção legal e de forma consciente.

LANÇAMENTO DE CAMPANHAA apresentação da campanha de incentivo à adoção aconteceu em solenidade, pelamanhã, no Busto de Tamandaré, em Tambaú, pela desembargadora Fátima Bezerra, acompanhada de sua fi lha. O corregedor-geral Márcio Murilo destacou o trabalho desenvolvido pela Ceja.

PREPARAÇÃO PARA ADOÇÃOO juiz Fabiano Moura de Moura fala durante curso oferecido pela Ceja a casais que desejam adotar uma criança.

ADOÇÃO

Para que a Ceja pudesse escolher o tema da campanha de adoção “Para este ato não existem fronteiras”, e o desenho que ilustra as camisas e cartazes, foi preciso um trabalho nas escolas públicas e privadas na região metropolitana de João Pessoa. De-pois dessas reuniões, 40 trabalhos foram inscritos.

O vencedor da frase é o aluno Williane Ribeiro Chaves, do 5º ano da Escola Estadual Gonçalves Dias, na Capital. O vence-dor do desenho foi o estudante Fabrício Ferreira de França So-ares, do 4º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Co-ração Divino. Os prêmios serão entregues no segundo semestre.

Concurso de frases e desenhos

Campanha de

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Até 30 de abril, o Tribunal de Jus-tiça da Paraíba determinou o sequestro de rendas pertencentes a 41 prefeituras para pagamento de precatórios. Os dé-bitos somados dos municípios atingem a importância de R$ 1,76 milhão e são referentes aos execícios fi nanceiros de 2010 e 2011. Para tomar essas medi-das, o Poder Judiciário baseou-se nos termos da Resolução nº 115, do Conse-lho Nacional de Justiça, e no artigo 97, § 10º, inciso I, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Consti-tuição Federal.

O juiz-auxiliar da presidência do Tribunal, Carlos Eduardo Leite Lisboa, afi rma que a determinação de sequestro das rendas foi necessária para garantir o pagamento já que essas prefeituras ha-viam sido notifi cadas para dar inteiro cumprimento às determinações judi-ciais, sem, no entanto, adotar nenhuma providência nesse sentido.

O magistrado explica que a Emen-da Constitucional n° 62/2009 faculta aos municípios a escolha entre duas opções para regularização do pagamento de precatórios vencidos: o regime especial de 15 anos, quando os débitos são soma-dos e divididos por este interstício ou o depósito de 1% da receita corrente líqui-da da prefeitura.

“Os municípios que escolheram o regime especial simplesmente igno-raram os repasses e os credores fica-ram sem receber o seu dinheiro”, disse o magistrado responsável no Tribunal

TJPB sequestra mais R$ 1,7 milhão das contas de 41 prefeituras para pagamento de

PRECATÓRIOS

pela condução dos processos de pre-catórios.

Com a promulgação da citada Emenda Constitucional, o Tribunal ins-taurou processo administrativo, em face de cada ente público devedor, com o ob-jetivo de estabelecer um maior controle dos repasses constitucionais nos termo do regimes escolhido.

Apesar de regularmente notifi -cados, a maioria dos municípios não procedeu à transferência de recursos sufi cientes para o pagamento de seus precatórios. “Outros sequestros acon-tecerão nos próximos dias”, adverte o juiz-auxiliar da presidência.

Os municípios paraibanos que não depositaram os respectivos valores

constitucionais, referentes aos precató-rios, e tiveram suas rendas bloqueadas são: Carrapateira, Serra Grande, Prata, Nova Floresta, Bom Jesus, Coremas, Bananeiras, Lagoa de Roça, Gado Bra-vo, Caaporã, Malta, Itabaiana, Cacimba de Dentro, Marizópolis, Mamanguape, Bom Sucesso, Condado, Cacimba de Areia, Juru, Poço José de Moura e Ingá.

Também foi ordenado o bloqueio das prefeituras de: Algodão de Jandaíra, Campo de Santana, Lastro, Cabaceiras, Umbuzeiro, Riacho dos Cavalos, Bar-ra de Santana, Cubati, Gurinhém, São João do Rio do Peixe, Monte Horebe, Queimadas, Rio Tinto, Igaracy, Triunfo, São José de Piranhas, Cuitegi, Sapé, Boa Ventura e Picuí.

JUIZ CARLOS EDUARDO LEITE LISBOADeterminação de sequestro das rendas foi necessária para garantir o pagamento, já que essas prefeituras haviam sido notifi cadas para dar inteiro cumprimento às determinações judiciais.

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ENCONTRO COM ADVOGADOSA desembargadora Fátima Bezerra recebeu comissão da OAB.

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TJPB discute com OAB problemas enfrentados por advogados nas comarcas e define soluções

DIÁLOGO COM ADVOGADOS

ADVOGADOS

Tribunal abre 30 vagas para juiz leigoO Tribunal de Justiça da Paraíba realizou no dia 12 de maio a

primeira etapa do concurso público para o cargo de juiz leigo, com vista ao preenchimento de 30 vagas por aprovação, além da forma-ção de cadastro reserva. Nesta primeira fase, os 1.547 candidatos habilitados fi zeram provas nos turnos da manhã e tarde, cumprindo um total de 8 horas de exame.

A remuneração mensal é de R$ 3.300,00, com jornada de trabalho de 35 horas semanais, segundo consta no edital de con-curso, publicado no Diário da Justiça Eletrônico, edição do dia 25 de janeiro de 2013. Participam do certame candidatos com diploma de bacharel em Direito, com efetivo exercício da advocacia pelo período superior a dois anos.

A presidente do TJPB, desembargadora Fátima Bezerra Ca-valcanti, e o presidente da comissão de concurso, desembargador José Ricardo Porto, acompanharam os exames. As provas são apli-cadas pela Cesp/UnB.

Edital para cartórios sai em 60 diasO Tribunal de Justiça da Paraíba vai realizar concurso para as

escrivanias extrajudiciais no Estado e, dentro de 60 dias, lançará edi-tal. O anúncio foi feito pelo vice-presidente do TJPB, desembargador Romero Marcelo da Fonseca, que preside a comissão do concurso.

O Tribunal concluiu o levantamento das vagas em 159 cidades, verifi cando que há cargos a serem preenchidos em 262 cartórios ex-trajudiciais. A exigência do concurso é do Conselho Nacional de Justiça, no entanto, o TJPB já vinha realizando estudos para realização do cer-tame, mesmo antes do CNJ estabelecer o prazo para sua realização.

O desembargador explicou que “os cartórios extrajudiciais, por serem prestadores de um serviço público quanto a atividades nota-riais e de registro, devem ser preenchidos mediante concurso público.”

Serão duas seleções em um concurso: uma, para preen-chimento de escrivanias que se encontram vagas, e, outra, para aquelas pessoas que já são escriturários extrajudiciais, com vista à remoção para outras escrivanias.

CONCURSOS

A presidente do Tribunal de Justi-ça da Paraíba, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, ouviu as preocu-pações e problemas enfrentados pelos advogados nas diversas comarcas pa-raibanas e tomou medidas necessárias para resolvê-los, a exemplo de designa-ção de juízes para varas onde existem mais processos acumulados e a inclu-são de algumas comarcas nos mutirões do TJPB.

A comitiva foi liderada pelo pre-

sidente da OAB-PB, Odon Bezerra, e formada pelos presidentes das subse-ções da entidade no interior do Estado.

Ao ouvir cada problema exposto pelos representantes da classe de advo-gados, a presidente apresentou suges-tão de soluções, sendo todas acatadas. “Vou anotar cada pedido e quero que os senhores saiam daqui já com as so-luções encaminhadas pela Presidência”, afi rmou.

A presidente ponderou, no entan-

to, quanto à difi culdade que o Judiciá-rio vem enfrentando com a falta de 56 juízes. Uma das soluções apontadas por ela será o concurso de juiz leigo, que deverá nomear 25 juízes leigos para os Juizados Especiais.

O presidente da OAB, Odon Be-zerra, disse que a reunião é um marco importante para a advocacia. “Apresen-tamos graves problemas e contamos com a sensibilidade da presidente do TJPB”, afi rmou Odon.

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O Tribunal de Justiça da Paraíba empossou, no início de fevereiro, o pri-meiro ouvidor de Justiça do Estado, em sessão administrativa no Plenário da Corte. Assumiram os cargos os desem-bargadores Frederico Coutinho, como titular, e José Ricardo Porto, na condição de suplente. A Ouvidoria do Tribunal de Justiça foi criada pela Lei de Orga-nização e Divisão Judiciárias do Estado (Loje), e passou a ser um novo canal de comunicação direta entre o cidadão e o Poder Judiciário estadual, conforme explicou o Ouvidor. “Também quere-mos ouvir sugestões, fazer um trabalho de maior aproximação dos magistrados com o TJ, e levar ao conhecimento da mídia muitos feitos positivos da Justiça”, adiantou o desembargador.

A presidente do Tribunal de Jus-tiça, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, ressaltou que o trabalho da

Ouvidor visita comarcas do interior da Paraíba

Ouvidoriado TJPB

DESEMBARGADOR FRED COUTINHOOuvidor manteve reuniões com juízes e servidores, conhecendo o funcionamento das unidades judiciais do interior do Estado

DESEMBARGADOR JOSÉ RICARDO PORTOOuvidor suplente pronto para apoiar os trabalhos

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Ouvidoria na comarca

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O projeto “A Ouvidoria em sua comarca” foi outra iniciativa do desembargador Frederico Coutinho nesses primeiros meses de ativi-dades. Foram agendadas visitas periódicas às comarcas de Sapé, Ma-manguape, Rio Tinto, Itabaiana e Ingá. Através do contato direto e informal junto aos magistrados, servidores e à população, o Ouvidor pode dimensionar a qualidade dos serviços prestados e a receptividade na atividade jurisdiciona. Ele conheceu também experiências positivas implementadas pelos magistrados para acelerar o trabalho da Justiça e reduzir a morosidade processual. “Nós estamos ouvindo os juízes e os servidores sobre problemas nas comarcas, e nos comprometemos a apoiar os encaminhamentos no âmbito administrativo do TJPB”, disse o ouvidor, ao reiterar sua disposição de ouvir as demandas e buscar soluções junto aos setores competentes do Tribunal de Justiça.

Ouvidoria de Justiça deverá repercutir diretamente nas ações da Presidência. Lembrou o perfi l de sensibilidade e a capacidade de ouvir dos magistrados que assumiram os respectivos cargos. “A população e a própria Corte estão sen-do benefi ciadas com um serviço de alta relevância e, certamente, será um órgão que dará muito apoio às decisões da Presidência”, disse a presidente.

Nos primeiros 100 dias de gestão a Ouvidoria promoveu sua instalação inicial e cuidou de agilizar as primeiras ações, pautando-se pelo contato dire-to com a sociedade, visando conhecer a receptividade das pessoas em relação aos problemas que incidem na prestação jurisdicional, ao mesmo tempo em que buscou os encaminhamentos através do diálogo e da intermediação. Nesse trabalho de apoio à sociedade e aos ma-gistrados, mais de 700 demandas foram despachadas para providências junto aos setores competentes.

A Ouvidoria esteve presente em diferentes segmentos no âmbito de sua atuação no Poder Judiciário. Houve momentos que tratou das demandas de ordem conjuntural no sistema carcerá-rio do Estado, buscando intermediar o diálogo entre familiares de presos e a di-

reção do sistema estadual, visando uma maior fl exibilidade nas visitas periódi-cas aos presídios. “Nossa principal meta é servir à Cidadania. Seremos um canal de diálogo e interação entre a popula-ção, o Poder Público e a Justiça”, reafi r-mou o desembargador Fred Coutinho.

A Ouvidoria do Tribunal de Justiça foi importante para agilizar os trabalhos

no serviço Telejudiciário, no que se refe-re à emissão de certidões. Gestões foram feitas junto à Gerência do Telejudiciário e medidas alternativas propiciaram ações que vieram a equacionar difi culdades no atendimento ao público. Também atuou nas demandas que envolvem a saúde em reuniões junto à Câmara Técnica de Saú-de do Poder Judiciário.

AÇÕES DA OUVIDORAO juiz Inácio Jário Queiroz e serventuários da 2ª Vara Cível da Capital garantem o cumprimento da Resolução 10/2012, que disciplina a publicação na internet do teor das decisões prolatadas.

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Um evento cultural, no dia 17 de abril, quebrou a rotina de traba-lho no Tribunal de Justiça da Para-íba, com o lançamento da tradicio-nal Revista do Foro, em sua 130ª edição. O fato ocorreu no Salão Nobre do Palácio da Justiça e mar-cou a abertura da Agenda Cultural do Poder Judiciário para o biênio 2013/2014.

“Nada melhor do que iniciar as atividades culturais, levando, à comunidade jurídica, as decisões que se destacaram no primeiro se-mestre do ano passado, proferidas pelos juízes convocados e desem-bargadores do TJPB”, afi rmou a presidente do TJPB, desembarga-dora Fátima Bezerra Cavalcanti.

A apresentação da obra foi feita pelo desembargador Mar-cos Cavalcanti, presidente da Co-missão de Cultura e Memória do Poder Judiciário do Estado. “A Revista do Foro revela, aos ope-radores do Direito, o pensamento

Agenda CulturalLançamento da Revista do Foro marca

abertura das atividades culturais

jurídico do Tribunal”, disse.“Diversas vezes utilizamos a ju-

risprudência da revista em sala de aula. Como ela não é categorizada, serve para todo mundo que lida com direito, inclu-sive o público geral, que, assim, atualiza -se sobre os temas jurídicos e objetos de discussões relevantes na Paraíba”, desta-ca o conselheiro da OAB-PB e professor

de direito Carlos Otaviano Mangueira.Publicação tradicional do TJPB,

a Revista do Foro reúne, há 106 anos, os acórdãos de conteúdo inédito dos desembargadores e juízes convocados, conforme explicou o desembargador Arnóbio Alves Teodósio, membro da Comissão de Divulgação e Jurisprudên-cia do Tribunal de Justiça da Paraíba.

NO COMANDO DA COMISSÃO CULTURALO desembargador Marcos Cavalcanti, que preside a Comissão Cultural do TJPB, destacou a importância da Revista do Foro para a comunidade jurídica e ainda para pesquisa acadêmica. A solenidade aconteceu no Salão Nobre.

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SOLENIDADEA solenidade de lançamento reuniu empresários, a procuradora Mônica Figueiredo, o ex-senador Roberto Cavalcanti, a escritora Lourdinha Luna e a classe jurídica, no Salão Nobre do Tribunal de Justiça.

O Tribunal de Justiça da Paraíba vai homena-gear com a entrega da Medalha da Ordem do Méri-to Judiciário do Estado da Paraíba, na categoria “Alta Distinção”, dois fi lhos ilustres da cidade de Monteiro: os ministros do Supremo Tribunal Federal, Djaci Alves Falcão (in memoriam) e Luiz Rafael Mayer.

As honrarias serão entregues pela presidente do TJPB, Fátima Bezerra Cavalcanti, em solenidade no dia 19 de junho, às 17h, na nova Sala de Sessões “Desem-bargador Manoel da Fonseca Xavier de Andrade”, no Palácio da Justiça.

O ministro e corregedor nacional de Justiça, Fran-cisco Falcão, receberá a honraria do Tribunal em nome da família do saudoso ex-ministro Djaci Alves Falcão. A propositura foi da desembargadora Fátima Bezerra Ca-valcanti e do desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos.

Já o ex-ministro Luiz Rafael Mayer fará um pronunciamento de agradecimento. A indicação de seu nome foi uma propositura dos desembargadores José Ricardo Porto e Nilo Luís Ramalho Vieira (apo-sentado), cuja relatoria coube ao desembargador Fred Coutinho. O projeto foi apreciado e aprovado em ses-são do Tribunal Pleno.

O projeto de Resolução de nº 08/ 80, de 25 de setembro de 1980, instituiu a Medalha da Ordem de Mérito Judiciário, honraria concedida às pessoas que tenham se dedicado ao estu do do Direito ou prestado relevantes serviços ao Poder Judiciário do Estado e à Justiça brasileira.

Djaci Falcão foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal em 1964, na vaga do ministro Antônio Martins Vilas Boas. O ato foi assinado pelo presidente, marechal Castelo Branco. É Formado em Direito pela tradicional Faculdade recifense, colando grau em 4 de dezembro de 1943. No ano seguinte se submeteu a concurso público para Juiz de Direito em Pernambuco, onde obteve o 1º lugar. Em 29 de dezembro do mesmo ano, ingressava na magistratura pernambucana.

Já Luiz Rafael Mayer nasceu em 27 de março de 1919. Em Recife, cursou o ginasial no Colégio Salesiano, transferindo-se em seguida para o Colégio Pedro Augusto, onde cursou o Pré-Jurídico. Em 1939, ingressou na Facul-dade de Direito da cidade, bacharelando-se em 1943. Retornando à Paraíba, foi prefeito do município de Monteiro de 1944 a 1945. De volta a Pernambu-co, ingressou no MP, mediante concurso, exercendo o cargo de promotor. Em 15 de dezembro de 1978, foi nomeado pelo presidente da República, general Ernesto Geisel, para exercer o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.

TJPB vai homenagear dois paraibanos ilustres com a Medalha de Mérito Judiciário

HISTÓRICO DA REVISTA DO FORO E HOMENAGEM

Em 1907, a Revista do Foro foi criada por lei do presidente do Estado Monsenhor Valfredo Leal. Segundo o

presidente da Comissão, desembargador Marcos Cavalcanti, a lei versa que o Tribunal selecionará sua produção

jurídica e publicará em revista. A programação cultural 2013 teve seguimento, no dia 29 de maio, com uma

homenagem especial à juíza Helena Alves – primeira magistrada do Estado.

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ROMERO MARCELOA comissão terá a direção do vice-presidente do Tribunal da Justiça da Paraíba.

DIÁLOGO COM SERVIDORESA desembargadora Fátima Bezerra e assessores discutem benefícios com representantes de associações.

PCCRPresidência recompõe comissão de regulamentação

e recomenda diálogo com os servidores

A presidente do Tribunal de Jus-tiça da Paraíba, desembargadora Fáti-ma Bezerra Cavalcanti, ao assumir o cargo em fevereiro deste ano, colocou, na pauta de prioridades, a continuida-de do processo de regulamentação do Plano de Cargos, Carreira e Remune-ração (PCCR) dos servidores.

Segundo ela, é preciso oferecer condições de trabalho aos servidores, porque eles são o suporte para o anda-mento jurisdicionais e administrativas do Judiciário estadual.

Para dar o encaminhamento ne-cessário, a presidente recompôs Comis-são Especial, criada para regulamentar os dispositivos da Lei 9.586/11, que es-tabeleceu o PCCR dos servidores.

A Comissão, sob a direção do vice-presidente do Tribunal, desem-bargador Romero Marcelo, também será integrada pelo diretor especial do TJPB, Robson Cananéa, pelos direto-res de processo administrativo e o de gestão de pessoas, Einstein Roosevelt, além dos gerentes de primeiro grau e de planejamento.

APOIO DOS SERVIDORES

A lei que instituiu o PCCR foi sancionada pelo governador do Esta-do, Ricardo Coutinho, em dezembro de 2011, mas alguns dispositivos estão passíveis de regulamentação.

Por compreender que o atual Plano de Cargos, Carreira e Remune-ração foi elaborado dentro das con-dições orçamentária e financeira do

Poder Judiciário e com a participação efetiva das categorias representati-vas através do diálogo democrático, a presidente Fátima Cavalcanti reco-mendou que fossem observados os mesmos critérios durante os traba-lhos da comissão.

A Presidência do Tribunal reno-vou o compromisso para a melhoria da prestação jurisdicional e salien-tou que, para cumprir esse objetivo, é imprescindível o apoio de todos os servidores. Ela reconhece que a re-gulamentação do PCCR é um ponto fundamental e o equilíbrio necessário para estabilidade, segurança e autoes-tima dos servidores, valores indispen-sáveis ao bom desempenho funcional.

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Com um trabalho de qualifi cação e aperfeiçoamento de magistrados e servi-dores do Poder Judiciário e de formação de concluintes do curso de Direito para a carreira de juiz, a Escola Superior da Ma-gistratura (Esma) completa 30 anos em 25 de setembro.

Sob a direção do desembargador Luiz Silvio Ramalho Júnior, no biênio 2013/2014, a Escola tem, dentre suas me-tas para este ano, a realização do curso “Administração Judiciária”, para capacitar juízes e garantir o cumprimento da Meta 8 do Conselho Nacional de Justiça. O CNJ recomenda a formação em administração de, pelo menos, 50% dos magistrados.

A Esma, que pretende atingir 80% do público, já iniciou a capacitação, com primeira turma de juízes em João Pessoa; a segunda turma terá início no dia 7 de junho. Já em Campina Grande, os magis-trados participarão do curso a partir do dia 24 de maio.

Para o desembargador Ramalho Júnior, nos dias atuais, os magistrados não são apenas julgadores, mas, também, gestores, seja como diretor de fórum ou quando atingem o segundo grau.

Com um plano de ação e cronogra-ma de cursos para os próximos dois anos defi nidos pelo Conselho Consultivo, a Es-cola está implantando mestrado em con-vênio com a Universidade de Lisboa e um Núcleo de Educação a Distância (EaD).

“Pretendemos utilizar essa ferra-menta como forma de atingir o maior nú-mero de pessoas, minimizando os custos e otimizando a utilização do tempo”, decla-rou o diretor Silvio Ramalho Júnior.

Além do diretor, compõem o Con-selho Consultivo da Esma o diretor-ad-junto, juiz Alexandre Targino Falcão, os conselheiros Euler Paulo de Moura Jansen (juiz de Bayeux), Silmary Alves de Quei-roga Vita e Sérgio Moura Martins (ambos de João Pessoa).

Regimento Interno

Parcerias

META 8Esma capacita juízes em administração

A Escola Superior da Magistratura (Esma), sob a direção do desembargador Luiz Sílvio Ramalho Júnior, reuniu suas equipes administrativa e acadêmica para defi nir o Regimento Interno da Escola. Além do diretor, também participaram do encontro de trabalho o diretor adjunto, juiz Alexandre Targino Falcão – membros natos do Conse-lho Consultivo – e os conselheiros; a coordenadora de Pós-Graduação adjunta, juíza Silmary Alves de Queiroga Vita; o coordenador do Cursos de Magistrados, juiz Sérgio Moura Martins; e o coordenador de Ensino a Distância, Euler Paulo de Moura Jansen.

Com independência funcional, o Conselho Consultivo é o órgão responsável por toda a parte acadêmica, no que diz respeito aos assuntos relacionados com o ensino, pesquisa e extensão, além de assessorar a Diretoria da Escola em questões administrativas.

Luiz Silvio Ramalho Júnior revelou, ainda, que uma das metas imediatas da Esma é instituir o Regimento Interno. “Já começamos a concretizar esse objetivo, com a aprovação da resolução que normatiza a criação das coordenadorias acadêmicas e a composição do Conselho Consultivo”, adiantou. O texto foi aprovado, por unanimida-de, pelo Pleno do TJPB.

e amplia cursos de especialização

DESEMBARGADOR RAMALHO JÚNIORDiretor atuará no biênio 2013/2014, com meta de ampliar os cursos da Escola.

A gerente acadêmica da Esma, o gerente de Capacitação do Tribunal de Justiça da Paraiba e o juiz Eduardo Soares, estiveram reunidos em Campina Grande com a pró-reitora de pós-gra-duação da UEPB, Marcionila Fernandes, para defi nir curso de especialização em Prática Judiciária fi rmado entre a escola e a universidade.

Existem hoje 11 cursos em nível de especialização, em convênio com a UEPB, sendo seis destinados a servido-res, que ocorrem em João Pessoa, Cam-pina Grande, Patos e Cajazeiras, e cinco para magistrados, servidores e público, inclusive, o Curso de Preparação à Ma-gistratura (CPM).

CONSENSO - MAIO DE 201364

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Servidores dos setores administrativos das seis circunscrições judiciárias do Estado participaram de curso sobre rotinas de adian-tamentos de fundos, ministrado pela gerente de Controle Interno do TJPB, Maria do Carmo Moura. De cada Fórum, participou do treina-mento o gerente da unidade judicial e um outro servidor responsável por fazer compras. “Uma pessoa faz as compras e o gerente atesta que as compras foram realizadas. Essas duas funções não podem se confundir numa pessoa só”, explicou o gerente de Capacitação do Tribunal, Romero Gonçalves Cavalcanti.

Servidores e gerentes de diversos setores do Tribunal de Justiça, Corregedoria-Geral de Justiça e Esma participaram, por dois dias (15 e 16 de abril), do curso “Gestão de Portfólio de Projetos”, ministra-do pelos consultores Daniel Lopes e Rodrigo Martins dos Santos, da 3GEN. O treinamento faz parte do programa de revisão e ampliação da gestão estratégica do Poder Judiciário paraibano, coordenado pela Diretoria de Gestão Estratégica do TJPB.

O curso ocorreu na Escola Superior da Magistratura (Esma), em João Pessoa. As aulas, teóricas e práticas, levaram ao grupo conhecimen-to sobre a elaboração de portfólio de projetos alinhados com a estratégia organizacional do TJPB, com a observância em critérios fundamentais como a alocação de recursos, priorização, otimização do tempo de exe-cução, escopo e integração com outros projetos, dentre outros pontos.

A Gerência de Capacitação do Tribunal de Jus-tiça realizou treinamento com os servidores do Fó-rum Regional de Mangabeira, na comarca da Capi-tal, entre os dias 3 e 23 de abril. Os temas abordados foram Tabelas Processuais Unifi cadas do CNJ (Con-selho Nacional de Justiça) e Práticas Cartorárias Cí-veis e Criminais, além dos sistemas STI, e-Jus e PJe. O objetivo foi criar um padrão de trabalho tanto dos servidores recém-nomeados quanto dos antigos.

O Tribunal de Justiça da Paraíba implantou no início de 2013 as Tabelas Processuais Unifi cadas, ins-tituídas pela Resolução 46 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O treinamento serviu para qualifi car os servidores que operam o novo sistema de infor-mação processual. A instrutora do treinamento, So-corro Fernandes Costa, informou que “os servidores treinados agora trabalharam de forma mais técnica, e esse conhecimento adquirido, posto em prática, tem refl exos visíveis na melhoria do atendimento à população”. As tabelas visam melhorar a coleta de informações estatísticas, essenciais ao planejamento estratégico do Poder Judiciário.

Servidores capacitadosOrientações sobre compras

Treinamento sobre unificação de informações

Curso sobre Gestão de Portfólio

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Representação em Brasília

Elo entre mesa diretora e servidores do TJ

Sempre apoiado pela presidente do Tribunal de Justiça e com uma partici-pação atuante, seja opinando ou fi cando à frente de alguns encaminhamentos do Poder Judiciário, o vice-presidente da Corte Judiciária, desembargador Romero Marcelo da Fonseca Oliveira, vem dando uma nova dinâmica ao cargo que assumiu desde o dia 1º de fevereiro.

Ele disse que a pró-atividade de uma Vice-Presidência atuando juntamente com a Presidência é uma experiência nova para o Tribunal. “Eu acho que essa pró-atividade está sendo uma forma muito boa de ad-ministrar. Estou me sentindo muito bem, pois gosto de participar, tenho muito zelo e sempre tive pela minha função, pelo Ju-diciário, muita dedicação, trabalhando in-cansavelmente e querendo acertar. Espero estar contribuindo com a administração da desembargadora Fátima”, afi rmou.

Uma nova dinâmica na função do vice-presidente

Dentre as atribuições recebidas pelo desembargador Romero Marcelo, está de ser um elo entre a mesa diretora do TJ e os servidores. “Nós estamos na negocia-ção de uma resolução que regulamenta a Central de Mandados. Isso é uma questão importante. Estamos tratando da cria-ção de um selo eletrônico para os Car-tórios Extrajudiciais. E uma das funções do vice-presidente é presidir o Concurso para o preenchimento das Serventias Ex-trajudiciais. Isto está ligado diretamente a implantação do selo digital. Portanto, enfrentando situações como essa eu tenho auxiliado a senhora presidente, evidente-mente, participando dessas negociações ou junto com ela, ou tomando a frente. Mas sempre sob a orientação da própria

presidente, aliás, numa cooperação inte-grada e harmônica”, enfatizou.

Romero Marcelo observa que o car-go de vice-presidente é, principalmente, de expectativa de substituição do presi-dente nos eventuais afastamentos, em-bora esteja na sua missão decidir sobre a concessão de licença para os funcionários, a distribuição de processos e funcionar como relator nos casos de suspeição atri-buída a desembargador. “Afora essas fun-ções específi cas previstas no Regimento Interno, o vice-presidente funciona como um desembargador normal. Eu continuo em atuação na 4ª Câmara Especializada Cível, onde sou presidente, nas minhas funções na 2ª Seção Especializada Cível e no Tribunal Pleno, como desembargador”.

Recentemente, o vice-presi-dente representou o Tribunal de Justiça, em Brasília, durante en-contro no Conselho Nacional de Justiça para discutir sobre a ela-boração uma nova resolução que trata dos concursos para a magis-tratura. A resolução vai orientar todos os concursos estaduais e no âmbito da Justiça Federal. Assim que o CNJ baixar essas normas o TJPB deverá trabalhar para ade-quar suas próprias resoluções e seus concursos a essa nova orien-tação do Conselho.

ROMERO MARCELO DA FONSECA OLIVEIRAVice-presidente da Corte Judiciária, desembargador desempenha papel importante na gestão do TJPB

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O vice-presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Ro-mero Marcelo, fez a entrega de nove veí-culos à Universidade Federal da Paraíba, Secretaria de Segurança Pública, Co-mando Geral da Polícia Militar, Defen-soria Pública e Associação de Procura-dores do Estado da Paraíba. Os veículos foram cedidos para uso das instituições, uma vez que o TJ renovou parte da frota.

O desembargador disse que a pre-ocupação do TJPB é fazer com que os bens públicos, que não estão mais ser-vindo às atividades do Poder Judiciário, tenham um melhor emprego junto a ou-tros órgãos. “Estamos fazendo contrato de cessão para que os veículos saiam da esfera do TJPB, mas continuem sendo utilizados pelo serviço público, agora para que essas novas entidades possam aproveitá-los em prol da comunidade”, disse o magistrado.

A reitora da UFPB, Margareth Di-niz, agradeceu a iniciativa do Tribunal: “Essa é uma atitude de uma administra-ção sustentável”.

TJPB cede veículos a instituições

SOLENIDADEO vice-presidente do TJPB, desembargador Romero Marcelo, fez a entrega dos veículos durante solenidade.

Carros serão utilizados por outros órgãos públicos da Paraíba

O defensor público geral da Para-íba, Vanildo Oliveira Brito afi rmou que a parceria Defensoria Publica e Tribu-nal de Justiça é importante por não se restringir apenas à doação dos veículos, mas em outras atividades de trabalho.

Para o subcomandante-geral da PM, Francisco de Assis Castro, os carros terão um bom uso por parte da Polícia Militar, principalmente na área admi-nistrativa. Segundo ele, alguns veículos que vêm servindo à instituição policial serão substituídos pelos doados pelo TJ,

que estão em melhores condições.Por fi m, a presidente da Associação

de Procuradores do Estado da Paraíba, Sany Japiassu, disse que toda a direção da entidade fi cou satisfeita, porque vai viabilizar a ação que a associação faz em favor da categoria. “São profi ssionais im-portantíssimos porque não só defendem o patrimônio do Estado, mas toda a so-ciedade. São profi ssionais que trabalham todos os dias em favor dos cidadãos. Esse carro vai ajudar muito na atividade do dia a dia da Associação”, disse Sany Japiassu.

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Ele nasceu em Mamanguape. Fi-lho de Seu Antônio da Silva Ramos e de dona Ricardina de Oliveira Ramos, o desembargador Miguel Levino de Oli-veira Ramos é um incansável. Seu enor-me potencial, a diversidade de conhe-cimentos jurídicos, temas e referências falam por si só. Uma excelente pessoa, o desembargador Miguel Levino, como é conhecido.

O curso de Direito, segundo ele, foi uma decisão defi nitiva. “Desde menino eu queria estudar Direito. Meu pai tinha um cartório e eu, pequeno, contemplava os debates dos advogados Renato Bas-tos, Bôtto de Menezes, entre outros. Eu me encantava com aquilo. Fui crescendo pensando em realizar esse desejo: fazer o curso de Direito”, afi rma.

O magistrado integra a lista de pa-raibanos que estudaram o curso de Di-reito na Faculdade do Recife, já que aqui em João Pessoa não havia essa faculda-de. “Terminei em 1952. Tive dois irmãos colegas meus de turma, Joás e Joacil de

Ícones da Magistratura

Miguel Levino de Oliveira Ramos“Desde menino que eu queria estudar Direito”

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Brito Pereira”.Depois que concluiu o curso, Mi-

guel Levino voltou para Mamanguape, onde começou a praticar a advocacia. Naquele tempo, lembra ele, a comarca de Mamanguape abrangia Baia da Trai-ção, Rio Tinto e Jacaraú.

Antes de ingressar na magistratu-ra, foi promotor substituto em sua terra

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MOMENTOS DE VIDAnatal, nomeado pelo governador Flávio Ribeiro Coutinho.”Depois apareceu o concurso para promotor, eu fi z e passei”.

De lá, já concursado, foi atuar na comarca de Bananeiras. Sua passagem pelo Ministério Público só durou dois anos. Quando soube que estavam aber-tas as inscrições para o concurso de juiz de Direito, ele não perdeu tempo. Foi aprovado e nomeado em 18 de outubro em 1957.

Naquele tempo, quem presidia o Tri-bunal era o desembargador Renato Lima. “Honra-me dizer que passei em primeiro lugar. E tive a prerrogativa de escolher a comarca. Fui para Soledade, porque era próxima a Campina Grande”, disse.

De Soledade, o magistrado foi re-movido para Serraria, depois Bananei-ras, passou por Patos e, ainda, Campina Grande. No dia 2 de setembro de 1969, foi removido para a Sétima Vara da Ca-pital. E em 19 de maio de 1982, foi no-meado desembargador.

Foi presidente do TJPB, ocasião em que assumiu, por duas, vezes o Go-verno do Estado. E foi também presi-dente do Tribunal Regional Eleitoral e professor de Direito Penal da Universi-dade Federal da Paraíba.

Em sua gestão, ele apoiava inte-gralmente os encontros de juízes da Ca-pital, do Brejo, do Cariri e Sertão. “Esses encontros eram organizados pelo de-sembargador Simeão Cananéa, que era

presidente da Associação dos Magis-trados da Paraíba”, revela.

O desembargador Miguel Levino não esconde que tem

saudades do Tribunal. “Te-nho sim, do companheiris-mo, bem próximo, a gente

vivenciava as coisas boas e tristes dos colegas. E essa saudade eu mato de

vez em quando, quan-do vou lá encontrar

os amigos nas so-lenidades”.

História de amor e outras conversas

A advogada Olga Cunha Ra-mos, o amor de Miguel, ele conheceu na Faculdade de Direito do Recife. “Estudamos juntos, ela uma moça aplicada”. Dessa união nasceram os filhos desembargadores Abraham Lincolin e Márcio Murilo e o juiz Wolfram Ramos.

O senhor fi cou logo apaixona-do por ela? “Não, eu acho que foi ela quem fi cou por mim”, disse rindo. Mas quando solicitado para fazer uma de-claração de amor a ela, ele disparou: “Que continuemos assim, vivendo esse amor que nos uniu”.

O desembargador e dona Olga construíram uma família de magis-trados e isso aconteceu naturalmente. “Tenho orgulho porque foi espontâ-neo. O próprio Wolfram fez vestibu-lar para Engenharia e, depois, pensou melhor e fez o curso de Direito”.

Miguel Levino não integra o time dos aposentados que vive no Ma-

naíra Shopping. Raramente, e é por-que mora bem pertinho.

Quando o assunto é música, sua predileção é uma seresta. “Eu sempre vou!”. Apreciador de uma boa cachaça, Miguel deu a sentença: “Só vou deixar quando eu morrer”.

Para se manter atual, ele ler re-vistas e jornais. Tem amor a Deus? “Tenho, sou fi lho dele”.

Apontando para a Praça Alcides Carneiro, no bairro de Manaíra, onde reside e caminha todos os dias, per-cebemos sua vitalidade. “Essa praça é meu ancoradouro. Todos os dias faço meu passeio público”.

Fomos encontrar com o desem-bargador Miguel Levino de Oliveira Ramos ao lado de sua mulher, Olga Ramos, em seu apartamento. A sala da casa é decorada por quadros de Flávio Tavares e obras de arte trazidas de paí-ses visitados por sua mulher.

Um belo casal.

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A tradição jurídica brasileira sempre deixou em se-gundo plano o importantíssimo tema da administração da justiça, uma vez que o modelo de juiz até pouco tempo predominante era daquele que se adstringia aos autos para tão-somente despachar, presidir audiências e julgar processos.

A organização cartorária era delegada ao escrivão ou chefe do cartório que se incumbia de administrar e dar condições para que as ordens judiciais fossem cum-pridas. O envolvimento era mínimo. Nos Tribunais, essa ideia também era difundida no desempenho dos des-tinos do Poder Judiciário, cujas despesas dependiam do crivo do Executivo que controlava a folha de pagamento, as novas construções, o mobiliário e os equipamentos.

A atividade do presidente do Tribunal era prepon-derantemente de representação e condução dos julga-mentos da Corte. Exemplo disso estava no artigo 47 do Código de Processo Penal de 1832, que determinava à Câmara Municipal a obrigação de preparar para os juí-zes de direito, a casa, cama, escrivaninha, louça e mobília, nos locais onde aconteciam as sessões do Tribunal do Júri.

Todavia, o moderno Estado brasileiro optou por um modelo de justiça que contemplou o Judiciário com uma dupla função: julgar e administrar. Diferentemente de outros países, como os Estados Unidos da América, cuja função de administrar a Justiça encontra-se nas mãos do State Courts Administrator, o povo brasileiro quis ver a sua Justiça ser administrada por juízes e esse é um grande desafi o para todos nós.

A Constituição Federal (art. 99) conferiu aos Tribu-nais autonomia administrativa e fi nanceira, de modo que os instrumentos foram disponibilizados, cabendo

a cada um de nós, assumir essa feição administrativa com vistas a buscar um maior grau de efi ciência aos serviços judiciários.

Sabe-se que a explosão de processos judiciais, muitas vezes causados, por exemplo, pela inefi ciência dos outros poderes de Estado na sua atividade de fi s-calização de empresas, de condução econômica e de organização da segurança pública, tem impactado ne-gativamente na atuação do Judiciário. Contudo, isso não pode ser um empecilho para se buscar uma maior efi -ciência e menor duração dos processos judiciais. Daí, a importância de um planejamento estratégico e da sua adesão por todos os segmentos da Justiça. Por meio da fi xação de um plano geral de atuação, com os objetivos a serem perseguidos e a construção dos meios para atingir uma melhor prestação jurisdicional, busca-se um esforço conjunto no aperfeiçoamento do Judiciário. A ação unifi cada, a construção de metas, o gerenciamen-to por meio de estatísticas, a concentração de esforços e de objetivos são a estratégia para se vencer essas difi culdades.

Urge pensar nesses modernos instrumentos de condução da atividade-meio, para que possamos atin-gir níveis de efi ciência desejados pela sociedade, pois só assim teremos o reconhecimento social e a legitimida-de necessária para o bom desempenho da profi ssão. A sociedade, segundo Max Weber, estrutura-se por meio do direito, para que se possa ter previsibilidade de comportamentos e, por consequência, segurança na atuação individual e coletiva. Nas sociedades democrá-ticas, cabe ao Judiciário essa tarefa de produzir segu-rança jurídica.

Administrar a Justiça

SILVEIRA NETOJuiz-auxiliar da presidência do TJPB

“Urge pensar nesses modernos instrumentos de condução da atividade-meio, para que possamos atingir níveis de efi ciência desejados pela sociedade,

pois só assim teremos o reconhecimento social e a legitimidade necessária para o bom desempenho da profi ssão.”

ANTONIO

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