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Trabalho de conclusão de curso para o bacharelado em Administração com habilitação em Comércio Exterior. Autor: Fernando Dias de Oliveira
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FACULDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DE
APUCARANA - FECEA
Fernando Dias de Oliveira
BARREIRAS NA FORMAÇÃO DE CONSÓRCIOS DE EXPORTAÇÃO
NAS EMPRESAS DO RAMO DE BONÉ DO PÓLO DE
APUCARANA/PR
Apucarana
2009
FACULDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DE
APUCARANA - FECEA
Fernando Dias de Oliveira
BARREIRAS NA FORMAÇÃO DE CONSÓRCIOS DE EXPORTAÇÃO
NAS EMPRESAS DO RAMO DE BONÉ DO PÓLO DE
APUCARANA/PR
Monografia apresentada ao curso de
Administração, da Universidade Estadual
do Paraná, Faculdade Estadual de
Ciências Econômicas de Apucarana,
como requisito para a obtenção do título
de Bacharel em Administração com
Ênfase em Comércio Exterior.
Orientador: Prof. Valter Bueno
Apucarana
2009
Fernando Dias de Oliveira
BARREIRAS NA FORMAÇÃO DE CONSÓRCIOS DE EXPORTAÇÃO NAS
EMPRESAS DO RAMO DE BONÉ DO PÓLO DE APUCARANA/PR
Monografia apresentada ao curso de
Administração, da Universidade Estadual do
Paraná, Faculdade Estadual de Ciências
Econômicas de Apucarana, como requisito
para a obtenção do título de Bacharel em
Administração com Ênfase em Comércio
Exterior.
Orientador: Prof. Valter Bueno
COMISSÃO EXAMINADORA
Prof. M. Sc. Leonardo Farrero Fartori
Prof. M. Sc. Valter Bueno de Lima Jr
Apucarana, 27 de novembro de 2009
A todos que me auxiliaram nesse
processo de aprendizagem, e em
especial: a Deus, que me fortalece
sempre; aos meus pais, que me
ensinaram o que é a vida e o amor; aos
meus professores, que me guiaram até
aqui; a minha amada esposa, que me
mostrou o verdadeiro sentido de existir
e lutar por aquilo que se quer.
“A vida � para quem topa qualquer
parada. N�o para quem p�ra em
qualquer topada.”
Bob Marley
OLIVEIRA, Fernando D. de. BARREIRAS NA FORMAÇÃO DE CONSÓRCIOS DE
EXPORTAÇÃO NAS EMPRESAS DO RAMO DE BONÉ DO PÓLO DE APUCARANA/PR.
2009. Monografia (Bacharelado em Administra��o com �nfase em Com�rcio Exterior) –
Faculdade Estadual de Ci�ncias Econ�micas de Apucarana.
Resumo
Apucarana se torna referencial nacional ao consolidar o p�lo de bon�s. Tem todas
as caracter�sticas b�sicas para a forma��o de uma APL, sendo dividido em duas
ramifica��es: as empresas produtoras de bon�s e as fac��es. O bon� j� era
utilizado, em vers�es primitivas, desde o Egito Antigo, sofrendo modifica��es at� o
estado conhecido atualmente. A estrutura do bon� � formada por duas partes
fundamentais: a copa e a aba. O processo de comercializa��o do bon� se faz,
geralmente, entre o contado do comprador e da empresa produtora. A exporta��o
segue com todas as caracter�sticas necess�rias, sendo utilizadas duas maneiras:
exporta��o de produ��o e exporta��o de amostra. O cons�rcio de exporta��o � a
integra��o de empresas com o mesmo objetivo: exportar. Pode ser dividida em
rela��o: a) � finalidade, b) aos membros associados, c) ao territ�rio, d) � natureza
dos s�cios, e) � forma jur�dica. Algumas caracter�sticas s�o encontradas em comum
entre os cons�rcios de exporta��o, al�m de suas vantagens. As barreiras
encontradas em um cons�rcio de exporta��o s�o: a) estruturais, b)organizacionais,
c) comportamentais. A metodologia empregada foi a da pesquisa qualitativa, cujo
objetivos foram: a) identificar quais as barreiras na forma��o de cons�rcio de
exporta��o de bon�s no p�lo de Apucarana (PR), b) analisar qual o grau de
conhecimento dos empres�rios sobre cons�rcio de exporta��o, c) conhecer o
cen�rio de exporta��o de bon�s, d) verificar a aceita��o do cons�rcio de exporta��o
frente as empresas de bon�s. Tamb�m foi realizada uma entrevista com o Sr. Jayme
Leonel, coordenador do grupo gestor da APL de bon�s de Apucarana. Conclui-se
que as principais barreiras encontradas s�o: a) falta de conhecimento, b)
concorr�ncia, c) estrutura. O grau de conhecimento sobre cons�rcio de exporta��o �
baixo. Poucas empresas exportam e a aceita��o do cons�rcio de exporta��o sofre
uma resist�ncia.
Palavras-chave: cons�rcio de exporta��o; barreiras; bon�
OLIVEIRA, Fernando D. de. BARRIERS IN CONSORTIUM EXPORT INSURANCE
COMPANIES IN THE HAT OF THE POLE OF APUCARANA / PR. 2009. Monograph
(Bachelor in Business Administration with emphasis in International Business)–
Faculdade Estadual de Ci�ncias Econ�micas de Apucarana.
ABSTRACT
Apucarana becomes referential to consolidate the national hub caps. It has all the
basic features for the formation of an APL, being divided into two branches: the
producers of hats and factions. The cap was already used in early versions, from
ancient Egypt, through changes to the state known today. The structure of the cap
consists of two fundamental parts: the crown and brim. The process of marketing the
cap is made, usually counted among the buyer and the producer. The export goes
with all the necessary features and is used two ways: export production and export of
sample. The export consortium is the integration of companies with the same goal: to
export. Can be divided in relation to: a) the purpose, b) associate members, c) the
territory, d) the nature of the partners, e) the legal form. Some features are found in
common between the export consortia, as well as its advantages. The barriers found
in an export consortium are: a) Structural b) organizational, c) behavioral. The
methodology was a qualitative research whose objectives were: a) identify the
barriers in the formation of export consortium in pole caps Apucarana (PR), b)
analyze the degree of knoledge of entrepreneurs about export consortium, c)
understand the scenario export caps, d) verify the acceptance of the consortium of
companies export front baseball caps. We also carried out an interview with Mr.
Jayme Leonel, coordinator of the group manager of APL caps Apucarana. Concluded
that the principal challenges are: a) lack of knowledge, b) competition, c) structure.
The degree of knowledge about export consortium is low, few firms export and
acceptance of export consortium suffers a resistance.
Key-words: consortium of export barriers; cap
Sumário
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................11
1 APRESENTAÇÃO DO PÓLO DE BONÉS DE APUCARANA................................................13
1.1 APL - ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE CONFECÇÕES DE BONÉS DE APUCARANA .................................................................................................................................13
1.2 ANÁLISE DAS EMPRESAS E FACÇÕES CONFECCIONISTAS DO APL DE BONÉS DE APUCARANA .................................................................................................................................14
1.2.1 Empresas confeccionistas do APL de Apucarana.............................................................14
1.2.2 Facções confeccionistas do APL de Apucarana ...............................................................20
2 O PRODUTO: BONÉ ..................................................................................................................24
2.1 PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO BONÉ. .........................................................................24
2.2 PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO DO BONÉ.............................................................26
2.3 PROCESSO DE EXPORTAÇÃO DO BONÉ. .......................................................................26
2.3.1 Processo de exportação de produção ................................................................................27
2.3.2 Processo de exportação de amostras ................................................................................28
3 CONSÓRCIOS DE EXPORTAÇÃO..........................................................................................29
3.1 CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE CONSÓRCIO DE EXPORTAÇÃO...................................31
3.1.1 Divisão dos consórcios em relação às finalidades ............................................................31
3.1.2 Divisão dos consórcios em relação aos membros associados ........................................32
3.1.3 Divisão dos consórcios em relação ao território ................................................................33
3.1.4 Divisão dos consórcios em relação à natureza dos sócios ..............................................33
3.1.5 Divisão dos consórcios em relação à forma jurídica .........................................................33
3.2 ESTRUTURA E CARACTERÍSTICAS DE UM CONSÓRCIO DE EXPORTAÇÃO...........34
3.3 VANTAGENS DO CONSÓRCIO DE EXPORTAÇÃO..........................................................37
3.4 BARREIRAS NO CONSÓRCIO DE EXPORTAÇÃO ...........................................................38
3.4.1 Barreiras estruturais .............................................................................................................39
3.4.2 Barreiras organizacionais ....................................................................................................39
3.4.3 Barreiras comportamentais..................................................................................................40
4 METODOLOGIA .........................................................................................................................41
4.1 OBJETIVOS .............................................................................................................................41
4.2 QUESTÂO DE PESQUISA .....................................................................................................42
4.3 RESULTADOS OBTIDOS.......................................................................................................42
5 ENTREVISTA COM O COORDENADOR DO GRUPO GESTOR DO APL DE BONÉS .....43
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................46
8
REFER�NCIAS ..............................................................................................................................48
AP�NDICES ...................................................................................................................................51
AP�NDICE A – Roteiro de entrevista ..........................................................................................52
AP�NDICE B – Modelo de question�rio ......................................................................................53
Lista de Ilustrações
Figura 1 - ETAPAS PRODUTIVAS DA CONFECÇÃO DE BONÉS ..........................26
Figura 2 - MODELO DE UM CONSÓRCIO DE EXPORTAÇÃO ...............................36
Gráfico 1 - NÚMERO DE SÓCIOS DAS EMPRESAS CONFECCIONISTAS DO APL
DE BONÉS DE APUCARANA - 2005........................................................................15
Gráfico 2 - SITUAÇÃO DOS IMÓVEIS EM QUE OPERAM AS EMPRESAS
CONFECCIONISTAS DO APL DE BONÉS DE APUCARANA - 2005 ......................16
Gráfico 3 - PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL NO TOTAL DA CATEGORIA BONÉS
PRODUZIDO PELAS EMPRESAS CONFECCIONISTAS DO APL DE BONÉS DE
APUCARANA - 2005.................................................................................................18
Gráfico 4 - ANO DE FUNDAÇÃO DAS EMPRESAS FACCIONISTAS DO APL DE
BONÉS DE APUCARANA - 2005 .............................................................................20
Gráfico 5 - NÚMERO DE SÓCIOS DAS EMPRESAS FACCIONISTAS DO APL DE
BONÉS DE APUCARANA - 2005 .............................................................................21
Gráfico 6 - SITUAÇÃO DO IMÓVEL EM QUE OPERAM AS EMPRESAS
FACCIONISTAS DO APL DE BONÉS DE APUCARANA - 2005 ..............................21
Lista de Tabelas
Tabela 1 - N�MERO DE EMPRESAS RESPONDENTES E QUANTIDADE ANUAL
DE PRODUTOS DAS EMPRESAS CONFECCIONISTAS DO APL DE BON�S DE
APUCARANA - 2005.................................................................................................17
Tabela 2 - N�MERO DE ESTABELECIMENTOS E FAIXA DE PRODU��O,
SEGUNDO O PORTE POR PRODU��O DAS CONFECCIONISTAS DO APL DE
BON�S DE APUCARANA - 2005 .............................................................................19
Tabela 3 - N�MERO DE EMPRESAS RESPONDENTES E PERCENTUAL DAS
VENDAS REALIZADAS, SEGUNDO OS CANAIS DE VENDA DAS EMPRESAS
CONFECCIONISTAS DO APL DOS BON�S DE APUCARANA – 2005...................19
Tabela 4 - N�MERO DE EMPRESAS RESPONDENTES, QUANTIDADE TOTAL DE
COMPONENTES EXECUTADOS PELAS EMPRESAS FACCIONISTAS DO APL
DOS BON�S DE APUCARANA – 2005....................................................................22
Tabela 5 - N�MERO DE ESTABELECIMENTOS E FAIXA DE PRODU��O,
SEGUNDO O PORTE POR PRODU��O DAS EMPRESAS FACCIONISTAS DO
APL DE BON�S DE APUCARANA - 2005................................................................23
11
INTRODUÇÃO
Com novas perspectivas, cada vez mais o mercado se torna pequeno, sendo
necessária a exploração de novos horizontes, novas fontes de recursos, novas
idéias e soluções. E no mundo empresarial não poderia ser diferente. Com a
globalização, o que era longe se torna perto. As informações são transmitidas com
muito mais agilidade e complexidade.
Entendendo estas mudanças, os setores industriais tendem a tomar rumos
que se adéquam às transformações do mercado e do modo de agir dos demais
setores.
Com as flutuações do mercado, as empresas cada vez mais buscam por seus
espaços, tanto no mercado interno quanto no mercado externo. E na procura desse
novo espaço as empresas acabam sendo impulsionadas e obrigadas a enfrentar as
concorrências de frentes, mas agora não mais as suas vizinhas, e sim de toda a
parte do mundo.
A aproximação dos concorrentes internacionais gera instabilidade e
insegurança para as empresas de todos os setores.
Com a crescente onda da globalização e os mercados cada vez mais
competitivos, as empresas devem ter a consciência de que não estão sozinhas.
Através da cooperação entre as empresas, num formato reconhecido como o
consórcio de exportação, uma interagindo com a outra, para que cada vez mais elas
possam entrar nesse mercado, que é tão concorrido, o mercado internacional.
Por este motivo, as empresas buscam alternativas para garantir que seus
negócios se mantenham dinâmicos e atualizados.
As empresas do ramo de bonés de Apucarana (PR) enfrentam as mais
diversas barreiras para se manter no mercado e enfrentar a concorrência que chega
do exterior.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar, com base na literatura e
bibliografia existente sobre o assunto, pesquisar e descrever informações sobre a
formação do consórcio de exportação, características, conceitos e tipos de
consórcios, a apresentação do pólo de bonés de Apucarana, como está dividida, a
APL, as empresas e as facções, as características e estruturas de comercialização e
exportação do boné
12
São apresentados ainda o conhecimento dos empresários do ramo de boné
sobre o consórcio de exportação, a identificação dos níveis do consórcio de
exportação e as possíveis barreiras que podem ocorrem para a formação de um
consórcio de exportação de bonés no pólo de Apucarana.
13
1 APRESENTAÇÃO DO PÓLO DE BONÉS DE APUCARANA
Apucarana apresenta-se no centro norte do estado do Paran�, a 369
quil�metros da capital Curitiba. Com um total de 115.323 habitantes (IBGE/2007),
onde � a 10� cidade mais populosa do Paran�. Conhecida como a “cidade alta”,
“capital do bon�” e “cidade educa��o”, faz limites com as cidades de Arapongas,
Cambira, Calif�rnia, Maril�ndia do Sul, Rio Bom, Novo Itacolomi, Mandaguari,
Londrina e Sabaudia. Tem uma �rea de 558.388 km�, com uma densidade de 210,0
hab./km�. A popula��o economicamente ativa (PEA) � de 57 mil pessoas (2006),
IDH de 0,799, com um PIB de R$ 1.006.252 mil (IBGE/2005) PIB per capita de R$
9.592 (IBGE/2006).
A cidade torna-se um referencial nacional ao consolidar o p�lo de bon�s. O
munic�pio est� no centro do eixo de 180 km que comp�e o chamado “Corredor da
Moda”, que come�a em Londrina, passando por Apucarana e Maring�, finalizando
em Cianorte. Neste corredor, localiza-se 2.660 ind�strias de confec��es, que
corresponde por 33.053 postos de trabalhos. Produzem 130 milh�es de pe�as por
ano e um faturamento de mais de R$ 2 bilh�es anuais.
O setor t�xtil-confec��es de Apucarana representa 57,8% dos empregos
industriais, 37,8% da regi�o e 1,3% dos empregos industriais do Paran�.
Em 1972, as empresas Cotton’s, Farol, Kep’s e Semetec, deram inicio ao
segmento de confec��es de bon�s na regi�o de Apucarana. Com o passar do
tempo, com o advento da tecnologia e aumento do conhecimento na �rea, ex-
funcion�rios dessas empresas abriram suas pr�prias empresas.
Em 1997, foi criada a Associa��o Brasileira de Bon�s de Qualidade
(ABRAFAB’Q). Introduziram os programas de certifica��o ISSO 9000, estrutura para
exporta��o, com apoio da APEX e constitu�ram uma central de compras. Em 2004,
109 empres�rios do setor aderiram ao Arranjo Produtivo Local de Bon�s de
Apucarana e Regi�o, formalizando sua exist�ncia.
1.1 APL - ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE CONFEC��ES DE BON�S
DE APUCARANA
14
Em Apucarana (PR), o setor de boné tem todas as características que
atendem as premissas básicas para constituir uma APL. Reúne elementos
fundamentais para seu desenvolvimento, ou seja, congrega número expressivo de
empresas de vestuário e empresas complementares, além de contar com entidades
representativas de classe e com experiência exitosas de cooperação, além de
mecanismos de coordenação organizados, com governança, composta mediante
Comitê Gestor, Comitês Temáticos e plenárias cotidianas, a qual tem protagonizado
várias atividades com resultados importantes para o desenvolvimento do APL. Estes
aspectos legitimam o segmento como autêntico APL, justificando ações e políticas
de apoio.
APL também pode ser definido como:
A aglomeração de um número significativo de empresas que atuam em torno de uma atividade produtiva principal e de empresas correlatas e complementares, como fornecedores de insumos e equipamentos, prestadoras de consultoria e serviços, comercializadoras, clientes, entre outras, em um mesmo espaço geográfico (município, conjunto de municípios, ou região), com identidade cultural local e com vínculos, mesmo que incipientes, de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, tais como: instituições públicas ou privadas de treinamento, promoções e consultoria, escolas técnicas e universidades, instituições de pesquisa, desenvolvimento e engenharia, entidade de classe e instituições de apoio empresarial e de financiamento (ALBAGLI e BRITO, 2002).
1.2 ANÁLISE DAS EMPRESAS E FACÇÕES CONFECCIONISTAS DO APL
DE BONÉS DE APUCARANA
O pólo de bonés de Apucarana se divide em duas ramificações: as empresas
produtoras de bonés e as facções.
1.2.1 Empresas confeccionistas do APL de Apucarana
A maioria das empresas nasceram nos últimos 20 anos, onde as empresas
que datam mais antigas (antes de 1981) não estão mais ativas. Porém, algumas
destas se refundaram, ficando com um percentual de 6% para as empresas que
15
iniciaram-se no per�odo entre 1981 e 1989; 35% entre 1990 e 1999, e a maioria,
59% entre 2000 e 2005 (ACIA, 2006).
O regime judici�rio predominante � a forma societ�ria de estrutura simples,
onde 69% t�m dois s�cios, 25% � de um propriet�rio, 5% tr�s s�cios e 1% com
quatro s�cios (gr�fico 1) (ACIA, 2006)
Gr�fico 1 - N�MERO DE S�CIOS DAS EMPRESAS CONFECCIONISTAS DO APL DE BON�S DE APUCARANA - 2005
FONTE: ACIA, 2006
As propriedades dos im�veis t�m uma propor��o de 52% sendo de im�veis
pr�prios, 44% alugadas e 4% de comodato (gr�fico 2). Este �ltimo � de propriedade
p�blica onde � cedido por um determinado tempo at� a empresa atingir uma
estabilidade maior. No caso de Apucarana, contou com a concess�o dos antigos
barrac�es do Instituto Brasileiro do Caf� (IBC) pelo governo federal. Estes barrac�es
foram transformados em v�rios m�dulos industriais, denominados “A Cidade do
Trabalho”, administrados pela prefeitura, que os cede �s empresas em sistema de
comodato (ACIA, 2006).
16
Gráfico 2 - SITUAÇÃO DOS IMÓVEIS EM QUE OPERAM AS EMPRESAS CONFECCIONISTAS DO APL DE BONÉS DE APUCARANA - 2005
FONTE: ACIA, 2006
A produção de bonés tem como característica uma diversidade de tipos que
merece ser citada. Há o boné promocional, com finalidade de divulgação de marcas
e eventos, em geral produzidos sob encomenda de grandes empresas, órgãos
públicos, clubes esportivos, etc. O boné magazine é confeccionado com a marca do
cliente e vendido em rede de grandes lojas ou supermercados. O boné de marca
própria leva a etiqueta do fabricante e é vendido geralmente para lojistas varejistas.
O boné de grife é produzido sob encomenda de grandes empresas da moda e traz
marca da mesma. Á ainda os bonés de políticos, de preços mais baixos, produzidos
para atender à demanda de campanhas eleitorais, e os bonés profissionais,
utilizados por trabalhadores para proteger-se do sol ou para identificação funcional
(exército, empresas, hospitais, restaurantes, hotéis, etc.) (ACIA, 2006).
Na tabela 1 estão os itens produzidos pelas empresas do APL de Bonés de
Apucarana. Os bonés representam 83,3% do total de peças produzidas no arranjo,
enquanto camisetas, chapéus, toucas e gorros vêm na sequência do rol dos
produtos manufaturados no município.
17
Tabela 1 - NÚMERO DE EMPRESAS RESPONDENTES E QUANTIDADE ANUAL DE PRODUTOS DAS EMPRESAS CONFECCIONISTAS DO APL DE BONÉS DE APUCARANA - 2005
PRODUTO
NÚMERO DE
EMPRESAS
RESPONDENTES
QUANTIDADE PRODUZIDA
Abs. %
Bonés promocionais 97 25.535.015 47,9
Bonés de magazine
(rede de loja)40 9.790.000 18,4
Bonés de marca própria 38 5.984.490 11,2
Bonés de grife 15 1.954.800 3,7
Bonés políticos 13 938.400 1,8
Total Categoria boné 44.202.705 83,0
Camisetas 61 3.988.875 7,5
Chapéus 54 1.426.248 2,7
Tocas e gorros 29 1.134.600 2,1
Porta-CDs 24 1.082.100 2,0
Aventais / Uniformes 33 624.034 1,2
Mochilas e bolsas 14 435.200 0,8
Bandanas 19 305.400 0,6
Tiaras 4 67.100 0,1
TOTAL - 53.266.262 100,0
FONTE: ACIA, 2006
O boné promocional, com 25,5 milhões de unidades/ano, representa 47,9%
do total de todas as categorias dos produtos do APL e 58% da categoria bonés. São
também mais importantes no faturamento das empresas, representando, em média,
71% do faturamento individual das empresas. Também é maior o número de
empresas que produzem este tipo.
O boné magazine e o de marca própria vêm na segunda e terceira posições
em termos de quantidade e representam, respectivamente, 22% e 14% do total de
bonés produzidos pelas empresas pesquisadas (gráfico 3) (ACIA, 2006)
18
Gráfico 3 - PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL NO TOTAL DA CATEGORIA BONÉS PRODUZIDO PELAS EMPRESAS CONFECCIONISTAS DO APL DE BONÉS DE APUCARANA - 2005
FONTE: ACIA, 2006
O tamanho das empresas é dado pela quantidade anual de peças produzidas,
onde 59 empresas são consideradas de microporte, com produção de até 250 mil
peças/ano; 40 são de pequeno porte, produzindo acima de 250 mil e abaixo de 500
mil peças/ano; 24 são de médio porte, com produção acima de 500 mil e abaixo de 1
(um) milhão de peças/ano, e 10 são de grande porte, produzindo acima de 1 milhão
de peças/ano (tabela 3)
A capacidade produtiva do parque industrial instalado é de 73.043.403
peças/ano.
Em termos de mercado, observou-se uma abrangência geográfica que
compreende os estados do sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, incluindo,
marginalmente, outros estados. As exportações têm a diminuta participação de 0,1%
do total de vendas e limita-se a apenas um tipo de produto, os bonés promocionais.
O mercado paulista destaca-se com volume de compra bastante superior para todos
os tipos de produtos do APL de Apucarana. Os bonés promocionais são
comercializados na proporção de 43,8% para São Paulo, 12,7% no Paraná, 9,0%
para o Rio Grande do Sul e 9,9% são vendidos para outros estados da Federação.
19
Tabela 2 - N�MERO DE ESTABELECIMENTOS E FAIXA DE PRODU��O, SEGUNDO O PORTE POR PRODU��O DAS CONFECCIONISTAS DO APL DE BON�S DE APUCARANA - 2005
FONTE: ACIA, 2006
Os canais de vendas utilizados s�o: representantes, 61%; vendedores
pr�prios, 59%; sacoleiros, 58%; lojas de atacado, 57%; telemarketing, 43%; lojas de
varejo, 15%; e folderes ou cat�logos, 15% (tabela 5).
Tabela 3 - N�MERO DE EMPRESAS RESPONDENTES E PERCENTUAL DAS VENDAS REALIZADAS, SEGUNDO OS CANAIS DE VENDA DAS EMPRESAS CONFECCIONISTAS DO APL DOS BON�S DE APUCARANA – 2005
CANAL DE
VENDA
N� EMPRESAS
RESPONDENTES% VENDAS
OUTRAS
FORMAS
Representantes 97 61 39
Vendedores
pr�prios57 59 41
Sacoleiros 4 58 43
Lojas de atacado 18 57 43
Telemarketing 57 43 57
Lojas de varejo 9 15 85
Folderes ou
cat�logos20 15 85
FONTE: ACIA, 2006
Um indicador importante seria os investimentos planejados, onde 67% das
empresas aplicam em aquisi��o de m�quinas e equipamentos; 64% na qualifica��o
PORTEFAIXA DE PRODU��O ESTABELECIMENTOS
Maior que Menor que Abs. %
Micro 0 250.000 59 41,8
Pequena 250.000 500.000 40 28,4
M�dia 500.000 1.000.000 24 17,0
Grande 1.000.000 - 10 7,1
N�o forneceram
produ��o- - 8 5,7
TOTAL DE
EMPRESAS- - 141 100,0
20
do pessoal; 57% em desenvolvimento de produtos; 55% em diversifica��o de
produtos; 53% na estrutura de comercializa��o; 52% na amplia��o de pr�dios e
espa�os f�sicos; 49% em sistema de qualidade; 46% na compra de m�veis e
melhorias no ambiente funcional; 44% em reformas e melhorias no layout da f�brica;
32% nos sistemas de informatizados de controle e autonomia de processos; e 16%
n�o h� planejamento de investimento de processo.
1.2.2 Facções confeccionistas do APL de Apucarana
A dissemina��o de fac��es intensifica-se a partir dos anos 1990 como
estrat�gia de “enxugamento” da estrutura produtiva de empresas de pequeno e
m�dio porte diante dos elevados custos de encargos trabalhistas, do
desaquecimento da economia e das flutua��es da demanda.
No conjunto das empresas faccionistas do APL de Bon�s de Apucarana, a
mais antiga data de 1989. Entre 1990 e 1999 foram formadas 24% das empresas, e
a grande maioria, 73%, foi fundada entre 2000 e 2005 (gr�fico 6) (ACIA, 2006)
Gr�fico 4 - ANO DE FUNDA��O DAS EMPRESAS FACCIONISTAS DO APL DE BON�S DEAPUCARANA - 2005
FONTE: ACIA, 2006
O aumento nos �ltimos anos deu-se pelo fato das empresas confeccionistas
come�aram a terceirizar parte de seus processos, concentrando-se na “concep��o,
montagem e comercializa��o dos produtos” (ACIA, 2006).
21
De modo geral, as facções são microempresas operadas por familiares e em
sua maioria contam apenas com um ou dois proprietários, respectivamente 61% e
32% (gráfico 5).
Gráfico 5 - NÚMERO DE SÓCIOS DAS EMPRESAS FACCIONISTAS DO APL DE BONÉS DE APUCARANA - 2005
FONTE: ACIA, 2006
As facções geralmente encontram-se instaladas nas próprias residências dos
proprietários, em cômodos onde realizam as atividades. Sendo 59% de imóvel
próprio, 39% alugado e 2% em comodato (gráfico 6).
Gráfico 6 - SITUAÇÃO DO IMÓVEL EM QUE OPERAM AS EMPRESAS FACCIONISTAS DO APL DE BONÉS DE APUCARANA - 2005
FONTE: ACIA, 2006
Por produzirem partes de um produto, as facções são separadas por etapas.
A principal etapa realizada pelas facções são as costuras, onde reúne 280
faccionistas que costuram cerca de 78 milhões de componentes/ano de produtos.
22
Seguida pelas fac��es de serigrafias, que envolve 79 empresas, com uma produ��o
aproximada de 30 milh�es de componentes serigrafados/ano. Em terceiro est� o
acabamento, que consiste no processo de finaliza��o do produto. O Bordado
tamb�m � uma das etapas bastante terceirizadas, pois seus equipamentos s�o
caros e a necessita de m�o-de-obra especializada. Tamb�m se destaca, em menor
n�mero, as arte-finaliza��es e os designers (tabela 4).
Tabela 4 - N�MERO DE EMPRESAS RESPONDENTES, QUANTIDADE TOTAL DE
COMPONENTES EXECUTADOS PELAS EMPRESAS FACCIONISTAS DO APL DOS BON�S DE
APUCARANA – 2005
ETAPAN�MEROS DE
EMPRESAS
QUANTIDADE
TOTAL DE
COMPONENTES /
ANO
QUANTIDADE
M�DIA ANUAL
PRODUZIDA POR
EMPRESA
Costura 280 78.871.350 281.683
Serigrafia 79 30.963.600 391.944
Acabamento 61 19.360.364 317.383
Corte 46 15.279.200 332.157
Bordado 34 28.565.000 840.147
Dublagem 15 5.549.005 369.934
Arte final / Desenho 11 3.951.800 359.255
Desenvolvimento de
produto1 420.000 420.000
TOTAL - 182.960.319 -
FONTE: ACIA, 2006
A quantidade de etapas executadas pelas fac��es classifica-se em
microempresa as com produ��es inferiores a 500 mil componentes; pequena com
produ��o de 500 mil a 1 milh�o de componentes; m�dia com produ��o de 1 milh�o
a 2 milh�es; e grandes as com produ��o maior que 2 milh�es de componentes
(tabela 5).
23
Tabela 5 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E FAIXA DE PRODUÇÃO, SEGUNDO O PORTE POR PRODUÇÃO DAS EMPRESAS FACCIONISTAS DO APL DE BONÉS DE APUCARANA - 2005
FONTE: ACIA, 2006
O financiamento das atividades das facções é para compra de máquinas e
equipamentos, ampliação da planta, nova planta, capital de giro e para fabricação de
novos produtos.
Os investimentos são para aquisição de máquinas e equipamentos, 43%; não
há planejamento e investimento, 39%; ampliação de prédios e espaços físicos, 33%;
compra de imóveis e melhorias no ambiente funcional, 26%; qualificação de pessoal,
20%; diversificação de produtos, 16%; reformas e melhorias do layout da fábrica,
13%; desenvolvimento de produtos, 10%; estrutura de comercialização, 10%;
sistema de qualidade, 9%; e sistemas informatizados de controle e automação de
processos, 8%.
PORTEFAIXA DE PRODUÇÃO ESTABELECIMENTOS
Maior que Menor que Abs. %
Micro 0 250.000 340 79,1
Pequena 250.000 500.000 52 13,1
Média 500.000 1.000.000 18 4,5
Grande 1.000.000 - 6 1,5
Não forneceram
produção- - 7 1,8
TOTAL DE
EMPRESAS- - 397 100,0
24
2 O PRODUTO: BONÉ
Desde o antigo Egito já havia versões primitivas do boné. Eram proteções
contra os raios solares ou acessórios das vestimentas. Várias modificações
ocorreram desde então, transformando-o em uma peça de formato circular, parecido
com o chapéu, com uma aba voltada para frente.
Os quepes são subtipos do boné, e datam desde os anos de 1830, durante a
ocupação da Algéria, onde foi o mais popular adereço militar para os franceses.
Outro importante ato onde se identifica a presença dos quepes foi na Guerra Civil
Americana (Guerra da Secessão) que ocorreu nos Estados Unidos (1861 a 1865).
Outro subtipo do boné é a boina. Feito geralmente de lã e também em
formato circular, mas sem aba (apesar de hoje em dia também existir modelos com
aba). Era usada pelos militares de diversos países, por pintores e atualmente por
mulheres como acessório de moda.
Existem diversos tipos e subtipos de bonés espalhados pelo mundo. Os norte-
americanos foram os primeiros a utilizar em seu dia-a-dia como acessório no século
20.
O boné é um acessório multicultural. Pode ser usados por pessoas da
periferia, cortadores de cana, serventes de pedreiro, presidiários, caminhoneiros,
assim como pode ser usado também como artigo de moda em pessoas de grandes
centros; por pilotos, atletas e corredores que estampam as marcas de seus
patrocinadores por todo o boné.
2.1 PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO BONÉ.
O boné é formado por duas partes fundamentais: a copa e a aba.
A copa é a estrutura do boné, onde pode ter diversas modelagens e
projeções. Pode ser de gomos recortados como por uma única parte de tecido.
Atualmente, as grandes empresas têm em seus desenvolvimentos diversas formas
de se criar uma copa. Também é a parte onde mais recebe as personalizações,
detalhamento e maior tempo de produção. É formada pelas junções dos gomos
através de costuras.
25
A aba é formada geralmente por uma chapa de polietileno revestida interna e
externamente por tecido. Depois a aba e a copa são juntadas pela carneira, que é
feita de filme de polietileno que reveste uma espuma de nylon/poliuretano e/ou
camada de entretela tipo papel e pela parte externa por um tecido 100% algodão.
Junto com a junção da copa com a aba, temos a colocação do regulador que tem a
finalidade de regulagem do tamanho do boné.
A parte de personalização fica por conta do silk-screen ou do bordado. O silk-
screen é feito com tinta ou material especial para aplicações em silk-screen. O
bordado é feito por máquinas altamente sofisticadas.
Durante o processo de fabricação é utilizado diversos materiais de
aviamentos, como por exemplo: linhas, botões e fivelas. Também outros materiais
compõem o produto: etiquetas, almas (cartão de papel para manter o boné firme na
exposição), caixa de papelão, embalagens, etc.
O processo produtivo do boné (figura 1) é composto por 12 etapas realizadas
por equipes ou células de trabalho distintas (ACIA, 2006):
1. Criação de coleção e design (o design diferencia o produto pelo corte,
tecido, formato de abas, jogos de cores, bordados, serigrafia): layout, peça-
piloto e gradeamento;
2. Almoxarifado: saída de tecidos e aviamentos do estoque para a produção;
3. Modelagem;
4. Dublagem;
5. Corte de tecidos e viés;
6. Serigrafia;
7. Montagem das abas;
8. Adaptador: costura com máquinas retas, interloque, overloque e
pespontadeira para unir abas ao adaptador.
9. Montagem;
10.Bordado;
11.Acabamento;
12.Empacotamento (expedição);
26
Figura 1 - ETAPAS PRODUTIVAS DA CONFECÇÃO DE BONÉS
FONTE: ACIA, 20062.2 PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO DO BONÉ.
Geralmente o boné é vendido através de contato direto entre a empresa e o
comprador, por meio de telefone ou e-mail, onde descreve o produto a ser comprado
nas especificações necessárias. Há casos onde representantes fazem as
negociações, e repassam para as empresas.
As empresas mostram, através de modelos virtuais, um layout do produto a
ser comprado para que o cliente possa ver as especificações pedidas, como modelo,
cor, padrão, detalhe e etc. Após esta apresentação, o comprador define a compra e
confirma a produção ou não.
Concluída esta primeira parte, entra-se na negociação do preço. Finalizada as
negociações por parte dos vendedores e compradores o pedido é finalizado.
2.3 PROCESSO DE EXPORTAÇÃO DO BONÉ.
Ao entrar no mundo da exportação, as empresas esperam obter (BORTOTO,
2004):
- Geração de mais recursos financeiros;
- Ocupação da fábrica;
- Aumento de produção;
- Aumento de produtividade;
27
- Melhoria do controle de qualidade;
- Busca de novas e modernas tecnologias para seus produtos e serviços;
- Geração de novos empregos ou manutenção dos já existentes.
O boné segue todas as características necessárias para a exportação.
Utilizamos de duas maneiras para exportar o boné: exportação de produção e
exportação de amostra.
2.3.1 Processo de exportação de produção
Para cumprir todas as particularidades para a venda de um produto no
mercado externo, utilizamos os seguintes processos:
a) Fatura proforma;
b) Packing list ou romaneio;
c) Registro de Exportação (RE);
d) Nota fiscal;
e) Fatura comercial ou Commercial Invoice;
f) Registro de operação de crédito (RC);
g) Registro de venda (RV);
h) Declaração simplificada de exportação (DSE);
i) Averbação do embarque;
j) Reserva de praça;
k) Conhecimento internacional de embarque;
l) Certificados;
m) Despacho aduaneiro de exportação;
n) Outros detalhes e documentos;
Pode ser ainda realizada de maneira direta ou indireta:
- Direta: quando o produto exportado é faturado pelo próprio produtor;
- Indireta: quando na exportação é utilizada uma empresa especializada em
exportação, como por exemplo: trading companies e empresas comerciais
exclusivamentes exportadoras.
28
2.3.2 Processo de exportação de amostras
As exportações de amostras são comuns no ramo do boné, pois por se tratar
de um produto com dimensões pequenas e de fácil transporte, a eficácia de um
fechamento de negócio através da amostra se torna mais viável.
Existem duas modalidades para se exportar amostras: por exportação
temporária ou exportação em consignação (BORTOTO, 2004).
- Exportação temporária: permite que o produto seja enviado ao importador
com suspensão do pagamento do imposto de exportação, desde que
condicionado à reimportação em prazo determinado, no mesmo estado em que foi
exportada.
- Exportação em consignação: permite a autorização a uma terceira pessoa
que venda seus produtos no exterior. Tem um prazo para concretizar o negócio
ou para retorno da mercadoria.
O boné também pode ser exportado pelo serviço Exporta Fácil dos Correios.
29
3 CONSÓRCIOS DE EXPORTAÇÃO
O consórcio de exportação surgiu na Itália, duas décadas atrás. Em Varese,
Itália, havia produtores de sapatos que faziam grandes concorrências entre si e
fortaleciam os compradores que tinham ofertas e produtos oferecidos isoladamente
por parte dos produtores.
Os produtos eram vendidos para compradores americanos que fixavam
preços, prazos e condições diversas, principalmente de pagamento. Os produtos
eram comercializados pelos norte-americanos com a marca dos distribuidores, com
preços até três vezes maiores do que de compra, fazendo assumir uma posição de
fornecedores e não exportadores.
Foi quando dez empresas concorrentes se juntaram para assinar um acordo
de consórcio de exportação. Fizeram planejamentos de trabalhos e orçamentos,
dividindo as tarefas e os custos, diminuindo os investimentos individuais.
Após um ano de trabalho, pesquisa e investimentos, o consórcio conseguiu
pedidos para sua filial em Nova Iorque, ganhando uma marca própria e se tornando
mais nobre.
Esta foi uma alternativa na época para superar as barreiras, colocando-os
numa posição forte no mercado internacional e se firmaram para poderem
estabelecer preço.
Os consórcios de exportação são a forma de integração de empresas que
vêm crescendo em muitos países, onde se tem despertado interesses em diversos
segmentos.
A modalidade do consórcio de exportação deve ser utilizada quando as
empresas não têm experiência no comércio exterior, não dispõem de recursos
suficientes nem de segurança para encarar o mercado internacional de forma
individual (NOSÉ JUNIOR, 2005).
Consórcio de exportação é o agrupamento de empresas com interesses
comuns, mantendo sua individualidade no mercado interno, porém unidas no
mercado externo (IGLESIAS, 2002).
O consórcio deve ser considerado como um departamento de cada empresa,
sendo auxiliadora e realizando atividades para todos. As empresas juntas podem
planejar, analisar, desenvolver e encarar os desafios do mercado internacional de
30
um modo mais eficaz, atingindo seus respectivos objetivos de uma forma mais
precisa.
Segundo Porter (1999), os consórcios de exportação permitem as empresas
locais concorrentes ou com produtos complementares, cooperar para levarem juntas
um processo de exportação. O consórcio passa a ser representação jurídica frente
aos mercados internacionais, normalmente na forma de uma associação, obtendo
importantes economias de escala.
Em diversos países, nota-se que os consórcios permitem que as pequenas
empresas tenham suas individualidades no mercado interno e exportem seus
produtos, concorrendo com grandes fornecedores, onde aumentam sua eficiência
operacional e reduzem seus custos de produção. Os consórcios servem para dar
maior qualidade nos produtos das empresas envolvidas, maior especialização
dessas empresas e ainda permite que utilizem equipamentos modernos que
sozinhas não poderiam adquirir.
Muitas vezes os custos inviabilizam a inserção no mercado externo. Os
consórcios de exportação têm permitido que micro, pequenas e médias empresas
entrem no comércio exterior. As empresas juntam-se no processo de exportação em
busca de determinado objetivo, repartindo os custos e riscos, para a realização de
operações de sucesso nas exportações.
A união de empresas do mesmo segmento ou complementares, que se
organizam para juntas exportarem, pode ser uma importante estratégia para a
inserção em diferentes mercados internacionais. Esta estratégia mostra-se como
uma possibilidade das empresas superar a participação no exterior e enfrentar os
problemas causados pelas exportações.
O consórcio de exportação também pode ser entendido como uma aliança
voluntária entra as empresas para a promoção de seus produtos ou serviços através
de ações conjuntas. As empresas devem ter a consciência de que precisam unir
forças e juntas trabalharem para a obtenção dos objetivos.
A Agência de Promoção e Exportação define consórcio de exportação como o
agrupamento de empresas com interesses comuns, reunidas em uma entidade
estabelecida juridicamente, constituídas sob a forma de uma associação sem fins
lucrativos, na qual as empresas produtoras tenham maneiras de trabalho conjugado
e em cooperação com vistas aos objetivos comuns de melhoria da oferta exportável
e de promoção de exportações. É criado um nome fantasia para descrever esse
31
agrupamento, permitindo um volume de oferta maior e um pacote mercadológico
completo de faturamento compatível com custo de estrutura do consórcio.
O consórcio torna-se uma ferramenta importante que auxilia a inserção das
empresas no comércio internacional. Com a formação do consórcio de exportação,
praticamente todas as dificuldades de exportar que as empresas teriam sozinhas se
tornam nulas.
A formação de uma terceira empresa que cuida dos interesses de exportação
do conjunto, facilitando a entrada no mercado exterior dos produtos fabricados pelas
empresas do consórcio de exportação, que sozinhas teriam muita dificuldade.
Um dos objetivos principais é a lucrabilidade das exportações. Operações
firmes e contínuas, onde se cria condições para atender a demanda nos volumes e
especificações/condições contratadas pelo cliente.
3.1 CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE CONSÓRCIO DE EXPORTAÇÃO
Os consórcios de exportação podem ser classificados em cinco grupos de
acordo com suas divisões:
3.1.1 Divisão dos consórcios em relação às finalidades
Dividem-se em duas linhas de ação:
a) Promoção: esta forma de consórcio é mais recomendada para as
empresas que já exportam, pois as vendas no mercado externo são
realizadas diretamente pelas empresas que integram o consórcio. É
considerada limitada e aconselhável a utilização apenas de empresas que
já tenham suas forças de venda definidas no mercado exterior e
comercialize seus produtos individualmente. Esse tipo de consórcio pode
ser formado por empresas que exportam produtos pouco diferenciados,
como commodities. A promoção pode ser restrito à marca Brasil (café do
Brasil, soja do Brasil) ou a alguma região, como: artesanato do Ceará.
Podem ser feitas ainda em parceria com governos municipais, estaduais e
federal. A finalidade desse tipo de consórcio é desenvolver atividades de
32
promo��o de neg�cios, capacita��o e treinamento, bem como melhoria dos
produtos a serem exportados. Pode ser considerado, portanto, como uma
secretaria de exporta��o permanente. S�o predominantes na It�lia.
b) Venda: “deve ser utilizado quando as empresas n�o t�m experi�ncia no
com�rcio exterior ou n�o disp�em de recursos suficientes nem de
seguran�a para encarar o mercado internacional de forma individual”
(NOS� JUNIOR, 2005). As exporta��es s�o realizadas por interm�dio de
uma comercial exportadora, que prestam servi�os comerciais �s empresas
que formam o cons�rcio, sem exclusividade, ou contratada pelas empresas
do cons�rcio. � considerado o verdadeiro consorcio de exporta��o, pois as
empresas podem planejar, desenvolver, promover e vender seus produtos
no mercado internacional de forma mais econ�mica e com risco menor,
al�m de criar marca pr�pria. O cuidado que se deve ter nesse tipo s�o os
problemas que podem ser gerados pela conviv�ncia das empresas
participantes, pois podem ocorrem uma grande limita��o e colabora��o e
uma tend�ncia a esconder informa��es. Esse tipo � predominante no
Brasil.
3.1.2 Divisão dos consórcios em relação aos membros associados
a) Monosetorial: � o tipo que agrega empresas do mesmo setor ou produtores
de artigos complementares. Esse tipo de cons�rcio tende a limitar a
quantidade de associados para reduzir os poss�veis conflitos de
concorr�ncia.
b) Plurisetorial heterog�neo: agrupamento de v�rios setores definido. N�o h�
nenhuma rela��o de complementaridade. Por exemplo: uma assist�ncia
legal fornecida por um mesmo escrit�rio de advocacia a quem vende
cal�ado ou a quem vende m�quinas.
Diferente do monosetorial, esse tipo tende a ter muitos associados para obter
um poder contratual maior e dispor de v�rios servi�os a custo reduzido.
c) Plurisetorial complementar: agrupamento de v�rios setores definido
complementares entre si. Por exemplo: produtos para hot�is, como m�veis,
equipamentos para restaurantes, t�xteis ara decora��o, metais sanit�rios,
33
aparelhos de ilumina��o, toalhas etc. Juntos podem conseguir um poder
contratual maior.
3.1.3 Divisão dos consórcios em relação ao território
“Consiste em agrupar exportadores que normalmente j� contem com
experi�ncia no com�rcio internacional em um mercado, em certa regi�o do mundo
que ainda n�o � suficientemente importante ou inst�vel” (NOS� JUNIOR, 2005).
Podem ser:
a) Cons�rcios regionais: por exemplo: Nova Hamburgo, Nova Friburgo.
b) Cons�rcios interestaduais: empresas sediadas em diferentes estados.
3.1.4 Divisão dos consórcios em relação à natureza dos sócios
a) Cons�rcios particulares: formada por s�cios de empresas que produzem os
produtos.
b) Cons�rcios mistos: formado por s�cios de empresas que produzem os
produtos e por empresas como banco, seguradoras, servi�os etc.
3.1.5 Divisão dos consórcios em relação à forma jurídica
a) Cons�rcio de exporta��o
b) Empresas consorciadas
Na Am�rica latina h� diversas iniciativas de cons�rcios, mas ainda n�o existe
uma figura jur�dica (exceto a Argentina), como existe na It�lia a figura jur�dica
“cons�rcio de exporta��o”. O cons�rcio � relativamente recente e ainda n�o h�
hist�rico suficiente para se pesar em legisla��o espec�fica.
34
3.2 ESTRUTURA E CARACTERÍSTICAS DE UM CONSÓRCIO DE
EXPORTAÇÃO
Algumas peculiaridades básicas como qualidade, flexibilidade nas
negociações e segurança torna-se pontos fortes para as empresas. E para alcançar
essas peculiaridades são formadas algumas características para que o consórcio de
exportação possa prosperar.
A seguir algumas características de um consórcio de exportação:
- São formadas por um gruo de empresas, no mínimo três, com interesses em
comum de desenvolvimento em conjunto com ações e/ou políticas de exportação;
- Geralmente são empresas industriais.
- Costumam ter um mesmo canal de distribuição, ou seja, os interlocutores
comerciais são os mesmos, assim como são comuns os eventos promocionais
como feiras, missões e visitas que possam participar.
- Definem direito e deveres de cada um do consórcio assim como assumem
um compromisso econômico ou comercial.
- Cada um ganha sobre aquilo que vende.
- Deve haver uma repartição do poder entre todos os associados do consórcio
para que nenhuma tenha por si mesma poder de decisão sobre as outras.
- Geralmente os consórcios são formados por micros, pequenas ou médias
empresas.
O consórcio de exportação deve ter as seguintes características básicas
(NOSÉ JUNIOR, 2005):
- As empresas devem estar conscientes do processo de cooperação mútua.
- De preferência, devem ser fabricantes de produtos do mesmo setor, não de
concorrentes entre si e complementares.
- As empresas devem estar preparadas para a exportação como mais um
mercado a ser atingido.
- Devem ter qualidade, preços e prazos de entrega competitivos com os dos
mercados a serem explorados.
- Devem contratar uma equipe de profissionais especializados na área, com
conhecimentos profundos em comércio exterior.
- Devem formar uma espécie de conselho consultivo que decidirá os rumos
básicos e estratégicos do consórcio.
35
- Preferencialmente, essas empresas devem exportar com uma única marca
própria, que facilita a divulgação e a fixação no mercado internacional.
Conforme Tomelini (2000), na busca do êxito na formação dos consórcios é
importante atender os seguintes itens:
- Levar em conta as diferenças culturais do mercado.
- Realizar investimentos com um plano de ação bem definido;
- Buscar harmonia entre as empresas participantes do consórcio;
- Ter um executivo em cada empresa acompanhando as atividades realizadas
pelo consórcio.
As empresas que se juntam em consórcios de exportação apresentam, em
geral, as seguintes características:
- Estão interessadas em cooperarem entre si, com políticas de exportação
comuns, apesar de serem concorrentes no mercado doméstico;
- Pertencem ao mesmo setor econômico, apresentando canais de distribuição
semelhantes;
- Respeitam o compromisso comercial definido entre eles. (MACIEL, 2002)
Para a criação de um consórcio de exportação, devemos nos atentar em 10
etapas essenciais (INTERNACIONAL TRADE CENTER, 1983):
1. Estabelecer o perfil da capacidade de produção, dos produtos e do know-
how disponível, para criar um consórcio de exportação;
2. Comparar as necessidades dos mercados estrangeiros com a capacidade
de exportação previamente determinada;
3. Reunir, avaliar e selecionar os membros do consórcio;
4. Definir as funções do consórcio;
5. Organizar a estrutura do consórcio, para assegurar os serviços essenciais;
6. Analisar as necessidades financeiras resultantes dessa estrutura, bem
como as despesas que os membros terão que custear;
7. Elaborar os estatutos oficiais do consórcio;
8. Nomear o pessoal do consórcio e assegurar-lhes a formação necessária;
9. Determinar os métodos de marketing e os canais de distribuição;
10.Aplicar dispositivos de controle e de supervisão do funcionamento do
consórcio.
Podemos classificar os consórcios em dois tipos segundo os produtos com os
quais operam:
36
a) Consórcios horizontais: são onde todos os produtos ofertados são de
idêntica cadeia de produção, por exemplo: um consórcio de produtores de
vinho, cujo produto é semelhante com pequenas variações de marca e
bouquet.
b) Consórcios verticais: são onde os produtores repartem entre si uma cadeia
de produção, por exemplo: partes e peças para montagem de um
automóvel.
Ainda podem-se destacar os consórcios segundo sua finalidade:
a) Consórcios de promoção: se encarrega de toda promoção do consórcio.
b) Consórcios de comercialização: se encarrega de procurar mercados,
contratar clientes, fechar negócios e cuidar da documentação, cambio e
financiamentos.
No processo do consórcio de exportação a fase de conscientização de
cooperação entre as empresas é a mais importante, pois sem a ajuda mutua dos
associados o consórcio se torna inviável. É a parte mais crítica do processo e deve
ser cuidadosamente trabalhada. Deve vir de todas as partes do consórcio. As
empresas devem desenvolver trabalhos que as levem ao mesmo nível de
competitividade.
Na figura 2 observa-se o modelo de um consórcio de exportação, onde as
empresas juntam-se para formar o consórcio, com o suporte da APEX que auxilia
com os projetos e financiamento e por último os clientes.Figura 2 - MODELO DE UM CONSÓRCIO DE EXPORTAÇÃO
FONTE: CHIUMENTO, 2007
37
3.3 VANTAGENS DO CONSÓRCIO DE EXPORTAÇÃO
Podemos observar diversas vantagens na formação de um consórcio de
exportação:
- Redução e divisão dos custos na exportação e produção dos artigos
exportados;
- Abertura da possibilidade da participação de pequenas empresas em feiras
internacionais;
- Penetração em novos mercados;
- Contato com novos tipos compradores;
- Diversificação dos produtos e maior oferta;
- Redução das flutuações nas vendas;
- Contratação de pessoas especializadas em exportação e/ou consultoria
experiente;
- Aumento de oportunidades de negócios;
- Crescimento no volume de vendas e no faturamento total da empresa
- Planejamento a longo prazo;
- Acumulação de conhecimentos em relação ao marketing internacional;
- Melhor poder contratual com entidades governamentais;
- Maior garantia de continuidade das operações da empresa no futuro;
- Possibilidade de criação de uma marca forte se tornando mais fácil o
reconhecimento no mercado externo;
- Maior poder de barganha;
- Baixo custo de operacionalização;
- Redução de gastos gerais com a exportação;
- Possibilidade de melhorar a forma e apresentação da embalagem;
- Maior facilidade para conseguir financiamentos;
- Melhoria da qualidade do produto e da produção;
- Fechamento de grandes contratos;
- Intercâmbio de experiência que permite reduzir gastos empresariais,
administrativos e tecnológicos;
- Efeito motivador entre os associados;
- Segurança estratégica;
- Análise de necessidades da empresa, bem como seus parceiros externos;
38
- Busca de oportunidades no mercado das exportações;
- Análise e assistência nos pontos fracos da empresa no setor de embarque e
desembaraço de mercadorias (MINERVINI, 1997).
A principal atração, que leva os membros a aderir oficialmente ao consórcio e
que os ajuda a vencer as passagens mais difíceis, é a visão nítida das vantagens de
que se beneficiarão (INTERNACIONAL TRADE CENTER, 1983)
3.4 BARREIRAS NO CONSÓRCIO DE EXPORTAÇÃO
Segundo Nicola Minervine (1997) há vários fatores que inviabilizam a criação
de um consórcio de exportação, na qual são:
- Considerar a exportação uma atividade de curto prazo e exigir resultados
imediatos.
- Falta de conhecimento e treinamento de exportadores potenciais (sócios do
consórcio) em toda a gama de atividades necessárias para a exportação.
- Investimento feito sem um plano de ação concreto.
- O consórcio é visto como uma saída de crise (quando a crise termina, o
consórcio termina também).
- Falta de profissionalismo do gerente do consórcio.
- Estruturas inadequadas.
- Insuficiente dimensão dos recursos financeiros.
- A comunicação do consórcio não segue as regras fundamentais do
marketing internacional.
- Demasiada heterogeneidade no tamanho das empresas participantes
(equivale a diferentes interesses e atividades).
- Não são levadas em conta as diferenças culturais.
Para ele uma das principais causas de fracasso das tentativas de constituição
de um consórcio são o extremo individualismo e preocupação de que o outro vai ter
mais proveito do que você.
Existem três tipos de barreiras que são fundamentais para o insucesso do
consórcio de exportação. São elas: estruturais, organizacionais e comportamentais.
39
3.4.1 Barreiras estruturais
As MPEs ainda estão se adaptando ao mercado internacional e por este
motivo se tornam limitadas estruturalmente, o que dificulta a exportação. Algumas
barreiras são:
a) Barreiras comerciais: pouco conhecimento sobre regimes, regras,
características físicas, químicas e orgânicas.
b) Pequena escala de produção: falta de estrutura para atender grandes
quantidades.
c) Capital escasso: pouco poder de capital para investimentos em
tecnologias, qualidade e desenvolvimento.
d) Inadequação dos recursos humanos: ausência de pessoal qualificado para
os processos operacionais e gerenciais do consórcio.
e) Falta de poder de barganha.
f) Dependência de poucos fornecedores.
g) Dificuldade com logística.
h) Monoproduto ou monosetorial complementar: falta de um setor de
desenvolvimento e pesquisa.
i) Falta de informação sobre possíveis mercados.
j) Dificuldade em conseguir financiamento.
k) Dificuldade na formulação de preços.
l) Custo de manutenção.
m) Ineficiência na entrega dos produtos.
3.4.2 Barreiras organizacionais
a) Inexperiência: a falta de conhecimento dificulta as transações feitas no
mercado esterno, onde é necessário conhecimento técnico profissional.
b) Pouco conhecimento sobre o mercado externo.
c) Pouco conhecimento sobre procedimentos e processos de exportação.
d) Baixo conhecimento de línguas estrangeiras.
e) Falta de planejamento econômico, estratégico e de trabalho.
f) Custos de comunicação entre as empresas e os clientes.
40
g) Não considerar o mercado.
3.4.3 Barreiras comportamentais
As principais barreiras encontradas no comportamento dos participantes dos
consórcios são:
a) Visão de concorrência e não de parceria; individualidade extrema. Mesmo
concorrendo no mercado interno, as empresas precisam repassar
informações, tecnologias e as demais necessidades para que as barreiras
sejam quebradas.
b) Baixa auto-estima;
c) Desconfiança;
d) Ceticismo;
e) Expectativa de soluções prontas;
f) Falta de treinamento para que exista uma conscientização individual dos
objetivos a serem alcançados em conjunto para o sucesso do consórcio;
g) Falta de visão estratégica;
h) Falta de comprometimento por parte dos integrantes;
i) O não cumprimento dos prazos estipulados;
j) Idoneidade;
k) Pressa nos resultados;
l) Resistência a mudanças;
m) Falta de mentalidade associativa;
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4 METODOLOGIA
A identificação das barreiras para a formação do consórcio de exportação de
bonés do pólo de bonés de Apucarana (PR) foi realizada a partir de revisão literária
sobre o assunto e do conhecimento mais aprofundado do processo de formação, de
estudos bibliográficos em livros, sites, artigos e monografias, e de algumas
entrevistas realizadas com representantes de empresas do ramo de boné.
O estudo realizado através de levantamentos bibliográficos resultou na
identificação de aspectos pertinentes do consórcio de exportação como suas
características, estruturas e barreiras.
A metodologia utilizada nos questionários foi a qualitativa, de natureza
exploratória, baseada em pequenas amostras, a qual fornece um processo a partir
de questões-chave identificadas e formuladas as perguntas.
A pesquisa qualitativa estimula os entrevistados a pensarem livremente sobre
o assunto em discussão. Fazem emergir aspectos subjetivos e atingem motivações
não explícitas, ou mesmo conscientes, de maneira espontânea. São usadas quando
se busca percepções e entendimento sobre natureza geral de uma questão, abrindo
espaço para a interpretação.
4.1 OBJETIVOS
a) Identificar quais as barreiras na formação de consórcio de exportação de
bonés no pólo de bonés de Apucarana (PR), através de questionários feitos a
algumas empresas do ramo de boné com base na literatura pesquisada;
b) Analisar qual o grau de conhecimento dos empresários sobre consórcio de
exportação através das entrevistas;
c) Conhecer o cenário de exportação de bonés através de entrevista com
empresário;
d) Verificar a aceitação do consórcio de exportação frente as empresas de
bonés através de questionário.
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4.2 QUESTÂO DE PESQUISA
Tipo de Pesquisa
Pesquisa qualitativa, exploratória, aleatória, destinada aos empresários do
ramo de boné do pólo de bonés de Apucarana (PR). Realizada entre os meses de
setembro e outubro de 2009, através de questionário presencial ou não.
Pesquisa qualitativa, exploratória, direta, destinado ao empresário
responsável pela APL de bonés de Apucarana (PR), através de questionário
presencial.
Campo
Foram considerados como público-alvo da pesquisa 10 (dez) empresas do
ramo de bonés, de forma aleatória, e o presidente do APL de bonés, dentro da área
regional de Apucarana (PR).
4.3 RESULTADOS OBTIDOS
Dos entrevistados, quanto ao porte, 20,00% são microempresas, 10,00% são
pequenas empresas, 10,00% são médias empresas, 40,00% são grandes empresas
e 20,00% não responderam (tamanho de acordo com a quantidade de ecas
produzidas por ano). Da amostra, 80,00% dos entrevistados dizem ter boas relações
e facilidade para trabalhar e cooperar com outras empresas do mesmo ramo.
Quanto às exportações, apenas 40,00% das empresas pesquisadas
exportam; segundo a pesquisa 40,00% das empresas são capazes de exportar
sozinhas.
A pesquisa também revelou que apenas 20,00% das empresas conhecem o
que é um consórcio de exportação, contra 60,00% que não conhecem ou
participaram de um consórcio de exportação. Dos que conhecem o consórcio
100,00% já participaram, o que durou 2 anos.
Dos pesquisados, 40,00% gostaria de participar ou formar um consórcio de
exportação, 30,00% não gostariam de participar ou formar um consórcio e 30,00%
não responderam.
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5 ENTREVISTA COM O COORDENADOR DO GRUPO GESTOR DO APL
DE BONÉS
Em entrevista com o Sr. Jayme Leonel, coordenador do grupo gestor da APL
de bon�s de Apucarana, foi colocado algumas perguntas, o qual foi respondido:
1. Quais as dificuldades na exporta��o de bon�s?
“Com a varia��o e valoriza��o do d�lar e a excessiva burocracia encontramos
dificuldades em exportar bon�s. Cada vez mais o mercado internacional se
intensifica e a concorr�ncia se torna mais dif�cil. Com tecnologias e qualidade
superiores, outros pa�ses, como a China e a Tail�ndia, dificultam a entrada no
com�rcio internacional. Os custos de produ��o s�o altos, o que inviabilizam a
exporta��o de bon�s. Outros fatores tamb�m contribuem para a exclus�o no
mercado internacional, como por exemplo, a cultura dos empres�rios, fornecedores
e funcion�rios. Quanto ao fator exporta��o, n�o temos formada ainda uma cultura
exportadora nas empresas. Falta de m�o-de-obra especializada em diversos n�veis
de produ��o do bon�. Na burocracia encontrada nas vendas e exporta��es e a falta
de conhecimento na comercializa��o dos produtos dificulta a exporta��o do bon�.”
“Outro fator que n�o poderia ficar de fora � a caracter�stica do mercado no
ramo do bon� no com�rcio internacional. Aqui no Brasil temos o bon� como um
brinde que as empresas oferecem a seus clientes, ou como parte em grife ou marca
de lojas. J� no exterior � muito dif�cil inserir um produto de acess�rio como o bon�.”
“A qualidade alcan�ada pelos bon�s produzidos em Apucarana, para �mbito
nacional � de qualidade aceit�vel. Por�m, para o exterior as exig�ncias s�o maiores.
A cultura criada nas empresas e a qualidade por falta de tecnologia e
especializa��o, ainda deixa os bon�s fabricados aqui fora da concorr�ncia no
exterior.”
2. Qual o maior entrave para a forma��o de um cons�rcio de exporta��o de
bon�s?
“Um dos maiores entraves para a forma��o de cons�rcio de exporta��o de
bon�s � o custo que, quando comparado com os de outros pa�ses, se torna alta e
de dif�cil concorr�ncia. A china consegue desenvolver um bon� com qualidade
superior, pois disp�em de tecnologia, insumos e fornecedores com log�sticas e
desenvolvimentos maiores e mais sofisticados. A m�o-de-obra � mais barata e a
localiza��o se torna mais um atrativo para os outros pa�ses. A Tail�ndia e a Cor�ia
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seguem no mesmo ritmo que a China, se desenvolvendo e tomando o espa�o que
poderia ser do Brasil. Tamb�m porque a produ��o chinesa, e a dos demais pa�ses,
est�o voltadas para a exporta��o.”
“A falta de estrutura das empresas tamb�m colabora para com a qualidade e
a falta de interesse em exportar ou participar de um cons�rcio exporta��o. A
log�stica criada ainda n�o satisfaz por completo, e a cadeia criada em torno das
empresas � muito nova.”
“A cultura dos empres�rios tamb�m � outra barreira. A capacidade de se
envolver com outras empresas ainda est� baixa, apesar deste modo de pensar ter
mudado muito entre os empres�rios do ramo de bon�s.”
“Um fato que poderia ser colocado aqui � a falta de uma id�ia associativista
por parte dos empres�rios. Uma vez cooperando-se entre si, poderiam facilitar
certos entraves e at� criar oportunidades para participar no mercado externo.”
“Ainda n�o temos uma condi��o de capacitar m�o-de-obra especializada pela
car�ncia de escolas t�cnicas. Por�m, estamos iniciando esse processo.”
“A falta de marcas fortes � outro fator que impossibilita a inser��o do
cons�rcio de exporta��o no exterior. A estrutura de comercializa��o poderia se
tornar mais est�vel se as marcas fossem mais fortes. As tecnologias utilizadas
poderiam auxiliar na cria��o e comercializa��o destas marcas atingindo os objetivos
do cons�rcio de exporta��o.”
3. H� alguma possibilidade da consolidar um cons�rcio de exporta��o de
bon�s em Apucarana?
“Sim. Ser� poss�vel atrav�s de inova��es no setor, maior desenvolvimento no
parque industrial, mais investimentos por parte dos empres�rios e governos. Maior
qualifica��o dos funcion�rios e uma melhoria cont�nua em todos os
desenvolvimentos e parte de processo de fabrica��o e comercializa��o de bon�s e a
cria��o de marcas pr�prias.”
“O cons�rcio de exporta��o � uma ferramenta muito �til. Facilita na
exporta��o e ajuda a inser��o dos produtos no mercado internacional. Por�m ainda
est� em fase de amadurecimento no p�lo de bon�s de Apucarana. Em um futuro
pr�ximo, talvez o cons�rcio passe a ser uma das ferramentas o qual mais ajudar�
nas exporta��es de bon�s.”
“Para concluir, os empres�rios est�o cada vez mais dispostos a enfrentar
todas as barreiras que forem necess�rias para atingir cada vez mais clientes, com
45
qualidade e servi�os mais elevados. Atingir o mercado internacional ainda � um
objetivo arriscado, mas pretendemos alcan��-lo. � um mercado extenso para ser
explorado, e com dedica��o e paci�ncia, poderemos em breve estar compartilhando
uma fatia maior nas exporta��es”
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O consórcio de exportação é uma ferramenta fundamental na vida de
empresas como do ramo de bonés de Apucarana. Com ela as empresas podem
planejar e executar processos de exportação com custos reduzidos, a possibilidade
de maiores tecnologias, troca de informações, maior contato com possíveis
compradores, novas experiências, entre outras vantagens que o consórcio oferece.
A união das empresas ainda é uma tarefa árdua, que necessita da
compreensão de todos os empresários envolvidos no processo do consórcio. A
parceria deve ser priorizada e o fator exportação deve ser o foco das negociações.
A opção de formar um consórcio de exportação deve vir de planejamentos
bem elaborados e com a conscientização dos participantes de viverem mutuamente
enquanto o consórcio existir.
As barreiras encontradas para a formação ou participação do consórcio de
exportação de bonés são: a falta de conhecimento sobre o consórcio de exportação
por parte de alguns empresários; a falta de estrutura para produção em larga escala;
custos altos; mão-de-obra deficiente; alta resistência por parte dos empresários;
desconfiança; falta de interesse; pressa para a obtenção dos resultados; a
burocracia; falta de fornecedores; falta de logística adequada; falta de P&D
(Pesquisa e Desenvolvimento); e inexperiência com processos de exportação.
Em relação aos empresários entrevistados, alguns não tinham conhecimento
sobre o consórcio de exportação, outros, muito pouco. A maioria dos que não
sabiam eram de empresas de porte micro ou pequena, o que faz perceber que o
nível de conhecimento sobre o assunto é baixo. Além do conhecimento, a
concorrência interna destrói qualquer esperança de exportar, pois as micros e
pequenas empresas ficam com medo de exportar seus produtos e perder o mercado
interno.
Já os empresários entrevistados que tinham conhecimento sobre o assunto, a
grande maioria era de empresas grandes. O principal assunto revelado por eles é a
concorrência contra os produtos produzidos pela China, Coréia e Tailândia. Quando
o produto nosso chega à qualidade necessária para a exportação, o preço se torna
alto. E para competir com esses países o custo deve ser baixo, o que faz a
qualidade cair, deixando os bonés fora do mercado.
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A falta de instrução e qualidade técnica dos profissionais do setor também
dificulta para a exportação do boné, deixando os empresários receosos e
preocupados na hora de decidir em formar ou participar de um consórcio de
exportação.
Para que possa acontecer o consórcio de exportação de bonés deverá haver
um maior investimento em conhecimento técnico, estrutural e cultural; parcerias com
diversas fontes de suprimentos, fornecedores e faccionistas para um maior equilíbrio
e potencialização; um aumento no parque industrial de bonés; compreensão e
cooperação dos empresários para a concentração de esforços e uma maior
dedicação na formação ou participação do consórcio; a diminuição das resistências
criadas pela cultura não exportadora; redução do custo de produção com
ferramentas propostas pela qualidade, como por exemplo, o desperdício zero, que
tem como objetivo potencializar a utilização e a experiência dos colaboradores, de
forma que a disciplina seja encarada como o suporte para a higiene, a ordenação, a
limpeza e a arrumação, fazendo com que o colaborador sinta-se a própria imagem
da empresa, além de reduzir os gastos desnecessários com matéria-prima e tempo;
valorizar o potencial intelecto e enxuta todas as propriedades positivas dos
colaboradores; evitar conflitos estressantes entre os participantes do consórcio e/ou
os colaborados.
O pólo de Apucarana tem potencial de crescimento para a exportação notório.
Com a minimização dos custos e gerencias estruturadas, o ramo de bonés pode ser
alavancado e até ser um ponto referencial nas exportações do Brasil.
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APÊNDICES
52
AP�NDICE A – Roteiro de entrevista
QUESTION�RIO PARA ESTREVISTA:
1 – QUAIS AS DIFICULDADES NA EXPORTA��O DE BON�S?
2 – QUAL O MAIOR ENTRAVE PARA A FORMA��O DE UM CONS�RCIO
DE EXPORTA��O DE BON�S?
3 – H� ALGUMA POSSIBILIDADE DA CONSOLIDAR UM CONS�RCIO DE
EXPORTA��O DE BON�S EM APUCARANA?
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AP�NDICE B – Modelo de question�rio
QUESTION�RIO PARA PESQUISA:
1 – QUAL O TAMANHO DA EMPRESA? (QTD DE PE�AS PRODUZIDAS NO
ANO)
2 – A EMPRESA TEM FACILIDADE PARA TRABALHAR COM OUTRAS
EMPRESAS DO MESMO RAMO?
3 – A EMPRESA EXPORTA? SE N�O, GOSTARIA DE EXPORTAR?
4 – A QUANTO TEMPO A EMPRESA EXPORTA?
5 – A EMPRESA � CAPAZ DE EXPORTAR SOZINHA?
6 – A EMPRESA TEM CONHECIMENTO SOBRE CONS�RCIO DE
EXPORTA��O?
7 – A EMPRESA J� PARTICIPOU DE UM CONS�RCIO DE EXPORTA��O?
8 – POR QUANTO TEMPO A EMPRESA PARTICIPOU DE UM CONS�RCIO
DE EXPORTA��O?
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9 – A EMPRESA GOSTARIA DE PARTICIPAR OU FORMAR UM
CONS�RCIO DE EXPORTA��O?
10 – QUAL FOI O PRINCIPAL ENTRAVE ENCONTRADO PARA
PARTICIPAR E/OU FORMAR UM CONS�RCIO?
11 – APONTE ALGUMAS VANTAGENS DO CONS�RCIO DE
EXPORTA��O:
12 – APONTE ALGUMAS DESVANTAGENS DO CONS�RCIO DE
EXPORTA��O: