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IV AXXO DOMIJSTG-O, IO DE JULHO DE 1904 SEMANARIO NOTICIOSO. LITTERÀRIO E AGRÍCOLA Assignatura p Anno, iSooo reis; semestre. 5oo réis. Pagamento adeantado. II Para o Brazil, anno. 2.2000 réis Imoeda forte,. Avulso, no dia da publicação. 20 réis. -José Augusto Saloio fj Publicacóes i>ú RUA DIREITA— A L 1>N CirA L 1 . J<X-, A 19 , l.u Annuncios— i.a publicação. 40 réis a linha, nas-seguintes,’ () 20 réis. Annuncios na -j..a pagina, contracto especial. Os auio- graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados. ú PROPR IETÁR IO — José Augusto Saloio EXPEDIENTE Itogamos aos nossos estimáveis assignantes a fineza de nos partieipa- rem qiaalípses* falia asa re messa «lo jornal, para «le p ro sés p t o p ro v i «1e se«* la r- mos. .teeeitam-se eom grati dão qtiaesquer notieias que sejassi de interesse puhiico. Foi recebido emtrium- pho no Porto o- grande poeta, o homemde scien cia que na capital da Fran ça tanto ennobreceu e il- lustrou onome portuguez. Foi'uma justa manifesta ção, uma consagração bri lhante ao enorme talento de Guerra Junqueiro. Não ha mnguem que desconheça os verso;s ad miraveis da Morte de D. João. a suavidade encan tadora dos Simples, oláte go vibrante da Velhice do Padre Eterno. O nome desse homem , trabalhador incançavel, que é hoje in discutivelmente uma glo ria do seu paiz, ha cieficar gravado emletras de ouro nos annaes da poesia con te mporane a. Quando, cheio de tra balho e de cançaço, por ter produzido tanto, pare cia que devia descançar do seu improbo labor, eis que o trabalhador ardente vae penetrar no campo da sci encia, descobrindo-lhe os mysterios ignotos para os apresentar á luz do dia, assombrandoos sabiosque nunca pensavam encontrar em Junqueiro umhomem de tão vastos conhecimen tos scientificos. O paiz deve-lhe uma apotheose, para mostrar que Portugal não é um povo de ingratos, que sa be honrar e estimar os seus filhos. Mettam-se hombros a essa empreza,porqueGuer ra Junqueiro merece todos os triumphos, todas as acclamaçôes. JOAQUIM nOS ANJOS. AVISO Vamos na próxima se mana começar a cobrança do segundo semestre do nossojornal, esperandodos estimáveis assignantes afi nezadeordenarem em suas casaso pagamentodas suas assignaturas o que muito agradecemos. Aos que se acham cm divida do primeiro semes tre vamos mandar cobrar um anno de assignatura. O Sirguei ro Na próxima semana co meçaremos a publicar um interessante conto subordi nado ánossa epigraphe, de vido á penna do nosso il- lustrado conterrâneo e col laborador deste jornal, ex."10sr. Firm ino José Ro drigues, i.° official doThe souro do Estado do R io Grande do Sul, emPorto Alegre (Brazil): Descreve a sua vida de collegiai desde a edade de seis annos, cita typos conhecidos e lembra factos passados aqui no seu tempo. «Furados Sobapresidencia dome- ritissimo juiz de direito de esta comarca, sr. dr. Joa quimMaria de Sá e Motta, reuniu a commissão do ju ry nos Paços do Concelho pelas 12 horas da manhã de 1do corrente, a fimde se proceder ao sorteio dos jurados que devem com por apauta nosegundo se mestre do corrente anno, ficando os seguintes srs.: Francisco José Nepomuce no Serrano, de Aldegalle ga; José deJesus Gouveia, de Aldegallega; João An tonio Gomes Parreira, da Moita; José Luiz da Cruz, de Alcochete; Augusto An tonioSoeiro, daMoita; Joa quim José Marques Con tramestre, de Aldegallega; Francisco Silverio Fernan des, de Aldegallega; Fran cisco Caetano d’OIiveira, de Aldegallega; Francisco da Gosta Rodrigues, de Al degallega; Rozendode Sou sa Rama, de Aldegallega; Antonio Pinto Ferreira, da Moita;FranciscoRodrigues Pinto, de Aldegallega; An tonio Máximo Ventura, de Aldegallega; Augusto Pe reira D .amaso, da Moita; Antonio José da Costa, da Moita; João Gomes de Al meida, da Moita; Manuel de Jesus Ribeiro, da Moita; Manuel Dias Moreira, de Alhos Vedros; Manuel Luiz cfAlmeida, da Moita; José Carlos Pereira Camões, da Moita; AntonioPereira Du arte, deAldegallega; Chris tiano Rodrigues de Men donça, deAldegallega; Eloy Antonio Bastos Castanha, de Alhos Vedros; Emygdio Pires, de Aldegallega; An tonio Joaquim Pereira Ne pomuceno, de Aldegallega; João de Lima Antunes, da Moita; José Luiz Pereira Nepomuceno, de Aldegal lega; Virgilio Pereira Ne pomuceno, deAldegallega; Manuel da Costa Padeiro, de Alcochete; José d’Assis Vasconcellos, de Aldegal lega; Manuel Ferreira Gi- raldes, deAldegallega-.Joa quim de Sousa Ferra, de Aldegallega; ThoméRodri gues Coudinho, da Moita; Nicephoro d-Oliveira, da Moita; Guilherme Filippe Carreira, da Moita; Manuel de Paiva Carromeu Junior. de Sarilhos Grandes. í*I*«as»í8te m p o .. Recebemos a visita do n.° 85 do Passatempo, a elegante Revista editada pelos Grandes Armazéns Grandella, da capital. A sua capa representa uma das beilas imagens de Raphael Bordallo, para as capeltas do Bussaco. Nas paginas centraes e a to da a largura, um magni fico galvano, representan do ummercado arabe. No texto os nomes de Eag. Ruy Barbo, Salvador Mar ques. W é m . etc. E’ umbello numero que a todos se recommenda. N’este numero vempu blicado o resultado da tombola de 8 de junho. Todos os pedidos a Grandella & C.a—Lisboa, acompanhados da impor tancia da assignatura, que é de 5 ot) réis por semes tre. Consoreio Realisou-se no dia 7 do corrente, na egreja matriz d’esta villa, o consorcio do nosso amigo, sr. Avelino Marques C o n t r a m e S11 : e s, distincto relojoeiro na rua do Poço, 1 . com a sr.aD . Laura A lves Godinho. Fo rampadrinhos os srs. Dio go Rodrigues de Mendon ça e Manuel de Jesus Cal lado. A’ cerimonia assistiu grande numero de convi dados. A noiva éuma sym- pathica menina, e o noivo um excellente cavalheiro, motivo porque prophetizâ- mos aos sympathieos nu bentes, um futuro replecto de prosperidades e ventu ras de que são muito di gnos. Fez na terça feira passa da, 5 do corrente, um anno que a phylarmonica i.° de Dezembro de Aldegallega, ganhou no certamen musi- o cal de phyiarmonicas que se eíiectuou na praça D . Carlos, em Setúbal, o i.° nremio fõoSooo réis1 eum 1 ' ' diploma d’honra. Era re gente, como ainda, onosso amigo, sr. Balthazar Ma nuel Valente-, A direcção, em conse- quencia do i.u anniversario de mais uma gloria alcan çada pela distincta phylar monica. mandou distribuir circulares por todososphv- larmonicos, a fimde com parecerem na séde da So ciedade pelas 9 horas da noite. Depois de todos es tarempresentes adirecção lembrou-lhes aquelle glo rioso dia, offerecendo-lhes um opiparo copo d'agua. Dentro empoucotodos pe gavam nosseu- instrumen tos, e então, sob a regen- cia do seu incançavel mes tre, tivemos o prazer de ouvir mais uma vez a ex- cellente banda, subindo ao ar, por essa occasião, algu mas dezenas de foguetes. Um bravo á phylarmo nica i.° de Dezembro! SSrineo Ainda se acha emnosso poder na administração d’estejornal um brinco que suppomos pertencer apes soa viuva, que no dia 27 de junho findo fòra encontra do n’esta villa. Será entregue á pessoa que provar pertencer-lhe. líxasne Fez umbrilhante exame desciencias naturaes, fican do approvado com 14va lores, o nosso particular amigo, Antonio Mendes FreireManeira, intelligente praticante de pharmacia. Ao nosso amigo enviá mos os nossos cordiaes pa rabéns. AOS AGRICULTORES A Nova Empreza d'Adu- bos Artificiaes, tendo em vista satisfazer o pedidode alguns lavradores, seus cli- ^ / entes, que usamempregar a farinha de tremòço como fertilisante, resolveu iniciar a moagem deste legume O . . - 'O na.sua fabrica do Alto da Barrosa, em Aldegallega do Ribatejo, para oque fez comprasimportantes, afim de podei- servir todas as re quisições, quê lhesejam di rigidas, do mesmogenero.. Por egual se encarrega da moagem de tremoço, por conta alheia, ao preço de 240 reis a sacca. Muito brevemente de vemchegar novos guanos, d’uma riqueza apreciavel em Azote e Acido phos- phorico, assimcomose es pera umcarregamento de sulphatodepotassium , vin do directamente da A lle- manha para esta fabrica. Opportunamente se an- nunciarão os competentes preços emrelação ásdosa- gens respectivas. Escriptonos em Lis boa, largo di S. Paulo, 12, i.°; em Aldegallega, tua Conde Paçò Vieira, 24.

Consoreio - mun-montijo.pt · que Portugal não é um povo de ingratos, que sa be honrar e estimar os seus filhos. Mettam-se hombros a essa empreza, porque Guer ra Junqueiro merece

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Page 1: Consoreio - mun-montijo.pt · que Portugal não é um povo de ingratos, que sa be honrar e estimar os seus filhos. Mettam-se hombros a essa empreza, porque Guer ra Junqueiro merece

IV A X X O DOMIJSTG-O, IO D E J U L H O D E 1904

SEMANARIO NOTICIOSO. LITTERÀRIO E AGRÍCOLA

A s s i g n a t u r a pAnno, iSooo reis; semestre. 5oo réis. Pagamento adeantado. II Para o Brazil, anno. 2.2000 réis Imoeda forte,.Avulso, no dia da publicação. 20 réis.

-José Augusto Saloio fj

P u b l i c a c ó e s

i>ú

— RUA DIREITA —A L 1> N Cir A L 1 . J<X-, A

19, l.u

Annuncios— i.a publicação. 40 réis a linha, nas-seguintes,’ ( ) 20 réis. Annuncios na -j..a pagina, contracto especial. Os auio-

graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados.

ú PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

EX PE D IE N T E

I t o g a m o s a o s n o s s o s e s t i m á v e i s a s s i g n a n t e s a f in e z a d e n o s p a r t i e i p a - r e m q iaalíp se s* f a l i a asa r e ­m e s s a «lo j o r n a l , p a r a «le p r o sés p t o p r o v i «1 e se «* la r - m o s .

. t e e e it a m - s e e o m g r a t i ­d ã o q t i a e s q u e r n o t i e i a s q u e s e ja s s i d e i n t e r e s s e p u h i i c o .

Foi recebido em trium- pho no Porto o- grande poeta, o homem de scien­cia que na capital da Fran­ça tanto ennobreceu e il- lustrou o nome portuguez.

Foi'uma justa manifesta­ção, uma consagração bri­lhante ao enorme talento de Guerra Junqueiro.

Não ha mnguem que desconheça os verso;s ad­miraveis da Morte de D. João. a suavidade encan­tadora dos Simples, o láte­go vibrante da Velhice do Padre Eterno. O nome desse homem, trabalhador incançavel, que é hoje in­discutivelmente uma glo­ria do seu paiz, ha cie ficar gravado em letras de ouro nos annaes da poesia con­te mporane a.

Quando, cheio de tra­balho e de cançaço, por ter produzido tanto, pare­cia que devia descançar do seu improbo labor, eis que o trabalhador ardente vae penetrar no campo da sci­encia, descobrindo-lhe os mysterios ignotos para os apresentar á luz do dia, assombrando os sabios que nunca pensavam encontrar em Junqueiro um homem de tão vastos conhecimen­tos scientificos.

O paiz deve-lhe uma apotheose, para mostrar que Portugal não é um povo de ingratos, que sa­be honrar e estimar os seus filhos.

Mettam-se hombros a essa empreza, porque Guer­

ra Junqueiro merece todos os triumphos, todas as acclamaçôes.

JOAQUIM nOS ANJOS.

AVISO

Vamos na próxima se­mana começar a cobrança do segundo semestre do nosso jornal, esperando dos estimáveis assignantes a fi­neza de ordenarem em suas casas o pagamento das suas assignaturas o que muito agradecemos.

Aos que se acham cm divida do primeiro semes­tre vamos mandar cobrar um anno de assignatura.

O S i r g u e i r o

Na próxima semana co­meçaremos a publicar um interessante conto subordi­nado á nossa epigraphe, de­vido á penna do nosso il- lustrado conterrâneo e col­laborador deste jornal, ex."10 sr. Firmino José Ro­drigues, i.° official do The­souro do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (Brazil): Descreve a sua vida de collegiai desde a edade de seis annos, cita typos conhecidos e lembra factos passados aqui no seu tempo.

« F u r a d o s

Sob apresidencia do me- ritissimo juiz de direito de esta comarca, sr. dr. Joa­quim Maria de Sá e Motta, reuniu a commissão do ju­ry nos Paços do Concelho pelas 12 horas da manhã de 1 do corrente, a fim de se proceder ao sorteio dos jurados que devem com­por a pauta no segundo se­mestre do corrente anno, ficando os seguintes srs.: Francisco José Nepomuce­no Serrano, de Aldegalle­ga; José de Jesus Gouveia, de Aldegallega; João An­tonio Gomes Parreira, da Moita; José Luiz da Cruz, de Alcochete; Augusto An­tonio Soeiro, da Moita; Joa­quim José Marques Con­tramestre, de Aldegallega; Francisco Silverio Fernan­

des, de Aldegallega; Fran­cisco Caetano d’OIiveira, de Aldegallega; Francisco da Gosta Rodrigues, de Al­degallega; Rozendo de Sou­sa Rama, de Aldegallega; Antonio Pinto Ferreira, da Moita; Francisco Rodrigues Pinto, de Aldegallega; An­tonio Máximo Ventura, de Aldegallega; Augusto Pe­reira D.amaso, da Moita; Antonio José da Costa, da Moita; João Gomes de Al­meida, da Moita; Manuel de Jesus Ribeiro, da Moita; Manuel Dias Moreira, de Alhos Vedros; Manuel Luiz cfAlmeida, da Moita; José Carlos Pereira Camões, da Moita; Antonio Pereira Du­arte, de Aldegallega; Chris­tiano Rodrigues de Men­donça, de Aldegallega; Eloy Antonio Bastos Castanha, de Alhos Vedros; Emygdio Pires, de Aldegallega; An­tonio Joaquim Pereira Ne­pomuceno, de Aldegallega; João de Lima Antunes, da Moita; José Luiz Pereira Nepomuceno, de Aldegal­lega ; Virgilio Pereira Ne­pomuceno, de Aldegallega; Manuel da Costa Padeiro, de Alcochete; José d’Assis Vasconcellos, de Aldegal­lega; Manuel Ferreira Gi- raldes, de Aldegallega -.Joa­quim de Sousa Ferra, de Aldegallega; Thomé Rodri­gues Coudinho, da Moita; Nicephoro d-Oliveira, da Moita; Guilherme Filippe Carreira, da Moita; Manuel de Paiva Carromeu Junior. de Sarilhos Grandes.

í*I*«as»í8tem po..Recebemos a visita do

n.° 85 do Passatempo, a elegante Revista editada pelos Grandes Armazéns Grandella, da capital.

A sua capa representa uma das bei las imagens de Raphael Bordallo, para as capeltas do Bussaco. Nas paginas centraes e a to­da a largura, um magni­fico galvano, representan­do um mercado arabe. No texto os nomes de Eag. Ruy Barbo, Salvador Mar­ques. W ém. etc.

E’ um bello numero que a todos se recommenda.

N’este numero vem pu­

blicado o resultado da tombola de 8 de junho.

Todos os pedidos a Grandella & C.a—Lisboa, acompanhados da impor­tancia da assignatura, que é de 5ot) réis por semes­tre.

Consoreio

Realisou-se no dia 7 do corrente, na egreja matriz d’esta villa, o consorcio do nosso amigo, sr. Avelino Marques C o n t r a m e S11: e s, distincto relojoeiro na rua do Poço, 1. com a sr.a D. Laura Alves Godinho. Fo­ram padrinhos os srs. Dio­go Rodrigues de Mendon­ça e Manuel de Jesus Cal­lado. A’ cerimonia assistiu grande numero de convi­dados. A noiva é uma sym- pathica menina, e o noivo um excellente cavalheiro, motivo porque prophetizâ- mos aos sympathieos nu­bentes, um futuro replecto de prosperidades e ventu­ras de que são muito di­gnos.

Fez na terça feira passa­da, 5 do corrente, um anno que a phylarmonica i.° de Dezembro de Aldegallega, ganhou no certamen musi-ocal de phyiarmonicas que se eíiectuou na praça D. Carlos, em Setúbal, o i.° nremio fõoSooo réis1 e um 1 ' ' diploma d’honra. Era re­gente, como ainda, o nosso amigo, sr. Balthazar Ma­nuel Valente-,

A direcção, em conse- quencia do i.u anniversario de mais uma gloria alcan­çada pela distincta phylar­monica. mandou distribuir circulares por todos os phv- larmonicos, a fim de com­parecerem na séde da So­ciedade pelas 9 horas da noite. Depois de todos es­tarem presentes a direcção lembrou-lhes aquelle glo­rioso dia, offerecendo-lhes um opiparo copo d'agua. Dentro em pouco todos pe­gavam nos seu- instrumen­tos, e então, sob a regen- cia do seu incançavel mes­tre, tivemos o prazer de ouvir mais uma vez a ex- cellente banda, subindo ao

ar, por essa occasião, algu­mas dezenas de foguetes.

Um bravo á phylarmo­nica i.° de Dezembro!

S S r in e o

Ainda se acha em nosso poder na administração d’este jornal um brinco que suppomos pertencer a pes­soa viuva, que no dia 27 de junho findo fòra encontra­do n’esta villa.

Será entregue á pessoa que provar pertencer-lhe.

líxasneFez um brilhante exame

desciencias naturaes, fican­do approvado com 14 va­lores, o nosso particular amigo, Antonio Mendes Freire Maneira, intelligente praticante de pharmacia.

Ao nosso amigo enviá­mos os nossos cordiaes pa­rabéns.

AOS AGRICULTORESA Nova Empreza d'Adu-

bos Artificiaes, tendo emvista satisfazer o pedido dealguns lavradores, seus cli- ̂ /entes, que usam empregar a farinha de tremòço como fertilisante, resolveu iniciar a moagem deste legumeO . .- 'O

na.sua fabrica do Alto da Barrosa, em Aldegallega do Ribatejo, para o que fez compras importantes, a fim de podei- servir todas as re­quisições, quê lhe sejam di­rigidas, do mesmo genero..

Por egual se encarrega da moagem de tremoço, por conta alheia, ao preço de 240 reis a sacca.

Muito brevemente de­vem chegar novos guanos, d’uma riqueza apreciavel em Azote e Acido phos- phorico, assim como se es­pera um carregamento de sulphato de potassium, vin­do directamente da Alle- manha para esta fabrica.

Opportunamente se an- nunciarão os competentes preços em relação ásdosa- gens respectivas.

Escriptonos — em Lis­boa, largo di S. Paulo, 12, i.°; em Aldegallega, tua Conde Paçò Vieira, 24.

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O DOMINGOSiaSehiehairi» M ercantil

O proprietário deste es­tabelecimento, sr. Gabriel de Jesu.-> Relogio, previne os seus freguezes de que nos dias 16 'e 17 do corren­te, encontrarão á venda, na Salchicharia Mercantil, rua de José Maria dos Santos,20, a magnifica carne de porco fresca, como lombo, costellas, chispe, cabeça, etc., etc.

A n n i v e r s a r i o

Passou no dia 3 do cor­rente o anniversario do nosso particular amigo, sr. Manuel Maria Soares Fran­co, conceituado commer- ciante n’esta villa.

Os nossos cordiaes pa­rabéns.

1 3 !e iç © e s «le d e p u t a d o s

Conforme noticiámos, realisou-se 110 domingo pas­sado 0 apuramento da elei­ção de deputados, sendo o resultado o seguinte:

Dr. João Sabino de Sou­sa, 2:5o2; conselheiro' Ma- riano Cyrillo de Carvalho, i:825; dr. José Maria Perei­ra de Lima, 1:900; conse­lheiro José Dias Ferreira, 2:5-4 7.

< $ u e i\ a

Queixou-se na adminis­tração do concelho Manuel Carvalho, casado, fazendei­ro, morador no sitio do Brejo Lobo, deste conce­lho, de que em setembro do anno findo lhe fòra fur­tada de . sua casa uma es­pingarda de dois canos no valo r a p proxi m ad a m ente de i2$ooo réis, sem que então suspeitasse quem ti­nha sido o auctor do furto Porém, ha Ires semanas, soube que a referida espin­garda lhe havia sido furta­da por um individuo que teve ao seu serviço de no­me Manuel Pacanna, tra­balhador, natural de Santo Antonio da Charneca, o qual a vendera por 3$ooo

réis ao maioral da Compa­nhia das Lezirias, conheci­do pela alcunha de Salsa, como lhe confessara o pro­prio Pacanna quando para se informar qual o destino que este déra á espingarda, o foi procurar á cadeia cio Seixal, onde se acha preso pelo crime do furto de umaegua.

— -

Foram hontem affixados editaes nos Ioga res do cos­tume, prohibindo que se tome banho na ponte dos vapores desta villa.

I ^ i l i s o s a

Falleceu em 2 do corren­te, pelas 7 horas da ma­nhã, Manuel Rodrigues Pancão, de 63 annos de edade, casado, proprietá­rio, natural d’esta villa, vi­ctima de uma congestão cerebral.

Que descance em paz.— Tambem no dia4, pe­

las 4 horas da manhã, fal­leceu José Ferreira, de 63 annos de edade, casado, trabalhador, natural desta villa.

T h e a t r o

As récitas para hontem 0 hoje annu.nciadas ficaram transferidas para a próxi­ma quinta feira... se Deus quizer.

COFRE Dl FllOLâS

h U M AQue graça tens, que salero,O' filha da Andaluzia!E leu confundo formoso Um sonho auduz da poesia.O rosto é lindo, incitante,Os olhos têm meigo brilho.Pra desenhar taes encantos Só 0 pincel de Murillo.

Tens nos requebros airosos A graça que nos sedu{,A gentileza nativa Do grande povo andalu\.Quando entoas, graciosa,A «malaguefia» gentil E nos desiumbras o olhar Com garridice infantil;Quando os teus olhos formosos Despedem In; divinal,Fazendo entrever um mundo De perfe ção ideal,

Estão quasi concluídos os urinoes que a ex.n,a ca­mara ultimamente mandou coilocar um no largo da Egreja e outro no largo da Praca.

A " . C a m a r a . U n n i c i p a i

Lembrámos á ex.ma ca­mara municipal que obri­gue os senhorios mais des­cuidados a mandarem caiar as frentes dos prédios. Já lembrámos tarde, prova­velmente, mas fica para o proximo anno.

Ha senhoriosinho que só obrigado!

sei que meiga attracçao Exerces, formosa huri;N uma delicia fagueira,ÍOt1 a nossa Ima pra ti.

Como a louca mariposa Que vae as a?as queimar, Assim nos abrasa o peito A chamma do leu olliar.Filha das terras formosas Onde a mulher nos sedu Deixas, passando elegante, Um longo rasto de luz.Teu rosto, bálsamo doce Da mais suprema ejficacia, Provoca o espontâneo grilo: Caramba! Viva la gracia!

JOAQUIM DOS ANJOS.

Bem podem os paes dar casa e riqueza a seus filhos: porém mulher boa só Deus llia pode dar.— Salomão.

— A mosca nasceu para ser comida pela aranha; o homem para ser devorado pela dôr.-- Voltaire.

ANECDOTAS

0 senhor conhece a minha sogrd?Não lenho esse prazer.Prazer?!.. . Bem se vê que não a conhece!

Eu só conto com parentes a fastados. ■Como? Morreram-te os mais chegados?

>, mas são muito ricos. . .

LITTERATURA

L i i d i s l a u (o P e s c a d o r )(Continuado do n.° 155;

— Vae em sete vinténs, quem lança, dizia um fes­teiro de dentro do bazar, mostrando um açafate com laranjas.

— Mais dez réis, acudiu de fóra um individuo.

— Oito vinténs, inter­rompeu outro.

— Quem mais dá?... continuou o festeiro.

— Nove vinténs, disse o primeiro.

— Dois tostões, acudiu o segundo.

•—Tres.— Quatro.— Cinco.

Do bazar acercou-se mui­to povo aos gritos daquel- les dois individuos que, en- thusiasmados, dariam pelo açafate das laranjas quanto possuiam se não fosse a confusão dos últimos lan­ços, ficando o fc-teiro sem saber a quem pertenciam as laranjas, pois que ambos diziam ser seu o lanço de seis tostões e não se resol­viam a desempatar. Arre­feceram. Olharam bem pa­ra o açafate que teria de­zoito laranjas apenas e deu- lhes pena cobrir o lanço de seis tostões. Custavam bem o trabalho de dia e meio. Mas Rosa estava alli, e era preciso não fazer má figu­ra deante delia. O segun­do, a quem de direito per­tenciam as laranjas, resol­veu-se, embora com pou­ca vontade, offerecer mais dez réis e foi quem ficou com as laranjas.

Todos o olharam com admiração.

Damião Antunes era o seu nome. Namorava a Ro­sa e ia casar com ella na madrugada do dia imme­diato. '

Este enlace iria causar grande surpreza a toda a gente das relações dos na­morados, pois que ainda ninguém sabia coisa algu­ma a tal respeito, e para mais sigillo nem padrinhos

87 FOLHETIM

T raduccão de J. DOS ANJOS

D E P O I SL i v r o S e g t m d o

11

Ouvindo estas palavras de zomba­ria ás suas resoluções, t id a a benevo- lencia de-appareeeu do rosto da Ma gdalena.

— Não continues, disse ella em tom incisivo e ameaçador; conheço o teu espírito; não te ba* de dar bem com isso.

— Ora! bem sei que és capaz de t ro ­car uma amiga velha como eu pelo te . D">íe:sof.

- Náo te troco , porque te deixei a liberdade de ficares aqui o tempo que quizeres ou de ires para Paris, onde tens os seis mil francos de rendimen to. Já vês que não me recuso a pagar os teus serviços. Quanto ao meu p ro ­fessor, elle só vale por todo; os ho mens que tenho conhecido e ninguém é mais digno de inspirar um nobre amor!

— Oh! náo penso em lhe contestar os merecimentos; Digo só que. p ra os a: reciares, náo tinhas precisão de te fazer frei-a.-Que farás quando esti­veres faria d ’eile ?

—Fa- ta d'elle: N u n c a . . .— Pois sim; mas se elle se aborre­

cer de ti. se a i-uem ihe contar o pas­sado? . . .

A Magdalena deu um r.akr> e rendo p ;-a a sr.* ", e. p 1 r _ Ç VCl-TniOlV

—No dia em que o passado se er­guer contra mim com tanto poder que me possa arrebatar o homem a quem amo, n’esse dia a minha \ida será destruída-, chamarei a morte co mo um livramento e não pensarei em ir pedir consolações a novos desre­gramentos, a nova; vergonhas. . . Mas quem havia de lembrar 0 passado ao Pedro; continuou ella; quem ih'o ha

via de contar? Antes de oito dias os que o conheceram em todo o seu hor ro r háo de ter-se esquecido de mim. e se houver alguem que guarde a mi­nha recordação é perque me estimou sinceramente e por isso náo me ha de querer deitar a perder . Quem ha de ser? O padre Rouvière? Esse desejava

' mo feliz. O -abelhão Riballier? NSo 1:-: n-. a an aa nada e em todo o

) crso o seu intei es.e recommenda-lhe I

o silencio. . . Resta a mulher com quem estou falando. . .

—Julgas que eu seja capaz. . .— De muita coisa. Mas lembra-te de

que se alguma vez o meu descanço fòr perturbado por tua culpa, p erde­rás tudo o que te faço. P o r isso. mi­nha querida, é melhor.i res-te em bo ­ra.

— Sim, vou-me embora, respondeu a sr .a Telemaco. aterrada; tomaste- me ra iv a . . .

A Magdalena encolheu os hombros.— Se eu te tivesse tom ado raiva já

te tinha posto fóra, . disse ella com brandirn ; não. não te o de :o, minha pobre velha; mas fica sabendo que. se aqui ou em Paris tu entenderes que has de ser mais que uma confi­dente docil e silenciosa, serás tratada com 1 inimiga.

t t D'( qui a oito dias vou me embo­

ra tornou a sr .a Telemaco, que estava suffocada.

- -Quando quizeres!Esta explicação demonstrou clara­

mente á s r .a Telemaco que o seu p re ­cário p o der tinha deixado de existir e que a sua influencia, abalada havia muito tempo, estava destruída para sempre. Só pensou em tornar a a d ­quirir, a poder de provas de docilida­de, a amizade da Magdalena, de quem queria tirar agora outra coisa mais que os seis mil francos de renda vita­lícia.

I I I

Havia seis semanas que a Magdale­na morava em Antraigues. Esse tem ­po passara rapidamente, porque cada dia trazia as suas preoccupações.

(Continuaj.

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Guar- to que o tio Ladislau vá ser nosso padrinho.

O DOMINGO

haviam arranjado, davam tudo para a ultima hora e até mesmo o padre seria prevenido de noite. Tal era o segredo d'aquel­le noivado.

★Seriam tres horas da tar­

de d’aquelle dia tão cele­brado pela classe piscató­ria, quando, cheio de an- ciedade, Ladislau ouviu a aldraba bater duas vezes na porta.

— São ellas! disse elle correndo á porta e abrin­do-a sem perguntar quem era.

— Dá-nos licença, senhor Ladislau? disse a mãe de Rosa.

— Entrem, entrem, disse com alegria o pescador, já não as esperava por cá ho- hoje!

— Aposto que tem esta­do á nossa espera?! excla­mou a Rosa.

— Tenho sim.E dizendo isto approxi-

mou-se delias, indicou-lhes a meza e aecrecentou:

-—Como hoje é dia de S, Pedro, lembrei-me, co­mo estou para aqui só, dc as chamar para me fazerem companhia e mesmo por que tenho muito que falar com vocês. Então? vá lá, sentem-se, e indicou-lhes novamente a meza. Isto não veiu para aqui para vista.

Pegou numa garrafa e encheu os copos que esta­vam sobre a meza.

S e n t ara m - s e, comeram, beberam e seguramente dez minutos não se ouviu alli sequer o zumbido de uma mosca.

O pescador mordia-se por não saber como devia começar a declarar-se á Rosa; achava-a ainda mui­to nova; receiava que se rissem d elle e que mais tar­de a visinhança sabendo fi­zesse galhofa.

— Mas... pensava elle. isto tem de ser; vou come­çar: Quantos annos tens. Rosa ?

■—Vou em dezesete, tio Ladislau.

— Ora vejam lá! uma ra­pariga com dezesete annos ainda solteira!

— Está por pouco, tio Ladislau; se Deus quizer, ámanhã por estas horas já terá marido, disse pausada­mente a mãe de Rosa.

O pescador cahiu das nuvens ao ouvir esta ines­perada resposta. Veiu a tempo; evitou-lhe um fias­co medonho.

— Mas olhe que é segre­do, continuou a mãe de Ro­sa, o noivo não quer que se saiba, e nós se !B’o dize­mos é porque o vimos con-' vi dar para padrinho.

— Foi esse o motivo que aqui nos trouxe, interrom­peu Rosa, temos muito gos-!

-—E não poderei saber quem é esse meu afilhado ? perguntou o pescador com os olhos esgazeados.

— Póde! responderam as duas ao mesmo tempo, é o Damião, o filho da An­na Andrade.

— A que horas é o casa­mento?

— Amanhã ás tres horas da madrugada.

-— Podemos contar com­sigo, tio Ladislau? tornou a mãe de Rosa.

—Pódem.O pescador levantou-se

da meza como a dar-lhes a entender que não havia mais nada a dizer.

— E’ verdade, tio Ladis­lau, disse-nos que tinha de falar muito com a gente... estamos aqui. ..

— Ficará para outra vez, retorquiu a custo o pesca­dor. .

— Adeus, tio Ladislau; ás duas horas, pouco mais ou menos, cá virá o Damião bater á porta, advertiu a mãe de Rosa.

— Pois sim, adeus.O pescador ficára raivo­

so. Nunca se mettera em despezas tão avultadas co­mo naquelle dia.

— E ainda haverá quem diga que é com bôlos que se engana os tôlos? O tôlo é quem dá os bôlos, dizia o pescador fechando a por­ta por onde as mulheres acabavam de sahir.

*O noivo começou por

prevenir o senhor padre prior, algumas pessoas de familia e amigos,seriam dez horas. Todos o olhavam com admiração.

—Já te disse, repetia o Damião: em sendo duas horas, apparece á porta da egreja da freguezia.

— Está dito, lá irei.Todos se prepararam e

á hora marcada apparece- ram. Só faltava um padri­nho, o Ladislau.

Já lhe haviam batido á porta tres vezes e elle sem responder. Tomaram a ba­ter, fizeram muito barulho e nada.

Resolveu-se que um dos convidados o fosse substi­tuir e o casamento eflectu- ou-se eram cinco horas.

Duas horas depois a vi­sinhança notava a falta do Ladislau. Formavam-se gru­pos e inventavam-se hypo- theses.

Participado o facto ásau- ctoridas estas mandaram arrombar a porta.

Um suicidio!O pobre pescador enfor-

cára-se. Estava pendurado no tecto. Fòra o ciume a causa da sua morte.

(ConclueJ.

F e s t e j « s «1» B S s jt ir i íoSSaSÈÉO

E’ no proximo sabbado. iõ do corrente, que tem começo n’esta villa os des­lumbrantes festejos ao Di­vino Espirito Santo. São el­les, como nunca, revestidos do maior brilhantismo, não se poupando a incançavel commissão a despezas nem a trabalho para o bom no­me dos Grandiosos Feste­jos do Divino Espirito San­to, em Aldegallega do Ri­batejo. Os trabalhos de ornamentação estão já bas­tante adeantados, e não po­demos deixar de dizer queo que já se vê. que é de ti­no gosto e de uma força de vontade absoluta.

Já estão contratadas as excellentes bandas de in­fanteria 16, de Lisboa, in­fanteria ii, de Setúbal, e as distinctas phyiarmoni­cas i.° de Dezembro, d’es- ta villa e Humanitaria, de Palmella.

Os coretos, construídos sob a direcção do conscien­cioso artista, sr. José Ro­drigues e pintados por há­beis artistas de Lisbôa, são lindos.

Nos dias 18 e 19 realisar- se-hão duas magnificas cor­ridas de touros, sendo o gado para a primeira cor­rida offerecido generosa­mente pelo opulento lavra­dor, ex.m° sr. José Maria dos Santos e para a segun­da pertencente ao sr. An­tonio Joaquim Correia de Castro, de Cabrella, oriun­do da antiga raça Ruvisco Paes, de PégÕes.

Não publicámos, como nos compromettemos, o programma dos festejos, em consequencia d’este ser, como no anno passado, feito em folhetos a duasco- res e profusamente distri­buído por todo o paiz.

Lembrámos á ex.raa ca­mara municipal a conve­niencia de não consentir que durante os festejos se venda fructa e hortaliça na Praça Serpa Pinto, nem peixe no Paço depois do .'meio dia.

ARTE CULINARIA

C e n o u r a s á alemicjasEa

Tome-se uma duzia decenouras das melhores que se encontrar, descasquem- se, lavem-se e cozam-se em agua a ferver com sal.| Quando estiverem cozidas, jo que se realisará no fim | de uma hora e meia, tirem-i <e da agua e enxuguem-se ! no peneiro.1 Põe-se então ao lumeI uma caçarola com um bo- ’ cacio de manteiga do ta-,

manho de um ovo; quando estiver bem quente, deitem- se-lhe duas cebollas gran­des -cortadas em tiras del­gadas e deixem-se alourar ou refogar; accrescentem- se-lhe depois as cenouras cortadas e polvilhem-se de farinha.

Quando a farinha tenha adquirido uma côr acasta­nhada, junte-se-lhe um co- do de caldo ou de agua,

ser um quarto de hora e sirva-se quente.

Ultimamente, o vinho tem sido aqui vendido en­tre 2 5 e SeSooo réis.

Alguns viticultores teem aberto tabernas, vendendoo vinho a 60 e 80 réis 0 li­tro, não faltando por ahi camoecas.

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já bem conhecida casa commercial pela seriedade de transacções e já tambem pela modicidade de preços por que são vendidos todos os artigos, vem de novo recommendar ao publico em geral que nesta casa se en­contra um esplendido sortido de fazendas tanto em fan­queiro como em modas, retrozeiro, mercador, chape­laria, sapataria, rouparia, etc., etc., prompto a satisfazer os mais exigentes e

AO ALCANCE DE TODAS AS BOLSASDevido á sabida do antigo socio desta casa, o ill.mo

sr. João Bento Maria, motivada pelo cansaço das lides commerciaes, os actuaes proprietários-resolveram am- plear mais o actual commercio da casa, dotando-a com uns melhoramentos que se tornam indispensáveis a melhorar e a augmentar as várias secções que já existem.

Tomam, pois, a liberdade de convidar os seus estimá­veis freguezes e amigos, a que, quando qualquer com­pra tenham de fazer, se inteirem primeiro, das qualida­des, sortido e preços porque são vendidos os artigos, porque decerto acharão vantagosos.

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