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1 CONSTELAÇÃO FAMILIAR

CONSTELAÇÃO FAMILIAR

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Page 1: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

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CONSTELAÇÃO

FAMILIAR

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Por que palavras?

Um monge aproximou-se de seu mestre – que se encontrava em meditação no pátio do Templo à luz da lua – com uma grande

dúvida:

“Mestre, aprendi que confiar nas palavras é ilusório; e diante das palavras, o verdadeiro sentido surge através do silêncio. Mas vejo que os Sutras e as recitações são feitas de palavras; que o ensinamento é transmitido pela voz. Se o Dharma está além dos termos, porque os termos são usados para defini-lo?”

O velho sábio respondeu: “As palavras são como um dedo apontando para a Lua; cuida de saber olhar para a Lua, não se

preocupe com o dedo que a aponta.”

O monge replicou: “Mas eu não poderia olhar a Lua, sem precisar

que algum dedo alheio a indique?”

“Poderia,” confirmou o mestre, “e assim tu o farás, pois ninguém

mais pode olhar a lua por ti.

As palavras são como bolhas de sabão: frágeis e inconsistentes, desaparecem quando em contato prolongado com o ar. A Lua está e sempre esteve à vista. O Dharma é eterno e completamente revelado. As palavras não podem revelar o que já está revelado desde o Primeiro Princípio.”

“Então,” o monge perguntou, “por que os homens precisam que lhes seja revelado o que já é de seu conhecimento?”

“Porque,” completou o sábio, “da mesma forma que ver a Lua todas as noites faz com que os homens se esqueçam dela pelo simples costume de aceitar sua existência como fato consumado, assim também os homens não confiam na Verdade já revelada pelo simples fato dela se manifestar em todas as coisas, sem distinção. Desta forma, as palavras são um subterfúgio, um adorno para embelezar e atrair nossa atenção. E como qualquer adorno, pode ser valorizado mais do que é necessário.”

O mestre ficou em silêncio durante muito tempo. Então, de súbito, simplesmente apontou para a lua.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................................6

TEORIA DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR............................................................7

O FUNDADOR.....................................................................................................8

O CAMPO MORFOGENÉTICO...........................................................................9

CONSTELAÇÃO FAMILIAR..............................................................................12

O DESTINO.......................................................................................................13

A ORDEM..........................................................................................................15

RECONCILIAÇÃO.............................................................................................16

AJUDA...............................................................................................................17

ENCONTRO COM A ALMA...............................................................................20

CONSCIÊNCIA..................................................................................................25

FENOMENOLOGIA SISTÊMICA.......................................................................26

EMARANHAMENTOS.......................................................................................28

SOMOS SERES RELACIONAIS .......................................................................30

AS 3 LEIS..........................................................................................................33

AS CONSTELAÇÕES NOS MOSTRAM ISSO DENTRO DO CAMPO DAS PSICOTERAPIAS .............................................................................................34

FORÇA DE UMA ALMA E EMARANHAMENTO NA CONSTELAÇÃO TEM UMA ORDEM ....................................................................................................35

MESMO QUE O FILHO TENHA A COMPETÊNCIA ........................................36

LEI DO PERTENCIMENTO...............................................................................37

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LEI DO DAR E RECEBER..................................................................................37

LEI DO AMOR....................................................................................................38

CONSTELAÇÕES FAMILIARES: VIDA E MORTE ...........................................41

BOM LEMBRAR ................................................................................................43

O RELACIONAMENTO OBEDECE ÀS 3 LEIS..................................................50

1ª LEI: PERTINÊNCIA / VÍNCULO ...................................................................50

2ª LEI: DAR E RECEBER .................................................................................51

3ª LEI: HIERARQUIA/ ORDEM ........................................................................53

TRÊS TIPOS DE CONSCIÊNCIA .....................................................................53

O TRABALHO COM AS CONSTELAÇÕES......................................................54

PRINCIPIOS .....................................................................................................60

CONSTELAÇÕES E A ALMA ...........................................................................68

O PENSAMENTO SISTÊMICO ........................................................................72

CONSTELAÇÃO E A PSICOLOGIA .................................................................79

AS CARACTERÍSTICAS DO PENSAMENTO SISTÊMICO .............................83

O CURSO DO PENSAMENTO SISTÊMICO E O MÉTODO ............................83

COMO PROCEDER NESSE PASSO: ..............................................................84

O PROCESSO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR: PRÁTICA ............................90

A DESCOBERTA DA DINÂMICA FAMILIAR ..................................................104

A ORDENAÇÃO DO SISTEMA .......................................................................107

A INTRODUÇÃO DO CLIENTE NA CONSTELAÇÃO .....................................111

A IMAGEM DA SOLUÇÃO ..............................................................................112

AS FRASES LIBERTADORAS ........................................................................113

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A CONSTELAÇÃO CONDENSADA ................................................................117

CONSTELAÇÃO FAMILIAR SISTÊMICA E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL ....119

PERDA DO SENTIDO OU SIGNIFICADO DA VIDA: .......................................123

CONSTELAÇÃO FAMILIAR É AMOR .............................................................124

FUNDAMENTOS ............................................................................................136

OLHAR PARA OS RELACIONAMENTOS ......................................................137

COMO É UMA VIVÊNCIA NA CONSTELACÃO .............................................139

CONSTELACÃO INDIVIDUAL ........................................................................140

TERAPIA INDIVIDUAL DE CONSTELACÃO FAMILIAR COM BONECOS......144

CONSTELACÕES ORGANIZACIONAIS ........................................................147

MÉTODO DAS CONSTELACÕES ..................................................................151

ESSE MÉTODO VAI NOS ENSINAR COMO SERMOS FELIZES ..................155

PARA QUE SERVEM ......................................................................................156

SUA APLICACÃO PRÁTICA ...........................................................................156

OUTRAS INFORMACÕES ..............................................................................157

O PAPEL DO FACILITADOR ..........................................................................161

FINAL DA CONSTELAÇÃO ............................................................................164

CONCLUSÃO .................................................................................................165

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................,...... 172

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INTRODUÇÃO

Questões mal resolvidas e mágoas acumuladas entre parentes, mesmo

envolvendo aqueles que já partiram há tempos, podem gerar dor, sofrimento e

ruídos nos relacionamentos que atravessam gerações. Para romper esse ciclo

penoso, muitos defendem que a técnica da Constelação Familiar Sistêmica pode

ser um recurso benéfico, rápido e eficiente. Mas afinal, o que é isso? Entenda

melhor como esse método funciona e como ele atua para melhorar a

comunicação entre pessoas que se amam, mas às vezes não conseguem se

entender.

A ciência Universal das ordens de convivência humana começando pelas

revelações nas famílias, ou seja, pelo relacionamento entre homem e mulher,

entre pais e filhos, incluindo sua educação, passando pela ordem no âmbito do

trabalho, na profissão, e nas organizações, chegando até as ordens entre grupos

extensos como por exemplo povos e culturas. Essas ordens e desordens

também são transferidas para o corpo e tem um papel importante em relação às

doenças e à saúde física, anímica e espiritual.

A Hellinger Ciência é uma ciência universal de Amor, que inclui tudo da mesma

maneira. Como esse Amor pode dar certo? É um Amor em Sintonia com o pensar

do Espírito, consciente do seu movimento. Esse Amor sabe como ama e como

pode amar. Assim sendo esse Amor e essa consciência do Espírito são puros.

Assim sendo esse Amor se torna uma ciência universal. Atua de maneira

Universal.

Atua por ser verdadeira.

Bert Hellinger

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TEORIA DA CONSTELACÃO FAMILIAR SISTEMICA

Na teoria sistêmica de Bert Hellinger (2001) sistema significa um grupo de

pessoas que está unido pelo que o autor chama de destino, de maneira que os

atos dos indivíduos desse grupo influenciam nos destinos uns dos outros,

inclusive através de gerações.

Neste sentido, Bert Hellinger não se propõe a explicar os porquês dos

fenômenos em grupos; restringe-se a informar suas observações e o modo como

soluções foram alcançadas em sua experiência, formulando teorias gerais a

partir do comportamento corriqueiro da dinâmica sistêmica.

Todo indivíduo está necessariamente envolvido em diversas relações

interpessoais.

A ligação sistêmica não é um direito que possa ser concedido ou negado.

Todas as pessoas incluídas no sistema têm o direito de pertencer ao mesmo,

independentemente de suas ações.

Esta ligação transcende a moral de merecimento.

Por este motivo, se as pessoas do grupo excluem arbitrariamente algum de seus

participantes, desconsiderando seu direito primário de pertencer ao grupo, este

tende a ser representado posteriormente por algum outro participante; aquele

que foi excluído torna-se, logo, destino para alguma outra pessoa do grupo.

Um excluído é algum participante do sistema que sofreu a grave injustiça de ter

sido negada sua inclusão no grupo.

Muitas vezes um participante mais recente deste grupo tende a representar o

participante excluído através de uma “pressão sistêmica”, de modo a restaurar o

equilíbrio interno do grupo.

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O FUNDADOR

Bert Hellinger nasceu na Alemanha em 1925, participou como soldado na

Segunda Guerra Mundial e viveu alguns meses em um campo de prisioneiros

durante a guerra na Bélgica.

Diplomou-se em Filosofia, Teologia e Pedagogia, e trabalhou como educador e

membro de uma ordem missionária católica entre os zulus na África do Sul

durante 16 anos.

Posteriormente, abandonou o sacerdócio e tornou-se psicanalista,

aprofundando-se em diversas vertentes dentro da Psicologia, dentre elas a

Gestalt-Terapia, a Análise Transacional, Dinâmica de Grupos Hipnoterapia e

Terapia Familiar.

Suas ideias receberam importantes influências de autores e abordagens dentro

da psicologia.

A partir destas bases teóricas e da sua prática, pôde criar sua própria abordagem

sistêmica familiar. Atualmente trabalha com processos terapêuticos de grupos,

dá cursos sobre seu pensamento e técnica e escreve sobre o assunto.

Desta maneira, o objeto da terapia sistêmica deixa de ser aquele indivíduo que

apresenta um determinado sintoma, e passa a ser toda a dinâmica sistêmica

familiar do qual o sintoma é apenas uma expressão (VOGEL, 2011).

Está será uma das principais bases da perspectiva terapêutica de Bert Hellinger.

Do mesmo modo, o Psicodrama de Jacob Moreno utilizava o teatro como forma

de trazer à luz significados sociais das relações do cliente, inspirando de modo

fundamental a prática de Hellinger.

O modo como desenvolveu seu trabalho terapêutico e o modo como se colocam

os papéis na dinâmica de uma Constelação Familiar teve início com o

Psicodrama, desenvolvendo posteriormente suas peculiaridades.

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Atua também nos Campos morfogênico e na biologia, e é constituído por uma

energia que age para dar a forma a um ser vivo dentro de um processo de

evolução num espaço de tempo determinado e pode explicar como se passa a

influência do passado familiar para o descendente.

Segundo a teoria as informações vividas pela mesma espécie ficam

armazenadas em um campo invisível.

O CAMPO MORFOGENÉTICO

“O PASSADO INFLUE NO PRESENTE POR RESSONANCIA POR ONDE OS

ANCESTRAIS ATUAM NA GERAÇÃO ATUAL POR SEMELHANÇAS”

Os conteúdos ficam acessíveis posteriormente para membros da mesma

espécie.

O aprendizado e a influência vêm pelo campo mórfico.

Rupert Sheldrake: Biologia e Psicologia através dos Hábitos.

A memória da existência: o biólogo britânico Rupert Sheldrake abalou o meio

científico ao propor que o desenvolvimento dos seres vivos é guiado por

estruturas invisíveis que disseminam na natureza os padrões de

desenvolvimento e comportamento repetidos por cada espécie.

Por meio dos campos mórficos, os hábitos de cada um influenciam a mente, o

corpo e a saúde de todos.

Nossas ações repercutem no todo e quanto mais um comportamento é repetido,

seja por pessoas, bactérias ou células, maior sua influência sobre os demais

indivíduos, e maior a chance de que ele volte a ocorrer.

Em um sentido amplo, tanto a doença quanto a saúde são padrões aprendidos

pela natureza e reforçados pelos comportamentos de cada pessoa.

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Ou, como resumiu Sheldrake em entrevista à revista Scientific American: “O que

isso quer dizer é que a natureza não tem leis, mas hábitos.”

Sheldrake chama de ressonância mórfica o mecanismo pelo qual os campos

mórficos influenciam uns aos outros e dão origem a seres e sistemas cada vez

mais complexos.

Trata-se de um processo de transferência de informação que atravessa o tempo

e o espaço, como uma memória coletiva de que todos se alimentam e para a

qual todos contribuem.

Um conhecimento um tanto quanto novo, e por exigir uma reflexão um pouco

mais “ousada”

Sheldrake descortina novos entendimentos.

A possibilidade de se olhar para fora da caixa, para além.

A informação, sugerindo como organizar a energia.

Para esse autor, a ressonância mórfica implica uma espécie de ação à distância

no espaço e no tempo.

Na teoria morfogenética, o passado influi no presente.

Os ancestrais influem na geração atual por um efeito de ressonância.

Implica uma espécie de ação à distância no espaço e no tempo.

Uma teoria criada pelo biólogo inglês Rupert Sheldrake, denominada teoria dos

Campos Morfogenéticos, que ajudam a compreender como os organismos

adotam as suas formas e comportamentos característicos.

A mudança do hábito cria um novo campo.

Há uma memória também para novos hábitos.

Eu posso dizer; hoje acordei, caíram véus que cobriam o meu entendimento.

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Eu vou criar uma nova história.

Eu vou criar um novo hábito.

Eu vou criar uma nova trilha.

O Universo de hoje, no qual tudo que existe está entrelaçado em um campo

sistêmico.

O universo pode continuar se expandindo se a densidade das massas for baixa.

A vida humana é muito curta em comparação a um sistema cósmico.

Nas constelações siderais das estrelas cada uma tem um vórtice de energia que

faz parte de um sistema energético.

O amor é o sentimento base das pessoas, que permeia nossa existência. Nós

ligamos às pessoas por meio do amor, seja qual for nosso relacionamento.

Quando estamos num amor profundo e verdadeiro tudo na nossa vida se

transforma.

O respeito às leis do amor nos permite uma qualidade de vida tão ampla que faz

aumentar nossa capacidade de contato conosco mesmo, nos abrindo com

segurança para compreender quem somos e de onde viemos.

Uma força capaz de revelar o nosso eu mais profundo, que vem da raiz de

nossos pais e ancestrais.

Viver as leis do amor nos traz a possibilidade real de descobrimos a enorme

força que carregamos dentro de nós, que é capaz de dizer sim a vida. Agora eu

posso olhar para vocês, deixar com vocês o que é vosso e seguir só com o que

é meu.

Mesmo sendo igual, poder fazer diferente e ser plenamente feliz.

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CONSTELAÇÃO FAMILIAR

Mudanças e Ordem: Morte na Família

Aqui temos o exemplo claro da quebra da Ordem, princípio fundamental da

Constelação familiar. Na alma existe uma atração em direção aos mortos e ao

morrer esse é um movimento muito suave e profundo. Todo movimento da vida

é, pois, um movimento para lá de onde ela emergiu.

A vida vem de longe e nós não sabemos onde é a sua nascente. Muitas vezes,

os representantes falam ou tomam expressões emocionais que eles sabem que

não são deles mesmos. Muitas vezes surgem falas que são de pessoas já

falecidas.

(Efraim R. Bocallandro e Irene Cardotti Bocalandro).

Tendo assistido por várias vezes a processos de constelação, eu me perguntei

como pode acontecer que num processo aqui e agora participem pessoas já

falecidas. A resposta que surgiu é que, no processo de constelação entram

energias virtuais (por serem muito sutis) que determinam os efeitos e emoções

e falas alheias ao representante.

Essas energias virtuais são consideradas pelo campo morfogenético.

Rupert Sheldrake (Efraim R. Bocallandro E Irene Cardotti Bocalandro)

Na família acontecem muitas transformações, uma delas é que alguém “toma o

lugar do morto”, num acordo implícito. Alguém vai procurar exercer suas funções

e assim terá dificuldade de viver sua “própria vida”, já que está no lugar do outro.

Força de uma alma e emaranhamento na constelação tem uma ordem. Vida

além da morte, reconciliação, sistema de relação de paz entre vivos com mortos

vinculados a um grupo. Na constelação lidar com o conflito com um coração

pacífico. Elas fazem valer a dimensão sistêmica e histórica de nossa existência.

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Além disso podem ocorrer sintomas e alguém pode adoecer: pânico, depressão

e outras doenças podem surgir a partir daí. O trauma da morte na família é um

dos maiores estressores que podemos enfrentar e a raiz de muitas doenças.

Outras transformações que acontecem são as brigas e rupturas. Algumas brigas

acontecem através da disputa de herança. Outras brigas têm como raiz a culpa

e a raiva.

Muitas vezes no primeiro momento buscamos um culpado, até aceitarmos a

perda como um processo natural da vida.

Por mais duro que seja, devemos aceitar isso para equilibrar nosso campo

familiar.

Luto significa luta, briga. A luta é interna e externa, porque muitas vezes se

manifestam nas relações familiares. A morte impacta diretamente no campo

familiar, levando um pedaço de cada parente junto com o falecido. Entender e

aceitar a morte como parte complementar da vida nos dá alívio.

O DESTINO

SISTEMA é um grupo de pessoas que permanecem unidos ou vinculados por

forças que o permeiam.

Revivemos sem o nosso conhecimento ou vontade uma espécie de repetição

compulsiva.

Destinos passados, situação funesta situações não resolvidas.

A idéia de que, numa família, acontecimentos e destinos se comunicam através

de gerações, mesmo quando nada disso nos foi contado, causa inicialmente

estranheza nesta época da informação, que se julga esclarecida.

A constelação nos mostra isso dentro do campo das Psicoterapias.

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Força de uma alma e emaranhamento na constelação tem uma ordem. Vida

além da morte, reconciliação, sistema de relação de paz entre vivos com mortos

vinculados a um grupo. Na constelação lidar com o conflito com um coração

pacífico. Elas fazem valer a dimensão sistêmica e histórica de nossa existência.

Em cenas simples, com poucas palavras ou mesmo em silêncio, entramos em

contato nas constelações com processos humanos fundamentais e geralmente

os compreendemos logo, com um profundo saber interior. Nas constelações

quase nada precisa ser esclarecido, nada se discute ou se contradiz. Raramente

se analisa alguma coisa. Chega-se bem depressa a algo essencial

Ocorrências e destinos significativos tomam-se completamente presentes, para

além do espaço e do tempo. Na alma participamos de algo que confere

individualidade a cada grupo particular, a cada família, a cada empresa, a cada

círculo de amigo

Vivenciamos imediatamente o que chamamos de “alma humana”. Talvez

possamos mesmo dizer: com a constelação familiar, a psicologia e o

aconselhamento encontraram-se de novo e totalmente com a alma.

Nos grupos a que pertencemos estamos interligados na alma, de uma forma que

ultrapassa a transmissão consciente de informações, a comunicação, o

comportamento e os sentimentos individuais

Nas constelações familiares podemos perceber e “ver” a alma, essa força que

une. Muitos se surpreendem muito ao sentirem, durante uma constelação esse

vínculo ao contexto profundo da família. Chamamos de “destino” as forças que,

a partir do passado, vinculam-nos necessariamente aos efeitos, bons ou maus,

de acontecimentos.

Esses efeitos nos são “destinados” independentemente de nossa vontade

estamos sujeitos a uma “sorte”, isto é, a acontecimentos que nos atingem

casualmente, sem que possamos escapar. Não temos nenhuma possibilidade

de interferir retroativamente naquilo que nos atinge.

Na medida em que lidamos com o destino podemos abrir-nos as mudanças.

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As forças do destino, aparecem nas constelações como uma história pessoal.

Vivenciamos dolorosamente quão pouco livres nós somos e percebemos que,

sem o nosso conhecimento ou vontade, revivemos, numa espécie de repetição

compulsiva, destinos passados, ocorrências funestas e problemas existenciais

não resolvidos

Inconscientes, fazemos as coisas do mesmo jeito sem perceber.

A constelação familiar voltou a abrir, no contexto da psicoterapia, um espaço

maior à dimensão do destino.

As grandes forças da alma, que vão muito além de nossa vontade e de nossas

opiniões e que interferem em nossa vida, emergem de uma espécie de

inconsciente coletivo e podem ser encaradas, honradas e acessadas num

processo de abertura para algo novo.

As constelações mostram-se particularmente eficazes quando sentimos estar

revivendo, sem necessidade própria, necessidades passadas e não pacificadas

de outras pessoas, como se através dessa repetição algo pudesse ser reparado

e ficar em paz.

“Quantas gerações isso vai durar, até que se cure?”

“Emaranhamento” é uma das palavras mágicas que acompanham as

constelações familiares.

Às vezes, as constelações atuam como uma peça de teatro. De forma

comprimida, dramas humanos são “encenados", sempre como histórias

especiais, referindo-se a determinados destinos familiares.

A ORDEM

Assim buscamos ajuda terapêutica, para que em nossa alma ou em nossas

relações fiquemos novamente “em ordem”. As relações humanas se configuram

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segundo determinadas condições, ordens ou regras, que não podemos alterar

ao bel-prazer sem sofrer danos pois quem pode saber ou, mais ainda, determinar

o que está em ordem e o que não está?

Precisamos de certas ordens anímicas para crescer, assim como nosso corpo

precisa de determinadas condições para crescer e sobreviver.

Nas constelações familiares é possível perceber o influxo dessas ordens.

Elas nos permitem orientar-nos no meio da complexidade de nossa vida

relacional.

Nas constelações familiares, as “ordens do amor” desempenham um papel

importante.

A grande diferença é que nós podemos observar que infelizmente não fazemos.

Temos duas vertentes que são despertar a nossa consciência.

Qual é a vantagem de estar no piloto? O benefício é que podemos fazer várias

coisas ao mesmo tempo e perder menos energia.

No auto piloto não sabemos do nosso comportamento.

Como podemos estar no controle da nossa vida? Recomendo a respiração e

observação.

A consciência nos ajuda a fazer escolhas. Aumentamos nossa consciência ou

nos tornamos inconscientes.

RECONCILIAÇÃO

Somos, todos nós, milhões de células, temos energia e informação, o que nos

faz conectar é a nossa observação, a informação está à disposição.

Page 17: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

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Na reconciliação se percebe que os conflitos surgem na alma quando forças

contrárias nos dividem internamente e em nossas relações, obrigando-nos a

lutar ou a reprimir.

Então sentimo-nos divididos, dilacerados, indecisos, intranquilos, estressados. A

principal eficácia das constelações familiares reside justamente em sua força de

ligação e de reconciliação.

Elas recuperam os excluídos para as famílias.

O trabalho de reconciliação nas constelações permanece ligado aos destinos

individuais.

A AJUDA

As constelações familiares simplesmente trazem à luz a conexão entre um

destino e seus efeitos. Elas ajudam a “ver” a realidade em uma vida e, se

possível, a preenchê-la com amor, sem influenciar o cliente quanto à forma de

aplicar isso em sua vida.

As constelações proporcionam um insight liberador sobre os efeitos do destino

na medida em que as pessoas aprendem a receber a vida de seus pais e dos

seus antepassados.

As constelações confiam na capacidade do cliente, em sua responsabilidade e

competência para lidar bem com aquilo que vivenciou.

Essa forma de encarar a ajuda difere da que prevalece em muitas formas da

psicoterapia tradicional. Embora se trate frequentemente de destinos difíceis,

essa maneira reservada de ajudar atua com mais leveza.

Constelação Familiar é amor. Quando o inconsciente se torna consciente ocorre

a cura. Nós temos padrões repetitivos.

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Emaranhamento familiar. Quando excluímos pessoas geramos padrões

repetitivos de raiva, ódio que vão gerar conflito familiar. A cura acontece quando

entra a ordem no seu lugar.

Há fala de cura no campo morfogenético com a fala do constelador e com o

recebimento verdadeiro acontece transformação.

Reuni algumas frases que fazem parte do material da formação para utilizar em

atendimento de Constelação Familiar.

Estas frases podem fazer sentido se estiverem dentro de algum contexto, devem

ser utilizadas de forma respeitosa, dizendo a frase em voz alta, firme e amorosa

sempre com o devido respeito.

Imaginando o contexto, a situação, a pessoa, o sistema conforme instrução, para

abrir possibilidades de modificar a questão através de uma expansão de

consciência.

Você que é constelador sistêmico com certeza conhece e já usa as frases de

solução em um atendimento de constelação familiar.

Para quem ainda não está familiarizado com as Constelações Familiares, as

frases de solução são palavras/frases, também chamadas de frases de ajustes

ou ordens de ajuda, sugeridas pelo terapeuta para serem ditas pelo cliente no

momento de seu atendimento.

Essas frases podem desbloquear sentimentos e crenças que o impedem de

seguir a vida plena ou de tomar sua vida como deve ser.

Pois, apresentam um caminho para a solução da questão trabalhada no

momento, auxiliando o cliente a compreender e reconhecer a questão,

desatando assim seu emaranhado.

E que frases são essas e como elas funcionam?

Deixando aqui claro que essas frases não são fixas, as vezes o constelador pode

ou não precisa usá-las para aquela questão tratada.

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Pois é uma poderosa ferramenta que auxilia muito no ajuste final da questão

tratada.

Essas frases também podem sofrer adaptações, porque cada caso tratado é um

caso diferente, é único.

A repetição respeitosa, dessas frases ajudam a liberar emaranhados do sistema

e auxiliam o cliente a ver a raiz das suas dificuldades.

Ao repeti-las abre-se possibilidades que novos movimentos surjam a partir do

momento que elas forem ditas, sentimento de alívio também podem vir à tona,

uma nova compreensão da situação em questão pode surgir são inúmeras as

possibilidades de frases que podemos usar para ajustar cada caso.

• Se eu, ou meus ancestrais te causamos algum mal, eu sinto muito, por

favor nos perdoe.

• Teve que ser como foi.

• Está tudo bem.

• Você é o pai/mãe certo(a) para mim.

• Respeito seu destino e sua decisão.

• Eu respeito as suas escolhas.

• Eu agirei com a leveza do feminino em mim

• Eu agirei com a leveza do masculino em mim

• Aquilo que é seu deixo contigo e levo o que é meu

• Por favor me abençoe se eu sigo um destino diferente do seu

• Siga em paz eu fico bem

• Eu não estou mais a disposição.

• Sigo a minha vida deixando livre o que precisa ser livre

• SIM, para tudo como foi.

• Eu vejo você.

• Você também faz parte

• Eu te incluo e agora você retoma novamente o seu lugar

• Eu faço algo bom com isso.

• Você foi importante naquele lugar/ tempo e faz parte

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• Eu permito que você me veja.

• Assim o respeito e o amor prevalecem unindo o que foi separado

As frases devem ser curtas, fortes e formuladas de forma positiva para honrar,

agradecer em vez de reivindicar; separar o que ficou misturado; deixar ir o que

precisa ir embora; incluir quem estava excluído, para promover integração de

situações que até então eram desagregadas e criar laços de amor as invés de

nós de emaranhados e assim trazer alívio, liberar a força dentro de cada um

dentro do sistema.

Importante saber se a questão, a dificuldade não é sua, você pode até sentir

muito por seu ente querido, e trabalhar essa ‘sua dor’ em relação ao sofrimento

dele. Porém, será o dono da questão quem deverá abrir-se para olhar e buscar

a resolução para o problema em questão.

Você poderá usar nas suas questões essas frases sistêmicas de forma simples,

respeitosa e principalmente amorosa.

ENCONTRO COM A ALMA

Bert Hellinger descreveu isto afirmando que nós não temos uma alma, mas

estamos dentro de uma alma. A alma não está dentro de nós, mas à nossa volta.

Este ponto é crucial.

É uma extensão decisiva da compreensão corrente de alma.

Quando sintonizamos com esta imagem, percebe-se imediatamente que algo

dentro de nós se abre e amplia.

Então a alma não me pertence, eu pertenço à alma, sou mais ou menos parte

dela.

Page 21: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

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Acrescentaria ainda que a alma deverá ser considerada mais como uma

qualidade ou dimensão do que como uma entidade que pode ser encontrada em

algum lugar (dentro ou fora).

Considero que ambos são verdadeiros: a alma está tanto dentro de nós como

ao nosso redor.

Penso que não devemos imaginar a alma como uma coisa, como algo localizado

nalgum lugar, dentro ou fora.

Para mim, a alma é aquilo que liga e conecta.

O que me liga a outras pessoas e a tudo o que existe à minha volta.

Quanto mais ampla a minha alma, mais aberto estou a esse espaço, a esta

dimensão que é a alma, mais conectado estou.

Nesse sentido, o crescimento espiritual nada mais é que uma extensão do meu

sentido de ser, da minha identidade, em direção ao espaço cada vez mais amplo

e constantemente em movimento da alma.

O que é a percepção extra-sensorial?

As percepções extra-sensoriais nos tornam capazes de receber informações que

vão além dos cinco sentidos conhecidos.

São inatas, mas sufocadas através de nossas interações com o mundo desde a

gestação.

Chamo essas capacidades de Sentidos da Alma, pois estão ligadas a um estado

de transcendência entre o físico e o espiritual.

Residem no campo do que chamamos intuição e, sendo assim, podem se

manifestar espontaneamente, de maneira aparentemente aleatória ou em

contextos específicos.

Quais são as capacidades extra-sensoriais?

Page 22: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

22

São cinco os sentidos da alma. Vamos conhecê-los?

Uma outra força atuando que não a sorte cega.

Visão clara a manifestação energética das pessoas.

A precognição nem sempre se manifesta em imagens, também pode aparecer

como mensagem ou sensação. A retrocognição é a capacidade de conhecer

eventos passados que não presenciou

Entre os meios de desenvolvimento das percepções extra-sensoriais se

destacam a Meditação

Ativação de Centros Energéticos Fenomenológico

Existe culpado sem ter culpa?

Como a Constelação Familiar ajuda a encontrar respostas nessa situação.

Determinados elementos (pessoas da família) estão sofrendo em suas vidas as

consequências de eventos acontecidos em gerações pregressas, inclusive em

fatos para essa pessoa totalmente desconhecidos.

A pergunta que se faz, é:

Porque essas consequências acontecem com determinada pessoa e não com

outra do sistema, existe uma regra ou isso é aleatório?

No trabalho de Constelação Familiar com enfoque fenomenológico, é de extrema

importância que observemos aquilo que se mostra a partir do posicionamento

dos elementos e o que se desvela no decorrer da Constelação, em detrimento a

regras ou pressupostos que levemos ao trabalho.

Para o profissional da ajuda, essa outra maneira de considerá-la significa que só

pode ajudar quem assumiu, ele próprio, os seus pais e a sua vida.

Toda ajuda precisa adaptar-se às circunstâncias da vida do ajudado, ao seu

destino.

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23

Porém a ajuda precisa ser cuidadosamente separada da própria pessoa do

terapeuta.

A ajuda é totalmente sustentada pelas forças e pelo saber da alma da família do

cliente e, para além dela, pela atuação de forças superiores.

Não temos como falar de constelações familiares sem falar da visão sistêmica.

Sistema familiar tem uma consciência. E exige que esse sistema tenha ordem,

ela tem princípios.

O que nos ensina a constelação?

É maravilhoso perceber que há forças, abrir os olhos espirituais. O nosso corpo

é um sistema. Na culpa, quando honro a troca... libero a culpa.

Quando eu sou devedor eu fujo.

Equilíbrio entre dar e receber.

Quando eu dou demais tiro a dignidade.

Sistema é um grupo de pessoas ou coisas que permanecem unidos ou

vinculados.

Nascemos dentro de um sistema familiar que existe há muitos anos e onde não

sabemos direito o seu histórico.

Foram gerações atrás de gerações com muitas histórias, acontecimentos,

situações felizes e trágicas. Sistema familiar tem uma consciência. E exige que

esse sistema tenha ordem, ele tem princípios.

Vínculos, Ordem, Dar e Receber.

Amor para dar certo, é necessário conhecimento e reconhecimento de uma

ordem oculta do amor.

Ordem natural, um grande aprendizado, os filhos precisam dos Pais, eles não

precisam dos filhos, a base familiar é o casal fortalecido.

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As almas dos filhos sobrecarregam quando os filhos passam a ser exclusivos.

Assim pagam um sentimento de expiação, não traz crescimento, nenhum mal se

paga com sofrimento.

A criança passa a ter mais importância na família, momento de reflexão, retirar

o peso, dar e receber.

É uma lei sistêmica e atua no consciente e inconsciente, necessidade de

compensação, se há crédito ou débito com alguém.

A troca equilibra as relações, permite uma vida longa e saudável.

Os pais vêm primeiro, depois filhos.

Os pais são grandes, e os filhos pequenos.

Quando os filhos sentem grande ferem os princípios.

A alma do filho sente um desconforto, e manifesta em sofrimento auto imposto.

Filhos assim vão ter turbulências, cheia de dor.

Restabelece quando reconhece a grandeza da vida e percebe que isso é

bastante e a ordem restabelece.

A consciência Espiritual é mais ampla.

Constelação é uma técnica terapêutica que torna visíveis as dinâmicas ocultas

dos sistemas e gera movimento para que a vida flua.

Use o corpo. Ele tem mecanismos como a sensação, percepção e a respiração

que são portais conscientes e trabalham padrões que estão gravados em nosso

corpo. A mente também é um sistema.

Como são afetados; como funciono, como respiro, desenvolvimento desde o

ventre, a memória e a biografia começam aí.

O nascimento é uma experiencia diferente.

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A forca do criador a energia vem de lá, do criador, se conecto na raiz ficamos

mais forte.

Como sobreviver neste mundo, nosso futuro emocional leva para a idade adulta.

Constelação traz o sistema. É algo maior.

Todos são afetados pela origem.

A história do sistema nos afeta.

Você no corpo humano é um sistema.

Repete a história, o padrão.

Com a consciência passo a ter escolha.

Vivo não como herdo, mas sim como escolho.

Precisamos renovar valores.

“Temos uma profunda tendência para ver as mudanças que precisamos efetuar

como estando no mundo exterior, não no nosso mundo interior”. Temos dentro

de nós o território da mudança

Precisa ser mapeado por um outro motivo mais profundo. As teorias mudam, as

evidências não.

O pensamento sistêmico é um importante método para ampliar a compreensão

e enfrentamento de problema complexos porque o seu processo ocorre através

da árvore da percepção.

CONSCIÊNCIA

Nos sistemas humanos, uma diferença importante em relação aos sistemas da

natureza é a Consciência que afeta diretamente as regras que teríamos por

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instinto como os animais, representada no homem pelo sistema límbico. (parte

do cérebro responsável por nossos atos instintivos).

A Consciência leva o homem a querer pertencer e assim, através das interações

com o sistema, um elemento deseja sentir-se pertencente a ele, obedecendo às

suas regras, valores e compartilhando o mesmo destino.

Nesse caso é necessário que nos atentemos que existem regras, valores e

destinos que foram difíceis ou até cruéis para nossos antepassados.

Porém a Consciência leva à obediência e repetição daquilo que se apresenta em

nosso sistema, a isso chamo de INFORMAÇÃO.

Essa informação é transmitida pela cultura familiar, pelos hábitos, instintos,

comunicação verbal, não verbal e intuitiva e acontecimentos, em especial

traumáticos, transmitidos de geração a geração.

FENOMENOLOGIA SISTÊMICA

Esse olhar que observa e percebe o fenômeno que acontece naquele sistema

familiar específico, deixando de lado os pressupostos e as interpretações para

que o sistema desvele as relações criadas para sua sobrevivência chamamos

de Fenomenologia Sistêmica.

E o modo isento de observar, entender e desvendar esse modelo é o que

chamamos de Constelação Familiar.

Fenomenologia, Sistêmica e Constelações Familiares, são três aspectos que se

encontram profundamente interligados.

O estudo dos dois primeiros elementos em muito favorece o desvendar dos

“mistérios” em que a vida se encontra alicerçada.

Com as Constelações, as Ordens do Amor – a Ordem, o Dar e Tomar e

o Pertencimento – tornaram-se concretas e claras aos olhos humanos de modo

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27

a permitir compreender e desatar os emaranhamentos nos quais a vida, num

aspecto individual, e as gerações que as sucederam se encontram envolvidas

de forma a impedir o normal andamento que cada um deve seguir.

A Fenomenologia é então o que se revela e o que se mostra, é um princípio de

transparência onde o observador e o observado são um só, não estão

separados.

Cabe então ao terapeuta ficar atento ao que o ”campo” revela para ele, “campo”

este criado na Constelação Familiar, com o objetivo de perceber o fenômeno,

nos abrindo para uma percepção maior.

Isto pode ser mostrado através de um gesto, de um olhar, de uma palavra e o

terapeuta então, percebe o que acontece naquele sistema familiar muitas vezes

revelado pelo próprio “campo” e não com o que é verbalizado pelo cliente. O que

se faz não é um diagnóstico, e sim a revelação que ela tem com a vida. Aí ela

pode se transformar.

Estes campos perceptivos têm sua raiz no cérebro e são afetados pelos padrões

de atividade dentro do cérebro, mas se projetam para fora de modo a nos ligar

ao mundo que percebemos ao nosso redor. ” Rupert Sheldrake”.

Na Constelação Familiar nos abrimos através de uma percepção ampliada, para

que o “campo” do cliente, nos mostra, se revela, o que era antes desconhecido.

Este “campo” é o campo energético do sistema familiar dele, sistema este que

pode ser o atual ou o de origem, contando aí, toda a ancestralidade da pessoa.

Basta o terapeuta entrar em sintonia com ele, observar o que vai além das

palavras e deixar o “campo” revelar o que precisa ser anunciado para a verdade

aparecer e o quebra cabeças ser montado e aí a solução é encontrada.

Uma formação em Constelação Familiar de alto nível deve antes de ensinar a

Constelar:

Capacitar a Pensar Sistemicamente.

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Para desse modo possibilitar que o sistema encontre as opções necessárias não

apenas para sobreviver, e sim para evoluir de forma ecológica para todos os

entes pertencentes a esse sistema e aos sistemas que interagem com ele.

Agora entendo o Pensamento Sistêmico e a Constelação Familiar. Quero

começar, mas me sinto inseguro. Qual a postura que devo ter como

Constelador?

As 5 atitudes são:

1.PRESENÇA

2.ATITUDE FENOMENOLÓGICA

3.CUIDAR DO RELACIONAMENTO

4.ESCUTA ATIVA

5.EMPATIA SISTÊMICA

Pensar sistemicamente me propiciou um novo olhar para o mundo, para o

homem e, consequentemente, uma mudança de postura que me ajudou a

ampliar o foco e entender que o indivíduo não é o único responsável por ser

portador de um sintoma, mas sim que existem relações que mantêm este

sintoma, este sistema.

EMARANHAMENTOS

No sistema familiar cada elemento tem o seu lugar, assim o pai e a mãe ocupam

lugar de destaque no sistema familiar, pois os filhos dependem deles para

sobreviver, desse modo o sistema em primeiro lugar prioriza os pais.

Os irmãos ocupam cada um o seu lugar e o sistema têm que priorizar os irmãos

mais velhos, pois esses podem garantir a sobrevivência dos mais novos.

E dessa forma em diante. Esse é o primeiro sistema que irá ser importante até

que os filhos constituam sua nova família e assim, eles passam a ser prioridades

nesse novo sistema e a família original passa a um segundo lugar.

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Isso tudo acontece num cenário ideal, mas na história familiar pode haver fatos

que impeçam esse sistema de apresentar esse modelo ideal.

Assim, os pais podem não se posicionar ou não se sentirem preparados para

exercer suas funções dentro do sistema familiar.

Como exemplo, temos uma família em que o pai é alcoolatra e que ao invés de

proteger a família, age com agressões e irresponsabilidade, nessa condição o

filho mais velho assume esse lugar e de certo modo toma a posição do pai junto

aos irmãos.

O filho passa a ocupar o lugar do pai que então é excluído da família.

Nasce então um neto e por amor cego ao avô passa a se identificar e ter a

sensação de exclusão, quando mais velho passa também a ser alcoolista, a isso

chamamos de emaranhamento por identificação.

Seria de algum modo irrealista pensar que tenhamos uma regra geral para

aqueles que vão sofrer as consequências dos processos sistêmicos em sua

família, também não é de modo aleatório ou ao acaso que isso acontece.

Inúmeras combinações de eventos, relacionamentos, interpretações e decisões

levam a esse resultado.

Portanto, olhar para a história de quem sente esses efeitos e a partir daí irmos

abrindo as camadas de possibilidades, fazendo uso da regra ensinada por Bert

Hellinger.

“A precedência do mais próximo”, que preconiza que devemos olhar para o

fenômeno que se mostra no presente, contido na história daquilo que acontece

e não nas suas interpretações ou inferências, olhando para essa primeira

camada e ao entender seu processo abrir uma segunda, terceira até chegar

aonde a Alma Familiar nos permita alcançar, deixando que desvele seu modo

único e especial de existir como sistema.

NAS CONSTELAÇÕES FAMILIARES PODEMOS VER E PERCEBER A ALMA

QUE UNE.

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Assim, esta abertura começa com o terapeuta, que dá espaço a todos no

movimento da sua própria alma, sem fazer qualquer diferença, mas

especialmente àqueles que foram excluídos, esquecidos, desvalorizados e

repudiados.

Assim, as Constelações Familiares exigem um movimento da alma que está para

além de todas as questões de método do terapeuta, um movimento para uma

maior abertura e abrangência.

Sob esta perspectiva, as mudanças inspiradas ao longo dos anos por Bert

Hellinger não são, nem mais nem menos, do que um movimento cada vez mais

amplo e profundo da alma que integra cada vez mais sem operar diferenças.

No início havia o movimento de olhar apenas para o cliente para ver toda a

família, rapidamente então, para além da família, o olhar passou a dirigir-se

àqueles com quem não se está relacionado por laços de sangue e

posteriormente mesmo até para os inimigos, tiranos e assassinos em massa,

com a mesma abertura em relação ao bem e ao mal, para finalmente alcançar o

que Hellinger chama “espírito-mente”.

SOMOS SERES RELACIONAIS

Bert Hellinger e o surpreendente efeito de aceitar “tudo que me lamento, queixo

ou acuso”.

Tudo aquilo de que me lamento ou queixo, quero excluir, segundo Hellinger.

A frase é o início de um texto que segue abaixo sobre um tipo de postura ou

atitude psíquica reativa diante de algo ou alguém. Diante do mundo,

basicamente.

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Hellinger é um estudioso e um experimentador nato, um psicoterapeuta que une

um lado poderoso da observação e da capacidade de compreensão com a

experiência aberta e comprometida com a verdade, então não é uma atitude

muito prudente simplesmente negar essas afirmações sem uma reflexão séria.

E partindo do princípio que todos nós já nos lamentamos, criticamos ou nos

queixamos de alguma coisa ou de alguém, ou que podemos estar fazendo isso

com certo engajamento, pode ser interessante entender o que esse curador

veterano tem a dizer sobre a dimensão mais profunda dessa atitude.

Mais interessante que isso pode ser considerar a sugestão de Hellinger: integrar

o que se rejeita. Fazer isso é acolher a própria sombra, reconhecer o que

tivemos alienando em nós mesmos há muito tempo, e assim uma libertação de

nós mesmos e de todos os outros.

Não é fácil, pois a tarefa de acusar e criticar é, em si mesma, um mecanismo de

não ver e de continuar não vendo (vemos nos outros). Mas a frase inicial tem um

poder especial, que talvez suscite uma curiosidade em nossa consciência,

de talvez aceitá-la, de talvez pesquisá-la, de talvez experimentá-la.

“Tudo aquilo de que me lamento ou queixo, quero excluir. Tudo aquilo a que

aponto um dedo acusador, quero excluir. A toda a pessoa que desperte a minha

dor, estou a excluí-la.

Cada situação em que me sinta culpado, estou a excluí-la.

E desta forma vou ficando cada vez mais empobrecido.

O caminho inverso seria: a tudo de que me queixo, fito e digo: sim, assim

aconteceu e integro-o em mim, com todo o desafio que para mim isso representa.

E afirmo: irei fazer algo com o que me aconteceu.

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Seja o que for que me tenha acontecido, tomo-o como a uma fonte de força.

É surpreendente o efeito que se pode observar neste âmbito.

Quando integro aquilo que antes tinha rejeitado, ou quando integro aquilo que é

doloroso para mim, ou que produz sentimento de culpa, ou o que quer que me

leve a sentir que estou a ser tratado de forma injusta, o que quer que seja…

quando tento incorporar tudo isso, nem tudo cabe em mim.

Algo fica do lado de fora. Ao consentir plenamente, somente a força é

internalizada. Tudo o resto fica de fora sem me contaminar.

Ao invés, desinfeta, purifica-me. A escória fica de fora, as brasas penetram no

coração.”

NO MOMENTO QUE VOCE LIDA COM O DESTINO PODEMOS NOS ABRIR A

MUDANÇAS...

Os vínculos do destino são vínculos de amor. Entretanto, ao tornar-se

consciente, o mesmo amor que leva à doença pode também desfazer os laços

que nos prendem a destinos funestos.

É exatamente nesse momento que o olhar fenomenológico dá lugar ao

pensamento sistêmico e o Profissional que atua com as Constelações

Familiares, pode dar lugar para seus conhecimentos sobre os processos.

Ao fazer isso, entende que o cliente não está ali apenas por ele e sim trazendo

consigo todo o seu Sistema Familiar, pais, avós, bisavós, trisavós e todos os

outros, além de irmãos e todos os parentes.

Assim, o profissional bem formado, escuta de forma ativa, ética, respeitosa e

sobretudo calcada na humildade

E somos juntos. Assim se alinha e entra em conexão com o campo mórfico.

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Perante o sistema que se apresenta a nós de modo único, nessa única

oportunidade no tempo, pois, o sistema não é algo fixo e imutável, é algo que

sempre busca o equilíbrio, mas jamais alcançando.

Sendo que desse modo a perfeição está em seu movimento em favor da vida,

que segue além das vidas individuais de cada um de seus elementos, mas em

favor de seu direito de pertencer, ser honrada e não permanecer com injustiças

que causaram desequilíbrios, separações e exclusões e dá um lugar para todos

do sistema e como diz Bert Hellinger, no livro Ordens da Ajuda:

“QUÃO POUCO LIVRE SOMOS...”

Assim, o mestre Bert Hellinger chamou essas leis universais que regem os

sistemas e nossa vida. Pois, ele observou que essas três leis coexistem e atuam

ao mesmo tempo, mesmo que não haja consentimento prévio das pessoas.

Essas leis naturais acontecem e muitas vezes nós nem sabemos de sua

existência ou mesmo de seu conteúdo.

Essas leis ficam em ação, atuando para que haja harmonia e a sobrevivência do

sistema aconteça, por isso mesmo, é importante que nós as respeitemos, assim

evitaremos desordens no sistema, que são os tristes e penosos

emaranhamentos sistêmicos.

AS 3 LEIS

HIERARQUIA E ORDEM, PERTENCIMENTO E EQUILÍBRIO

“REVIVEMOS SEM O NOSSO CONHECIMENTO OU VONTADE UMA

ESPÉCIE DE REPETIÇÃO COMPULSIVA...”

DESTINOS PASSADOS, SITUAÇÃO FUNESTA, E SITUAÇÕES NÃO

RESOLVIDAS. EMPATIA SISTÊMICA

Uma postura de extrema importância quando em uma escuta no processo de

Constelação Familiar é que costumamos nos colocar como defensores do nosso

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cliente, desse modo, quando ele se refere à outras pessoas do sistema e explica

como elas são inadequadas, ou erradas, ou com as mais diversas características

que julgamos negativas.

Muitos profissionais concordam com o cliente e empatizam com ele, pois sentem

suas dificuldades, inúmeras vezes inclusive sentem pena.

Porém, ao entrar nessa empatia com o cliente, passa a estar a serviço da

desunião e rompimento de relações do sistema.

AS CONSTELAÇÕES NOS MOSTRAM ISSO DENTRO DO

CAMPO DAS PSICOTERAPIAS

A atitude fenomenológica nos ensina que devemos ir ao encontro aberto para

conhecer um Ser num Sistema que desconhecemos, e que apesar de haver leis

que regem esse sistema, não devemos aplicá-las até que nos encontremos com

esse Ser que faz parte desse Sistema único e pessoal.

Com essa atitude respeitamos nosso cliente e podemos assim, auxiliá-lo de

forma efetiva.

A partir do conhecimento desse mundo, naturalmente o que sabemos se mostra,

e com nosso conhecimento podemos possibilitar a ampliação da Consciência de

nosso cliente e obviamente também a nossa, pois tudo o que se mostra é

inteiramente novo.

Não precisamos fazer operações mentais para isso, acontece praticamente no

automático. Se nosso cérebro tem essa capacidade, imagine se ao conhecermos

uma pessoa nova, nossa mente busca as similaridades com aquilo que é

conhecido e de uma forma também não consciente, podemos estar nos

relacionando com uma pessoa que conhecemos agora, mas através de

semelhanças dela e isso pode ser pela parte física, pela voz, pelo olhar, pelo

toque, pela maneira de falar, pelo timbre da voz

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Ouvir e Escutar são a mesma coisa?

Posso responder com toda a convicção que não.

Ao realmente escutar escutamos não apenas com nossos ouvidos, mas com os

olhos, com o corpo, com nossa atenção mental e nos conectamos com o outro.

Evitamos também interferir na fala, nos abrindo completamente ao que ele fala.

IGNORAR – Não escutar

1. ESCUTA FALSA – Fingir que está escutando

2. ESCUTA SELETIVA – Escuta apenas aquilo que corresponde às suas

próprias ideias

3. ESCUTA ATENTA – Focada naquilo que é falado

4. ESCUTA EMPÁTICA – Escuta em que se coloca no lugar do outro e consegue

escutar com todos os sentidos.

5. Completo, a ESCUTA SISTÊMICA, como a escuta que vai além daquilo que é

falado, onde o ouvinte se conecta com todo o Sistema do Cliente e passa a ter

acesso ao campo de informações que dará origem à Visualização Sistêmica.

FORÇA DE UMA ALMA E EMARANHAMENTO NA

CONSTELAÇÃO TEM UMA ORDEM.

ACEITAR que eles são humanos e não são perfeitos.

ENTENDER que eles também foram filhos.

DEIXAR de culpa-los por nossos traumas.

COMPREENDER os destinos pelos quais eles passaram.

RESPEITAR sua maneira de perceber a vida.

AMÁ-LOS sem exigências e julgamentos.

HONRÁ-LOS por terem nos dado a vida.

TOMAR tudo que nos foi dado.

ASSUMIR as próprias responsabilidades diante da vida.

PERMITIR que se encarreguem de seus assuntos sem interferir.

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MESMO QUE O FILHO TENHA A COMPETÊNCIA

Precisa respeitar os pais, ouvi-los estabelecer e abrir a possibilidade de juntar e

utilizar a experiência de vida dos mais velhos, que são os seus pais.

Quando esta ordem natural é invertida, de modo que os pais se sintam menores

que os filhos, o estado emocional fica alterado e isso gera um grande desconforto

que por sua vez, é manifestado em forma de desordem no sistema como os

impedimentos, as dores, os sofrimentos… que é nada mais nada menos do que

o sistema buscando se ordenar e restaurar o lugar na ordem de cada um dentro

do sistema.

Pode acontecer quando os mais novos tentam curar a dor dos mais velhos, sem

o devido respeito.

Portanto ajudar é possível, desde que todos permaneçam em seus respectivos

lugares dentro do sistema, o filho no lugar de filho e não como pai ou mãe dos

pais.

Os pais deram ao filho a vida e o que o filho é hoje se deu a partir do que recebeu

dos pais.

Existe uma ordem que acontece numa nova união matrimonial, onde o

casamento atual tem prioridade sobre a anterior, contudo, se houver filhos do

casamento anterior, esses têm prioridades sobre o casamento atual e há a

necessidade que a mãe dos filhos seja reconhecida como a primeira ou a ordem

que for de mulher e sempre será a mãe dos filhos do marido.

Numa constelação, podemos identificar quais leis foram transgredidas e abrir

possibilidade de reconstelar, recolocar no sistema.

As relações, sejam quais forem estão pautadas no equilíbrio e respeito dessas

três leis. A vida pode seguir em harmonia, equilíbrio e as relações serem bem-

sucedidas.

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LEI DO PERTENCIMENTO

Todos têm o igual direito de pertencer Essa lei assegura que ninguém seja

excluído do sistema, garantindo a continuidade do sistema onde todas as

pessoas, independente de atitude “condenável”, “vergonhosa” continuem tendo

o direito de pertencer ao sistema seja na família ou na organização.

A Lei do Pertencimento diz que todos que fazem parte de um sistema jamais

podem ser excluídos ou deixar de pertencer.

Um filho que se casa forma uma nova família e continua pertencendo a família

original, onde nesta tem a função de filho e irmão, a família constituída pode ter

a função de marido e pai.

Porem jamais excluir o pertencimento na família de origem de onde vem sua raiz

forte, sua força.

As “repetições” em alguns membros das gerações seguintes que podem serem

filhos, netos ou bisnetos ou ainda, as questões entre irmãos, ou mesmo no

relacionamento do casal, tem nos mostrado que houve desordem com a

exclusão de um membro da família.

Quando isso acontece o sistema acaba criando um efeito paralelo, busca uma

forma de “reinclusão” de quem está afastado, criando dificuldade semelhante

para os membros do sistema, até que o membro tome o seu lugar no sistema e

seja incluído novamente no sistema.

LEI DO DAR E RECEBER

O equilíbrio entre o dar e receber e tomar.

Essa terceira lei fala sobre que entre pais, filhos e casais, existe uma ordem

natural no processo de Dar e Receber, que é um processo de equilíbrio de trocas

entre dar e receber e posteriormente do Tomar.

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Na situação do casal os dois são iguais, apenas diferentes nas funções.

Nas situações onde um dá e o outro só recebe, automaticamente, há um

desequilíbrio.

Pois, o que só recebe fica cheio, pesado e o que só dá fica vazio e o desequilíbrio

na relação surge como ruptura.

Muitas vezes como calote, traição, pois, fica impagável, muito pesado e o jeito é

ir embora, assim tentando, mesmo que inconscientemente diminuir a sensação

de inferioridade, que o faz atacar o outro na tentativa de se sentir maior.

O cuidado e o respeito a essa lei do equilíbrio é importante para que os

relacionamentos sejam duradouros, para que o AMOR dê certo.

Entre pais, filhos e casais, existe uma ordem natural no processo de Dar e

Receber, que é um processo de equilíbrio de trocas entre dar e receber e

posteriormente do Tomar.

LEI DO AMOR

O amor é o sentimento base das pessoas, que permeia nossa existência. Nos

ligamos às pessoas por meio do amor, seja qual for nosso relacionamento.

Quando estamos num amor profundo e verdadeiro tudo na nossa vida se

transforma.

O respeito às leis do amor nos permite uma qualidade de vida tão ampla que faz

aumentar nossa capacidade de contato conosco mesmo, nos abrindo com

segurança para compreender quem somos e de onde viemos.

Uma força capaz de revelar o nosso eu mais profundo, que vem da raiz de

nossos pais e ancestrais.

Viver as leis do amor nos traz a possibilidade real de descobrirmos a enorme

força que carregamos dentro de nós, que é capaz de dizer SIM VIDA, agora eu

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posso olhar para vocês, deixar com vocês o que é vosso e seguir só com o que

é meu.

Mesmo sendo igual, poder fazer diferente e ser plenamente feliz.

VIDA ALÉM DA MORTE RECONCILIAÇÃO SISTEMAS DE RELAÇÃO VÍTIMAS

E PERPEDRADORES

CONSTELAÇÃO RECONCILIAÇÃO TRANQUILIDADES E PAZ ENTRE VIVOS

E COM MORTOS VINCULADOS A GRUPO.

CONSTELAÇÃO LIDAR COM O CONFLITO COM UM CORAÇÃO PACÍFICO.

ELAS FAZEM BEM AS MUITAS PESSOAS EM NECESSIDADE E ELAS

APRECIAM MUITO

E A CONSTELAÇÃO FAMILIAR TAMBEM FAZ BEM A QUEM AJUDA ENTRAR

EM CONTATO COM O CAMPO. E ELA NOS AJUDA COM PADRÕES

EMOCIONAIS QUE SE REPETEM,

TAMBÉM NO CAMPO DE ENERGIA DO DINHEIRO DA SAÚDE É UMA

FERRAMENTA DE MUITAS TRANSFORMACÕES.

No pensamento sistêmico, a doença age de forma a atender a necessidades do

sistema, em especial podemos falar do sistema familiar.

Através de um amor, muitas vezes infantil a doença se revela como uma forma

de compensação pela dor.

Isso pode revelar que estamos buscando dar lugar a outra pessoa, que pode ter

tido um destino difícil, por exemplo.

Dessa forma nesse pensamento mágico, estaríamos sofrendo pela outra pessoa

como dizendo, “antes eu que você”.

Essa forma de amor é muito forte em especial em relação, aos pais, irmãos e

por vezes nos parceiros de relacionamento.

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Em meus anos como terapeuta, estive assistindo inúmeras pessoas que se

apresentavam doentes por sentirem-se de certa forma culpadas, por terem feito

algo que sentiam ter prejudicado outra pessoa voluntária ou involuntariamente,

assim a doença estava agindo como uma forma de expiação da culpa.

Ao poderem dar uma atenção e um olhar para isso, buscamos outra forma de

tratar a culpa, que não fosse pela expiação e pela doença, o que em muito ajudou

no tratamento convencional.

Se pensarmos de forma concreta, essa forma de amor ou de culpa não irá

auxiliar em nada aquele que é alvo desse amor, pois não leva à solução do

problema e o sofrimento não ajuda a pessoa a quem pensamos ter prejudicado.

Através do processo de constelação familiar podemos olhar para essas

dinâmicas que estão contribuindo com esse quadro em nossa saúde e dessa

forma ser um coadjuvante no tratamento ao conscientizar o paciente das causas

psicossomáticas e sistêmicas existentes.

Na Constelação Familiar aprendemos um novo caminho para escutar o que o

nosso corpo está dizendo.

A constelação familiar tem se mostrado uma grande ferramenta no trabalho

auxiliar ao tratamento convencional de doenças.

Isso porque ela ajuda a trazer o inconsciente que se manifesta nos sintomas e

que muitas vezes funciona como um bloqueio para a eficiência do tratamento

regular.

Dessa forma, as doenças nos servem como avisos de que algo está fora do

lugar no nosso interno.

Adoecer é o alarme do corpo para que possamos entrar em contato com algo

que pede nossa atenção.

Bert Hellinger tem uma grande frase sobre este movimento:

“Frequentemente diz-se a um doente que a sua enfermidade é de origem

psicológica.

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Isso é facilmente vivenciado pelo paciente como uma depreciação, pois com

isso diz-se que se ele quisesse que fosse diferente, seria diferente.

Mas não é assim, porque os emaranhamentos que agem por trás disso são

inconscientes.

O impulso através do qual alguém talvez se comporte de maneira destrutiva é

totalmente inconsciente.

Somente quando o emaranhamento que age em segundo plano vem à luz,

pode-se mudar alguma coisa.” Bert Hellinger,

A fonte não precisa perguntar pelo caminho.

Este é o grande serviço feito por esta forma de terapia. Nos auxilia a entrar em

contato com o que atua no nosso inconsciente, no campo da saúde e de todos

os outros da nossa vida.

CONSTELAÇÕES FAMILIARES: VIDA E MORTE

Constelações familiares levam em consideração os vivos, mas antes de tudo, os

mortos.

Verifica-se essa verdade principalmente em tradições espirituais orientais,

quando a família respeita e honra os membros falecidos para que estejam

sempre presentes.

Todas as lembranças daqueles que já se foram, até as dos bisavós, afetam a

família atual na forma de sintomas psicossomáticos, psicopatológicos,

interpessoais e existenciais , principalmente os que foram esquecidos e

excluídos da ordem familiar.

Tais lembranças com respeito e honraria é uma forma de promover aos

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antepassados sempre o direito ao pertencimento, pois, caso contrário baterão

às portas mentais e anímicas reivindicando o lugar que lhes pertence. O que

queremos dizer que todas as histórias geracionais devem ser honradas e

incluídas no fundo de nossas almas, para que nós e eles tenham paz.

Quando os excluídos não aceitam no tempo de cada um o falecimento de um

ente querido por exemplo, é como se a morte do falecido imputará dores e

doenças nos que ficam, como se a morte tivesse disso em vão e os temidos

famílias com pais déspotas, desajustado ocupam seus lugares na mente dos

seres da geração presente, deles emana poder de cura e algo de bom não

causando mais perturbação.

Aceitos os mortos e suas mortes eles se retiram e a paz reina.

É patente verificar que na relação terapêutica, tratando de pacientes enlutados,

enquanto não integram a seu modo, a seu tempo o evento morte do ente querido,

não há paz no sistema íntimo e extrafamiliar, a explicitar.

Podemos exemplificar alguns sentimentos e pensamentos de não integração do

evento morte.

Muitas vezes, a dor da perda é mais CULPA do que pela perda de alguém,

separando como o enlutado sente de fato de como ele acha que deveria estar

sentindo, exemplos: o enlutado não falou tudo que amava, o último contato foi

de briga entre o enlutado e o falecido, pode ter facilitado a morte com uma briga,

deixar de valorizar o outro o quanto devia, não cuidou o suficiente, achar que se

tivesse feito mais o falecido estaria vivo, não sentiu dor por ter perdido, não

aprendeu a separar o que dependia de você o que não para salvar ou ajudar o

ente que se foi.

A dor outras vezes é a: PERDA DO SENTIDO OU SIGNIFICADO DA VIDA:

O tempo antes utilizado para ficar com a pessoa falecida deixou agora um vazio,

perda do sonho ou fantasia de vida perfeita ou do que foi, percepção de que não

aproveitou bem a vida com o falecido, perda de referência para a vida que só o

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falecido dava, a morte do outro coloca – me diante da mortalidade, não saberei

ter prazeres agora em diante na vida, pois somente o falecido me dava ou

resolvia meus problemas, ter que educar os filhos mais ou menos sozinho, e não

aprendeu a fazer por si o que o falecido fazia.

BOM LEMBRAR:

A vida não é algo extraordinário em relação à morte. Ambos são movimentos da

existência.

A vida só é o que ainda me resta pela frente.

Nem é melhor nem pior que a morte,

MAS SEI QUE O TODO, PARA O QUAL TUDO CONFLUI, ESTÁ ALÉM DA

VIDA.

É A HISTÓRIA DO NOSSO PASSADO.

Inconsciente fazemos as coisas do mesmo jeito sem perceber.

A grande diferença é que nós podemos observar que infelizmente não fazemos.

Temos duas vertentes que é despertar a nossa consciência.

Qual é a vantagem de estar no piloto? O benefício é que podemos fazer várias

coisas ao mesmo tempo e perder menos energia.

No auto piloto não sabemos do nosso comportamento.

Hoje muitos acham que são cérebro.

Ser analista do seu cérebro, analisar o seu pensamento, através de auto-

observação, e a mente fica incomodada, ela silencia.

Como podemos estar no controle da nossa vida.

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Eu recomendo a respiração e observação.

A consciência nos ajuda a fazer mais escolha, aumentar a consciência.

Em vez de julgamento, qual é o custo de valor tem nisso?

Somos todos nós milhão de células temos energia e informação, o que nos faz

conectar é a nossa observação, a informação está à disposição.

Constelação Familiar é amor.

Parece que não temos direito à felicidade, não podemos viver plenos.

Segundo Bert Hellinger, criador da abordagem sistêmica e principal nome no

campo das Constelações Familiares, o nosso conceito de felicidade está ligado

a sentimento de culpa e inocência. Ou seja, nos sentimos culpados por estarmos

felizes quando em nosso sistema familiar há situações difíceis.

E ainda diz:

“Não existe nada melhor do que aquilo que é.

Não existem pais melhores do que aqueles que temos.

Futuro melhor do que aquele que se encontra diante de nós.

Aquilo que existe é o que há de maior.

Neste sentido, felicidade significa que acolho tudo em meu coração, do modo

que é e me alegro.

É este o máximo da felicidade: quando nos alegramos com a realidade da forma

que é, e quando nos alegramos com os nossos pais da forma que são, com o

nosso passado assim como foi, com o nosso parceiro, da forma que ele ou ela

é, com os filhos da forma que são, exatamente da forma que são.

É a melhor coisa que existe.

Esta alegria é o máximo da felicidade.

Ela vem do coração. É ampla e irradia luz.

Em torno dela, outros se sentem bem, ela inclui muitos. É satisfeita e grata, toma

e dá.”

Hellinger, Bert.

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Analisando a felicidade na visão de Bert Hellinger, podemos compreender que o

caminho para a nossa felicidade é ter coragem de assumir essa culpa.

Tentar assumir as rédeas da nossa própria vida, a vida que recebemos através

de nossos pais e nossos antepassados, pode trazer esse sentimento de culpa.

Ao agirmos em prol da felicidade pode nos fazer sentir que estamos fazendo

diferente de nossos pais, e esse diferente pode significar sermos mais felizes do

que eles puderam ser.

De forma muitas vezes não consciente isso pode nos trazer culpa, a culpa por

estar e ser feliz!

Assim permanecemos no problema, na dor, na dificuldade de superar algo,

porque é com esse estado que estamos familiarizados, acompanhados, unidos

e fiéis aos nossos antepassados.

A não aceitação dos destinos difíceis da nossa família é como uma pedra que

bloqueia a passagem da água em um riacho, fazendo que ela pare de correr e

fique represada.

A Constelação Familiar ensina que pertencemos a nosso sistema familiar e isso

não pode ser mudado, entretanto não precisamos ficar presos ao mesmo destino

daqueles que fazem parte desse sistema.

Quando reconhecemos e honramos nossos antepassados e todas as suas

dificuldades, aceitamos a vida como foi e é.

Ao aceitarmos esse destino e compreendermos que podemos fazer diferente,

sem culpa, esse bloqueio é retirado e as águas voltam a seu curso natural.

Ou seja, nos libertamos dessa culpa e compreendemos que podemos sim,

sermos verdadeiramente felizes.

A aceitação do destino é um ponto chave para os movimentos internos de

mudança.

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Para que você consiga isso criamos esse exercício que tem um poder imenso e

transforma vidas. Você deve praticar todos os dias e em especial todas as vezes

que não se sentir merecedor da felicidade ou quando bater aquela culpa por

estar feliz.

Respire calmamente algumas vezes, deixe seu corpo relaxar e repita para si

mesmo, algumas vezes, se possível em voz alta, feche então os olhos e permita

que as palavras ecoem em sua mente. Mantenha esse exercício, ao menos

durante 21 dias. Eu sou merecedor de toda a felicidade e amor que me cerca.

Tenho o direito de viver a minha própria vida da forma que escolher. Reconheço

as dificuldades de meus familiares e as minhas também.

Me permito construir, ser e fazer o melhor de mim em busca da minha felicidade

e daqueles a quem eu amo. Eu Sou a manifestação de todos os anseios e

vontades de meus antepassados e ao ser feliz, manifesto essa felicidade para

todo o meu sistema, sou assim o elemento transformador de nosso sistema para

a felicidade a que somos destinados.

Esse exercício que parece simples irá ampliar sua consciência e ressignificar

informações que estavam te impedindo de manifestar a felicidade de forma

plena.

Lembre-se: Seus pais viveram a vida que foi possível para eles e através de sua

existência permitiram a continuidade da família, com certeza honramos aos

nossos pais sendo felizes por nós e de certa forma em sua homenagem.

Agora o responsável pela sua vida e felicidade é VOCÊ.

Quando o inconsciente se torna consciente se cura. Temos padrão repetitivo.

Emaranhamento familiar. Quando excluímos pessoas geram padrão repetitivos

de raiva, ódio que vai gerar conflito familiar, a cura acontece quando entra em

ordem no seu lugar.

Há fala de cura no campo mórfico com a fala do constelador e com o recebimento

verdadeiro acontece transformação.

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Um conhecimento um tanto quanto novo, e por exigir uma reflexão um pouco

mais “ousada”

Sheldrake descortina novos entendimentos.

A possibilidade de se olhar para fora da caixa, para além. O que nos ensina a

constelação. A possibilidade de se olhar para fora da caixa, para além. O que

nos ensina a constelação.

É maravilhoso perceber que há forças.

Abrir os olhos espirituais.

O nosso corpo é um sistema.

Quando eu sou devedor eu fujo.

Equilíbrio entre dar e receber.

Quando eu dou demais tiro a dignidade.

Haja a troca. Se a nossa família prejudicou há mortes.

Campo mórfico.

A informação, sugerindo como organizar a energia.

Para esse autor, a ressonância mórfica implica uma espécie de ação à distância

no espaço e no tempo.

Na teoria morfo genética, o passado influi no presente.

Os ancestrais influem na geração atual por um efeito de ressonância.

Implica uma espécie de ação à distância no espaço e no tempo.

Na teoria morfo genética, o passado influi no presente

Os ancestrais influem na geração atual por um efeito de ressonância.

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Uma teoria criada pelo biólogo inglês Rupert Sheldrake, denominada teoria dos

campos morfogenéticos, que ajuda a compreender como os organismos adotam

as suas formas e comportamentos característicos.

A mudança do hábito cria um novo campo.

Há uma memória também para novos hábitos

Eu posso dizer; hoje acordei, caíram véus que cobriam o meu entendimento,

Eu vou criar uma nova história

Eu vou criar um novo hábito.

Eu vou criar uma nova trilha

Essa é a estrutura dessa Ciência.

Constelação é uma técnica terapêutica que torna visíveis as dinâmicas ocultas

dos sistemas e gera movimento para que a vida flua.

Usa o corpo ele tem mecanismo como a sensação, percepção, respiração é um

portal consciente e trabalha padrões que estão gravados em nosso corpo,

É uma linha, corpo e mente, é um sistema.

Como são afetados, como funciono, como respiro, desenvolvimento desde o

ventre, a memória e a biografia começam aí.

O nascimento é uma experiencia diferente.

A força criadora, a energia vem de lá, do criador, se conecto na raiz ficamos mais

fortes.

Constelação traz o sistema, é algo maior.

Todos são afetados pela origem

A história do sistema nos afeta.

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Você no corpo humano é um sistema, ela é dinâmica.

Alquimia e a ideia.

Relacionamento do casal.

Princípios Ordem do amor

Da observação fenomenológica do processo das constelações nos sistemas

familiares, Bert Hellinger compreendeu que o sistema familiar tem uma

consciência que exige que o sistema se encontre em ordem.

Também descobriu os princípios que determinam como isto acontece:

1 VÍNCULO/PERTINÊNCIA: todos tem um mesmo direito a pertencer ao seu

sistema familiar.

2) ORDEM: existe uma hierarquia temporal

3) DAR E RECEBER: que nos trazem experiências de culpa e inocência, se

refere ao equilíbrio entre dar e receber.

O amor, além do amor, está vários elementos.

Dar e receber, isto atua no relacionamento.

Quando olho para os meus pais, acho que vou fazer melhor, saio da ordem,

grande ou pequeno.

A diferença é a grande riqueza.

Quando o casal concorda com a diferença do outro é uma soma

Quando não existe hierarquia, é o mais crítico.

As leis do amor na constelação familiar.

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“Muita gente julga que o amor tem o poder de superar tudo, que é preciso apenas

amar bastante e tudo ficará bem. (...) para que o amor dê certo, é preciso que

exista alguma outra coisa ao lado dele.”

É necessário que haja o conhecimento e o reconhecimento de uma ordem oculta

do amor.

” Bert Hellinger”

O RELACIONAMENTO OBEDECE ÀS 3 LEIS.

1ª LEI: PERTINÊNCIA / VÍNCULO

Todos tem o igual direito de pertencer. O que isso quer dizer?

Quer dizer que não importa o que uma pessoa faça de “condenável”,

“pecaminoso”, “reprovável” ou “errado” ela continua tendo o direito de pertencer

ao sistema familiar. Isso não quer dizer que ela esteja isenta de repreensões,

restrições e até punições legais, mas apesar de tudo ela continua tendo o mesmo

direito de pertencer a um sistema familiar.

Suas atitudes podem diminuir sua credibilidade, confiabilidade e até sua

proximidade, mas não tiram seu pertencimento.

Quando esses membros da família são reconhecidos é possível haver uma

reconciliação pacífica entre todos. Esses momentos demandam uma grande

coragem pois exige dos membros de uma família que superem seus julgamentos

morais em favor da reinclusão daquele membro excluído.

Pelo bem maior da família que transcende a condenação moral os membros

incluídos ganham um espaço precioso no coração de seus membros.

Dessa forma, todos devem voltar a sentir a paz que lhe foi interrompida pelo

acontecimento doloroso do passado.

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O resultado individual é que um dos membros que carregava a sensação de não

se sentir aceito em nenhum lugar acaba.

A “sensação de voltar para casa” dentro de si é incrivelmente libertadora e a

felicidade é possível.

A Exclusão Podemos excluir membros de nosso coração de muitas maneiras.

Podemos evitar o luto ou simplesmente esquecer quem morreu jovem.

Podemos negar abortos, crianças que tenha sido entregues para a doção,

relações extraconjugais ou relações anteriores.

2ª LEI: DAR E RECEBER

Bert Hellinger, no entanto, percebeu que nas famílias existe uma ordem natural

da dar e receber entre pais e filhos e, nos casais.

A ordem natural vem do mais antigo para o mais jovem. Os pais dão e os filhos

recebem.

Os pais dão a vida e os filhos aceitam.

Os pais dão amor e os filhos o tomam em seu coração. Daí decorre um grande

aprendizado: os filhos precisam dos pais, mas os pais não precisam dos filhos.

Mas esse amor é cego e não traz solução real e sim um agravamento do

problema.

Muitos pais acabam abdicando de sua vida de casal para nutrir 100% das

necessidades dos filhos e se esquecem que a base familiar é o casal fortalecido.

Os desejos dos filhos se alegram quando os pais deixam de se amarem um ao

outro para serem exclusivos deles, mas suas almas sobrecarregam.

E inconscientemente eles acabam pagando com um sentimento de expiação.

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E toda expiação é sem sentido, não traz crescimento, pois nenhum mal se paga

com sofrimento. Reassumirem o papel de pais e tirarem a sobrecarga dos filhos

para que eles sigam suas vidas.

A melhor forma de os filhos retribuírem o amor que receberam dos pais é

passando isso adiante para as próximas gerações.

Portanto, para que o amor dê certo é fundamental que o reequilíbrio entre dar e

receber seja respeitado.

Há uma necessidade de compensação entre as perdas e ganhos, de dar e

receber, como uma lei sistêmica ela atua em todos os níveis: consciente e

inconsciente, como se houvesse um sentido de equilíbrio que dita se há crédito

ou débito com alguém.

Um novo relacionamento acontece muitas vezes, com brigas, sem amor e

respeito e o parceiro não fica livre, fica conectado, e não está disponível.

Há que separar amor de verdade, para não ter repetição.

Equilíbrio. Quando um fere o outro, há que dar o troco e o relacionamento é uma

troca. Equilibrando o dar e receber.

É quase matemático: se você deu algo, então você espera receber algo também

(ainda que não seja na mesma moeda). O outro, por sua vez sente uma pressão

para retribuir, dar também.

Cada casal sabe se está no débito ou crédito. Prioridade é do novo casal.

Se esta troca for efetiva, produtiva, positiva, a relação será fértil e rica.

Há que ter a ordem, respeitar a família de origem. Repete a história, padrão.

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3ª LEI: HIERARQUIA/ ORDEM

Os pais vem primeiro e os filhos depois. Na prática quer dizer que os pais são

grandes e os filhos pequenos. A relação dos pais é a prioridade numa família e

os filhos vêm depois para completar o sentido da união do casal.

Os pais dão aos filhos e os filhos recebem.

Quando os filhos se sentem maiores, mais importantes e mais capazes que os

pais e se portam como se os pais fossem incapazes, isso fere esse princípio.

A Alma do filho sente um desconforto que se manifesta em forma de sofrimento

auto imposto.

Filhos que se arrogam o direito de mandar na vida dos pais ou de exigir tudo

desses por longos anos de vida acabam se impondo (inconscientemente) uma

vida turbulenta e cheia de dor.

Mas quando conseguem reconhecer a grandeza da vida e perceber que isso é

o bastante, a ordem se restabelece no sistema familiar e o amor pode voltar a

fluir livremente.

Há uma outra hierarquia similar, mas menos intensa, entre irmãos e irmãos,

respeitando a sua ordem de nascimento.

TRÊS TIPOS DE CONSCIÊNCIA

Existem, segundo Hellinger três tipos de consciência: a pessoal, a coletiva e a

espiritual.

1) Consciência pessoal: é aquela que nos faz sentir bem ou mal perante um

grupo.

2) Consciência coletiva: é aquela que garante o pertencimento de todos os

membros do grupo.

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3) Consciência espiritual: é uma dimensão mais ampla de entendimento que só

surgiu para Bert Hellinger nos anos recentes.

Ele notou que essa consciência supera os limites das demais consciências para

além do bem e do mal e do pertencimento e da exclusão.

Com a consciência passo a ter escolha.

Vivo não como herdo, mas sim como escolho.

Quando estamos diante de uma situação polêmica - seja como participantes dela

ou meros observadores - é bastante comum colocarmos a culpa ou a inocência,

num dos polos. Fulano é o culpado, fulano foi a vítima, diz o senso comum. No

vídeo dessa semana,

Eva Torres e Bruno Goulart mostram o quanto esse olhar pode estar equivocado

e nos afastar da solução.

Na medida em que nos damos conta do quanto somos responsáveis por tudo o

que nos acontece, nos responsabilizamos pela parte que é nossa e a vida passa

a fluir de forma muito mais leve e plena.

O TRABALHO COM AS CONSTELAÇÕES

O trabalho com constelações nos permite acessar algo que está presente no

sistema e que muitas vezes não é compreendido, nem percebido sem se

observar o todo.

É um trabalho que se ocupa de questões relacionadas a emaranhamentos

sistêmicos.

Ao pensar nos tipos de questões, é possível abranger duas ordens de

problemas:

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1) os psicológicos: implicam as dificuldades de uma pessoa na vida, de um modo

geral, e quando tratados em terapias convencionais, ganham melhoras

2) os sistêmicos.

O que pode ser trabalhado na constelação familiar? Tudo que está relacionado

com a vida pode ser trabalhado, desde que traga um significado importante para

a pessoa.

O trabalho de constelação familiar é diferente nosso trabalho e responsabilidade

é proporcionar um campo para olhar a causa daquilo que atua no desconforto.

O incômodo faz com que o cliente olhe para algo. Geralmente, é algo que foi

excluído ou rejeitado.

Ele entra em contato com aquilo que atua em si mesmo.

A alma tem seu próprio tempo e pega para si o essencial do que foi trabalhado.

e a partir daí há uma nova responsabilidade.

Algo se transforma.

Ajudar é uma arte. Aprofundar, é mais querer ajudar.

Todas as pessoas têm um passado.

Este grande tem algo para dar.

O pequeno tem algo para receber.

Todos têm uma história da família de origem.

Concordo com o presente e o passado dissolve aspecto da sua vida.

Assim posso ajudar.

Ajuda é algo que sempre está solicitada no presente também deve ser vista na

sua origem há que ter essa concordância

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Constelações Familiares - Servir com Amor - Trabalho

Bert Hellinger, o trabalho está relacionado com o ato de servir com amor.

Muito mais do que disponibilizar nossas aptidões em um propósito, trabalhar

significa servir à vida num sentido mais amplo.

Relações, através de nós a vida permaneça.

Trabalho com amor.

Construir uma casa com afeição

O bem-amado habita ali.

A nossa primeira de dar continuidade da vida é a experiência com a mãe.

Relação primordial. Recebe e dá passando a vida a frente. A vida que

recebemos. Quando ouço reclamações como: “não conheço minha mãe, minha

mãe é ruim” ou outras reclamações pergunto

“Como a vida chegou até a você?

Você sabia que as mães são as nossas primeiras possibilidades de sucesso?

Desde o momento que a mãe aceita a semente da vida trazida pelo pai, ela

passa a trabalhar pela sua vida, até que você como bebê experimente através

da mãe o sucesso do nascimento.

Essa mulher ao dar à luz ao filho(a) torna-se mãe, concretiza a realidade do

homem se tornar pai, forma ou completa a família e assim, o propósito da vida

acontece para os pais e filho(a).

A Vida te foi entregue através da sua mãe, você nasceu dela.

Seu corpo foi forjado neste ventre materno, através do alimento ingerido por ela

e que te tornou quem é.

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Os nutrientes vindos dela te permitiram evoluir a partir do momento da

concepção, quando duas células, mãe e pai, se tornaram somente uma em você.

Essa díade entre mãe e filho se estabelece desde a gestação, seja por todos os

cuidados que o bebê requer na vida intrauterina, alimentação, nutrição, acalento

e ou pelos preparativos externos, ainda que por vezes sejam escassos os

recursos que ela tem para oferecer aqui fora.

Porém, dentro dela, lhe deu tudo e do melhor que dispunha para que você

pudesse ter o sucesso do nascimento.

O que foi possível foi feito e foi o suficiente.

Às vezes, ouço pessoas dizendo:

“eu perdoo meus pais. Minha mãe tem o meu perdão”

Ensino: Perdoar é abrir possibilidades de correção e não significa esquecer o

mal que alguém te causou.

É bom entender que a sua mãe é uma pessoa, portanto, é passível de falhas,

até mesmo porque muitas mães passaram por falhas de outros e muitas vezes

repetem as mesmas atitudes.

Guardar mágoas, ressentimentos da sua mãe, não aprovar algumas das atitudes

ou ter dificuldade em aceitar a forma como sua mãe lida com a vida; esses são

alguns dos fatores que bloqueiam e fecham a porta para o seu sucesso na vida.

Pessoas adultas agindo como crianças feridas, querendo exigir mudanças na

mãe, esperando algo que julgam não ter recebido no passado.

É desta forma, que muitos filhos ainda permanecem sem tomar a própria vida.

“Tomar a mãe” significa aceitá-la plenamente, sem julgamentos, amorosamente

no coração, independentemente de como tenha sido sua criação, educação, seu

sentimento de ser amado(a) ou não amado(a) o suficiente, se foi castigado

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injustamente, preterido, dado em adoção ou mesmo que tenha sido

abandonado(a).

Tomar a mãe é interno e não físico ou externo, portanto, você pode tomar a sua

mãe estando ela viva ou não. Diga sim à sua mãe

Quando me dizem: “não pedi para nascer” jogando a responsabilidade da própria

vida para a mãe, percebo que estão negando o fluxo natural da vida.”

Eu, acolho esse SER com o mais sublime sentimento de amor que uma criatura

filha de Deus possa manifestar

“A sua mãe foi um lindo portal que deu a você a oportunidade de estar aqui e ser

o seu próprio sucesso.

Saiba que foram todos os episódios negativos, todas as dificuldades que

aconteceram na sua vida, que te permitiram ser quem é.

Tudo faz parte da sua jornada evolutiva.”

Julgar a sua mãe é não aceitar a sua história, é negar a própria raiz, a dádiva da

vida.

É quase impossível haver pleno desenvolvimento e ser feliz, sem reconhecer a

importância da sua mãe na sua vida. Pois é ela quem te conecta com as forças

dos ancestrais, a fonte da vida e as raízes.

Todos temos a mãe certa para nós, cada filho(a) deve, portanto, tomar o seu

lugar de filho(a) e estar de acordo com a sua história. Filho(a) não muda mãe e

ninguém substitui a mãe, sua mãe pode ter lhe dado em adoção, mas ela sempre

será sua mãe.

Os primeiros passos para o amadurecimento pessoal, são:

TOMAR A PRÓPRIA VIDA

HONRAR SEUS PAIS

SER GRATO À SUA MÃE PELA VIDA

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Para a Vida dizer sim a você, antes você deve dizer SIM à sua mãe.

Lembre-se que você é metade sua mãe e metade seu pai, assim, você é você

por inteiro.

E, como adulto pode abrir possibilidade de soluções sistêmicas para si mesmo(a)

e cuidar da própria vida.

Permita-se fazer um movimento profundo em direção ao SIM para sua própria

história e para a sua Vida. Liberte-se!

Se você quer ampliar sua consciência, necessita aprender a olhar com amor,

respeito e gratidão para sua relação com a mãe ou ainda, se há

algumas dinâmicas que impedem o fluir do amor, a constelação familiar pode te

ajudar.

Conectar a mãe em origem um aspecto do nosso trabalho olhar das

Constelações Familiares, de Bert Hellinger, o trabalho está relacionado com o

ato de servir com amor.

Muito mais do que disponibilizar nossas aptidões em um propósito, trabalhar

significa servir à vida num sentido mais amplo.

Constelação, há uma forca que sustenta o trabalho e conduz o cliente o

terapeuta, e os representantes.

Sem apresentação de justificativas sem condição que possa surgir como

solução.

QUANDO SE DESVIA OLHAR PARA O CHÃO SE ASSOCIA À IMPRECISÃO

NOS SENTIMENTOS E NA DESCRIÇÃO DO PROBLEMA. SCHNEIDER 2001

Configurar os sistemas das relações familiares com a ajuda dos representantes.

Acompanhar bem o que acontece na representação.

O Terapeuta se afasta do campo da constelação.

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Fase longa de silêncio em que os representantes entram em contato com seus

sentimentos e o que emerge deles.

PRINCIPIOS

Imersos no campo energético familiar, ignoramos sua influência que permanece

fora da nossa consciência.

Estamos presos a comportamentos e atitudes que nos derrotam e incitem a

cometer atos que não compreendemos e dos quais acabamos por nos

arrepender.

As constelações familiares nos ensinam que a nossa família é a nossa sina.

Entretanto, não estamos irremediavelmente presos a essa sina e podemos

alcançar a cura.

Ao compreender os mecanismos desse processo, ficamos na posse do poder de

controlar o nosso comportamento a fim de evitar sofrimento para as gerações

futuras.

Ele qualifica seu método de fenomenológico.

É um método profundamente empírico, cujo estudo experimental lhe permitiu

descobrir inúmeras leis que governam nossa vida e nosso destino.

Quando Hellinger aborda a questão dessas leis, ele se recusa a ser categórico,

com medo de alienar sua preciosa liberdade para evoluir e aprender.

Ele incessantemente põe à prova essas leis, como o fazem todos aqueles que

praticam as constelações. Elas são validadas, adaptadas e até mesmo

revogadas por seu método fenomenológico.

A Dimensão Anímica

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Ao vir ao mundo no seio de uma família, não herdamos somente um patrimônio

genético, mas também sistemas de crença e esquemas de comportamento.

Nossa família é um campo de energia no interior do qual nós evoluímos. Cada

um, desde seu nascimento, ocupa um lugar único.

As constelações familiares nos dão a oportunidade de compreender os

esquemas em seu nível mais profundo.

Elas permitem que nos libertemos, ao mesmo tempo que encontramos a paz e

a felicidade.

A natureza do nosso campo de energia familiar é determinada pela história da

nossa família, principalmente sua religião e suas crenças.

Nosso país de origem, a religião em meio à qual nascemos, também

desempenham um papel

As ações generosas e altruístas de nossos pais e de nossos antepassados são

saudáveis para nós, enquanto suas más ações modificam o campo energético

familiar, obrigando as gerações posteriores a pagar o preço.

CONSTELAÇÕES E A ALMA

NAS CONSTELACÃO ENTRA EM CONTATOS HUMANOS FUNDAMENTAIS

E A COMPREENSÃO VEM COM UM PROFUNDO SABER INTERIOR

NÃO SE CONTRADIZ, NÃO DISCUTE NÃO SE ANALIZA POUCAS

INFORMAÇÕES SÃO NECESSARIOS

CHEGA BEM DEPRESSA A ALGO NECESSÁRIO

VIVE A ALMA HUMANA

Os representantes expressam com o corpo e sem palavras aquilo que move sua

alma. O terapeuta geralmente não interfere. Desta forma coloca-se muitas vezes

em movimento um processo muito impressionante, que mostra tanto o problema

e a necessidade quando a solução.

Page 62: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

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A pessoa envolvida presencia geralmente de fora e se entrega ao que ela vê,

que se comunica a ela e a toca.

CONSTELAÇÃO E A PSICOLOGIA ENCONTRO COM ALMA

NA CONSTELAÇÃO FAMILIARES PODE VER E PERCEBER A ALMA QUE

UNE.

SOMOS SERES RELACIONAIS

NO MOMENTO QUE VOCE LIDA COM O DESTINO PODEMOS NOS ABRIR A

MUDANÇAS

QUÃO POUCO LIVRE SOMOS

REVIVEMOS SEM O NOSSO CONHECIMENTO OU VONTADE UMA ESPÉCIE

DE REPETIÇÃO COMPULSIVA

DESTNOS PASSADOS SITUAÇÃO FUNESTAS E SITUAÇÕES NÃO

RESOLVIDOS

A CONSTELAÇÕES NOS MOSTRA ISSO DENTRO DO CAMPO DAS

PSICOTERAPIAS

FORÇA DE UMA ALMA E EMARANHAMENTO NA CONSTELAÇÃO TEM UMA

ORDEM

VIDA ALÉM DA MORTE RECONCILIAÇÃO SISTEMAS DE RELAÇÃO VÍTIMAS

E PERPEDRADORES

CONSTELAÇÃO RECONCILIAÇÃO TRANQUILIDADES E PAZ ENTRE VIVOS

E COM MORTOS VINCULADOS A GRUPO.

CONSTELAÇÃO LIDAR COM O CONFLITO COM UM CORAÇÃO PACÍFICO.

A alma e o sistema de relações

Page 63: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

63

Nos grupos a que pertencemos estamos interligados na alma, de uma forma que

ultrapassa a transmissão consciente de informações, a comunicação, o

comportamento e os sentimentos individuais.

Na alma participamos de algo que confere individualidade a cada grupo

particular, a cada família, a cada empresa, a cada círculo de amigos.

Nas constelações familiares podemos perceber e “ver” a alma, essa força que

une.

Muitos se surpreendem muito ao sentirem, durante uma constelação esse

vínculo ao contexto profundo da família.

A ideia de que, numa família, acontecimentos e destinos se comunicam através

de gerações, mesmo quando nada disso nos foi contado, causa inicialmente

estranheza nesta época da informação, que se julga esclarecida.

O fato de continuarmos vinculados à nossa família e aos nossos

relacionamentos, mesmo que tenhamos interrompido os contatos, não nos

importemos mais com a grande família e mudemos constantemente as nossas

relações é algo que contradiz nossa concepção de individualidade e de

autonomia

AS CONSTELACÕES FAZEM BEM AS MUITAS PESSOAS EM NECESSIDADE

E ELAS APRECIAM MUITO

E A CONSTELAÇÃO FAMILIAR TAMBEM FAZ BEM A QUEM AJUDA

Constelações Familiares Vida e Morte.

As ordens do Amor Maior vêm nos esclarecer que as constelações familiares

levam em consideração os vivos, mas antes de tudo, os mortos

Esta perda tem uma dinâmica externa, visível à sociedade e interna, silenciosa

e invisível. Muitas vezes se faz o luto pelo objeto externo, pelo corpo, pelo

que havia na realidade, mas não se consegue fazer o luto pelo objeto

internalizado, idealizado.

Page 64: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

64

E a não vivencia e elaboração deste processo de luto e perda, prende

simbolicamente a pessoa a esta situação, por mais tempo que tenha se passado.

A dor e o luto são processos necessários para que possamos nos separar

daquele(a) que partiu.

Aquilo que os mortos nos deram, independente se bom ou ruim, forte ou fraco,

leve ou pesado, continua atuando sobre nós.

Quando tomamos nas mãos o que nos foi dado por esta pessoa e agradecemos,

deixamos que o passado passe e seguimos no presente, com os que ficaram em

nossa alma.

Só quando tem um lugar, pode descansar e deixar os vivos em paz.

Percebe-se isto nas Constelações Familiares, quando o excluído ou temido,

recebe um lugar, abençoa aqueles que estão à sua volta e cessa seu movimento

de reinvindicação.

Assim, quando reconhecidos e respeitados, podem partir em paz, e dão força

aos que permanecem vivos.

“Todos, até a geração de nossos bisavôs e as vezes tataravôs, que puderem ser

lembrados, atuam em nosso sistema tal como se estivessem presentes. Mas

atuam principalmente aqueles que, por qualquer motivo que seja, tenham sido

esquecidos ou excluídos do sistema” Bert Hellinger –

MAS SEI QUE O TODO, PARA O QUAL TUDO CONFLUI, ESTÁ ALÉM DA

VIDA.

HELLINGER, BERT: Constelações Familiares.

Constelações Familiares: um Poder Curativo que Vem da Alma

A constelação familiar tem se mostrado uma grande ferramenta no trabalho

auxiliar ao tratamento convencional de doenças.

Isso porque ela ajuda a trazer o inconsciente que se manifesta nos sintomas e

Page 65: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

65

que muitas vezes funciona como um bloqueio para a eficiência do tratamento

regular

Dessa forma, as doenças nos servem como avisos de que algo está fora do lugar

no nosso interno.

Adoecer é o alarme do corpo para que possamos entrar em contato com algo

que pede nossa atenção.

Bert Hellinger tem uma grande frase sobre este movimento:

“Frequentemente diz-se a um doente que a sua enfermidade é de origem

psicológica.

Isso é facilmente vivenciado pelo paciente como uma depreciação, pois com isso

diz-se que se ele quisesse que fosse diferente, seria diferente.

Mas não é assim, porque os emaranhamentos que agem por trás disso são

inconscientes.

O impulso através do qual alguém talvez se comporte de maneira destrutiva é

totalmente inconsciente.

Somente quando o emaranhamento que age em segundo plano vem à luz, pode-

se mudar alguma coisa.” (Bert Hellinger, A fonte não precisa perguntar pelo

caminho)

Este é o grande serviço feito por esta forma de terapia. Nos auxilia a entrar em

contato com o que atua no nosso inconsciente, no campo da saúde e de todos

os outros da nossa vida.

Constelações Familiares: Doença e Cura

“Deixe que a constelação fale por si mesma.”

Atente para a minha prática e faça dela uma imagem pessoal”.

Page 66: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

66

“É impressionante com que clareza as constelações sistêmicas com doentes

podem revelar conexões trans geracionais entre as doenças e os

acontecimentos traumáticos nas famílias de origem dos pacientes.“

Constelações Familiares e o Caminho da Cura – Stephan Hausner .

Além disso, as constelações familiares nos mostram como os traumas dos

antepassados a que nos vinculamos pelo destino continuam a atuar através de

gerações e influenciam a vida dos descendentes.

“Emaranhamento” é uma das palavras mágicas que acompanham as

constelações familiares.

O QUE SÃO EMARANHAMENTOS?

Na Constelação Familiar de Bert Hellinger, emaranhado ou emaranhamento

significa uma situação conflituosa no sistema familiar.

Quando você forma uma situação de mal-estar com uma pessoa, uma situação

de conflito, de “levar desaforo para a casa” e ficar remoendo lembranças

negativas e mágoas, você criou um emaranhado ou emaranhamento com esta

pessoa.

Não sabemos mais se amamos ou odiamos nosso pai ou nossa mãe, em razão

de uma ação ou omissão deles para conosco.

Com isso, prejudicamos nossas relações familiares.

Um emaranhado pode se arrastar por gerações, prejudicando os descendentes

daqueles que que deram origem a ele.

Como identificar um emaranhado familiar?

Podemos identificar um emaranhado familiar a partir de duas premissas:

Quando se instaura um conflito familiar que rompe relacionamentos;

Quando um conflito embaralha nossos sentimentos.

Page 67: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

67

Não sabemos mais se amamos ou odiamos nosso pai ou nossa mãe, em razão

de uma ação ou omissão deles para conosco. Com isso, prejudicamos nossas

relações familiares.

Um emaranhado pode se arrastar por gerações, prejudicando os descendentes

daqueles que que deram origem a ele.

Às vezes, o emaranhado ocorre antes da constituição da família atual.

Porém, mesmo assim, essa família atual sofrerá com ele. Por exemplo, pode ser

resultado de traumas que aconteceram a nossos avós ou bisavós, que, direta ou

indiretamente, afetaram os membros familiares que vieram depois: nossos pais

ou nós mesmos.

Isto é, um trauma ou um abandono familiar podem ser a origem de um

emaranhamento.

Refletimos e Repetimos os Comportamentos de Nossos Pais

Bert Hellinger, em “O amor do espírito”, pág. 92.

Quando falamos do emaranhamento, na prática, percebemos que isso vem

atuando nas pessoas como doenças, relações de casal, trabalho, emocional,

pais, filhos, homem, mulher.

Então, quando olhamos os trabalhos, enxergamos essa lealdade, essa lei que

praticamente orquestra, rege o destino da pessoa daquela família.

Todos os acontecimentos dentro de uma rede familiar ficam registrado em um

campo de informações. Rupert Sheldrake, um biólogo inglês, nomeou isto de

“Campo Morfogenético”.

Este campo nos influência de forma direta, todos os dias. É deste campo que

recebemos as informações que nos colocam em rota de repetição de situações

familiares difíceis, mesmo quando não convivemos ou não sabemos

racionalmente do acontecimento.

Page 68: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

68

É uma influência silenciosa que atua no nosso inconsciente.

Porém percebemos claramente seus efeitos: nas nossas dificuldades, nas

nossas dores, na nossa saúde.

Enfim, em muitos aspectos da nossa vida.

Além disso, Hellinger observou que este campo também rege os

relacionamentos com base em 3 parâmetros: Ordem, pertencimento e equilíbrio.

Assim, sempre que no relacionamento familiar alguém está fora do seu lugar de

direito, ou fora de ordem (por exemplo um filho que se coloca acima de seus

pais, por qualquer motivo que seja), ele e o sistema experimentarão um

tensionamento, que é percebido como dificuldade.

Também, quando por qualquer motivo, uma pessoa que nasceu em um sistema

tem seu direito de pertencimento negado (uma situação comum é a exclusão de

filhos abortados), o sistema também experimentará um tensionamento, até que

o pertencimento na alma da família seja restaurado.

E em terceiro, quando não é respeitado o equilíbrio ou a busca de equilíbrio nos

relacionamentos, o sistema familiar será tensionado. Um exemplo comum desta

quebra é em relacionamentos afetivos, quando um dos parceiros se doa muito

ao outro e se permite receber pouco em troca.

CONSTELAÇÕES E A ALMA

NA CONSTELACÃO ENTRA EM CONTATOS HUMANOS FUNDAMENTAIS

E A COMPREENSÃO VEM COM UM PROFUNDO SABER INTERIOR

NÃO SE CONTRADIZ, NÃO SE DISCUTE, NÃO SE ANALIZA...

POUCAS INFORMAÇÕES SÃO NECESSARIOS

CHEGA BEM DEPRESSA A ALGO NECESSÁRIO

Page 69: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

69

VIVE A ALMA HUMANA

CONSTELAÇÃO E A PSICOLOGIA ENCONTRO COM ALMA

NA CONSTELAÇÃO FAMILIAR PODE VER E PERCEBER A ALMA QUE UNE.

SOMOS SERES RELACIONAIS

NO MOMENTO QUE VOCE LIDA COM O DESTINO PODEMOS NOS ABRIR A

MUDANÇAS

QUÃO POUCO LIVRE SOMOS

REVIVEMOS SEM O NOSSO CONHECIMENTO OU VONTADE UMA ESPÉCIE

DE REPETIÇÃO COMPULSIVA

DESTINOS PASSADOS SITUAÇÃO FUNESTAS E SITUAÇÕES NÃO

RESOLVIDOS

AS CONSTELAÇÕES NOS MOSTRA ISSO DENTRO DO CAMPO DAS

PSICOTERAPIAS

FORÇA DE UMA ALMA E EMARANHAMENTO NA CONSTELAÇÃO TEM UMA

ORDEM

VIDA ALÉM DA MORTE RECONCILIAÇÃO SISTEMAS DE RELAÇÃO VÍTIMAS

E PERPEDRADORES

CONSTELAÇÃO RECONCILIAÇÃO TRANQUILIDADES E PAZ ENTRE VIVOS

E COM MORTOS VINCULADOS A GRUPO.

CONSTELAÇÃO LIDAR COM O CONFLITO COM UM CORAÇÃO PACÍFICO.

ELAS FAZEM BEM AS MUITAS PESSOAS EM NECESSIDADE E ELAS

APRECIAM MUITO

E A CONSTELAÇÃO FAMILIAR TAMBEM FAZ BEM A QUEM AJUDA

Constelações Familiares Vida e Morte. As ordens do Amor Maior vêm nos

esclarecer que as constelações familiares levam em consideração os vivos, mas

antes de tudo, os mortos

Page 70: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

70

Esta perda tem uma dinâmica externa, visível à sociedade e interna, silenciosa

e invisível. Muitas vezes se faz o luto pelo objeto externo, pelo corpo, pelo que

havia na realidade, mas não se consegue fazer o luto pelo objeto internalizado,

idealizado.

E a não vivencia e elaboração deste processo de luto e perda, prende

simbolicamente a pessoa a esta situação, por mais tempo que tenha se passado.

A dor e o luto são processos necessários para que possamos nos separar

daquele (a) que partiu.

Aquilo que os mortos nos deram, independente se bom ou ruim, forte ou fraco,

leve ou pesado, continua atuando sobre nós.

Quando tomamos nas mãos o que nos foi dado por esta pessoa e agradecemos,

deixamos que o passado passe e seguimos no presente, com os que ficaram em

nossa alma.

Só quando tem um lugar, pode descansar e deixar os vivos em paz.

Percebe-se isto nas Constelações Familiares, quando o excluído ou temido,

recebe um lugar, abençoa aqueles que estão à sua volta e cessa seu movimento

de reinvindicação.

Assim, quando reconhecidos e respeitados, podem partir em paz, e dão força

aos que permanecem vivos.

“Todos, até a geração de nossas bisavós e as vezes tataravós, que puderem ser

lembrados, atuam em nosso sistema tal como se estivessem presentes. Mas

atuam principalmente aqueles que, por qualquer motivo que seja, tenham sido

esquecidos ou excluídos do sistema” Bert Hellinger –

MAS SEI QUE O TODO, PARA O QUAL TUDO CONFLUI, ESTÁ ALÉM DA

VIDA.

HELLINGER, BERT: Constelações Familiares.

Constelações Familiares: um Poder Curativo que Vem da Alma

Page 71: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

71

A constelação familiar tem se mostrado uma grande ferramenta no trabalho

auxiliar ao tratamento convencional de doenças.

Isso porque ela ajuda a trazer o inconsciente que se manifesta nos sintomas e

que muitas vezes funciona como um bloqueio para a eficiência do tratamento

regular

Dessa forma, as doenças nos servem como avisos de que algo está fora do lugar

no nosso interno.

Adoecer é o alarme do corpo para que possamos entrar em contato com algo

que pede nossa atenção.

Bert Hellinger tem uma grande frase sobre este movimento:

“Frequentemente diz-se a um doente que a sua enfermidade é de origem

psicológica.

Isso é facilmente vivenciado pelo paciente como uma depreciação, pois com

isso diz-se que se ele quisesse que fosse diferente, seria diferente.

Mas não é assim, porque os emaranhamentos que agem por trás disso são

inconscientes.

O impulso através do qual alguém talvez se comporte de maneira destrutiva é

totalmente inconsciente.

Somente quando o emaranhamento que age em segundo plano vem à luz,

pode-se mudar alguma coisa.” Bert Hellinger

A fonte não precisa perguntar pelo caminho.

Este é o grande serviço feito por esta forma de terapia. Nos auxilia a entrar em

contato com o que atua no nosso inconsciente, no campo da saúde e de todos

os outros da nossa vida.

Page 72: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

72

Constelações Familiares: Doença e Cura – Atente para a minha prática e faça

dela uma imagem pessoal”.

“É impressionante com que clareza as constelações sistêmicas com doentes

podem revelar conexões trans geracionais entre as doenças e os

acontecimentos traumáticos nas famílias de origem dos pacientes.

Isso nos permite supor que aí reside um importante potencial de apoio médico,

e é evidente que até o momento, no contexto da assistência médica, não se

prestou uma atenção suficiente à busca dessas conexões

” Constelações Familiares e o Caminho da Cura” – Stephan Hausner.

Além disso, as constelações familiares nos mostram como os traumas dos

antepassados a que nos vinculamos pelo destino continuam a atuar através de

gerações e influenciam a vida dos descendentes.

O PENSAMENTO SISTÊMICO

Nascemos dentro de um sistema familiar e não sabemos o seu histórico.

SISTEMA e um grupo de pessoas que permanecem unidos ou vinculados por

forças que o permeiam Sistema familiar tem uma consciência, e exige que esse

sistema tenha ordem, ela tem princípios.

Vínculos, Ordem, Dar e Receber.

Amor para dar certo, é necessário conhecimento e reconhecimento de uma

ordem oculta do amor.

Ordem natural, um grande aprendizado os filhos precisam dos Pais, eles não

precisam dos filhos, a base familiar é o casal fortalecido.

As almas dos filhos sobrecarregam quando os filhos passam serem exclusivos,

assim pagam um sentimento de expiação, não traz crescimento, se paga com

sofrimento.

Page 73: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

73

A criança passa a ter mais importância na família, é momento de reflexão, retirar

o peso, dar e receber;

e uma lei sistêmica atua no consciente e inconsciente, necessidade de

compensação, se há crédito ou débito com alguém.

A troca equilibra as relações, permite uma vida longa e saudável. Os pais vêm

primeiro, depois filhos.

Os pais são grandes, e os filhos pequenos.

Os filhos sentem grande ferem os princípios.

A alma do filho sente um desconforto, e manifesta em sofrimento auto imposto,

filhos assim vão ter turbulências, cheia de dor. Restabelece quando reconhece

a grandeza da vida e assim a ordem restabelece.

A consciência Espiritual é mais ampla.

Constelação Familiar é amor.

Quando o inconsciente se torna consciente se cura.

Temos padrão repetitivos. Emaranhamento familiar.

Quando excluímos pessoas geram padrão repetição de raiva, ódio que vai gerar

conflito familiar, a cura acontece quando entra a ordem no seu lugar.

Há fala de cura no campo mórfico com a fala do constelador e com o recebimento

verdadeiro acontece transformação.

NOVOS OLHARES PARA A CONSTELACÃO FAMILIAR BERTT HELLINGER

Dizer algo sobre Constelação Familiar.

TEM UMA LONGA HISTÓRIA.

A Constelação Familiar ficou autônoma.

Quando alguém vem com um assunto e nos pede que façamos uma constelação,

então o que fazemos?

Page 74: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

74

Eu não pergunto a ele qual é o assuntou não quero saber e não preciso saber,

isso vem à tona dentro de uma constelação de forma surpreendente.

Exemplo: Constelação de um casal, sem perguntar o que eles querem eu coloco

o representante para o homem e para a mulher, e a constelação começa sem

que algo tenha dito.

O homem está de repente em outra dimensão ele não é ele mesmo, ele é o

homem sentado ele simplesmente se move e como ele é guiado como a mulher

e de repente tudo vem à tona.

Essa conexão tem um futuro e de repente tudo fica claro. Eu não sabia o

representante tampouco sabia.

A Constelação estava em outro plano colocada em movimento por forca criadora

sem que eu tenha tocado, essa é a nova constelação familiar.

Sem pergunta, sem objetivo, todos os participantes levados a outro plano.

Qual é outro plano, e quando uma forca criadora vindo diz realize.

O resultado vindo de uma outra forca esta é a Nova Constelação.

Aquilo que é antigo que é colocado em movimento por suas próprias forças.

ACABOU.

O QUE ACONTECE COM O CONSTELADOR?

ELE INTERVÉM, ELE TEM ALGUMA IMAGEM OU ELE SIMPLESMENTE ESTÁ

NO SERVICO DE OUTRO.

DE TUDO AQUILO QUE SE PASSA É SIM.

COMO UMA FORCA DIVINA DISSESSE FACA-SE.

CONSTELAÇÕES E A ALMA TEORIA DA CONSTELACÃO FAMILIAR

SISTEMICA

Page 75: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

75

SUA ORIGEM O QUE NORTEIA

O FUNDADOR

EM QUE SE BASEIA A PRÁTICA DA CONSTELACAO

FUNDAMENTOS

PRINCIPIOS

Descobrir toda uma linguagem que comunica diretamente com a nossa Alma,

como se não existisse verbo para descrever a grandeza de possibilidades que

surge em cada processo.

As Constelações Sistêmicas Familiares são uma abordagem fenomenológica

desenvolvida por

Bert Hellinger e que se foca em trazer uma nova visão, uma nova possibilidade

de ação aos conflitos psicológicos, aos padrões de comportamento que tiveram

origem no nosso sistema familiar.

Bert Hellinger ao trabalhar durante anos com famílias criou esta abordagem com

base num conjunto de leis naturais, sobre as quais todos os sistemas se regem,

Bert Hellinger denominou-as como Ordens do Amor. São estas leis que

precisamos de respeitar para que todo o sistema esteja em Harmonia e

equilíbrio.

NA CONSTELACÃO ENTRA EM CONTATOS HUMANOS FUNDAMENTAIS

É importante reverenciar o que veio antes, os pais, os avôs, os bisavôs, pois as

vidas deles reverberam no meu corpo, na minha alma, eles fizeram o melhor que

puderam, o que sabiam

Quanto mais eu aceito meus pais, mais aceito a vida que veio deles, mais sou

próspera e feliz, é um exercício lindo de como morar bem nesse planeta

E A COMPREENSÃO VEM COM UM PROFUNDO SABER INTERIOR

Page 76: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

76

O nosso desafio se mostra aos nossos olhos, dando a possibilidade de cura

sistêmica de todos que estão presentes, de aceitar e seguir o nosso caminho,

podendo fazer novas escolhas.

Quero convidá-lo para aproveitar um pouquinho dos estudos de Bert Hellinger

no livro Ordens da Ajuda sobre a

“A aceitação e concordância com as coisas como elas são e da forma como se

apresentam para nós”.

“Aceitar” é um dos grandes ensinamentos que Bert Hellinger nos trouxe através

da Constelação Sistêmica Familiar.

Compreenda aceitar como render-se ao que é, e isso não quer dizer submeter

cegamente às condições e sim entender que o passado não pode ser alterado e

que foi a única forma possível de a vida ter seguido adiante.

O pensamento sistêmico nos permite abrir condições de melhoria para sair da

fantasia, vir para realidade da vida, de forma consciente e da melhor maneira

que pudermos.

Assim, o crescimento interno se realiza em nós e o novo consegue chegar.

Isso nos faz compreender que a vida não pode ser vivida no como “e se”.

Page 77: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

77

Coisas do tipo “e se” eu tivesse aceitando aquele trabalho? ou “e se” eu não

tivesse aceitando aquele isso ou aquilo? Não é a realidade e não sabemos o que

seria!

Sabemos parte da realidade que está posta, isto, sim.

Principalmente quando alguns dizem

“Ah! e se meus pais fossem diferentes?”

Então, estes não seriam os meus pais!

Simples assim. Através das fantasias, escondemos as insatisfações do que é

real na vida é a “não aceitação perante o que aconteceu para nós em nossa

infância ou em nossa fase adulta”.

A “não aceitação à negação perante o que aconteceu para nós em nossa

infância ou em alguma fase adulta nossa” é querer permanecer inocente.

Os inocentes não conseguem crescer, continuam sempre do mesmo jeito:

“Criança”.

A possibilidade sistêmica de crescimento está em olhar para aquilo que é negado

e dizer:

Sim, agora tomo você como é, sem quer que seja outro ou outra X”. Esta decisão

nos libera do aprisionamento do emaranhamento e nos permite sair da inocência

e crescer de forma responsável.

E, não me dei conta que eu estava negando em aceitar a realidade da minha

vida, agora diferente, com muitas mudanças, algumas muito boas e outras nem

tanto e inconscientemente abrir a possibilidade de entrar no papel de inocente e

comecei a sentir dores.

Você pode estar se perguntando de forma cartesiana “Ela magoou a coluna,

sentada em má posição por horas a fio trabalhando”.

Page 78: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

78

Vamos comigo na reflexão através do pensamento sistêmico, esse algo que se

nega, que pode ser a própria sombra, uma culpa pessoal ou algo pelo qual se

lastima, essas inquietações, podem gerar uma grande oportunidade de

crescimento pessoal, espiritual, profissional e principalmente relacional.

Vamos continuar estudando…

Ao aceitar o que é, podemos usufruir dos grandes benefícios, que recebemos

deste lugar, desta mesma fonte junto ao que é, junto com os nossos pais e

ancestrais e é no real do que está posto encontramos a grande força para seguir

adiante.

Porém, perdemos essa oportunidade quando me posiciono num lugar com

pouca ou zero chance de crescer e na ânsia em negar o que é negativo,

negamos também o que é positivo.

Distanciando de aproveitar a vida em sua plenitude.

Para seguir a vida em sua plenitude, precisamos alcançar este lugar de

aceitação que vai muito além dos pais.

É necessário ver para além de, e olhar para as cicatrizes, integrar internamente

todas as experiências, enxergar todo o tesouro que recebido dos pais através da

vida que chegou e assim poder experimentar passinho por passinho uma cura

que chega como novas possibilidades.

Sei que posso olhar para além deles, para o espaço distante de onde se origina

a vida, me curvar diante desse mistério e seguir para a vida plena.

NÃO SE CONTRADIZ, NÃO DISCUTE NÃO SE ANALIZA

CHEGA BEM DEPRESSA A ALGO NECESSÁRIO

VIVE A ALMA HUMANA

“Movimentos da alma” são algo que podemos perceber de imediato como um

movimento interno.

Page 79: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

79

Quando estamos ao lado de um ser humano, a nossa alma pode abrir-se e

expandir-se ou retirar-se e fechar-se.

Acontece frequentemente, geralmente não nos apercebemos, mas conseguimos

senti-lo quando nisso focamos a atenção.

Tal como notamos de imediato quando a alma de outra pessoa se abre ou fecha

para nós.

Este movimento parece-me ser um processo natural, uma espécie de ritmo,

como as marés.

Mas para muitas pessoas este movimento está limitado, com alguns está quase

completamente congelado.

Experienciamos este torpor como um sentimento de estar separado, como

isolamento e solidão.

A razão desta contração e torpor da alma é sempre algum evento traumático,

seja sistêmico ou pessoal.

Na terapia tentamos aliviar este torpor, a fim de permitir que a alma se expanda,

pois o movimento natural da alma é o de se abrir a espaços cada vez mais

amplos. Falar de uma abertura para a alma, de uma abertura em direção à

dimensão da alma de crescimento e de estar conectado a tudo que o está.

CONSTELAÇÃO E A PSICOLOGIA

PSICOTERAPIA BREVE

Durante a formação profissional de constelador muitos são os aprendizados

necessários à função de servir a vida.

O constelador além de entender os três princípios que servem a sobrevivência

do sistema

Page 80: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

80

Que são hierarquia, pertencimento e equilíbrio, deve aprender o entrar no

princípio zero, que trata de esvaziar-se, para receber o que “É”

Ficando, assim disponível para apreender a essência daquilo que se mostra, e

saber permear através do entendimento do pensamento sistêmico as

intervenções sistêmicas.

O tema que trataremos neste momento, sobre o uso de frases sistêmicas no

atendimento de Constelação Familiar faz parte das famosas intervenções

sistêmicas.

Basicamente as intervenções se resumem em:

Honrar o que foi desonrado;

Separar o que foi misturado;

Deixar ir o que precisa ir embora;

Incluir o que foi excluído; unir o que for separado.

Reuni algumas frases que fazem parte do material da formação para utilizar em

atendimento de Constelação Familiar.

Estas frases podem fazer sentido se estiverem dentro de algum contexto, devem

ser utilizadas de forma respeitosa, dizendo a frase em voz alta, firme e amorosa

sempre com o devido respeito.

Imaginando o contexto, a situação, a pessoa, o sistema conforme instrução, para

abrir possibilidades de modificar a questão através de uma expansão de

consciência.

Você que é constelador sistêmico com certeza conhece e já usa as frases de

solução em um atendimento de constelação familiar.

Para quem ainda não está familiarizado com as Constelações Familiares, as

frases de solução são palavras/frases, também chamadas de frases de ajustes

Page 81: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

81

ou ordens de ajuda, sugeridas pelo terapeuta para serem ditas pelo cliente no

momento de seu atendimento.

Essas frases podem desbloquear sentimentos e crenças que o impedem de

seguir a vida plena ou de tomar sua vida como deve ser.

Pois, apresentam um caminho para a solução da questão trabalhada no

momento, auxiliando o cliente a compreender e reconhecer a questão,

desatando assim seu emaranhado.

E que frases são essas e como elas funcionam?

Deixando aqui claro que essas frases não são fixas, as vezes o constelador pode

ou não precisar usá-las para aquela questão tratada.

Pois é uma poderosa ferramenta que auxilia muito no ajuste final da questão

tratada.

Essas frases também podem sofrer adaptações, porque cada caso tratado é um

caso diferente, é único.

A repetição respeitosa, dessas frases ajudam a liberar emaranhados do sistema

e auxiliam o cliente a ver a raiz das suas dificuldades.

Ao repeti-las abre-se possibilidades que novos movimentos surjam a partir do

momento que elas forem ditas, sentimento de alívio também podem vir à tona,

uma nova compreensão da situação em questão pode surgir são inúmeras as

possibilidades de frases que podemos usar para ajustar cada caso.

• Se eu, ou meus ancestrais te causamos algum mal, eu sinto muito, por

favor nos perdoe.

• Teve que ser como foi.

• Está tudo bem.

• Você é o pai mãe certo(a) para mim

• Respeito seu destino e sua decisão.

• Eu respeito as suas escolhas.

Page 82: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

82

• Eu agirei com a leveza do feminino em mim

• Eu agirei com a leveza do masculino em mim

• Aquilo que é seu deixo contigo e levo o que é meu

• Por favor me abençoe se eu sigo um destino diferente do seu

• Siga em paz eu fico bem

• Eu não estou mais a disposição.

• Sigo a minha vida deixando livre o que precisa ser livre

• SIM, para tudo como foi.

• Eu vejo você.

• Você também faz parte

• Eu te incluo e agora você retoma novamente o seu lugar

• Eu faço algo bom com isso.

• Você foi importante naquele lugar/ tempo e faz parte

• Eu permito que você me veja.

• Assim o respeito e o amor prevalecem unindo o que foi separado

As frases devem ser curtas, fortes e formuladas de forma positiva para honrar,

agradecer em vez de reivindicar; separar o que ficou misturado; deixar ir o que

precisa ir embora; incluir quem estava excluído, para promover integração de

situações que até então eram desagregadas e criar laços de amor as invés de

nós de emaranhados e assim trazer alívio, liberar a força dentro de cada um

dentro do sistema.

Importante saber se a questão, a dificuldade não é sua, você pode até sentir

muito por seu ente querido, e trabalhar essa ‘sua dor’ em relação ao sofrimento

dele. Porém, será o dono da questão quem deverá abrir-se para olhar e buscar

a resolução para o problema em questão.

Você poderá usar nas suas questões essas frases sistêmicas de forma simples,

respeitosa e principalmente amorosa.

Page 83: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

83

AS CARACTERÍSTICAS DO PENSAMENTO SISTÊMICO

● Das partes para o todo

● Dos objetos para os relacionamentos

● Das hierarquias para as redes

● Da causalidade linear para a circularidade

● Da estrutura para o processo

● Da metáfora mecânica para a metáfora do organismo e vivo e outras não

mecânicas! Do conhecimento objetivo para o conhecimento contextual e

epistêmico

● Da verdade para as descrições aproximadas

● Da quantidade para a qualidade

● Do controle para a cooperação, influência e ação não violenta.

NA COMPEXIDADE: O pensamento sistêmico é um importante método para

ampliar a compreensão e enfrentamento de problema complexos e os problemas

complexos e a temática deste curso se inclui nestas complexidades porque o

seu processo ocorre através da árvore da percepção.

O CURSO DO PENSAMENTO SISTÊMICO E O MÉTODO

● Definir uma situação de interesse

● apresentar a história por meio de eventos

● identificar os fatores chaves

● trocar os padrões de comportamento

Page 84: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

84

● desenhar a estrutura sistêmica

● identificar modelos mentais ● visualizar cenários

● modelar em computador ● presenciar o todo e criar a visão de futuro

● Definir os pontos de germinação e liderar para auto-organização

Para desse modo possibilitar que o sistema encontre as opções necessárias não

apenas para sobreviver, e sim para evoluir de forma ecológica para todos os

entes pertencentes a esse sistema e aos sistemas que interagem com ele.

Conceito de modelos mentais se trata do grande “caldeirão” de elementos

mentais Inter-relacionados. São teorias que “mapeiam” a realidade e nos

direcionam para a ação nelas.

Tudo que carregamos em nossa mente como:

• Crenças

• Opiniões

• Interesses

• Pressupostos

• Atitudes

• Valores

• Regras de comportamento

• Teorias

COMO PROCEDER NESSE PASSO:

Os modelos mentais ajudam a construir ou manter a estrutura atual da realidade.

Para gerar mudanças profundas é preciso identificar como os modelos mentais

geram ou influenciam a realidade em questão para que seja possível

compreende-las, modifica-las e assim buscar sustentabilidade como um todo.

Não se deixar levar pelo que a pessoa conta, porque conta a história como ela

Page 85: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

85

vivia ou está vivendo, porque não consegue sair, não é a história verdadeira. não

porque mente, mas porque não está consciente.

A visão não é clara porque está emaranhada, a necessidade da sobrevivência,

o amor de vínculo. Ela faz tudo pela família. No instinto inconsciente de

reconciliar algo na família, sentem-se bem com isso, não consegue sair porque

se sentiria infiel a família

Segundo Capra “O grande desafio que se representa ao século XXI é o promover

a mudança do sistema de valores que atualmente determina a economia global

e chegar-se a um sistema compatível com exigências da dignidade humana e da

sustentabilidade ecológica.” Momento de reflexão no que o TODO precisa de

mim? Como chegar nesse todo?

Princípios Ordem do amor Da observação

fenomenológica do processo das constelações nos sistemas familiares, Bert

Hellinger compreendeu que o sistema familiar tem uma consciência que exige

que o sistema se encontre em ordem. Também

descobriu os princípios que determinam como isto acontece:

1)VÍNCULO/PERTINÊNCIA: todos tem um mesmo direito a pertencer ao seu

sistema familiar.

2)ORDEM: existe uma hierarquia temporal

3) DAR E RECEBER: que nos trazem experiências de culpa e inocência, se

refere ao equilíbrio entre dar e receber

As leis do amor na constelação familiar “Muita gente julgam que o amor tem o

poder de superar tudo, que é preciso apenas amar bastante e tudo ficará bem.

... para que o amor dê certo, é preciso que exista alguma outra coisa ao lado

dele.

É necessário que haja o conhecimento e o reconhecimento de uma ordem oculta

do amor.”

Bert Hellinger

Page 86: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

86

1) Lei: Pertinência-Vínculo

Todos têm o igual direito de pertencer. O que isso quer dizer?

Quer dizer que não importa o que uma pessoa faça de “condenável”,

“pecaminoso”, “reprovável” ou “errado” ela continua tendo o direito de pertencer

ao sistema familiar.

Isso não quer dizer que ela esteja isenta de repreensões, restrições e até

punições legais, mas apesar de tudo ela continua tendo o mesmo direito de

pertencer a um sistema familiar.

Suas atitudes podem diminuir sua credibilidade, confiabilidade e até sua

proximidade, mas não tiram seu pertencimento.

Quando esses membros da família são reconhecidos é possível haver uma

reconciliação pacífica entre todos. Esses momentos demandam uma grande

coragem pois exige dos membros de uma família que superem seus julgamentos

morais em favor da reinclusão daquele membro excluído.

Pelo bem maior da família que transcende a condenação moral os membros

incluídos ganham um espaço precioso no coração de seus membros.

Dessa forma, todos devem voltar a sentir a paz que lhe foi interrompida pelo

acontecimento doloroso do passado. O resultado individual é que um dos

membros que carregava a sensação de não se sentir aceito em nenhum lugar

acaba.

A “sensação de voltar para casa” dentro de si é incrivelmente libertadora e a

felicidade é possível.

A Exclusão Podemos excluir membros de nosso coração de muitas maneiras.

Podemos evitar o luto ou simplesmente esquecer quem morreu jovem.

Podemos negar abortos, crianças que tenha sido entregues para a doação,

relações extraconjugais ou relações anteriores.

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87

Há pessoas que podem ser excluídas diante de sua orientação sexual ou

crenças políticas ou outras formas de desonra e rebeldia.

Nestes casos as consequências podem ser sentidas por indivíduos em gerações

posteriores sem que eles tenham consciência do porquê é que sentem o que

sentem.

Por exemplo, uma criança pode carregar o peso de não pertencer e pode

carregar esse sentimento por um tio homossexual que foi excluído do sistema

familiar.

2) Lei: Dar e receber

Na conhecida oração de Francisco de Assis se diz que “Se é dando que se

recebe”. E essa é uma frase que resume muito do

pensamento religioso. Bert

Hellinger, no entanto, percebeu que nas famílias existe uma ordem natural da

dar e receber entre pais e filhos e, nos casais.

A ordem natural vem do mais antigo para o mais jovem. Os pais dão e os filhos

recebem. Os pais dão a vida e os filhos aceitam.

Os pais dão amor e os filhos o tomam em seu coração. Daí decorre um grande

aprendizado: os filhos precisam dos pais, mas os pais não precisam dos filhos.

Mas esse amor é cego e não traz solução real e sim um agravamento do

problema. Muitos pais acabam abdicando de sua vida

de casal para nutrir 100% das necessidades dos filhos e se esquecem que a

base familiar é o casal fortalecido. Os desejos dos filhos se alegram quando os

pais deixam de se amarem um ao outro para serem exclusivos deles, mas suas

almas sobrecarregam. E inconscientemente eles acabam pagando com um

sentimento de expiação.

E toda expiação é sem sentido, não traz crescimento, pois nenhum mal se paga

com sofrimento. No momento que os pais identificam que a criança

passou a ter mais importância na família é momento de refletir sobre essa

dinâmica de relação. Reassumirem o papel de pais e tirarem a sobrecarga dos

filhos para que eles sigam suas vidas.

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88

A melhor forma de os filhos retribuírem o amor que receberam dos pais é

passando isso adiante para as próximas gerações. Portanto, para que o amor dê

certo é fundamental que o reequilíbrio entre dar e receber seja respeitado. Há

uma necessidade de compensação entre as perdas e ganhos, de dar e receber,

como uma lei sistêmica ela atua em todos os níveis: consciente e inconsciente.

Tem-se a necessidade de compensação, e às vezes isso ocorre fazendo com

que se perca algo, com que se vivencie algo ruim, mesmo sem a aparente

necessidade ou sem se perceber de onde isso vem.

É como se houvesse um sentido de equilíbrio que dita se há crédito ou débito

com alguém. Equilibrando o dar e receber

É quase matemático: se você deu algo, então você espera receber algo também

ainda que não seja na mesma moeda.

O outro, por sua vez sente uma pressão para retribuir, dar também.

Se deve algo, há uma pressão para pagar, devolver, para quitar.

Se esta troca for efetiva, produtiva, positiva, a relação será fértil e rica.

E isto ocorre tanto no positivo ou negativo. A troca equilibra as

relações tomando possível uma convivência longa e saudável.

3) Lei: Hierarquia-Ordem

Os pais vêm primeiro e os filhos depois.

Na prática quer dizer que os pais são grandes e os filhos pequenos.

A relação dos pais é a prioridade numa família e os filhos vêm depois para

completar o sentido da união do casal.

Os pais dão aos filhos e os filhos recebem.

Quando os filhos se sentem maiores, mais importantes e mais capazes que os

pais e se portam como se os pais fossem incapazes, isso fere esse princípio.

A Alma do filho sente um desconforto que se manifesta em forma de sofrimento

auto imposto.

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89

Filhos que se arrogam o direito de mandar na vida dos pais ou de exigir tudo

desses por longos anos de vida acabam se impondo (inconscientemente) uma

vida turbulenta e cheia de dor.

Mas quando conseguem reconhecer a grandeza da vida e perceber que isso é

o bastante, a ordem se restabelece no sistema familiar e o amor pode voltar a

fluir livremente. Há uma outra hierarquia similar, mas menos intensa, entre

irmãos e irmãos, respeitando a sua ordem de nascimento.

Existem, segundo Hellinger

Três tipos de consciência: pessoal, a coletiva e a espiritual.

1) Consciência pessoal: é aquela que nos faz sentir bem ou mal perante um

grupo.

Todo grupo tem suas regras, exigências, limites e leis morais.

Lá é dito explícita ou implicitamente que devemos ou não fazer, o que é permitido

ou não sentir e expressar.

2) Consciência coletiva: é aquela que garante o pertencimento de todos os

membros do grupo. Como já foi dito, todos tem o igual direito de pertencer.

3) Consciência espiritual: é uma dimensão mais ampla de entendimento que só

surgiu para Bert Hellinger nos anos recentes. Ele notou que essa consciência

supera os limites das demais consciências para além do bem e do mal e do

pertencimento e da exclusão

O Trabalho com as Constelações.

O trabalho com constelações nos permite acessar algo que está presente no

sistema e que muitas vezes não é compreendido, nem percebido sem se

observar o todo.

É um trabalho que se ocupa de questões relacionadas a emaranhamentos

sistêmicos.

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90

Ao pensar nos tipos de questões, é possível abranger duas ordens de

problemas:

1. Os psicológicos: implicam as dificuldades de uma pessoa na vida, de um

modo geral, e quando tratados em terapias convencionais, ganham

melhoras

2. Os psicopedagógicos são aqueles que tratam as dificuldades de

aprendizagem e de ensino, e que também ganham melhoras com o

atendimento psicopedagógico.

3. Os sistêmicos, no entanto, são resistentes às terapias, ou seja, mesmo

com um tratamento psicológico de longo prazo, com um atendimento

psicopedagógico onde os pais também colaboram, permanecem sem

grandes melhoras.

O PROCESSO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR: PRÁTICA

Segundo Schneider (2001), antecipadamente, entende-se como “técnica”, um

meio para a realização de um fim humanamente estabelecido. Pois, na maioria

dos casos, comprovou-se o valor de um procedimento metódico, que pode ser

transmitido e proporciona uma certa segurança na condução desse trabalho.

O procedimento prático utilizado nesse processo requer uma série de atenções

e habilidades que estão a serviço da percepção terapêutica e do processo

liberador e que podem ser comunicadas.

A intenção para o sucesso de uma constelação familiar, é preciso que haja uma

necessidade cuja força sustente o trabalho e conduza o cliente, o terapeuta e os

representantes

Ajuda muito quando tal necessidade é claramente formulada. Um problema

solúvel geralmente se distingue de um problema insolúvel, na medida em que

pode ser expressa numa frase e entendido por todos.

A intenção do cliente deve ser formulada com abertura, tanto em relação ao

problema ou à necessidade sentida quanto à sua solução, sem apresentação de

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91

justificativas para o problema ou de condições para o que possa surgir como

solução.

É fácil, por exemplo, perceber a diferença entre "Eu gostaria de ser mais livre" e:

"Não aguento mais esta depressão, que já dura anos” (Schneider 2001).

Nem todo cliente consegue expressar sua intenção logo no início de um grupo.

Ele talvez ainda precise de tempo e de vivenciar antes o trabalho feito com outras

pessoas do grupo.

Com muita frequência, os participantes de um curso mudam sua intenção no

decurso do trabalho, porque somente conseguem perceber o essencial a partir

das experiências dos outros.

Por outro lado, é possível que às vezes, impressionados pelo peso desses

destinos, eles recuem das poderosas intenções que expressaram inicialmente e

sigam por algum caminho secundário (Schneider, 2001)

Nem sempre o problema ou mesmo a intenção precisam ser claramente

formulados, se o que pesa na alma se manifesta através de uma emoção, de um

sintoma ou da revelação de um destino funesto.

O terapeuta se decide a fazer uma constelação baseado na força que percebe

no desejo do cliente e na reação de atenção tensa que provoca no grupo.

Um desejo claro e poderoso pode ser expresso ao terapeuta com o olhar franco,

enquanto um olhar que se desvia para o chão frequentemente se associa à

imprecisão nos sentimentos e na descrição do problema (Schneider 2001).

Assim, o conceito da "técnica", em nosso trabalho, serve aqui simplesmente para

distinguir entre "como" se conduz uma constelação familiar e o "que" se revela

aí, em termos de dinâmica da alma.

De acordo com Schneider (2001), ao falar sobre a técnica das constelações

familiares, não podemos entende-la no sentido lógico das ciências naturais, mas

antes à semelhança de determinada técnica de fazer uma pintura ou de tocar

um instrumento.

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É provável que a causa mais frequente do insucesso de uma constelação reside

no ato em que o terapeuta decide fazê-la, apesar de ter percebido que o

problema apresentado pelo cliente ou a forma de sua apresentação como por

exemplo, pela imprecisão, falta de amor ou teimosia, não sustentaria seu

trabalho.

A forma breve e concisa com a qual o terapeuta pergunta pela intenção, pelo

problema, pela necessidade emergente ou pelo benefício que se espera do

trabalho estimula o cliente a responder de forma igualmente breve e concisa.

A montagem de uma constelação não se fixa em um problema ou em um sintoma

a resolver, mas se concentra naquilo que precisa ficar em ordem, em paz ou em

sintonia numa alma. É daí que nasce aquilo que libera, e talvez resida aí também

a solução para o problema apresentado ou algo que aja curativamente sobre

algum sintoma (Schneider,2001)

Portanto, vale a pena dedicar uma grande atenção ao início do processo. É,

porém, igualmente importante, na busca da solução, que o terapeuta não se

deixe prender o confinar pelo desejo que o cliente manifestou e pelas primeiras

informações que prestou (Schneider,2001).

A coragem do terapeuta em encarar qualquer tipo de problema estimula a

confiança do cliente, e sua disposição de deixar-se conduzir pela força e pelo

amor que atua no sistema familiar incentiva a abertura da alma que se manifesta

através do cliente (Schneider (2001)

O processo da informação para conduzir uma constelação familiar poucas

informações são necessárias.

O que se requer são os acontecimentos e destinos numa família, não a

caracterização de pessoas ou a descrição de vivências pessoais - se bem que

uma vivência, narrada em poucas palavras, possa eventualmente abrir caminho

para o conhecimento de um importante acontecimento familiar.

A constelação familiar é um método terapêutico que visa descobrir os efeitos de

acontecimentos e de destinos (Schneider,2001).

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Que informações são importantes para esse trabalho? Uma primeira pergunta

diz respeito às pessoas que pertencem ao sistema. Estas são: irmãos, pai, mãe,

eventuais parceiros anteriores dos pais, meios-irmãos, tios e tias, avós e seus

eventuais parceiros anteriores, meios-irmãos dos pais; às vezes, também um ou

outro dos irmãos de avós e bisavós, quando afetados por um destino impactante.

São pertencentes tanto os vivos como os mortos, até onde habitualmente

alcança a memória da família

Ao indagar pelas informações, o terapeuta deve distinguir entre dois tipos de

acontecimentos: aqueles que pertencem antes ao domínio dos ressentimentos

pessoais (por exemplo, uma separação prematura entre a criança pequena e

sua mãe), e aqueles que são sistémicos e por isso especialmente relevantes

para a constelação familiar

O incômodo faz com que o cliente olhe para algo. Geralmente, é algo que foi

excluído ou rejeitado.

Critérios para o trabalho sistêmico são, por exemplo: a pessoa se experimenta

como se fosse teleguiada, e de algum modo não está presente a si mesma; não

conhece e não encontra seu lugar na vida; ao apresentar-se, dá a impressão de

estar meio ofuscada, inapropriada, contraditória ou enredada; dá a impressão de

estar presa ao problema e de ter permanecido magicamente num cego amor

infantil; existem na pessoa ou em sua família destinos pesados como mortes

prematuras, suicídios, acidentes frequentes, psicoses, etc. (Schneider,2001).

Há tensão. Quando as dinâmicas do tema do cliente vêm à tona.

Ele entra em contato com aquilo que atua em si mesmo, e a partir daí há uma

nova responsabilidade. Algo se transforma.

Todos que participam deste campo, inclusive aqueles que não constelam um

tema são trabalhados. Todo tem a chance de descobrir novas possibilidades,

insights e caminhos para a sua vida.

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Pode ser que isso ocorra a partir de um tema pessoal que foi trabalhado ou pode

ser que ocorra a partir da participação do tema de uma outra pessoa. Pode ser

que aconteça

Assim, esta abertura começa com o terapeuta, que dá espaço a todos no

movimento da sua própria alma, sem fazer qualquer diferença, mas

especialmente àqueles que foram excluídos, esquecidos, desvalorizados e

repudiados.

De acordo com Schneider (2001) as informações recolhidas para a constelação

familiar visam responder às seguintes perguntas: Quem falta e precisa ser

acolhido, para que algo se resolva no sistema? Quem está sendo atraído para

fora de um sistema, e para onde está sendo atraído?

De quem quer afastar-se ou em lugar de quem deseja partir é preciso deixar

partir, para que os outros do sistema possam ficar?

Quem talvez possa deter a dinâmica de partir e morrer, caso seja considerado

e seu amor seja recebido?

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Que destino pressiona para ser repetido através de uma compensação funesta,

de modo que uma pessoa só se sente ligada a outra se não estiver melhor do

que ela?

Que destino pressiona para ser repetido porque foi encoberto e deseja vir à não

foi honrado e quer ser reconhecido?

Quem foi, através de seu destino, arrancado da vida de forma a parecer

"incompleto", e talvez precise ser consumado através de outros?

Que pessoas, vivas ou mortas, não puderam despedir-se, que vítima não foi

reconhecida, e pressiona para que um póstero se assemelhe a ela?

Lista das qualidades do terapeuta Empatia, desde que não seja sentindo que o

outro sente, de se afundar junto.

• Se quiser ajudar da maneira certa fica no seu barco quieto e não entre no

barco de quem está afundando.

• Saber escutar.

• Paciência, reconhecer o tempo dos outros que é diferente do tempo do

terapeuta.

• Assertividade, compromisso pela verdade.

• Compaixão, amor – é olhar sem tirar os olhos, mas ao mesmo tempo não

se deixando levar pela emoção.

• Autoconhecimento.

• Não julgamento.

• Ser amoroso.

• Não interpretar, não adivinhar.

• Ser neutro, não tomar partido.

• Ter respeito.

• Saber quando não pode fazer algo.

• Sensibilidade.

• Consciência.

• Tranquilidade.

• Sentido de observar a unidade que o outro é.

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• Compreensão.

• Responsabilidade no seu trabalho Disponibilidade do terapeuta.

• Capacidade ampliada de observação.

• Possibilidade do terapeuta de atender além do paciente que está ali.

• Humildade.

• Consciência do seu limite.

• Ver o homem nas dimensões do corpo, mente e espírito. Terapeuta como

instrumento de ajuda

• estar presente.

• Estar aberto ao novo.

• Disponibilidade de não saber.

• Deixar-se guiar-se pelo inconsciente, sistema do outro.

• Capacidade de focar o essencial.

• Ser flexível.

• Atenção no sentir e não no pensar.

• Distanciamento para não se envolver nos problemas do outro.

• Intuição.

Não se deixar levar pelo que a pessoa conta, porque conta a história como ela

vivia ou está vivendo, porque não consegue sair, não é a história verdadeira, não

porque mente, mas porque não está consciente. A visão não é clara porque está

emaranhada, a necessidade da sobrevivência, o amor de vínculo.

Ela faz tudo pela família.

No instinto inconsciente de reconciliar algo na família, sentem-se bem com isso,

não consegue sair porque se sentiria infiel a família. “Quando alguém para no

caminho e não quer avançar, o problema não está no saber. Ele busca

segurança quando é preciso coragem, e quer liberdade quando o certo não lhe

deixa escolha. Assim, fica dando voltas. ”Bert Hellinger”

Assim, as Constelações Familiares exigem um movimento da alma que está para

além de todas as questões de método do terapeuta, um movimento para uma

maior abertura e abrangência.

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Sob esta perspectiva, as mudanças inspiradas ao longo dos anos por Bert

Hellinger não são, nem mais nem menos, do que um movimento cada vez mais

amplo e profundo da alma que integra cada vez mais sem operar diferenças.

O risco que se corre com isso é que as informações nos levem a desviar da

dinâmica autêntica que se manifesta no processo da constelação ou que este

fique sobrecarregado com as informações previamente recolhidas.

No início havia o movimento de olhar apenas para o cliente para ver toda a

família, rapidamente então, para além da família, o olhar passou a dirigir-se

àqueles com quem não se está relacionado por laços de sangue e

posteriormente mesmo até para os inimigos, tiranos e assassinos em massa,

com a mesma abertura em relação ao bem e ao mal, para finalmente alcançar o

que Hellinger chama “espírito-mente”.

SOMOS SERES RELACIONAIS

Bert Hellinger e o surpreendente efeito de aceitar “tudo que me lamento, queixo

ou acuso”

Tudo aquilo de que me lamento ou queixo, quero excluir “, segundo Hellinger.

A frase é o início de um texto que segue abaixo sobre um tipo de postura ou

atitude psíquica reativa diante de algo ou alguém. Diante do mundo,

basicamente.

Hellinger é um estudioso e um experimentador nato, um psicoterapeuta que une

um lado poderoso da observação e da capacidade de compreensão com a

experiência aberta e comprometida com a verdade, então não é uma atitude

muito prudente simplesmente negar essas afirmações sem uma reflexão séria.

E partindo do princípio que todos nós já nos lamentamos, criticamos ou nos

queixamos de alguma coisa ou de alguém, ou que podemos estar fazendo isso

Page 98: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

98

com certo engajamento, pode ser interessante entender o que esse curador

veterano tem a dizer sobre a dimensão mais profunda dessa atitude.

Mais interessante que isso pode ser considerar a sugestão de Hellinger: integrar

o que se rejeita. Fazer isso é acolher a própria sombra, reconhecer o que

tivemos alienando em nós mesmos há muito tempo, e assim uma libertação —

de nós mesmos e de todos os outros.

Não é fácil, pois a tarefa de acusar e criticar é, em si mesma, um mecanismo de

não ver e de continuar não vendo (vemos nos outros). Mas a frase inicial tem um

poder especial, que talvez suscite uma curiosidade em nossa consciência,

de talvez aceitá-la, de talvez pesquisá-la, de talvez experimentá-la.

“Tudo aquilo de que me lamento ou queixo, quero excluir. Tudo aquilo a que

aponto um dedo acusador, quero excluir. A toda a pessoa que desperte a minha

dor, estou a excluí-la.

Cada situação em que me sinta culpado, estou a excluí-la.

E desta forma vou ficando cada vez mais empobrecido.

O caminho inverso seria: a tudo de que me queixo, fito e digo: sim, assim

aconteceu e integro-o em mim, com todo o desafio que para mim isso representa.

E afirmo: irei fazer algo com o que me aconteceu.

Seja o que for que me tenha acontecido, tomo-o como a uma fonte de força.

É surpreendente o efeito que se pode observar neste âmbito.

Quando integro aquilo que antes tinha rejeitado, ou quando integro aquilo que é

doloroso para mim, ou que produz sentimento de culpa, ou o que quer que me

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leve a sentir que estou a ser tratado de forma injusta, o que quer que seja…

quando tento incorporar tudo isso, nem tudo cabe em mim.

Algo fica do lado de fora. Ao consentir plenamente, somente a força é

internalizada. Tudo o resto fica de fora sem me contaminar.

Ao invés, desinfeta, purifica-me. A escória fica de fora, as brasas penetram no

coração.”

Sistema atual ou sistema de origem? Para um esclarecimento talvez necessário:

família de origem é a família onde alguém é filho, e família atual é aquela onde

alguém é marido ou mulher, pai ou mãe.

Que sistema o terapeuta deve pedir que o cliente coloque? (No presente

contexto e tio que vem a seguir falo sempre de sistemas familiares, sem entrar

nas características metodológicas do trabalho com outros sistemas de relações

como são, por exemplo, uma empresa ou uma equipe).

A resposta à pergunta acima depende muitas vezes diretamente da intenção

expressa pelo cliente, por exemplo, a solução para uma briga séria com uma

irmã ou uma ajuda para permanecer com o parceiro (Schneider,2001).

Frequentemente convém inserir algo do sistema de origem na constelação de

um sistema atual, porque muitos conflitos de casais e de famílias decorrem de

emaranhamentos nas famílias de origem.

Talvez seja preciso que se solte um movimento interrompido em direção à mãe

para que alguém aceite a proximidade do parceiro, ou que alguém se despeça

de uma noiva do pai ou de uma avó que foi tratada injustamente, para que passe

a olhar o parceiro sem mistura de sentimentos estranhos.

Quando, porém, existem graves ofensas ou acontecimentos entre o casal ou na

família atual (por exemplo, morte ou exclusão de um filho, ou violência), ou

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quando o sistema atual é muito complexo, provavelmente será preciso, para

esclarecer o que nele se passa, renunciar temporariamente a abordar os

emaranhamentos do sistema de origem (Schneider, 2001)

A escolha dos representantes Bert Hellinger

Uma constelação começa com a escolha dos representantes. Ela deve ser feita

num único fluxo, sem predeterminação de pessoas e sem critérios quando o

cliente valoriza determinadas características das pessoas que quer escolher, ele

prende a alma. A vantagem de trabalhar com representantes consiste

justamente em que eles não se assemelham aos membros da família e aquilo

que sentem não depende de qualquer caracterização ou indicação prévia. Desta

maneira, podem sentir coisas essenciais que na própria família, devido ao

excesso de informações e à grande proximidade, não podem ser percebidas. O

essencial é liberado pelo acaso, e este não se prende a nossos laços pessoais

(Schneider, 2001).

É conveniente que a pessoa que coloca sua família escolha ela própria os

representantes, pois através dessa escolha ela já introduz no processo a busca

e a força de sua alma. Quando, no decurso de uma constelação, é preciso

introduzir outras pessoas, o próprio terapeuta, para agilizar o processo, pode

escolher os representantes. O "campo" da constelação já começa a ser

estruturado com a escolha e a introdução das pessoas. Como regra geral, devem

ser colocadas apenas as pessoas que sejam claramente necessárias, mas isso

irá depender, das dimensões do sistema a ser colocado e do problema a ser

resolvido. É melhor incluir posteriormente outras pessoas na constelação do que

sobrecarregá-la ou bloqueá-la. Quando os sistemas familiares são muito

complexos, o terapeuta começa apenas com os membros que pertencem

imediatamente à família do interessado e eventualmente com os "anteriores".

O processo da colocação De acordo com Schneider (2001) a pessoa que coloca

seu sistema deve fazê-lo sem se preocupar com épocas e com razões, e sem

uma imagem preconcebida

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Se for perguntado se a família deve ser colocada como é atualmente ou corno

era antes, o terapeuta não deve entrar na questão, mas acentuar a necessidade

de uma "ausência de tempo" na colocação. Pertence à essência da alma, e,

portanto, também de uma constelação, que sua dinâmica não está confinada a

um tempo determinado. Vivos e mortos estão presentes da mesma forma, e

frequentemente não sabemos que acontecimentos e que destinos ainda estão

atuando numa família. Na maioria dos casos, as pessoas colocam a família

"corretamente", sem que o terapeuta precise dizer ou explicar muita coisa.

Às vezes, é preciso dar algumas indicações introdutórias como, por exemplo:

"Coloque sem preocupação de ordem temporal, sem buscar razões, sem

imagem preconcebida. Posicione as pessoas em relação umas com as outras,

da forma como a família é. Aja de acordo o seu sentimento e confie em seu

coração e em sua alma.

Talvez seja preciso ainda dizer algo sobre a maneira de posicionar, como:

"Segure as pessoas, de preferência com ambas as mãos, pelos braços ou pelos

ombros, de frente ou de costas, e coloque-as silenciosamente em seu lugar, sem

configurar posturas e sem dar instruções” (Schneider,2001)

Então o terapeuta se retira, deixa com o interessado o processo da colocação e

confia-se à própria percepção do que acontece. Ele toma atenção para que a

pessoa configure o sistema com cuidado e amor e para que, desde o início, as

forças do campo possam manifestar-se através da "força" da constelação

A reação de atenção ou de intranquilidade no grupo indica rapidamente se o

tema de uma constelação é importante e se a pessoa que a coloca está

realmente envolvida (Schneider,2001).

Quando alguém coloca sem amor sua família, esquece de posicionar pessoas,

assegura que já estão certas no lugar onde por acaso ficaram depois de

escolhidas, talvez não seja ainda o momento certo para colocar o sistema, ou o

sistema escolhido não seja o adequado. Talvez a lealdade a um membro da

família ou a falta de alguém, por insuficiência de informação, esteja bloqueando

a constelação.

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Deixar agir a imagem que foi colocada quando a pessoa, com o auxílio dos

representantes, acabou de configurar o sistema das relações familiares, ela se

senta, de modo a poder acompanhar bem o que acontece na representação.

Também o terapeuta se senta ou se afasta do campo da constelação. Começa

uma fase mais ou menos longa de silêncio, em que os representantes entram

em contato com seus sentimentos e se concentram no que emerge neles. O

terapeuta se deixa impressionar pela imagem que foi colocada.

Em termos mais precisos, deixa que esse campo ou a alma da família que foi

colocada produza uma impressão sobre ele. Sem se prender aos detalhes,

percebe as primeiras reações, frequentemente sutis, dos representantes, os

impulsos de se movimentar, os movimentos corporais intranquilos, as mudanças

na direção do olhar para outros membros da família, um olhar para o chão, para

o céu ou para longe. Ao mesmo tempo, o terapeuta fica atento às próprias

reações internas, às vezes também corporais, às "imagens" que afloram nele,

àquilo que nele fulgura com uma primeira "verdade" (no sentido de um

desvendamento). Ele se deixa tocar pelo sistema representado ou pela alma da

família. Na medida do possível, "esvazia-se" e deixa-se comover por aquilo que

vê e que o toca. Este é, muitas vezes, o momento mais difícil para um terapeuta,

pois nesse ponto ele nada pode fazer, nem sabe para onde o conduzirá a

dinâmica da constelação. Talvez seja tentado a formular pensamentos, a

compatibilizar a imagem com as informações que já possui ou a refletir como irá

proceder.

Talvez se coloque sob pressão, como se passasse a depender dele o sucesso

ou o insucesso da constelação. Talvez também fique com medo diante do que

possa surgir ou não surgir, ou então se entregue a uma segurança precipitada

sobre a forma de achar logo uma solução. Porém o que importa agora é aquilo

que Bert Hellinger chama de olhar fenomenológico: um olhar "sem saber", "sem

intenção", "sem medo".

Este é também um momento profundo de participação naquilo que muitas vezes

toca uma família no mais íntimo; o olhar e a percepção do terapeuta (e dos

representantes) são acompanhados de respeito e gratidão por poder participar.

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Esse primeiro momento silencioso de uma constelação, antes que os

representantes comecem a ser interrogados, é de grande importância.

Ele é necessário para que se tome consciência daquilo que a alma do grupo está

disposta a manifestar. Quanto tempo deve durar esse silêncio, é algo que o

terapeuta geralmente percebe com muita precisão. O silêncio é sustentado por

uma força que vai se construindo, por uma tensão e, às vezes, por uma profunda

comoção, que vem à tona durante a representação e mobiliza o terapeuta e o

grupo.

Quando o terapeuta começa a fazer perguntas cedo demais, o fator que mobiliza

não pode desenvolver-se e o processo da constelação fica superficial ou torna-

se cansativo. Frequentemente o terapeuta não confia no próprio olhar e por

conseguinte "necessita" dos representantes e do que eles dizem.

Isto, porém, pode sepultar a confiança, no terapeuta.

Isso acontece principalmente quando ainda não foram colocadas pessoas

decisivas para a dinâmica familiar ou faltam informações importantes.

Assim, o terapeuta não deve se deixar perturbar ou desencorajar quando a

imagem de uma constelação não apresenta inicialmente profundidade.

As perguntas aos representantes

Talvez seja necessário, sobretudo se os representantes ainda não conhecem o

trabalho, que o terapeuta os incentive a confiar no que sentem e a comunicá-lo

abertamente, sem qualquer tipo de consideração.

Acontece ainda, com frequência, que os representantes não expressem o que

estão sentindo, mas relatem o que estão vendo, ficando presos à superficialidade

do olhar e à simples descrição de sua posição.

Isto também é geralmente fácil de corrigir através de uma breve advertência

quanto ao serviço que se espera do representante numa constelação

quem é interrogado primeiro pelo terapeuta? Se o início da constelação ainda

mostra pouca dinâmica, ele começa habitualmente pelo pai e pela mãe,

passando depois para os filhos. Se, porém, logo ao começar, se manifesta num

representante alguma reação nítida, o terapeuta acompanha essa dinâmica com

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suas perguntas e aborda os representantes que nela estejam claramente

envolvidos. Se ele o fizer, acompanhará a força e o fluxo de energia da

constelação. Se não o fizer, com a continuação das perguntas a força se dissipa,

pelo menos inicialmente. Caso se evidencie depois que seguir a primeira

dinâmica não leva à solução e até mesmo desorienta, isso poderá ser corrigido

no decorrer do trabalho. Quando um representante mostra um forte sentimento

ou uma espontânea reação física, o terapeuta fica nessa reação não verbal, ao

invés de tirar dela o representante incentivando-o a descrevê-la. Com efeito, o

que interessa não são tanto as palavras, mas a revelação da dinâmica profunda

da alma numa família. Um dos principais efeitos de uma constelação para a

solução de problemas do cliente reside no fato de ele identificar a si mesmo e a

própria família nas reações dos representantes.

Assim, embora acompanhando de fora, ele vibra em sintonia com o processo da

constelação.

A DESCOBERTA DA DINÂMICA FAMILIAR

O cerne de todo trabalho com constelações consiste em acompanhar as reações

dos representantes e aquilo que o terapeuta "vê" e sente, e em fazer as

correspondentes alterações e complementações no contexto dos

relacionamentos.

Nesse trabalho se mostra, passo a passo, o que aflige a alma do grupo e a

mantém no destino funesto, bem como o que pode desfazer o emaranhamento

ou levar a uma solução final os processos inconclusos numa família pelo amor,

pela força e verdade do próprio sistema. Elas apontam para uma variedade de

processos na alma, que aqui apenas pode ser esboçada. Que indicações para

o processo na alma do grupo se depreendem imediatamente da imagem que foi

colocada? Por exemplo, de um olhar para o chão ou do tremor no corpo de algum

representante? A primeira imagem colocada é a base de tudo o mais e a

conexão.

Ordenar pessoas de acordo com a hierarquia dentro de um sistema ou a

precedência do novo sistema, quando houver vários....

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105

Colocar pessoas deitadas (em acidentes fatais de grande importância no

destino) e fazer com que outras se deitem ao seu lado, abraçar-se, fazer uma

inclinação ou reverência. Olhar pessoas nos olhos; dizer frases que trazem à luz

e nomeiam algo oculto e que atuam de forma liberadora e curativa.

Depois de fazer ou deixar fazer tais alterações na posição e na postura dos

representantes, o terapeuta, após um adequado tempo de sensibilização,

verifica, com novas perguntas aos envolvidos, o efeito dessas alterações.

Assim se desenvolve, passo a passo, um processo que revela, no decorrer da

constelação, os eventos anímicos que enredam e que liberam, e possibilita a sua

compreensão. No processo de descoberta e de solução é preciso observar

algumas coisas: O terapeuta não pode seguir todas as dinâmicas do sistema.

Precisa limitar-se ao que na representação se revela como essencial e que é

mais eficaz em relação ao desejo manifestado pelo cliente.

Assim, o terapeuta se concentra na procura da solução sistêmica que é

especialmente importante para o cliente, renunciando a encontrar uma boa

solução para todos os envolvidos no sistema, por exemplo, para todos os irmãos.

NO MOMENTO QUE VOCE LIDA COM O DESTINO PODEMOS NOS ABRIR A

MUDANÇAS

Os vínculos do destino são vínculos de amor. Entretanto, ao tornar-se

consciente, o mesmo amor que leva à doença pode também desfazer os laços

que nos prendem a destinos funestos.

É exatamente nesse momento que o olhar fenomenológico dá lugar ao

pensamento sistêmico e o Profissional que atua com as Constelações

Familiares, pode dar lugar para seus conhecimentos sobre os processos.

Ao fazer isso, entende que o cliente não está ali apenas por ele e sim trazendo

consigo todo o seu Sistema Familiar, pais, avós, bisavós, trisavós e todos os

outros, além de irmãos e todos os parentes.

Assim, o profissional bem formado, escuta de forma ativa, ética, respeitosa e

sobretudo calcada na humildade

E somos juntos assim se alinha e entra em conexão com o campo mórfico.

Page 106: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

106

Perante o sistema que se apresenta a nós de modo único, nessa única

oportunidade no tempo, pois, o sistema não é algo fixo e imutável, é algo que

sempre busca o equilíbrio, mas jamais alcançando.

Sendo que desse modo a perfeição está em seu movimento em favor da vida,

que segue além das vidas individuais de cada um de seus elementos, mas em

favor de seu direito de pertencer, ser honrada e não permanecer com injustiças

que causaram desequilíbrios, separações e exclusões e dá um lugar para todos

do sistema e como diz Bert Hellinger, no livro ordens da ajuda.

QUÃO POUCO LIVRE SOMOS

Assim, o mestre Bert Hellinger chamou essas leis universais que regem os

sistemas e nossa vida.

Pois, ele observou que essas três leis coexistem e atuam ao mesmo tempo,

mesmo que não haja consentimento prévio das pessoas.

Essas leis naturais acontecem e muitas vezes nós nem sabemos de sua

existência ou mesmo de seu conteúdo.

Essas leis ficam em ação, atuando para que haja harmonia e a sobrevivência do

sistema aconteça, por isso mesmo, é importante que nós as respeitemos, assim

evitaremos desordens no sistema, que são os tristes e penosos

emaranhamentos sistêmicos.

AS 3 LEIS:

Hierarquia e Ordem,

Pertencimento

Equilíbrio

REVIVEMOS SEM O NOSSO CONHECIMENTO OU VONTADE UMA ESPÉCIE

DE REPETIÇÃO COMPULSIVA

DESTINOS PASSADOS SITUAÇÃO FUNESTAS E SITUAÇÕES NÃO

RESOLVIDOS EMPATIA SISTÊMICA

Page 107: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

107

Uma postura de extrema importância quando em uma escuta no processo de

Constelação Familiar é que costumamos nos colocar como defensores do nosso

cliente, desse modo, quando ele se refere à outras pessoas do sistema e explica

como elas são inadequadas, ou erradas, ou com as mais diversas características

que julgamos negativas.

Muitos profissionais concordam com o cliente e empatizam com ele, pois sentem

suas dificuldades, inúmeras vezes inclusive sentem pena.

Porém, ao entrar nessa empatia com o cliente, passa a estar a serviço da

desunião e rompimento de relações do sistema

A tentativa de apreender completamente os processos da alma tira força e

eficiência das constelações e das soluções. Um perigo igualmente importante é

a tentativa de enquadrar as constelações e seus processos em esquemas

lógicos e explicações de causa e efeito.

O objetivo é esclarecer, não explicar. Bert Hellinger menciona com frequência as

palavras de Werner Heisenberg que, interrogado sobre qual seria o contrário da

clareza, respondeu: "A exatidão". Uma constelação precisa ser clara, mas não

exata.

Como método sistêmico, o trabalho da constelação ganha sua realidade a partir

de uma totalidade maior que não podemos desvendar completamente, mas da

qual somente podemos participar.

ORDENANDO O SISTEMA

Uma nova ordenação mais interna, que resulta das frases e dos gestos trocados

entre as pessoas certamente permitem muitas variações de posicionamento.

Os filhos ficam de frente para os pais. Os filhos são ordenados entre si de acordo

com a hierarquia de origem, isto é, primeiro o mais velho, em seguida o segundo,

e assim por diante. A hierarquia de origem se mostra na imagem da solução, no

sentido horário. Entre os pais, ocupa o primeiro lugar (a direita) o que tem maior

Page 108: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

108

responsabilidade quanto à segurança da família ou que, por sua família de

origem, tem um peso especial no que toca ao destino ou aos bens, ou ainda que

já possui filhos de um relacionamento anterior.

Às vezes, os filhos necessitam da segurança de um dos pais, por exemplo,

quando o outro está em risco de suicídio. Nesse caso os filhos ficam

imediatamente ao lado do progenitor que lhes proporciona segurança. Na

separação dos pais, o lugar dos filhos é frequentemente entre ambos.

Entre os pais, o primeiro lugar cabe àquele que permaneceu em casa.

Às vezes, os pais precisam ser fortalecidos por seus antepassados, sobretudo

quando estes morreram prematuramente.

Pode-se então colocar, por trás dos pais, os avós e às vezes também outros

antepassados. Por vezes, uma fila de pais ou irmãos ou outros parentes já

falecidos, junto a um ou a ambos os pais, tem um sentido liberador, sobretudo

quando uma corrente de amor interrompida quer voltar a fluir e pessoas que

antes não foram consideradas ainda precisam manter, por algum tempo, um

lugar junto aos vivos. Tendência de abandonar a família. Isto se mostra na

constelação, na medida em que essa pessoa é afastada ou levada para fora do

recinto, de forma a aliviar o sistema. Outras pessoas que sintam vontade de ir

embora devem ser viradas para fora.

Com frequência, porém, elas devem ser novamente viradas para dentro na

imagem da solução, de forma a poderem participar melhor, mesmo que sintam

impulso de ir embora. Isto é mais fácil de se fazer quando ficou claro quem é que

elas querem seguir e, após um processo de solução, ambos podem ser virados

de novo para dentro do sistema.

Crianças abortadas, de forma espontânea ou voluntária, geralmente não são

colocadas na fila dos irmãos.

Um saber claro sobre a ordem liberadora na imagem da solução facilita muito o

terapeuta. Os representantes não podem encontrar por si mesmos a ordem que

libera porque, como já foi mencionado, eles estão no sistema.

Quando, porém, ficam na nova ordem, percebem muito bem se ela é boa ou não.

Se não se sentem bem é preciso geralmente "melhorar" alguma coisa no

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109

processo e na imagem da solução. Para a ordenação existe ainda uma regra

geral, além dos critérios anteriormente mencionados: quanto mais simples forem

as alterações e quanto mais conectadas à primeira imagem do sistema, tanto

melhor. Assim, nem toda constelação precisa ser completamente ordenada,

e nem sempre é importante qual dos pais fica à direita ou à esquerda.Entretanto,

de modo geral, é justamente a imagem da solução que guarda na memória uma

força liberadora de largo alcance. Assim, vale a pena cuidar que ela seja

ordenada de uma forma certa e liberadora.

A CONSTELAÇÕES NOS MOSTRA ISSO DENTRO DO CAMPO DAS

PSICOTERAPIAS

A atitude fenomenológica nos ensina que devemos ir ao encontro aberto para

conhecer um Ser num Sistema que desconhecemos, e que apesar de haver leis

que regem esse sistema, não devemos aplicá-las até que nos encontremos com

esse Ser que faz parte desse Sistema único e pessoal.

Com essa atitude respeitamos nosso cliente e podemos assim, auxiliá-lo de

forma efetiva.

A partir do conhecimento desse mundo, naturalmente o que sabemos se mostra,

e com nosso conhecimento podemos possibilitar a ampliação da Consciência de

nosso cliente e obviamente também a nossa, pois tudo o que se mostra é

inteiramente novo.

Não precisamos fazer operações mentais para isso, acontece praticamente no

automático. Se nosso cérebro tem essa capacidade, imagine se ao conhecermos

uma pessoa nova, nossa mente busca as similaridades com aquilo que é

conhecido e de uma forma também não consciente, podemos estar nos

relacionando com uma pessoa que conhecemos agora, mas através de

semelhanças dela e isso pode ser pela parte física, pela voz, pelo olhar, pelo

toque, pela maneira de falar, pelo timbre da voz

Ouvir e Escutar são a mesma coisa?

Posso responder com toda a convicção que não.

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110

Ao realmente escutar escutamos não apenas com nossos ouvidos, mas com os

olhos, com o corpo, com nossa atenção mental e nos conectamos com o outro.

Evitamos também interferir na fala, nos abrindo completamente ao que ele fala.

IGNORAR – Não escutar

• ESCUTA FALSA – Fingir que está escutando

• ESCUTA SELETIVA – Escuta apenas aquilo que corresponde às suas

próprias ideias

• ESCUTA ATENTA – Focada naquilo que é falado

• ESCUTA EMPÁTICA – Escuta em que se coloca no lugar do outro e

consegue escutar com todos os sentidos.

• Completo, a ESCUTA SISTÊMICA, como a escuta que vai além daquilo

que é falado, onde o ouvinte se conecta com todo o Sistema do Cliente e

passa a ter acesso ao campo de informações que dará origem à

Visualização Sistêmica.

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111

A INTRODUÇÃO DO CLIENTE NA CONSTELAÇÃO

Assim, quando o sistema já está mais ou menos ordenado e a dinâmica mais

profunda foi esclarecida, a pessoa interessada é colocada diante do pai, da mãe

ou de outras pessoas, para fazer ou dizer algo que a desprende de um destino

alheio e faz com que ela tome e deixe fluir o amor, com os olhos abertos.

Entretanto, o terapeuta precisa sentir que a pessoa foi tocada pelo que acontece

na representação.

Quando os representantes estão muito emocionados e foram tomados a serviço

de assuntos funestos, muitas vezes é bom percorrer com eles os passos da

solução. Pois a pessoa interessada também está acompanhando de fora com

seu sentimento e é mais fácil para o representante sair do seu papel quando

pôde vivenciar não apenas o peso, mas também o alívio.

Já o cliente pode assumir o peso com mais facilidade, porque é algo que lhe

pertence, o que não sucede com seu representante.

E o cliente terá tempo, em seu dia a dia, para o processo liberador e para seu

aprofundamento, enquanto o representante será retirado do processo ainda no

decurso da constelação.

Existem constelações onde o representante da pessoa interessada está pouco

tocado, embora o próprio terapeuta o esteja.

A pessoa que coloca sua família não é introduzida desde o início na constelação

porque ela própria não percebe a dinâmica oculta em sua família caso contrário,

não necessitaria desse processo.

Por esta razão, ela só entra em cena quando a dinâmica da família foi

esclarecida.

Isto vale sobretudo quando a pessoa está enredada.

O filho se recusa a fazer tal movimento, rejeitando os pais com arrogância.

Nesses casos, pode ser conveniente colocar representantes apenas para a

mãe ou o pai, e trabalhar desde o início com a própria pessoa interessada.

Page 112: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

112

A IMAGEM DA SOLUÇÃO

Muitas vezes, uma respiração profunda e um visível alívio percorrem toda a

família colocada. As fisionomias estão claras e abertas e, às vezes, realmente

irradiantes.

A imagem da solução, quando é vivenciada como verdadeira e liberadora, tem

para a pessoa envolvida uma grande força, que estrutura sua vida. a imagem da

constelação conduz a alma, como um guia, através das dificuldades.

Mas se alguém pergunta: "o que faço agora com essa imagem da solução?", isto

revela que a constelação (ainda) não moveu coisa alguma na alma, seja porque

essa imagem não pode ser assumida, seja porque não tocou em profundidade a

alma do grupo familiar.

Alguns participantes pedem a outros que anotem a constelação e escrevam as

frases, porque temem que o importante se perca.

Entretanto, esse direcionamento interior para "possuir" a imagem de uma

constelação fecha a alma. Quando uma constelação toca a alma ela também faz

efeito, justamente porque a pessoa se entrega ao que vivencia, sem uma

preocupação dispersiva sobre seu efeito no futuro.

Uma imagem de solução, assim como a própria constelação, não precisa ser

completa. a solução colocada peio terapeuta não é aceita pelos representantes

ou mesmo pela pessoa interessada falta ainda alguma informação, não foi

considerado no processo da solução.

Se aparecem indícios nesse sentido, é preciso completar o trabalho. O terapeuta

precisa suportar isso e permanecer interiormente conectado com a solução,

mesmo que ela não tenha se manifestado.

O que atua na alma realmente atua através de imagens, mas não consiste em

imagens.

O essencial é antes invisível.

A ressonância com a alma pode de fato instalar-se por meio da imagem, mas

frequentemente só vibra com as palavras que atingem e liberam.

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113

AS FRASES LIBERTADORAS

O essencial é que elas resultem do processo da constelação e sejam adequadas.

Elas surgem da compreensão dos processos profundos da alma numa família.

Com frequência elas ocorrem simplesmente ao terapeuta ou aos representantes

quando eles se abrem aos acontecimentos familiares e quando a alma do grupo

está preparada para uma solução.

Elas dão expressão ao vínculo e à solução, tocam e comovem a alma.

Nas constelações utilizamos duas espécies de frases de solução: as que

descobrem um vínculo de destino e as que desatam um vínculo de destino.

As frases descobridoras têm um efeito liberador, o vínculo de destino que até

agora determinou a vida .

As frases que liberam proporcionam ao amor a conversão para o domínio aberto

da vida.

Elas honram o destino das pessoas conectadas, contemplam seu amor e deixam

o destino com aqueles que o devem carregar -- e geralmente já o carregaram

Assim, uma filha poderia dizer à noiva abandonada por seu pai: "

Vejo sua dor, mas não posso tirá-la de você; tenho que deixar sua dor e sua

raiva com você e com papai. Seja bondosa comigo se eu deixo você, fico com

minha mãe e conservo meu namorado".

As frases liberadoras só funcionam em confronto com a pessoa a quem alguém

está vinculado.

É preciso ficar atento para que as pessoas envolvidas realmente entrem em

ligação recíproca.

Só então as frases se comunicam, como que espontaneamente, e podem

desenvolver todo o seu efeito.

Mantenha o contato do olhar com a pessoa com a qual está envolvida pelo

destino, pois com frequência ela procura desviar o olhar e com isso conservar

os sentimentos que mantêm o enredamento.

Da mesma forma, o terapeuta fica atento, na repetição das frases da solução, à

adequação da voz e à sua força liberadora, de modo que também a pessoa a

quem se dirige e todo o grupo se convençam do passo liberador.

Page 114: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

114

É essencial que a pessoa envolvida possa pegar as frases e vivenciá-las de

maneira adequada e liberadora.

Quando uma confrontação não liberta do emaranhamento, frequentemente há

outras pessoas no sistema que precisam primeiro liberar algo entre si. Portanto,

durante as frases de solução não se deve olhar apenas a pessoa envolvida, mas

manter presente todo o sistema.

Elas fazem vibrar as imagens da alma".

Mas as frases não se vinculam necessariamente às imagens da constelação

A alma é tocada através das palavras.

Está longe de ser uma técnica de transmissão de informações

Rituais nas constelações

É um procedimento repetido da mesma forma, associa-se às dimensões mais

profundas da realidade. Não podem, sem perder seu sentido, ser transmitidas

pela simples linguagem.

A reverência

A pessoa que coloca sua família inclina-se diante de seus pais. Ela se inclina

diante do destino que atua em sua família e das pessoas que carregam esse

destino. A reverência é entendida de modo mais amplo do que a inclinação

profunda.

Na inclinação profunda, muitas vezes até o chão, uma pessoa deixa cair a

presunção, sobretudo em face do pai ou da mãe.

Tal gesto é indicado quando alguém permanece na recusa de se mover em

direção aos pais, fez-lhes graves acusações ou talvez mesmo cometeu atos

contra eles.

Mesmo quando alguém, por amor ou orgulho, se coloca acima dos pais e com

isso os perdeu internamente e às vezes também externamente, a inclinação

profunda libera.

Esse gesto restabelece o desnível entre os pais e o filho e é muitas vezes a

condição para que o amor volte a fluir.

A inclinação profunda leva uma pessoa a lágrimas abundantes, nas quais a

compulsão da presunção e talvez também a culpa podem se dissolver.

Uma inclinação profunda, feita com o devido sentimento, sempre libera, mesmo

que nem sempre seja aceita pela outra pessoa

Page 115: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

115

Se é grande a resistência contra a inclinação, pode-se pedir ao representante

que a faça em lugar da pessoa envolvida. Isto muitas vezes produz um efeito

ainda maior. O representante pode entregar-se mais facilmente ao que acontece.

Nele, e no efeito sobre ele, costuma ser mais fácil perceber se é autêntico o

gesto de curvar-se, e normalmente a pessoa envolvida participa plenamente, de

fora.

A inclinação profunda feita pelo representante talvez suporte mais, porque nela

não existe o medo inibidor diante do despojamento e porque também a

resistência é respeitada.

Esse curvar-se envolve também um segundo movimento, igualmente importante,

que é o erguer-se. Através dele volta a força e a coragem para um

relacionamento adequado e para o movimento amoroso.

A reverência é um gesto abrangente de respeito e homenagem e de soltar-se.

Por ela são honradas pessoas que nos precederam, juntamente com seus

destinos.

Através dela aceitamos os efeitos que o destino de outros trouxe à nossa própria

vida e nos desprendemos desse destino.

Se alguém morreu no sistema e queremos perceber o efeito de sua morte sobre

a família, podemos virar para fora o representante da pessoa morta e afastá-lo

da família alguns passos.

Podemos também fazer com que alguém se retire do recinto.

Se alguém teve uma morte trágica ou se sua morte não foi devidamente

considerada e honrada, pode-se fazer com que seu representante se deite no

chão, geralmente de costas.

Isto provoca geralmente reações muito fortes na constelação, pois o ato de

morrer e a morte são sentidos com todo o seu efeito.

Talvez alguém queira deitar-se- se ao lado da pessoa morta, ou esta queira ser

abraçada mais uma vez, ou uma mãe ao morrer queira tomar, mais uma vez,

seu filho nos braços, ou os vivos se curvam. Frequentemente não houve uma

despedida entre vivos e mortos, que então pode ser resgatada.

Com efeito, observa-se, muitas vezes, que os vivos querem trazer os mortos de

volta à vida.

Quando se deitam ao lado deles, percebem logo que isso não é possível e que

os mortos também não o desejam.

Page 116: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

116

A pessoa que vive sente então que sua presença junto aos mortos não é

desejada e pode mais facilmente encarar a vida

Uma mulher tinha passado por graves depressões e algumas tentativas de

suicídio.

Como quadro de fundo, revelou-se que sentia uma profunda ligação com as

vítimas de seu querido avô, que no regime nazista tinha denunciado muitas

pessoas e as levado a um campo de concentração.

Quando os representantes das vítimas e do avô se deitaram no solo, ela quis

imediatamente deitar-se ao lado das vítimas.

Olhou-as com lágrimas nos olhos e sentiu um profundo peso.

O terapeuta trabalhou primeiro com o avô e suas vítimas e o resultado foi que

estas se afastaram da mulher.

De repente, ela se sentiu muito só. Depois de algum tempo, seus olhos

procuraram os olhos de seu marido e de seus filhos e ela disse:

"Agora gostaria de ficar de novo com os vivos".

O deitar-se com os mortos transcende esse processo. Nele se experimenta que

a vida e a morte fazem parte de uma só realidade. Podemos experimentar que

a vida é algo que emerge.

Às vezes, mesmo depois que uma constelação foi resolvida, alguém dá a

impressão de estar ainda sem força em seu lugar. Pode-se então colocar essa

pessoa com as costas apoiadas em seus pais.

Desta forma, ela pode perceber e receber em si a força deles, sentindo seu

suporte e apoio.

Se a força dos pais não for bastante, pode-se colocar atrás deles outros

antepassados, até que flua a corrente de força.

A força masculina pode ser especialmente sentida numa fileira de homens e a

força feminina numa fileira de mulheres.

Na fileira dos antepassados, a pessoa não ganha apenas o sentimento de que é

sustentada e apoiada pelos pais, pelo grupo familiar e pela grande alma, mas

também o saber e a força de perceber que ela própria é agora uma pessoa

adulta.

Os três rituais: a reverência, o deitar-se ao lado dos mortos e a fileira dos

antepassados. Desempenham um importante papel.

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117

VIDA ALÉM DA MORTE RECONCILIAÇÃO SISTEMAS DE RELAÇÃO VÍTIMAS

E PERPEDRADORES

CONSTELAÇÃO RECONCILIAÇÃO TRANQUILIDADES E PAZ ENTRE VIVOS

E COM MORTOS VINCULADOS A GRUPO.

CONSTELAÇÃO LIDAR COM O CONFLITO COM UM CORAÇÃO PACÍFICO.

ELAS FAZEM BEM AS MUITAS PESSOAS EM NECESSIDADE E ELAS

APRECIAM MUITO

E A CONSTELAÇÃO FAMILIAR TAMBEM FAZ BEM A QUEM AJUDA ENTRAR

EM CONTATO COM O CAMPO. E ELA NOS AJUDA COM PADRÕES

EMOCIONAIS QUE SE REPETEM.

A CONSTELAÇÃO CONDENSADA

Nos últimos anos, Bert Hellinger vem trabalhando, com frequência cada vez

maior, com constelações condensadas. Nessa forma breve.

O que aqui está no centro da atenção não é tanto o emaranhamento ou a

vinculação ao destino que abrange toda a família, quanto as forças que atuam

sobre a alma de alguém com respeito a certos relacionamentos ou a temas como

culpa pessoal, ressentimento e morte.

Se coloca representantes para as poucas pessoas que importam ou para as

forças que atuam.

A seguir, confia os representantes à dinâmica que os move na representação,

sem interferir no processo.

Os representantes expressam com o corpo e sem palavras aquilo que move sua

alma.

Page 118: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

118

O terapeuta geralmente não interfere. Desta forma coloca-se muitas vezes em

movimento um processo muito impressionante, que mostra tanto o problema e a

necessidade quando a solução.

A pessoa envolvida presencia geralmente de fora e se entrega ao que ela vê,

que se comunica a ela e a toca.

Quando alguém está gravemente doente, pesquisar um emaranhamento não

ajuda muito ou, em todo caso, só ajudará depois que essa pessoa se defrontou

com sua doença.

Um homem que sofria de câncer queria saber em que contexto familiar poderia

entender sua doença. Entretanto, o terapeuta lhe pediu que colocasse apenas a

si mesmo, sua doença e sua morte.

No decurso da constelação, o representante escolhido evitava a doença e a

morte e não queria encará-las.

A morte dava uma impressão de desamparo e a doença se postava de braços

abertos

Quando o representante, depois de algum tempo, se voltou para a doença --

representada por uma mulher mais velha -- e caminhou ao seu encontro,

aconteceu um abraço terno entre ambos.

A morte se retirou um pouco, permaneceu ligada e deu a impressão de

tranquilidade.

Numa rodada seguinte ele se declarou decepcionado por não saber o que fazer

com aquela representação. Mas quando o terapeuta lhe perguntou:

"Que peso teria o saber que você busca, em confronto com aquilo que você

viu?"

Numa encenação como esta, ninguém sabe exatamente o que acontece e o que

atua

Page 119: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

119

Contudo, algo de essencial surge diante dos olhos.

Se a representação não progride, o terapeuta pode interferir com cuidado para

que o cliente ou um representante ultrapasse algum limiar, deixando-os então

entregues à continuação do processo até sua conclusão.

Mais ainda do que a constelação familiar, a representação condensada escapa

de qualquer rotina terapêutica e de qualquer "fazer" que pretenda ajudar.

Embora transcorra de forma simples e singela, ela exige dos representantes uma

entrega completa e do terapeuta - que aparentemente só deixa as coisas

acontecerem - alto grau de atenção e concentração. Justamente quando se trata

de doença, morte e culpa.

CONSTELAÇÃO FAMILIAR SISTÊMICA E INTELIGÊNCIA

EMOCIONAL

O que nos ensina a constelação? É maravilhoso perceber que há forças, abrir

os olhos espirituais. Constelação é uma técnica terapêutica que torna visíveis as

dinâmicas ocultas dos sistemas e gera movimento para que a vida flua.

Usa o corpo ele tem mecanismo como a sensação, percepção, respiração é um

portal consciente e trabalha padrões que estão gravados em nosso corpo, é uma

linha, corpo e mente é um sistema.

Como são afetados, como funciono, como respiro, desenvolvimento desde o

ventre, a memória e a biografia começam aí. O nascimento é uma experiência

diferente. A força do criador a energia vem de lá, do criador, se conecto na raiz

ficamos mais forte.

Constelação traz o sistema, é algo maior.

Todos somos afetados pela origem. A história do sistema nos afeta.

SAÚDE É UMA FERRAMENTA DE MUITAS TRANSFORMACÕES.

Page 120: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

120

No pensamento sistêmico, a doença age de forma a atender a necessidades do

sistema, em especial podemos falar do sistema familiar.

Através de um amor, muitas vezes infantil a doença se revela como uma forma

de compensação pela dor.

Isso pode revelar que estamos buscando dar lugar a outra pessoa, que pode ter

tido um destino difícil, por exemplo.

Dessa forma nesse pensamento mágico, estaríamos sofrendo pela outra

pessoa, como dizendo,

“Antes eu que você”.

Essa forma de amor é muito forte em especial em relação, aos pais, irmãos e

por vezes nos parceiros de relacionamento.

Em meus anos como terapeuta, estive assistindo inúmeras pessoas que se

apresentavam doentes por sentirem-se de certa forma culpadas, por terem feito

algo que sentiam ter prejudicado outra pessoa voluntária ou involuntariamente,

assim a doença estava agindo como uma forma de expiação da culpa.

Ao poderem dar uma atenção e um olhar para isso, buscamos outra forma de

tratar a culpa, que não fosse pela expiação e pela doença, o que em muito ajudou

no tratamento convencional.

Se pensarmos de forma concreta, essa forma de amor ou de culpa não irá

auxiliar em nada aquele que é alvo desse amor, pois não leva à solução do

problema e o sofrimento não ajuda a pessoa a quem pensamos ter prejudicado.

Através do processo de constelação familiar podemos olhar para essas

dinâmicas que estão contribuindo com esse quadro em nossa saúde e dessa

forma ser um coadjuvante no tratamento ao conscientizar o paciente das causas

psicossomáticas e sistêmicas existentes.

Na Constelação Familiar aprendemos um novo caminho para escutar o que o

nosso corpo está dizendo.

Page 121: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

121

A constelação familiar tem se mostrado uma grande ferramenta no trabalho

auxiliar ao tratamento convencional de doenças.

Isso porque ela ajuda a trazer o inconsciente que se manifesta nos sintomas e

que muitas vezes funciona como um bloqueio para a eficiência do tratamento

regular.

Dessa forma, as doenças nos servem como avisos de que algo está fora do

lugar no nosso interno.

Adoecer é o alarme do corpo para que possamos entrar em contato com algo

que pede nossa atenção.

Bert Hellinger tem uma grande frase sobre este movimento:

“Frequentemente diz-se a um doente que a sua enfermidade é de origem

psicológica.

Isso é facilmente vivenciado pelo paciente como uma depreciação, pois com

isso diz-se que se ele quisesse que fosse diferente, seria diferente.

Mas não é assim, porque os emaranhamentos que agem por trás disso são

inconscientes.

O impulso através do qual alguém talvez se comporte de maneira destrutiva é

totalmente inconsciente.

Somente quando o emaranhamento que age em segundo plano vem à luz,

pode-se mudar alguma coisa.” Bert Hellinger,

A fonte não precisa perguntar pelo caminho.

Este é o grande serviço feito por esta forma de terapia. Nos auxilia a entrar em

contato com o que atua no nosso inconsciente, no campo da saúde e de todos

os outros da nossa vida.

Constelações Familiares Vida e Morte Constelações familiares levam em

consideração os vivos, mas antes de tudo, os mortos.

Page 122: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

122

Verifica-se essa verdade principalmente em tradições espirituais orientais,

quando a família respeita e honra os membros falecidos para que estejam

sempre presentes.

Todas as lembranças daqueles que já se foram, até as dos bisavós, afetam a

família atual na forma de sintomas psicossomáticos, psicopatológicos,

interpessoais e existenciais , principalmente os que foram esquecidos e

excluídos da ordem familiar.

Tais lembranças com respeito e honraria é uma forma de promover aos

antepassados sempre o direito ao pertencimento, pois, caso contrário baterão às

portas mentais e anímicas reivindicando o lugar que lhes pertence. O que

queremos dizer que todas as histórias geracionais devem ser honradas e

incluídas no fundo de nossas almas, para que nós e eles tenham paz.

Quando os excluídos não aceitam no tempo de cada um o falecimento de um

ente querido por exemplo, é como se a morte do falecido imputará dores e

doenças nos que ficam, como se a morte tivesse disso em vão e os temidos

famílias com pais déspotas, desajustado ocupam seus lugares na mente dos

seres da geração presente, deles emana poder de cura e algo de bom não

causando mais perturbação.

Aceitos os mortos e suas mortes eles se retiram e a paz reina.

É patente verificar que na relação terapêutica, tratando de pacientes enlutados,

enquanto não integram a seu modo, a seu tempo o evento morte do ente querido,

não há paz no sistema íntimo e extrafamiliar, a explicitar.

Podemos exemplificar alguns sentimentos e pensamentos de não integração do

evento morte:

Muitas vezes, a dor da perda é mais CULPA do que pela perda de alguém,

separando como o enlutado sente de fato de como ele acha que deveria estar

sentindo, exemplos: o enlutado não falou tudo que amava, o último contato foi

Page 123: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

123

de briga entre o enlutado e o falecido, pode ter facilitado a morte com uma briga,

deixar de valorizar o outro o quanto devia, não cuidou o suficiente, achar que se

tivesse feito mais o falecido estaria vivo, não sentiu dor por ter perdido, não

aprendeu a separar o que dependia de você o que não para salvar ou ajudar o

ente que se foi.

A dor outra vezes é a:

PERDA DO SENTIDO OU SIGNIFICADO DA VIDA

O tempo antes utilizado para ficar com a pessoa falecida deixou agora um vazio,

perda do sonho ou fantasia de vida perfeita ou do que foi, percepção de que não

aproveitou bem a vida com o falecido, perda de referência para a vida que só o

falecido dava, a morte do outro coloca – me diante da mortalidade, não saberei

ter prazeres agora em diante na vida, pois somente o falecido me dava ou

resolvia meus problemas, ter que educar os filhos mais ou menos sozinho, e não

aprendeu a fazer por si o que o falecido fazia.

Bom lembrar:

A vida não é algo extraordinário em relação à morte. Ambos são movimentos da

existência.

A vida só é o que ainda me resta pela frente.

Nem é melhor nem pior que a morte,

MAS SEI QUE O TODO, PARA O QUAL TUDO CONFLUI, ESTÁ ALÉM DA

VIDA.

É A HISTÓRIA DO NOSSO PASSADO.

Inconsciente fazemos as coisas do mesmo jeito sem perceber.

A grande diferença é que nós podemos observar que infelizmente não fazemos.

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124

Temos duas vertentes que é despertar a nossa consciência.

Qual é a vantagem de estar no piloto o benefício é que podemos fazer várias

coisas ao mesmo tempo e perder menos energia.

No auto piloto não sabemos do nosso comportamento.

Hoje muitos acham que são cérebro.

Ser analista do seu cérebro, analisar o seu pensamento, através de auto-

observação, e a mente fica incomodada, ela silencia.

Como podemos estar no controle da nossa vida.

Eu recomendo a respiração e observação.

A consciência nos ajuda a fazer mais escolha, aumentar a consciência.

Em vez de julgamento, qual é o custo de valor tem nisso?

Somos todos nós milhão de células temos energia e informação, o que nos faz

conectar é a nossa observação, a informação está à disposição.

CONSTELAÇÃO FAMILIAR É AMOR.

Parece que não temos direito à felicidade, não podemos viver plenos.

Segundo Bert Hellinger, criador da abordagem sistêmica e principal nome no

campo das Constelações Familiares, o nosso conceito de felicidade está ligado

a sentimento de culpa e inocência. Ou seja, nos sentimos culpados por estarmos

felizes quando em nosso sistema familiar há situações difíceis.

E ainda diz:

“Não existe nada melhor do que aquilo que é.

Não existem pais melhores do que aqueles que temos

Futuro melhor do que aquele que se encontra diante de nós.

Page 125: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

125

Aquilo que existe é o que há de maior.

Neste sentido, felicidade significa que acolho tudo em meu coração, do modo

que é e me alegro.

É este o máximo da felicidade: quando nos alegramos com a realidade da forma

que é, e quando nos alegramos com os nossos pais da forma que são, com o

nosso passado assim como foi, com o nosso parceiro, da forma que ele ou ela

é, com os filhos da forma que são, exatamente da forma que são.

É a melhor coisa que existe.

Esta alegria é o máximo da felicidade.

Ela vem do coração. É ampla e irradia luz.

Em torno dela, outros se sentem bem, ela inclui muitos.

É satisfeita e grata, toma e dá.”

Hellinger, Bert.

Analisando a felicidade na visão de Bert Hellinger, podemos compreender que o

caminho para a nossa felicidade é ter coragem de assumir essa culpa.

Tentar assumir as rédeas da nossa própria vida, a vida que recebemos através

de nossos pais e nossos antepassados, pode trazer esse sentimento de culpa.

Ao agirmos em prol da felicidade pode nos fazer sentir que estamos fazendo

diferente de nossos pais, e esse diferente pode significar sermos mais felizes do

que eles puderam ser.

De forma muitas vezes não consciente isso pode nos trazer culpa, a culpa por

estar e ser feliz!

Assim permanecemos no problema, na dor, na dificuldade de superar algo,

porque é com esse estado que estamos familiarizados, acompanhados, unidos

e fiéis aos nossos antepassados.

A não aceitação dos destinos difíceis da nossa família é como uma pedra que

bloqueia a passagem da água em um riacho, fazendo que ela pare de correr e

fique represada.

Page 126: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

126

A Constelação Familiar ensina que pertencemos a nosso sistema familiar e isso

não pode ser mudado, entretanto não precisamos ficar presos ao mesmo destino

daqueles que fazem parte desse sistema.

Quando reconhecemos e honramos nossos antepassados e todas as suas

dificuldades, aceitamos a vida como foi e é.

Ao aceitarmos esse destino e compreendermos que podemos fazer diferente,

sem culpa, esse bloqueio é retirado e as águas voltam a seu curso natural.

Ou seja, nos libertamos dessa culpa e compreendemos que podemos sim,

sermos verdadeiramente felizes.

A aceitação do destino é um ponto chave para os movimentos internos de

mudança.

Para que você consiga isso criamos esse exercício que tem um poder imenso e

transforma vidas. Você deve praticar todos os dias e em especial todas as vezes

que não se sentir merecedor da felicidade ou quando bater aquela culpa por

estar feliz.

Respire calmamente algumas vezes, deixe seu corpo relaxar e repita para si

mesmo, algumas vezes, se possível em voz alta, feche então os olhos e permita

que as palavras ecoem em sua mente.

Mantenha esse exercício, ao menos durante 21 dias.

Eu sou merecedor de toda a felicidade e amor que me cerca.

Tenho o direito de viver a minha própria vida da forma que escolher.

Reconheço as dificuldades de meus familiares e as minhas também.

Me permito construir, ser e fazer o melhor de mim em busca da minha felicidade

e daqueles a quem eu amo. Eu Sou a manifestação de todos os anseios e

vontades de meus antepassados e ao ser feliz, manifesto essa felicidade para

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127

todo o meu sistema, sou assim o elemento transformador de nosso sistema para

a felicidade a que somos destinados.

Esse exercício que parece simples irá ampliar sua consciência e ressignificar

informações que estavam te impedindo de manifestar a felicidade de forma

plena.

Lembre-se: Seus pais viveram a vida que foi possível para eles e através de sua

existência permitiram a continuidade da família, com certeza honramos aos

nossos pais sendo felizes por nós e de certa forma em sua homenagem.

Agora o responsável pela sua vida e felicidade é VOCÊ.

Quando o inconsciente se torna consciente se cura. Temos padrão repetitivos.

Emaranhamento familiar quando excluímos pessoas geram padrão repetitivos

de raiva, ódio que vai gerar conflito familiar, a cura acontece quando entra em

ordem no seu lugar.

Há fala de cura no campo mórfico com a fala do constelador e com o recebimento

verdadeiro acontece transformação.

Um conhecimento um tanto quanto novo, e por exigir uma reflexão um pouco

mais “ousada”

Sheldrake descortina novos entendimentos.

A possibilidade de se olhar para fora da caixa, para além. O que nos ensina a

constelação.

É maravilhoso perceber que há forças.

Abrir os olhos espirituais.

O nosso corpo é um sistema.

Quando eu sou devedor eu fujo

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Equilíbrio entre dar e receber.

Quando eu dou demais tiro a dignidade.

Haja a troca. Se a nossa família prejudicou há mortes.

Dentro do Campo mórfico a informação, sugere como organizar a energia.

Para esse autor, a ressonância mórfica implica uma espécie de ação à distância

no espaço e no tempo.

Na teoria morfo genética, o passado influi no presente.

Os ancestrais influem na geração atual por um efeito de ressonância.

Implica uma espécie de ação à distância no espaço e no tempo.

Na teoria morfo genética, o passado influi no presente

Os ancestrais influem na geração atual por um efeito de ressonância.

Uma teoria criada pelo biólogo inglês Rupert Sheldrake, denominada teoria dos

campos morfogenéticos, que ajuda a compreender como os organismos adotam

as suas formas e comportamentos característicos.

A mudança do hábito cria um campo.

Há uma memória também para novos hábitos

Eu posso dizer; hoje acordei caíram véus que cobriam o meu entendimento,

Eu vou criar uma nova história

Eu vou criar um novo hábito.

Eu vou criar uma nova trilha

Essa é a estrutura dessa Ciência.

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Quando praticamos a Constelação percebemos dentro dessa técnica terapêutica

que se torna visíveis as dinâmicas ocultas dos sistemas e vai gerar movimento

para que a vida flua.

O corpo participa é um portal consciente e trabalha padrões que estão gravados

É uma linha, corpo e mente é um sistema somos afetados, há desenvolvimento

desde o ventre, a memória e a biografia começam aí.

O nascimento é uma experiencia é uma forca criadora é uma energia poderosa

que vem de lá, do Criador, se conectamos na raiz ficamos mais forte.

Como sobreviver neste mundo, nosso futuro emocional leva para a idade adulta.

Constelação traz o sistema, é algo maior.

Todos são afetados pela origem

A história do sistema nos afeta.

Você no corpo humano é um sistema, ele é dinâmico.

No relacionamento do casal o amor, além do amor, há vários elementos.

Dar e receber, isto atua no relacionamento.

Quando olho para os meus pais, acho que vou fazer melhor, saio da ordem,

grande e pequeno.

Quando não existe hierarquia, é o mais crítico.

O relacionamento obedece às 3 leis

A diferença é a grande riqueza.

Quando o casal concorda com a diferença do outro é uma soma

Olhar os pais com respeito.

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130

O relacionamento acontece muitas vezes brigas, sem amor e respeito o parceiro

não fica livre, faltando equilíbrio. Quando um fere o outro, há que dar o troco um

pouco menos.

O relacionamento é uma troca. Cada casal sabe se está no débito, ou crédito.

Prioridade é do novo casal. Há que ter a ordem, respeitar a família de origem.

Compensação.

Com a consciência passo a ter escolha.

Vivo não como herdo, mas sim como escolho.

Quando estamos diante de uma situação polêmica - seja como participantes dela

ou meros observadores - é bastante comum colocarmos a culpa ou a inocência,

num dos polos. Fulano é o culpado, fulano foi a vítima, diz o senso comum.

No vídeo dessa semana, Eva Torres e Bruno Goulart mostram o quanto esse

olhar pode estar equivocado e nos afastar da solução

Na medida em que nos damos conta do quanto somos responsáveis por tudo o

que nos acontece, nos responsabilizamos pela parte que é nossa e a vida passa

a fluir de forma muito mais leve e plena.

Ajudar é uma arte. Aprofundar, ter discernimento no querer ajudar.

Todas as pessoas têm um passado.

Este grande tem algo para dar.

O pequeno tem algo para receber.

Todos têm uma história da família de origem.

Concordo com o presente e o passado dissolve aspecto da sua vida.

Assim posso ajudar.

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Ajuda é algo que sempre está solicitada no presente também deve ser vista na

sua origem há que ter essa concordância

Constelações Familiares - Servir com Amor - Trabalho

Constelações Familiares, de Bert Hellinger, o trabalho está relacionado com o

ato de servir com amor.

Muito mais do que disponibilizar nossas aptidões em um propósito, trabalhar

significa servir à vida num sentido mais amplo.

Relações, através de nós a vida permaneça.

Trabalho com amor.

Construir uma casa com afeição

O bem-amado habita ali.

A nossa primeira de dar continuidade da vida é a experiência com a mãe.

Relação primordial. Recebe e dá passando a vida a frente. A vida que recebemos

Quando ouço reclamações como: “não conheço minha mãe, minha mãe é ruim”

ou outras reclamações, pergunto “como a vida chegou até a você?

Você sabia que as mães são as nossas primeiras possibilidades de sucesso?

Desde o momento que a mãe aceita a semente da vida trazida pelo pai, ela

passa a trabalhar pela sua vida, até que você como bebê experimente através

da mãe o sucesso do nascimento.

Essa mulher ao dar à luz ao filho(a) torna-se mãe, concretiza a realidade do

homem se tornar pai, forma ou completa a família e assim, o propósito da vida

acontece para os pais e filho(a).

A Vida te foi entregue através da sua mãe, você nasceu dela.

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Seu corpo foi forjado neste ventre materno, através do alimento ingerido por ela

e que te tornou quem é.

Os nutrientes vindos dela te permitiram evoluir a partir do momento da

concepção, quando duas células, mãe e pai, se tornaram somente uma em você.

Essa díade entre mãe e filho se estabelece desde a gestação, seja por todos os

cuidados que o bebê requer na vida intrauterina, alimentação, nutrição, acalento

e ou pelos preparativos externos, ainda que por vezes sejam escassos os

recursos que ela tem para oferecer aqui fora.

Porém, dentro dela, lhe deu tudo e do melhor que dispunha para que você

pudesse ter o sucesso do nascimento.

O que foi possível foi feito e foi o suficiente.

Às vezes, ouço pessoas dizendo:

“Eu perdoo meus pais. Minha mãe tem o meu perdão”

Ensino: Perdoar é abrir possibilidades de correção e não significa esquecer o

mal que alguém te causou.

É bom entender que a sua mãe é uma pessoa, portanto, é passível de falhas,

até mesmo porque muitas mães passaram por falhas de outros e muitas vezes

repetem as mesmas atitudes.

Guardar mágoas, ressentimentos da sua mãe, não aprovar algumas das atitudes

ou ter dificuldade em aceitar a forma como sua mãe lida com a vida; esses são

alguns dos fatores que bloqueiam e fecham a porta para o seu sucesso na vida.

Pessoas adultas agindo como crianças feridas, querendo exigir mudanças na

mãe, esperando algo que julgam não ter recebido no passado.

É desta forma, que muitos filhos ainda permanecem sem tomar a própria vida.

“Tomar a mãe” significa aceitá-la plenamente, sem julgamentos, amorosamente

no coração, independentemente de como tenha sido sua criação, educação, seu

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133

sentimento de ser amado(a) ou não amado(a) o suficiente, se foi castigado

injustamente, preterido, dado em adoção ou mesmo que tenha sido

abandonado(a).

Tomar a mãe é interno e não físico ou externo, portanto, você pode tomar a sua

mãe estando ela viva ou não.

Diga sim à sua mãe

Quando me dizem: “não pedi para nascer” jogando a responsabilidade da própria

vida para a mãe, percebo que estão negando o fluxo natural da vida.”

Diga sim à sua mãe

Eu, nome .... acolho esse SER com o mais sublime sentimento de amor que uma

criatura filha de Deus possa manifestar

“A sua mãe foi um lindo portal que deu a você a oportunidade de estar aqui e ser

o seu próprio sucesso.

Saiba que foram todos os episódios negativos, todas as dificuldades que

aconteceram na sua vida, que te permitiram ser quem é.

Tudo faz parte da sua jornada evolutiva.”

Julgar a sua mãe é não aceitar a sua história, é negar a própria raiz, a dádiva da

vida.

É quase impossível haver pleno desenvolvimento e ser feliz, sem reconhecer a

importância da sua mãe na sua vida. Pois é ela quem te conecta com as forças

dos ancestrais, a fonte da vida e as raízes.

Todos temos a mãe certa para nós, cada filho(a) deve, portanto, tomar o seu

lugar de filho(a) e estar de acordo com a sua história. Filho(a) não muda mãe e

ninguém substitui a mãe, sua mãe pode ter lhe dado em adoção, mas ela sempre

será sua mãe.

Os primeiros passos para o amadurecimento pessoal, são:

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134

TOMAR A PRÓPRIA VIDA

HONRAR SEUS PAIS

SER GRATO À SUA MÃE PELA VIDA

Para a Vida dizer sim a você, antes você deve dizer SIM à sua mãe.

Lembre-se que você é metade sua mãe e metade seu pai, assim, você é você

por inteiro.

E, como adulto pode abrir possibilidade de soluções sistêmicas para si mesmo(a)

e cuidar da própria vida.

Permita-se fazer um movimento profundo em direção ao SIM para sua própria

história e para a sua Vida. Liberte-se!

Se você quer ampliar sua consciência, necessita aprender a olhar com amor,

respeito e gratidão para sua relação com a mãe ou ainda, se há

algumas dinâmicas que impedem O fluir do amor, a constelação familiar pode te

ajudar.

Conectar a mãe em origem aspecto ao nosso trabalho olhar das Constelações

Familiares, de Bert Hellinger, o trabalho está relacionado com o ato de servir com

amor.

Page 135: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

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Muito mais do que disponibilizar nossas aptidões em um propósito, trabalhar

significa servir à vida num sentido mais amplo.

Constelação, há uma forca que sustenta o trabalho e conduz o cliente o

terapeuta, e os representantes.

Sem apresentação de justificativas sem condição que possa surgir como

solução.

REFERÊNCIA SCHNEIDER 2001 QUANDO SE DESVIA OLHAR PARA O

CHÃO SE ASSOCIA À IMPRECISÃO NOS SENTIMENTOS E NA DESCRICÃO

DO PROBLEMA.

Configurar os sistemas das relações familiares com a ajuda dos representantes.

Acompanhar bem o que acontece na representação.

O Terapeuta se afasta do campo da constelação.

Fase longa de silêncio em que os representantes entram em contato com seus

sentimentos e o que emerge deles.

A Ordenação do Sistema.

Uma nova ordenação do sistema.

Ordenação externa através da solução.

Que indica a cada um o lugar certo, e liberador do sistema.

E uma ordenação mais interna que resulta de frases e de gestos trocados com

as pessoas.

Ordenar uma constelação no sentido de obedecer a uma imagem de solução

obedece a regras.

Que em muitas constelações se comprovaram como solucionadoras que

seguem regras gerais que permitem muitas variações de posicionamento.

Page 136: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

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FUNDAMENTOS

Campos morfogênico na biologia é constituído por uma energia que age para dar

a forma a um ser vivo dentro de um processo de evolução num espaço de tempo

determinado e pode explicar como se passa a influência do passado familiar para

o descendente.

Segundo a teoria as informações vividas pela mesma espécie ficam

armazenadas em um campo invisível o Campo Mórfico

O PASSADO INFLUE NO PRESENTE POR RESSONANCIA POR ONDE OS

ANCESTRAIS ATUAM NA GERAÇÃO ATUAL POR SEMELHANÇAS,

O conteúdo fica acessíveis posteriormente para membros da mesma espécie.

O aprendizado e a influência vêm pelo campo mórfico.

Rupert Sheldrake biologia e Psicologia através dos hábitos

De acordo com Sheldrake, a ressonância mórfica implica uma espécie de ação

à distância no espaço e no tempo.

No campo morfogenético o passado influi no presente. Os ancestrais influem na

geração atual por um efeito de ressonância.

O ancestral influi na geração atual porque há semelhança entre as duas

gerações.

No caso de pessoas entre o ancestral e a geração atual podemos observar a

repetição de comportamentos do ancestral do passado.

Poderíamos dizer: a história se repete (Efraim R. Bocallandro E Irene Cardotti

Bocalandro).

A afirmação de Rupert de que os ancestrais influenciam comportamentos

semelhantes aos deles em outras gerações posteriores, é uma afirmação

Page 137: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

137

plausível que explica comportamentos de tataravós que aparecem em

tataranetos, e isso pode ser presenciado em muitos processos de constelações.

"A ressonância mórfica dos padrões de atividade de organismos passados

semelhantes e a auto- ressonância de um organismo podem ser percebidos

como aspectos semelhantes do mesmo processo. Ambas implicam relações

causais formativas através do espaço e do tempo.

A auto ressonância estabiliza, pela sua alta especificidade, o padrão de atividade

característico de um organismo, ao passo que a semelhança com organismos

passados semelhantes estabiliza a estrutura de probabilidade geral do campo.

" (Efraim R. Bocallandro E Irene Cardotti Bocalandro).

Para Sheldrake, a forma dos seres vivos é função dos campos morfogenéticos

e da ressonância mórfica, mas ele não se limita ao aspecto físico dos seres vivos,

ele também considera que os comportamentos também são função da

ancestralidade

O Universo de hoje, no qual tudo que existe está entrelaçado em um sistema

sistêmico.

O universo pode continuar se expandindo se a densidade das massas for baixa.

CONSTELAÇÕES FAMILIAR

SOLICITA QUE CADA UM SE DEIXA LEVAR PELOS SENTIMENTOS E FAÇA

AQUILO QUE ACHAR ADEQUADO.

Livro A PRESENÇA DO PASSADO.

.

OLHAR PARA OS RELACIONAMENTOS

Estas são características dos relacionamentos que Hellinger descobriu que

atuam de forma direta, quer nós tenhamos consciência delas ou não.

Page 138: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

138

Uma boa parte de nossas dificuldades na vida surgem da quebra dessas

leis em nossos sistemas familiares.

E uma forma de olhar para isso é através da Constelação Familiar.

Quando um cliente vem para o atendimento em um, ele traz um tema que

deseja olhar.

Pode ser uma dificuldade pessoal na sua vida afetiva, no seu trabalho, na

sua saúde ou nas suas emoções. Este é o tema que é a porta de entrada

para que seja possível olhar para o emaranhamento familiar que atua na

dificuldade do cliente pela Constelação Familiar.

O atendimento

No primeiro momento, o cliente se senta ao lado dos facilitadores, se

conecta com seu tema e então fala de forma breve para o facilitador.

De forma sucinta, sem muitas informações.

Caso seja necessária alguma informação adicional, o facilitador pergunta

para o cliente.

A partir do tema colocado pelo cliente, alguns representantes são

escolhidos para determinados papéis relacionados com o tema.

Aos representantes são indicados que sigam as sensações que surgem no

seu corpo, onde pode vir o impulso de sentar-se, se afastar ou aproximar

ou mesmo alguma emoção.

Desses movimentos, é possível observar algumas dinâmicas de

relacionamento familiar que estão ligadas ao tema trazido pelo cliente.

E desta forma, uma nova informação chega para os presentes. Sabemos

que isso é possível pelo campo morfológico, e a história de antepassados pode

surgir com toda a sua verdade. A Vida não julga, apenas aceita a todos como

são.

Page 139: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

139

Assim os movimentos vão acontecendo e direcionam onde está o

emaranhamento. O constelador confia no que se mostra, com o olhar neutro e

sem nenhuma intenção. E o que causou um emaranhado pode ser liberado com

a compreensão e aceitação, pois os movimentos que o cliente percebe são

suficientes para que promovam as mudanças necessárias.

Compreendemos o que a imagem nos quer dizer, e assim se revela o necessário.

Bert Hellinger nos diz que as constelações, fundamentalmente tratam de nosso

futuro e nos levam para frente quando olhamos para nossos pais assim como

eles são e os aceitamos, vendo atrás deles a grandeza da Vida!

Os emaranhamentos que aparecem nas constelações fazem parte da história de

cada pessoa e devem ser olhados com respeito

Então podemos perceber na constelação que as mesmas forças que causam as

dificuldades também atuam na solução!

COMO É UMA VIVÊNCIA NA CONSTELACÃO

Visão Geral da Constelação

Início a Terapia com uma breve explicação principalmente como funciona.

Quem conhece a Constelação?

Quem vai constelar?

Qual é o tema que você quer constelar?

E as pessoas se colocam. Escolho as pessoas.

Quero constelar relacionamento.

Perguntas básicas, com resposta objetivas.

Pergunto sobre os pais

Fatos que ocorrem na família.

Page 140: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

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Irmão mais velho é muito significante

No momento de constelar a pessoa escolhe alguém no seu lugar e do namorado.

Como você se sente aqui?

Algo aconteceu com o Pai.

Perdeu a mãe quando criança, isto é trágico

atrapalha no relacionamento.

Isso é importante na constelação.

Existe uma forca dentro da constelação todos percebem.

CONSTELACÃO INDIVIDUAL

Ensinamentos com os bonecos familiarizar com a dinâmica.

Há que saber a respeito da anterior é o pré-requisito.

Mostrar passo a passo como ocorre a constelação familiar individual.

É um método direto e simples.

As figuras representam membros da família, ou pessoas importantes no sistema.

Existe um critério de importância nas escolhas das figuras. Tem que ser

confortável para o terapeuta.

As figuras não são importantes por si mesma, mas por projeções espaciais dos

membros do sistema

Trabalhando com constelações de figuras.

Uma constelação de figuras serve para revelar os emaranhamentos do cliente

no seu sistema familiar e tornar os vínculos e as soluções claros. Isso permite

ao indivíduo tomar uma posição apropriada na sua rede de relações, uma

posição a partir da qual seja possível tomar, honrar e respeitar ambos os pais.

Page 141: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

141

Isso permite à pessoa deixar algo ou alguém ir com amor, ver quem tem de ser

permitido ir em paz, e tomar de volta todos que tenham sido excluídos de uma

forma apropriada no sistema e no coração do cliente (Jakob R. Schneider, 2000).

As dinâmicas de vínculo e solução tem de se tornar claras pela constelação com

figuras sem o apoio dos sentimentos e depoimentos dos representantes, pois as

figuras não podem sentir ou falar. Fica a cargo do terapeuta ou conselheiro, usar

a constelação com figuras para sentir e expressar os sentimentos que refletem

as dinâmicas familiares presentes dentro do sistema.

Naturalmente, você pode pedir que o cliente faça isto por si mesmo, o que

algumas vezes resulta em uma súbita experiência do tipo "Aha!" (Jakob R.

Schneider, 2000)

As dinâmicas de vínculo e solução tem de se tornar claras pela constelação com

figuras sem o apoio dos sentimentos e depoimentos dos representantes, pois as

figuras não podem sentir ou falar.

Fica a cargo do terapeuta ou conselheiro, usar a constelação com figuras para

sentir e expressar os sentimentos que refletem as dinâmicas familiares presentes

dentro do sistema. Naturalmente, você pode pedir que o cliente faça isto por si

mesmo, o que algumas vezes resulta em uma súbita experiência do tipo "Aha!"

(Jakob R. Schneider, 2000).

Geralmente, os clientes estão frequentemente cegos às dinâmicas essenciais de

suas famílias. Eles trazem um entendimento inconsciente ao processo, caso

contrário não seriam capazes de posicionar uma constelação propriamente e o

terapeuta não seria capaz de obter uma percepção do sistema, mas esse

conhecimento inconsciente é oculto.

A tarefa do terapeuta, daquele que observa de fora, é ajudar a "alma de grupo"

do cliente a abrir-se de tal forma que aquilo que está oculto seja revelado e possa

ser dito abertamente.

Já desde o começo, o terapeuta deve apresentar o conceito de constelação em

grupos como um trabalho ideal e basear seus comentários sobre as dinâmicas

familiares no processo em grupos.

Page 142: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

142

Como uma pessoa que olha a partir de fora, o terapeuta proclama os sentimentos

para cada membro da família em cada posição particular. Isso não quer dizer ,

que o terapeuta diz como os membros da família próprios se sentem naquela

posição, mas o que os representantes provavelmente diriam sobre os

sentimentos naquela posição e isso dá ao cliente uma certa distância de sua

experiência dominante com os membros da família e porque isso dá, ao

terapeuta e ao cliente, mais liberdade para experimentar e tomar aquilo que pode

ser visto na constelação.

Isso também torna mais fácil para o terapeuta corrigir o que tiver sido dito para

contornar possível resistência. Se o que o conselheiro diz sobre a dinâmica

familiar e os sentimentos dos representantes "encaixa" e toca em algo do cliente,

ele estará em contato com sua família em um estado de transe de maior ou

menor grau (Jakob R. Schneider, 2000)

Riscos e oportunidades nas constelações com figuras.

Os risco e erros que podem ser causados ao se fazer uma constelação com

figuras são basicamente mesmos que se apresentam quando fazemos

constelações em grupos:

Que você trabalhe sem que o cliente esteja totalmente pronto para tal, portanto,

sem a força do cliente.

Que você trabalhe sem que o cliente esteja totalmente pronto para tal, portanto,

sem a força do cliente.

Que você trabalhe com excesso de informação ou perca informação crítica

Que você seja influenciado por padrões visuais e associações que não estão em

harmonia com a alma.

Constelações com figuras e o trabalho na alma.

Em constelações de grupo, aqueles que são posicionados na constelação estão

ressonando a alma do sistema.

Figuras não podem fazer isso.

Page 143: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

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Elas permanecem como objetos representativos que funcionam para o olho da

mente.

Você não precisa pedir às figuras que saiam de seus papéis ao final da

constelação.

Uma constelação de figuras pode ser limitada a uma representação visual, que

era como eu trabalhava nos meus primeiros anos com a técnica.

As figuras forneciam uma ponte visual, um resumo gráfico do que havia sido

discutido, um método que talvez permitisse sugestões indiretas.

Tudo isso pode ser muito útil, mas uma constelação com figuras pode oferecer

mais.

É surpreendente o quão rapidamente ela estabelece um espaço para a alma na

qual "alma do grupo" pode ressonar.

Essa ressonância é efetuada pelo terapeuta e pelo cliente. O trabalho de

constelação não é apenas trabalhar com imagens visuais.

Ele toca e move porque oferece espaço para as imagens.

A ressonância do cliente e do terapeuta com a "alma do grupo" e suas dinâmicas

não vem das figuras, mas através delas. Usando as constelações, é mais fácil

para o cliente e o terapeuta experimentar estar num caminho conjunto, abrir ao

que possa emergir das profundidades ocultas. Eles se juntam em um espaço da

alma do cliente, só o tanto necessário para achar uma solução

Trabalhar com figuras tem um efeito profundo só quando vai além dos aspectos

visuais para o campo da rede de relações, quando ao poder desse campo é

permitido penetrar e abrir os diálogos e gestos que curam (Jakob R. Schneider,

2000)

Page 144: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

144

TERAPIA INDIVIDUAL DE CONSTELACÃO FAMILIAR

COM BONECOS.

INICIA COM A ESCOLHA DOS BONECOS DE ACORDO COM A SUA VISÂO.

Podemos constelar emaranhamento saúde familiar relação, ou de trabalho.

A terapia é familiar em relação ao pai.

Através do sintoma que aparece.

A cliente tem problema com o relacionamento com a mãe.

Posiciona os bonecos de acordo com a sua imagem interna. Quando ela coloca

põe o Pai de costa.

A mãe bem pertinho dela. Mas mostra nervosismo e rejeição.

Quando o novo casal se forma o sacrifício é uma forma de compensação.

A união tem amor mais alguém vai compensar.

A energia do sofrimento da antiga noiva vai estar lá resultados, a constelação

não tem um tamanho definido, é uma conexão de base, você está vivendo agora

mais aconteceu no passado.

Houve uma harmonização de uma geração anterior e reorganiza.

A qualidade da conexão, o cliente sente mais liberado, mais livre.

As Constelações Individual.

Quando ele não quer representante.

Vamos usar recursos para que o cliente entre em um contato de imagens e

externamente ele monta, ele começa ser tocado.

O constelador vai trabalhar essa imagem externa que ele está montando.

Que associações ele vai trazer para essa imagem.

Page 145: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

145

Que imagem vão atuar quando ele representa o pai, a mãe, que posicionamento

ele vai ter perante essa imagem.

O próximo instante vamos trabalhar as imagens que estou trazendo.

Muitas vezes vamos trabalhar esse contexto, para atingir as imagens internas.

Isso não é novo, já era usado figura nas Psicoterapias. Figuras do seu próprio

sistema.

Livro Quando fecho os olhos, vejo você, recursos dinâmicos para ajudar.

QUAIS TEMAS PODEM SER CONSTELADOS?

Quando falamos de Constelações é um tema profundo. Como vamos estar nos

relacionando com Campos de Informação com uma harmonização, é um

dinâmica muito rápido.

Feche os olhos e vamos respirar profundamente e vamos ver uma imagem à

direita atrás a imagem do pai de vocês.

Colocando a mão direita no seu ombro.

A esquerda a imagem da mãe também colocando a mão no seu ombro esquerdo

e atrás de seus pais tocando os ombros deles e sucessivamente toda sua

linhagem com a presença do Pai e Mãe.

Honre a sua vida. Honre cada um deles.

Sinta o quanto foi vivido antes de você chegar aqui. Não faça julgamentos, você

verdadeiramente não sabe se faria melhor.

Aí está você é uma reflexão, emociona muito sempre, muitas pessoas

precisavam existir para que você exista.

Quantas pessoas como primeiro casal é um milagre da vida.

A constelação vai evidenciar esse núcleo familiar de gratidão, ela traz a luz essa

dinâmica, o nosso sistema familiar, ampliar a nossa visão. Quase

automaticamente, percebo o contexto;

Page 146: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

146

Eu faria melhor?

A constelação é uma terapia breve focal e fenomenológica. Grande ferramenta,

não há julgamento sem preconceito.

A origem é família, mas como vivemos em sistemas, são muitos outros.

Podemos reparar, posso constelar as minhas relações sejam elas em qualquer

área.

Familiar, trabalho, relacionamento casal, saúde, educação e outras mais.

O TRABALHO É CHEGAR NA RAIZ.

Vamos entender esse processo.

Como esse processo acontece.

O que ocorre não tem nada a ver com religião, espiritismo.

Vamos encontrar essa terapia como ferramenta usada por outras religiões.

Eu percebo o meu sistema familiar, e reordenar.

Você percebe que o campo familiar é surpreendente.

Não tem como o constelador não ter um final feliz.

As mudanças que vão sendo operadas, pelo campo sistêmico, modificar o que

tem que ser modificado

Ela tem um olhar mais amplo, percebendo e buscando a ordem.

Então como isso acontece de forma pausada, é pela gratidão e reconhecer essa

força da vida e colocamos em movimento, esse fluxo vamos ter uma melhor

condição.

Quando o casal separa não existe culpados, existe forças poderosas que

envolve os relacionamentos, existe os antepassados, quando olhamos para tudo

isso podemos ter uma compreensão.

É possível, com consciência uma mudança em todo o contexto.

Page 147: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

147

Há que aprender as leis sistêmica a ordem do amor.

CONSTELACÕES ORGANIZACIONAIS

Diante de um cenário de mudanças constantes e incertezas, a gestão

empresarial cada vez mais necessita buscar soluções. A forma tradicional e

consolidada está em identificar os problemas para corrigir o que está errado.

Porém esse método acaba por deixar a empresa focada no próprio problema,

potencializando suas dificuldades. Essa forma de gestão tem trazido inúmeras

dificuldades para as empresas.

Para alcançar esse objetivo podemos utilizar alguns conceitos de uma

ferramenta surpreendente e inovadora para a trazer soluções na gestão

empresarial A Constelação pode ser usada para buscar respostas sobre

diversas questões. Quando levamos essa metodologia para o âmbito

empresarial ajudamos na tomada de decisões como:

Avaliar o impacto de novas estratégias e estruturas;

Ampliar o potencial de contribuição dos profissionais na empresa;

Revelar como lançamentos de produtos e serviços serão recebidos pelo

mercado;

Identificar dinâmicas de relacionamento entre áreas dentro e fora das empresas;

Melhorar a gestão organizacional;

E muito mais

Para começar a fazer essa mudança de paradigma na gestão empresarial

seguem os pontos importantes:

Definir qual o resultado esperado para a solução;

Olhar para a empresa como um sistema composto de elementos

interdependentes;

Page 148: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

148

Definir o contexto em que é necessário alcançar esse resultado;

Desenhar a estrutura da solução, elencando quais elementos estão envolvidos

com essa estrutura.

Verificar como interagem os diversos elementos dessa estrutura;

Observar as dificuldades nas inter-relações que estão afetando a estrutura;

Testar as intervenções necessárias para direcionar sua gestão para a solução.

1. Direito de pertencer. Todo membro da empresa tem o mesmo direito de

pertencer enquanto durar seu contrato de trabalho, assim como o dever de fazer

as tarefas para o qual foi contratado, visando a conservação, renovação e

alcance das metas da empresa.

Uma empresa que respeita esse direto, que se preocupa com seus

colaboradores e os motiva, estimula que eles atuem de maneira leal e se

comprometam com a empresa e seus resultados. Quando o direito de pertencer

é de forma superficial e leviana, abala a relação de confiança e o compromisso

de ambas as partes (Leda Régis,2010).

Desligando os funcionários sem respeito ou consideração, ou eles se desligando

da empresa também sem consideração, gera um clima utilitário, favorecendo

que tanto os funcionários, quanto a empresa, usem o contrato apenas como

fonte de abastecimento.

Esses são alguns sinais de um vínculo superficial que afeta, não só a ambiência

organizacional, como os resultados da empresa.

2. Equilíbrio entre dar e receber. Nas empresas há normalmente uma

contabilidade interna: o que se dá e o que se recebe, o que se aceita e o que se

nega e a quem se dá e a quem se nega.

Os balanços desequilibrados estimulam descontentamento, geram ciúmes e

sentimento de culpa, exigindo uma compensação.

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149

O que não falta são exemplos desses desequilíbrios, mas prefiro que você pense

em um, e veja o que aconteceu. Depois veja se os acontecimentos se encaixam

com as possibilidades abaixo.

Quem recebeu uma injustiça, adquire o poder de se ressentir, revidar e

denunciar. E quem constantemente dá mais do que recebe, sente-se

desrespeitado e em desequilíbrio, provocando normalmente uma ruptura das

relações (leda Régis,2010).

3. Direito de antiguidade. Os fundadores das empresas e os iniciadores de áreas

e projetos precisam ser respeitados e reconhecidos.

Por isso, têm o direito de terem mais direito. Imagine o que acontece com um

fundador de empresa, quando tentam colocá-lo de lado, julgando-o

ultrapassado. Agora vejam o que sentem os funcionários que vêem o fundador

tendo esse fim, e sintam se eles vão ter confiança e segurança de investir com

toda sua força nessa empresa (Leda Régis,2010).

Assim também, as pessoas que chegaram primeiro nas empresas, devem ser

reconhecidos e respeitados pelas suas contribuições, pelos que chegam depois.

Até as pessoas que possuem posições elevadas na hierarquia, devem

reconhecer a experiência e os méritos dos colaboradores que chegaram antes

na empresa. Pois, são eles que vêm mantendo a empresa até o momento da

sua entrada. Afinal, se ela não tivesse sido mantida, os novos não teriam a

oportunidade de chegar e trabalhar nela. (Leda Régis, 2010).

4. A diretoria tem prioridade. Toda empresa necessita de direção, isso é

inquestionável. Contudo, a direção é reconhecida e valorizada nessa posição,

exercendo de fato sua autoridade, quando ela tem critérios corretos para dirigir

e tem compromisso e responsabilidade com suas funções. Embora a direção

tenha prioridade, pelo lugar que ocupa, essa prioridade só será verdadeira, se

sua gestão for adequada e coerente com suas funções (Leda Régis,2010).

5. O desempenho precisa ser reconhecido, Apesar de esse princípio ser tão

básico, ele muitas vezes é esquecido e relevado.

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Vamos inicialmente imaginar um grupo com pessoas de uma mesma função,

ganhando o mesmo salário e com as mesmas condições, mas com

desempenhos diferentes.

Veja como se sentem as pessoas que mais dão resultado em detrimento àquelas

que são mais lentas e encostadas.

Agora, pense o que pode acontecer com esse grupo se essa situação for mantida

por um bom tempo.

Veja o que aconteceria se fosse dado o reconhecimento e valorização especial

às pessoas com melhor desempenho (Leda Régis,2010).

De acordo com esse princípio, os colaboradores que têm competência e

desempenho especial, e geram resultados e desenvolvimento para a empresa,

necessitam de incentivo e reconhecimento também especiais, para

permanecerem estimulados e continuarem produzindo mais.

6. Sair ou ficar na empresa. Como o vínculo de permanência nas empresas é

temporário, são muitos os fatores que necessitam ser considerados para facilitar

a decisão de sair ou permanecer na empresa.

As pessoas que são excluídas e demitidas indignamente frequentemente

perturbam o clima da empresa, provocando perplexidade, paralisia no ambiente,

fonte de conflito e às vezes provocando que outros colaboradores tomem partido

dos excluídos, reivindicando e imitando suas atitudes?

7. Organizações são sistemas voltados para a tarefa

Pois é, de acordo com esse princípio, quando as pessoas e os grupos perdem

de vista suas tarefas, suas metas e clientes, ocupando-se com problemas

pessoais e de relacionamento, geram desordem no funcionamento, perdem o

foco e afetam seus resultados. Nesses casos, é preciso lembrar ao grupo seu

propósito, tarefas e metas.

8. Fortalecimento ou enfraquecimento. Nos sistemas empresariais há posições

que são fortalecedoras e outras enfraquecedoras. Qual seria a posição, ocupada

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por pessoas que têm competência, e sentem-se que estão no lugar correto e

com uma atitude adequada? São posições de forca e geram por sua vez,

fortalecimento aos ocupantes? Claro que sim, são essas as posições

fortalecedoras.

Em muitos anos de pesquisa e aprimoramento os criadores das Constelações

Estruturais, criaram cerca de 100 formatos de estruturas de solução para

alcançar as mais diversas soluções na área.

Muitas vezes a ocupação em posições fortalecedoras ou debilitadoras, estão

relacionadas aos padrões da sua família de origem.

9. O novo e o velho. As novas ideias se impõem e são valorizadas nas

empresas, se elas não se mostram úteis durante um bom tempo? Claro que não.

Por isso, esse princípio orienta que é melhor reconhecer primeiro o que já existe,

antes de impor, os próprios conceitos e planos. O que acontece com os imaturos

e convencidos que são os donos da verdade? Normalmente fazem estragos na

vida da empresa, na sua e dos demais.

MÉTODO DAS CONSTELACÕES

Quem poderá usar a Consultoria Sistêmica?

Os gestores.

Buscando solução na organização

Pode ser feito:

Em toda Empresa

Para uma questão específica.

Reunião e mudanças importantes.

A maior parte do trabalho sistêmico é feito com os diretores ou responsáveis da

organização e departamentos.

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Para indivíduos reconhecer sua posição na empresa.

SISTEMA ORGANIZACIONAL SÃO MAIS COMPLEXO DO QUE FAMILIARES

Porque estão em contato com subsistemas do indivíduo e dos colegas de

trabalho.

Procura fazer um diagnóstico, o mais correto possível nas Constelações

organizacional.

Procura analisar alternativas para uma alteração.

Estudar diferentes possibilidades.

Diagnosticar Possibilidades e Problemáticas

Ajudar o cliente implementar soluções encontradas, muitas vezes a constelação

sem uma solução visível acabam ter efeitos surpreendente

Listam alguns temas diferentes neste sistema organizacional

Por que usar essa Metodologia? Ela é rápida e eficaz.

Ela não substitui, mas complementa outras.

Ela só pode ajudar, nunca solucionar ou resolver.

A solução está sempre no cliente e ele quem decide o que melhor aplica a sua

questão.

Normalmente as Constelações Organizacional fazem em um workshop em que

participam pessoas não conectadas com o cliente e não sabem nada de sua

empresa.

O cliente descreve a sua empresa, e verificam e decidem em que partes vão

trabalhar.

O cliente e o Facilitador.

A escolha dos Representantes

O cliente escolhe pessoas para representar a sua empresa.

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Homens para representar homens, e mulher também. Isto não tem importância

para o sistema.

Mas para o cliente é importante.

Cliente tem mais percepção de todo contexto.

Como também escolhe alguém para o representar.

O cliente monta a Constelação.

Criando o campo. O Cliente coloca os representantes nessas posições e monta

o sistema da organização. Assim, o Cliente ativa o campo que vai fornecer a

informação que os representantes vão transmitir ao Facilitador

Coloca cada representante numa posição a sua escolha de uma forma intuitiva

onde o cliente sente. Depois, ele se senta e assiste.

O papel do facilitador. O Facilitador observa os Representantes, pergunta-lhes

o que estão a sentir e utiliza essa informação para fazer o diagnóstico do que se

passa no sistema do Cliente. Ao fazer este diagnóstico apercebe-se dos

Princípios Sistémicos que afetam a harmonia do sistema (organização).

OS REPRESENTANTES NÃO TEM CONHECIMENTO DO CLIENTE SÃO

CONVIDADOS A RELAXAR E PERMITIR. O QUE O CAMPO VAI MOVER EM

RELACÃO DE TER SENSACÃO PENSAMENTOS DE OUTROS, EMOCÕES E

TAMBÉM IMPULSO DE MOVIMENTO DENTRO DO CAMPO O DIREITO DE

PERTENCER

TODOS OS FUNCINARIOS TEM O MESMO DIREITO DE PERTENCER.

OS FUNCIONARIOS ANTERIORES AINDA PERTENCEM EM ESPÍRITO A

EMPRESA.

CONSULTORIA SISTÊMICA

O QUE É?

E DESENVOLVIDO ESSE TRABALHO COM UM OLHAR INTEGRADO E

INTEGRAL SOBRE DIFERENTES DOMINIO DA ORGANIZACÃO.

Page 154: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

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Concebe a organização em diferentes dimensões além de suas estruturas, mas

quando a gente olha sistematicamente, se percebe que o campo das redes

humanas, que aprendemos chama-lo de inconsciente coletivo ele é tão vivo

atuante, ele atua em outra dimensão dentro de um propósito de ser dela.

E se torna visível em um único olhar.

O fundador diz a que serve isso?

Resgatar o propósito da origem da empresa.

Um modelo de campo, está além e opera em nós.

Uma pessoa demitida injustamente, permanece naquele campo relacional.

Quando alguém chega ele não vem totalmente livre e liberado para desenvolver

o seu talento.

Muitas vezes ele está respondendo a uma memória ativa com resultados e foco.

Assim fica comprometido, a pessoa fica esvaziada, ela está presente ele passa

pertencer a um outro campo.

Olha o sistema da empresa como m organismo vivo em evolução.

Primeiro princípio é o de Pertencer todo mundo tem direito, quando ele não tem,

ele sente ameaçado.

Quando a pessoa é demitida como fica esse pertencer?

Na família esse princípio é permanente.

Na empresa é o contrário. O pertencer é temporário, venho por um tempo.

O segundo princípio da ordem e hierarquia.

Não dá valor aos que já estão.

O terceiro é o princípio da troca.

Dar e receber.

Page 155: CONSTELAÇÃO FAMILIAR

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Quando os Princípios Sistémicos são considerados, parece que a organização

funciona duma maneira mais suave, harmoniosa e confortável.

Seu principal representante na atualidade é o Master Trainer Guillermo

Echegaray autor dos livros Constelações Organizacionais e Empresas com

Alma, Empresas com futuro. Atendendo clientes como Banco Santander, HSBC,

UTE- Uruguay, Laboratorios Cinfa, PWC, entre outros.

ESSE MÉTODO VAI NOS ENSINAR COMO SERMOS

FELIZES

Parece que não temos direito à felicidade, não podemos viver plenos.

Segundo Bert Hellinger, criador da abordagem sistêmica e principal nome no

campo das Constelações Familiares, diz:

O nosso conceito de felicidade está ligado a sentimento de culpa e inocência.

Ou seja, nos sentimos culpados por estarmos felizes quando em nosso sistema

familiar há situações difíceis.

E ainda diz: Não existe nada melhor do que aquilo que é. Não existem pais

melhores do que aqueles que temos, futuro melhor do que aquele que se

encontra diante de nós. Aquilo que existe é o que há de maior.

E FUNCIONAM. A felicidade significa que acolho tudo em meu coração, do modo

que é me alegro.

É este o máximo da felicidade: quando nos alegramos com a realidade da forma

que é, e quando nos alegramos com os nossos pais da forma que são, com o

nosso passado assim como foi, com o nosso parceiro, da forma que ele ou ela

é, com os filhos da forma que são, exatamente da forma que são.

É a melhor coisa que existe. Esta alegria é o máximo da felicidade. Ela vem do

coração. É ampla e irradia luz. Em torno dela, outros se sentem bem, ela inclui

muitos. É satisfeita e grata, toma e dá. O instinto de pertencer.

É um dos mais fortes instintos humanos é o de pertencer a um relacionamento

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a um qualquer grupo a que estejamos associados; sentimo-nos confortáveis se

“encaixamos bem”, mas incomodados se não o conseguirmos.

Hellinger, Bert. Ordens da ajuda.

PARA QUE SERVEM.

Analisando a felicidade na visão de Bert Hellinger, podemos compreender que o

caminho para a nossa felicidade é ter coragem de assumir essa culpa.

Tentar assumir as rédeas da nossa própria vida, a vida que recebemos através

de nossos pais e nossos antepassados, pode trazer esse sentimento de culpa.

SUA APLICACÀO PRÁTICA

Ao agirmos em prol da felicidade pode nos fazer sentir que estamos fazendo

diferente de nossos pais, e esse diferente pode significar sermos mais felizes do

que eles puderam ser. De forma muitas vezes não consciente isso pode nos

trazer culpa, a culpa por estar e ser feliz!

Assim permanecemos no problema, na dor, na dificuldade de superar algo,

porque é com esse estado que estamos familiarizados, acompanhados, unidos

e fiéis aos nossos antepassados.

A não aceitação dos destinos difíceis da nossa família é como uma pedra que

bloqueia a passagem da água em um riacho, fazendo que ela pare de correr e

fique represada.

Quando reconhecemos e honramos nossos antepassados e todas as suas

dificuldades, aceitamos a vida como foi e é.

Ao aceitarmos esse destino e compreendermos que podemos fazer diferente,

sem culpa, esse bloqueio é retirado e as águas voltam a seu curso natural.

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Ou seja, nos libertamos dessa culpa e compreendemos que podemos sim,

sermos verdadeiramente felizes.

OUTRAS INFORMACÕES

A Constelação Familiar ensina que pertencemos a nosso sistema familiar e isso

não pode ser mudado, entretanto não precisamos ficar presos ao mesmo destino

daqueles que fazem parte desse sistema.

A aceitação do destino é um ponto chave para os movimentos internos de

mudança.

Para que você consiga isso criamos esse exercício que tem um poder imenso e

transforma vidas.

Você deve praticar todos os dias e em especial todas as vezes que não se sentir

merecedor da felicidade ou quando bater aquela culpa por estar feliz.

Respire calmamente algumas vezes, deixe seu corpo relaxar e repita para si

mesmo, algumas vezes, se possível em voz alta, feche então os olhos e permita

que as palavras ecoem em sua mente.

Mantenha esse exercício, ao menos durante 21 dias.

Eu sou merecedor de toda a felicidade e amor que me cerca. Tenho o direito de

viver a minha própria vida da forma que escolher.

Reconheço as dificuldades de meus familiares e as minhas também.

Me permito construir, ser e fazer o melhor de mim em busca da minha felicidade

e daqueles a quem eu amo. Eu Sou a manifestação de todos os anseios e

vontades de meus antepassados e ao ser feliz, manifesto essa felicidade para

todo o meu sistema, sou assim o elemento transformador de nosso sistema para

a felicidade a que somos destinados.

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Esse exercício que parece simples irá ampliar sua consciência e ressignificar

informações que estavam te impedindo de manifestar a felicidade de forma

plena.

Lembre-se: Seus pais viveram a vida que foi possível para eles e através de sua

existência permitiram a continuidade da família, com certeza honramos aos

nossos pais sendo felizes por nós e de certa forma em sua homenagem.

Agora o responsável pela sua vida e felicidade é VOCÊ.

A constelação é um livro muito aberto.

Sempre há mudanças. Bert Hellinger, autor dessa técnica.

O que de mais valor você tem?

A VIDA.

A VIDA BIOLÓGICA ENTENDER O SISTEMA, NÃO É TÃO FACIL.

PRIMEIRO É A ORDEM DO SISTEMA FAMILIAR.

PAI E MÃE RECEBEU A VIDA ESSE FLUXO.

Preciso ampliar a minha visão de algo muito maior

Quando não reconheço os meus pais biológicos,

CRIO UMA DESORDEM.

Pelo desrespeito, você está no lugar que você deve estar.

A evolução e essa.

O sistema é assim.

PATRIMONIO GENETICO

NOS TAMBÉM RECEBEMOS PARECE INJUSTO

MAS NÃO É

RECEBEMOS IMPACTO NA MINHA VIDA ATUAL

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Quando existe um impacto muito forte na morte na vida como medo, escassez,

fome, morte...isso desenvolve impacto nessa linhagem cria padrões

Que hoje não consigo mudar comportamento de repetição em alguma época

houve dinâmica nessa família de padrões estabelecidos de força.

E tudo é inconsciente.

A Constelação nos permite essas memórias.

Qual é a proposta familiar?

Como é possível ter acesso a esse emaranhamento? Através da ressonância

que você teve.

Através de uma visão sistêmica observa os sentimentos e as sensações e

transformando em algo que possa ser entendido pela mente racional.

Quando alguém começa a contar a sua história, ela retira força do campo.

Quais temas podem ser constelados?

Podem envolver relacionamento de casal, familiares, comportamentos

persistentes, e repetitivo, emprego meio profissional, destino familiar recorrente,

doença, física e emocional, quando mais clara for o tema o conflito, menos

precisa ser explicado.

Explicar retira a força do campo.

A Constelação também pode ser individual como em grupo.

A Constelação reconhece que um sistema é maior do que a soma das partes.

Na minha família eu tenho muito mais do que aglomeração de pessoas.

Cada indivíduo tem a sua função e todos são importantes

Constelação é uma técnica do amor.

O corpo humano também é um sistema e o mais importante é a vida dentro dele.

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Quando um membro da nossa família funciona para preservar a espécie, serve

o sistema.

O que é o campo?

Os pássaros voam dentro de um campo. É perfeito.

Anda no campo de informação, forma e força.

Mesmo que um parente nosso morreu o lugar dele vai estar dentro do Campo.

Temos que honrar

Você vai aprender amar.

Vai sair do amor disfuncional.

Força o fluxo da vida. Cada fluxo vai chegar até mim, com mais ou menos

qualidade.

Aonde não tem amor não tem uma relação saudável.

Se faço exclusão o movimento do fluxo pode ficar interrompido.

Nasceu faz parte do sistema.

Todo sistema tem uma ordem.

Ha que dar e receber.

Constelação, nunca julgar.

Quem executa, gerencia

A nossa consciência individual.

Conhecer as leis, amplia a nossa visão e percepção para não julgar

Tudo o que você meche

Meche no campo, equilibra o sistema dentro o passado

Técnica de reconciliação.

Aquilo que respeito me liberta e aquilo que nego me aprisiona.

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161

Há que saber onde e como olhar.

Existe um método que mostra o que está acontecendo.

Na psicoterapia sempre se soube que vivências pessoais traumáticas podem

acarretar duradouras perturbações físicas e psíquicas quando, por motivo de

sobrecarga atual, são reprimidas e excluídas. A superação desses sintomas

torna-se possível quando são readmitidos e reintegrados os aspectos até então

dissociados.

O PAPEL DO FACILITADOR

No trabalho com doentes, vivenciei Bert Hellinger como alguém que, sem a ajuda

de remédios, por meio de sua percepção, de seu ser e de sua ação, tinha o poder

de desencadear processos curativos em pacientes. Meu sentimento foi o de ter

encontrado o que buscava. Stephan Hausner.

O terapeuta é um catalisador da mudança curativa no paciente. Não é ele que

cura, mas ele cria condições para que alguém se cure.

Além disso, as constelações familiares nos mostram como os traumas dos

antepassados a que nos vinculamos pelo destino continuam a atuar através de

gerações e influenciam a vida dos descendentes.

Precursoras para o desenvolvimento das constelações familiares foram as

intuições de Bert Hellinger sobre as formas de atuação da consciência moral e

sobre o que envolve alguém, dentro de uma família ou mesmo fora dela, no

destino de outra pessoa, assim como sua permanente observação e o êxito que

obteve na tentativa de desenvolver meios para dissolver esses envolvimentos.

Cada ser humano nasce numa família.

Isso gera um vínculo que o liga a todos os membros dessa família.

Uma instância oculta, que Bert Hellinger chama de “consciência familiar” vela

pelas condições que reinam na família enquanto compartilha de um destino

comum.

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A essas condições estamos expostos e subordinados, independentemente de

nossa vontade.

Essa instância vela pelo vínculo no sistema, pelo equilíbrio entre o dar e o

receber, assim como no destino, e pela preservação da ordem.

A ordem prescreve que todos os membros da família, inclusive os falecidos,

possuem igual direito de pertencer a ela.

Quando um membro da família é excluído, desprezado ou esquecido - por

exemplo, uma criança que nasceu morta -, essa consciência coletiva faz com

que um outro membro, geralmente de uma geração posterior, inconscientemente

se identifique com a pessoa excluída.

Nesse enredamento o segundo torna-se semelhante ao primeiro e reproduz

aspectos do destino dele, sem que saiba por que é sem poder evitá-lo.

Uma segunda ordem que vela a consciência coletiva é a hierarquia pelo tempo.

Dessa maneira, os pais têm prioridade em relação aos filhos, o primeiro filho em

relação ao segundo etc. Entre famílias, a que foi fundada ou surgiu por último

tem precedência sobre a anterior. Portanto, a família atual tem precedência

sobre a família de origem e a segunda família sobre a primeira, mesmo que tenha

se originado por meio de um filho extraconjugal.

Em oposição à consciência moral pessoal, por onde percebemos imediatamente

se nosso modo de agir coloca em risco nosso pertencimento, a consciência

coletiva, atuando de modo oculto, vela pela preservação e pela coesão da

família.

Apegamo-nos a muitas doenças e sintomas pelo anseio de proximidade com

nossos pais ou pela necessidade de pertencer à nossa família. Muitas vezes

atua aí uma necessidade inconsciente de compensação, quando nos sentimos

culpados ou exibimos uma pretensa reivindicação.

Ou então a doença nos obriga a uma parada quando infringimos uma ordem com

nossa atitude ou nosso comportamento.

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163

Por meio da investigação sobre possíveis envolvimentos familiares de membros

individuais, o trabalho com as constelações sistêmicas levou a um conceito

ampliado de família, onde se incluem todos os que são abarcados pela

consciência do grupo familiar.

Nesse sentido pertencem a ela todos os filhos, portanto nós e todos os nossos

irmãos e meios-irmãos, inclusive os natimortos, bem como os filhos que foram

dados, ocultados ou abortados.

Além disso, pertencem à família os pais e todos os seus irmãos, os avôs,

algumas vezes também os seus irmãos, principalmente quando tiveram um

destino especial, e por vezes ainda os bisavôs.

Além dos parentes, pertencem ainda ao sistema familiar todos aqueles que de

algum modo sofreram uma perda por intermédio da família, ou cujo destino

proporcionou a ela um ganho.

Tais são, por exemplo, os parceiros anteriores dos pais ou dos avós, que tiveram

de ceder ou liberar o seu lugar.

Nesse contexto também são considerados como pertencentes ao sistema

familiar aqueles que foram vítimas de violência por parte de membros da família.

Além disso, em razão do vínculo especial que nasce entre vítimas e

perpetradores, nas famílias em que houve vítimas de crimes e violências também

pertencem a ela os assassinos.

Todas as pessoas mencionadas constituem a família como uma comunidade

que participa de um destino comum. O corpo fala a linguagem do espaço.

Próximo, distante...a constelação utiliza a sensação percepção e traz a imagem

e elementos chaves.

Nós não temos consciência, não compreendemos e ignoramos o corpo,

E melhor ao fazer uma constelação e verificar o que o corpo está me dizendo.

Temos que ter a relação desses elementos.

Dá entendimento para a nossa mente o que o corpo está falando.

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164

Então um constelador que sabe desse trabalho e vai ver os elementos que estão

dificultando a sua saúde e o dinheiro, deixar que o corpo mostre dentro do

espaço quem está perto quem está longe.

Pega aquilo que você vinha sentindo e faz a imagem daquilo e quando você vê

a imagem que é fácil de compreender a sua mente junta as partes.

O seu sentir como percepção que forma uma imagem e a mente faz a

compreensão. O método ideal para mostrar os efeitos trans geracionais dessa

consciência coletiva oculta é a constelação familiar.

O fenômeno surpreendente, e até agora inexplicável, é que os representantes,

uma vez posicionados pelo paciente devidamente centrado, são tomados por um

movimento e imediatamente passam a sentir-se como as pessoas reais que

representam, manifestando sentimentos delas e por vezes exibindo sintomas

físicos semelhantes, quer estejam representando pessoas vivas ou já falecidas.

A partir do modo como os representantes se inter-relacionam, dos seus

sentimentos e expressões e dos impulsos que manifestam, o “constelador” e o

paciente reconhecem os acontecimentos relevantes da história familiar e as

dinâmicas que atuam nessa família e que podem estar em conexão com a

doença e os sintomas do paciente.

FINAL DA CONSTELAÇÃO

QUANDO TERMINA O CLIENTE AGRADECE OS REPRESENTANTES. E QUE

ELE POSSA APRENDER AO MAXIMO DE TUDO O QUE VIU E SENTIU

PERCEBEU INTERIORIZOU QUE LHE VAI SER DE GRANDE AJUDA

O INTERESSANTE DENTRO DESSA METOLOGIA E O QUE O CLIENTE

TENHA UMA IMAGEM CLARA DE SUA SITUACÃO ATUAL E O CAMINHO A

PERCORRER

TODOS NOS SOMOS UM SISTEMA, E CADA UM TEM O SEU PAPEL, EM

CONTINUA MUDANCA E MOVIMENTO E A NOSSA VISÃO VERIFICA MUITOS

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SISTEMAS AO NOSSO REDOR. QUANTO MAIS CONSCIENCIA DO TODO,

MAIS A NOSSA ACÃO BENEFICIA ESSE TODO

No que o TODO precisa de mim? Como chegar nesse todo?

Como já foi dito no início deste curso, o nosso primeiro sistema é o sistema

familiar: começamos a aprender como é que os sistemas trabalham desde o

nosso nascimento.

Este conhecimento é tão automático que a maior parte das vezes não temos

consciência dele, do mesmo modo que nem notamos que respiramos...

Este conhecimento implícito do comportamento sistémico é levado conosco para

outros grupos durante toda a nossa vida.

NÓS FAZEMOS PARTE DE MUITOS SISTEMAS EMARANHAMENTO VÁRIOS

FIOS.

CONHECENDO ISSO E OLHANDO VAMOS TER MAIS OPCÕES.

NOSSO OLHAR SE TORNA MAIS ABRANGENTE E VAMOS ALEM DO

INVISIVEL.

PARA TORNA VISIVEL O INVISIVEL

Ninguém pode dizer: “As coisas não andam bem porque um Princípio Sistémico

não foi seguido!”. O método que se utiliza para trazer esta informação à luz é o

método das Constelações.

CONCLUSÃO

Nascemos dentro de um sistema familiar e não sabemos o seu histórico.

SISTEMA é um grupo de pessoas que permanecem unidos ou vinculados por

forças que o permeiam

Muitas das dificuldades pessoais que temos, são resultados de “confusões” no

sistema familiar.

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Estas confusões ou desequilíbrios ocorrem quando um membro de nosso

sistema familiar “fere” uma das três leis descobertas por Hellinger

Lei da ordem Lei da hierarquia e lei do Pertencimento onde acabamos

incorporando em nossas vidas o destino deste membro, que pode ainda estar

vivo ou ter vivido no passado de nossa família.

Quando existe este desequilíbrio, nós, de forma inconsciente e obviamente, sem

querer, acabamos por repetir os mesmos padrões e tomando seu destino.

Estes membros, quando vistos através das Constelações Sistêmicas, percebem

que foram excluídos, esquecidos ou não reconhecidos no lugar que pertencia a

eles.

Esta abordagem nos permite olhar para o nosso sistema familiar e colocar cada

membro em seu devido lugar, permitindo que a vida tome seu fluxo novamente

de forma amorosa e equilibrada.

A constelação nos ensina que quando estamos em equilíbrio com o nosso

sistema familiar, estamos em harmonia com a vida, independentemente de seu

aspecto, possibilitando que tudo flua de forma natural e seguindo o seu destino.

Inconsciente fazemos as coisas do mesmo jeito sem perceber. A grande

diferença é que nós podemos observar o que infelizmente não fazemos.

Temos que despertar a nossa consciência.

Qual é a vantagem de estar no piloto? O benefício é que podemos fazer várias

coisas ao mesmo tempo e perde menos energia.

No auto piloto não sabemos do nosso comportamento. E outra vertente muitos

acham que são analista do seu cérebro, analisam o seu pensamento, através de

auto-observação, e a mente fica incomodada, ela silencia.

Como podemos estar no controle da nossa vida?

Eu recomendo a respiração e observação.

A consciência nos ajuda a fazer mais escolhas aumenta a consciência.

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Em vez de julgamento, qual é o custo de valor tem nisso? Somos todos nós

milhão de células, temos energia e informação.

O que nos faz conectar é a nossa observação, a informação está à disposição.

As constelações permitem o que a sabedoria proporciona, a saber, associar

situações, que sempre são individuais e únicas, a “regras” gerais da alma. Dessa

maneira, o particular e o geral podem colaborar no cliente e em seu sistema de

relações, no sentido de um processo esclarecedor e ordenador.

Então vivenciamos a ordem.

Princípios que norteiam as Constelações Familiares

Chamamos de “destino” as forças que, a partir do passado, vinculam-nos

necessariamente aos efeitos, bons ou maus, de acontecimentos.

Esses efeitos nos são “destinados” independentemente de nossa vontade.

Por outro lado, estamos sujeitos a uma “sorte”, isto é, a acontecimentos que nos

atingem casualmente, sem que possamos escapar.

Não temos nenhuma possibilidade de interferir retroativamente naquilo que nos

atinge por acaso ou como efeito necessário de um passado.

Apenas no que toca ao futuro dispomos de uma certa liberdade de ação, na

medida em que lidamos com o destino e podemos abrir-nos a mudanças.

Vivenciamos dolorosamente quão pouco livres nós somos e percebemos que,

sem o nosso conhecimento ou vontade, revivemos, numa espécie de repetição

compulsiva, destinos passados, ocorrências funestas e problemas existenciais

não resolvidos.

A reconciliação Conflitos surgem na alma quando forças contrárias nos dividem

internamente e em nossas relações, obrigando-nos a lutar ou a reprimir. Então

sentimo-nos divididos, dilacerados, indecisos, intranquilos, estressados. A

principal eficácia e atratividade das constelações familiares reside justamente

em sua força de ligação e de reconciliação.

Elas recuperam os excluídos para as famílias.

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É motivo de constante surpresa vivenciar com que receptividade é acolhido em

todo o mundo um método e um trabalho de alma criado por Hellinger, que leva

em conta igualmente vítimas e perpetradores, com vistas à sua reconciliação.

Por toda parte percebe-se um profundo desejo de reconciliação, tranquilidade e

paz entre os vivos e com os mortos.

Nesse particular, as constelações familiares têm tocado em corações receptivos.

Ao mesmo tempo, o trabalho de reconciliação nas constelações permanece

ligado aos destinos individuais.

Nas constelações cuida-se principalmente de lidar com conflitos com um coração

pacífico.

As constelações mostram-se particularmente eficazes quando sentimos estar

revivendo, sem necessidade própria, necessidades passadas e não pacificadas

de outras pessoas, como se através dessa repetição algo pudesse ser reparado

e ficar em paz.

A constelação familiar voltou a abrir, no contexto da psicoterapia, um espaço

maior à dimensão do destino. As grandes forças da alma, que vão muito além

de nossa vontade e de nossas opiniões e que interferem em nossa vida,

emergem de uma espécie de inconsciente coletivo e podem ser encaradas,

honradas e acessadas num processo de abertura para algo novo.

A Ajuda as constelações familiares, embora sejam eventualmente oferecidas no

contexto de uma psicoterapia, não constituem uma psicoterapia no sentido

usual. Toda ajuda precisa adaptar-se às circunstâncias da vida do ajudado, ao

seu destino, à sua determinação pessoal, à sua capacidade e às suas decisões

e só pode interferir como apoio, onde e como a dignidade dele o permitir.

Quem ajuda precisa naturalmente de capacidade para estar à altura da

necessidade em questão.

Necessidades pessoais não resolvidas de quem ajuda o seduzem a buscar, na

simpatia por fracos e vítimas, a força de que precisa para a sua própria vida.

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O hábito de ser o “grande” e o “salvador” em sua própria família leva-o à ilusão

de que precisa estar à altura dos destinos dos clientes e ser melhor para eles do

que os seus pais.

Porém a ajuda precisa ser cuidadosamente separada da própria pessoa do

terapeuta.

A ajuda é totalmente sustentada pelas forças e pelo saber da alma da família do

cliente e, para além dela, pela atuação de forças superiores que temos

dificuldade em nomear.

Dessa forma, a constelação familiar também faz bem a quem ajuda.

As constelações proporcionam um insight liberador sobre os efeitos do destino,

colocam em ordem relações, de uma forma saudável e que estimula o

crescimento e proporcionam força, como um efeito indireto, na medida em que

as pessoas aprendem a receber sua vida de seus pais e dos seus antepassados.

Essa forma de encarar a ajuda difere da que prevalece em muitas formas da

psicoterapia tradicional.

As constelações confiam na capacidade do cliente, em sua responsabilidade e

competência para lidar bem com aquilo que vivenciou

Sistema familiar tem uma consciência, e exige que esse sistema tenha ordem,

ela tem princípios.

Vínculos, Ordem, Dar e Receber.

Amor para dar certo, é necessário conhecimento e reconhecimento de uma

ordem oculta do amor.

Ordem natural, um grande aprendizado os filhos precisam do Pai, eles não

precisam dos filhos, a base familiar é o casal fortalecido.

As almas dos filhos sobrecarregam quando os filhos passam serem exclusivos,

assim pagam um sentimento de expiação, não traz crescimento, se paga com

sofrimento.

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A criança passa a ter mais importância na família, é momento de reflexão, retirar

o peso, dar e receber; e uma lei sistêmica atua no consciente e inconsciente,

necessidade de compensação, se há crédito ou débito com alguém.

A troca equilibra as relações, permite uma vida longa e saudável.

Os pais vêm primeiro, depois filhos.

Os pais são grandes, e os filhos pequenos.

os filhos sentem grande ferem os princípios.

A alma do filho sente um desconforto, e manifesta em sofrimento auto imposto,

filhos assim vão ter turbulências, cheia de dor.

Restabelece quando reconhece a grandeza da vida e assim a ordem

restabelece.

A consciência Espiritual é mais ampla.

Constelação Familiar é amor.

Quando o inconsciente se torna consciente se cura.

Temos padrão repetitivos. Emaranhamento familiar.

Quando excluímos pessoas geram padrão repetição de raiva, ódio que vai gerar

conflito familiar, a cura acontece quando entra a ordem no seu lugar.

Há fala de cura no campo mórfico com a fala do constelador e com o recebimento

verdadeiro acontece transformação.

Novos Olhares para as Constelações Familiares-

Bert Hellinger diz algo sobre Constelação Familiar.

TEM UMA LONGA HISTÓRIA.

A Constelação Familiar ficou autônoma.

Quando alguém vem com um assunto e nos pede que façamos uma constelação,

então o que fazemos?

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Eu não pergunto a ele qual é o assunto, eu não quero saber e não preciso saber,

isso vem à tona dentro de uma constelação de forma surpreendente.

Constelação de um casal, sem perguntar o que eles querem eu coloco o

representante para o homem e para a mulher, e a constelação começa sem que

algo tenha dito.

O homem está de repente em outra dimensão ele não é ele mesmo, ele é o

homem sentado ele simplesmente se move e como ele é guiado como a mulher

e de repente tudo vem à tona.

Essa conexão tem um futuro e de repente tudo fica claro. Eu não sabia o

representante tampouco sabia.

A Constelação estava em outro plano colocada em movimento por forca criadora

sem que eu tenha tocado, essa é a nova constelação familiar.

Sem pergunta, sem objetivo, todos os participantes levados a outro plano.

Qual é outro plano? É quando uma forca criadora vindo diz realize...

O resultado vindo de uma outra forca esta é a Nova Constelação.

Aquilo que é antigo que é colocado em movimento por suas próprias forças.

ACABOU.

O QUE ACONTECE COM O CONSTELADOR?

ELE INTERVÉM, ELE TEM ALGUMA IMAGEM OU ELE SIMPLESMENTE ESTÁ

NO SERVICO DE OUTRO.

DE TUDO AQUILO QUE SE PASSA É SIM.

COMO UMA FORCA DIVINA, DIZ-SE FAÇA-SE.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MATERIAL APOSTILADO

Referências:

Ver Martin Heidegger, Úberlieferte Sprache zcnd technische Sprache

(Linguagem transmitida e linguagem técnica), Erker-Tterlag, St. Gallen, 1989.

Martin Heidegger, op. cit. p. 25

Martin Heidegger, op. cit. p. 27

Trabalho apresentado pelo autor para o 1 ° Módulo do Treinamento Sul-

americano em Terapia sistêmica fenomenológica de Bert Hellinger, Rio de

Janeiro, setembro de 2001. Do original alemão: Zur Technik des Familienstellens

Tradução de Newton Queiroz

Jakob R. Schneider - Publicado em: Weber, Gunthard (Ed.) (2000): Praxis des

Familien- Stellens. Beiträge zu Systemischen Lösungen nach Bert Hellinger.

Heidelberg (Carl-Auer- Systeme). Traduzido para o português por Décio Fábio

de Oliveira Jr, a partir de uma versão inglesa do site www.constelationflow.com

Reproduzido no site da editora Atman ltda com permissão expressa da Carl-Auer

Verlag.

LEDA REGIS. Grupo multi referencial: teoria e prática a facilitação de grupos. 2°

ed., Salvador: Editora...,2010.

FRANKE, U. Quando fecho os olhos vejo você: as constelações familiares no

atendimento individual e aconselhamento: um guia para prática. Patos de Minas:

Atman, 2003.

HELLINGER, B. A simetria oculta do amor: por que o amor faz os

relacionamentos darem certo. São Paulo: Cultrix, 1998.

HELLINGER, B. Ordens do Amor: um guia para o trabalho com constelações

familiares. São Paulo: Cultrix, 2001.