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CONSTRUÇÃO DAS DEMANDAS
ERGONÔMICAS E MODELAGEM:
ESTUDO DE CASO DA ATIVIDADE DOS
FUNCIONÁRIOS DE UMA LAVANDERIA
INDUSTRIAL EM UM HOTEL DO RN
Ana Luiza Santos Ribeiro (UFRN)
thyago de melo duarte borges (UFRN)
Tuira Morais Avelino Pinheiro (UFRN)
Juliana Araujo de Sousa (UFRN)
Viviane Bezerra Felix (UFRN)
O presente artigo tem como preposição demonstrar as condições as
quais os funcionários de uma lavanderia industrial estão submetidos,
descrevendo suas atividades, o posto de trabalho ao qual estão
inseridos, e as conseqüências que estes fattores trazem a saúde dos
trabalhadores. Para isto utilizou-se do método da Análise Ergonômica
do Trabalho proposto por (WISNER, 1987; VIDAL, 2008 e GUERIN,
2001). Objetiva-se demonstrar a importância que esta metodologia
possui no levantamento de demandas, na posterior demanda
selecionada e nas propostas de melhorias realizadas de acordo com a
demanda focada estabelecida. Para isso foi realizada a análise da
tarefa e da atividade das funcionárias, a construção social, a
construção da demanda, a seleção da demanda focada, sua
modelagem, e recomendações. Comprovou-se que as condições do
ambiente de trabalho as quais as lavadeiras estão submetidas não são
apropriadas para uma plena desenvoltura do serviço realizado. Foi
possível compreender a importância da metodologia da Análise
Ergonômica do Trabalho para identificação das problemáticas de um
posto de trabalho e sua conseqüente proposta de transformação
positiva, gerando satisfação e bem estar do trabalhador em sua
atividade.
Palavras-chaves: Análise Ergonômica do Trabalho; Lavanderia
Industrial; Construção da Demanda; Modelagem.
XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
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Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
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1. Introdução
Atualmente a preocupação empresarial está cada vez mais focada em qualidade de produtos e
serviços, maior competitividade e maximização de lucros. Porém, para uma maior eficiência
nos processos internos é necessária a compreensão da interação existente entre o trabalho e o
homem, e as consequências que uma atividade exercida pode gerar.
Segundo a definição oficial da International Ergonomics Association – IEA (2010)
“ergonomia é a disciplina científica que trata da compreensão das interações entre os seres
humanos e outros elementos de um sistema, e a profissão que aplica teorias, princípios, dados
e métodos a projetos que visam otimizar o bem estar humano e a performance global dos
sistemas”.
A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) compreende um conjunto de análises globais,
sistemáticas e intercomplementares que permitem a modelagem operante da situação de
trabalho (VIDAL, 2003).
Tendo em vista a relevância desses fatores, buscou-se a aplicação prática dos conceitos
apresentados em uma lavanderia industrial, sabendo que esse setor apresenta um trabalho
cansativo e exaustivo, provocando a exposição dos trabalhadores a esforços físicos
desgastantes, contato com produtos químicos, elevado nível de ruído e temperatura. Para
Couto (1995) a exposição dos trabalhadores a altas temperaturas durante a execução de suas
atividades pode causar doenças como hipertermia ou intermação.
Evidenciando a importância deste setor, segundo o SEBRAE (2004), estima-se que o mercado
de lavanderia industrial movimente cerca de R$ 140.000.000 (cento e quarenta milhões) de
reais por ano no Brasil, tendo uma estimativa de 4 mil lavanderias espalhadas pelas cidades
brasileiras.
Sob essa perspectiva, buscou-se a análise de um posto de trabalho, considerando seus aspectos
cognitivos, físicos e organizacionais. Um estudo de caso foi realizado em uma lavanderia
industrial localizada na região de Natal, no Estado do Rio Grande do Norte. De acordo com a
metodologia da Análise Ergonômica do Trabalho (AET), objetiva-se estabelecer a demanda
que mais influência na atividade, perceber suas conseqüências para o trabalhador e estabelecer
propostas de melhorias que venham proporcionar satisfação e bem estar do funcionário em
seu posto.
O artigo foi estruturado em seis seções da seguinte maneira: Na introdução apresentou-se o
delineamento do estudo. Na segunda seção, apresenta-se a metodologia da pesquisa realizada.
Na terceira, inicia-se o desenvolvimento da fundamentação teórica, analisando a Análise
Ergonômica do Trabalho. Uma abordagem acerca das condições de trabalho no setor de
lavanderia é apresentada na quarta seção. Posteriormente, apresenta-se, na quinta seção, o
desenvolvimento do estudo de caso com análise da construção social da empresa, construção
da demanda, diagnóstico e a proposição de um plano de recomendações. Por fim, na sexta,
são feitas as considerações finais.
2. Metodologia
O presente estudo foi desenvolvido visando um melhor entendimento acerca da relação
existente entre um operador e a atividade que ele realiza, buscando analisar os pontos críticos
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e propor recomendações de forma que venha a proporcionar o bem-estar social de uma
organização.
Utilizou-se a metodologia da Análise Ergonômica do Trabalho, compreendendo as seguintes
etapas: construção de demandas, modelagem da atividade e, idealização de um plano de
recomendações adaptado à organização.
Primeiramente houve a necessidade de levantamento de hipóteses através de pesquisa
bibliográfica a respeito das demandas gerais encontradas em um setor de lavanderia industrial,
após essa devida pesquisa, foram feitas visitas técnicas no posto de trabalho, podendo,
portanto, confrontar as hipóteses de demanda com as demandas gerencias e latentes
percebidas no caso de estudo, chegando dessa maneira a um diagnóstico, para através deste
propor um plano de recomendações.
Figura 1 – Metodologia da AET
Esse trabalho caracteriza-se como um estudo de caso, pois busca investigar a contribuição da
AET para uma instituição. “O estudo de caso é um trabalho de caráter empírico que investiga
um dado fenômeno dentro de um contexto real contemporâneo por meio de análise
aprofundada de um ou mais objetos de análise (casos)” (MIGUEL, 2010).
A modalidade de pesquisa adotada possui caráter exploratório, objetivando a caracterização
inicial do problema, sua classificação e sua definição. Foram utilizadas técnicas
observacionais (auxiliadas por registros fotográficos e vídeos) e técnicas interacionais (escuta
de verbalizações espontâneas e provocadas) a fim de observar os fatos como realmente
ocorrem e conhecer o ambiente que seria estudado.
3. Análise Ergonômica do Trabalho
Segundo o Ministério do trabalho e Emprego - MTE (2002):
“A análise ergonômica do trabalho é um processo construtivo e participativo para a
resolução de um problema complexo que exige o conhecimento das tarefas, da
atividade desenvolvida para realizá-las e das dificuldades enfrentadas para se atingir
o desempenho e a produtividade exigidos”
A prática da Análise Ergonômica do trabalho está pautada no “diagnóstico dos problemas e
suas conseqüências tanto para o funcionário como para a empresa. É condição primordial para
que se possa então proceder aos projetos de modificações, visando o bem estar do ser humano
e a produtividade com qualidade” (VOLPI,2003).
Nesse sentido, a Análise Ergonômica do Trabalho não se limita tão só ao posto, mas verifica,
também, “as características do ambiente (principalmente quanto ao conforto térmico, conforto
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acústico e iluminação), [...] do método de trabalho, [...] do sistema de trabalho e análise
cognitiva do trabalho” (COUTO 1995, p.374).
Segundo Soares (1999) a demanda ergonômica é a primeira etapa do processo da Análise
Ergonômica do Trabalho (AET), o objetivo desta consiste em definir de forma precisa o
problema em questão, partindo de uma negociação com todos os atores envolvidos. Moraes
(2005) corrobora denominando a primeira etapa de uma intervenção ergonômica como
apreciação ergonômica, e a define como sendo uma fase exploratória que compreende o
mapeamento dos problemas ergonômicos da empresa.
Na segunda etapa faz-se necessária uma modelagem da atividade de trabalho, analisando
fatores relacionados aos aspectos ambientais, humanos, sociais e técnicos, ou seja, tudo que
possa influenciar no exercício do trabalho. Nesta fase, é preciso classificar os problemas
ergonômicos-posturais encontrados, estes podem ser agrupados como: informacionais,
acionais, cognitivos, comunicacionais, interacionais, deslocacionais, movimentacionais,
operacionais, espaciais e físico ambientais. Esta etapa é caracterizada pela hierarquia dos
problemas, priorizando aqueles que mais influenciam a atividade do trabalhador.
A terceira etapa trata da análise concisa da demanda focada, buscando a elaboração de um
plano de recomendações que venha a acrescentar transformações positivas para o funcionário
em seu posto de trabalho.
O fato de uma Análise Ergonômica não ter como foco, necessariamente, toda a empresa, mas
situações específicas, ou postos identificados como problemáticos, exige uma mutabilidade da
demanda, que deve ser sempre revista a partir da interação com os fatores humanos
envolvidos, promovendo a participação dos trabalhadores e/ou de seus representantes nesse
processo (LIMA, 2004).
Dessa maneira, a Análise Ergonômica do Trabalho define o problema a ser estudado, a partir
do ponto de vista dos diversos fatores sociais envolvidos, permitindo a elaboração de um
plano de intervenção que venha à contribuir para a organização.
4. Condições de trabalho no Setor de Lavanderia
Os trabalhadores de lavanderias estão submetidos a riscos de várias ordens que justificam os
problemas de saúde dos funcionários desse setor. Bartolomeu (1998), Wakamatsu, et al.
(1986), Lisboa e Torres (1999) e Prochet (2000) referiram doenças pulmonares, do sistema
músculo-esquelético, fadiga ocular, irritações, lacrimejamento, cefaléia, ricos ambientais pelo
não uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), riscos ocupacionais, biológicos,
físicos, ergonômicos e posturais, a que estão expostos os funcionários e que refletem uma
característica preocupante na prevenção de doenças, lesões ocupacionais e patológicas.
Para Lisboa e Torres (1999), as cargas biológicas a que os funcionários estão expostos são: i)
doenças transmissíveis agudas e crônicas, parasitose, reações alérgicas; ii) os respingos de
sangue e outros fluidos corporais.
Prochet (2000) relata as más condições do ambiente físico de trabalho na lavanderia: os
trabalhadores estão expostos diariamente, a altas temperaturas, umidade, excesso ou escassez
de luminosidade, ruído e vibrações.
Lisboa e Torres (1999) priorizam o fato desses funcionários trabalharem em posturas
inadequadas para a manipulação das máquinas e peças de roupas, permanecendo a maior
parte do tempo em pé e manipulando peso em excesso . Deve-se salientar que os
trabalhadores são subordinados a cargas psíquicas, decorrentes do trabalho repetitivo,
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monótono, manual/automatizado, ritmo intenso (alta demanda a ser atendida), estresse,
tensão, ansiedade, trabalho parcelado e insatisfação.
Torna-se bastante importante para a sociedade contemporânea perceber que a saúde e a
qualidade de vida de grande parte da população são prejudicadas por causa de distúrbios
músculo-esqueléticos agudos e crônicos, uma vez que esses problemas são uma fonte
significativa de lesões e incapacidades no trabalho.
5. Estudo de Caso
Dentre as funções exercidas por um hotel, a tarefa de lavar as peças (lençóis, colchas, toalhas,
fronhas e tapetes para o banheiro) é de suma importância, pois todos os clientes terão contato
físico com estes, necessitando, portanto, do ótimo estado dessas peças.
Nesse sentido, após todo o embasamento teórico, aplicaram-se os conceitos apresentados em
uma lavanderia industrial, dando enfoque aos dados referentes à Análise Ergonômica do
Trabalho, e de que maneira estes poderiam auxiliar as atividade diárias dos colaboradores da
organização, buscando definir um plano de intervenções.
5.1. Caracterização da Empresa
A organização estudada trata-se de uma lavanderia industrial presente em um Hotel localizado
em um bairro de classe média de Natal/RN. A empresa tem 8 anos de atuação no mercado e
busca sempre a melhoria contínua de seus serviços.
A lavanderia da instituição possui 3 funcionários de sexo feminino com idade média de 38
anos e de grau de escolaridade de ensino fundamental incompleto. A carga de trabalho das
lavadeiras é de 12 horas diárias.
5.2. Análise da atividade x tarefa
Em qualquer ambiente de trabalho existem ações que devem ser desenvolvidas de acordo com
o que é pedido, porém, em alguns casos, as ações não acontecem como são previstas por
diversos fatores.
Entende-se por tarefa aquilo que a organização estabelece ou prescreve para o trabalho a ser
realizado. A ação que o trabalhador pratica para executar uma tarefa denomina-se atividade.
Na lavanderia objeto do estudo de caso as tarefas passadas pela gerência são as seguintes:
Figura 2 – Tarefas passadas pela gerência à lavanderia
O processo para lavagem das peças começa quando as camareiras recolhem o material e tem
como tarefa verificar peça a peça, certificando que não existem manchas, e se existirem
separá-las na pia lavatório. As roupas sem mancha devem ser separadas e colocadas nos
devidos baldes.
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Após essa separação entra a parte da tarefa das lavadeiras, elas devem pegar as roupas dos
baldes e colocá-las na máquina de lavar. Quando o processo de lavagem acaba as lavadeiras
devem colocar as roupas limpas para torcer na centrifuga e após isso as roupas devem ser
colocadas na máquina de secar. Depois as roupas devem ser passadas e dobradas para irem
para o estoque. No estudo de caso da lavanderia perceberam-se algumas divergências entre o
que é pedido e o que é feito de fato.
Algumas camareiras não separam as roupas nos devidos baldes e não separam as roupas com
manchas, sobrecarregando as lavadeiras que devem desempenhar uma tarefa a mais. As
roupas manchadas devem ser lavadas previamente a mão e só quando a mancha é retirada
essas podem ser colocadas na máquina de lavar.
Quando o processo de lavagem termina, as lavadeiras colocam as roupas em um balde e o
arrastam até a centrifuga, elas devem colocar as roupas de forma que essas não prendam na
borda da máquina, evitando que rasguem. Essa é mais uma atividade que não está prescrita na
tarefa, mas que foi descrita pelas funcionárias.
Depois de torcidas as roupas, estas são colocadas novamente em baldes e levadas para a
máquina de secar. Essa máquina não possui nenhuma regulagem de tempo de secagem,
cabendo à lavadeira verificar freqüentemente se a roupa está seca, para essa verificação a
trabalhadora coloca a mão dentro da máquina, correndo risco de sofrer uma queimadura.
No momento em que as roupas secam a auxiliar as coloca em uma mesa e dobra de acordo
com o kit (um lençol, duas toalhas, duas fronhas e um piso) e as leva para o estoque. Nessa
etapa as roupas deveriam ser passadas, porém isso não acontece, pois a máquina de passar
encontra-se quebrada.
A partir dessa descrição percebe-se que o trabalho real realizado é diferente da tarefa
prescrita, gerando sobrecarga de trabalho.
5.3. Construção Social
A Construção Social consiste na integração participativa de todos os envolvidos, diretos ou
indiretos, com a situação de trabalho, analisando o sistema de produção como um todo em o
contexto social, técnico e gerencial. Com isso, obtem-se o levantamento de dados e
informações, de modo a confrontar opiniões e realidades, com o propósito de ao final do
estudo propor melhorias.
O grupo de ação ergonômica (GAE) é composto pela integração entre a equipe de ergonomia
(Grupo Externo à empresa), que detém o conhecimento de conceitos técnicos e métodos
ergonômicos, e os interessados, relacionados, com a empresa (Grupo Interno), em um paralelo
com a equipe de trabalho, composto pela equipe responsável pelo gerenciamento da atividade.
O grupo de suporte (GS) é integrado por pessoas com poder de decisão na organização
(gerência administrativa), e neste caso, pessoas que possam determinar a aquisição de
recursos humanos, materiais e autorizar as mudanças solicitadas. Este grupo não
necessariamente detém o conhecimento técnico sobre o escopo do projeto, entretanto tem
poder de acatar ou rejeitar as propostas do grupo técnico.
O grupo de acompanhamento (GA) é composto por pessoas com poder de decisão técnica.
No caso em estudo, pessoas que possam decidir tecnicamente sobre questões relacionadas aos
requisitos da atividade, tais como riscos, comunicação, recursos humanos.
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A situação de trabalho será substituída pelas diferentes etapas da atividade e os grupos focos
serão os profissionais de cada área da empresa necessária para a execução da atividade, como
lavadeiras, camareiras e a gerência.
Figura 3 – Construção Social
5.4. Construção da Demanda
No estudo realizado a demanda caracteriza-se como provocada, pois o interesse de
identificação e posterior elaboração de propostas de melhorias partiram dos pesquisadores.
A partir da metodologia adotada, foram levantadas demandas referentes à área do ambiente de
trabalho, organizacional, segurança do trabalho e saúde. Classificaram-se suas origens como
sendo: demanda latente (encontrada na situação de foco), demanda gerencial (passada pela
gerência da empresa) e demanda de referencial teórico (encontrada durante a etapa de
levantamento de hipóteses ao se realizar a pesquisa bibliográfica).
Notou-se que muitas hipóteses de demanda foram comprovadas, destacando-se as
relacionadas ao ruído excessivo do local e a alta temperatura.
O quadro a seguir fornece as demandas confrontadas no que diz respeito a suas áreas e a suas
origens.
DEMANDA DO SETOR DE LAVANDERIA ORIGEM
SAÚDE
Postura Inadequada (LISBOA, TORRES, 1999);
Transporte de roupas - peso excessivo (LISBOA, TORRES, 1999);
Fadiga ocular (BARTOLOMEU, 1998); (WAKAMATSU, ET AL., 1986); (LISBOA E
TORRES, 1999); (PROCHET, 2000);
Irritações (BARTOLOMEU, 1998); (WAKAMATSU, ET AL., 1986); (LISBOA E TORRES,
1999); (PROCHET, 2000);
Cefaléia (BARTOLOMEU, 1998); (WAKAMATSU, ET AL., 1986); (LISBOA E TORRES,
1999); (PROCHET, 2000);
Contato com substâncias químicas
Carga psíquica
Movimento repetitivo
AMBIENTE
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Altas temperaturas (PROCHET, 2000); (COUTO, 1995);
Umidade (PROCHET, 2000);
Excesso ou escassez de luminosidade (PROCHET, 2000);
Ruído e Vibrações (PROCHET, 2000);
SEGURANÇA DO TRABALHO
Falta de EPI’s
Acidente de trabalho em todas as máquinas
ORGANIZACIONAL
Problemas de Comunicação
Referencial Teórico - ; Demanda Gerencial - ; Demanda Latente -
Tabela 1 – Construção da Demanda
A demanda selecionada refere-se ao ambiente de trabalho, essa demanda foi estabelecida
tendo em vista não apenas o alto grau de reclamação que as funcionárias da lavanderia
prestam a essa problemática, como também a comprovação da gerência em relação ao grau de
insalubridade proporcionado por essa demanda, portanto, a demanda focada refere-se ao alto
nível de calor e ruído no posto de trabalho. A tabela abaixo fornece algumas falas das
funcionárias ao se referir a essa demanda.
Temperatura Ruído
“Tem dia que eu fico muito agoniada, precisa
de um ventilador” (Funcionária 1, referindo-se a
alta temperatura)
“Essa máquina aqui ta uma benção” (Funcionária 1, referindo-se ao alto ruído da
máquina centrífuga)
“Quando eu to muito agoniada com a quentura
eu vou e levanto a calça” (Funcionária 1) “Quando eu quero falar com ela eu vou junto
dela ou se não desligo a máquina” (Funcionária
3)
“Ei, tem dia que isso ai é quente demais”
(Funcionária 1, referindo-se à alta temperatura da
máquina de secar)
“As máquinas fazem barulho porque não
recebem manutenção” (Funcionária 3)
“Quando eu cheguei já não tinha ventilador” (Funcionária 2)
“Eu falo alto para me escutarem” (Funcionária
3)
Tabela 2 – Demanda selecionada: Ambiente de Trabalho
5.5. Pré - diagnóstico
Após a análise do posto de trabalho chega-se ao pré-diagnóstico que o ambiente de trabalho
está inadequado para o trabalhador. O local apresenta elevada temperatura, levando ao
aparecimento de brotoejas, desidratação, sudorese e desconforto ao mesmo tempo em que não
se utiliza um fardamento adequado. Os ruídos levam a poluição sonora do espaço e afetam
diretamente a comunicação entre as lavadeiras. Estes fatos levam a saídas do posto de
trabalho e afetam diretamente a saúde do trabalhador e no rendimento da organização como
um todo.
5.6. Variabilidades e regulações
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A partir da análise focada, considerando a demanda selecionada como o ambiente de trabalho
impróprio para o trabalhador, buscou-se estabelecer quais as variabilidades e suas
conseqüentes regulações referentes à temperatura e aos ruídos.
Com relação à temperatura foi possível visualizar uma variabilidade técnica referente a não
regulagem de tempo pela secadora de roupas, dessa maneira as lavadeiras não possuem
certeza se a roupa está enxuta, levando a regulação de entrar em contato com as peças para a
verificação.
A alta temperatura gera uma ambiente desconfortável, como regulação para este fato a
gerência estabeleceu a pintura da máquina secadora. Porém, as lavadeiras continuam a relatar
o desconforto presente e o aumento do mesmo durante a jornada de trabalho, devido à falta de
um sistema de circulação de ar no ambiente, fazendo com que as mesmas deixem seu posto de
trabalho várias vezes durante o dia para beber água ou da uma “arejada” no ambiente externo
a lavanderia.
Nos dias de chuva a roupa demora mais para secar, levando as lavadeiras a aumentarem a
temperatura da máquina secadora para acelerar o processo, o que acaba por elevar a
temperatura do local.
No que se refere aos ruídos, percebe-se que a variabilidade do alto índice dos mesmos gera
um ambiente de trabalho com poluição sonora, fazendo com que as lavadeiras falem alto ou
desliguem a máquina centrífuga para poderem se comunicar entre si.
5.7. Possíveis acidentes
– A elevada temperatura causou rachaduras no teto e deteriorização dos azulejos na parede, o
que leva a um ambiente de trabalho instável com elevados riscos.
Figura 4 – Consequências devido à alta temperatura
– Pelo fato da secadora não delimitar o tempo em que a roupa estará enxuta, as lavadeiras
entram em contato direto com roupa para a verificação, levando a altos riscos de queimaduras.
Figura 5 – Funcionária exposta a altos riscos de queimaduras
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– A elevação da temperatura da secadora leva a alto nível de aquecimento, tornando-se um
sério risco de incêndio, considerando que possui gás no ambiente e não há a existência de um
extintor no local. Na foto abaixo é possível visualizar a chama amarela da secadora. É
passado pela gerência que esta deve manter-se azul, porém para acelerar o processo as
lavadeiras aumentam a intensidade.
Figura 6 – Chama da secadora
5.8. Diagnóstico
O objetivo da Análise Ergonômica do trabalho é a modificação das descrições sociais do
trabalho a partir da observação de comportamentos e da compreensão dos compromissos
elaborados pelas pessoas trabalhadoras (VIDAL, 2008).
Na situação de trabalho em análise, observou-se que as lavadeiras utilizam apenas botas,
uniforme padrão e luvas de plástico durante a execução de seu trabalho, faltando uso de
outros EPI’s, como: luva adequada para a máquina de secar (reduzindo o risco de
queimaduras), fardamento adequado para a atividade e protetor auricular.
Um ruído que ultrapassa a média de 80 dB (A) em oito horas de exposição, pode provocar
surdez. Se o ruído estiver uma intensidade constante de 80 dB (A), o tempo de exposição
máximo permitido é de oito horas. E a cada aumento de 3 dB (A), deve haver uma redução do
tempo pela metade, ou seja, se o ruído for de 83 dB (A), por exemplo, o tempo de exposição
se reduz para quatro horas. De acordo com Jan Dul e Bernard Weerdmeester (2000), as
perturbações nas comunicações e no trabalho intelectual ocorrem a partir dos 80 dB (A) de
ruído.
Acredita-se que as causas dos excessos de ruídos da máquina centrífuga devem-se a falta de
manutenção adequada e ao estado de conservação da mesma, provocando ruídos e vibrações
ainda maiores no ambiente e o conseqüente desconforto para população de trabalho da
lavanderia.
Nesse sentido, a manutenção regular das máquinas contribui para reduzir os ruídos. Fixações
soltas, desbalanceamentos e atritos são causas de vibrações, que produzem ruídos. A
substituição de peças defeituosas, regulagem e uma boa lubrificação contribuem para reduzir
os ruídos (JAN DUL, 2000).
O protetor auricular ajudará a amenizar a percepção do excesso de ruídos. Porém, é necessária
a prévia educação do trabalhador para utilização desse EPI, visto que conforme foi
evidenciado pelas lavadeiras, este já foi utilizado por elas, porém veio a provocar dores de
cabeça. Frente ao exposto, acredita-se que o seu mau uso e falta de cuidado ao “guardar” o
equipamento gerou essa consequência.
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O espaço físico limitado para disposição de máquinas e trabalhadores, e o calor excessivo
gerado pela máquina de secar têm como consequência um ambiente da com pouca circulação
de ar, levando a um posto de trabalho quente e abafado. Nessa situação, as lavadeiras
trabalham com pausas constantes durante o turno, são as freqüentes saídas para “ventilação” e
beber água. Este fato pode levar ao desvio de atenção do funcionário, já que ao sair do seu
posto de trabalho as máquinas continuam ligadas, podendo passar do tempo determinado para
a conclusão do processo. Portanto, é necessária a aquisição de um sistema de ventilação
(ventiladores) e fardamento com tecidos adequados a esse ambiente (roupas leves).
5.9. Recomendações
Após a análise da demanda selecionada, percebe-se o elevado risco de acidentes e das
condições e limitações dos trabalhadores.
A tabela abaixo permite a visualização dos aspectos abordados, valores, resultados, objetivos
e meios do que é necessário ser realizado para melhorar a qualidade do ambiente de trabalho
da lavanderia em questão.
SITUAÇÃO VALORES RESULTADOS OBJETIVOS E MEIOS
O que está
dando certo:
As máquinas
mesmo sem
manutenção
regular
funcionam.
O que é desejável:
Ambiente que
proporcione um bem
estar ao trabalhador,
com níveis de ruídos e
temperatura
suportáveis, que não
prejudiquem o
desempeno do
funcionário, nem a
curto ou longo prazo.
Que tipo de
resultados se
deseja:
Tornar o
Ambiente livre
de ruídos e
excesso de
temperatura.
Em que prazo:
No prazo de três
meses.
O que é possível:
Fazer manutenção das máquinas
Controlar a elevação da temperatura
da secadora
Fazer aferição do ruído e
temperatura
Adquirir fardamentos apropriados
Implementação de sistema de
circulação do ar
Instalação de um extintor de
incêndio
Instalação de um banheiro e
bebedouro
O que não vai
bem:
A alta
temperatura e o
ruído excessivo
impedem um
melhor
rendimento no
trabalho; A
máquina de
secar gera muito
calor e a
centrífuga
provoca grandes
ruídos.
Em que situação
melhorar:
Diminuição do ruído e
da temperatura.
Com que
alcance:
Tornar o
ambiente
favorável ao
desempenho do
trabalhador.
Como ser feito:
Estabelecer período de manutenção
preventiva das máquinas
Palestras e reuniões
Adquirir equipamentos que façam
aferição
Pesquisar a respeito de fardamentos
apropriados
Estabelecer uma melhor forma de
circulação de ar
Compra de um extintor e estudo a
respeito do seu melhor
posicionamento
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Estudo sobre layout do espaço para
construção
Quais os critérios de
melhoria:
Funcionários expostos
a uma quantidade de
ruídos inferior a 115
Db para um período de
tempo de 7 minutos.
Limites de tolerância
para exposição ao
calor, período de
descanso em outro
local com temperatura
mais amena.
Quem pode fazer:
Gerência e/ou contratação de terceiros.
Tabela 3 – Plano de Recomendações
6. Considerações Finais
Afirma-se que as condições do ambiente de trabalho as quais as lavadeiras estão submetidas
não são apropriadas para uma plena desenvoltura das atividades realizadas por estas, devido,
em quase sua totalidade, à elevada temperatura do local e ao excesso de ruído. Com isso,
deve-se buscar minimizar os riscos de acidentes e conscientizar gerência e funcionárias à
respeito das conseqüências a curto e longo prazo provocadas pela demanda selecionada.
Através desse estudo, percebe-se a importância da metodologia da Análise Ergonômica do
Trabalho para identificação das problemáticas de um posto de trabalho e sua consequente
proposta de modificação positiva, gerando satisfação e bem estar do trabalhador em sua
atividade realizada.
Recomenda-se a aferição do ruído e da temperatura do local para a verificação da exposição
diária das lavadeiras a estes fatores. Deve-se evitar que as lavadeiras aumentem a temperatura
da máquina de secar já que este fato eleva o desconforto do ambiente e a instalação de
extintor de incêndio como forma de prevenção à possíveis acidentes. É necessária a
implantação de um sistema de circulação de ar, aquisição de um fardamento diferenciado para
o pessoal da área, com roupas leves que facilitem a ventilação e deslocamento do operador, e
a instalação de um banheiro e bebedor de água, para diminuir a incidência de saídas do posto
de trabalho. É preciso à implementação de manutenções preventivas e regulares de todas as
máquinas para evitar quebras e mau funcionamento destas, o que implicará em redução das
variabilidades dos processos.
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