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19/07/2012 1 Construção e Manutenção de Terraços CONSTRUÇÃO DE TERRAÇOS (etapas) 1. Planejamento Tipo e espaçamento entre terraços (função do tipo de uso a ser dado à área, da declividade e do maquinário disponível) 2. Marcação no campo (equipamentos) 3. Construção propriamente dita Base estreita arado terraceador Base larga arado de discos ou motoniveladora 4. Dimensionamento do canal (> volume da enxurrada que chega no canal) chuva de máximo retorno área entre dois terraços capacidade de infiltração do solo Foto: Deusimar Ferreira de Freitas Figura. Nível óptico (1) e mira falante (2). Foto: Carlos Fernando da Cunha Figura. : Locação de terraços com nível óptico. CONSTRUÇÃO DE TERRAÇOS Na construção dos terraços são necessárias a escavação e desagregação da terra e a acumulação dessa para a formação do terraço. Os terraços podem ser construídos com uma grande variedade de formas, tipos e tamanhos e com uma grande diversidade de equipamentos. O terraceamento pode ser realizado com o auxílio de implementos acoplados às máquinas de tração disponíveis na propriedade ou por meio de equipamentos destinados exclusivamente a esta finalidade. A seleção do equipamento depende de vários fatores que devem ser analisados para cada área a ser terraceada. A construção pode ser feita por meio de enxada, enxadão, arados de aivecas ou de discos, lâminas terraceadoras, arados gradeadores, arados taipadores, terraceadores e motoniveladores. Os métodos para a construção de terraços com o uso de arados são os mais difundidos. Os terraceadores são mais indicados para a construção de terraços de base larga em terrenos com declividade menor que 10%.

Construção e manutenção de terraços aprest

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Construção e Manutenção de Terraços

CONSTRUÇÃO DE TERRAÇOS (etapas)

1. Planejamento Tipo e espaçamento entre terraços (função do tipo de uso a ser dado à área, da declividade e do maquinário disponível)

2. Marcação no campo (equipamentos)

3. Construção propriamente dita

Base estreita arado terraceador

Base larga arado de discos ou motoniveladora

4. Dimensionamento do canal

(> volume da enxurrada que chega no canal)

chuva de máximo retorno

área entre dois terraços

capacidade de infiltração do solo

Foto: Deusimar Ferreira de Freitas

Figura. Nível óptico (1) e mira falante (2).

Foto: Carlos Fernando da Cunha

Figura. : Locação de terraços com nível óptico.

CONSTRUÇÃO DE TERRAÇOS Na construção dos terraços são necessárias a escavação e desagregação da terra e a acumulação dessa para a formação do terraço.

Os terraços podem ser construídos com uma grande variedade de formas, tipos e tamanhos e com uma grande diversidade de equipamentos.

O terraceamento pode ser realizado com o auxílio de implementos acoplados às máquinas de tração disponíveis na propriedade ou por meio de equipamentos destinados exclusivamente a esta finalidade.

A seleção do equipamento depende de vários fatores que devem ser analisados para cada área a ser terraceada.

A construção pode ser feita por meio de enxada, enxadão, arados de aivecas ou de discos, lâminas terraceadoras, arados gradeadores, arados taipadores, terraceadores e motoniveladores.

Os métodos para a construção de terraços com o uso de arados são os mais difundidos.

Os terraceadores são mais indicados para a construção de terraços de base larga em terrenos com declividade menor que 10%.

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A altura do terraço a ser construído depende dentre outros fatores:

tipo de equipamento utilizado na sua construção,

habilidade do operador,

tipo e condições do solo,

tempo após sua construção,

cobertura vegetal,

regime pluviométrico, etc.

De acordo com o equipamento usado na construção, ocorre maior ou menor acamamento do dique do terraço.

Esse acamamento é de aproximadamente 5% quando é construído com a plaina ou a motoniveladora e em torno de 20% quando é feito com o arado.

Prever o acamamento → no projeto → acrescentar na construção (equipamento)

Seguem nos esquemas apresentados nas figuras a seqüência de operações recomendáveis para a construção, com arados de três discos, de terraços de base estreita do tipo Nichols e Manghum, respectivamente.

Esquemas contrutivos de terraços de base estreita: (a) terraço do tipo Nichols; e (b) terraço tipo Manghum. Os números indicam as passagens sucessivas do arado. Fonte: Mondardo e colaboradores, citados por DERPSCH et al (1991)

a)

b)

Detalhe dos travesseiros

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Esquemas contrutivos de terraços de base larga. Os números indicam as passagens sucessivas do arado. Fonte: Mondardo e colaboradores, citados por DERPSCH et al (1991).

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Após a construção dos terraços medidas que lhes assegurem um adequado acabamento

uma vez que a construção do terraço próximo às suas extremidades é prejudicada pela necessidade de manobra das máquinas agrícolas.

nesses locais é necessário, portanto, promover o bom acabamento dos terraços.

Terraços de absorção, as suas extremidades devem ser fechadas, o mesmo devendo ser feito nas extremidades dos terraços de drenagem opostas aos canais escoadouros.

O acabamento dos terraços nas extremidades que deságuam nos escoadouros também deve ser feito manualmente, para não comprometer seu funcionamento.

Uma vistoria do sistema de terraceamento depois das primeiras chuvas após a sua construção é recomendável para que sejam detectadas eventuais falhas no sistema e providenciada a sua correção.

MANUTENÇÃO DE TERRAÇOS Segundo VASQUEZ FILHO (1989), as medidas a serem adotadas para a manutenção da capacidade de acumulação de água pelos terraços podem ser classificadas em preventivas e corretivas.

PREVENTIVAS – visam minimizar o processo de degradação dos terraços.

adotar espaçamento entre os terraços e técnicas de manejo que resultem em adequado controle da erosão e diminuição do assoreamento dos canais;

efetuar o plantio em sulcos em nível ou com pequeno gradiente;

utilizar faixas de retenção acima dos canais dos terraços a fim de reduzir a velocidade de escoamento superficial e, conseqüentemente, a capacidade de transporte de sedimentos;

utilizar arado reversível, que movimenta a terra no sentido do aclive, a fim de compensar o movimento descendente de terra provocado pela erosão e pelos implementos agrícolas;

cultivar os camalhões com plantas que assegurem alta percentagem de cobertura do solo;

utilizar terraços com gradiente em solos podzólicos;

executar as operações de preparo, plantio e cultivo do solo paralelamente aos terraços;

evitar que as máquinas agrícolas transitem sobre a crista dos camalhões.

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Em todos os tipos de terraços deve ser feita periodicamente a

manutenção para assegurar que a capacidade de retenção de água no

canal seja mantida ao longo do tempo.

CORRETIVAS – são aquelas que visam restaurar as dimensões e a

integridade dos terraços, consistindo na remoção dos sedimentos depositados no canal e na adição/reposição de terra no camalhão.

A manutenção dos terraços depende do tipo de solo, da espécie cultivada, do equipamento utilizado e das condições pluviométricas

da área.

Em áreas com terraceamento é necessário que, antes do preparo do

solo, seja feita a manutenção dos terraços, ou seja, a elevação do

dique e a limpeza do canal.

POSSÍVEIS CAUSAS DO ROMPIMENTO DOS TERRAÇOS

tipo de terraço inadequado ao tipo de solo e regime de chuvas,

planejamento mal feito;

conhecimento deficiente dos solos, em termos de classificação;

entrada de águas de fora da gleba;

extremidades dos terraços abertas ou marcadas com pequeno desnível;

falta de manutenção e acompanhamento técnico;

compactação excessiva dos solos entre os terraços;

espaçamento inadequado, locação do primeiro terraço inadequada,

erros na locação,

seção do canal mal dimensionada por economia nas passadas de

máquinas

construção mal executada;

falta de manutenção;

achar que só o uso de terraços resolve;

Programa Terraço 4.1 para dimensionamento

de sistemas de terraços.

http://www.ufv.br/dea/gprh/softwares.htm