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CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO www.conticom.org.br www.conticom.org.br CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO [email protected] BOLETIM ELETRÔNICO Nº 427 - 21 A 28 DE NOVEMBRO DE 2016 A O OPERÁRIOS DA CONSTRUÇÃO DE CURITIBA GARANTEM REPOSIÇÃO DA INFLAÇÃO NOS PISOS E BENEFÍCIOS No dia em que a categoria decidiu entrar em greve, patronato joga a toalha e recua na sua proposta de brutal arrocho e prepotência s operários da construção civil de Curitiba aprovaram, na última quarta-feira (14), a nova proposta patronal para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. A decisão foi tomada em assembleia na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Curitiba e região metropolitana (Sintracon). CONQUISTAS DA LUTA - De acordo com a proposta, o reajuste dos pisos salariais e dos benefícios econômicos, como vale compras e café da manhã, será de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) calculado em 1º de junho (9,82%), data-base da categoria. As diferenças salariais acumuladas serão pagas na forma de vale compras, divididas em três parcelas, e os salários acima dos pisos serão recompostos pelo índice de 8%. O presidente do Sintracon, Laureno Grunevald, avaliou que foi um acordo positivo. “Lutamos muito para que os patrões melhorassem a proposta. Não foi tarefa fácil, mas com a mobilização da categoria e pulso firme nas negociações, conseguimos um acordo que foi aprovado pelos trabalhadores”, afirmou. PERSEVERANÇA - A nova proposta só foi conquistada após meses de luta da categoria, com muitos protestos e paralisações em sedes de empresas e canteiros de obras da capital paranaense promovidos pelo Sintracon. O objetivo foi pressionar os empresários do setor, que insistiam em um acordo para a CCT que parcelaria a inflação nos pisos salariais, causando prejuízos aos trabalhadores. INSISTÊNCIA - As negociações se arrastaram desde maio e chegaram a sofrer mediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, mas todas as tentativas foram fracassadas. A greve do setor iniciaria na própria quarta-feira, mas o sindicato patronal apresentou nova proposta aos trabalhadores. Dando sequência a sua ampla perse- guição aos beneficiários da Previdência Social por auxílio-doença ou invalidez, no último dia 7, o governo Michel Temer enviou o projeto de lei (PL) que substituirá a Medida Provisória (MP) 739 ao Congres- so Nacional. A MP tratava da re- visão de auxílios-doença e apo- sentadorias por invalidez do INSS e chegou a ser enviada ao Congresso, mas perdeu a validade no dia 4. O Projeto de Lei 6427/16 agora tramita na Câmara em regime de urgên- cia. ALVOS - O PL atinge dire- tamente os mais frágeis e que mais precisam de apoio. O ob- jetivo do governo é fazer uma “revisão”, submetendo milhões de trabalhadores a novas perí- cias médicas, tudo para limitar os benefícios. De acordo com o PL, três milhões de assegu- rados por invalidez e os 840 mil benefi- ciários do auxílio-doença, há mais de PL DO GOVERNO AMEAÇA BENEFICIÁRIOS DO AUXÍLIO-DOENÇA OU INVALIDEZ dois anos, serão convocados a qualquer momento. Segundo o projeto, “para avali- ação das condições que ensejaram o afas- tamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente”. ALTA PROGRAMADA - Além disso, conforme a lei, a concessão ou reativa- ção, judicial ou administrativa do auxí- lio-doença deverá fixar o pra- zo estimado para a duração do benefício, o que caracteri- za a chamada “alta programa- da”, que trata do cancelamen- to do benefício após esse pra- zo sem a realização de perí- cia para constatar se a doen- ça foi curada ou não. Caso não seja fixado esse prazo, o limi- te do benefício será de quatro meses (120 dias). Se o segu- rado não pedir a continuidade do benefício, o pagamento será automaticamente cance- lado. ABANDONO - Com o novo corte, o governo pretende re- duzir 30% dos auxílios e 5% das aposentadorias, não im- portando se, para isso, é ne- cessário tirar um auxílio de quem não pode trabalhar e que vai ficar no abandono. Determinação da categoria foi decisiva para impedir o retrocesso

CONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃO€¦ · sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Curitiba e região metropolitana (Sintracon). CONQUISTAS DA LUTA - De acordo com

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Page 1: CONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃO€¦ · sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Curitiba e região metropolitana (Sintracon). CONQUISTAS DA LUTA - De acordo com

CONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOwww.conticom.org.brwww.conticom.org.br

CONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃ[email protected] ELETRÔNICO Nº 427 - 21 A 28 DE NOVEMBRO DE 2016

AO

OPERÁRIOS DA CONSTRUÇÃO DE CURITIBA GARANTEMREPOSIÇÃO DA INFLAÇÃO NOS PISOS E BENEFÍCIOSNo dia em que a categoriadecidiu entrar em greve,patronato joga a toalha erecua na sua proposta debrutal arrocho e prepotência

s operários da construção civil deCuritiba aprovaram, na últimaquarta-feira (14), a nova proposta

patronal para renovação da ConvençãoColetiva de Trabalho (CCT) da categoria.A decisão foi tomada em assembleia nasede do Sindicato dos Trabalhadores daConstrução de Curitiba e regiãometropolitana (Sintracon).

CONQUISTAS DA LUTA - De acordocom a proposta, o reajuste dos pisossalariais e dos benefícios econômicos,como vale compras e café da manhã, seráde acordo com o INPC (Índice Nacionalde Preços ao Consumidor) calculado em1º de junho (9,82%), data-base dacategoria. As diferenças salariaisacumuladas serão pagas na forma de valecompras, divididas em três parcelas, e ossalários acima dos pisos serãorecompostos pelo índice de 8%.

O presidente do Sintracon, LaurenoGrunevald, avaliou que foi um acordopositivo. “Lutamos muito para que os

patrões melhorassem a proposta. Não foitarefa fácil, mas com a mobilização dacategoria e pulso firme nas negociações,conseguimos um acordo que foi aprovadopelos trabalhadores”, afirmou.

PERSEVERANÇA - A nova proposta sófoi conquistada após meses de luta dacategoria, com muitos protestos eparalisações em sedes de empresas ecanteiros de obras da capital paranaensepromovidos pelo Sintracon. O objetivo foipressionar os empresários do setor, que

insistiam em um acordo para a CCT queparcelaria a inflação nos pisos salariais,causando prejuízos aos trabalhadores.

INSISTÊNCIA - As negociações searrastaram desde maio e chegaram asofrer mediação da SuperintendênciaRegional do Trabalho e Emprego, mastodas as tentativas foram fracassadas.

A greve do setor iniciaria na própriaquarta-feira, mas o sindicato patronalapresentou nova proposta aostrabalhadores.

Dando sequência a sua ampla perse-guição aos beneficiários da PrevidênciaSocial por auxílio-doença ou invalidez, noúltimo dia 7, o governo MichelTemer enviou o projeto de lei(PL) que substituirá a MedidaProvisória (MP) 739 ao Congres-so Nacional. A MP tratava da re-visão de auxílios-doença e apo-sentadorias por invalidez doINSS e chegou a ser enviadaao Congresso, mas perdeu avalidade no dia 4. O Projeto deLei 6427/16 agora tramita naCâmara em regime de urgên-cia.

ALVOS - O PL atinge dire-tamente os mais frágeis e quemais precisam de apoio. O ob-jetivo do governo é fazer uma“revisão”, submetendo milhõesde trabalhadores a novas perí-cias médicas, tudo para limitaros benefícios. De acordo como PL, três milhões de assegu-rados por invalidez e os 840 mil benefi-ciários do auxílio-doença, há mais de

PL DO GOVERNO AMEAÇA BENEFICIÁRIOS DO AUXÍLIO-DOENÇA OU INVALIDEZdois anos, serão convocados a qualquermomento. Segundo o projeto, “para avali-ação das condições que ensejaram o afas-

tamento ou a aposentadoria, concedidajudicial ou administrativamente”.

ALTA PROGRAMADA - Além disso,conforme a lei, a concessão ou reativa-ção, judicial ou administrativa do auxí-

lio-doença deverá fixar o pra-zo estimado para a duraçãodo benefício, o que caracteri-za a chamada “alta programa-da”, que trata do cancelamen-to do benefício após esse pra-zo sem a realização de perí-cia para constatar se a doen-ça foi curada ou não. Caso nãoseja fixado esse prazo, o limi-te do benefício será de quatromeses (120 dias). Se o segu-rado não pedir a continuidadedo benefício, o pagamentoserá automaticamente cance-lado.

ABANDONO - Com o novocorte, o governo pretende re-duzir 30% dos auxílios e 5%das aposentadorias, não im-portando se, para isso, é ne-cessário tirar um auxílio de

quem não pode trabalhar e que vai ficarno abandono.

Determinação da categoria foi decisiva para impedir o retrocesso

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CONSTRUÇÃO - Informativo da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom/CUT).Endereço: Rua Caetano Pinto, 575, 1º andar, Brás, São Paulo-SP, CEP 03041-000. Fone: (11) 3330.3667. Fax: (11) 3330.3669. www.conticom.org.brPresidente: Claudio da Silva Gomes. Secretário de Imprensa: Carlos Magno Teixeira da Silva. Edição: Leonardo Severo. Textos: Camila Severo

as próximas quinta e sexta-feira,dias 24 e 25 de novembro, terá inícioem Recife/PE o Encontro Nacional

da Mulher Trabalhadora da Construção edo Mobiliário, convocado pela Secretariada Mulher da Conticom. O eventoacontecerá na data comemorativa da não-violência contra a mulher.

DEBATES E PALESTRAS - Naprogramação do encontro estão previstosdebates e palestras sobre conjunturanacional, violência contra a mulher noBrasil e no local de trabalho, entre outros.Representantes do Instituto Maria daPenha e pesquisadoras da Unicampestarão presentes nas mesas.

Para Dulcilene Morais, secretária daMulher da Conticom, Membro do ConselhoMundial da Internacional da Construçãoe da Madeira (ICM) e presidente doSindicato dos Trabalhadores daConstrução de Recife (Marreta), “oencontro de mulheres é uma necessidadedeste momento no movimento sindical”.“A participação feminina é fundamentalnas lutas que iremos enfrentar contra ogoverno Temer, que anseia pela retiradade todos os direitos dos trabalhadores e,principalmente, da mulher”, alertou.

BARRAR O RETROCESSO -Recentemente, Temer enviou aoCongresso Nacional um Projeto de Lei que

ENCONTRO DE MULHERES DA CONTICOM SERÁ EM RECIFEEvento acontece na data

comemorativa da não-violência contra a mulher

AN

corta benefícios da licença-maternidade.Se o projeto for aprovado, a trabalhadoraprecisará de pelo menos 10 meses de

contribuição ao INSS para obter direito aosalário-maternidade, quando atualmentebasta um mês.

Ampliando benefícios aos emprega-dores, o Conselho Nacional de Previdên-cia Social aprovou na quinta-feira (17) aexclusão dos acidentes de trajeto da fór-mula de cálculo no Fator Acidentário dePrevenção (FAP), que incide sobre a alí-quota do seguro-acidente de trabalhopago pelas empresas. Também foramretirados da conta acidentes de traba-lho que não geraram concessão de be-nefícios, exceto nos casos de óbito.

POLÍTICA DE PREVENÇÃO - O FAPfoi criado para estimular a adoção de po-líticas de prevenção de acidentes pelas

empresas. Assim, as empresas com me-lhores indicadores poderiam receber des-conto de 50% na alíquota dos Riscos Am-bientais do Trabalho (RAT) - que varia de1% a 3%, sobre a folha de pagamento,de acordo com o risco. As piores erampenalizadas. Dessa forma, aquelas commelhores índices pagam alíquota de 0,5%e as piores, 6%.

BENEFÍCIOS AO EMPRESARIADO -O diretor do Departamento de Políticasde Saúde e Segurança Ocupacional daSecretaria de Previdência, Marco Pérez,afirmou que “o acidente de trajeto no cál-

culo não diferencia se o problema ocor-reu dentro ou fora da empresa e, por isso,não deve ser considerado para penalizarou bonificar os empregadores”. Mas ofato é que o novo cálculo beneficia ape-nas os patrões, que terão desconto so-bre suas alíquotas.

TRIPARTITE - O Conselho é forma-do por representantes do governo, dosempregadores e trabalhadores. As cen-trais sindicais se posicionaram contrári-as às mudanças. As novas regras en-tram em vigor no próximo ano, com efei-to para os empregadores em 2018.

Na próxima quinta-feira (24) o Sindicato dos Trabalhadores da Construção deJoão Pessoa (Sintricom JP) realizará a abertura de sua Campanha Salarial 2017,com uma assembléia às 18h30, no auditório do sindicato.

PARTICIPAÇÃO É FUNDAMENTAL - Em discussão está a definição da pauta dereivindicações para as negociações com o setor patronal. O sindicato reforça que émuito importante a participação de todos para a formação de uma pauta ampla. Adata-base do sindicato é 1º de janeiro.

SINTRICOM JOÃO PESSOAREALIZA ASSEMBLEIA DA

CAMPANHA SALARIAL

NA ONDA DOS CORTES DE DIREITOS, CONSELHO NACIONAL DAPREVIDÊNCIA EXCLUI ACIDENTES DE TRAJETO DE CÁLCULO DO FAP