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CONSTRUINDO UMA GESTÃO PARA RESULTADOS A PARTIR DE PRÁTICAS DE GESTÃO JÁ IMPLEMENTADAS: TRAJETÓRIA E DESAFIOS DA FUNDAÇÃO HEMOPA TEREZINHA DE JESUS NEGRÃO GOMES JOSEANE FERREIRA RAIOL M ÁRCIO CASSIANO DA SILVA ANDRADE FABRÍCIA G AM A RIBEIRO

CONSTRUINDO UMA GESTÃO PARA RESULTADOS A … · equipamentos técnicos. Por outro lado, a ocorrência de atrasos na transferência dos recursos a título de ressarcimento desses

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CONSTRUINDO UMA GESTÃO PARA RESULTADOS

A PARTIR DE PRÁTICAS DE GESTÃO JÁ

IMPLEMENTADAS: TRAJETÓRIA E DESAFIOS DA

FUNDAÇÃO HEMOPA TEREZINHA DE JESUS NEGRÃO GOMES

JOSEANE FERREIRA RAIOL MÁRCIO CASSIANO DA SILVA ANDRADE

FABRÍCIA GAMA RIBEIRO

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Painel 14/043 Modelos e práticas de gestão por resultados para o desenvolvimento

CONSTRUINDO UMA GESTÃO PARA RESULTADOS A PARTIR DE

PRÁTICAS DE GESTÃO JÁ IMPLEMENTADAS: TRAJETÓRIA E DESAFIOS DA FUNDAÇÃO HEMOPA

Terezinha de Jesus Negrão Gomes

Joseane Ferreira Raiol

Márcio Cassiano da Silva Andrade Fabrícia Gama Ribeiro

RESUMO

Este trabalho relata a experiência da Fundação HEMOPA no desenvolvimento de

uma gestão para resultados, remodelando iniciativas já existentes e adotando outras emanadas dos Governos federal e estadual, tendo como objetivo final a

apropriação e disseminação da atuação do HEMOPA, com resultados para população dentro do segmento que atua. A experiência surgiu como necessidade mais fortemente percebida a partir da adoção pela instituição do Modelo de

Excelência em Gestão – MEGP do governo federal. O processo descreve três etapas distintas: alinhamento estratégico; monitoramento através da inserção de

dados, inicialmente em um banco de dados insti tucional, com interligação entre as nove unidades hemoterápicas próprias e posteriormente, com os comentários pertinentes alimentados nos Sistemas de Gestão de Programas do Estado do Pará

– GP Pará e Gestão de Monitoramento de Metas da SESPA – GM SESPA e avaliação. Concluímos com o aprendizado através de práticas de gestão adotadas, representada por reuniões mensais de diretoria e semestrais de análise crítica do

desempenho estratégico insti tucional. Palavras-chave: Gestão para resultados. Monitoramento e avaliação das ações.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4

2 OBJETIVO ............................................................................................................... 8

3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 9

4 HISTÓRICO DO PROCESSO .............................................................................. 9

5 DESCRIÇÃO DAS FASES DO PROCESSO .................................................. 16

6 RESULTADOS...................................................................................................... 31

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 32

REFERÊNCIAS............................................................................................................ 33

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1 INTRODUÇÃO

A Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará – HEMOPA é

uma Fundação pública, da administração indireta do Estado, sendo o órgão

responsável pela coordenação e execução da Política Estadual do Sangue,

Componentes e Derivados. Fundada em 1978, continua até os dias atuais como o

único banco de sangue público no Estado, está presente em todas as regiões,

através de suas dez unidades hemoterápicas que representam a hemorrede pública,

prestando serviços ao usuário/cidadão na área de hemoterapia e hematologia.

Dentro da estrutura de serviços de saúde do SUS, está caracterizada como unidade

prestadora de serviços especializados de média e alta complexidade.

Do cenário inicial à época de sua criação, aos dias atuais, muitas

mudanças ocorreram oriundas, em grande parte, de demandas da sociedade por

oferta e melhorias nos serviços, traduzidas por incorporações de procedimentos e

tecnologias na prestação de serviços do SUS. Essa mudança de cenário coloca para

instituição enormes desafios que reverberam ainda mais em função das dimensões

geográficas do Estado. Ofertar serviços de qualidade em uma região onde variáveis

como: distância, acesso, estrutura física, logística de transporte e manutenção são

itens ainda carentes de melhorias, geram impactos reais, principalmente no custo

desses serviços.

Se no início a Assistência Hemoterápica era o carro chefe da atuação

institucional, com o passar do tempo a instituição foi reorientando sua atuação

também para Assistência Hematológica, além de outras atividades advindas dessa

área, como por exemplo, a de Suporte ao Programa de Transplantes de Órgão e

Tecidos. Na esfera Estadual, esse suporte é feito através da realizacão de exames

para pacientes com indicação a esse procedimento e na esfera nacional atua como

referência através do serviço prestado a partir da implantação do 1o Banco de

Sangue de Cordão Umbilical e Placentário –BSCUP da Região Norte, ocorrido em

2010. Essas atividades incorporadas demandaram da Fundação HEMOPA uma

readequação de estrutura física, organi zacional e de alinhamento de processos.

Muitas das atividades para readequação ao novo cenário ainda estão em curso.

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A responsabilização pela prestação de novos procedimentos, advindos da

ampliação ou implantação de serviços, como é o caso dos dois serviços acima

citados, não se fez acompanhar de recursos financeiros suficientes e regulares para

a prestação dos mesmos. Há um enorme descompasso entre os custos

operacionais para a realização de procedimentos especializados que demandam

metodologias e insumos de alto custo, e o valor de ressarcimento da tabela de

procedimentos pagos pelo SUS. Considera-se ainda outros custos, além dos

insumos, referentes à infraestrutura predial, a destinação adequada dos resíduos

gerados pelos serviços de saúde, bem como, a aquisição e manutenção de

equipamentos técnicos.

Por outro lado, a ocorrência de atrasos na transferência dos recursos a

título de ressarcimento desses procedimentos também tem sido uma constante. Tais

fatores comprometem significativamente o equilíbrio financeiro das instituições

públicas prestadoras de serviço na área da saúde, levando -as forçosamente a

adotarem medidas restritivas na prestação de tais serviços para não

comprometerem a qualidade dos mesmos. Outro aspecto observado, diz respeito às

orientações técnicas do Ministério da Saúde, dispostas em Portarias, que em

determinados momentos alteram regras e metas já estabelecidas para prestação

dos serviços, ocasionando ainda que temporariamente, o desaceleramento e/ou

recrudescimento na oferta desses serviços. Todos esses fatores em grande medida

comprometem os resultados a serem alcançados.

Em face dessa realidade, para vencer os obstáculos ao cumprimento de

sua missão, impostos pelas dimensões geográficas do Estado, dentre outras, a

Fundação HEMOPA vem adotando estratégias, algumas de forma pioneira.

Em cumprimento à Política Nacional de Sangue e Hemoderivados

formulou a Política Estadual, tendo como escopo organizar os serviços de

Hemoterapia e Hematologia, incluindo distribuição de sangue, seus componentes e

derivados, doação voluntária, medidas de proteção ao doador e receptor,

disciplinamento das atividades ambulatorial e hospitalar, incentivo à pesquisa

científica, formação e aperfeiçoamento de pessoal, como suporte à rede de saúde

pública, privada e filantrópica.

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As três principais estratégias de atuação da Fundação HEMOPA definidas

em sua Política são:

a) Hierarquização dos Serviços por tipologia e complexidade;

b) Regionalização dos serviços, garantindo cobertura para todas as

regiões do estado;

c) Fortalecimento e Qualificação da hemorrede.

Figura 1 – Mapa das Unidades hemoterápicas próprias por Região de Atuação.

Hemocentro

Coordenador Belém

Hemocentro

Regional de

Castanhal

Hemocentro

Regional de

Santarém

Hemocentro Regional

de Marabá

Unidade de Coleta Fixa-Castanheira/Belém e

Núcleo de Hemoterapia

de Abaetetuba

Núcleo de Hemoterapia de

Capanema

Núcleo de Hemoterapia de

Altamira

Núcleo de Hemoterapia de Tucuruí

Núcleo de Hemoterapia de Redenção

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A identidade organizacional traduzida como Missão está voltada para

“Atender com segurança e qualidade as demandas da sociedade na área do sangue

e coordenar a hemorrede do Estado”.

A assistência Hemoterápica representa um macroprocesso da atuação da

Fundação HEMOPA, sendo uma das áreas que mais se desenvolve na atualidade.

Em decorrência desse processo de desenvolvimento, a instituição busca

permanentemente a modernização, em conformidade com os padrões vigentes,

através de ações de rastreabilidade dos processos, modernas técnicas de exames

laboratoriais, processamento do sangue, normatização de todas as fases da entrada

do sangue à saída do hemocomponente.

A captação de doadores como fase imprescindível para o início do ciclo

do sangue tem se mostrado evolutiva, apesar das dificuldades sazonais. Neste

sentido, as estratégias de sensibilização utilizadas apresentam respostas positivas.

No final do ano passado foi implantada uma Unidade de Coleta Fixa- UC dentro da

área de funcionamento de um Shopping Center, localizado na Região Metropolitana

de Belém. Essa unidade está estrategicamente localizada em uma área de grande

expansão da cidade, o que veio facilitar o acesso de doadores que residem no local.

A Taxa de Doação de Sangue, de acordo com o Caderno de Informação –

Sangue e Hemoderivados, publicado pela Coordenação Geral de Sangue e

Hemoderivados, tem sido satisfatória ao atendimento da demanda da rede

hospitalar, considerando que os leitos hospitalares que demandam bolsa de sangue

e derivados são os de média e alta complexidade, estruturas essas que só

aparecem com expansão no Estado nos últimos seis anos.

Tabela 1 – Taxa de Doação de Sangue, Pará 2004-2012

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

1,07% 1,12% 1,12% 1,16% 1,12% 1,08% 1,15% 1,15% 1,15% Fonte: Cadernos da Coordenação Geral do Sangue e Hemoderivados publicados em 2008 e 2011

Elaboração: ASTEP

Dados disponíveis na Fundação HEMOPA e ainda não publicados pela

CGSH, apontam para um crescimento da Taxa de Doação, registrando em 2013

1,18% e em 2014 1,30%.

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Em 2014 foram 98.752 bolsas coletadas, o que garantiu o atendimento da

demanda de 328 hospitais e clínicas da rede pública e privada do estado.

Na área da Assistência Hematológica, a atuação institucional se faz na

execução de um conjunto de procedimentos voltados para o desenvolvimento da

atenção especializada à pacientes portadores de doenças hematológicas, com

direcionamento prioritário para as hemoglobinopatias e coagulopatias.Para esse

atendimento são executados procedimentos de hematologia clínica através de

consultas em clínica médica, hematologia e fisiatria; além de outros procedimentos

desenvolvidos por equipe multidisciplinar (farmácia, psicologia, odontologia e

fisioterapia) que se somam ao esforço unificado de assistência a esses pacientes.

Complementando essa atuação, a Fundação HEMOPA realiza outros

procedimentos voltados à terapia celular, onde figuram procedimentos do Banco de

Sangue de Cordão Umbilical e Placentário, de Doadores Voluntários de Medula

Óssea – DVMO e outros em complemento ao Programa Estadual de Transplante.

Também atua na promoção de ações de educação permanente aos profissionais de

saúde da rede do SUS.

Diante de toda essa evolução das atividades da Fundação HEMOPA, este

trabalho foi desenvolvido com as seguintes abordagens: histórico do processo

objetivando chegar a excelência da gestão e a descrição das fases desse processo

na busca dessa gestão voltada para resultados contemplando o planejamento, o

monitoramento e a avaliação.

2 OBJETIVO

Descrever a experiência da Fundação HEMOPA na busca por uma

gestão voltada para resultados, a partir da orientação de duas metodologias e de

outras práticas já em desenvolvimento na instituição.

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3 METODOLOGIA

A formulação deste trabalho foi baseada na observação empírica apoiado

em experiências vividas e na observação dos fatos ocorridos no dia-a-dia dentro da

Fundação, em que os autores também são partícipes do processo.

4 HISTÓRICO DO PROCESSO

A Fundação HEMOPA iniciou seus primeiros passos na busca de uma

gestão mais sistematizada a partir de várias iniciativas ao longo desses 20 anos.

Algumas dessas iniciativas não se firmaram ou não foram relevantes nessa

trajetória, outras, porém, foram agregadoras e impulsionadoras, para que de fato

não houvesse dúvidas para o alcance do estágio atual.

Quadro 1 – Evolução da Gestão da Qualidade

Ano Especificações

1994 Programa HEMOPA de Qualidade Total – PHQT.

1995 Escritório de Qualidade Total – EQT.

1996 1o Diagnóstico Organizacional (PDDI).

1999 Elaboração da Política Estadual do Sangue, adesão ao Programa da Qualidade no Sangue

1a Autoavaliação da gestão.

2000 Contratação de Assessoria Especializada

Adesão ao PQSP e 1a participação no ciclo de premiação do PQGF.

2001 2o Participação no ciclo de premiação do PQGF.

2002

Participação no Programa de Acreditação de Unidades Hemoterápicas

Prêmio da Qualidade do PQGF – Reconhecimento da Gestão – premiação na Faixa

Bronze.

2003 Constituição da Câmara de Assessoramento para Política do Sangue.

2004 Diagnóstico Médico-Ambulatorial das Unidades Hemoterápicas para o processo de Acreditação/ONA/MS.

2005

Início da preparação da Hemorrede para a certificação ONA

Adesão ao Programa Estadual da Qualidade – PEQ-PA

Participação no 1o ciclo de premiação do Prêmio Estadual da Qualidade na Faixa Bronze –

único ganhador do Prêmio Estadual da Qualidade, na área de saúde.

2006 Participação no 4o ciclo de premiação do PQGF.

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2007

Diagnóstico Organizacional/ Acreditação/ONA pelo organismo certificador DNV (Det Norske Veritas)

Reconhecimento da Gestão na Faixa Prata – PEQ-PA.

2007/2008 Ancoragem pelo HEMOPA do Núcleo Estadual do Pará para o GESPÚBLICA

2008 Reconhecimento da Gestão na Faixa Prata – PEQ-PA

2009

Certificação da Gestão pelas Normas da Acreditação/ONA/MS

Reconhecimento da Gestão na Faixa Prata – PEQ-PA

Participação no Programa Nacional de Qualificação da Hemorrede/MS – PNQH, com diagnóstico considerado como um serviço de excelência e reconhecido como referência

nacional.

2010

Prêmio da Qualidade do PQGF – Reconhecimento da Gestão – premiação na Faixa Prata

Prêmio Estadual da Qualidade – PEQ/PA – Reconhecimento da Gestão – premiação na

Faixa Ouro.

20131

Diagnóstico Organizacional/Acreditação/ABHH – AABB com vistas à obtenção de

certificação nacional e internacional.

20141

Certificação Internacional de ACREDITAÇÃO pelos padrões de atividades Banco de Sangue e Agência Transfusional, concedido pela American Association of Blood Banks –AABB e Certificação Nacional pela Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia.

Fonte: Relatório de Gestão PEQ-Pa 2010

Como marco referencial para o despertar da necessidade de adotar um

modelo orientador, em busca da excelência em gestão, orientada para resultados,

considera-se para efeito deste relato o período a partir de 2007, em que se efetivou

a adesão da Fundação HEMOPA ao Programa GESPÚBLICA do governo federal,

cujo escopo maior é promover a melhoria sistêmica da gestão.

O Modelo de Excelência em Gestão Pública – MEGP, preconizado pelo

referido Programa, traz orientação da gestão pautada em critérios de excelência que

se interligam e respondem, ao final, pelo critério Resultados. No período de

mar/2007 a dez/2008, o HEMOPA foi organização Âncora do Núcleo Estadual do

Pará para o referido Programa. No mesmo período, também se deu o inicio do

processo que culminou com a Certificação da Gestão pelas Normas da Acreditação

ONA/MS.

As contribuições do relatório de autoavaliação institucional realizado por

ocasião da participação do HEMOPA no ciclo de premiação do PQGF e do

diagnóstico realizado com vistas à Acreditação foram importantes subsídios para

1 Os dados referentes aos anos 2013 e 2014 foram atualizados pela Assessoria Técnica e de

Planejamento da Fundação HEMOPA.

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fortalecer a decisão de traçar um caminho para resultados apoiado em metodologias

e ferramentas, sem, entretanto, desprezar alguns avanços já obtidos, ainda que

pontuais, com iniciativas anteriores.

A trajetória do HEMOPA em busca de uma gestão para resultados foi

mais fortemente influenciada pela utilização de duas metodologias:

4.1 Balanced Scorecard (BSC)

Os primeiros passos em direção a compreensão estratégica da instituição

ocorreu em outubro/2007, com a realização do Workshop para elaboração do

primeiro Plano Estratégico Institucional para o período 2008/2011, conforme Fig.02,

com definição de Missão, Visão e Valores e explicitação das estratégias por

perspectivas, conforme metodologia de gestão para desempenho do Balanced

Scorecard (BSC), conceito elaborado por Robert Kaplan e David Norton como um

sistema de medição de desempenho e implementação de estratégias administrativas

em uma organização.

Esse sistema de desempenho propõe uma estrutura composta por três

grupos relacionados entre si: perspectivas, objetivos e indicadores. As perspectivas

são representadas em objetivos, associados a um conjunto de indicadores

interligados numa relação de causalidade e alinhamento com o objetivo,

promovendo uma visão sistêmica do desempenho organizacional à medida que

possibilita, a partir dos indicadores estabelecidos, uma avaliação por objetivos

estratégicos de acordo com as metas definidas de longo e médio prazo.

O modelo do BSC, ainda que inicialmente concebido para utilização em

organizações privadas, passou a ser utilizado pela administração pública, por ser um

modelo de gestão estratégica, que explicita, comunica, alinha e monitora a

estratégia organizacional.

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Figura 2 – 1o Mapa Estratégico da Fundação HEMOPA 2008-2011

Fonte: Plano Estratégico da Fundação HEMOPA 2008-2011

Ainda que com resultados não tão expressivos, mas pautados pelo

aspecto do aprendizado oriundo dessa experiência, permaneceu a vontade de

continuar avançado nessa trajetória.

4.2 Modelo de Excelência em Gestão Pública – MEGP

O modelo está baseado em critérios de excelência gerencial e também

com técnica, tecnologias e práticas de gestão.

Nesse sentido, algumas ferramentas e práticas foram adotadas

decorrentes desse modelo como, por exemplo, as reuniões mensais de análise do

desempenho inerente aos processos de cada Diretoria e as Reuniões Semestrais de

Avaliação do Desempenho Institucional, a Simplificação de Processo, a Pesquisa de

Satisfação do Cidadão/Usuário e a Carta de Serviços.

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Adotou-se ainda outras práticas e iniciativas agregadoras consideradas

no processo: Auditoria Interna da Qualidade; Projeto Doador do Futuro; Campanhas

Estratégicas para captação de doador voluntário de Sangue e Medula Óssea,

através de parcerias estabelecidas com empresas cidadãs e outros segmentos da

sociedade; sistematização e refinamento da prática de monitoramento das ações.

Esse primeiro ciclo, caracterizado como uma iniciativa interna

institucional, não logrou os resultados desejados considerando as metas

estabelecidas. Houve fragilidades na implementação das metas sob vários aspectos,

considerando o que propõe a metodologia do BSC.

É consenso, na literatura atual que trata de gestão, que “Uma boa gestão

é aquela que alcança resultados”. Segundo Martins e Marini (2010, p. 29), no setor

público, alcançar resultados significa atender às demandas, aos interesses e às

expectativas dos beneficiários, sejam cidadãos ou empresas, criando valor público.

Defini-los não é tudo, porque resultados não são auto-executáveis. São necessários

fatores outros que sejam promotores desses resultados.

Na experiência inicial da Fundação HEMOPA observa -se que o Plano

Estratégico Institucional foi elaborado de acordo com a metodologia prescritiva para

esse tipo de formulação, porém, não foram observados, ou pouco trabalhados, os

fatores promotores dos resultados como: a consciência estratégica, a liderança,

estruturas, processos, projetos, contratualização, pessoas, tecnologias de

informação e comunicações e recursos financeiros. De todos esses fatores os que

mais ficaram fragilizados foram os de Estrutura, de Processos e de Contratualização.

Enquanto estrutura não houve definição clara de competência, de áreas e

de níveis de responsabilidade, embora indicados no plano, não houve mecanismo

de responsabilização. Em relação a Processos, naquela ocasião os processos ainda

não se encontravam tão bem mapeados e organizados com seus respectivos

procedimentos. E por último, a Contratualização na medida em que os resultados

acordados, embora já dispondo de mecanismos de monitoramento e avaliação, não

se vincularam a nenhum tipo de incentivo pelos resultados obtidos.

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Vale ressaltar que desde março de 2005, com a regulamentação da Lei no

6.673, de 2 de agosto de 2004 pelo do Decreto No1.554, de 21 de Março de 2005, foi

instituído no Estado a Gratificação de Desempenho Institucional – GDI para

servidores no exercício da área meio e fim dos órgãos ou entidades que

desenvolvam atividades voltadas para a área de saúde, integrando a Saúde do

Estado do Pará. Essa gratificação é concedida trimestralmente, de acordo com

alguns itens estabelecidos.

De acordo com o Art. 2a do referido decreto essa gratificação será variável

de acordo com a mensuração global dos resultados obtidos pelo órgão, no entanto,

não pode ser classificada como o “incentivo” que reforce o alcance dos resultados

pactuados. Primeiro porque não houve, até então, um método claro e aplicável pelas

instituições envolvidas que facilite a vinculação dos resultados institucionais, por

grupo de servidores envolvidos nos processos, para os quais se deseja tais

resultados, sem contrariar a legalidade e a finalidade enunciada no Decreto;

segundo, porque os recursos que irão prover o pagamento da GDI estão vinculados

a fonte de receita de ressarcimento de serviços prestados ao SUS, pelos órgãos

estaduais da área de saúde. Esses recursos respondem de forma significativa pelo

custeio dos órgãos. Enquanto não se encontram mecanismos de vinculação entre os

resultados pactuados e a concessão de referida gratificação, a mesma continua

sendo um benefício de todos os servidores, independente do resultado alcançado

pelos órgãos da área de saúde.

A partir dessa primeira experiência do Plano Estratégico Institucional,

em que foram definidas estratégias alinhadas às perspectivas de atuação da

Fundação, permaneceu a vontade, no corpo diretivo e entre os colaboradores, de

realizar um trabalho orientado a partir dos macroprocessos definidos. Três outros

fatores foram também relevantes e complementares, para que não se

abandonasse o caminho iniciado.

a) Certificação pela ONA/MS

Na medida em que o Diagnóstico realizado já apontava, dentro do

processo finalístico, as não conformidades que deveriam ser trabalhas

para melhoria do processo;

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b) Alternância na condução do Governo Estadual a partir de 2011

A nova gestão promove uma nova fase da gestão pública no estado,

baseado em uma gestão para resultados e com a definição de um

Planejamento Estratégico. A proposta apresentada tinha como

finalidade integrar e articular esforços de todos os agentes públicos no

cumprimento dos compromissos assumidos pelo governo do estado. A

implantação desse novo modelo de gestão no estado, voltada para o

alcance de metas e resultados, permite aos gestores públicos e à

sociedade acompanhar o desempenho das ações de governo, imprimi

maior agilidade e transparência na tomada de decisões, com base em

dados, informações, análises técnicas e consistentes, estabelecendo

uma perspectiva de análises que subsidiassem ações não somente

reativas, mas também, e principalmente, preventivas.

Nessa ocasião o HEMOPA como integrante da administração estadual

participou de todas as reuniões estratégicas de governo que visavam

estabelecer indicadores e metas para o quadriênio 2012-2015.

c) A indicação pela CGSH/MS para participação do HEMOPA do

processo de acreditação pela ABHH.

Como último fator decisivo e agregador da orientação para uma

gestão pautada em resultados cita-se a participação, por indicação da

Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados/MS, considerando o

histórico de referência e qualidade dos processos técnicos

desenvolvidos pelo HEMOPA, do processo de certificação

internacional de Bancos de Sangue da Hemorrede Nacional.

A partir desse contexto o caminho adotado pode ser descrito com base

em três fases distintas e complementares: 1)Planejamento com alinhamento

estratégico; 2) Monitoramento das ações e 3) Avaliação de resultados.

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5 DESCRIÇÃO DAS FASES DO PROCESSO

5.1 Planejamento com alinhamento estratégico

A primeira medida antes de pensar alinhar estrategicamente as diretrizes

na área da assistência Hemoterápica e Hematológica foi perceber e compreender o

Plano Plurianual – PPA como documento de referência de planejamento,

considerando a sua legalidade como principal instrumento de planejamento de

médio prazo das ações de governo, abrangendo de forma regionalizada as

diretrizes, os objetivos e metas da administração pública. E ainda, como documento

legal que norteia e dá origem a programação orçamentária estabelecida pela Lei de

Diretrizes Orçamentárias – LOA e, portanto, confere a viabilidade de execução ou

não das ações planejadas. Essa compreensão e acatamento, embora pareça óbvia,

já que possui um embasamento constitucional e estamos tratando de instituições

públicas, quando vista por dentro das instituições, não parece assim tão simples.

Primeiro que a prática de elaborar um Plano, não só o PPA, mas qualquer

outro Plano de abrangência estratégica, em que as diretrizes precisam ser

claramente compreendidas não só pela alta administração mais pelos demais atores

envolvidos, nem sempre esteve na prática das estruturas governamentais e quando

começaram a surgir com enorme esforço, ainda assim, o desdobramento por dentro

das instituições nem sempre se deu com a clareza e participação necessária.

Portanto, a primeira necessidade verificada institucionalmente foi discutir e socializar

o Plano Plurianual desde sua formulação até aprovação e execução pelas áreas

responsáveis. Entender a execução como uma corresponsabilidade da gestão nos

compromissos assumidos pelo governo com a sociedade ainda requeria discussão,

compreensão e acatamento pelos atores envolvidos, aí compreendidos os mais

diversos níveis hierárquicos.

Assim, desde janeiro de 2008 a Fundação adotou como prática a Reunião

de Socialização do PPA, prática essa que não estava apoiada em nenhuma

metodologia preconizada, mas foi estruturada a partir dessa necessidade de

comprometimento e adesão dos atores atuantes no processo, no caso os gerentes

responsáveis pela execução das ações. Tal prática passou a ser realizada a cada

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início de ano, com a participação da Alta Administração e de todos os gerentes e

demais servidores envolvidos. Esse esforço tinha como propósito levar a cada

gerente da instituição não só a informação sobre o processo de planejamento, mas o

de repensar seu papel como ator atuante e fundamental para o alcance dos

resultados inerentes a área de atuação institucional, e entender essa atuação como

fator de agregação para o resultado a ser ofertado para a sociedade.

Provocar a percepção de que as lacunas legais que o próprio PPA traz

como instrumento de planejamento (regulamentação do § 9o art 165 da C.F) não

poderiam ser restritivas para que a Fundação HEMOPA realizasse o alinhamento

das diretrizes governamentais e institucional que pautavam sua atuação . Foi

necessário desconstruir o entendimento de que os muitos planos, iniciativas ou

metas, que às vezes surgem ao longo de um exercício, não pudessem ter em

comum uma determinada diretriz. O PPA então, além de ser o documento norteador

de planejamento, é também viabilizador da ação em perfeita harmonia com as

diretrizes institucionais. Para tanto, ter um Plano Estratégico Institucional bem

discutido e elaborado facilita no momento de alinhamento das diretrizes e embasa a

própria elaboração do PPA.

Em 2011 a implantação, pelo Governo do Estado, de um novo modelo de

gestão estratégica voltada para o alcance de metas e resultados, que permitisse aos

gestores públicos e a sociedade acompanhar o desempenho das ações de governo,

veio corroborar o processo já iniciado na Fundação HEMOPA.

O governo do estado uti lizou a metodologia do Balanced Scorecard

(BSC), cujo objetivo principal é o alinhamento do planejamento estratégico com as

ações operacionais das organizações. Esse processo culminou com a elaboração do

Mapa Estratégico do Governo do Pará, conforme figura abaixo:

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Figura 3 – Mapa Estratégico do Governo do Estado do Pará 2012-2015

Fonte: Symnetics/SEPOF, 2011.

Paralelo ao processo do governo estadual, internamente a Fundação

HEMOPA seguia em suas discussões e promoveu a primeira revisão do Mapa

Estratégico Institucional, incorporando o alinhamento estratégico na área da

Assistência Hemoterápica e Hematológica, de forma a permitir uma convergência

entre as diretrizes emanadas dos Governos federal, estadual e as da própria

instituição, revisando também Missão, Visão e Valores.

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Figura 4 – Mapa Estratégico da Fundação HEMOPA 2012-2015

Fonte: Plano Estratégico da Fundação HEMOPA 2012-2015

Novamente a metodologia do Balanced Scorecard aliada a ferramenta da

Matriz SWOT são utilizadas para a identificação e alinhamento por perspectiva das

diretrizes estratégicas da Fundação HEMOPA. Em relação ao BSC foi adotada

inicialmente como ferramenta inspiradora, considerando que o alinhamento com

definição de indicadores vem passando por constantes refinamentos. Em

decorrência de toda essa fase, identificada como de planejamento, outras questões

foram iniciadas e/ou atualizadas para que as fases subseqüentes fossem possíveis.

Durante o processo de elaboração do PPA 2012/2015, coordenado pela

Secretária de Planejamento – SEPOF, realizado no período de abril a julho/2011, a

Fundação HEMOPA aproveitou a oportunidade para apropriar o resultado de suas

discussões internas no alinhamento de suas diretrizes com as definidas no mapa

estratégico dos governos Federal e Estadual. Esse processo promoveu a

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apropriação pelas diretorias, coordenadorias e gerências envolvidas, do

conhecimento e detalhamento dos processos técnicos sob sua responsabilidade e

de execução pela instituição. Nesta fase buscou-se planilhar todos os processos, em

especial os da área finalística, de forma a visualizar as ações estratégicas, as

gerenciais e operacionais com definição de metas e indicadores de

acompanhamento.

Em 2013, quando a Fundação iniciou o processo de Acreditação pela

AABB, novamente surge a oportunidade de refinar práticas já existentes, como

também reconduzir ou adotar novas práticas, em decorrência do cumprimento de

requisitos legais preconizados. O relatório inicial elaborado pela empresa H2,

consultoria responsável pelo diagnóstico, bem como os relatórios de

acompanhamento da consultoria, foram orientadores para a necessidade de

sistematização de todo o processo em curso na Fundação HEMOPA orientado para

resultados. Além das questões de ordem técnica da área finalística, em que as

atividades operacionais são todas apoiadas em procedimentos operacionais padrão

– POP, as demais atividades envolvendo a área de apoio também foram

sistematizadas.

Todo esse trabalho encontra-se ordenado em um Sistema de Gestão de

Qualidade, do qual faz parte um software gerenciador denominado TOP Q. Outra

grande contribuição do processo de acreditação foi a organização de indicadores em

linha estratégica, gerencial e operacional, bem como, o fortalecimento das práticas

já adotadas de reuniões mensais de avaliação de áreas, permeadas por reuniões de

acompanhamento do Comitê da Qualidade, como fórum de acompanhamento das

não conformidades identificadas como entradas e dos planos de ação

implementados como saídas.

De todo esse processo, a apuração de indicadores ainda passa por uma

etapa de melhoria, principalmente em relação aos novos indicadores estabelecidos.

Esses entraves, em grande parte, referem-se à seleção do indicador mais adequado

ao processo em foco. Esta dificuldade decorre, inclusive, da ausência de normativa

nacional orientadora sobre quais seriam os indicadores mais representativos para a

medição dos avanços na área de hemoterapia e hematologia.

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A alimentação dos dados na base local, embora existam alguns sistemas

adotados para os dados do chamado ciclo do sangue (Hemovida, Hemoprod,

Neovita), ainda é uma dificuldade não superada pela instituição, no sentido de

adotar um sistema que faça a interface com os que já estão em uso na instituição,

aproveitando os dados de interesse para cruzamento e apuração por processo em

foco. Para além dessa situação, persiste a questão dos prazos de alimentação dos

dados. Nesse aspecto, a questão da realidade geográfica do Estado, onde a

tecnologia de informação e comunicação se apresenta com fragilidades em algumas

áreas, dificulta a transmissão de dados. Tais problemas, embora com avanços na

resolução dos mesmos, ainda figuram como dificultadores.

5.2 Monitoramento das ações

A sistematização do processo de monitoramento constitui condição para

implementação do modelo de gestão por resultados. O monitoramento está entre os

elementos facilitadores do ciclo de planejamento representados pela metodologia do

PDCA (Planejar, Fazer, Verificar e Agir). O monitoramento, portanto, torna-se

relevante nesse ciclo à medida que fornece subsídios para avaliação do

desempenho desejado.

O processo de monitoramento na Fundação HEMOPA ganhou

consistência a partir de 2001, mais precisamente quando foi criada uma planilha

eletrônica denominada OPA (Orçamento Programa Anual), objetivando monitorar o

orçamento da instituição no que se refere as metas físicas e financeiras, na relação

receita/despesa, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

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Gráfico 1 – Monitoramento da Receita x Despesa – 2001

Nesse mesmo período o governo do Estado implantou o Sistema de

Gestão de Programas do Estado do Pará – GP Pará, que se articula com os demais

sistemas de informações gerenciais da Administração Pública Estadual e, em

especial, com o Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e

Municípios – SIAFEM/PA, diante da necessidade de instrumentos de

monitoramento, gestão e avaliação dos programas e ações consignados no Plano

Plurianual de Governo. Esse monitoramento feito pelo governo cruza as informações

físicas e financeiras dos atores envolvidos no processo, que alimentam os dados no

sistema na plataforma web.

0,98 1,00 1,07

0,00

0,40

0,80

1,20

1,60

2,00

2,40

2,80

3,20

Média 99

Média 00

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média 01

COEFICIENTE DE LIQÜIDEZ - 2001 Receita efetivamente recebida

Despesa realizada

VALOR DESEJÁVEL

VALOR ACEITÁVEL

Fonte: DEAF/HEMOPA

M

E

L

H

O

R

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Figura 5 – Funcionalidade do Sistema GP Pará

Fonte: SEPOF, 2014

Em 2007 foi realizado na Fundação um workshop para a elaboração do

primeiro plano estratégico da instituição, onde foram discutidos assuntos relevantes

e que representavam pontos críticos na instituição. Em 2008, a partir da elaboração

desse plano estratégico institucional, foram identificados os principais processos

organizacionais e as metas a serem cumpridas até o exercício de 2011, no entanto,

esse plano ficou praticamente engavetado, pois não houve um acompanhamento

efetivo do que foi proposto.

Por outro lado, a partir desse processo tornou-se mais clara a definição

de resultados pretendidos, alinhados aos propósitos institucionais, sustentados em

seus macros processos. Esses processos estão traduzidos em Programas/Ações

alocadas no PPA, executados diretamente pelo HEMOPA ou com execução

compartilhada com outras instituições. Com isso, passou-se a acompanhar as metas

físicas dessas ações de forma mais sistematizada, tendo em vista que a planilha

eletrônica em utilização (OPA) teve sua base de dados ampliada, passando a fazer

parte da mesma todos os Programas/Ações com as respectivas metas físicas

programadas e executadas no exercício, com propósito inclusive de garantir a

apuração de dados no nível institucional e a partir daí fornecer subsídios para

alimentação do sistema coorporativo de governo, GP-Pará, que acompanha a

execução das metas pactuadas no PPA.

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Gráfico 2– Monitoramento das Metas Físicas – 2008

Fonte: Fundação HEMOPA

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Com a revisão do mapa estratégico, em maio de 2012, que coincidiu com

a implantação, pelo governo do Estado do Pará, de um novo modelo de gestão

estratégica voltada para o alcance de metas e resultados que permitisse aos

gestores públicos e à sociedade acompanhar o desempenho das ações de governo,

a Fundação iniciou o processo de construção dos indicadores de desempenho

objetivando alcançar resultados. A partir daí iniciou-se a estruturação de um sistema

de indicadores de desempenho, tendo em vista que a sistematização desse

processo é condição para a implementação e o fortalecimento do modelo gestão

para resultados.

Inicialmente o objeto desse monitoramento estava voltado apenas às

ações diretamente ligadas ao PPA e à medida que o processo de trabalho foi

refinando ampliou-se para os processos de apoio, que sustentam a execução do

processo finalístico. Com esse refinamento, surgiu o Sistema de Indicadores

Internos – SISIND, formatado com base nos processos identificados e que

atualmente é a base de dados do Monitoramento Institucional, a partir da inserção

dos dados e análises nessa base, feitas pelos responsáveis pela execução das

metas físicas programadas.

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Figura 6– Sistema de Indicadores do HEMOPA

Fonte: Fundação HEMOPA

Paralelamente a isso, no exercício 2014, a Secretaria de Estado de

Saúde Pública do Pará – SESPA implanta o Sistema Informatizado de

Monitoramento de Metas – GM SESPA, o qual monitora, analisa e avalia técnica e

criticamente a oferta e produção de serviços públicos na rede assistencial estadual

própria, contratada e conveniada; cotejando esses dados com os indicadores de

saúde da população em seu âmbito de atuação, ou seja, o estado do Pará.

O sistema, acima citado, está alinhado às diretrizes, objetivos e metas do

planejamento em saúde, no âmbito de atuação, conforme três eixos norteadores:

I. Na esfera federal na linha das diretrizes e objetivos do SUS, em

conformidade com o Decreto no 7.508/2011 que regulamenta a Lei no

8.080/90 no tocante a planejamento;

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II. Na esfera estadual com os programas e ações do Governo do Estado

do Pará (Lei no 7.595, de 28 de dezembro de 2011 que dispõe sobre o

Plano Plurianual para o período 2012-2015);

III. Ainda na esfera estadual, porém em nível alinhamento da administração

direta (SESPA) com a administração indireta (vinculadas), neste

processo a Fundação HEMOPA figurando entre as vinculadas, com o

processo de Pactuação das Metas de Gestão e Indicadores de Saúde

alinhados as Metas Estaduais e às Metas Nacionais, de acordo com a

Lei Complementar no 141/2012 e Resolução CNS no 459/2012 em

consonância com o Plano Estadual de Saúde – PES 2012-2015 e a

Programação Anual de Saúde – PAS 2014.

A atuação do HEMOPA nesse processo de monitoramento junto à SESPA

constitui-se na coleta mensal de dados através das Unidades Gerenciais desta

Fundação, as quais registram seus dados, até o dia 05 do mês subseqüente, no

sistema informatizado SISIND (Sistema de Indicadores HEMOPA). Esses dados

devidamente consolidados e analisados são transmitidos para o Sistema GM

SESPA até o dia 10 do mês subseqüente.

Como o Sistema GM SESPA está pautado na metodologia de

apresentação gráfica (faróis) o acompanhamento, monitoramento e análise das metas

de Gestão tornam-se facilitados e são realizados, de forma imprescindível,

mensalmente quando da inserção das informações, e, mais precisamente ao final de

cada quadrimestre, uma vez que, segundo a legislação vigente supracitada, o repasse

das informações pelo Estado do Pará via SESPA ao Ministério da Saúde-MS ocorre

quadrimestralmente, conforme pactuação das metas em questão junto ao MS.

Atualmente a Fundação HEMOPA monitora seus processos, tanto no que

se refere às metas programadas no PPA quanto aos processos internos, por meio

da inserção das informações no sistema informatizado que funciona como um banco

de dados denominado Sistema de Indicadores (SISIND).

Apesar de ter sido um grande avanço a construção de um sistema

informatizado para a coleta de dados, ainda não podemos dizer que esse aplicativo

funciona como um sistema de indicadores, visto que possui algumas limitações

operacionais que não permitem uma dinamicidade na apuração das informações.

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Contudo, ele já passou e continua passando pelo processo de refinamento até que

se chegue ao ideal para alcançar o objetivo de demonstrar de forma clara, prática e

dinâmica os resultados apurados para cada período analisado.

5.3 Avaliação dos resultados e o desempenho institucional

O processo de avaliação de desempenho institucional decorre de uma

prática de gestão adotada desde 2004. Como prática de excelência em gestão,

objetivava primordialmente o acompanhamento das ações desenvolvidas pelos

vários setores da Fundação e, em especial, por aqueles cujo processo de trabalho

estava vinculado à determinada ação contemplada no PPA.

O início desse ciclo avaliativo visava compreender cada processo

desenvolvido, acompanhar seus resultados para melhor sistematizá-los e apresentá-

los em termos de resultados junto ao Governo Estadual, em forma de Relatório

Anual de Gestão. Para além desse objetivo foi identificada a necessidade de

socialização desses resultados entre os gerentes, em um momento único que

facilitasse a compreensão dos vários processos de trabalho, com suas interações.

Na continuidade do processo dessa prática de gestão foram identificadas

oportunidades de melhorias, advindas de auditorias de avaliação da Hemorrede

Nacional, realizadas pela Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados/MS

como também de auditores “ad hoc” nacionais, na lógica do Modelo de Excelência

em Gestão preconizado pelo GESPÚBLICA. Nesse processo de refinamento, a

partir da elaboração do Plano Estratégico Institucional para o q uadriênio de 2008-

2011, passou-se também a avaliar/acompanhar à execução das metas das ações

identificadas no Plano Estratégico. No entanto, essa iniciativa não teve o

acompanhamento até o final do período determinado, havendo uma quebra na

execução acordada.

Atualmente a avaliação de desempenho ocorre em duas dimensões:

dimensão gerencial e dimensão estratégica.

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Na dimensão gerencial, através de reuniões mensais de diretoria, onde

são identificados e/ou tratados entraves na execução do processo ligado as ações.

Essas reuniões atuam como instrumento de análise que antecedem as reuniões na

dimensão estratégica.

A prática na dimensão estratégica está regulamentada no REG ASTEP

001, registrado no TOP Q, aplicativo utilizado como gerenciador de documentos,

dentro do Sistema de Gestão da Qualidade. A avaliação é feita na modalidade de

reuniões semestrais, como Reunião de Análise Crítica do Desempenho Estratégico

Institucional, com a participação da Presidência, Diretores, Assessores,

Coordenadores e gerentes. São apresentados pelos gerentes responsáveis, dados

com as respectivas análises críticas da ação em referência. Esses dados são os

mesmos alimentados mensalmente no Sistema de Indicadores Internos – SISIND, já

relatado no processo de monitoramento.

Essa prática é coordenada pela Assessoria Técnica e de Planejamento

que, após reunião, elabora um Relatório a ser apresentado no Conselho Consultivo

Institucional– COMIC para conhecimento e embasamento de decisões quanto à

adoção de iniciativas necessárias que favoreçam o alcance dos resultados e/ou

redefinição de curso do inicialmente planejado.

Além da reunião de acompanhamento e avaliação das metas pactuadas

com o governo do Estado, a Fundação HEMOPA, a partir do processo de

acreditação da AABB que ocorreu em 2014, vem realizando avaliações, por meio de

reuniões periódicas, dos indicadores do nível tático denominados de indicadores da

qualidade, conforme figura abaixo, que já existiam, porém, não havia a prática

sistematizada de avaliá-los.

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Figura 7 – Lista de indicadores da qualidade do HEMOPA

Fonte: Fundação HEMOPA

Ressalta-se que o controle social como mecanismo de acompanhamento,

monitoramento e avaliação pela sociedade se faz presente na Fundação HEMOPA

por meio do serviço de ouvidoria representando um canal de escuta do cidadão. As

manifestações registradas e/ou resultado de pesquisa de satisfação aplicada

agregam-se ao processo de avaliação institucional como um importante medidor do

grau de satisfação da sociedade em relação as ações desenvolvidas.

A principal finalidade de todos esses mecanismos de avaliação é o

aferimento do alcance dos objetivos e metas definidas nos planos de governo e

institucional e, principalmente, se a Fundação HEMOPA está cumprindo

satisfatoriamente o seu papel do ponto de vista da avaliação da população atendida.

Além disso, esse processo avaliativo permite o aprendizado, sendo fundamental

para a tomada de decisão pelas instâncias pertinentes.

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6 RESULTADOS

A utilização de metodologias como o MEGP e BSC, como dito antes,

embora não utilizada com todas as condicionantes que o modelo prescreve, foi

facilitadora para um primeiro esforço de definição de visão, missão, valores e

perspectivas de atuação. No estágio atual, uma das dificuldades têm sido a

implementação de um sistema de desempenho apoiado em indicadores. A própria

construção de um sistema de indicadores ainda está em processo de refinamento,

pela necessidade de que os mesmos sejam autoexplicativos dos resultados

alcançados.

Dos indicadores estratégicos definidos nem todos tiveram seus resultados

apurados no exercício de 2014 e, mesmo aquele cuja apuração foi realizada, para

uma melhor interpretação e avaliação, faz-se necessário a apuração de indicadores

da linha de apoio ou gerenciais para explicar o resultado apresentado.

Considerando o exercício de 2014 em que o banco de dados foi

reorientado para o registro de informações que subsidiariam a apuração de

indicadores gerenciais, que por sua vez gerariam dados para apuração e/ou

explicação de indicadores estratégicos, nota-se que ainda há necessidade de

ajustes e refinamentos, como exemplo, a uniformidade conceitual entre as unidades

da Fundação HEMOPA em relação aos dados a serem inseridos, para não gerar

informações distorcidas que possam interferir na análise dos resultados.

Tabela 2 – Resultados de Indicadores Estratégicos da Fundação HEMOPA, 2014

Área Indicador Esperado Apurado

Hemoterapia Índice de Cobertura Hemoterápica 8

bolsas/leito/ano

6,77 bolsas

dist./leito/ano

Hematologia

Índice de distribuição de fator de coagulação

1,8 UI/hab. 2,08 UI/hab.

Taxa de incremento no atendimento médico a pacientes portadores de

doenças hematológicas.

5% -4,03%

Apoio à Transplante

Taxa de Eficácia da Coleta de Bolsas de SCUP

Monitorando 34,99%

Taxa de Aproveitamento de Bolsas de SCUP

Monitorando 62,84%

Taxa de realização de exames de suporte

a transplante 100% 79%

Fonte: Fundação HEMOPA Elaboração: ASTEP

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No que se refere à qualidade dos serviços é senso comum o nível de

excelência dos produtos/serviços ofertados pela Fundação HEMOPA a população

usuária, apontado inclusive em Pesquisa de Satisfação dos Usuários (Doador e

Paciente) aplicada em 2014. Os dados tabulados da pesquisa apontam para um

índice de satisfação geral de 97%. Nos comentários registrados pelos participantes

não há indicativos negativos quanto à qualidade dos serviços.

Destaca-se como o melhor resultado obtido em 2014 a Certificação

Internacional pela Association of Blood Bank – AABB, considerada a maior

instituição de acreditação internacional deste importante segmento da saúde. Em

parceria com a Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia –ABHH – foi

concedido também à certificação nacional. Isso garante que a qualidade dos

processos seja reconhecida nacional e internacionalmente.

A acreditação em si não é uma exigência do cidadão, mas é um sistema

de garantia de segurança transfusional, compromisso maior da instituição para com

a sociedade.

Os desafios postos, a partir desse momento, são de outra magnitude

como: manter a qualidade certificada e seguir o caminho já iniciado na

implementação e consolidação de uma gestão para resultados, apoiada em

indicadores capazes de sinalizar qualquer situação que mereça intervenção e/ou

recondução, dando continuidade ao caminho iniciado para uma adequada

arquitetura organizacional.

Por outro lado, há necessidade imperiosa de buscar um equilíbrio

insti tucional que considere as possibilidades de execução orçamentária e as

respostas às demandas na prestação de serviços, que na Assistência

Hemoterápica e Hematológica requer um alto custo com insumos e tecnologias.

Esse equilíbrio passa, entre outras coisas, pela melhoria dos processos já

mapeados, eliminação de desperdícios e adoção de arranjos operacionais e

articulações insti tucionais que possibilitem, principalmente, a prestação dos

serviços na menor unidade hemoterápica e nos municípios de localização mais

longínqua dentro do Estado, mantendo a mesma qualidade do serviço prestado

pelo Hemocentro Coordenador – Belém.

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O desejo de melhoria contínua nos parece ser, no caso da Fundação

HEMOPA, o elemento diferencial para vencer os desafios a que está sujeita

qualquer instituição pública.

O primeiro passo é sempre difícil, porém, o caminho a ser seguido já não

é inseguro. Atualmente a Fundação HEMOPA já acumula aprendizado, sabe sua

posição atual, portanto está preparada para seguir adiante, o caminho já não

assusta, porque não é mais desconhecido.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de informação: sangue e hemoderivados:

rede física, produção, gastos públicos com hemoterapia e consumo de hemoderivados. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008 e 2011.

_______. Ministério do Planejamento. Melhoria da gestão pública por meio da definição de um guia referencial para a medição do desempenho da gestão, e

controle para o gerenciamento dos indicadores de eficiência, eficácia e de resultados do programa nacional de gestão pública e desburocratização: Produto 4: guia referencial para medição de desempenho e manual para a construção de

indicadores. Brasília, 2009.

MARTINS, Humberto Falcão; MARINI, Caio. Um Guia de Governança para

Resultados na Administração Pública. Brasília/DF: Publix editora, 2010.

PARÁ. Gestão por resultados. Disponível em: http://www. gestaoporresultados. pa.gov.br. Acesso em 09 de abril de 2015.

PARÁ. Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças. Diretoria de Planejamento Estratégico. Manual de Monitoramento de Programas e Ações: Sistema de Gestão dos Programas do Estado do Pará. Belém, 2014. Disponível em: http://www.sepof.pa.gov.br/attachments/article/2002/NovoManual MonitoramentoGPPara.pdf. Acesso em 19 de março de 2015.

PARÁ. Lei no 6.673, de 2 de agosto de 2004. Institui a Gratificação de Desempenho Institucional ao servidor que se encontrar lotado em órgão ou entidade estadual que desenvolva atividades voltadas para a área de saúde pública. Publicado no DOE no

30.248, de 03/08/2004

______.Decreto no1.554, de 21 de Março de 2005. Regulamenta a Gratificação de

Desempenho Institucional, criada pela Lei no 6.673/2004. Publicado no DOE no 30.400, de 22/03/2005.

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___________________________________________________________________

AUTORIA

Terezinha de Jesus Negrão Gomes – Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará – Fundação HEMOPA.

Endereço eletrônico: [email protected]

Joseane Ferreira Raiol – Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará – Fundação HEMOPA.

Endereço eletrônico: [email protected]

Márcio Cassiano da Silva Andrade – Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará –

Fundação HEMOPA.

Endereço eletrônico: [email protected]

Fabrícia Gama Ribeiro – Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará – Fundação HEMOPA.

Endereço eletrônico: [email protected]