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C L A R A M O U R A
E D I T E G O N Ç A LV E S
M I G U E L A Z E V E D O
S O F I A B A Í A
U S F FÂ N Z E R E S | A C E S G O N D O M A R
Consulta e Seguimento de um doente diabético
Pertinência
11,7% de diabéticos em Portugal 11,4% com retinopatia
4,1% com EAM
7,4% com AVC
13147 internamentos por descompensação/complicações da DM em 2008
1599 amputações por DM em 2008
7% da despesa de saúde em 2008
Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes, Portugal, 2009
Objectivos
Síntese das melhores práticas na gestão da consulta e seguimento do utente diabético
Tratamento
Avaliação do risco CV
Abordagem das complicações
Grupos de trabalho
Grupo 1 | Modificação do estilo de vida
Grupo 2 | ADO, Risco CV e Guia da pessoa com diabetes
Grupo 3 | Insulinoterapia
Grupo 4 | Seguimento
Tratamento
Tratamento da Hiperglicemia Modificação do Estilo de Vida
Antidiabéticos Orais
Insulina
Controlo de factores de risco Cardiovasculares
Tratamento
Modificação do estilo de vida + Metformina
Exercício físicoAlimentação
HbA1C Peso HTA
Dislipidemia
Pouco sustentável a longo prazo
Sexo masculino, 50 anos
Professor Ensino Secundário
Antecedentes pessoais: DM 2 (dx há 5 meses); sem outros antecedentes de relevo
Antecedentes familiares: avó paterna diabética
Medicação habitual: metformina 2g/dia
Não tem actividade física regular
IMC-27,1
HgA1c-7.2%
Caso clínico
História alimentar Levantar | 6:45h
Pequeno-almoço | 7:00h Cevada sem açúcar e um pedaço de broa com manteiga
Meio da amanhã | 10:15h 1 café sem açúcar e às vezes um croissant (“quando estão a sair do forno…”)
Almoço | 13:20h Sopa no final da refeição + prato com carne/peixe, tem evitado arroz, massa, batata, come
muitos legumes/salada + 1 maçã (é a única fruta que come)
Meio da tarde | 17:15h 1 café sem açúcar + 2 pães torrados com manteiga
Jantar | 19:30h Semelhante ao almoço mas por vezes acompanha a refeição com 1 copo de vinho
Não come mais nada até ao dia seguinte
Doces | 1x/semana; Fritos | tem evitado; Molhos | tem evitado; Enchidos | às vezes; Água | 1.5 L/dia
Caso clínico
Exercício aeróbio
Exercício Físico
Frequência Intensidade Exemplos
Movimentos rítmicos, repetidos e contínuos dos grandes grupos musculares durante pelo menos 10 minutos de cada vez
≥ 150 minutos/semana de intensidade moderada a intensa
Moderada: 50–70%da FC máxima
BicicletaCaminhadaNataçãoDançaHidroginástica
Intensa: > 70% da FC máxima
Caminhada em terreno inclinadoJoggingAeróbicaHóqueiBasquetebolNatação rápidaDança rápida
Canadian Diabetes Association, Clinical Practice Guidelines for the Prevention and Management of Diabetes in Canada, 2008
Exercício de resistência
Exercício Físico
Definição Frequência Exemplos
Actividades que utilizem a força muscular para mover um peso ou trabalhar contra uma resistência(vigilância)
3 vezes/semanaComeçar com 1 série de 10-15 repetiçõesProgredir para 2 séries de 10-15 repetiçõesProgredir para 3 séries de 8 repetições com mais peso
Máquinas de pesosLevantamento de pesos
Canadian Diabetes Association, Clinical Practice Guidelines for the Prevention and Management of Diabetes in Canada, 2008
Terapêutica nutricional importante nocontrolo da DM e na prevenção dascomplicações
Pode reduzir HgA1c em 1-2% Individualizada, adaptada às necessidades
de cada pessoa
Canadian Diabetes Association, Clinical Practice Guidelines for the Prevention and Management of Diabetes in Canada, 2008
Terapêutica Nutricional
Distribuição dos macronutrientes
Hidratos de carbono 45-60%
Gorduras até 35%, favorecendo as gorduras monoinsaturadas e ricas em ácidos gordos polinsaturados omega-3
Proteínas 15-20%
Terapêutica Nutricional
Canadian Diabetes Association, Clinical Practice Guidelines for the Prevention and Management of Diabetes in Canada, 2008
Hidratos de carbono Consistência na quantidade de hidratos de
carbono, assim como o espaçamento regulardas refeições pode ajudar no controlo glicémicoe no peso.
Substituição por hidratos de carbono de baixoíndice glicémico
Ingestão de 15-50 g/dia fibras
Adoçantes (aspartamo; sacarinas) são aceitáveisexcepto gravidez e amamentação
Terapêutica Nutricional
Canadian Diabetes Association, Clinical Practice Guidelines for the Prevention and Management of Diabetes in Canada, 2008
Terapêutica Nutricional
Adaptado de Changes in Nutrition Therapy in the 2008 Clinical Practice Guidelines of Canadian Diabetes Association
Hidratos de carbono
Baixo IG (<55) Médio IG (56-79) Elevado IG (>70)
-Pão de cereais
-Pão de mistura
-Cereais All Bran
-Massa
-Arroz vaporizado
-Batata doce
-Inhame
-Ervilhas
-Lentilhas
-Sementes de soja
-Feijão manteiga
-Maçã
-Pão pita
-Arroz basmati
-Arroz integral
-Couscous
-Batata nova
-Milho doce
-Pipocas
-Sopa feijão preto
-Laranja
-Pão branco
-Cereais Corn Flakes
-Arroz carolino
-Batata
-Batata frita
-Bolo de arroz
-Kiwi
Terapêutica Nutricional
Gorduras Privilegiar as gorduras monoinsaturadas
e ricas em ácidos gordos polinsaturados omega-3
Canadian Diabetes Association, Clinical Practice Guidelines for the Prevention and Management of Diabetes in Canada, 2008
Terapêutica Nutricional
Vitaminas e Minerais Suplementação por rotina não está
recomendada
Excepto:
Vitamina D (10 μg) >50 anosÁcido fólico (400 μg) nas grávidas
Canadian Diabetes Association, Clinical Practice Guidelines for the Prevention and Management of Diabetes in Canada, 2008
Terapêutica Nutricional
Álcool 1-2 bebidas padrão/dia
Risco de hipoglicemia retardada até 24h após ingestão, com a insulina ou insulinosecretagogos
Exemplos bebidas padrão
Bebida % Álcool Quantidade (mL)
Cerveja 5 341
Vinho de mesa 12 142
Bebidas espirituosas 40 43
Vinho “fortificado” (vinho de porto…) 18 85
Canadian Diabetes Association, Clinical Practice Guidelines for the Prevention and Management of Diabetes in Canada, 2008
O prato ideal…
Changes in Nutrition Therapy in the 2008 Clinical Practice Guidelines of Canadian Diabetes Association
Terapêutica Nutricional
Frutas e outros hidratos de carbono
Vegetais Carne, peixe Gorduras
Terapêutica Nutricional
Changes in Nutrition Therapy in the 2008 Clinical Practice Guidelines of Canadian Diabetes Association
Quantidades… aqui vai uma mãozinha
Sugestão plano alimentar Pequeno-almoço | 7:00h
1 pão ou 8 bolachas de água e sal redondas ou 4 bolachas tipo cream cracker ou 6 bolachas maria torrada ou 4 tostas ou 2 fatias de pão de forma
+ chá ou cevada sem açúcar
Meio da amanhã | 10:15h
1 peça de fruta
Ou 200 ml de sumo de fruta light
Ou 125 ml de sumo de fruta natural
+ 1 pão ou 8 bolachas de água e sal redondas ou 4 bolachas tipo cream cracker ou 6 bolachas maria torrada ou 4 tostas ou 2 fatias de pão de forma com uma fatia fina de queijo ou fiambre (30g)
Terapêutica Nutricional
Sugestão plano alimentar Almoço | 13:20h
Sopa de legumes e hortaliças Quantidade por pessoa para 2 refeições:
• 3 chávenas almoçadeiras (300g) de legumes e hortaliças a gosto (abóbora, cenoura, cebola, penca, couve branca, aipo, feijão verde)+1 batata pequena (80 g=tamanho de 1 ovo) ou 1 mão de feijão ou grão (30g) ou 1 mão de arroz ou massa (20g)+1 colher de chá de azeite em cru (5g)
Prato• 2 batatas médias (100 g cada, tamanho de 1 ovo de galinha) ou 8 colheres de sopa rasas de arroz
ou massa ou milho cozinhados ou 10 colheres de sopa rasas de feijão ou grão ou favas ou lentilhas cozinhados
• 120 g de peixe ou carne limpos de peles de gordura visíveis, ossos ou espinhas ou 2 ovos pequenos cozidos ou uma lata de atum bem escorrido
• Meia chávena almoçadeira de legumes e hortaliças
Sobremesa• 1 peça de fruta
Terapêutica Nutricional
Sugestão plano alimentar Meio da tarde | 17:15h
1 pão ou 8 bolachas de água e sal redondas ou 4 bolachas tipo cream cracker ou 6 bolachas maria torrada ou 4 tostas ou 2 fatias de pão de forma + 1 fatia fina de queijo ou fiambre (30g)
+ chá ou cevada sem açúcar
Terapêutica Nutricional
Sugestão plano alimentar Jantar | 19:30h
Sopa + prato + sobremesa semelhante ao almoço procurando alternar carne e peixe sempre que possível
Ceia | 22:30h
1 pão ou 8 bolachas de água e sal redondas ou 4 bolachas tipo cream cracker ou 6 bolachas maria torrada ou 4 tostas ou 2 fatias de pão de forma + 1 fatia fina de queijo ou fiambre (30g)
+ chá ou cevada sem açúcar
Terapêutica Nutricional
Terapêutica Nutricional
“Alimentos proibidos”o Açúcar, mel, geleia, compota, marmelada, produtos de
confeitaria e pastelaria, chocolates, fruta em calda,refrigerantes e outras bebidas açucaradas.
o Folhados, natas, salgadinhos, enchidos e fumados, conservase enlatados (excepto atum bem escorrido), frituras, assadoscom gordura, molhos com gordura, caldos, concentrados degordura
o Bebidas alcoólicas
Controlo glicémico
Os objectivos metabólicos devem ser individualizados Risco de hipoglicemia
Idade do doente e esperança de vida
Complicações microvasculares e co-morbilidades
Duração da doença
HbA1C (%) Glicemia pré-prandial(mg/dl)
Glicemia pós-prandial(mg/dl)
ADA <7 70-130 <180
IDF <6,5 <110 <140
AACE ≤6,5 <110 <140
SPD ≤6,5 <110 <140
Auto-controlo glicémico
Todos os diabéticos devem ser ensinados como fazer o ACGC e este deve estar associado à educação terapêutica
Frequência de monitorização deve ser individualizada segundo o controlo glicémico
3x/dia incluindo glicemias pré e pós-prandiais diabéticos insulino-tratados
Canadian Diabetes Association, 2008
Tratamento farmacológico
Escolha do tratamento
Eficácia na redução da glicemia (glicemia jj, pp e HbA1C)
Segurança
Tolerabilidade
Posologia
Custos
Efeitos não glicémicos Diminuição dos eventos CV
Efeito restaurador da função da célula β
Antidiabéticos orais
Modificação do estilo de vida + Metformina
1,5% HbA1CBaixo custo Peso
RCV em doentes obesos
Ef. laterais: GI; Acidoseláctica (raro)
CI: IR, IH, IC, IP, Gravidez
Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: Consensus of ADA & EASD, 2009
Antidiabéticos orais
Metformina Iniciar com dose baixa
500 mg 1id ou 2id com as refeições
850 mg 1id
Após 5-7 dias, se ausência de efeitos GI, aumentar a dose
850 mg 2id antes das refeições
1000 mg 2id antes das refeições
Se ocorrência de efeitos GI, diminuir a dose e tentar aumentar mais tarde
A dose máxima eficaz é de 1000 mg 2id, mas muitas vezes é 850 mg 2id
Pode haver ligeiro benefício em fazer 2500 mg/dia.
Os efeitos GI limitam o aumento da dose
Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: Consensus of ADA & EASD, 2009
Antidiabéticos orais
Modificação do estilo de vida + Metformina
+ Sulfonilureia ou Insulina basal ou Pioglitazona
HbA1C acima do desejado
Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: Consensus of ADA & EASD, 2009
Antidiabéticos orais
Modificação do estilo de vida + Metformina
+ Sulfonilureia ou Insulina basal ou Pioglitazona
1,5% HbA1C
Ef. laterais: Peso; Hipoglicemia (idosos e IR)
CI: IR, IH, Gravidez
HbA1C acima do desejado
Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: Consensus of ADA & EASD, 2009
Antidiabéticos orais
Modificação do estilo de vida + Metformina
+ Sulfonilureia ou Insulina basal ou Pioglitazona
HbA1C acima do desejado
0,5 - 1,5% HbA1C
Ef. laterais: Peso; Retenção fluidos edema ICC
CI: IC, Gravidez
Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: Consensus of ADA & EASD, 2009
Antidiabéticos orais
Modificação do estilo de vida + Metformina
+ Sulfonilureia ou Insulina basal ou Pioglitazona
MEV + Metformina + Intensificação de insulinoterapia
MEV + Metformina + Pioglitazona + Sulfonilureia
HbA1C acima do desejado
HbA1C acima do desejado
Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: Consensus of ADA & EASD, 2009
Antidiabéticos orais
Se glicemia pp > 140mg/dl+ Acarbose ou Nateglinida ou Sitagliptina
Acarbose 0,5 a 0,8% HbA1C
glicemia pp
Ef. laterais: GIDesvantagens: múltiplas
tomas, preço
Diminuição dos eventos CV ?
Nateglinida 1 a 1,5% HbA1C glicemia pp
Ef. laterais: pesoDesvantagens: múltiplas
tomas, preço
Alternativa às SU
Sitagliptina 0,5 a 0,8% HbA1C
glicemia pp
Desvantagens: preço, pouca experiência
Reversão da falência da célula β pancreática ?
SPD 2007
Pior relação custo/benefício. Pouca experiência. Múltiplas tomas
Insulina
Mais antiga
Mais eficaz
Rapidamente eficaz
Sem dose máxima
Melhoria do perfil lipídico TG
colesterol HDL
Risco de hipoglicemias
Peso
Insulina
Indicações Mau controlo glicémico com terapêutica com ADO optimizada
associada a alterações do estilo de vida
APMCG 2006 | HbA1C > 8% ao fim de 6-12 meses de tratamento oral optimizado
IDF 2007 | HbA1C > 7,5% com tratamento oral optimizado
Cetonúria, perda de peso e/ou sintomas hiperglicémicos graves
Doença intercorrente, cirurgia, trauma, infecção ou febre
Gravidez
Contra-indicação ao uso de ADO
Insulina
Objectivos | glicemia em jejum e antes de jantar
70-130mg/dl
Associação com metformina e com glitazonas tem grande eficácia
Os insulinosecretagogos (sulfonilureias, nateglinida e incretinas) devem ser suspensos quando se inicia insulina
Manter alterações do estilo de vida
Insulina
INSULINAS ACÇÃO RÁPIDA (NovoLog®, Humalog®) Embalagem com risca laranja
Administradas antes, durante ou após as refeições
Início: 5-15min.
Pico: 30-90min.
Duração: <5h
Mais fisiológicas
Menor risco de hipoglicemias
Insulina
INSULINAS ACÇÃO CURTA (Humulin regular®, Insumanrapid®, Actrapid®) Embalagem com risca amarela
Administradas 30min. antes das refeições
Início: 30-60 min.
Pico: 2-4h
Duração: 5-8h
Insulina
INSULINAS ACÇÃO INTERMÉDIA (Humulin NPH®, Insuman basal®, Insulatard®) Embalagem com risca verde
Início: 2-4h
Pico: 4-10h
Duração: 14-16h
Insulina
INSULINAS ACÇÃO LENTA (Lantus®, Levemir®) Embalagem com risca roxa (Lantus®)
Embalagem com risca verde escura (Levemir®)
Início: 1,5h
Sem pico
Duração: 24h (Lantus®); 14h (Levemir®)
Administradas a qualquer hora
Sem necessidade de agitar
Insulina
Iniciar 10UI insulina intermédia ao deitar ou longa ao levantar ou deitar
Insu
lina
0
20
40
Peq-Almoço Almoço Jantar
Insulina endógena
Insulina Intermédia
Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: Consensus of ADA & EASD, 2009
Insulina
Iniciar 10UI insulina intermédia ao deitar ou longa ao levantar ou deitar
Peq-Almoço Almoço Jantar
Insulina endógena
Insulina Lenta
Insu
lina
0
20
40
Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: Consensus of ADA & EASD, 2009
Caso clínico
Sexo masculino, 65 anos
DM há 10 anos
Antecedentes: Retinopatia, HTA, dislipidemia. Fumador
IMC | 27
HbA1C | 8,9%
Inicia insulina de acção intermédia 10 UI à noite + metformina 1000mg 2id
Caso clínico
Mês Glicemia
jejum
Glicemia 2h após
almoço
Glicemia
antes jantar
Glicemia 2h após
jantar
Glicemia
ao deitar
Insulina
1 294
2 246
3 228 10 UI
4 194
5 181
6 146 12UI
7 160
8 156
9 167
10 203 14UI
11 164
12 149
13 120 14UI
14 138
15 172
16 131
17 147 14UI
18 150
19 135
20 123
Caso clínico
Durante os 2 meses seguintes a Glicemia em jejum manteve-se entre 70 e 130mg/dl
HbA1C após 3 meses de insulinoterapia | 8,1%
Caso clínico
Mês Glicemia
jejum
Glicemia antes
do almoço
Glicemia 2h
após almoço
Glicemia
antes jantar
Glicemia 2h
após jantar
Glicemia
ao deitar
Insulina
1 120 130 200 14UI
2 133 124 187
3 118 112 213
4 97 100 179
5 89 99 194
6 143 114 230
7 130 123 140
8 110 138 167
9 111 70 202
10 132 142 185
11 121 100 179
12 100 123 206
13 107 110 150
14 98 88 179
Insulina
Iniciar 10UI insulina intermédia ao deitar ou longa ao levantar ou deitar
Aumentar insulina a cada 3 dias até glicemias em jejum entre 70-130mg/dl
Objectivo terapêutico atingidoObjectivo terapêutico não atingido
ao fim de 2-3 meses
Rever alterações do estilo de vida e técnica de autocontrolo
Iniciar pesquisas de glicemia pré-almoço, pré-jantar e ao deitar
Acrescentar uma injecção de insulina 4UI e ir aumentando a cada 3 dias
Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: Consensus of ADA & EASD, 2009
Insu
lina
60
0
20
40
Peq-Almoço Almoço Jantar
Insulina endógena
Insulina Rápida
Insulina Intermédia
Insulina
Se glicemia pré-almoço fora do intervalo
Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: Consensus of ADA & EASD, 2009
Insu
lina
60
0
20
40
Peq-Almoço Almoço Jantar
Insulina endógena
Insulina Intermédia
Insulina
Se glicemia pré-jantar fora do intervalo
Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: Consensus of ADA & EASD, 2009
Insu
lina
60
0
20
40
Peq-Almoço Almoço Jantar
Insulina endógena
Insulina Rápida
Insulina Intermédia
Insulina
Se glicemia pré-jantar fora do intervalo
Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: Consensus of ADA & EASD, 2009
Insu
lina
60
0
20
40
Peq-Almoço Almoço Jantar
Insulina endógena
Insulina Rápida
Insulina Intermédia
Insulina
Se glicemia ao deitar fora do intervalo
Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: Consensus of ADA & EASD, 2009
Insulina
Objectivo não atingido ao fim de 3 meses
Rever:
- MEV, técnicas de auto vigilância e de injecção
- glicemias pé-prandiais e adicionar nova injecção se necessário
- glicemias pós-prandiais e ajustar com insulina rápida pré-prandial
Referenciar à consulta de DM
Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: Consensus of ADA & EASD, 2009
Insulina
Administração Local
Rotação
Conservação
Outras recomendações
Agulhas 5mm | crianças
6mm | adulto magro
8mm | adultos
10-12mm | adultos obesos
Risco Cardiovascular - FRCV
Hipertensão arterial
Dislipidemia
Anti-agregação
Tabagismo
Obesidade
Sedentarismo
Sexo
Idade
História familiar de doença coronária
Risco Cardiovascular - Hipertensão
Nível alvo de TA < 130/80
Terapêutica privilegiada – Inibição SRAA
Necessidade de múltiplos fármacos
Terapêutica na grávida
Risco Cardiovascular - Dislipidemia
Todos os diabéticos, independentemente do nível de lípidos, devem ser medicados com estatina se: Têm DCV
Sem DCV mas com idade >40 anos e um FR
Valor alvo: Sem DCV: LDL<100mg/dL
Com DCV: LDL<70mg/dL
Redução entre 30 a 40% do nível basal
Variabilidade individual na resposta às estatinas
Outras terapêuticas
Risco Cardiovascular – Anti-agregação
Anti-agregar: Diabéticos com RCV>10%
Intermezzo polémico
Não anti-agregar: Diabéticos H<50A e M<60A com RCV<5%
Dosagem de AAS
Intolerância a AAS: Clopidogrel
Complicações agudas
Hipoglicemia
Hiperglicemias Cetoacidose diabética
Síndrome hiperglicémico hiperosmolar
Hipoglicemia
Hipoglicemia Causas
Administração de insulina em excesso
Diminuição ingestão alimentar
Técnica incorrecta de administração insulina
Aumento da absorção local
Exercício físico
Ingestão excessiva de álcool
Doença intercorrente
Hipoglicemia
Hipoglicemia Sintomas
Neurogénicos
Tremores
Palpitações
Hipersudorese
Ansiedade
Fome
Náusea
Neuroglicopénicos
Dificuldade de concentração
Confusão
Fraqueza
Tontura
Alterações da visão
Dificuldade na fala
Cefaleia
CDA 2008
Hipoglicemia
Hipoglicemia Tratamento
Hipoglicemia ligeira a moderada | sintomas neurogénicos com (moderada) ou sem (ligeira) sintomas neuroglicopénicos. O doente é capaz de se auto-tratar.
Suspender actividade física
Ingerir açúcar (2 a 3 pacotes) ou glucotabs
Autovigilância das glicemias (15 mn após)
Hipoglicemia grave | o doente necessita de assistência por outra pessoa. Pode ocorrer inconsciência.
Sem perda de consciência ingestão de açúcar ou glucotabs -autovigilância
Com perda de consciência Glucagon 1mg EV ou SC SU
Cetoacidose Diabética
Factores precipitantes Baixas concentrações de insulina
Situação de stress
Infecções
Enfarte Isquémico
Drogas
Fármacos
Gravidez
Sintomas Astenia progressiva
Anorexia
Náuseas e vómitos
Poliúria
Polidipsia
Dor abdominal
Boca seca
Sinais: Temperatura normal ou baixa
Polipneia
Desidratação
Alterações da consciência
Perda de peso
Hálito cetónico
Cetoacidose Diabética
Cetoacidose Diabética
Tratamento Cetose ligeira
Correcção da desidratação (Per os)
Administração de insulina (4-4h, segundo o valor da glicemia)
Reavaliar cetonúria e glicemia a cada 2h até correcção de cetonúria e glicemia < 200 mg/dl
Cetose moderada a grava
Referenciar ao SU (início de hidratação e administração de Insulina)
Síndrome Hiperglicémico Hiperosmolar
Causas Défice de insulina
Hidratação inadequada
Factores precipitantes Doença concomitante
Idade avançada
Nível de dependência
Sexo feminino
Infecções
Síndrome Hiperglicémico Hiperosmolar
Sintomas semelhantes à Cetoacidose Diabética Evolução insidiosa (dias a semanas)
Sinais Desidratação grave
Hipotensão
Taquicardia
Alteração da consciência
Síndrome Hiperglicémico Hiperosmolar
Glicemia > 600 mg/dl
Cetoacidose / Acidose láctica (podem não estar presentes)
Défice Hídrico marcado
Complicações crónicas
Retinopatia diabética
Nefropatia diabética
Neuropatia diabética
Complicações Cardiovasculares
Retinopatia Diabética
RASTREIO
Início │À data do diagnóstico 30% têm manifestações de retinopatia por altura do diagnóstico
3% apresentam critérios de gravidade
Periodicidade │ Anualmente ADA 2010
Espaçar vigilância 2-3 anos após ≥ 1 exame normal
Vigilância mais frequente se progressão da retinopatia
Referenciação à consulta de Oftalmologia Acuidade visual
Pressão intra-ocular
Observação do segmento anterior e posterior do globo ocular
Métodos de Rastreio Oftalmoscopia directa
Retinografia
Retinopatia Diabética
Gravidez Observação oftalmológica no período pré-concepcional
Risco de desenvolvimento/progressão RD
Planeamento de seguimento oftalmológico
Todas as grávidas devem realizar exame oftalmológico no 1º trimestre e até 1 ano após o parto
Sem retinopatia: todos os 3-12 meses
RDNP ligeira ou moderada: todos os 3-12 meses
RDNP grave : observação todos os 1-3 meses
Retinopatia Diabética
RASTREIO
Início │À data do diagnóstico
Periodicidade │ Anualmente Microalbuminúria
Creatinina com cálculo da Taxa Filtração Glomerular
Nefropatia Diabética
Variação diária da excreção de albumina urinária
Um resultado alterado exige confirmação
2 de 3 amostras recolhidas num período de 3 – 6 meses
Diagnóstico Diferencial para Nefropatia Diabética
+
Nefropatia Diabética
Nefropatia Diabética
Microalbuminúria/Proteinúria
Iniciar IECA ou ARA
Avaliar creatinina e ionograma 1 semana após
Repetir rastreio anualmente
Determinar TGF anualmente
Controlo da Glicemia
Nefropatia Diabética
OPÇÕES SEGURAS
Insulina
Nateglinida
EVITAR
Metformina │ Risco de Acidose Láctica
♂ Cr > 1,5 mg/dl
♀ Cr > 1,4 mg/dl
Sulfunilureias │ Excreção renal
Referenciação para Nefrologia TFG ≤ 30 ml/minuto/1,73m²
Hipercalémia
Aumentos de > 30% dos valores de Creatinina para além de 3 meses após o início de IECA ou ARA
Valores tensionais não atingidos
Nefropatia Diabética
Manifestações clínicas Heterogéneas
1. Polineuropatia sensoriomotora simétrica distal crónica
2. Neuropatia autonómica
Neuropatia Diabética
Diabetic Neuropathies, ADA Statements 2005
Manifestações clínicas
1. Polineuropatia sensoriomotora simétrica distal crónica Diagnóstico de exclusão 50% assintomáticos!
Dor (queimadura, choque eléctrico) Disestesias, parestesias Diminuição da sensibilidade protectora
Neuropatia Diabética
Diabetic Neuropathies, ADA Statements 2005
Manifestações clínicas
2. Neuropatia autonómica Cardiovascular: taquicardia em repouso, intolerância ao exercício, hipotensão
ortostática
Gastrointestinal: obstipação, diarreia, incontinência fecal, gastroparésia
Genitourinário: disfunção eréctil, ejaculação retrógrada, secura vaginal
Outras: disfunção neurovascular, sudomotora, pupilomotora
Neuropatia Diabética
Diabetic Neuropathies, ADA Statements 2005
Polineuropatia sensoriomotora simétrica distal crónica
Anualmente
História Clínica e Exame do Pé
Neuropatia Diabética
Standards of Medical Care in Diabetes, ADA 2010
Circular Normativa da Direcção Geral de Saúde Nº8/DGCG 24/04/01
Polineuropatia sensoriomotora simétrica distal crónica
História Clínica Amputação ou úlcera prévia Doença Arterial Periférica Neuropatia Mau controlo glicémico Hábitos tabágicos Outras complicações DM (nefropatia, etc…) Condições socio-económicas deficientes Dificuldade física ou visual Desconhecimento dos riscos da doença
Neuropatia Diabética
Standards of Medical Care in Diabetes, ADA 2010
Circular Normativa da Direcção Geral de Saúde Nº8/DGCG 24/04/01
Polineuropatia sensoriomotora simétrica distal crónica
Exame do pé Inspecção
Palpação dos pulsos
Avaliação da sensibilidade
Neuropatia Diabética
Preventive Foot Care in Diabetes, ADA 2004
Circular Normativa da Direcção Geral de Saúde Nº8/DGCG 24/04/01
Exame do pé
Inspecção Unhas e Pele (secura, eritema, calosidades, gretas, micoses) Edema Deformidades dos dedos e das unhas Rigidez articular
Neuropatia Diabética
Preventive Foot Care in Diabetes, ADA 2004
Circular Normativa da Direcção Geral de Saúde Nº8/DGCG 24/04/01
Exame do pé
Avaliação da Sensibilidade Teste Monofilamento 10 g de Semmes-Weinstein
+1 dos seguintes:
Pesquisa sensibilidade vibratória com diapasão 128 Hz
Pesquisa sensibilidade vibratória com bio-tensiómetro
Pesquisa sensibilidade táctil com algodão
Reflexos tornozelo
Neuropatia Diabética
Standards of Medical Care in Diabetes, ADA 2010
Exame do pé
Avaliação da Sensibilidade
Neuropatia Diabética
Circular Normativa da Direcção Geral de Saúde Nº8/DGCG 24/04/01
Teste Monofilamento 10 g + Teste com diapasão 128 Hz
Exame do pé
Avaliação da Sensibilidade Sensibilidade à pressão (sensibilidade protectora)
Neuropatia Diabética
Circular Normativa da Direcção Geral de Saúde Nº8/DGCG 24/04/01
-Aplicar perpendicularmente à pele sã, compressão suficiente para dobrar máx 2 s-O doente deve estar com os olhosfechados, sendo perguntado se sente apressão e onde sente-3 locais, 3 toques em cada local e alternartoques reais com irreais-Sensibilidade protectora se para cada local2 de 3 correctas.
Exame do pé
Avaliação da Sensibilidade Sensibilidade vibratória
Neuropatia Diabética
Exame do pé
Palpação pulsos Pulso pedioso dorsal
Pulso tibial posterior
Neuropatia Diabética
Circular Normativa da Direcção Geral de Saúde Nº8/DGCG 24/04/01
Exame do pé
Índice Tornozelo-Braço
Neuropatia Diabética
Standards of Medical Care in Diabetes, ADA 2010
Rastreio
->50 anos
-<50 anos com Factores de Risco para DAP (tabagismo, HTA, dislipidemia, DM>10 )
Identificação do pé em risco de ulceração Sistema de classificação de risco
Neuropatia Diabética
Grupo de Trabalho Internacional sobre Pé Diabético, Consenso Internacional sobre Pé Diabético ,1999
Categoria Risco Frequência de avaliação
0 Neuropatia ausente 1x/ano
1 Neuropatia presente 1x/6 meses
2 Neuropatia presente, sinais de Doença Vascular Periférica e/ou deformidades dos pés
1x/3 meses
3 Amputação/Úlcera prévia 1x/1-3 meses
Educação dos doentes e familiares Observação frequente dos pés
Conselhos práticos de higiene
Conhecimento dos agentes agressores
Uso de palmilhas e calçado específico
Meias sem costuras
Remoção das calosidades
Neuropatia Diabética
Circular Normativa da Direcção Geral de Saúde Nº8/DGCG 24/04/01
Tratamento sintomático Optimização e estabilização do controlo glicémico
Tratamento farmacológico
Neuropatia Diabética
Standards of Medical Care in Diabetes, ADA 2010
Classe Exemplos Posologia
A.Tricíclicos Amitriptilina
Nortriptilina
Imipramina
10-75 mg ao deitar
27-75 mg ao deitar
25-75 mg ao deitar
Anti-convulsivantes Gabapentina
Carbamazepina
Pregabalina*
300-1200 mg 3.i.d
200-400 mg 3.i.d
100 mg 3.i.d
5-hidroxitriptamina e inibidores da recaptação da NE Duloxetina* 60-120 mg /dia
Inibidor substância P Creme Capsaicina 0.025-0.075% 3.i.d
Tratamento das lesões não ulceradas Remoção das calosidades
Tratamento patologia da pele e das unhas
Neuropatia Diabética
Circular Normativa da Direcção Geral de Saúde Nº8/DGCG 24/04/01 Consensus Developement Conference on Diabetic Foot Wound Care, ADA 1999
Tratamento das lesões ulceradas Optimização controlo glicémico Controlo das co-morbilidades “Off-loading” Cuidados de penso Desbridamento cirúrgico Controlo infecção (antibioterapia)
Infecção ligeira a moderada Ambulatório, via oral (2 semanas) amoxicilina/ácido clavulânico; flucloxacilina; fluoroquinolonas
Infecção grave Hospitalar, via parentérica piperacilina/tazobactam; imipenem; cefotaxima…
Neuropatia Diabética
Circular Normativa da Direcção Geral de Saúde Nº8/DGCG 24/04/01 Consensus Developement Conference on Diabetic Foot Wound Care, ADA 1999
Neuropatia autonómica Anualmente
História Clínica e Exame Objectivo
Exames auxiliares de diagnóstico específicos raramente indicados
Neuropatia Diabética
Standards of Medical Care in Diabetes, ADA 2010
Complicações Cardiovasculares
Doença Coronária Rastreio em diabéticos assintomáticos ECG anualmente
Investigação em diabéticos com
Sintomas típicos e/ou atípicos
Anormalidades em ECG
Optimização terapêutica – Estatina e AAS
Complicações Cardiovasculares
Doença Arterial Periférica Sintomatologia - equivalentes
Rastreio
Optimização terapêutica
Consulta e Seguimento de um Doente Diabético
Periodicidade ≥ 2 consultas/ano
Tratamento
Controlo glicémico
Standards of Medical Care in Diabetes, ADA, 2010
Canadian Diabetes Association 2008
Consulta e Seguimento de um Doente Diabético
Consulta Médica Trimestral Reavaliação da terapêutica
Avaliação da auto-vigilância
Educação para a saúde
Avaliação complementar
Consulta e Seguimento de um Doente Diabético
Consulta Médica Anual Avaliação dos pés
Referenciação para Oftalmologia
Avaliação complementar
Consulta e Seguimento de um Doente Diabético
Consulta de Enfermagem Ensino
Fisiopatologia da doença
Auto-vigilância
Auto-controlo da glicemia capilar
Avaliação
Adesão ao tratamento
Anualmente
Avaliar os pés
Monitorizar a microalbuminúria
Consulta e Seguimento de um Doente Diabético
Plataforma online http://usf-fanzeres.min-saude.pt/educacao/Paginas/Diabetes.aspx
E-mail para contacto [email protected]