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CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS PROFESSOR ANTONIO CÉSAR www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 8: FLUXO DE CAIXA E os estudos, na reta final? A pedidos estou colocando a aula de Demonstração do Fluxo de Caixa. Como é uma matéria nova em Contabilidade Geral, estou fazendo uma introdução teórica grande e depois os exercícios. Nesta aula estou corrigindo apenas 05. Os demais estou deixando para vocês tentarem resolver sozinhos. Na Aula 09 (a seguinte) farei a correção. É uma técnica minha para que vocês tentem desenvolver o raciocínio. Estudar, somente, com questões já resolvidas não permite que vocês consigam assimilar bem a matéria. Bons estudos. 1. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) 1.1.IINTRODUÇÃO A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) ainda não é obrigatória no Brasil. Sendo assim, e acompanhando o entendimento adotado pelos autores do livro Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, autores Sérgio de Iudícibus, Eliseu Martins e Ernesto Rubens Gelbcke, editora Atlas, sexta edição, o presente capítulo adotará determinadas orientações do (Fasb), Financial Accounting Standards Board, e do (lasc), International Accounting Standards Committee, órgão que estabelece normas internacionais de contabilidade, uma vez que, de acordo com aqueles autores é bem provável que a norma que tornar obrigatória no futuro a elaboração da DFC deverá ser influenciada por aqueles dispositivos internacionais. 1.2.FINALIDADE As demonstrações financeiras elaboradas de acordo com a legislação brasileira (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados) traduzem, para os leitores, a posição patrimonial da empresa, o resultado apurado pela sociedade e a destinação dos lucros apurados. Tudo pelo regime de competência. Acontece que uma empresa necessita de recursos para sobreviver e estas demonstrações não costumam detalhar como esta posição da empresa, ou seja, como se comportou seu fluxo de caixa (passado), como está no presente e tampouco a sua projeção futura. Para suprir esta falta de informações é que surge a necessidade de se elaborar a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). As informações da DFC, analisadas em conjunto com as demais demonstrações financeiras, auxiliam os leitores a identificar:

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AULA 8: FLUXO DE CAIXA

E os estudos, na reta final? A pedidos estou colocando a aula de Demonstração do Fluxo de Caixa. Como é uma matéria nova em Contabilidade Geral, estou fazendo uma introdução teórica grande e depois os exercícios. Nesta aula estou corrigindo apenas 05. Os demais estou deixando para vocês tentarem resolver sozinhos. Na Aula 09 (a seguinte) farei a correção. É uma técnica minha para que vocês tentem desenvolver o raciocínio. Estudar, somente, com questões já resolvidas não permite que vocês consigam assimilar bem a matéria. Bons estudos. 1. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) 1.1.IINTRODUÇÃO

A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) ainda não é obrigatória no Brasil. Sendo assim, e acompanhando o entendimento adotado pelos autores do livro Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, autores Sérgio de Iudícibus, Eliseu Martins e Ernesto Rubens Gelbcke, editora Atlas, sexta edição, o presente capítulo adotará determinadas orientações do (Fasb), Financial Accounting Standards Board, e do (lasc), International Accounting Standards Committee, órgão que estabelece normas internacionais de contabilidade, uma vez que, de acordo com aqueles autores é bem provável que a norma que tornar obrigatória no futuro a elaboração da DFC deverá ser influenciada por aqueles dispositivos internacionais.

1.2.FINALIDADE As demonstrações financeiras elaboradas de acordo com a legislação brasileira (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados) traduzem, para os leitores, a posição patrimonial da empresa, o resultado apurado pela sociedade e a destinação dos lucros apurados. Tudo pelo regime de competência. Acontece que uma empresa necessita de recursos para sobreviver e estas demonstrações não costumam detalhar como esta posição da empresa, ou seja, como se comportou seu fluxo de caixa (passado), como está no presente e tampouco a sua projeção futura. Para suprir esta falta de informações é que surge a necessidade de se elaborar a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC).

As informações da DFC, analisadas em conjunto com as demais demonstrações financeiras, auxiliam os leitores a identificar:

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1. a conversão do lucro contábil (apurado pelo regime de competência) em caixa; 2. a capacidade de geração futura de caixa, principalmente de seus resultados

operacionais; 3. a probabilidade da empresa honrar seus compromissos, pagar dividendos e

retornar empréstimos obtidos; 4. a confirmação ou não de projeções passadas de fluxos futuros de caixa, etc.

1.3.CONCEITOS 1.3.1. DISPONIBILIDADES E EQUIVALENTE-CAIXA

Para fins da elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa, o conceito de caixa é ampliado e inclui-se também o chamado equivalente-caixa.

Equivalente-caixa é o investimento de alta liquidez, com total facilidade de conversão

em dinheiro, ou equivalente e de pouca ou rara possibilidade de diminuição de valor. Assim, as disponibilidades compreendem o caixa propriamente dito, os valores

depositados em conta corrente bancária e as aplicações em equivalente-caixa.

1.4.ATIVIDADES

Para se elaborar a DFC podemos traçar um paralelo com a elaboração da Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR). Quando estamos elaborando esta demonstração (DOAR), os recursos são apresentados na forma de origens e aplicações (Artigo 188, incisos I e II, da Lei número 6.404/76). .Já na elaboração da DFC, classificam-se as alterações de caixa por grupos de atividades. Estas são divididas em OPERACIONAIS, INVESTIMENTOS e FINANCIAMENTOS.

1.4.1. ATIVIDADE OPERACIONAL

Referem-se as atividades fins da empresa, ou seja, aquelas que fazem parte de seu

objeto social e todo o esforço para a sua obtenção. Normalmente aparecem na Demonstração do Resultado, excluindo os resultados não operacionais. Também são definidos como operacionais aqueles eventos que não sejam classificados como atividades de investimento e financiamento. Podem ser agrupadas da seguinte forma: Ingressos de Recursos ou Entradas de Recursos:

a) recebimentos, à vista, de mercadorias, serviços e produtos, bem como do recebimento das duplicatas das vendas a prazo;

b) recebimentos de juros sobre empréstimos concedidos e sobre aplicações financeiras em outras entidades, bem como dos dividendos de participações em outras sociedades;

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c) recebimentos que não se originem de transações definidas como atividades de investimento ou financiamento.

Saídas de Recursos ou Alocações de Recursos:

a) pagamentos, à vista, a fornecedores de bens objeto de sua atividade fim, bem como do pagamento dos fornecedores de compras originalmente a prazo;

b) pagamento de despesas da atividade fim da empresa, tais como, salários, aluguéis, com vendas, financeiras (juros), etc;

c) pagamentos de impostos e contribuições aos diversos governos, bem como aos pagamentos acessórios, tais como multas;, etc.

1.4.2. ATIVIDADE DE INVESTIMENTO

Relaciona-se normalmente com operações envolvendo os ativos de longo prazo que a empresa utiliza para produzir bens e serviços, incluindo a aquisição e alienação de ativo permanente investimento, imobilizado, bem como a concessão de empréstimos.

Ingressos de Recursos ou Entradas de Recursos:

a) recebimento do principal dos empréstimos concedidos (os juros recebidos destes empréstimos são classificados como atividade operacional);

b) recebimento pela venda de participações em outras empresas; c) recebimento pela venda de ativo permanente imobilizado.

Saídas de Recursos ou Alocações de Recursos:

a) concessão (desembolso) de empréstimos a outras empresas b) aquisição (pagamento) de títulos patrimoniais de outras empresas; c) aquisição (pagamento) de ativo permanente imobilizado.

1.4.3. ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO

Refere-se aos financiamentos concedidos à sociedade por terceiros e/ou pelos sócios. Basicamente são os valores constantes do passivo exigível de curto e longo prazo que sejam oriundos de empréstimos (financeiros) e capital social Ingressos de Recursos ou Entradas de Recursos:

a) recebimento decorrente da realização do capital social; b) recebimento decorrente de empréstimo (financeiro) obtido no mercado de curto ou

longo prazo; Saídas de Recursos ou Alocações de Recursos:

a) pagamento de dividendo; b) pagamento pelo resgate de ações da própria empresa; c) pagamento do principal dos empréstimos obtidos (os juros são classificados como

atividade operacional).

1.5.TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO

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Conforme comentado acima, a DFC, ao ser elaborada, irá dividir os ingressos e as saídas de recursos por atividades (operacional, investimento e financiamento). O resultado líquido aritmético das atividades será igual a variação ocorrida no CAIXA (caixa e equivalente-caixa) no período. Ou seja, verifica-se qual o saldo no início do período deste Caixa e qual o saldo final. A diferença encontrada deve ser igual ao resultado líquido algébrico apurado nas três atividades que compõem a DFC.

De acordo com as regras internacionais, já comentadas no início deste capítulo,

existem duas formas de elaboração da demonstração. Através do MÉTODO DIRETO ou através do MÉTODO INDIRETO.

1.5.1. MÉTODO DIRETO

Consiste em demonstrar os ingressos e as saídas de recursos das principais atividades operacionais como, por exemplo, os recebimentos pelas vendas dos produtos e serviços, pagamento de fornecedores, salários, impostos. Após o cômputo das entradas e saídas teremos o resultado líquido de caixa (ingresso ou saída) da atividade operacional em um determinado período. Quanto mais detalhada for a demonstração, mais informações serão transmitidas aos leitores, que poderão analisar qual resultado (da atividade da empresa) está sendo convertido em caixa. Além do resultado operacional serão demonstrados os ingressos e as saídas de caixa das demais atividades, sempre de forma detalhada.

Para a elaboração da DFC pelo método direto utilizaremos a inteligência nos passada pelo livro Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, já qualificado no início deste capítulo, que determina:

“O modelo utiliza a seqüência básica a seguir para calcular o fluxo de caixa das

operações. Parte dos componentes da Demonstração de Resultados e os ajusta pelas variações nas contas circulantes do Balanço vinculadas às operações. Por isso, é útil criar uma coluna para expressar as variações positivas ou negativas de cada conta dos Balanços comparados.

Assim: DFC - Seqüência para Apuração das Movimentações de Caixa - Método Direto - Receita ou despesa (DRE) —> Ajustes pelas variações nas contas do Balanço -> Valores para registrar na DFC.

Genericamente, um aumento no saldo das contas do Ativo Circulante vinculadas às

operações diminui o Caixa, e uma diminuição no saldo dessas contas aumenta o Caixa. Do mesmo modo, um acréscimo no saldo das contas do Passivo Circulante vinculadas às operações aumenta o Caixa, e uma diminuição produz uma saída (redução) no Caixa. Esse

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esquema é genérico, e deve ser utilizado com cuidado, pois podem existir transações no circulante que não pertençam às atividades operacionais (empréstimo de curto prazo, por exemplo) e também eventos fora do circulante que fazem parte das operações (juros e impostos a pagar no LP, créditos de LP etc.).” 1.5.2. MÉTODO INDIRETO

Este método parte de um valor para chegar a outro, ou seja, de forma indireta chega-se a uma mesma conclusão. Desta forma, parte-se do lucro líquido (apurado pelo regime de competência) para chegar ao valor deste lucro que foi convertido em caixa. Por este motivo é chamado de método da conciliação, uma vez que concilia o lucro líquido com o caixa. Para que a demonstração consiga passar essas informações é necessário:

a) verificar quais valores estão no lucro e que não afetaram caixa neste período, ou

seja, valores que afetaram caixa no passado mas afetaram o lucro somente agora (como as despesas antecipadas), bem como as receitas que afetaram o lucro mas não ingressaram no caixa (como as receitas a prazo), além daquelas despesas que diminuíram o resultado deste período mas que só serão pagas no futuro (despesas a prazo), entre tantas outras;

b) identificar quais foram os valores que afetaram o lucro neste período mas que se referem a gastos que foram efetuados no passado e que são lançados a resultado paulatinamente, tais como depreciações, amortizações, exaustões, que devem ser eliminados deste lucro para verificação do efeito no caixa da empresa;

c) verificar e ajustar resultados que se referem a atividade de investimento mas que estão alocadas no resultado do exercício,tais como o lucro ou a perda de capital na venda de bens ou direitos do ativo permanente (estes valores são excluídos da atividade operacional e são colocados na atividade de investimento).

Este método de elaboração é bastante parecido com o da elaboração da DOAR, que, de acordo com a legislação societária (Lei número 6.404/76, artigo 188) é feito de modo indireto pela variação nos grupos não circulantes.

Para a sua elaboração considera-se que todo o lucro líquido apurado pela empresa

afetou o caixa. Sendo assim, a primeira linha da DFC (atividade operacional) tem a informação deste lucro. A partir deste valor efetua-se as adições e as diminuições dos valores que sabidamente não afetaram o caixa. Já foi citado acima o cuidado que se deve ter para identificar os valores que estão no resultado e que não pertencem à atividade operacional e sim a atividade de investimento.

Ainda utilizando o ensinado pelo livro Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, deve-se seguir a seguinte ordem lógica para a estruturação da DFC pelo método indireto:

1. registrar o lucro líquido (transcrever da DRE);

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2. somar (ou subtrair) os lançamentos que afetam o lucro mas que não têm efeito no caixa, ou cujo efeito no caixa se reconhece em outro lugar da demonstração ou num prazo muito longo (depreciação, amortização, resultado de equivalência patrimonial, despesa financeira de longo prazo etc.);

3. somar (ou subtrair) os lançamentos que, apesar de afetarem o caixa, não pertencem às atividades operacionais (por exemplo, ganho e perda na venda, a vista, de imobilizado ou de outro ativo não pertencente ao grupo circulante);

4. somar as reduções nos saldos das contas do Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo vinculadas às operações;

5. subtrair os acréscimos nos saldos das contas do Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo vinculados às operações;

6. somar os acréscimos nos saldos das contas do Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo vinculados às operações;

7. subtrair as reduções nos saldos das contas do Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo vinculadas às operações.

Os ajustes efetuados nos itens 4 a 7 têm às seguintes explicações:

a) redução nas contas do Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo – se

este grupo diminui de valor significa que o caixa aumentou. Para entender este item, considere que no início do exercício a conta Duplicatas a Receber (Clientes ou similar) estivesse com um saldo de $ 100.000,00 decorrentes das vendas efetuadas no ano anterior e ainda não recebidas. Neste período, de acordo com a Demonstração do Resultado do Exercício, o valor das Vendas tenha sido de $ 800.000,00 e que o saldo final da conta Duplicatas a Receber (Clientes ou similar) esteja com um valor de $ 50.000,00. Analisando estes dados, podemos concluir que a empresa poderia ter recebido $ 900.000,00 decorrentes de vendas, sendo $ 100.000,00 de vendas efetuadas no ano anterior e $ 800.000,00 de vendas deste período. Como ainda constam $ 50.000,00 em Duplicatas a Receber significa que este valor só deverá ser recebido no ano seguinte. Portanto a empresa recebeu $ 850.000,00. Deste valor $ 800.000,00 já estão incluídos no Lucro do Exercício (na DRE consta $ 800.000,00 de Vendas, que aumentaram o lucro da empresa e é informado na primeira linha da DFC) e os restantes $ 50.000,00 decorrem da diminuição da conta Duplicatas a Receber (Clientes ou similar).Cuidado tem que haver para verificar se a conta Duplicatas a Receber (Clientes ou similar) foi diminuída por outra razão que não o recebimento como, por exemplo, o reconhecimento de perdas, tendo sido baixado contra Provisão para Devedores Duvidosos;

b) aumento nas contas do Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo – a mesma análise do item anterior, só que agora o caixa diminui pela variação positiva nas contas destes subgrupos. Para entender este item basta considerar que, ao invés da conta Duplicatas a Receber (Clientes ou similar) diminuir para $ 50.000,00, houve um aumento para $ 130.000,00. Isto significa dizer que a empresa tendo, recebido todo o valor do ano

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anterior, deixou para receber $ 130.000,00 decorrentes das vendas deste ano para o ano seguinte. Se a empresa tinha a receber do ano anterior $ 100.000,00 e vendeu este ano $ 800.000,00, o total a receber era de $ 900.000,00. Como restam $ 130.000,00 concluímos que só recebeu $ 770.000,00. Como na DRE o Lucro Líquido da empresa foi aumentado em $ 800.000,00 (o valor das Vendas do período) e a empresa só recebeu $ 770.000,00, precisamos diminuir o impacto no caixa em $ 30.000,00, que é exatamente a variação positiva na conta Duplicatas a Receber (Clientes ou similar);

c) aumento nas contas do Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo – análise semelhante a adotada para os grupos do ativo, comentadas nos itens “a” e “b”. Considerando que exista um saldo de $ 80.000,00 na conta Imposto de Renda a Pagar no início do período e ao final este saldo seja de $ 140.000,00. Verificando as contas de resultado na DRE encontra-se uma despesa com Imposto de Renda de $ 140.000,00. Podemos concluir que a empresa teria a pagar desta rubrica o valor de $ 220.000,00 (soma do valor do ano anterior mais o valor deste ano). Deixou para pagar $ 140.000,00 no ano seguinte (até por permissão da legislação). Portanto só pagou $ 80.000,00. Como na DRE foi lançado o valor de $ 140.000,00, reduzindo o lucro da empresa, a diferença tem que ser ajustada. E o valor é de $ 60.000,00, exatamente igual a variação ocorrida na conta Imposto de Renda a Pagar;

d) redução nas contas do passivo circulante – mesma análise feita nos itens “a”, “b” e “c” acima.

1.6.EXEMPLO DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA

Considerando as demonstrações financeiras abaixo, elaborar a Demonstração do Fluxo de Caixa pelos métodos direto e indireto da empresa BRANTSIL S/A.

BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA BRANTSIL S/A

31.12.2002 31.12.2003 Variação Caixa e Bancos 10.000 40.000 30.000 Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata 70.000 64.000 (6.000) Clientes - Duplicatas a Receber 200.000 250.000 50.000 Duplicatas Descontadas - (40.000) (40.000) Provisão p/ Devedores Duvidosos (6.000) (6.300) (300) Estoques 400.000 320.000 (80.000) Seguros a Vencer 20.000 12.000 (8.000) Máquinas 100.000 130.000 30.000 Depreciação Acumulada (20.000) (33.000) (13.000) TOTAL DO ATIVO 774.000 736.700 (37.300) Duplicatas a Pagar – Fornecedores 100.000 70.000 (30.000) Provisão para Imposto de Renda 20.000 15.000 (5.000)

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Salários a Pagar 40.000 57.000 17.000 Contas a Pagar 50.000 60.000 10.000 Empréstimo de Longo Prazo 100.000 30.000 (70.000) Capital 300.000 350.000 50.000 Lucros Acumulados 164.000 154.700 (9.300) TOTAL DO PASSIVO + PL 774.000 736.700 (37.300)

Demonstração do Resultado de 2002 (em $):

Vendas 500.000Custo das Mercadorias Vendidas (380.000)Lucro Bruto 120.000Despesa de Salários (60.000)Depreciação (13.000)Despesas Financeiras (5.000)Despesa com Provisão pa Devedores Duvidosos (6.300)Reversão de Provisão para Devedores Duvidosos 6.000Despesas Gerais (18.000)Receitas Financeiras 5.000Lucro Antes do IR/CS 28.700Provisão para Imposto de Renda (15.000)Lucro Líquido 13.700

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (em $): Capital Lucros Acumulados Total Saldo em 31.12.2002 300.000 164.000 464.000Aumento de Capital 50.000 50.000Lucro Líquido 13.700 13.700Dividendos pagos (23.000) (23.000)Saldo em 31-12-X1 350.000 154.700 504.700

Observação:

a) Foram pagos $ 23.000 de dividendos, sendo uma parte referente ao ano de 2001 que estava sem destinação.

b) As despesas financeiras foram pagas e as receitas financeiras foram recebidas. Elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa

a) PELO MÉTODO DIRETO Atividades Operacionais Recebimento de Clientes 450.000Duplicatas Descontadas 40.000Recebimento de Receitas Financeiras 5.000

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Pagamento de Fornecedores 330.000Pagamento de Imposto de Renda 20.000Pagamento de Salários 43.000Pagamento de Despesas Financeiras 5.000Ingresso Líquido de Caixa Operacional 97.000Atividade de Investimentos Pagamento Aquisição de Máquina 30.000Caixa Líquido Consumido Investimento 30.000Atividade de Financiamento Ingresso pelo Aumento de Capital Social 50.000Pagamento de Dividendos 23.000Pagamento de Empréstimos de Longo Prazo 70.000Caixa Líquido Consumido Financiamento 43.000 Aumento Líquido de Caixa em 2002 24.000Saldo de Caixa em 2001 80.000Saldo de Caixa em 2002 104.000Variação Ocorrida no Caixa 24.000

b) PELO MÉTODO INDIRETO

Atividades Operacionais Lucro Líquido do Exercício 13.700Mais Depreciação 13.000Aumento de Duplicatas a Receber 50.000Aumento de Provisão para Devedores Duvidosos 300Aumento de Duplicatas Descontadas 40.000

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Diminuição de Estoques 80.000Diminuição de Seguros a Vencer 8.000Diminuição de Fornecedores 30.000Diminuição de Imposto a Pagar 5.000Aumento de Salários a Pagar 17.000Aumento de Contas a Pagar 10.000Ingresso Líquido da Atividade Operacional 97.000 Atividades Investimentos Pagamento pela Compra de Máquina 30.000Caixa Líquido Consumido Investimento 30.000 Atividades Financiamentos Recebimento pelo Aumento de Capital 50.000Pagamento de Dividendos 23.000Pagamento de Empréstimos 70.000Caixa Líquido Consumido Financiamento 43.000 Aumento Líquido de Caixa em 2002 24.000Saldo de Caixa em 2001 80.000Saldo de Caixa em 2002 104.000Variação Ocorrida no Caixa 24.000

Considerando as instruções que foram detalhadas no item 9.5, faremos uma breve análise da DFC elaborada:

a) Método Indireto:

a. A empresa apurou um Lucro Líquido de $ 13.700,00 mas o ingresso líquido no caixa decorrente deste resultado foi de $ 26.700,00 (lucro de $ 13.700,00 mais a depreciação de $ 13.000,00). Porém, com as variações ocorridas nas contas do ativo e do passivo operacionais o caixa foi impactado positivamente em $ 97.000,00, que decorre de operações registradas em períodos anteriores e que se transformaram em caixa neste período como, por exemplo, o a conta Estoques que foi diminuída em $ 80.000,00, ou seja, parcela do Custo das Mercadorias Vendidas, registrada na DRE, portanto diminuindo o lucro do período não afetou o caixa neste ano e sim no período anterior quando foi adquirido. Mesma análise deve ser feita para as demais contas que representam a atividade operacional da empresa.

b. Deste ingresso positivo no caixa da atividade operacional, $ 30.000,00 foi investido na aquisição de novos equipamentos, que irão gerar resultados positivos nos próximos períodos;

c. Outra parcela foi destinada ao pagamento de financiamentos e de dividendos, que líquidos dos novos recursos trazidos pelos sócios ($ 50.000,00) consumiram $ 43.000,00 do caixa da empresa.

b) Método Direto:

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a. Por este método, é mais fácil identificar a origens dos ingressos de recursos e da aplicação dos mesmos na atividade operacional como, por exemplo, qual foi o valor que afetou o caixa decorrente das vendas da empresa, qual foi o pagamento de fornecedores, de salários, etc;

b. Os efeitos das demais atividades (investimento e financiamento) são apresentadas de forma semelhante à adotada pelo Método Indireto.

c) O Método Indireto é muito parecido com a elaboração da Doar, pois parte do resultado líquido ajustando-o para verificar o efeito no caixa da empresa.

Exercícios: AFRF 2002-1 Dadas as informações a seguir: I - As Demonstrações Contábeis, de três períodos consecutivos, da CIA. MARACANÃ, registram nas contas abaixo, os seguintes saldos:

SALDOS FINAIS 1999 2000 2001

Vendas 15.000.000 25.000.000 32.000.000 Custo das Mercadorias Vendidas 8.500.000 14.500.000 18.000.000 Despesa c/ Devedores Duvidosos 10.000 12.000 15.000 Clientes 13.000.000 22.000.000 26.000.000 Estoques 30.000 65.000 70.000 PDD 10.000 12.000 15.000 Reversão de PDD --- --- 4.000 Fornecedores 1.450.000 2.600.000 3.900.000 Despesas do Período 3.000.000 4.500.000 5.000.000 Contas a Pagar 220.000 350.000 400.000 Perdas com Clientes --- 8.000 ---

II - O Balanço Patrimonial de 1998 evidenciava como saldos finais das contas a seguir os valores:

Estoques Fornecedores Clientes PDD Contas a Pagar 100.000 1.070.000 3.000.000 3.000 150.000

III - A empresa utilizava Contas a Pagar somente para registrar despesas a prazo. Com base unicamente nas informações fornecidas, responda às questões de 01 a 04. 01- O valor das compras efetuadas pela empresa em 2001 é:

a) 18.005.000 b) 17.935.000 c) 16.705.000 d) 14.535.000

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e) 13.385.000 Solução: Apesar da questão estar incluída em um grande grupo de questões relativas a Demonstração do Fluxo de Caixa, ela trata de operações com mercadorias, que já tratamos diversas vezes em aulas anteriores. Resolução considerada fácil. Basta lembrarmos da fórmula do Custo das Mercadorias Vendidas: CMV = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final 18.000.000 = 65.000 + Compras – 70.000 Compras = 18.005.000 Gabarito - A 02- O valor de ingresso no Fluxo de Caixa, nos três períodos, proveniente das Vendas é:

1999 2000 2001 a) 15.000.000 25.000.000 32.000.000 b) 13.000.000 22.002.000 31.998.000 c) 12.997.000 22.000.000 31.992.000 d) 9.007.000 21.992.000 27.988.000 e) 4.997.000 15.982.000 27.992.000

Solução: Esta questão, de Demonstração do Fluxo de Caixa, se refere à elaboração pelo chamado método direto. Quer o examinador que identifiquemos qual o valor que a empresa recebeu de vendas. Vamos fazer uma análise do ano de 1999. Repare, na DRE, que a empresa efetuou vendas de $ 15.000.000,00, contabilizadas pelo regime de competência. No Balanço Patrimonial identificamos a conta cliente com saldo inicial de $ 3.000.000,00 (é o saldo final de 1998). Este saldo inicial se refere a vendas efetuadas em 1998, não recebidas naquele ano e que devem ser recebidas em 1999. Ora, somando com as vendas de 1999 ($15.000.000,00), a empresa deveria receber $ 18.000.000,00. Porém, a conta clientes termina com um saldo de $ 13.000.000,00. O que isso significa? Que a empresa deixou para receber, em 2000, o valor de $ 13.000.000,00, decorrente de vendas realizadas em 1999. Como tinha a receber $ 18.000.000,00 e $ 13.000.000,00 ficaram para 2000, o máximo que poderia receber em 1999 seria $ 5.000.000,00 ($ 18.000.000,00 - $ 13.000.000,00). Porém, analisando a conta de PDD, reparamos que seu saldo inicial de $ 3.000,00 foi baixado contra a conta clientes por se tornarem incobráveis. Como podemos concluir isso? O saldo inicial era de $ 3.000,00. A despesa com PDD em 1999 foi de $ 10.000,00 e o saldo final de PDD também foi de $ 10.000,00. Como o saldo inicial era de $, 3.000,00.e houve a constituição de $ 10.000,00, o saldo final deveria ser de $ 13.000,00. Como o saldo final é de $ 10.000,00, significa que a PDD foi baixada em $ 3.000,00. Como não houve reversão neste período, de PDD, significa que os $ 3.000,00 foram baixados por perda no recebimento de clientes. Pessoal, se a conta clientes foi baixada em $ 5.000.000,00, e $ 3.000,00 se referem a perdas no seu recebimento, recebemos apenas a diferença, ou seja, R$ 4.997.000,00.

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Não se esqueçam que a conta clientes pode ser diminuída, basicamente, pelos seguintes motivos: Recebimento dos Valores r Perda no Recebimento. Como $ 3.000,00 foram perdas, o restante foi recebimento. Esta mesma análise dever ser feita para os demais anos. Vejamos: Ano 2000. Na DRE, identificamos que a empresa efetuou vendas de $ 25.000.000,00, contabilizadas pelo regime de competência. No Balanço Patrimonial identificamos a conta cliente com saldo inicial de $ 13.000.000,00 (é o saldo final de 1999). Este saldo inicial se refere a vendas efetuadas em 1999, não recebidas naquele ano e que devem ser recebidas em 2000. Ora, somando com as vendas de 2000 ($25.000.000,00), a empresa deveria receber $ 38.000.000,00. Porém, a conta clientes termina com um saldo de $ 22.000.000,00. O que isso significa? Que a empresa deixou para receber, em 2001, o valor de $ 22.000.000,00, decorrente de vendas realizadas em 2000. Como tinha a receber $ 38.000.000,00 e $ 22.000.000,00 ficaram para 2001, o máximo que poderia receber em 2000 seria $ 16.000.000,00 ($ 38.000.000,00 - $ 22.000.000,00). Porém, analisando a conta de PDD, reparamos que seu saldo inicial de $ 10.000,00 foi baixado contra a conta clientes por se tornarem incobráveis. De novo, como podemos concluir isso? O saldo inicial era de $ 10.000,00. A despesa com PDD em 2000 foi de $ 12.000,00 e o saldo final de PDD também foi de $ 12.000,00. Como o saldo inicial era de $ 10.000,00.e houve a constituição de $ 12.000,00, o saldo final deveria ser de $ 25.000,00. Como o saldo final é de $ 12.000,00, significa que a PDD foi baixada em $ 10.000,00. Como não houve reversão neste período, de PDD, significa que os $ 10.000,00 foram baixados por perda no recebimento de clientes. Mas, cuidado. Repare que existe uma conta com Perdas com Cliente no valor de $ 8.000,00. O que significa esta conta/ Que a empresa tomou “calote” dos clientes. O calote total foi de $ 18.000,00. Uma parte já estava proviionada (lembra da baixa da PDD de $ 10.000,00?). O restante não estava provisionado e por isso foi baixado contra despesa e não contra PDD, pois não estava provisionado. É uma análise difícil, concordo, principalmente para explicar no papel, sem um quadro negro. Analisem com calma. Se a conta clientes foi baixada em $ 16.000.000,00, e $ 18.000,00 se referem a perdas no seu recebimento, a empresa recebeu apenas a diferença, ou seja, R$ 15.982..000,00. Agora o ano 2001. Na DRE, identificamos que a empresa efetuou vendas de $ 32.000.000,00, contabilizadas pelo regime de competência. No Balanço Patrimonial identificamos a conta cliente com saldo inicial de $ 22.000.000,00 (é o saldo final de 2000). Este saldo inicial se refere a vendas efetuadas em 2000, não recebidas naquele ano e que devem ser recebidas em 2001. Ora, somando com as vendas de 2001 ($32.000.000,00), a empresa deveria receber $ 54.000.000,00. Porém, a conta clientes termina com um saldo de $ 26.000.000,00. O que isso significa? Que a empresa deixou para receber, em 2002, o valor de $ 26.000.000,00, decorrente de vendas realizadas em 2001. Como tinha a receber $

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54.000.000,00 e $ 26.000.000,00 ficaram para 2002, o máximo que poderia receber em 2001 seria $ 28.000.000,00 ($ 54.000.000,00 - $ 26.000.000,00). Porém, analisando a conta de PDD, reparamos que seu saldo inicial de $ 12.000,00 foi baixado em parte contra a conta clientes por se tornarem incobráveis. De novo, como podemos concluir isso? O saldo inicial era de $ 12.000,00. A despesa com PDD em 2001 foi de $ 15.000,00 e o saldo final de PDD também foi de $ 15.000,00. Como o saldo inicial era de $ 12.000,00.e houve a constituição de $ 15.000,00, o saldo final deveria ser de $ 27.000,00. Como o saldo final é de $ 15.000,00, significa que a PDD foi baixada em $ 12.000,00. Como houve reversão neste período, de PDD, no valor de $ 4.000,00, significa que apenas $ 8.000,00 foram baixados por perda no recebimento de clientes. Percebemos que houve a reversão da PDD na DRE. Vejam a conta nesta demonstração. Se a conta clientes foi baixada em $ 28.000.000,00, e $ 8.000,00 se referem a perdas no seu recebimento, a empresa recebeu apenas a diferença, ou seja, R$ 27.992..000,00. Gabarito – E 03- Se 10% das Despesas do ano de 2000 representarem valores ligados a itens provisionados, pode-se afirmar que o valor das saídas de caixa decorrentes de pagamento de despesas é:

a) 3.700.000 b) 3.920.000 c) 4.150.000 d) 4.500.000 e) 4.720.000

Solução: Mais uma questão difícil. As despesas de 2000 totalizaram $ 4.500.000,00. As despesas provisionadas foram de 10%, ou seja, $ 450.000,00. O que significa despesa provisionada? Que não demanda pagamento. Como exemplo, PDD, Depreciação, etc. As despesas são registradas pelo regime de competência, ou seja, independentemente do pagamento. Foi informação do problema que a conta “Contas a Pagar” é utilizada para registrar as despesas a prazo. Como não sabemos se as despesas foram à vista ou prazo, consideramos que foram a prazo. Como o saldo da conta “Contas a Pagar” era de $ 220.000,00 e $ as despesas do período (exceto as provisionadas) foram de $ 4.050.000,00 ($ 4.500.000,00 - $ 450.000,00), o valor que a empresa deveria pagar seria de $ 4.270.000,00. Como o saldo final desta conta foi de $ 350.00,00, significa que este valor deverá ser pago em 2001. Portanto, a empresa pagou a diferença de $ 3.920.000,00 ($ 4.270.000,00 - $ 350.000,00). Gabarito - B

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04- No período de 2000 os pagamentos efetuados pela empresa aos fornecedores foram no valor de:

a) 18.005.000 b) 17.935.000 c) 16.705.000 d) 14.535.000 e) 13.385.000

Solução: Para sabermos quanto que a empresa pagou em 2000, devemos analisar a conta fornecedores, que significa compras a prazo realizadas pela empresa. O saldo inicial desta conta era de $ 1.450.000,00, significando compras efetuadas em 1999 a serem pagas em 2000. Quanto a empresa comprou em 2000? Para tanto, a fórmula de CMV deve ser utilizada: CMV = EI + C - EF 14.500.000 = 30.000 + C – 65.000I C = 14.535.000 As compras foram de $ 14.535.000,00. Portanto o valor máximo de pagamento aos fornecedores seria de $ 15.985.000,00 ($ 14.535.000,00 + $ 1.450.000,00). Como o saldo final da conta “Fornecedores” foi de $ 2.600.000,00, este valor deverá ser pago em 2001. Logo, a empresa pagou a diferença, de $ 13.385.000,00 Gabarito - E. 05- Das operações listadas a seguir, indique aquela que não tem como conseqüência alteração nas disponibilidades.

a) diminuições de financiamentos por amortizações b) novos investimentos de longo prazo c) aumento de imobilizados por reavaliações d) créditos concedidos a coligadas e controladas e) operações com debêntures conversíveis em ações

Solução: Quando ocorre a reavaliação de um ativo permanente imobilizado, debita-se a ativo e credita-se uma Reserva de Reavaliação no Patrimônio Líquido, não afetando as disponibilidades. Gabarito - C Não farei as correções das questões abaixo nesta aula. Deixo para vocês tentarem responder após estudar o que acima escrevi. Na aula 09 efetuarei a correção destas questões. Bons estudos. AFRF 2002 – 2

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01- (AFRF 2002-2/ESAF) A composição da diferença entre o Lucro Contábil com o Fluxo de Caixa Operacional Líquido é evidenciada:

a) na Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. b) no Fluxo de Caixa Indireto. c) na Demonstração de Resultados. d) no fluxo gerado por Investimentos. e) na composição dos financiamentos de Caixa.

02- (AFRF 2002-2/ESAF) O valor de resgate referente a aplicações financeiras de longo prazo é classificado no Fluxo de Caixa como item:

a) de Empreendimentos b) de Financiamentos c) de Operações d) de Amortizações e) de Investimentos

Das demonstrações contábeis da Cia. Azulão foram extraídas as contas abaixo com os seus respectivos saldos: Contas/Período 2000 2001 Fornecedores 23.000 32.000CMV 800.000 1.300.000Compras 750.000 1.200.000Vendas 2.500.000 6.500.000Despesas Antecipadas 15.000 240.000Despesas Totais do Período 1.200.000 4.000.000Depreciações do Período 320.000 540.000 Tomando como base os dados fornecidos, responda às questões de nº 03 a 05. 03- (AFRF 2002-2/ESAF) O valor pago pelas compras no ano de 2001 foi:

a) 1.300.000 b) 1.200.000 c) 1.191.000 d) 1.101.000 e) 1.091.000

04- (AFRF 2002-2/ESAF) Se o valor do estoque final for 90.000, o estoque inicial será:

a) 190.000 b) 180.000 c) 120.000

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d) 100.000 e) 90.000

05- (AFRF 2002-2/ESAF) Considerando que o Passivo Circulante da empresa era formado unicamente pela rubrica fornecedores e o Balanço Patrimonial não evidenciava a existência de Realizável a Longo Prazo, pode-se afirmar que o valor das Despesas pagas no período é:

a) 3.220.000 b) 3.445.000 c) 3.460.000 d) 3.685.000 e) 4.000.000

AFRF 2003 Instruções para resolução das questões de nºs 01 a 07. Em uma operação de verificação dos livros contábeis, realizada na Cia. Luanda, foi possível identificar os seguintes dados: I - O Balanço Patrimonial dos exercícios 20x1 e 20x2 CONTAS DO ATIVO 20x1 20x2 Disponibilidades 8.000 6.000 Clientes 12.000 22.500 (-) Prov. p/ Créditos de Liq. Duvidosa (300) (800) Estoques 2.000 6.500 Participações Societárias 5.300 5.300 Imóveis 12.000 12.000 Equipamentos 15.000 20.000 Veículos 20.000 20.000 (-) Depreciação Acumulada (2.000) (7.500) TOTAL DO ATIVO 72.000 84.000 CONTAS DO PASSIVO+PL 20x1 20x2 Contas a Pagar 1.000 4.000 Fornecedores 9.000 6.000 Dividendos a Pagar ------ 3.000 Impostos Provisionados 1.000 2.000 Notas Promissórias a Pagar 10.000 ------ Financiamentos de Longo Prazo 16.000 22.000 Capital Social 30.000 40.000 Reservas de Lucros 4.000 0 Lucros/Prejuízos Acumulados 1.000 7.000 TOTAL DO PASSIVO+PL 72.000 84.000

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II - A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido CAPITAL

SOCIAL RESERVA

DE LUCROS LUCROS/PREJUÍZOS

ACUMULADOS TOTAL

Saldo em 31.12.20x1 30.000 4.000 1.000 35.000 Transferências p/Capital

4.000 (4.000) 0

Novas Subscrições 6.000 6.000 Incorporação do Resultado Líquido 19x2

9.000 9.000

Distribuição do Resultado

0

Dividendos (3.000) (3.000) Saldo em 31.12.20x2 40.000 0 7.000 47.000 III - Itens da Demonstração de Resultado do Exercício Itens Adicionais 20x1 20x2 Vendas 100.000 152.000 CMV 64.000 82.000 Despesas totais do período 34.000 59.000 Resultado antes do IR 2.000 11.000 Variações Cambiais Passivas --- 6.000 Despesas de Depreciações 2.000 5.500 Provisão p/ pagamento do Imposto de Renda 1.000 2.000 Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa 300 800 IV - Outras informações adicionais

- As Notas Promissórias vencem em 180 dias. - Os financiamentos foram contratados junto ao Banco ABC em 30.12.20x1

pelo prazo de 8 anos, com carência de 3 anos e juros de 5% anuais, pagáveis ao final de cada período contábil. O saldo devedor é corrigido pela variação da moeda x, com pagamento do principal em 5 parcelas anuais após o período de carência.

Com base unicamente nos dados fornecidos, responder às questões de números 06 a 12. 01- (AFRF 2003/ESAF) -O valor dos ingressos de caixa gerado pelas vendas no período examinado foi:

a) 159.500 b) 150.000 c) 141.200 d) 139.500

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e) 139.200 02- (AFRF 2003/ESAF) -Examinando os dados, verifica-se que a empresa pagou aos fornecedores o valor de:

a) 89.500 b) 86.500 c) 85.000 d) 82.000 e) 75.500

03-(AFRF 2003/ESAF) - Com base nos dados identificados, pode-se afirmar que a saída de caixa para o pagamento de despesas foi:

a) 52.700 b) 50.700 c) 44.700 d) 45.500 e) 43.700

04- (AFRF 2003/ESAF) -No período a empresa efetuou compras de estoques no valor de:

a) 89.500 b) 86.500 c) 85.000 d) 82.000 e) 75.500

05- (AFRF 2003/ESAF) -Com os dados fornecidos e aplicando o método indireto para elaborar o fluxo de caixa, pode-se afirmar que a contribuição do resultado ajustado para a formação das disponibilidades é:

a) 21.300 b) 12.000 c) 17.500 d) 20.500 e) 6.000

06- (AFRF 2003/ESAF) -O valor dos itens de Investimentos que contribuíram para a variação das disponibilidades é:

a) (5.500) b) (5.000) c) (500) d) 5.000 e) 5.500

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07- (AFRF 2003/ESAF) -O valor do caixa líquido consumido nas atividades operacionais é:

a) (9.300) b) (8.000) c) (3.000) d) 7.000 e) 9.000

08- (AFRF 2003/ESAF) -Representam operações que não afetam o fluxo de caixa:

a) recebimento por doação de terrenos e depreciações lançadas no período. b) aquisição de bens não de uso e quitação de contrato de mútuo. c) alienação de participações societárias e depreciações lançadas no período. d) amortizações efetuadas no período de diferidos e venda de ações emitidas. e) repasse de recursos para empresas coligadas e aquisição de bens.

09- (AFRF 2003/ESAF) -Na elaboração do fluxo de caixa são classificáveis como atividade de financiamento:

a) desembolso por empréstimos concedidos a empresas coligadas e controladas. b) aquisição de máquinas, veículos ou equipamentos através de contrato de

arrendamento mercantil. c) recebimento de contribuições de caráter permanente para aquisição de terrenos para

expansão da capacidade instalada da empresa. d) venda de ações emitidas e recebimento de valores decorrentes da alienação de

participações societárias. e) recebimento de juros sobre empréstimos concedidos a outras empresas.