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CONTABILIDADE PÚBLICA Principais Conceitos 1. Contabilidade Pública - conceito Contabilidade Pública é a ciência que estuda, controla e registra o Patrimônio Publico e suas variações, registrando o Orçamento e sua execução. Conforme Araújo e Arruda “A Contabilidade Governamental ou Pública é o ramo da Ciência Contábil que está voltado para registrar, controlar e demonstrar os fatos mensuráveis em moeda que afetam o patrimônio da União, dos Estados e dos Municípios e suas respectivas autarquias e fundações, ou seja, das entidades de direito público interno”. 2. Exercício Financeiro segundo a Lei 4.320/64 O exercício financeiro coincide com o ano civil. Com base no art. 35, incisos I e II da Lei 4.320/64, pertencem ao exercício financeiro todas as receitas nele arrecadadas e todas as despesas legalmente empenhadas. 3. Regime de Caixa e de Competência - diferenças A Contabilidade Pública adota o regime misto (de caixa para as receitas e de competência para as despesas), conforme o art. 35, incisos I e II, da Lei 4.320 define: “pertencem ao exercício financeiro”: a) As Receitas nele arrecadadas; b) Despesas legalmente empenhadas. 4. Receitas Públicas - tipos a) Receitas Correntes: Receita Tributária- Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria; Receita de Contribuições - IAPSEB, IPM (Contr.Soc e Econ.); Receita Patrimonial - Aplicação de Fundos e Inversões, Operações Imobiliárias e outros; Receita Agrícola, Industrial e de Serviços - Atividades agrícolas, comerciais e industriais; Transferência Corrente- Outras entidades públicas ou privadas; Outras Receitas Correntes- Multas, Indenizações, Restituições, Cobrança de Dívida Ativa. b) Receitas de Capital Operações de Crédito - Empréstimos ou financiamentos com recursos financeiros do mercado interno ou externo; Alienações de Bens - Vendas de bens e direitos; Amortização de Empréstimo - Recursos obtidos no retorno de valores emprestados a entidades públicas; Transferências de Capital - Recursos obtidos de entidades Públicas ou Privadas, para atender a despesas de capital. Outras Receitas de Capital 5. Superávit Orçamento Corrente Diferença entre a Receita e Despesa Corrente, o saldo será adicionado às Receitas de Capital. 6. Receita Extra- Orçamentária - conceito É aquela que não integra o Orçamento Público. O dinheiro recebido de Receita Extra- Orçamentário, constitui um Passivo Exigível e soma-se as disponibilidades financeiras. Será restituído quando for reclamado: - Cauções, Finanças, Consignações em Folha de Pagamento em prol Terceiros (INSS a Recolher), Retenções na Fonte de IRRF, Salários não reclamados, Operações de Crédito a Curto Prazo. 7. Estágios da Receita Pública a) Lançamento - É o ato da repartição competente em apurar a procedência do crédito do Estado e a pessoa que é devedora, procedendo a escrituração a débito desta e a crédito do título ou rubrica do orçamento do exercício: b) Arrecadação - Ocorre quando os contribuintes efetuam seus pagamentos para os Agentes Públicos (delegacias e tesourarias) e Agentes Privados (bancos). c) Recolhimento - Os agentes arrecadadores entregam ao governo o produto arrecadado. 8. Classificações Orçamentárias São os critérios de classificação das contas públicas de grande importância para o ordenamento e compreensão do orçamento. As classificações são utilizadas para facilitar e padronizar as informações que se deseja incluir no orçamento dando-lhe uma correspondência de valor. Pela classificação é possível visualizar o orçamento por Poder, por Instituição, por Função de Governo, por

Contabilidade Geral

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CONTABILIDADE PÚBLICAPrincipais Conceitos

1. Contabilidade Pública - conceitoContabilidade Pública é a ciência que estuda, controla e registra o Patrimônio Publico e suas variações, registrando o Orçamento e sua execução.

Conforme Araújo e Arruda “A Contabilidade Governamental ou Pública é o ramo da Ciência Contábil que está voltado para registrar, controlar e demonstrar os fatos mensuráveis em moeda que afetam o patrimônio da União, dos Estados e dos Municípios e suas respectivas autarquias e fundações, ou seja, das entidades de direito público interno”.

2. Exercício Financeiro segundo a Lei 4.320/64 O exercício financeiro coincide com o ano civil. Com base no art. 35, incisos I e II da Lei 4.320/64, pertencem ao exercício financeiro todas as receitas nele arrecadadas e todas as despesas legalmente empenhadas.

3. Regime de Caixa e de Competência - diferençasA Contabilidade Pública adota o regime misto (de caixa para as receitas e de competência para as despesas), conforme o art. 35, incisos I e II, da Lei 4.320 define: “pertencem ao exercício financeiro”:a) As Receitas nele arrecadadas;b) Despesas legalmente empenhadas.

4. Receitas Públicas - tipos a) Receitas Correntes: Receita Tributária- Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria; Receita de Contribuições - IAPSEB, IPM (Contr.Soc e Econ.); Receita Patrimonial - Aplicação de Fundos e Inversões, Operações Imobiliárias e outros; Receita Agrícola, Industrial e de Serviços - Atividades agrícolas, comerciais e industriais; Transferência Corrente- Outras entidades públicas ou privadas; Outras Receitas Correntes- Multas, Indenizações, Restituições, Cobrança de Dívida Ativa.

b) Receitas de Capital Operações de Crédito - Empréstimos ou financiamentos com recursos financeiros do mercado interno ou externo; Alienações de Bens - Vendas de bens e direitos; Amortização de Empréstimo - Recursos obtidos no retorno de valores emprestados a entidades públicas; Transferências de Capital - Recursos obtidos de entidades Públicas ou Privadas, para atender a despesas de capital. Outras Receitas de Capital

5. Superávit Orçamento CorrenteDiferença entre a Receita e Despesa Corrente, o saldo será adicionado às Receitas de Capital.

6. Receita Extra- Orçamentária - conceitoÉ aquela que não integra o Orçamento Público. O dinheiro recebido de Receita Extra-Orçamentário, constitui um Passivo Exigível e soma-se as disponibilidades financeiras. Será restituído quando for reclamado:- Cauções, Finanças, Consignações em Folha de Pagamento em prol Terceiros (INSS a Recolher), Retenções na Fonte de

IRRF, Salários não reclamados, Operações de Crédito a Curto Prazo.

7. Estágios da Receita Pública

a) Lançamento - É o ato da repartição competente em apurar a procedência do crédito do Estado e a pessoa que é devedora, procedendo a escrituração a débito desta e a crédito do título ou rubrica do orçamento do exercício:b) Arrecadação - Ocorre quando os contribuintes efetuam seus pagamentos para os Agentes Públicos (delegacias e tesourarias) e Agentes Privados (bancos).c) Recolhimento - Os agentes arrecadadores entregam ao governo o produto arrecadado.

8. Classificações Orçamentárias São os critérios de classificação das contas públicas de grande importância para o ordenamento e compreensão do orçamento. As classificações são utilizadas para facilitar e padronizar as informações que se deseja incluir no orçamento dando-lhe uma correspondência de valor. Pela classificação é possível visualizar o orçamento por Poder, por Instituição, por Função de Governo, por Subfunção, por Programa, por Projeto, Atividade e/ou Operação Especial, ou, ainda, por categoria econômica. Todas dando uma visão detalhada dos gastos relacionadas a cada conta.

Araújo e Arruda ensinam que “é conjunto de procedimentos técnicos e normativos com o objetivo de organizar o orçamento obedecendo regras e critérios definidos de padronização, de modo a permitir a compreensão geral das funções deste instrumento de planejamento, propiciando informações adequadas para a tomada de decisões pela administração pública. Objetiva de um modo geral tornar mais fácil o processo de compreensão dos detalhamentos do orçamento”.

9. Classificações Orçamentárias - vantagensVárias são as razões por que deve existir um bom sistema de classificação no orçamento. Podemos citar algumas:a) facilitar a formulação de programas;b) proporcionar uma contribuição efetiva para o acompanhamento da execução do orçamento;c) determinar a fixação de responsabilidades ed) possibilitar a análise dos efeitos econômicos das ações governamentais.

10. Classificação por Categoria EconômicaA classificação por categoria econômica visa dar o conhecimento do impacto das ações de governo na conjuntura econômica do país, do estado ou do município. Ela possibilita que o orçamento constitua um instrumento de importância para a análise e ação de política econômica, de maneira a ser utilizado no fomento ao desenvolvimento nacional, no controle do déficit público, etc. Por esse critério, o orçamento se divide em dois grandes grupos: as Contas Correntes e Contas de Capital:

Receitas Correntes Receitas de Capital Receita TributáriaReceita de ContribuiçõesReceita PatrimonialReceita AgropecuáriaReceita IndustrialReceita de Serviços

Operações de CréditoAlienação de BensAmortização de EmpréstimosTransferências de CapitalOutras Receitas de Capital

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Transferências CorrentesOutras Receitas Correntes Despesas Correntes Despesas de Capital Pessoal e Encargos SociaisJuros e Encargos da DívidaOutras Despesas Correntes

InvestimentosInversões FinanceirasAmortização da Dívida

11. Classificação FuncionalAraújo e Arruda Apud Sanches, ensina que “destina-se à sistematização do programa de realizações do setor público, a partir de suas grandes áreas de atuação, de modo a propiciar informações qualificadas sobre a ação do setor público em linguagem que seja inteligível para os fins de planejamento e de orçamento”. Ela é a classificação que possibilita visualizar o que o governo realiza e não o que o governo compra.

Ela permite a vinculação das dotações orçamentárias a objetivos de governo, que por sua vez são viabilizados pelos programas governamentaiso. Esse enfoque permitiu uma visão de ‘o que o governo fazia’, o que tinha significado bastante diferenciado do enfoque tradicional, que visualizava ‘o que o governo comprava’. A classificação vigente, procura privilegiar o aspecto gerencial do orçamento, com adoção de práticas simplificadoras e descentralizadoras.

O eixo principal dessa sistema é a interligação entre o planejamento (PPA) e o orçamento (LOA), por intermédio de programas que são gerenciados por um responsável e orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos pelo governo. Esses objetivos são viabilizados por meio de projetos e atividades que têm produto (bem/serviço) específico. Assim, uma vez definido o programa, com suas respectivas ações, classifica-se a despesa de acordo com a especificidade de seu conteúdo e produto, em uma subfunção, independente de sua relação institucional.

12. Despesa Corrente Despesa de Custeio - Proporciona a manutenção de serviços criados anteriormente a lei orçamentária: pessoal civil e militar, material de consumo, serviços de terceiros, obras de conservação. Transferências Correntes - São despesas não ligadas a bens e serviços: Subvenções Econômicas - Despesas empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril; Contribuição Previdência Social - Pagamento ao INSS; Pagamento de Inativos, Pensionistas, Salário Família, Abono Familiar, Juro da Dívida Pública.

13. Despesa de Capital Investimentos - Planejamento e Execução de Obras; Imóveis para a Realização de Obras; Valores para Programas Especiais de Trabalho; Aquisição de Equipamentos, Instalações e Material Permanente, Constituição e Aumento de Capital de Empresas que não sejam de caráter Comercial ou Financeira. Inversões Financeiras - Aquisição de Imóveis ou de Bens de Capital já em utilização; Aquisição de Títulos de Crédito; Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado; Fundos Rotativos e Concessões Empréstimo. Transferência de Capital: Investimentos ou Inversões Financeiras na amortização Dívida Pública, Auxílios para

Obras Públicas, Auxílios para Equipamentos e Instalações, Transferências Intra-governamentais e Inter-governamentais.

Despesa – Extra-Orçamentária São pagamentos não vinculados ao orçamento, executadas independente de autorização legislativa:Dedução de Caução;Devolução de Fiança;Devolução de Salários;Pagamento de Restos a Pagar;Pagamento de Consignação em Folha de Pessoal.

14. Restos a PagarDespesas legalmente empenhadas no exercício financeiro, mas não pagas até 31 de dezembro de cada ano.

15. Estágios da Despesa PúblicaA despesa pública para ser considerada completa e regular precisa passar por estágios de execução caracterizada por procedimentos operacionais e administrativos bem específicos, possibilitando o reconhecimento do gasto público, são elas:a) Licitação Pública - É realizada a depender do valor da despesa ocorrida;b) Empenho - Ato emanado da autoridade competente que cria para o Poder Público a obrigação de pagamento;c) Liquidação - É a verificação do direito adquirido pelo credor, tendo como base títulos e documentos comprobatórios do crédito;d) Pagamento - É o ato exarado pela autoridade competente, determinando que a despesa seja paga.

16. Despesas de Exercícios Anteriores - conceitoDespesas de Exercícios encerradas, para os quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficientes para atendê-las, que não se tenham processado na época própria.

São tipos de Despesas de Exercícios Anteriores: São despesas cujo empenho tenha sido insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação; Despesas de Restos a Pagar com Prescrição interrompida, desde que o crédito respectivo converta-se em renda; Compromissos reconhecidos pela autoridade competente, ainda que não tenha sido prevista dotação orçamentária própria; Valor inscrito em Restos a pagar for inferior ao valor a ser pago.

17. Classificação da Receita a) por Categoria Econômica Receitas Correntes; Receitas de Capital.b) por Fontes de Recursos Recursos do Tesouro; Recursos de outras Fontes; Transferência de Recursos do Tesouro; Transferência de Recursos de Outras Fontes.

18. Classificação da Despesaa) por Categoria Econômica Despesa Corrente; Despesa de Capital.

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b) quanto a natureza Categoria Econômica - Desp. Corrente e Capital; Grupo de Despesa - Pessoal, juros, investimento; Modalidade Aplicação Recursos - Unidade Orçamento; Elemento de Despesa - Aposentadoria, Pensão, Diárias, Material de Consumo, Fardamento.

19. Lançamentos da Contabilidade PúblicaMeio pelo qual se processa a escrituração dos acontecimentos no dia a dia das entidades públicas e privadas. Chamada na prática de fatos administrativos. Ato ou efeito de lançar ou registrar um fato contábil, ou seja o registro de uma transação que tenha provocado alteração na composição orçamentária, financeira, patrimonial e de resultado econômico (custos, receitas, despesas e lucros). O lançamento é representado pela “partida”, ou seja, a expressão contábil que apresenta o fato pelo registro. Em cada livro existe a técnica de lançamento, de acordo com a finalidade que se tem a cumprir. O lançamento é o registro do fato, porém dentro das normas contábeis.a) Orçamentários - Evidencia em seus registros o montante de receitas e créditos orçamentários vigentes;b) Financeiros - Evidencia os registros de recebimentos e pagamentos das receitas e das despesas orçamentárias e de todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas na execução orçamentária.c) Patrimoniais - abrange os Bens Móveis e Imóveis, Almoxarifado, Obrigações, Dívida Pública, Dívida Ativa e os Bens Industriais.

20. Demonstrações da Contabilidade PúblicaA lei 4.320/64 estabelece em seu art. 101 que “os resultados gerais do exercício serão demonstrados no Balanço Orçamentário, no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial, naDemonstração das Variações Patrimoniais.

21. Balanço OrçamentárioDestina-se ao registro de fatos de natureza orçamentária envolvendo: Receitas e Despesas Orçamentárias e Créditos Adicionais. A Lei 4.320/64 define que demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas, ou seja, apresenta as receitas estimadas e as despesas fixadas no orçamento em confronto, respectivamente, com as receitas arrecadadas e com as despesas realizadas, destacando: Receitas Previstas e as Despesas Fixadas; Créditos Adicionais; Receitas Realizadas durante o exercício; Despesas Empenhadas e Realizadas, no transcorrer do exercício.

22. Balanço FinanceiroDemonstra os recursos financeiros que ingressaram no caixa do governo e os que foram desembolsados, ou seja, os fatos contábeis de natureza financeira relativos a Receita e a Despesas Orçamentária e Extra-Orçamentária. O Balanço Financeiro é um quadro com duas seções: Receitas (Ingressos) e Despesas (Dispêndios), os saldos de disponibilidade do exercício anterior e os saldos que passam para o exercício seguinte.

Demonstra a movimentação dos recursos financeiros do estado, demonstrando seu saldo inicial, os ingressos (receitas), as egressos (despesas) e o saldo para outros

exercícios, conforme conceituação legal (art. 103 de Lei n. 4.320/64) deve apresentar a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.

23. Balanço PatrimonialÉ o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações administrado por uma entidade pública para a realização de seus fins.

24. Demonstração das Variações Patrimoniais Demonstração que evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício É um quadro com duas seções: Variações Ativas e Variações Passivas, distribuídas em dois grandes grupos: Resultante da Execução Orçamentária; Independente da Execução Orçamentária.

25. Divisão das Contas do AtivoA divisão das contas do Ativo do Balanço Patrimonial compreende: Ativo Financeiro, Ativo Permanente, Saldo Patrimonial (Credor) e Ativo Compensado.

26. Ativo FinanceiroComposta de contas de natureza financeira representadas por valores e numerários que independem de autorização para realização orçamentária, ou seja, créditos e valores realizáveis no curto prazo e os valores numerários, conforme a Lei Federal nº 4.320/64, independentemente da autorização orçamentária:

Disponível - Caixa, Bancos; Vinculado - Bancos Conta Caução, Fundo de Participação; Realizável- Salário Maternidade, Salário Famílialia, Pagtº a Ressarcir, Devedores Diversos.

27. Ativo PermanenteCompreende os Bens, Direitos e Valores cuja movimentação ou alienação dependem de Autorização Legislativa: Bens Móveis e Imóveis; Bens de Natureza Industrial; Almoxarifado; Veículos; Máquinas; Créditos.

28. Saldo Patrimonial (devedor)É representado pela conta Passivo Real Descoberto (Saldo devedor), significa uma situação deficitária, desfavorável para a entidade pública. Conforme Araújo e Arruda “Representa a diferença entre o Ativo e o Passivo, podendo configurar como Ativo Real Líquido se a diferença for positiva e Passivo Real Líquido se for negativa”

29. Ativo CompensadoRepresenta o total de Apólices, Ações; Títulos e outros documentos, entregues a terceiros, a título de caução, custódia ou cobrança; Valores em Poder de Terceiros; Valores de Terceiros.

30. Contas do PassivoCompreende as obrigações a pagar de curto e longo prazo para com terceiros.

31. Passivo Financeiro

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Compreende contas representativas de compromissos exigíveis de curto prazo, cujo pagamento independa de autorização orçamentária. Suas principais contas são: Restos a Pagar, Serviços da Dívida a Pagar, Restituição a Pagar, Depósitos, Débitos de Tesouraria

32. Restos a Pagar Conta que representa as despesas empenhadas e não pagas até o último dia do exercício financeiro. Devem ser classificadas em dois grupos: Processado -> Ocorreu a fase de liquidação, o serviço foi executado mas a entidade não efetuou o pagamento. Prazo prescricional de 05 anos; Não Processado ->Ocorre o empenho mas não existe a liquidação, o serviço ou material não é recebido. Deverá ser baixado ou cancelado no próximo exercício, caso não haja a sua liquidação.

33. Restituição a Pagar São tributos a serem restituídos, por recolhimento indevido, ou a maior, a credores e com autorização já concedida;

34. Serviços da Dívida a PagarRestos a resgatar de juros, prêmios, amortizações empenhadas e não pagas e Títulos da Dívida Fundada;

35. Depósitos São obrigações constituídas por depósitos de terceiros: Pensão Alimentícia, Caução, INSS a Recolher, Fiança;

36. Débitos de TesourariaSão contas que representam os compromissos assumidos a curto prazo: Operações de Crédito por Antecipação de Receita.

37. Passivo PermanenteSão valores sem caráter financeiro, como as Dívidas Fundadas e outras, que dependem de autorização legislativa para a sua assunção e liquidação, divide-se em: Dívida Fundada Interna, Dívida Fundada Externa

38. Dívida Fundada InternaRepresentam os Empréstimos contraídos no país para fazer face a execução de obras públicas. Segundo Araújo e Arruda “Deve ser escriturada com individuação e especificações que permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços de amortização e juros”.

39. Dívida Fundada Externa Conta representativa dos empréstimos contraídos de instituições financeiras estrangeiras para um fim específico.

40. Saldo Patrimonial (credor)Representado pela conta do Ativo Real Líquido, com saldo devedor, demonstra uma situação patrimonial favorável da entidade pública.

41. Passivo CompensadoÉ a contrapartida dos valores registrados no Ativo Compensado: Contrapartida de Valores em Poder de Terceiros (Caução, Custódia, Cobrança).

42. Economia OrçamentáriaDemonstrado no Balanço Orçamentário ocorre quando a despesa realizada é menor que a despesa fixada;

43. Superávit OrçamentárioDemonstrado no Balanço Orçamentário ocorre quando a despesa realizada é menor que a receita arrecadada;

44. Déficit OrçamentárioDemonstrado no Balanço Orçamentário ocorre quando a despesa realizada é maior que a receita arrecadada;

45. Excesso de ArrecadaçãoDemonstrado no Balanço Orçamentário ocorre quando a receita arrecadada é maior que a receita estimada;

46. Frustração ou Queda de ArrecadaçãoDemonstrado no Balanço Orçamentário ocorre quando a receita arrecadada é menor que a receita estimada.

47. Inventários da Contabilidade Pública - TiposA doutrina apresenta uma série de inventários que devem ser realizado pela administração, visando o controle do patrimônio público e consignação de responsabilidade ao agente público.

a) Inventário Anual - Realizado ao final de cada exercício financeiro, que coincide com o dia 31 de dezembro. Implica em contagem física e conferência de valores, determinado pelo ordenador da despesa, através de uma comissão, conferindo se estão atualizados os Termos de Responsabilidade assinados quando da saída dos materiais para uso, de forma a manter o controle dos bens patrimoniais entregues aos agentes responsáveis pela sua guarda e conservação.b) Inventário Inicial - Deverá ser realizado sempre que for criada uma nova unidade administrativa ou orçamentária, ou mesmo um órgão, com o objetivo de relacionar os bens que ficarão sob a responsabilidade dos seus administradores;b) Inventário Eventual - Poderá ser levantado a qualquer momento durante todo o exercício financeiro, sempre que se verificar indícios de prejuízo ao órgão, decorrentes de desaparecimentos, mal uso, ou outros fatos danosos, como por exemplo, os causados por negligência;c)Inventário de Transferência de Responsabilidade - Será efetuado quando ocorrer a mudança definitiva dos titulares de serviços públicos. Esse inventário provoca a baixa da carga do servidor que está sendo substituído e o registro da carga de servidor que assume a função;d) Inventário de Extinção - Ocorre quando certo órgão é extinto ou transformado em outro.