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Coordenação Cláudio Sancho Mônica Assessoria Jairo Saldanha Rimes Adilson da Luz Equipe CAD Alexandre de A. Teshima Alita Neves Cantini Andrian Pires Pereira Artur José Pereira Bompet Aurélia de Jesus Amaral Carlos Maurício Raposo Cíntia Guimarães Costa Cíntia Iorio Rodrigues Fernando Dantas Ruiz José Antônio Garcia Júnior Josué Vieira dos Santos Karina de Almeida Valente Luciana Trindade Ferreira Pinto Marcelo Simas Ribeiro Patrícia F. Marques e Bastos Rafael Cabral Ribeiro Samuel Gomes e Silva Edição e Informação Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento Rua Santa Luzia, 732 – sala 808 CEP 20.030-040 - Rio de Janeiro – RJ Tels.: (021) 3824-3648/3654/3704/3740 Fax : (021) 2220.1918 www.tcm.rj.gov.br [email protected] CONTAS DE GESTÃO 2007 CONTAS DE GESTÃO 2007 CONTAS DE GESTÃO 2007 CONTAS DE GESTÃO 2007

CONTAS DE GESTÃO 2007 · 10 DÍVIDA ATIVA 392 ENDIVIDAMENTO 403 11 Verificação do atendimento às recomendações efetuadas por esta Corte de Contas quando da análise das Contas

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Coordenação Cláudio Sancho Mônica

Assessoria Jairo Saldanha Rimes Adilson da Luz

Equipe CAD Alexandre de A. Teshima Alita Neves Cantini Andrian Pires Pereira Artur José Pereira Bompet Aurélia de Jesus Amaral Carlos Maurício Raposo Cíntia Guimarães Costa Cíntia Iorio Rodrigues Fernando Dantas Ruiz José Antônio Garcia Júnior Josué Vieira dos Santos Karina de Almeida Valente Luciana Trindade Ferreira Pinto Marcelo Simas Ribeiro Patrícia F. Marques e Bastos Rafael Cabral Ribeiro Samuel Gomes e Silva

Edição e Informação Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento Rua Santa Luzia, 732 – sala 808 CEP 20.030-040 - Rio de Janeiro – RJ Tels.: (021) 3824-3648/3654/3704/3740 Fax : (021) 2220.1918 www.tcm.rj.gov.br [email protected]

CONTAS DE GESTÃO 2007

CONTAS DE GESTÃO 2007

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 264

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

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1

Apresenta a Estrutura Administrativa Municipal, a documentação analisada e a legislação relacionada ao Orçamento e à Prestação de Contas.

Gestão Orçamentária Consolidada do Município do Rio de Janeiro, destacando as principais Funções de Governo.

2

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 266

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA 276

3 Balanço Financeiro da Administração Direta.

Evolução Econômica das Contas do Balanço Patrimonial Consolidado e do Balanço Patrimonial da Administração Direta.

4

GESTÃO FINANCEIRA 304

GESTÃO PATRIMONIAL 307

5 Gestão das Autarquias e Fundações do Município do Rio de Janeiro.

Gestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial dos Fundos Especiais do Município do Rio de Janeiro.

6

AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES 312

FUNDOS ESPECIAIS 316

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7

Gestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial das Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.

Acompanha o cumprimento por parte do Município das determinações constitucionais e legais para a aplicação de recursos vinculados, tais como Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, bem como, os limites estipulados pela Lei Complementar nº 101/00 – LRF.

8

EMPRESAS PÚBLICAS 338

LIMITES 352

9 Créditos Inscritos em Dívida Ativa, sua composição, evolução e arrecadação.

Evolução do endividamento municipal em relação aos exercícios anteriores, bem como verifica, no que concerne à dívida pública, o cumprimento das metas estabelecidas na LDO e dos limites fixados na LRF.

10

DÍVIDA ATIVA 392

ENDIVIDAMENTO 403

11

Verificação do atendimento às recomendações efetuadas por esta Corte de Contas quando da análise das Contas de Gestão do Exercício de 2005.

Apresentação das Recomendações e Considerações a respeito da presente Prestação de Contas.

12

EXERCÍCIO ANTERIOR 417

CONSIDERAÇÕES FINAIS 427

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1.1 RESPONSÁVEL PELA GESTÃO..................................................................267

1.2 DOCUMENTAÇÃO ........................................................................................267

1.3 ESTRUTURA MUNICIPAL ............................................................................267

1.4 APRESENTAÇÃO DOS BALANÇOS ...........................................................269

1.5 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL........................................................270

1.6 CERTIFICADO DE AUDITORIA ....................................................................272

1.7 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS ....................................................273

1.7.1 ANEXO DE METAS FISCAIS ............................................................................ 273

1.7.2 ANEXO DE RISCOS FISCAIS ........................................................................... 273

1.8 LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL......................................................................273

1.8.1 PROJETO DE LEI Nº 952 – A/2006................................................................... 274

1.8.2 DIVERGÊNCIAS EM RELAÇÃO À LDO ........................................................... 274

1.9 ORÇAMENTO PARTICIPATIVO ...................................................................274

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1111

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Considerações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações Preliminares

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1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

A Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento - CAD, em cumprimento ao disposto

no inciso I do § 4º do art. 1º da Deliberação nº 142/2002, efetuou a presente análise

em face das demonstrações contábeis relativas ao exercício encerrado em 31 de

dezembro de 2007, publicadas no D.O. RIO de 14/04/2008 – Suplemento Especial.

1.1 RESPONSÁVEL PELA GESTÃO

A gestão do Município do Rio de Janeiro em 2007 foi exercida pelo Excelentíssimo

Senhor Prefeito CESAR EPITÁCIO MAIA, que ocupou o cargo no período de 01 de

janeiro a 31 de dezembro de 2007.

1.2 DOCUMENTAÇÃO

A Prestação de Contas está constituída pelos documentos abaixo relacionados,

abrangendo a Administração Direta e a Administração Indireta:

•••• Ofício nº 051/GBP, de 31 de março de 2008, do Excelentíssimo Senhor Prefeito ao

Excelentíssimo Senhor Presidente do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro;

•••• Certificado de Auditoria nº 001/2008 emitido, na modalidade PLENO, pela Auditoria

Geral da Controladoria Geral do Município do Rio de Janeiro;

•••• Relatório do Desempenho da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro frente à Lei de

Responsabilidade Fiscal – 3º Quadrimestre de 2007, elaborado pelo Controlador Geral

do Município;

•••• Relatórios de Limites Legais, Relatórios Consolidados, Relatórios de Contabilidade com

base na Lei nº 4.320/64 e Relatórios de Contabilidade de acordo com a Lei nº 6.404/76;

e

•••• Relatórios da Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000 – LRF.

1.3 ESTRUTURA MUNICIPAL

Em 31/12/2007, a estrutura da Administração Municipal estava constituída pela

Câmara de Vereadores (CMRJ), Tribunal de Contas (TCMRJ), Gabinete do Prefeito (GBP),

Controladoria Geral (CGM), Procuradoria Geral (PGM), 23 Secretarias, 13 Fundos

Especiais, 2 Autarquias, 5 Fundações, 8 Empresas Públicas e 4 Sociedades de

Economia Mista, conforme relação a seguir:

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Considerações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações Preliminares

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Secretarias

Secretaria Municipal de Governo – SMG

Secretaria Municipal de Administração - SMA

Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos - SMO

Secretaria Municipal de Educação - SME

Secretaria Municipal de Fazenda- SMF

Secretaria Municipal de Assistência Social – SMAS

Secretaria Municipal do Habitat- SMH

Secretaria Municipal de Saúde - SMS

Secretaria Municipal das Culturas - SMC

Secretaria Municipal de Urbanismo - SMU

Secretaria Municipal de Transportes - SMTR

Secretaria Municipal de Esportes e Lazer - SMEL

Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMAC

Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego - SMTE

Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência – SMPD

Secretaria Especial de Publicidade, Propaganda e Pesquisa – SEPROP

Secretaria Especial de Comunicação Social - SECS

Secretaria Especial de Turismo - SETUR

Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - SEDECT

Secretaria Especial de Prevenção à Dependência Química - SEPDQ

Secretaria Extraordinária de Qualidade de Vida - SEQV

Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais - SEPDA

Secretaria Extraordinária de Promoção, Defesa, Desenvolvimento e Revitalização do Patrimônio e da Memória Histórico Cultural da Cidade do Rio de Janeiro – SEDREPAHC

Fundos Especiais

Fundo de Conservação Ambiental – FCA

Fundo Municipal Antidrogas – FMAD

Fundo de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Município do Rio de Janeiro – FUNDET

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação – FUNDEB

Fundo de Mobilização do Esporte Olímpico – FMEO

Fundo Especial de Previdência do Município do Rio de Janeiro – FUNPREVI

Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS

Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano – FMDU

Fundo Municipal de Habitação – FMH

Fundo Municipal de Saúde – FMS

Fundo Municipal para Atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente – FMDCA

Fundo Orçamentário Especial da Procuradoria Geral do Município - FOE/PGM

Fundo de Assistência à Saúde do Servidor – FASS

Autarquias

Instituto de Previdência e Assistência do Município do Rio de Janeiro – PREVIRIO

Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos – IPP

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Considerações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações Preliminares

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Fundações

Fundação Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro - GEO-RIO

Fundação Jardim Zoológico da Cidade do Rio de Janeiro – RIOZOO

Fundação Municipal Lar Escola São Francisco de Paula – FUNLAR

Fundação Parques e Jardins do Município do Rio de Janeiro – FPJ

Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro – PLANETÁRIO

Empresas Públicas

Companhia Municipal de Conservação e Obras Públicas – RIOCOP

Companhia Municipal de Energia e Iluminação – RIOLUZ

Distribuidora de Filmes S/A – RIOFILME

Empresa Municipal de Artes Gráficas S/A - IMPRENSA DA CIDADE

Empresa Municipal de Informática S/A – IPLANRIO

Empresa Municipal de Multimeios Ltda – MULTIRIO

Empresa Municipal de Urbanização - RIO-URBE

Empresa Municipal de Vigilância S/A – EMV – GUARDA MUNICIPAL

Sociedades de Economia Mista

Centro de Feiras, Exposições e Congressos do Rio de Janeiro - RIOCENTRO S/A

Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro - CET RIO

Companhia Municipal de Limpeza Urbana – COMLURB

Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro – RIOTUR

1.4 APRESENTAÇÃO DOS BALANÇOS

Os Balanços previstos no § 1º do art. 41 do Regimento Interno do Tribunal de Contas,

aprovado pela Deliberação nº 34/83, estão segregados em:

•••• Balanços e Quadros da Administração Direta, abrangendo os Poderes Executivo e

Legislativo;

•••• Balanços das Autarquias, Fundações, Fundos Especiais, Empresas Públicas e Sociedades

de Economia Mista, sem prejuízo da apresentação de suas Prestações de Contas Anuais;

•••• Balanços Orçamentário e Patrimonial Consolidados, contemplando a Administração

Direta, Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.

Verificou-se que os seguintes demonstrativos, assim como na Prestação de Contas do

exercício de 2006, não foram encaminhados junto com a presente Prestação de

Contas:

•••• Demonstrativo das Notas de Repasse;

•••• Ativo Financeiro Disponível;

•••• Ativo Financeiro Vinculado;

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Considerações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações Preliminares

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•••• Aplicações em Títulos Públicos Federais;

•••• Ativo Financeiro Realizável;

•••• Bens Móveis e Intangíveis;

•••• Bens Imóveis;

•••• Créditos;

•••• Valores;

•••• Passivo Financeiro;

•••• Dívida Fundada Interna;

•••• Dívida Fundada Externa.

1.5 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Em cumprimento à Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000, a presente Prestação de

Contas de Gestão apresenta os demonstrativos exigidos nos arts. 52, 53 e 55, nos

quais foi contemplada toda a Administração Direta, Indireta, inclusive as Empresas

Estatais Dependentes1111.

O Relatório Resumido da Execução Orçamentária e os Relatórios de Gestão Fiscal do

Executivo e o Consolidado do Município do Rio de Janeiro, definitivos, foram objeto de

publicação no D.O. RIO, de 07/03/2008, por meio das Resoluções da Controladoria

Geral do Município nºs 809, 810 e 811, todas de 06/03/2008. O Anexo VI e os Anexos

V, VI e VII, foram republicados no D.O. RIO, de 10/03 e 26/03/2008, respectivamente.

Os referidos relatórios foram divulgados via INTERNET, conforme determina o art. 48

da Lei Complementar nº 101/00. No entanto, verificou-se que não houve a publicação

do Demonstrativo das Despesas de Caráter Continuado Derivados das Parcerias

Público-Privadas Contratadas, que corresponde ao Anexo XVII do RREO.

Assim como nos exercícios anteriores, o demonstrativo dos resultados alcançados

pelas medidas adotadas na forma do art. 13 da LRF2222 – previsto no inciso I do parágrafo

único do art. 7º da Deliberação TCM nº 134/2000 – não integra as referidas Contas.

1 Portaria STN nº 589/2001, art. 2º [...] III - empresa estatal dependente: empresa controlada pela União, pelo Estado, pelo Distrito

Federal ou pelo Município, que tenha, no exercício anterior, recebido recursos financeiros de seu controlador, destinados ao

pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, neste último caso, aqueles provenientes de

aumento de participação acionária, e tenha, no exercício corrente, autorização orçamentária para recebimento de recursos financeiros

com idêntica finalidade; [...] 2 LRF, art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de

arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e

valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de

cobrança administrativa.

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Considerações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações Preliminares

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Além disso, o relatório dos projetos concluídos e em conclusão contendo a

identificação, a data de início, a data de conclusão, quando couber, e o percentual de

realização física, nos termos do disposto no parágrafo único do art. 45 da LRF3333 –

previsto no inciso II da referida Deliberação – apresenta-se de forma incompleta,

conforme subitem 2.4 da Prestação de Contas elaborada pela CGM – Relatório de

Acompanhamento dos Projetos LDO.

Deve-se destacar que a referida Prestação de contas não contempla as despesas com a

conservação do patrimônio público; apresenta os projetos em andamento, mas nada

menciona quanto aos paralisados; não quantifica qual a dotação necessária para que

cada projeto seja atendido adequadamente; e não informa quais os novos projetos que

a PCRJ planeja para 2009.

Cabe ressaltar que, no processo nº 040/1349/2008, a Coordenadoria de Auditoria e

Desenvolvimento – CAD, em estudo solicitado pela Secretaria de Controle Externo –

SCE, elaborou algumas propostas de redação para o PPA, LDO e LOA, com a intenção

de colaborar com a discussão a respeito da regulamentação do art. 45 da LRF, sem a

pretensão de invadir a competência dos Poderes Executivo e Legislativo. Ainda, foi

ventilada a possibilidade de se encaminhar à Comissão de Finanças e Orçamento da

CMRJ, como subsídio para o exame dos projetos de LDO e LOA, os relatórios de

inspeção/auditoria que enfocarem os projetos em andamento ou paralisados, bem

como o adequado atendimento das despesas com a conservação do patrimônio

público. Então, foi proposta a elaboração de uma Deliberação sobre o assunto cuja

sugestão de minuta consta no referido processo.

Os valores arrecadados, bem como os desembolsos realizados no exercício de 2007,

estão demonstrados no subitem 2.3 da Prestação de Contas elaborada pela CGM.

Os demonstrativos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal serão analisados nos

itens referentes aos seus respectivos conteúdos.

Relatório Resumido da Execução Orçamentária SUBITEM

Anexo I Balanço Orçamentário 2.3

Anexo II Demonstrativo da Execução das Despesas por Função / Subfunção

2.11.1

Anexo III Demonstrativo da Receita Corrente Líquida - RCL 2.5.2.5

Anexo V Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio dos Servidores Públicos 6.3.1

Anexo VI Demonstrativo do Resultado Nominal 10.3.2.2

Anexo VII Demonstrativo do Resultado Primário 10.3.2.1

Anexo IX Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão 4.6

Anexo X Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e 8.1

3 LRF, art. 45. Observado o disposto no § 5º do art. 5º, a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após

adequadamente atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos em que

dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.

Parágrafo único. O Poder Executivo de cada ente encaminhará ao Legislativo, até a data do envio do projeto de lei de diretrizes

orçamentárias, relatório com as informações necessárias ao cumprimento do disposto neste artigo, ao qual será dada ampla

divulgação.

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Considerações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações Preliminares

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Relatório Resumido da Execução Orçamentária SUBITEM

Desenvolvimento do Ensino - MDE

Anexo XI Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e Despesas de Capital 8.8.2

Anexo XIII Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos

6.3.2

Anexo XIV Demonstrativo da Receita de Alienação de Ativos e Aplicação dos Recursos 2.5.2.4

Anexo XVI Demonstrativo da Receita de Impostos e das Despesas Próprias com Ações e Serviços Públicos de Saúde 8.3

Relatório de Gestão Fiscal SUBITEM

Anexo I Demonstrativo da Despesa com Pessoal (Consolidado e Poder Executivo) 8.4

Anexo II Demonstrativo da Dívida Consolidada 8.6

Anexo III Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores 8.7

Anexo IV Demonstrativo das Operações de Crédito e ARO 8.8.1

Anexo V Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa (Consolidado e Poder Executivo)

8.11

Anexo VI Demonstrativo dos Restos a Pagar (Consolidado e Poder Executivo) 8.11

Anexo VII Demonstrativo de Limites (Consolidado e Poder Executivo) 8

1.6 CERTIFICADO DE AUDITORIA

O Certificado de Auditoria nº 001/2008, emitido na modalidade PLENO, ressalta que o

escopo da verificação limitou-se ao Poder Executivo e certifica que:

•••• A dívida consolidada líquida alcançou 41,67% da RCL, respeitando o limite de 120%, nos

termos do inciso I do art. 30 da LRF e inciso II do art. 3º da Resolução do Senado

nº 40/01;

•••• As receitas realizadas com operações de crédito tiveram a participação de 0,10% na

receita corrente líquida, se enquadrando no limite de 16%, nos termos do inciso I do art.

30 da LRF e inciso I do art. 7º da Resolução do Senado nº 43/01;

•••• As receitas realizadas com operações de crédito não superaram as Despesas de Capital

no exercício de 2007, conforme previsto no inciso V do § 1º c/c o § 3º, ambos do

art. 32 da LRF;

•••• O comprometimento com juros, amortizações e encargos da dívida foi inferior ao limite

de 11,50% determinado pelo inciso II do art. 7º da Resolução do Senado nº 43/01,

representando 10,27% da receita corrente líquida, conforme Demonstrativo dos Limites

da Dívida Pública, elaborado pela Superintendência do Tesouro Municipal;

•••• Não houve contratação de operação de crédito por antecipação de receita no exercício

de 2007 – arts. 32 e 38 – LRF;

•••• A despesa com pessoal do Executivo foi equivalente a 43,74% da receita corrente

líquida, cumprindo o limite de 54% determinado pela alínea “b” do inciso III do art. 20 da

LRF.

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Considerações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações Preliminares

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1.7 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

As Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2007 foram instituídas pela Lei

nº 4.386, de 26 de julho de 2006.

1.7.1 ANEXO DE METAS FISCAIS

A Portaria nº 587, de 29 de agosto de 2005, aprovou a 5ª edição do Manual de

elaboração do Anexo de Metas Fiscais e do Relatório Resumido da Execução

Orçamentária.

A CAD confrontou a referida Portaria com os Anexos de Metas constantes da Lei de

Diretrizes Orçamentárias e constatou que os mesmos estão em conformidade com o

Manual.

1.7.2 ANEXO DE RISCOS FISCAIS

A Portaria nº 586, de 29 de agosto de 2005, aprovou a 5ª edição do Manual de

Elaboração do Anexo de Riscos Fiscais e do Relatório de Gestão Fiscal.

A CAD, em relação ao Anexo de Riscos Fiscais (§ 3º do art. 4º da LRF), verificou que o

mesmo está em consonância com as determinações impostas pela Lei de

Responsabilidade Fiscal.

1.8 LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

A Lei nº 4.386, de 26 de julho de 2006, que estabeleceu as Diretrizes Orçamentárias

para 2007, orientou a elaboração da proposta da Administração Pública Municipal,

consubstanciada na Lei nº 4.458, de 29/12/2006, publicada no Diário Oficial – D.O.

RIO de 02/01/2007, que, em Orçamento Único (Administração Direta e Indireta),

estimou a Receita e fixou a Despesa em R$ 10.151.718.120,00. Do total da Receita,

R$ 8.029.579.883,00 têm como origem Recursos do Tesouro e R$ 2.122.138.237,00,

recursos de outras fontes. Do valor do Orçamento da Despesa, o montante de

R$ 5.818.629.257,00 foi destinado ao Orçamento Fiscal e R$ 4.333.088.863,00 à

Seguridade Social.

A Lei Orçamentária, em seu art. 9º, autorizou o Poder Executivo a abrir créditos

adicionais suplementares em até 29% do total da despesa fixada.

Destaca-se, também, a autorização referida no art. 8º, que possibilitou ao Poder

Executivo adotar medidas para, em decorrência de alteração de estrutura

organizacional ou da competência legal ou regimental dos órgãos da administração

direta ou indireta instituídas pelo Poder Público Municipal, adaptar o orçamento

aprovado na LOA.

A Lei Orçamentária fixou em seu art. 17, como incentivo à cultura, o limite mínimo de

0,4% e o máximo de 1% da arrecadação com Imposto Sobre Serviços de Qualquer

Natureza – ISS.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 274

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações Preliminares

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

1.8.1 PROJETO DE LEI Nº 952 – A/2006

O projeto de LOA foi enviado à Câmara Municipal em 29/09/2006 e publicado no

DCM, de 03/10/2006, obedecendo, portanto, ao prazo determinado no inciso III do

parágrafo único do art. 258 da Lei Orgânica Municipal, alterado pela Emenda à Lei

Orgânica do Município nº 12, de 04/07/2002.

1.8.2 DIVERGÊNCIAS EM RELAÇÃO À LDO

A CAD confrontou os valores apresentados no Anexo de Metas Fiscais da LDO com os

constantes no Projeto de Lei Orçamentária e na LOA, conforme demonstrado abaixo:

R $ m i l

L DO - L e i n º

4.386/06

Pr o je to d e Le i n º

952/06

LOA - Le i n º

4.458/06

Re ce ita Tota l 9.955.807 10.151.718 10.151.718

De spe sa Tota l 9.955.807 10.151.718 10.151.718

Fonte: Lei nº 4.386/06; Lei nº 4.458/06; Projeto de Lei nº 952/06.

L DO - L e i n º

4.386/06

Pr o je to d e Le i n º

952/06

LOA - Le i n º

4.458/06

Re sulta do P rim á rio 32.786 32.786 32.786

Fonte: Lei nº 4.386/06; Lei nº 4.458/06; Projeto de Lei nº 952/06.

Pela análise do quadro, observa-se que os valores da Receita e Despesa na LOA estão

em desacordo com os demonstrados na Lei nº 4.386/2006 (LDO), enquanto que os

valores referentes ao Resultado Primário estão de acordo.

Os dados da LOA estão em conformidade com o Anexo VI do Projeto de Lei

Orçamentária, que atualizou os valores constantes na LDO.

1.9 ORÇAMENTO PARTICIPATIVO

A Lei nº 4.386/2006, que dispôs sobre as Diretrizes Orçamentárias para 2007,

estabeleceu, em seu art. 46, a forma de participação popular na elaboração do Projeto

de Lei Orçamentária, que deve seguir os ditames da Lei nº 3.189, de 23/03/2001, a

qual regulamenta a participação da comunidade no processo de elaboração, definição

e acompanhamento da execução do PPA, das Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento

Anual.

O subitem 4.6 da Prestação de Contas elaborada pela CGM – Demonstrativo do

Orçamento Participativo – apresenta os projetos selecionados mediante participação

popular. Analisando o quadro verifica-se que foi realizado um percentual de 68,10%

da dotação global prevista no Orçamento Participativo.

Cabe destacar que as ações decorrentes do processo de Orçamento Participativo são

discriminadas por “Temas” dificultando a identificação dos Programas de Trabalhos

que contemplam tais projetos, bem como de suas respectivas dotações, na execução

orçamentária do Município do Rio de Janeiro.

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2.1 PREVISÃO DA RECEITA E FIXAÇÃO DA DESPESA.................................276

2.2 CRÉDITOS ADICIONAIS ABERTOS ............................................................276

2.3 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO.......................................................................277

2.4 RESULTADO ORÇAMENTÁRIO ..................................................................277

2.5 ARRECADAÇÃO DA RECEITA....................................................................278

2.5.1 MAIORES ARRECADAÇÕES ........................................................................... 279

2.5.2 EVOLUÇÃO DA RECEITA................................................................................. 280

2.6 DESPESAS POR CATEGORIA ECONÔMICA .............................................289

2.6.1 DESPESAS CORRENTES................................................................................. 289

2.6.2 DESPESAS DE CAPITAL.................................................................................. 291

2.7 DESPESAS POR ÓRGÃOS DE GOVERNO.................................................291

2.7.1 PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DA DESPESA (PPD).......................... 293

2.7.2 CAPACIDADE OPERACIONAL FINANCEIRA (COF)....................................... 293

2.8 DESPESAS POR FONTE DE RECURSOS...................................................294

2.8.1 SALÁRIO-EDUCAÇÃO...................................................................................... 294

2.8.2 MULTAS DE TRÂNSITO.................................................................................... 295

2.9 PROGRAMA 002 - “XV JOGOS PAN-AMERICANOS” ...............................296

2.10 PROJETOS E ATIVIDADES..........................................................................298

2.10.1 ATIVIDADE 2136 - MERENDA ESCOLAR........................................................ 299

2.10.2 ATIVIDADE 2013 – PUBLICIDADE E PROPAGANDA..................................... 299

2.10.3 PROJETO 1215 – PROGRAMA FAVELA-BAIRRO.......................................... 300

2.10.4 DECORRENTES DE EMENDAS LEGISLATIVAS ............................................ 300

2.10.5 NÃO EXECUTADOS.......................................................................................... 301

2.11 FUNÇÕES DE GOVERNO.............................................................................301

2.11.1 EXECUÇÃO DAS DESPESAS POR FUNÇÃO ................................................. 302

2.11.2 EVOLUÇÃO DAS PRINCIPAIS FUNÇÕES....................................................... 303

GESTTÃO ORÇAMENTÁRIA

GESTTÃO ORÇAMENTÁRIA

GESTTÃO ORÇAMENTÁRIA

GESTTÃO ORÇAMENTÁRIA

2222

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Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2 GESTÃO ORÇAMENTÁRIA

2.1 PREVISÃO DA RECEITA E FIXAÇÃO DA DESPESA

A Lei Orçamentária Anual de 2007, Lei nº 4.458, de 29 de dezembro de 2006, fixou as

despesas e estimou as receitas em R$ 10.151.718 mil.

2.2 CRÉDITOS ADICIONAIS ABERTOS

Durante o exercício de 2007, foram

abertos créditos adicionais

suplementares no valor de

R$ 2.828.210 mil dentro dos limites

estabelecidos pela Lei Orçamentária,

mas houve R$ 2.159.054 mil em

cancelamentos, gerando uma alteração

final de 6,59%.

CRÉDIT OS ADICIONAIS R$ mil

Orçamento Inic ial A provado 10.151.718

+ Créditos A dic ionais 2.828.210

(-) Cancelamentos (2.159.054)

TOTA L DA DESPESA FIXADA 10.820.874

Fonte: Contas de Ges tão 2007

Os acréscimos ao orçamento foram decorrentes dos seguintes recursos:

R$ mil

AC RÉSC IM OS A O ORÇ AM ENTOLEI n º 207/80 (A RT.112)

Inc is o I - Superáv it Financeiro 344.581

Inc is o II - Ex c ess o de A rrec adaç ão 173.212

Inc is o V - Inc orporaç ão de Rec ursos 151.362

TOTA L 669.156

Fonte: Contas de Ges tão 2007

Analisou-se a composição dos créditos abertos, tendo como base o excesso de

arrecadação, conforme o inciso II do art. 112 da Lei 207/80, Código de Administração

Financeira e Contabilidade Pública do Município do Rio de Janeiro, haja vista a

ocorrência de insuficiência de arrecadação no exercício em tela de R$ 637.109 mil.

Ressalte-se que o referido artigo do CAF, em seu § terceiro, estabelece que o excesso

de arrecadação deve ser calculado sobre a arrecadação global. Foram abertos

R$ 173.212 mil em créditos adicionais mediante a edição dos seguintes Decretos:

EXC ESSO DE A RREC A DA Ç ÃOR $ m i l

ORGÃO Nº DEC RET O D.O.M /R.JFONTE DE

REC URSOSV A LOR

IM PRENSA 27.979 25/05/07 200 995

SM E 28.622 29/10/07 142 70.839

SM S 28.625 29/10/07 194 34.341

SM S 28.730 27/11/07 194 12.000

RIOCENTRO 28.763 04/12/07 200 237

SM S 28.797 06/12/07 194 11.564

COM L URB 28.835 14/12/07 200 1.286RIOURBE 28.843 14/12/07 200 94

RIOZOO 28.858 14/12/07 200 402

SM E 28.898 18/12/07 142 30.754

RIOLUZ 28.925 27/12/07 200 460

COM L URB 28.929 28/12/07 200 10.241

TOTA L 173.212

Fonte: D.O.RIO

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Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

No subitem 8.5 foi analisado o limite máximo para a abertura de créditos adicionais

pelo Poder Executivo, bem como as situações que não afetam o referido limite.

A Lei 4.458/06, em seu artigo 9º, estabeleceu como limite máximo o percentual de

29% para transposição, remanejamento ou transferências de recursos, sendo que o

Município do Rio de Janeiro cumpriu com o previsto na LOA, tendo aberto créditos

adicionais em 10,91%, apesar de o demonstrativo publicado pelo Município ter

indicado 9,75%, por não ter considerado as deduções previstas no § único do art.9º. O

detalhamento deste percentual está apresentado no subitem 8.5.

2.3 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

Com base nos valores publicados no Anexo I (Balanço Orçamentário) do Relatório

Resumido da Execução Orçamentária – exigido pela LRF –, observou-se que, em

relação à receita prevista (R$ 10.151.718 mil), foram arrecadados 93,72%

(R$ 9.514.609 mil) dos recursos, desempenho superior aos obtidos nos anos de 2006

e 2005, que foram, respectivamente, 91,85% e 86,83%.

A despesa realizada correspondeu a 89,15% da dotação final do exercício de 2007.

2.4 RESULTADO ORÇAMENTÁRIO

Após a consolidação dos balanços, com as

respectivas eliminações, o exercício de

2007 apresentou como resultado um

Déficit da Execução Orçamentária de

R$ 132.488 mil, decorrentes da diferença

entre a receita arrecadada, no valor de

R$ 9.514.609 mil, e a despesa realizada, no

valor de R$ 9.647.097 mil.

Em relação à Receita Prevista Total de

R$ 10.151.718 mil, a Despesa Autorizada

Total de R$ 10.820.874 mil gerou um

Déficit da Previsão Orçamentária na ordem

de R$ 669.156 mil.

Foi registrada uma Insuficiência de

Arrecadação de R$ 637.109 mil, obtida pela

diferença entre a Receita Prevista e a

Arrecadada. Foi verificada, ainda, uma

economia orçamentária de R$ 1.173.777

mil.

In s u ficiê ncia de Ar re cadação R$ mil

Receita A rrecadada 9.514.609

Receita Prev is ta 10.151.718

(637.109)

Econ om ia Orçam e n tár ia R$ mil

Despes a Fix ada A tual 10.820.874

Despes a Executada 9.647.097

(1.173.777)

Dé ficit Orçam e ntár iod e Pr e vis ão R$ mil

Receita Prev is ta 10.151.718

Despes a Fix ada A tual 10.820.874

(669.156)

Dé fict da Exe cução Or çam e n tár ia R$ mil

Receita A rrecadada 9.514.609

Despes a Executada 9.647.097

(132.488)

F o nte: C o ntas de G es tão 2007

F o nte: C o ntas de G es tão 2007

F o nte: C o ntas de G es tão 2007

F o nte: C o ntas de G es tão 2007

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Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.5 ARRECADAÇÃO DA RECEITA

Com relação à Receita Prevista de 2007, o Orçamento Inicial de R$ 10.151.718 mil

estimou para Receitas Correntes R$ 9.329.581 mil e para Receitas de Capital o valor

de R$ 822.137 mil.

A seguir é apresentada a arrecadação por categoria e subcategoria econômica:

R $ m i l

Pre vis ão Ar re cadação

Re ce itas Cor re nte s 9.329.581 9.385.149

Receita Tr ibutária 3.587.850 3.583.245

Receita de Contr ibuições 708.463 656.691

Receita Patr imonial 543.125 554.577

Receita Indus tr ial 4.693 5.677

Receita de Serv iç os 236.743 292.242

Trans f erênc ias Correntes 3.611.915 3.714.608

Outras Receitas Correntes 636.792 578.109

Re ce itas de Cap ital 822.137 129.460 Operaç ões de Crédito 220.388 8.932 A mortiz aç ão de Emprés timos 68.399 79.016 Trans f erênc ias de Capital 30.000 34.051 A lienaç ão de Bens 273.350 7.460 Outras Receitas de Capital 230.000 0

TOTAL 10.151.718 9.514.609Fonte: FINCON

A partir do quadro apresentado, pode-se observar que as Receitas Correntes

arrecadadas superaram as previstas em 0,6 % enquanto, por outro lado, as de Capital

arrecadaram 84 % abaixo do previsto. Um dos fatores que mais contribuiu para este

desempenho das receitas de capital foram: RESTITUIÇÕES DE CAPITAL-IMOBILIÁRIO

URBANO (previsão de R$ 80 milhões) e OUTRAS RECEITAS-FUNDO DE INVESTIMENTO

DIREITOS CREDITÓRIOS - FIDICT (previsão de R$ 150 milhões), ambas não realizadas

em 2007.

Em relação à Subcategoria “Receita de Serviços”, que em 2006 arrecadou 41,64% do

previsto, em virtude do não recebimento das Receitas de Serviços Administrativos do

PREVI-RIO e de Juros de Empréstimos – FUNPREVI, cabe destacar que no exercício de

2007 ambas as subrubricas citadas arrecadaram somas superiores ao previsto no

orçamento, fazendo com esta subcategoria tenha obtido o melhor índice de

arrecadação, com 23 % acima do previsto.

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Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.5.1 MAIORES ARRECADAÇÕES

A seguir, são apresentados os maiores valores

arrecadados pelo Município em 2007 com os

respectivos conceitos 4444ABOP.

A respeito do indicador, deve-se ressaltar que este não deve ser interpretado como

fator de determinação da capacidade de arrecadação do Município do Rio de Janeiro.

Não se trata de avaliar se a arrecadação superou ou não as expectativas do Tesouro

Municipal, mas sim, de se verificar o índice de acerto da previsão da arrecadação

municipal ao longo do exercício.

R $ m il

% Co nce ito

Im posto s obre S erviços de Q ualquer Naturez a 1.905.000 1.972.672 3,55% Bom

Cota-P arte ICM S 1.300.000 1.267.544 2,50% Ótimo

Im posto P redial e Territorial Urbano - IP TU 1.150.000 1.086.204 5,55% Regular

Trans ferênc ias de Recursos do FUNDE F/FUNDE B - P arc ela ICM S 633.780 716.712 13,09% Def ic iente

TRANSFE RENCIAS FNS - G ES TA O P LE NA DE S IS TE M A M UNICIPA L 0 435.921 nd nd

Cota-P arte do IPV A 330.000 330.811 0,25% Ótimo

Im posto s obre Trans m iss ão de B ens Im óveis - ITB I 265.000 293.659 10,81% Def ic iente

Contribuiç ão P atronal - ATIV O CIV IL - P ODE R E XECUTIV O 308.448 286.500 7,12% Regular

Rendim entos de A plicações Financ eiras - FUNP REV I 0 243.909 nd nd

Im posto de Renda Retido na Fonte - IRRF 240.000 212.321 11,53% Def ic iente

Taxa de Coleta Dom ic iliar do Lix o 204.000 182.476 10,55% Def ic iente

SE RV ICOS ADM INIS TRATIV OS PREV I-RIO LE I 3344 74.100 146.282 97,41% A ltamente Def ic iente

Contribuiç ão S ervidor ATIV O CIV IL - P ODE R E XECUTIV O 154.121 139.906 9,22% Regular

TRANSF. DO FNDE -S ALARIO-EDUCA CA O/FNDE -LE I 10832 155.825 130.609 16,18% A ltamente Def ic iente

Outras 3.431.444 2.069.083 39,70% A ltamente Def ic iente

TOT AL 10.151.718 9.514.609 6,28% Re gula rFonte: FINCON

Ar re cad açãoT PR

RECEIT AS Pre vis ão

Observe-se que entre as rubricas de maior arrecadação, o ISS, de responsabilidade

direta do município, obteve o conceito BOM e o IPTU, outra importante receita própria,

apresentou o conceito REGULAR.

Frise-se que diversas outras rubricas, muitas decorrentes de transferências

governamentais, sobre as quais o município não possui qualquer ingerência,

apresentaram conceito DEFICIENTE ou não puderam ser avaliadas por falta de previsão,

exceção feita às Cotas Parte ICMS e IPVA que apresentaram conceito ÓTIMO.

As receitas próprias alcançaram R$ 5.757.018 mil em 2007 contra R$ 5.495.189 mil

em 2006, um crescimento de 4,7%, contudo, em 2007 tais receitas corresponderam à

60,51 % do total contra uma participação de 63,13% em 2006.

4 A Associação Brasileira de Orçamento Público - ABOP desenvolveu para as receitas o índice TPR – Trabalho de Previsão da

Receita, que estabelece a comparação entre a previsão inicial da receita e a sua realização. Esta avaliação refere-se unicamente ao

campo financeiro.

ÓTIMO

Diferença menor que 2,5%

BOM

Diferença entre 2,5% e 5%

REGULAR

Diferença entre 5% e 10%

DEFICIENTE

Diferença entre 10% e 15%

ALTAMENTE DEFICIENTE

Diferença acima de 15%

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Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

A seguir, o gráfico com a distribuição das receitas próprias em 2007:

Participação nas Receitas Próprias

62,24%

11,41%

9,63%

16,72%

Receitas Tributárias

Receitas deContribuições

ReceitasPatrimoniais

Outras Receitas

2.5.2 EVOLUÇÃO DA RECEITA

Neste subitem, será efetuada uma análise na evolução da receita do Município do Rio

de Janeiro nos últimos exercícios, considerando-se os valores de 2007 fixos e

atualizando os dos anos anteriores com base no IPCA-E (Índice de Preços ao

Consumidor Amplo Especial) médio do período, medido pelo IBGE, a fim de tornar os

dados passíveis de comparação.

O Gráfico a seguir demonstra a evolução da receita corrente e de capital do Município

no período de 2003 a 2007:

Evolução das Receitas Correntes (2003-2007)

-

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

2003 2004 2005 2006 2007

Bilhões

Evolução das Receitas de Capital (2003-2007)

-

100

200

300

400

500

600

2003 2004 2005 2006 2007

Milhões

Conforme se pode observar as Receitas Correntes apresentam um comportamento

mais regular do que as Receitas de Capital. Enquanto as primeiras estão em processo

de crescimento real e são mais fortemente influenciadas por variáveis econômicas,

como indicadores de atividade econômica (ISS, ITBI, Cota Parte ICMS etc.), as Receitas

de Capital apresentam comportamento errático, crescendo ou diminuindo na medida

em que o município consegue captar recursos via Operações de Crédito e/ou

Alienação de Ativos, rubricas que podem ou não se materializar, pois dependem de

fatores alheios às intenções do Município.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 281

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.5.2.1 RECEITA TRIBUTÁRIA

A arrecadação de impostos próprios (IPTU, ITBI, ISS) e taxas teve um acréscimo real

(valores atualizados pelo IPCA-E) de 8,07%, quase que dobrando em relação aos 4,51%

obtidos em 2006/2005. Em relação à 2003 a Receita tributária cresceu 25 % em

termos reais.

R$ m il

2003 2004 2005 2006 2007

Im pos tos 2.662.498 2.825.708 2.948.820 3.092.840 3.358.167

IPTU 1.009.169 1.085.523 1.095.250 1.084.770 1.086.204

ITBI 212.818 211.954 230.896 244.784 293.659

ISS 1.440.511 1.528.232 1.622.674 1.763.286 1.978.303

T axas 203.855 222.997 223.415 222.606 225.079

T OT AL 2.866.353 3.048.705 3.172.235 3.315.446 3.583.245

Fonte: Contas de Ges tão 2007

Evolução da Receita Tributária (2003-2007)

-0,51,01,52,02,53,03,54,0

2003 2004 2005 2006 2007

Bilhões R$

A seguir, são analisados, com mais detalhes, os principais impostos, fonte de recursos

próprios, considerando os valores de 2007 fixos e atualizando os dos anos anteriores

com base no IPCA-E médio do período, medido pelo IBGE.

2.5.2.1.1 IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - ISS

O Imposto sobre Serviços de

Qualquer Natureza (ISS)

totalizou o maior volume de

receita tributária do

Município do Rio de Janeiro,

representando 55,20 % do

total arrecadado com

impostos e tributos e

20,79% do total de todas as

receitas arrecadadas.

Conforme o gráfico a seguir, a arrecadação do ISS em 2007, tratada a valores

constantes, apresentou crescimento de 12,19%, percentual superior aos 8,67% obtidos

para 2006/2005.

Evolução da Receita do ISS (2003-2007)

-

0,5

1,0

1,5

2,0

2003 2004 2005 2006 2007

Bilhões R$

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Data 15/04/08 Fls 282

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

As principais atividades arrecadadoras de ISS5555, nos exercícios de 2005 a 2007, estão

apresentadas no quadro a seguir que contém as atividades que mais geraram receita

em 2007, comparadas com os anos de 2005 e 2006. (os valores foram atualizados

pelo IPCA-E).

R $ m i l

DESCRIÇ ÃO 2.005 2.006 2.007

INST IT UICAO FINANCEIRA M ULT IPLA 83.009 93.724 101.991

PROCESSA M ENTO DE DADOS 58.392 77.727 87.608

CONSTRUÇ ÂO CIV IL 43.794 50.288 67.701

PL ANOS DE SAÚDE 34.793 40.223 55.529

ALUGUEL DE M AQUINAS A PARELHOS E EQUIPAM ENTOS 39.824 47.730 45.546

CONSUL TORIA TÉCNICA 32.842 36.299 43.921

BANCO 36.624 40.563 41.226

HOT EL 36.733 40.677 41.032

PRODUÇÃO ARTÍST IC A 17.023 36.936 43.522

ASSESSORIA T ÉC NICA 39.303 37.394 38.114

DEM AIS 1.081.402 1.201.207 1.412.115

TOT AL 1.503.740 1.702.769 1.978.304

2.5.2.1.2 IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO - IPTU

O IPTU representou a terceira maior

arrecadação do Município em 2007,

com 30,3% da Receita Tributária e

11,4% da Receita Total, este último

percentual inferior aos 12,04% obtidos

em 2006.

Pode-se constatar no gráfico seguinte que a arrecadação do IPTU em 2007, medida em

valores constantes, apresentou um acréscimo de 0,13% em relação a 2006, não

conseguindo recuperar a perda ocorrida entre 2005 e 2006.

2.5.2.1.3 IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO INTER-VIVOS DE BENS IMÓVEIS- ITBI

Nota-se, no gráfico a seguir, que a

arrecadação do ITBI em 2007

apresentou um aumento de 19,91%

em relação ao exercício de 2006, o

maior aumento anual dos últimos 5

(cinco) exercícios.

5 Conforme apurado em inspeções realizadas pela CAD, existem algumas receitas com código não identificado, classificadas pela

Coordenadoria do ISS como Receitas “Ignoradas” que, posteriormente, quando são devidamente identificadas, retroagem à data em

que o imposto era devido, atualizando, portanto, aqueles valores apresentados nos exercícios anteriores. As divergências entre os

dados contábeis (CGM) e o quadro apresentado pela SMF são justificadas pelos critérios de classificação das Receitas “Ignoradas” do

ISS. Enquanto a CGM faz o reconhecimento contábil das mesmas no período em que são sanadas, a SMF, em seu relatório gerencial,

retroage à data em que o imposto era devido.

Evolução da Receita do IPTU (2003-2007)

-

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

2003 2004 2005 2006 2007

Bilhões R$

Evolução da Receita do ITBI (2003-2007)

-

50

100

150

200

250

300

2003 2004 2005 2006 2007

Milhões R$

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Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.5.2.2 APLICAÇÕES FINANCEIRAS - ADMINISTRAÇÃO DIRETA

É apresentada a seguir a evolução da receita de aplicação financeira da Administração

Direta, lembrando que foram considerados os valores de 2007 fixos, atualizando-se

os anos anteriores com base no IPCA-E médio do período.

Evolução da Receita de Aplicação Financeira (2003-2007)

-50

100150200250300350400

2003 2004 2005 2006 2007

Milhões R$

Desta forma, verifica-se que as receitas de aplicações financeiras da Administração

Direta diminuíram em 18% em relação ao exercício anterior.

No mesmo período, o valor do saldo das Aplicações Financeiras, constante no Balanço

Patrimonial da Administração Direta, apresentou um acréscimo de 56%, em relação a

2006.

A seguir observa-se o gráfico desta evolução, frisando-se que os valores foram

corrigidos pelo IPCA-E médio do período.

Saldo das Aplicações Financeiras em 31/12 (2003-2007)

-

0,2

0,4

0,60,8

1,0

1,2

1,4

2003 2004 2005 2006 2007

Bilhões

2.5.2.3 TRANSFERÊNCIAS

As Transferências Correntes tiveram uma participação de 39,57% nas Receitas

Correntes, superiores aos 37,24% apurados em 2006 e uma participação de 39,04%

em relação à Receita Total, também superior aos 35,91% apurados no ano de 2006.

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Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.5.2.3.1 COTA-PARTE DO ICMS

A participação da Cota-parte do ICMS

na receita orçamentária total do

Município diminuiu de 14,32%,

apurados em 2006, para 13,32% em

2007. No gráfico a seguir, temos a

evolução da Cota-parte com os valores

de 2007 mantidos fixos, atualizando-

se os anos anteriores com base no

IPCA-E médio do período.

No que diz respeito à Cota-Parte do ICMS, deve-se destacar a questão da repartição,

entre os municípios do Estado do Rio de Janeiro, da parcela prevista no inciso II, do

parágrafo único do art 158 da Constituição Federal/88, que determina que ¼ dos 25%

do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre prestações de serviços de

transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, será repartido de acordo

com o que dispuser lei Estadual.

Ocorre que no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, a Lei Estadual nº 2.664/96 para

atender dispositivo constitucionaI retromencionado, em seu Anexo III, estabeleceu o

índice 0,00 (ZERO) de rateio para o Município do Rio de Janeiro, o que implicava em

nenhum repasse daquela parcela.

Em 11/09/1997, a Procuradoria Geral do Município ingressou no Poder Judiciário

Estadual com uma ação ordinária nº 97.001.103.934-3 cujo pedido se resumia em

incluir o Município como destinatário das parcelas do produto de arrecadação do ICMS.

O Juízo de primeira instância julgou improcedente a ação, sendo a sentença,

posteriormente, confirmada por acórdão do Tribunal de Justiça. Na seqüência, a PGM

interpôs o Recurso Extraordinário nº 401.953/RJ ao Supremo Tribunal Federal.

Em 16/05/07, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, por unanimidade,

conheceram e deram provimento ao Recurso declarando a INCONSTITUCIONALIDADE

da Lei nº 2.664/96, desde o início de sua vigência. O acórdão foi publicado em

21/09/2007.

Confira-se os termos do voto do Eminente Ministro Relator Joaquim Barbosa

“Uma vez que o recálculo de partilha poderá implicar diminuição da cota de participação

dos demais Municípios do Estado, com eventual compensação dos valores recebidos com

os valores relativos aos exercícios futuros, a execução do julgado não poderá comprometer

o sustentáculo financeiro razoável e proporcional dos Municípios.

Logo, a lei que irá normatizar o recálculo e a transferência ao recorrente dos créditos

pertinentes aos períodos passados deverá prever, ainda, compensação e parcelamento em

condições tais que não impliquem aniquilamento das parcelas futuras devidas aos demais

Municípios”

Evolução da Receita da Cota-Parte ICMS(2003-2007)

-0,20,40,60,81,01,21,41,6

2003 2004 2005 2006 2007

Bilhões R$

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Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Em face da decisão acerca da Lei nº 2.664/96, será necessário uma nova Lei que

defina: (1) os novos critérios de rateio e (2) a compensação das parcelas pretéritas.

Ressalte-se que a PGM ingressou em 1/10/2007 com Embargos Declaratórios com

objetivo de esclarecer esses pontos.

Após o trânsito em julgado no STF, o impacto financeiro favorável ao Município do Rio

de Janeiro, de acordo com a SMF/Assessoria de Receitas Transferidas seria algo

próximo de R$ 70 milhões mensais e R$ 700 milhões referentes às parcelas “ex-tunc”.

2.5.2.3.2 TRANSFERÊNCIAS DO FNS

As transferências do Fundo Nacional de Saúde - FNS em 2007 representaram o total

de R$ 704.813 mil, apresentando um acréscimo, em valores constantes, de 377% em

relação ao exercício de 2006.

Evolução da Receita das Transferências do FNS(2003-2007)

-

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

2003 2004 2005 2006 2007

Bilhões R$

Este aumento se deve, principalmente, ao retorno para o Município do Rio de Janeiro

da GPSM (Gestão Plena do Sistema de Saúde Municipal), já que o Decreto Federal

nº 5.968/06 (novembro de 2006) revogou o de nº 5.392, de 10 de março de 2005,

reabilitando o Município na Gestão Plena.

O gráfico a seguir retrata as transferências efetuadas pelo Fundo Nacional de Saúde ao

Município do Rio de Janeiro, considerando os valores de 2007 fixos e os dos anos

anteriores atualizados com base no IPCA-E médio do período, nele ficam claros os

efeitos financeiros da desabilitação e posterior retorno da Gestão Plena da Saúde no

âmbito do MRJ.

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Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.5.2.3.3 TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEB6

As transferências do FUNDEB em 2007

representaram o total de R$ 576,1

milhões, apresentando um acréscimo,

em valores constantes, de 8,92% em

relação ao exercício de 2006, quando

ainda na vigência do extinto do

FUNDEF, conforme pode-se observar

no gráfico seguinte:

A respeito do FUNDEB e da receita advinda de sua implantação, deve-se verificar o

item 6.1 deste relatório que trata especificamente dos recursos do Fundo.

2.5.2.3.4 ROYALTIES DO PETRÓLEO

As transferências dos Royalties do Petróleo em 2007 representaram o total de

R$ 134,7 milhões, sendo R$ 61,8 milhões provenientes da União e R$ 72,8 milhões do

Estado, apresentando um decréscimo, em valores constantes, de 12,2% em relação ao

exercício de 2006 conforme se observa no gráfico a seguir. Ressalte-se que pela

primeira vez as receitas de Royalties apresentaram variação negativa entre um

exercício e outro.

Evolução da Receita dos Royalties(2003-2007)

-

50

100

150

200

2003 2004 2005 2006 2007

Milhões R$

Cabe destacar que os valores de 2007 foram mantidos fixos, atualizando-se os dos

anos anteriores com base no IPCA-E médio do período:

2.5.2.4 RECEITAS DE CAPITAL

Compõem as receitas de capital aquelas procedentes da realização de recursos

financeiros oriundos de operações de crédito, alienação de bens, amortização de

empréstimos concedidos e transferências de capital. 6 O FUNDEB é um Fundo de natureza contábil, instituído pela Emenda Constitucional n.º 53, de 19 de dezembro de 2006 e

regulamentado pela Medida Provisória nº 339, de 28 de dezembro do mesmo ano, convertida na Lei nº 11.494 em 20/06/2007. Sua

implantação foi iniciada em 1º de janeiro de 2007, e ocorrerá de forma gradual até 2009, quando o Fundo contemplará todo o universo

de alunos da educação básica pública presencial e os percentuais de receitas que o compõem terão alcançado o patamar de 20% de

contribuição.

Evolução da Receita das Transferências do FUNDEB (2003-2007)

-

100

200

300

400

500

600

700

2003 2004 2005 2006 2007

Milhões R$

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Data 15/04/08 Fls 287

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Re ce itas de Cap ital R $ m i l

Operaç ões de Crédito 8.932

A mortiz aç ão de Emprés timos 79.016

Trans f erênc ias de Capital 34.051

A lienaç ão de Bens 7.460

TOT AL 129.460

Fonte: Contas de Ges tão 2007

Com relação ao exercício financeiro de 2006, houve uma queda no valor arrecadado

com Receitas de Capital da ordem de 76 %. Na realidade a variação apresentada

incorpora a questão da alienação de ativos ocorrida em 2006 decorrente da licitação

para a escolha da instituição financeira responsável pela prestação de serviço de

pagamento da folha de pessoal, tendo sido sagrado vencedor o Banco Santander no

valor de R$ 336 milhões. Se for desconsiderada aquela receita, excepcionalmente

auferida em 2006, a queda da arrecadação da Receita de Capital entre 2006 e 2007,

em termos percentuais, seria em torno de 34 %, fortemente influenciada pela

diminuição da receita de convênios e da receita de operações de créditos externas.

A Lei Complementar nº 101/2000 – LRF, em seu art. 44, veda a aplicação de Receita de

Capital, proveniente da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio

público, para o financiamento de despesas correntes, salvo se for destinada, por lei,

aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.

Como demonstrado no Anexo XIV do Relatório Resumido da Execução Orçamentária,

foram aplicados, integralmente em investimentos, os recursos de R$ 7.460 mil

provenientes da alienação de ativos realizados no exercício de 2007, não havendo,

portanto, saldo financeiro a aplicar. Em uma análise global, pode-se inferir que a

alienação de bens não financiou despesas correntes.

No próximo gráfico, observa-se a evolução das receitas de operação de crédito que

em 2007 foi decorrente das operações internas.

EVOLUÇÃO DA RECEITA DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO (2003 - 2007)

-

50

100

150

200

250

Mihões

2003 2004 2005 2006Receita Total de Oper. De Crédito

Operação de Crédito Interna

Operação de Crédito Externa

2007

Ressalte-se que os valores de 2007 foram mantidos fixos, atualizando os exercícios

anteriores com base no IPCA-E médio do período.

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Rubrica

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GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.5.2.5 RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

A Receita Corrente Líquida – RCL se constitui num importante parâmetro da

racionalização das despesas, já que a Lei de Responsabilidade Fiscal tem como ênfase

o controle e contenção dos gastos. Assim, quanto mais cresce a RCL, mais se poderá

expandir o valor das despesas que estão a ela referenciadas.

O demonstrativo da RCL - Anexo III do Relatório Resumido da Execução Orçamentária

- apresenta que a mesma atingiu, no exercício de 2007, o montante de R$ 8.633

milhões, representando um acréscimo de 9,93% com relação a 2006.

Destaque-se que, no exercício de 2007, diferentemente dos exercícios anteriores, não

foi considerado como dedução, para fins de apuração da RCL, o montante referente à

despesa paga a título de transferência ao Estado e a instituições privadas, especificado

a seguir, por conta da Gestão Plena que detém o Município do Rio de Janeiro.

E m R$

18.01.10.302.9000.5015GES TÃO DE OP ERAÇÕESES P ECIAIS

ACOES E S ERV ICOS DE S AUDEDA REDE CREDENCIADA S US

3.3.30.39.01Trans ferênc ias a E s tados e aoDis trito Federal

Outros S erviços de Terc eiros -P es soa Jurídic a

94.889.376

18.01.10.302.9000.5015GES TÃO DE OP ERAÇÕESES P ECIAIS

ACOES E S ERV ICOS DE S AUDEDA REDE CREDENCIADA S US

3.3.30.92.01Trans ferênc ias a E s tados e aoDis trito Federal

Des pesas de E xerc íc ios A nteriores 6.387.505

18.01.10.302.0209.2128AÇÕES E P ROGRAM AS DAS AÚDE

ACOES DE CONTROLE DEDOENCAS CRONICASTRANS M IS S IV EIS

3.3.50.39.01Trans ferênc ias a Ins t. P riv. s emFins Luc rativos

Outros S erviços de Terc eiros -P es soa Jurídic a

235.200

Considerando que o valor recebido pelo Município não se caracteriza como receita do

Ente, devendo o mesmo providenciar sua transferência aos reais beneficiários, se

observaria alteração na RCL e nos limites a ela relacionados.

Assim, após a desconsideração do montante de R$ 101 milhões, o novo valor da RCL

apurado pela CAD foi de R$ 8.531.788 mil, ou seja, 1,17%, menor que aquela

informada pela CGM.

O próximo gráfico apresenta a evolução da Receita Corrente Líquida de 2003 a 2007,

considerando os valores de 2007 fixos e atualizando os anos anteriores com base no

IPCA-E médio do período, medido pelo IBGE.

Evolução da Receita Receita Corrente Líquida(2003-2007)

7,0

7,5

8,0

8,5

9,0

2003 2004 2005 2006 2007

Bilhões R$

Valor ajustado.Cálculos CAD

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 289

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.6 DESPESAS POR CATEGORIA ECONÔMICA

Os gastos correntes somaram R$ 8.408.672 mil, enquanto os de capital atingiram

R$ 1.238.425 mil, representando, respectivamente, 87,16% e 12,84% do total das

despesas empenhadas. Essas despesas, por Categorias e Grupos de Natureza de

Despesa, no exercício de 2007, se apresentaram conforme demonstrado a seguir.

R $ 1.0 0 0

De s pe s a Autor izada

De s pe s a Re alizada

De s pe s as Corr e n te s 9.056.099 8.408.672

Pes s oal e Enc argos Soc iais 5.337.912 5.001.008

Outras Des pesas Correntes 3.176.393 2.866.514

Juros e Enc argos da Dív ida 541.793 541.150

De s pe s as de Cap ital 1.764.775 1.238.425

Inv es timentos 1.324.964 872.767

A mortizaç ão da Dív ida 312.234 310.725

Inv ersões Financ eiras 111.437 54.932

Re s e rva de Contingê ncia 16.140 0

TOTA L 10.820.874 9.647.097

Fonte: Contas de Ges tão 2007

As Despesas Correntes representaram o maior volume de gastos do governo, com

destaque para os gastos com pessoal (51,84% do total das despesas realizadas) e para

as outras despesas correntes (29,71% do total das despesas realizadas).

Despesas por Categoria Econômica

-

2

4

6

8

10

2003 2004 2005

R$ Bilhões

Despesa TotalDespesa Corrente

Despesa de Capital

2006 2007

Verifica-se que as despesas executadas superaram em 11,81% os valores de 2006

atualizados pelo IPCA-E.

2.6.1 DESPESAS CORRENTES

Em termos percentuais, as despesas correntes em 2007 ficaram assim distribuídas:

R $ 1.0 0 0

De s p. Re aliz ad a %

DESPESAS C ORRENTES

Pes soal e Encargos Soc iais 5.001.008 59,5%

Outras Des pesas Correntes 2.866.514 34,1%

Juros e Encargos da Dív ida 541.150 6,4%

TOTAL 8.408.672 100,0%

Fonte: Contas de Ges tão 2007

Despesas CorrentesJuros e

Encargos da Dívida

6,4%

Pessoal e Encargos Sociais59,5%

Outras Despesas Correntes

34,1%

Pode-se observar que 59,5% das Despesas Correntes se referem a Pessoal e Encargos

Sociais.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 290

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

CONVERSÃO DE LICENÇA ESPECIAL EM PECÚNIA INDENIZATÓRIA

Destaque-se que o Poder Executivo instituiu, por meio dos Decretos nº 28.362, de

29/08/2007, e nº 28.514, de 05/10/2007, a possibilidade de conversão em pecúnia

indenizatória de licença especial, regulamentando a matéria por intermédio da

Resolução Conjunta SMA/SMF nº 100, de 23/10/2007.

O Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, após análise sobre a

aplicabilidade dessa conversão (Processo 040/005537/2007 – Anexo IAnexo IAnexo IAnexo I desta análise),

na 2ª Sessão Administrativa, ocorrida em 14/01/2008, remeteu ao Senhor Prefeito e

ao Senhor Presidente da Augusta Câmara Municipal cópia das manifestações da

Assessoria Jurídica e da Procuradoria Especial desta Corte de Contas, para que

tomassem ciência de seu conteúdo, bem como do teor da decisão do voto do Relator,

Excelentíssimo Senhor Conselheiro Jair Lins Netto, no sentido de que “os instrumentos

normativos adotados não são adequados, por implicarem em aumento da despesa,

cuja matéria é afeta à reserva de leireserva de leireserva de leireserva de lei, nos precisos termos do disposto no art. 84, VI, da

Constituição Federal, com a redação que lhe foi dada pela Emenda Constitucional nº

32” (grifos nossos).

Por conseguinte, em março de 2008, o Poder Executivo enviou à Câmara Municipal do

Rio de Janeiro, o Projeto de Lei Complementar nº 60/2008, que “visa a tornar

permanente, isto é, sem risco de descontinuidade, benefício já concedido através do

Decreto nº 28.362, de 29 de agosto de 2007, que assegura ao servidor, em hipóteses

específicas, a possibilidade de ter convertida em pecúnia indenizatória licença

especial, de que trata o artigo 110, da Lei nº 94, de 14 de março de 1979, adquirida e

não usufruída”.

O presente Projeto está em regime de tramitação urgente na Casa de Leis,

encontrando-se, conforme consulta realizada7777 no site do Poder Legislativo Municipal,

“EM TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA. EM REGIME DE URGÊNCIA. EM 2ª DISCUSSÃO. RECEBEU

EMENDA DE 1 A 4”, em 30/04/2008.

No exercício de 2007, foram convertidas em pecúnia licenças especiais no valor de,

aproximadamente, R$ 6 milhões, divididas nos seguintes órgãos:

R $ 1.0 0 0

De s p . Re alizad a %

ÓRGÃ O Enc argos Gerais do Munic ípio 4.795 79,5%

Sec retar ia Munic ipal de A dminis tração 280 4,6%

Sec retar ia Munic ipal de Educação 538 8,9%

Sec retar ia Munic ipal de Saúde 422 7,0%

TOTA L 6.035 100,0%

Fonte: Contas de Ges tão 2007

7 Disponível em http://spl.camara.rj.gov.br/spl/spl_tramit_proj.jsp?id=16735. Acesso em 05/05/2008.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 291

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.6.2 DESPESAS DE CAPITAL

Em termos percentuais, as despesas de capital em 2007 ficaram distribuídas conforme

quadro e gráfico a seguir, nos quais se destaca que 71% do total se referem a

Investimentos:

R $ 1.0 0 0

De s p. Re alizada

DESPESA S DE C APIT AL

Inves timentos 872.767

Inversões Financ eiras 310.725

A mortização da Dív ida 54.932

T OT AL 1.238.425

Fonte: Contas de Ges tão 2007

Despesas de Capital

Amortização da Dívida

4%

Investimentos71%

Inversões Financeiras

25%

No gráfico a seguir, é demonstrada a evolução dos investimentos do Município do Rio

de Janeiro de 2003 a 2007, lembrando que os valores de 2007 foram mantidos fixos e

os dos anos anteriores foram atualizados com base no IPCA-E médio do período.

Evolução dos Investimentos (2003-2007)

0

200

400

600

800

1.000

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Milhões

Observa-se que os investimentos, no exercício financeiro de 2007, tiveram um

acréscimo de 23,5%, se comparados com 2006.

2.7 DESPESAS POR ÓRGÃOS DE GOVERNO

A distribuição das despesas por órgãos de governo, desconsiderando-se os repasses

às entidades da Administração Indireta vinculados, que correspondem a maior parcela

da despesa, demonstra um elevado grau de concentração, haja vista que três “órgãos”

(SMS, SME e Encargos Gerais) apresentaram cerca de 48,80% da despesa realizada.

Por outro lado, os repasses à Administração Indireta são equivalentes a 32,72% da

despesa total realizada, sendo que, somente o FUNPREVI, fundo previdenciário

vinculado ao PREVI-RIO e à SMA, responde por cerca de 15,85% da despesa total

realizada no exercício de 2007.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 292

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

As despesas por Órgãos de governo em ordem decrescente, com os respectivos

percentuais em relação ao total realizado, estão destacadas no Gráfico e no Quadro a

seguir:

18,5%

13,3%

17,7% 17,9%

32,7%Repasses

Secretaria Municipalde Saúde

Secretaria Municipalde Educação

Encargos Gerais doMunicípio

Demais

R$ 1.000

% C once ito % Con ce ito

Repass es 3.262.286 3.601.115 3.156.236 3,25% B 12,35% DSec retaria Munic ipal de Saúde 1.818.879 1.849.436 1.723.257 5,26% R 6,82% RSec retaria Munic ipal de Educ ação 1.732.668 1.857.358 1.705.859 1,55% O 8,16% REncargos Gerais do Munic ípio 1.269.350 1.311.876 1.278.878 0,75% O 2,52% BSec retaria Munic ipal de Es portes e Laz er 323.853 368.174 349.294 7,86% R 5,13% RCâmara Munic ipal do Rio de Janeiro 295.295 295.295 269.958 8,58% R 8,58% RSec retaria Munic ipal de Obras 280.985 295.030 227.579 19,01% A D 22,86% A DSec retaria Munic ipal de A s s is tênc ia Soc ial 146.385 175.872 158.164 8,05% R 10,07% DSec retaria Munic ipal de Faz enda 130.365 144.364 133.909 2,72% B 7,24% RProc urador ia Geral do Munic ípio 71.255 115.703 106.200 49,04% A D 8,21% RSec retaria Munic ipal de Meio A mbiente 107.260 118.982 91.979 14,25% D 22,69% A DTribunal de Contas do Munic ípio 89.207 89.207 81.472 8,67% R 8,67% RSec retaria Munic ipal das Culturas 52.554 76.199 66.914 27,32% A D 12,19% DSec retaria Munic ipal de Trans portes 45.171 57.219 55.363 22,56% A D 3,24% BSec retaria Munic ipal do Habitat 261.572 235.659 49.103 81,23% A D 79,16% A DSec retaria Munic ipal de A dminis traç ão 44.933 48.572 42.687 5,00% B 12,12% DGabinete do Pref eito 55.572 40.433 35.805 35,57% A D 11,44% DSec retaria Munic ipal de Governo 31.779 31.652 30.863 2,88% B 2,49% OSec retaria Munic ipal de Urbanis mo 24.767 27.130 26.401 6,60% R 2,69% BControladoria Geral do Munic ípio 26.371 26.689 25.603 2,91% B 4,07% BSec retaria Ex traordinária da Qualidade de V ida 17.532 11.583 10.585 39,63% A D 8,61% RSec retaria Munic ipal do Trabalho e Emprego 17.149 6.965 6.176 63,98% A D 11,32% DSec retaria Es pec ial de Turismo 6.288 7.796 4.249 32,43% A D 45,50% A DSec retaria Es p. de Promoç ão e Def .dos A nimais 2.226 2.742 2.193 1,48% O 20,03% A DSec retaria Es pec ial dos Jogos Olímpic os 2016 2.035 2.445 2.136 4,93% B 12,66% DSec retaria Es pec ial de Comunic aç ão Soc ial 2.261 2.239 2.046 9,49% R 8,59% RSec retaria Es pec ial de Public ., Propag. e Pes q. 12.540 2.160 1.806 85,60% A D 16,40% A DSEDECT 2.108 1.487 1.198 43,16% A D 19,43% A DSec retaria Es p. de Prev . a Dep.Químic a 2.930 1.354 1.182 59,67% A D 12,70% DRes erv a de Contingênc ia 16.140 16.140 - 100,00% A D 100,00% A DTotal Global 10.151.718 10.820.874 9.647.097 4,97% B 10,85% D

PPD C OFDe s pe s a

Em pe n hada

Fonte: Contas de Ges tão 2007

ÓrgãoDotação

In icialDe s pe s a

A utor iz ada

Foram utilizados, na análise das despesas por órgãos de governo, dois indicadores

desenvolvidos pela ABOP (Associação Brasileira de Orçamento Público) que permitem

avaliar a execução do orçamento público: o PPD (Planejamento, Programação da

Despesa) e o COF (Capacidade Operacional Financeira).

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 293

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

O PPD e o COF permitem que se possa aferir o

quanto a execução do orçamento esteve próxima

ao aprovado inicialmente, bem como de que forma

o Município do Rio de Janeiro trabalhou com os

acréscimos e os cancelamentos de dotações entre

os diversos órgãos que compõem a Administração

Municipal.

Os critérios e conceitos para os referidos indicadores (PPD e COF): foram estabelecidos

conforme quadro ao lado

2.7.1 PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DA DESPESA (PPD)

O PPD estabelece o confronto comparativo entre a dotação orçamentária inicial e o

valor respectivo executado. A avaliação refere-se unicamente ao campo financeiro,

excluídos os aspectos de natureza física.

Apenas a Secretaria Municipal de Educação, os Encargos Gerais do Município e a

Secretaria Municipal de Promoção e Defesa dos Animais apresentaram um PPD ÓTIMO,

ou seja, as despesas realizadas nesses órgãos corresponderam às despesas planejadas

inicialmente.

Observa-se, no entanto, que 47% dos órgãos possuem conceitos DEFICIENTE ou

ALTAMENTE DEFICIENTE, o que implica em uma execução distante do orçamento

planejado. Porém, comparando-se ao exercício de 2006, em que o percentual foi de

82%, percebe-se uma melhora considerável nesse índice.

A avaliação do Orçamento do Município do Rio de Janeiro, como um todo, pelo critério

PPD, foi considerado BOM, estando em melhor situação do que no exercício financeiro

anterior, em que a avaliação foi DEFICIENTE.

2.7.2 CAPACIDADE OPERACIONAL FINANCEIRA (COF)

O COF estabelece o confronto comparativo entre a dotação orçamentária final (após

acréscimos e cancelamentos) e o valor respectivo executado. A avaliação refere-se

unicamente ao campo financeiro, excluídos os aspectos de natureza física.

Com relação a esse índice, apenas a Secretaria Municipal de Governo indicou um PPD

ÓTIMO, enquanto que 53% dos órgãos apresentaram índices DEFICIENTE ou

ALTAMENTE DEFICIENTE, fazendo com que as alterações ocorridas no orçamento, ao

longo do exercício, não fossem suficientes para implicar uma melhoria significativa

dos índices. No geral, o indicador COF do Município do Rio de Janeiro teve uma

avaliação DEFICIENTE, assim como no exercício passado.

ÓTIMO O

Diferença menor que 2,5%

BOM B

Diferença entre 2,5% e 5%

REGULAR R

Diferença entre 5% e 10%

DEFICIENTE D

Diferença entre 10% e 15%

ALTAMENTE DEFICIENTE AD

Diferença acima de 15%

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 294

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.8 DESPESAS POR FONTE DE RECURSOS

As despesas, por fonte de recursos, foram assim realizadas:

R $ 1.0 0 0 ,0 0

FONTE DE RECURSOSDOTAÇÃO

ATUALIZADAEM PENHADA

ORDINÁ RIOS NÃ O V INCULA DOS 5.977.148 5.612.199 PRESTA ÇÃ O DE SERV IÇOS MÉDICOS 893.270 858.713 FUNDEB 860.404 843.267 RECEITA PRÓPRIA DE A UTA RQUIA S, FUNDA ÇÕES E EMPRESA S 713.206 552.295 CONTRIBUIÇÃ O PA RA SEGURIDA DE SOCIA L 541.161 484.207 ORDINÁ RIOS NÃ O V INCULA DOS - CONTRIBUIÇÃ O PA RA SEGURIDA DE SOCIA L 264.045 252.327 CONTRIBUIÇÃ O PA RA SEGURIDA DE SOCIA L / 2002 214.676 191.470 ROY A LTIES DO PETRÓLEO 222.740 188.410 ORDINÁ RIOS NÃ O V INCULA DOS - CONTRIBUIÇÃ O PA RA SEGURIDA DE SOCIA L / 2002 122.355 114.323 SA LÁ RIO EDUCA ÇÃ O 193.471 110.364 CONV ÊNIOS 189.894 107.746 FUNDO DE A SSISTENCIA À SA UDE DO SERV IDOR 72.586 69.857 MULTA S POR INFRA ÇÃ O À LEGISLA ÇÃ O DO TRÂ NSITO 65.000 55.721 RETORNO DE EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS A SERV IDORES 67.427 45.760 TRA NSFERÊNCIA DO GOV ERNO FEDERA L PA RA MERENDA ESCOLA R 40.149 38.837 TRA NSFERÊNCIA DO FUNDO NA CIONA L E ESTA DUA L DE A SSISTÊNCIA SOCA IL 24.576 24.203 ORDINÁ RIOS NÃ O V INCULA DOS - CONTRA PA RTIDA DE CONV ÊNIOS 31.747 21.291 ORDINÁ RIOS NÃ O V INCULA DOS - CONTRA PA RTIDA DE OPERA ÇÕES DE CRÉDITO 18.629 14.816 HONORÁ RIOS A DV OCA TÍCIOS 15.654 11.217 OPERA ÇÕES DE CRÉDITO CONTRA TUA IS REA LIZA DA S 58.903 8.675 LICENCIA MENTO DE GRUPA MENTO DE EDIFICA ÇÕES 17.655 8.641 OUTRA S 18.987 8.122 INCENTIV O A CULTURA 7.950 7.950 ORDINÁ RIOS NÃ O V INCULA DOS FUNDO DE A SSISTENCIA À SA UDE DO SERV IDOR 11.000 6.330 PROGRA MA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA - TRA NSFERÊNCIA DO GOV ERNO FEDERA L PA RA EDUCA ÇÃ O 6.510 5.338 CONTRIBUIÇÃ O A INTERV ENÇÃ O NO DOMÍNIO ECONÔMICO -CIDE 5.734 2.748 CONTRA PA RTIDA - REGULA RIZA ÇÃ O DE OBRA S 2.394 1.499 DOA ÇÕES 783 773 CONTRA PA RTIDA DE CONV ÊNIOS 390 - MULTA S POR INFRA ÇÃ O A LEGISLA ÇÃ O DO MEIO A MBIENTE 628 - OPERA ÇÕES DE CRÉDITO CONTRA TUA IS A REA LIZA R 161.790 - RETORNO DE EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS A INSTITUIÇÕES 10 - TOTAL 10.820.874 9.647.097

Fonte: Contas de Ges tão 2007

Abaixo, a distribuição gráfica das principais despesas por fonte de recursos:

8,9%

8,7%

5,7%

18,5%

58,2%

ORDINÁRIOS NÃOVINCULADOS

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOSMÉDICOS

FUNDEB

RECEITA PRÓPRIA DEAUTARQUIAS, FUNDAÇÕES EEMPRESAS

DEMAIS

2.8.1 SALÁRIO-EDUCAÇÃO

O Salário-Educação é uma contribuição social prevista no art. 212, § 5º, da

Constituição Federal, que serve como fonte adicional de recursos do ensino

fundamental público, permitindo às três instâncias do Governo investirem em

programas, projetos e ações que qualifiquem profissionais da educação e estimulem

alunos a permanecerem em sala de aula.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 295

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

No que diz respeito, especificamente, à aplicação dos recursos do Salário-Educação, a

Lei 9766/98, alterada pela Lei nº 11.494/07, em seu art. 7º, é taxativa em vedar a

destinação de recursos para pagamento de pessoal.

Como se pode observar no próximo quadro, os recursos do Salário-Educação (Fonte

107) destinaram-se a gastos com investimentos e outras despesas correntes,

atendendo, desta forma, ao disposto no referido artigo.

NATUREZA DA DESPESA R $

In ve s tim e n to s

Equipamentos e Mater ial Permanente 2.022

Mater ial de Consumo 58

Obras e Ins talaç ões 16.872 Outros Serv iç os de Terc eiros - Pes soa Jurídic a 2.675 Serv iços de Cons ultor ia 288

Outras De s pe s as Co r r e nte s

Despes as de Ex erc íc ios A nter iores 602

Indenizaç ões e Res tituiç ões 41

Locação de Mão-de-Obra 334

Mater ial de Consumo 20.533

Mater ial de Dis tr ibuiç ão Gratuita 858

Outros Serv iç os de Terc eiros - Pes soa Fís ica 260

Outros Serv iç os de Terc eiros - Pes soa Jurídic a 53.797

Outros Serv iç os de Terc eiros – Pess oa Jurídica 9.447

Premiaç ões Culturais , A rtís tic as , Científ icas , Des portiv as e Outras 2.578

T OTAL 110.364

Fonte: Contas de Ges tão 2007

2.8.2 MULTAS DE TRÂNSITO

A seguir são apresentadas as despesas realizadas com os recursos das multas de

trânsito – Fonte 109, por órgão e por natureza de despesa.

ÓRGÃO Natureza de Despesa Em R$ 1 .000

Encargos Gera is do M unicípio

Rec sobre a Supervisão da SM T O utros S erviços de Terceiros - P essoa Jurídica 2 .240 Indenizações e Rest ituições 28

Rec sobre a Supervisão da SM FO utros S erviços de Terceiros - P essoa Jurídica 0

Encargos Gera is do M unicípio Tota l 2 .268

Secre ta ria M unic ipa l de Transportes

CET-RIO O utros S erviços de Terceiros - P essoa Jurídica 22 .490 Despesas de E xerc íc ios A nteriores 2 .821 M aterial de Consum o 256

SM TO utros S erviços de Terceiros - P essoa Jurídica 21 .277

Despesas de E xerc íc ios A nteriores 6 .589 O utras Despesas de P essoal decorrentes de Contratos de Terceirização de Caráter Cont inuado 20

Secre ta ria M unic ipa l de Transportes Tota l 53 .453

Total 55 .721

Fonte: Contas de Ges tão 2007

O Código Nacional de Trânsito, no art. 320, dispõe que:

“A receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito será aplicada,

exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento,

fiscalização e educação de trânsito.”

Conforme foi verificado a determinação legal acima foi cumprida no exercício de 2007.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 296

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.9 PROGRAMA 002 - “XV JOGOS PAN-AMERICANOS”

A seguir é destacada a execução orçamentária do programa “002 – XV Jogos Pan-

americanos” que envolveu a realização das obras de infra-estrutura dos referidos

jogos realizados na cidade do Rio de Janeiro em 2007.

Neste ponto, cabe uma observação de que nos gastos a seguir demonstrados estão

incluídas despesas realizadas com o Programa referente aos Jogos Pan-americanos

independentemente da função.

P roje to Grupos de Na ture za

Ele m e ntos de De spe sa s De spe sa

Re a liza da(R$ 1.000)

P AN RIO 2007 Inves tim entos O bras e Ins talações 134.889,67 Inves tim entos Despesas de Exerc íc ios Anteriores 465,86

TOTAL 135.355,53

P ARQ UE OLÍM PICO DO RIO Inves tim entos O bras e Ins talações 96.581,27 Inves tim entos O utros S erviç os de Terceiros - Pessoa Jurídic a 2.778,43

TOTAL 99.359,70

G ESTAO ESTRATEG ICA DO PAN 2007 Inves tim entos O utros S erviç os de Terceiros - Pessoa Jurídic a 30.088,09 Inves tim entos O bras e Ins talações 16.263,22

TOTAL 46.351,31

O BRA S V IARIAS - PA N 2007 Inves tim entos O bras e Ins talações 30.775,63 TOTAL 30.775,63

O PERACO ES DE TRA NS ITO - PA N 2007 Inves tim entos O utros S erviç os de Terceiros - Pessoa Jurídic a 30.709,04 TOTAL 30.709,04

CONS ERV ACAO DE LOG RADOUROS - P AN 2007Inves tim entos O utros S erviç os de Terceiros - Pessoa Jurídic a 10.588,51 TOTAL 10.588,51

A TUA LIZA CAO TE CNOLO GICA E ADE QUACA O F IS ICA DE UNIDADE S DE S AUDE - PAN 2007Inves tim entos E quipam entos e M aterial Perm anente 2.826,74 O bras e Ins talações 1.134,47

TOTAL 3.961,21

Conforme se observa, a maior parte das despesas com os Jogos Pan-americanos foi

realizada no elemento “Obras e Instalações” com 78%, principalmente com a

construção do Estádio Olímpico e o Parque Aquático. Também foram gastos 21% do

total com “Outros Serviços de Terceiros – Pessoas Jurídicas”. Neste último caso houve

um aumento de 13% em relação a 2006.

O gráfico e os quadros a seguir demonstram os gastos com os Jogos Pan-americanos

por objeto e por favorecido:

PAN 2007 - Gastos em 2007 por Objeto

Materiais de Consumo1,11%

Desapropriações0,13%

Instalações Temporárias

4,55%

Organização dos Jogos5,52%

Serviços9,34%

Arenas e Instalações em

Geral13,83%

Parque Olímpico do Rio27,75%

Estádio Olímpico37,77%

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 297

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

O Quadro a seguir demonstra os favorecidos com esses gastos em 2007:

P roje to Ativida de

Fa vore cido Obje to Re a liza do(R$ 1.000,00)

1600Consórc io Engenhão O bras de com plem entação de acabam entos e

urbanização intra-m uros no E s tádio Olím pico 35.611

PA N RIO 2007

Consórc io Engenhão O bras de Conc lusao do Es tadio O lim pico Joao Havelange80.515

Consórc io PA N 2007 O bras de com plem entação de cons trução do Es tádio O lím pico 18.609

S ouza Lopes Cons trução e Transportes Ltda O bras de rem anejam ento da A dutora na área do Es tádio O lím pico João Havelange 154

Diversos Desapropriações 466

135.356

1602O riente Construcao Civil Ltda O bras de im plantação do V elodrom o do P arque O lim pico

do Rio 9.642

PA RQUE OLIMPICO DO RIO

Consorc io Parque Aquatico P an 2007 O bras de fundações , es trutura e acabam entos para im plantação do P arque A quát ico do Parque Olím pico do Rio 23.076

Consorc io Sanerio-Delta-M idas O bras de com plem entação do Parque Aquát ico do Parque O lim pico do Rio 13.818

Tecnosolo-E ngenharia S /A O bras de fundações , es trutura e acabam entos para

im plantação da A rena M ultiuso do P arque O lím pico do Rio 50.046 Com itê O lím pico B ras ileiro Convenio para aquis icao de m ateriais e equipam entos

desport ivos - A rena M ult iuso e Parque Aquatico 2.502 Light A S S erviços de Fornec im ento de Energia E létrica 276

99.360 P roje to

Ativida deFa vore cido Obje to

Re a liza do(R$ 1.000,00)

1601Com ite O rganizador dos Jogos P an A m ericanos Rio 2007 S /C Ltda

M anutencao e Cus teio Bas ico do Com ite Organizador dos Jogos P an-A m ericanos Rio 2007 12.755

GESTA O ESTRA TEGICA DO PA N 2007

Com ite O rganizador dos Jogos

P an A m ericanos Rio 2007 S /C Ltda

O peracao nas Instalacoes E sportivas - A rena O lím pica, P arque A quatico M unic ipal M aria Lenk , Es tadio O lim pico Joao Havelange e V elodrom o 2.961

Com ite O rganizador dos Jogos P an A m ericanos Rio 2007 S /C Ltda

P rojeto de A dequacao das Ins talacoes para os Jogos P an-A m ericanos P arapan-A m ericanos 4.800

O rganizacao Desportiva P anam ericana - Odepa

P arcela da Odepa5.346

Consorc io Copa M ills Ibeg P an 2007 M arapendi

E xecucao de Obras de Ins talacoes Tem porarias e Obras de Desm ontagem no Clube M arapendi - P an 2007 5.195

V olum e Cons trucoes

e P art ic ipacoes Ltda

E xecucao de Obras de Ins talações Tem porarias , drenagem e Infra-Es trutura Cam po de S oftbol e Beisebol na Cidade do Rock - P an 2007 4.709

S anerio Engenharia Ltda E xecucaode O bras para Im plantacao de Infra-E s trutura e ins talacoes tem porarias E s tadio Olim pico 3.894

Consorc io Copa M ills Ibeg

P an 2007 M iec im o

E xecucao de Obras de Ins talações Tem porarias e reform a no Cam po de Futebol, G inas io e Quadra Central no Centro E sportivo M iec im o Da S ilva - P an 2007 2.465

Light S ervicos de E letric idade S .A Fornec im ento de Energia E létrica2.285

M i A ssoc iates P ty Lim ited Consultoria Pan 2007 E Rio 2012961

Ingresso Fac il P re V enda e V enda deIngresso Ltda

S erviços De V endas Ingressos600

P onta Do Ceu Urbanizacao & P aisagism o Ltda Total

S ervicos de M anutencao P redial e Conservacao das A reas V erdes e P is ta do Autodrom o Internac ional Nelson P iquet 258

CEG Com panhia Es tadual de G as Fornec im ento de Gás 76 Intelligent Risks P ty Ltd Consultoria de Seguranca do Pan 2007

45

46.351

1008 OB RA S V IA RIA S - P A N 2007 Diversas Outras Obras De Drenagem , Rec uperação e Cons trução de P assarelas 30.776

3026 OP E RA COE S DE TRA NS ITO - P A N 2007 Diversos P res tadores de S erviços de Transporte30.709

1050 CONS E RV A CA O DE LOGRADOUROS -

P A N 2007

S erviços de Fres agem , Recapeam ento A s fált ic o,

A plicação De M ic roreves tim ento, S inalização Horizontal e

Com plem entares na A P 2 10.589 1059 A TUA LIZA CA O TE CNOLOGICA E

A DE QUA CA O FIS ICA DE UNIDA DE S DE S A UDE - P A N 2007

Diversos Fornecedores de M aterias Hospitalares

3.961

357.101

DEM AIS P ROJETOS E ATIV IDADES LIGADOS AO P ROGRAM A 002 - X V JOGOS P ANAM ERICANOS

TOTAL P ROGRAM A 002 - X V JOGOS P ANAM ERICANOS

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 298

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.10 PROJETOS E ATIVIDADES

Os projetos, atividades e operações especiais realizados, de maior incidência

monetária, foram:

PROJETO/ATIV IDADE/OPERAÇÃO ESPECIAL Em R$ 1 .000PROV ISA O DE GA STOS COM PESSOA L 1.272.878 SERV IDORES INA TIV OS DA REDE DE ENSINO 739.942 PESSOA L DA S UUEE - ENSINO FUNDA MENTA L 715.339 PROV ISA O DE GA STOS COM PESSOA L - INDIRETA S 507.114 ENCA RGOS DA DIV IDA RENEGOCIA DA 492.928 A POIO A O FUNCIONA MENTO DA REDE DE SA UDE 387.039 SERV IDORES INA TIV OS DA A DMINISTRA CA O DIRETA 317.770 A COES E SERV ICOS DE SA UDE DA REDE CREDENCIA DA SUS 288.928 PROCESSA MENTO LEGISLA TIV O 269.958 BENEFICIOS A DEPENDENTES 229.264 DIV IDA RENEGOCIA DA 207.671 CIDA DE DA MUSICA 192.000 MA NUTENCA O E REV ITA LIZA CA O DA S UNIDA DES DA REDE DE ENSINO 186.648 SERV ICOS CONTRA TA DOS DE LIMPEZ A PUBLICA 161.104 PA N RIO 2007 135.356 DESPESA S OBRIGA TORIA S E OUTROS CUSTEIOS - A DMINISTRA CA O INDIRETA 131.968 A MPLIA CA O E QUA LIFICA CA O DA A TENCA O BA SICA - PESSOA L 131.895 ILUMINA CA O PUBLICA 131.054 OBRIGA COES PA TRONA IS E OUTROS BENEFICIOS 117.280 INOV A CA O E DESCENTRA LIZA CA O NA GESTA O 101.326 PESSOA L DA S UUEE - EDUCA CA O INFA NTIL 101.073 PA RQUE OLIMPICO DO RIO 99.360 PESSOA L DE A POIO DA S UUEE 97.432 A POIO A DMINISTRA TIV O - INDIRETA S 91.890 SERV IDORES INA TIV OS DA REDE DE SA UDE 91.354 PESSOA L DO MUNICIPIO A DISPOSICA O DE OUTROS ORGA OS 83.409 A MPLIA CA O E QUA LIFICA CA O DA A TENCA O BA SICA 82.510 FISCA LIZ A CA O E CONTROLE DE RECURSOS PUBLICOS DO MUNICIPIO DO RIO DE JA NEIRO 81.258 OBRIGA COES A DMINISTRA TIV A S, TRIBUTA RIA S E CONTRIBUTIV A S 80.691 A POIO A DMINISTRA TIV O 77.825 BENEFICIOS A SEGURA DOS E DEPENDENTES 71.608 A SSISTENCIA A SA UDE DOS SERV IDORES MUNICIPA IS 69.857 MERENDA ESCOLA R 68.352 REV ITA LIZA CA O DA EDUCA CA O INFA NTIL 66.709 DEMA IS 1.766.309

T OTAL 9.647.097

A seguir são apresentadas as evoluções de alguns projetos e atividades no período

compreendido entre 2003 a 2007.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 299

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.10.1 ATIVIDADE 2136 - MERENDA ESCOLAR

Tem como objetivo melhorar os hábitos alimentares dos alunos, para que aumentem a

resistência às doenças com a conseqüente melhoria do aproveitamento escolar.

O quadro e o gráfico, a seguir, apresentam as despesas da Atividade Merenda Escolar

de 2003 a 2007, lembrando que os valores de 2007 são fixos e os dos anos anteriores

atualizados com base no IPCA-E médio do período.

2003 E m R $ 1. 0 0 0 , 0 0

87.094

2004

73.934

2005

70.050

2006

58.080

2007

68.352

Merenda Escolar

0

20

40

60

80

100

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Milhões

Constata-se que os gastos com a atividade 2136 - “Merenda Escolar” aumentaram em

17,69% em relação a 2006, porém, quando comparados com o exercício de 2003,

diminuíram 21,52%.

2.10.2 ATIVIDADE 2013 – PUBLICIDADE E PROPAGANDA

Tem como objetivo dar publicidade aos atos, programas e ações do governo municipal

de modo a garantir ao cidadão participação e benefícios dela decorrentes.

A título de ilustração, foi efetuado um comparativo das despesas realizadas na

Atividade 2013 – Publicidade e Propaganda, de 2003 a 2007, lembrando que os

valores de 2007 foram mantidos fixos, atualizando-se os anos anteriores com base no

IPCA-E médio do período.

2003 Em R$ 1.000,00

11.473,19

2004

9.016,69

2005

2.101,49

2006

172,80

2007

818,03

Publicidade e Propaganda

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Milhões

Pode-se notar que a partir de 2005, os gastos com a atividade 2013 - “Publicidade e

Propaganda” decaíram significativamente, apresentando, porém, um pequeno

acréscimo com relação a 2006, no exercício de 2007.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 300

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.10.3 PROJETO 1215 – PROGRAMA FAVELA-BAIRRO

Iniciado em 1995, o Programa Favela-Bairro tem como proposta obras de serviços

públicos essenciais (água, esgoto, pavimentação, drenagem e contenção de encostas);

a convivência comunitária nos espaços públicos e equipamentos criados (creches,

praças, quadras de esportes); atendimento à criança em idade pré-escolar;

organização de núcleos comerciais, possibilitando a inserção dos moradores no

mercado formal de trabalho e, principalmente, a integração do morro à cidade.

A seguir, é demonstrada a evolução dos gastos com o Programa Favela-Bairro, de

2003 a 2007, alertando que os dados de 2003-2006 foram corrigidos pelo IPCA-E

médio do período, mantendo-se o valor de 2007 constante.

2003 E m R $ 1. 0 0 0 , 0 0

21.543,58

2004

13.950,28

2005

17.426,93

2006

16.887,58

2007

11.836,21

Programa Favela-Bairro

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Milhões

2.10.4 DECORRENTES DE EMENDAS LEGISLATIVAS

A seguir, é demonstrado um quadro representativo da execução dos projetos e

atividades decorrentes de Emendas Legislativas ao texto do Projeto de Lei

Orçamentária (Mensagem nº 74/2006, Projeto de Lei nº 952/2006), apresentadas

pelos Exmo. Srs. Vereadores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Das dotações iniciais previstas pelas emendas, de R$ 176 milhões, ocorreram

cancelamentos/decréscimos de R$171 milhões, correspondentes a, aproximadamente,

97%.

A execução dos projetos/atividades/operações especiais ocorreu da seguinte forma:

E m R $ 1.0 0 0

PROJET O/AT IV IDADE/OPERAÇÃO ESPECIALDESPESA

EM PENHADADESPESA

PAGASUBV ENCA O SOCIA L A ENTIDA DES DE A TENDIMENTO A PESSOA S COM DEFICIENCIA - EL 4150 420 420 A POIO OU SUBV ENCA O A O SEMINA RIO A RQUIDIOCESA NO DE SA O JOSE - EL 4141 200 200 A POIO A REA LIZA CA O DO A UTO DA PA IXA O DE CRISTO - LEI N 2821/99 - EL 4165 68 68 COMEMORA COES DO BICENTENA RIO DA CHEGA DA DA FA MILIA REA L A O BRA SIL - EL 6120 62 42 SUBV ENCA O SOCIA L A O CENTRO DE ORIENTA CA O PEDA GOGICA NOSSO MUNDO 20 20

T OTAL 770 750 Fonte: Contas de Ges tão 2006

Cumpre destacar que, da dotação atualizada de R$ 5,2 milhões, foram efetivamente

empenhados cerca de 15% - R$ 770 mil.

Analisando os referidos projetos, verifica-se que foram pagos R$ 750 mil,

representando 97% do total empenhado, 14,07% da dotação atualizada e 0,42% da

dotação inicial prevista na Lei Orçamentária Anual.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 301

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.10.5 NÃO EXECUTADOS

No próximo quadro são evidenciadas as ações não executadas em 2007, com dotações

iniciais superiores a R$ 1.500.000,00:

Em R$ 1.000,00

PROJETO/ATIVIDADE/OPERAÇÃO ESPECIAL

DOTAÇÃO INICIAL MAIOR QUE 1,5

MILHÃO DE REAIS

CONSTITUICAO DE RESERVAS PATRIMONIAIS DO FUNPREVI 267.183

OBRIGACOES PATRONAIS DA CMRJ 19.279

ILUMINCAO PUBLICA - PAN 2007 17.500

RESERVA DE CONTINGENCIA 16.140

LIMPEZA URBANA - PAN 2007 10.864

CENTRO DE OPERACOES - PAN 2007 6.430

PROGRAMA VOLUNTARIOS - PAN 2007 5.000

OBRIGACOES PATRONAIS - FONTE 167 - DO TCMRJ NO FUNPREVI 3.585

CONSTRUCAO DE UMA VILA OLIMPICA NA CIDADE DE DEUS - AP 4 3.300

REFORMA NO TERMINAL RODOVIARIO DA ALVORADA - EL 841 3.000

REEQUIPAMENTO DOS CIEPS - BRIZOLOES - EL 4184 3.000

RESTITUICAO DE DEPOSITOS JUDICIAIS - LEI N. 10819/03 2.990

RESTITUICAO DE DEPOSITOS ADMINISTRATIVOS 2.990

SUBVENCAO SOCIAL A ABBR - ASSOCIACAO BRASILEIRA BENEFICIENTE DE REABILITACAO - EL 3814, 71 2.400

PROGRAMA DE CANALIZACAO E DRAGAGEM - PAN 2007 2.094

REGULARIZACAO FUNDIARIA E TITULACAO NA AP 5 - EL 4133 2.000

DIVULGACAO DO PLANO DIRETOR DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO - EL 4509 2.000

CONSTRUCAO DO CENTRO DE TREINAMENTO DO CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO - EL 3809 2.000

CONSTRUCAO DA VILA OLIMPICA DA ROCINHA - EL 3807 2.000

CONSTRUCAO DE PRACAS NA AP 5 - EL 5137 1.800

DESENVOLVIMENTO E MODERNIZACAO INSTITUCIONAL 1.750

CONSTRUCAO DE MINI TERMINAL RODOVIARIO NA PRACA HORACIO HORA - BANGU - AP 5.1 1.700

PAVIMENTACAO DE LOGRADOUROS NA XXVI RA - GUARATIBA - EL 6128 1.700

PAVIMENTACAO E DRENAGEM EM DIVERSOS LOGRADOUROS DA AP 5 - EL 5139 1.600

IMPLANTACAO DE TECNOLOGIAS LIMPAS E AMBIENTALMENTE INOVADORAS 1.600

ACOES PERMANENTES E CONTINUADAS DE ESTERILIZACAO GRATUITA DE CANINOS, FELINOS E EQUINOS 1.500

PROGRAMA DE REPRODUCAO ASSISTIDA E PLANEJAMENTO FAMILIAR - EL 5272 1.500

SUBVENCAO SOCIAL A SANTA CASA DA MISERICORDIA - EL LDO 2007 - EL 5169 1.500

SUBVENCAO SOCIAL A ASSOCIACAO BRASILEIRA BENEFICENTE DE REABILITACAO - ABBR - EL LDO 2007 1.500

Fonte: Contas de Gestão 2007

E as não realizadas, com dotação atualizada igual ou superior a R$ 1.000.000,00

foram:

Em R$ 1.000

PROJETO/A TIV IDADE/OPERAÇ ÃO ESPECIALDOT AÇÃ O FINA L

M aio r qu e 1 M ilh ão d e Re ais

RES E RV A DE CONTING E NCIA 16.140,00

CONS TITUICA O DE RES E RV A S P A TRIM ONIA IS DO FUNP RE V I 1.853,00

IM P LA NTA CA O DE TE CNO LO GIA S LIM P A S E A M B IE NTA LM ENTE INOV A DORA S 1.623,17

P RO JE TO P RO -E DUCA CA O - LE I N. 2923/99 - OB RA S E M G ERA L 1.473,00

DESENV OLV IMENTO E MODERNIZ A CA O INSTITUCIONA L 1.142,71

Fo n te : Co n tas d e Ge s tão 2007

2.11 FUNÇÕES DE GOVERNO

A aplicação dos recursos da Administração Pública encontra-se aqui examinada

através das Funções Governamentais, que agregam o nível máximo de ações do

Município do Rio no cumprimento de seus objetivos socioeconômicos.

A análise das Funções de Governo desenvolveu-se a partir dos demonstrativos

contábeis constantes no Orçamento Anual e nos Balanços Gerais Consolidados do

Município, contemplando a Administração Direta, Autarquias, Fundações, Empresas

Públicas e Sociedades de Economia Mista.

A Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do Ministério do Orçamento e Gestão,

estabeleceu em seu art. 6º que os Municípios, a partir de 2002, deveriam adotar em

seus orçamentos a estrutura de funções, subfunções, programas, projetos, atividades

e operações especiais.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 302

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.11.1 EXECUÇÃO DAS DESPESAS POR FUNÇÃO

Este demonstrativo é previsto no art. 52, inciso II, alínea “c”, da Lei de

Responsabilidade Fiscal, sendo publicado no Relatório Resumido da Execução

Orçamentária como Anexo II, de acordo com o modelo aprovado pela Portaria STN

nº 633, de 30/08/2006.

O quadro a seguir sintetiza o referido Anexo, com a dotação inicial, a dotação

atualizada de cada Função e sua respectiva realização ao final do exercício.

Conforme a citada Portaria, no encerramento do exercício, as despesas empenhadas e,

ainda não liquidadas deverão ser consideradas como liquidadas. Porém, a seguir estas

despesas são divididas em liquidadas e restos a pagar não processados.

R$ 1.000,00

Fu nçãoDotação

In icialDotação

Atualiz ad aEm p e n had a L iq uidad a

Re s tos a Pag ar Não

Pr oce s s ado s

Educ aç ão 1.797.552,27 1.921.638,84 1.764.969,76 1.699.226,72 65.743,04

Prev idênc ia Soc ial 2.140.546,43 2.030.983,90 1.735.525,56 1.727.820,94 7.704,62

Saúde 1.824.039,26 1.849.551,21 1.723.256,77 1.636.512,78 86.743,99

Enc argos Es pec iais 889.219,73 961.945,53 954.925,34 954.925,34 0,00

Urbanis mo 811.848,31 1.010.337,62 913.522,05 800.298,75 113.223,29

A dminis traç ão 595.959,07 667.766,24 619.499,73 607.107,65 12.392,08

Legis lativ a 385.701,84 384.601,84 351.430,32 341.923,32 9.507,00

Des porto e Laz er 297.388,32 337.657,68 318.969,48 305.307,17 13.662,31

A s s is tênc ia Soc ial 288.478,86 386.229,23 306.684,80 296.735,22 9.949,58

Saneamento 189.430,69 280.251,66 255.158,22 242.555,79 12.602,43

Trans porte 132.466,95 178.981,78 165.676,89 163.405,62 2.271,27

Seguranç a Public a 160.099,07 161.781,09 152.524,50 152.495,67 28,82

Ges tão A mbiental 150.958,40 149.875,09 118.163,07 110.454,90 7.708,17

Cultura 65.426,93 87.083,96 76.234,21 72.318,09 3.916,12

Comerc io e Serv iç os 65.141,72 82.599,76 74.119,23 74.060,80 58,44

Judic iár ia 52.125,31 60.840,77 52.283,80 50.309,03 1.974,77

Habitaç ão 261.572,40 235.659,01 49.102,97 47.249,95 1.853,03

Indus tr ia 7.485,58 8.496,43 7.675,60 7.674,25 1,35

Trabalho 17.148,93 6.964,85 6.176,37 6.009,52 166,84

Ciênc ia e Tec nologia 2.108,06 1.487,19 1.198,27 1.192,20 6,07

Direitos da Cidadania 880,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Res erv a de Contingênc ia 16.140,00 16.140,00 0,00 0,00 0,00

Total Ge ral 10.151.718,12 10.820.873,67 9.647.096,94 9.297.583,70 349.513,23

Fonte: Contas de Ges tão 2007

O gráfico, a seguir, apresenta o percentual da despesa realizada por função de

governo em relação ao total dos gastos do Município:

Despesa por Função

18,3%

18,0%

17,9%9,9%

9,5%

6,4%

20,1%

Educação

PrevidênciaSocialSaúde

EncargosEspeciaisUrbanismo

Administração

Demais

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 303

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

GestãoGestãoGestãoGestão Orçamentária Orçamentária Orçamentária Orçamentária

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

2.11.2 EVOLUÇÃO DAS PRINCIPAIS FUNÇÕES

A seguir, será apresentada a evolução dos gastos nas principais funções, abrangendo

o período de 2003 a 2007, ressaltando que os dados foram corrigidos pelo IPCA-E

médio do período, mantendo-se o valor de 2007 constante.

Função EducaçãoDespesa Realizada

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Milhões

Função PrevidênciaDespesa Realizada

0

400

800

1.200

1.600

2.000

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Milhões

Função Saúde

Despesa Realizada

0

400

800

1.200

1.600

2.000

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Milhões

Função Encargos EspeciaisDespesa Realizada

0

200

400

600

800

1.000

1.200

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Milhões

Função UrbanismoDespesa Realizada

0

200

400

600

800

1.000

1.200

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Milhões

Função AdministraçãoDespesa Realizada

0

300

600

900

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Milhões

Função LegislativaDespesa Realizada

0

100

200

300

400

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Milhões

Função Desporto e LazerDespesa Realizada

0

100

200

300

400

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Milhões

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APGUE ESTE TEXTO

11.1 RESSALVAS..................................................................................................417

11.2 ALERTAS.......................................................................................................419

11.3 RECOMENDAÇÕES......................................................................................422

GESTÃO FINANCEIRA

GESTÃO FINANCEIRA

GESTÃO FINANCEIRA

GESTÃO FINANCEIRA

3333

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 305

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Gestão FinanceiraGestão FinanceiraGestão FinanceiraGestão Financeira

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

3 GESTÃO FINANCEIRA ( R$ m il)

Re c e it a s O r ç a m e n t á r ia s 8 .1 1 1 .3 1 4 De s p e s a s O r ç a m e n t á r ia s 6 .4 9 0 .8 6 0

Re p a s s e s 1 .8 0 4 .5 2 1

Re c e it a s Ex t r a - O r ç a m e n t á r ia s 1 .9 8 8 .3 8 8 De s p e s a s Ex t r a - O r ç a m e n t á r ia s 1 .4 1 4 .2 9 1Re s to s a Pa g a r 7 3 7 .2 0 6 Re s to s a Pa g a r 5 6 0 .5 7 0No ta s d e Re p a s s e a Pa g a r 2 7 0 .8 8 7 No ta s d e R e p a s s e a Pa g a r 1 2 5 .3 5 4De p ó s ito s Ex ig ív e is a Cu r to Pr a z o 6 5 6 .4 6 0 De p ó s ito s Ex ig ív e is a Cu r to Pr a z o 6 2 1 .8 5 0Tr a n s a ç õ e s In tr a m u n ic ip a is 1 .1 8 0 Tr a n s a ç õ e s In tr a m u n ic ip a is 1 3 6Co n ta s a Re c e b e r 1 7 Co n ta s a R e c e b e r 7 4A tu a liz a ç ã o d o s T ítu lo s Pú b lic o s Fe d e r a is

9 5 .1 4 3B a ix a /D e s v a lo r iz a ç ã o d o s T ítu lo s Pú b lic o s Fe d e r a is 8 .2 9 9

Re v e r s ã o d e Pr o v is õ e s p a r a Pe r d a - T ítu lo s Pú b lic o s Fe d e r a is

2 2 7 .4 9 2Re s u lta d o O p e r a c io n a l - T ítu lo s Pú b lic o s Fe d e r a is 2 2 .6 4 8

O u tr o s C r é d ito s 2Pr o v is ã o p a r a Pe r d a - T ítu lo s Pú b lic o s Fe d e r a is 7 5 .2 6 8O u tr o s Dé b ito s 9 4

S a ld o s d o Ex e r c íc io A n t e r io r 9 8 3 .1 6 8

S a ld o s p a r a o Ex e r c íc io S e g u in t e 1 .3 7 3 .1 9 7

Dis p o n ív e l 1 7 2 .8 5 5 D is p o n ív e l 3 1 2 .0 2 5Re c u r s o s V in c u la d o s 8 1 0 .3 1 3 Re c u r s o s V in c u la d o s 1 .0 6 1 .1 7 2 T O T A L G ERA L 1 1 .0 8 2 .8 7 0 T O T A L G ERA L 1 1 .0 8 2 .8 7 0

Esta análise refere-se apenas ao Balanço Financeiro da Administração Direta, da qual

destacam-se:

•••• Quanto às Receitas Extra-Orçamentárias (R$ 1.988.387 mil), R$ 656.459 mil referem-se

a Depósitos Exigíveis a Curto Prazo e R$ 737.206 mil a Restos a Pagar.

•••• No que se refere às Despesas Extra-Orçamentárias (R$ 1.414.291 mil), R$ 621.849 mil

dizem respeito aos Depósitos Exigíveis a Curto Prazo e R$ 560.569 mil a Restos a Pagar.

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4.1 ATIVO FINANCEIRO .....................................................................................308

4.2 PASSIVO FINANCEIRO ................................................................................308

4.3 ATIVO NÃO FINANCEIRO ............................................................................308

4.4 PASSIVO NÃO FINANCEIRO .......................................................................309

4.5 PATRIMÔNIO LÍQUIDO.................................................................................309

4.6 RESTOS A PAGAR POR PODER E ÓRGÃO ..............................................309

GESTÃO PATRIMONIAL

GESTÃO PATRIMONIAL

GESTÃO PATRIMONIAL

GESTÃO PATRIMONIAL

4444

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 307

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Gestão PatrimonialGestão PatrimonialGestão PatrimonialGestão Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

4 GESTÃO PATRIMONIAL

O Balanço Patrimonial Consolidado abrange, além da Administração Direta, todas as

fundações, autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista,

considerando que as operações entre estas entidades e entre elas e a Administração

Direta são ajustadas nesse demonstrativo.

A Consolidação das Contas Públicas está prevista no parágrafo único do art. 110 da

Lei nº 4.320/64 e no inciso III do art. 50 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.

A Portaria STN nº 109, de 08 de março de 2002, aprovou o “Quadro dos Dados

Contábeis Consolidados Municipais”, atualizados pela Portaria nº 101, de 23/02/2007.

A Controladoria Geral, na demonstração do Balanço Patrimonial Consolidado, seguiu o

modelo da referida Portaria.

O Balanço Patrimonial Consolidado do Município do Rio tem sua situação

demonstrada, em 31/12/2007, da seguinte forma, expresso em milhares de reais:

A TIV Od e z /06R$ m il

de z /07R$ m il

V ar . %06/07

% To tal

FINANCEIRO 3.516.325 3.944.524 12,18% 14,21% Caix a/Bancos 90.111 58.177 (35,44% ) 0,21% A plicaç ões f inanceiras 3.370.784 3.730.472 10,67% 13,44% Créditos em Circ ulação 55.430 155.876 181,21% 0,56%

NÃO FINA NC EIRO 19.056.217 22.453.215 17,83% 80,87%

Realizável a Curto Prazo 535.129 853.998 59,59% 3,08%

V alores Pendentes a CP 1.187 857 (27,82% ) 0,00%

Realizável a Longo Prazo 16.951.690 19.295.374 13,83% 69,50%

Permanente 1.568.211 2.302.987 46,85% 8,29%

C OM PENSA DO 1.041.888 1.367.037 31,21% 4,92%

T otal 23.614.430 27.764.776 17,58% 100,00%

PA SSIV O

d e z /06R$ m il

de z /07R$ m il

V ar . %06/07

% To tal

FINANCEIRO 926.094 1.320.787 42,62% 4,76% Depós itos 177.760 243.989 37,26% 0,88% Res tos a Pagar 748.334 1.076.799 43,89% 3,88%

NÃO FINA NC EIRO 7.917.465 7.909.028 (0,11%) 28,49% Obr igações em Circulaç ão

304.144 252.060 (17,12% ) 0,91%

Ex igível a Longo Praz o 7.608.000 7.650.662 0,56% 27,56% Res ultado de Ex erc íc ios Futuros

5.320 6.306 18,53% 0,02%

PAT RIM ÔNIO 13.728.983 17.167.924 25,05% 61,83%

C OM PENSA DO 1.041.888 1.367.037 31,21% 4,92%

T otal 23.614.430 27.764.776 17,58% 100,00%

Fonte: Contas de Ges tão 2007

Pode ser observado que 69,50% do Ativo Total provêm do grupo ‘’Realizável a Longo

Prazo’’, onde está incluída a Dívida Ativa do Município. Além disso, verifica-se,

também, que 90,32 % do Passivo têm origem nos grupos ‘’Não Financeiro’’ e

‘’Patrimônio’’.

No exercício de 2007, o grupo “Provisões”, que integra o grupo “Obrigações em

Circulação” do “Passivo não Financeiro”, totalizou o valor de R$ 155.378 mil.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 308

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Gestão PatrimonialGestão PatrimonialGestão PatrimonialGestão Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

4.1 ATIVO FINANCEIRO

O Ativo Financeiro do Balanço

Consolidado Geral, em 31/12/2007,

encontra-se representado da seguinte

forma:

4.2 PASSIVO FINANCEIRO

O Passivo Financeiro, em 31/12/2007,

está composto da seguinte forma:

4.3 ATIVO NÃO FINANCEIRO

No grupo "Ativo Não Financeiro" deverá

ser indicada a soma de valores que não

interferem na movimentação

financeira, compreendendo os

realizáveis a curto prazo, pendentes a

curto prazo, os realizáveis a longo

prazo e o permanente.

O valor mais expressivo é o referente

aos "Créditos Realizáveis a Longo

Prazo", que registra a soma da dívida

ativa, empréstimos/financiamentos e

créditos a receber, devidamente

ajustados por conta retificadora

específica, representando 85,86% do

ativo não financeiro. A Dívida Ativa

Consolidada corresponde a 96,91%

desse grupo (R$ 18.683.221 mil).

Pela sua representatividade, a Dívida Ativa será abordada com maior profundidade no

item 9.

No total do Ativo Permanente, estão incluídos os valores dos Investimentos,

Imobilizados e Diferido, bem como as suas respectivas depreciações e amortizações

acumuladas.

ATIV O NÃO FINANCEIRO R$ m il %

REA LIZÁV EL A C URTO PRAZO 853.998 3,80%

Créditos em Liquidaç ão 740.471 3,30%

Bens e V alores em Circ ulação 113.527 0,51%

V A LORES PENDENTES A CURTO PRAZO 857 0,00%

REA LIZÁV EL A LONGO PRA ZO 19.295.374 85,94%

Depós itos Realiz áv eis a Longo Praz o 16.360 0,07%

Créditos Realizáveis a Longo Praz o 19.279.014 85,86%

PERM ANENTE 2.302.987 10,26%

TOTA L 22.453.215 100%

Fonte: Contas de Ges tão 2007

PERM ANENTE R$ m il %

INV EST IM ENTOS 143.266 6,22%

Partic ipaç ão Soc ietár ia 103.925 4,51%

Outros Inv es timentos 16.264 0,71%

Imóv eis p/ Inv es timento 79.629 3,46%

Deprec iaç ão de Bens p/ Inv es timentos ( - ) (2 .611) (0,11% )

Prov is ão para Perdas Prov áv eis ( - ) (53.941) (2,34% )

IM OBIL IZADO 2.158.873 93,74%

Bens Móv eis e Imóv eis 2.660.417 115,52%

Imobiliz aç ões em Curs o 51.731 2,25%

Títulos , V alores e Bens Intangív eis 8.770 0,38%

Deprec iaç ão A c umulada ( - ) (553.940) (24,05% )

A mortiz aç ão e Ex aus tão A c umuladas ( - ) (8 .104) (0,35% )

DIFERIDO 847 0,04%

Des pes as Dif er idas 1.163 0,05%

A mortiz aç ão A c umulada ( - ) (315) (0,01% )

TOTAL 2.302.987 100,00%

Fonte: Pres taç ão de Contas 2007

A T IV O FINANC EIRO R$ m il %

DISPONIV EL 3.788.648 96,05%Caixa 7.953 0,20%Banc os C/ Mov imento 50.224 1,27%A plic aç ões Financeiras 3.730.472 94,57%

C RÉDIT OS EM C IRCUL A ÇÃO 155.876 3,95%T OT AL 3.944.524 100,00%

Fonte: Contas de Ges tão 2007

PASSIV O FINANCEIRO R$ m il %

DEPÓSIT OS 243.989 18,47%

Cons ignaç ões 27.494 2,08% Depós itos de Div ers as Or igens 216.495 16,39%

REST OS A PAGAR 1.076.799 81,53%

Res tos a Pagar Proc es s ados 734.167 55,59%

Res tos a Pagar Não Proc es s ados 342.631 25,94%T OT AL 1.320.787 100%

Fonte: Contas de Ges tão 2007

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 309

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Gestão PatrimonialGestão PatrimonialGestão PatrimonialGestão Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

4.4 PASSIVO NÃO FINANCEIRO

O grupo "Passivo Não Financeiro"

registra a soma das obrigações que

não provocam efeitos financeiros,

representadas pelos valores em

circulação, valores pendentes a

curto prazo, exigível a longo prazo

e resultado de exercícios futuros.

O valor mais expressivo refere-se às “Operações de Créditos Internas”, onde se

encontra registrada a Dívida Renegociada com a União, apresentada a seguir pelo

nome do contrato “BB - M.P. nº 2.118-26”:

OPERA ÇÕES DE CRÉDITO INTERNAS R$ m il %

BB - M.P. nº 2.118-26 6.094.288 96,2%

BB - Lei 7.976/89 54.323 0,9%

STN - Convertida em Contratos 70.944 1,1%

CEF 75.531 1,2%

BNDES - A v . Bras il 35.058 0,6%

BNDES - PMA T-RIO 5.894 0,1%

TOT AL 6.336.037 100,0%

Fonte: Balanc ete de V erif ic aç ão A nalític o - FCONR09304

Pela sua representatividade, a dívida municipal será abordada com maior profundidade

no item 10.

4.5 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

O Patrimônio Líquido do Município está avaliado em R$ 17.167.924 mil. Nas notas

explicativas da Controladoria Geral do Município, sobre o Balanço Patrimonial

Consolidado, consta um ajuste de R$ 52.285 mil, referente aos valores das transações

não correspondidos entre as instituições e eliminações de participações societárias.

4.6 RESTOS A PAGAR POR PODER E ÓRGÃO

O Poder Executivo concentra 98,70% do total dos valores inscritos em Restos a Pagar.

Deste percentual, 64,18% são oriundos da Administração Direta e 34,52% da

Administração Indireta.

Os Restos a Pagar Processados, aqueles cuja fase de liquidação já fora preenchida,

participam com 68,18% do total.

PASSIV O NÃO FINANCEIRO R$ m il %

OBRIGAÇÕES EM CIRCULAÇÃO 252.060 3,19%

EXIGÍV EL A L ONGO PRAZO 7.650.662 96,73%

De p ó s itos Exig íve is a L .P. 346.800 4,38%

Obr igaçõe s Exig íve is a L .P. 7.303.863 92,35%

Operações de Créditos - Internas 6.336.037 80,11%

Operações de Créditos - Ex ternas 509.911 6,45%

Obrigações a Pagar 457.915 5,79%

RESUL TADO DE EXERCÍC IOS FUTUROS 6.306 0,08%

T OT AL 7.909.028 100%

Fonte: Pres taç ão de Contas 2007

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 310

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Gestão PatrimonialGestão PatrimonialGestão PatrimonialGestão Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

R$ mil

Pode r /Órgão RPP (a Pagar ) RPN (a Pagar ) To tal %

EXECUTIV O 733.506 329.330 1.062.836 98,70%ADM .DIRETA 505.094 185.985 691.079 64,18%

SME 179.797 60.499 240.296 22,32%SMS 152.692 83.179 235.871 21,90%SMO 32.469 750 33.219 3,08%EGM 26.762 5.588 32.350 3,00%OUTRA S 113.374 35.969 149.343 13,87%

ADM . INDIRETA 228.412 143.345 371.757 34,52%RIOURBE 36.139 111.660 147.799 13,73%FUNPREV I 90.153 0 90.153 8,37%COMLURB 33.759 12.822 46.581 4,33%PREV IRIO 3.214 12.566 15.780 1,47%CETRIO 12.220 1 12.221 1,13%OUTRA S 52.927 6.296 59.223 5,50%

LEGISLATIV O 661 13.301 13.962 1,30%TOTAL 734.167 342.631 1.076.798 100,00%

% 68,18% 31,82% 100,00%Fonte: Pres tação de Contas 2007

O montante de R$ 1.076.798 mil inscrito em RPP e RPN não coincide com os valores

demonstrados no anexo V do Relatório de Gestão Fiscal previsto na alínea “a” do inciso

III do art. 55 da LRF. Tal diferença se justifica pelo fato de que tal demonstrativo tem

os valores relacionados ao regime previdenciário do Município (FUNPREVI) expressos

separadamente dos demais valores.

Por essa razão, os valores referentes a transações do FUNPREVI com o Tesouro não

foram consolidados.

SA LDOS FINAIS Em R$ Mil

RP ANEXO V BA L. PA TRIM . DIFERENÇ ARPP T otal 832.070 734.167 97.903

Munic ípio s em FUNPREV I 664.377FUNPREV I 167.693

RPN T otal 345.755 342.631 3.124Munic ípio s em FUNPREV I 342.631FUNPREV I 3.124

TOT AL 1.177.826 1.076.798 101.027Fonte: Pres taç ão de Contas 2007

DIFERENÇA S ANEXO V / BAL . PATRIM ONIAL Em R$ Mil

19.3211.042

77.5403.124

TOT AL 101.027Fonte: Pres tação de Contas 2007

RPN FUNPREV I/PREV IRIO

RPP DIRETA /FUNPREV IRPP PREV IRIO/FUNPREV IRPP FUNPREV I/PREV IRIO

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5.1 FATOS RELEVANTES ..................................................................................312

5.1.1 PREVIRIO........................................................................................................... 312

5.1.2 RIOZOO.............................................................................................................. 313

5.1.3 FUNLAR............................................................................................................. 313

5.1.4 FPJ – PARQUES E JARDINS ........................................................................... 313

5.2 DESPESAS SEM PRÉVIO EMPENHO .........................................................314

AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES

AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES

AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES

AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES

5555

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 312

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Autarquias e FundaçõesAutarquias e FundaçõesAutarquias e FundaçõesAutarquias e Fundações

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

5 AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES

No quadro a seguir estão relacionados os principais componentes orçamentários das

autarquias e fundações, como também suas receitas e despesas.

R$ M il

AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES

PR

EV

IRIO

IPP

GE

O R

IO

RIO

ZO

O

FU

NL

AR

PA

RQ

UE

S E

JA

RD

INS

PL

AN

ET

ÁR

IO

TO

TA

L

A - R epasses do Tesouro 561.637 5.007 3.061 7.927 17.283 11.178 4.086 610.179

B - R eceita C orrente 1.187.407 275 112 3.544 1 410 1.071 1.192.820

C - R eceita de C apital 78.922 0 0 0 0 0 0 78.922

D - R eceita Total Arrecadada (A+B+C ) 1.827.966 5.282 3.173 11.471 17.284 11.588 5.157 1.881.921

E - D ependênc ia Financeira (A/D ) 31% 95% 96% 69% 100% 96% 79% 32%

F - D espesa C orrente R ealizada (em penhada) 1.696.796 3.791 831 11.613 17.106 13.174 4.523 1.747.834

G - D espesa de C apital R ealizada (em penhada) 56.584 1.042 3.153 0 25 1.120 28 61.952

H - D espesa Total R ealizada (em penhada) (F+G) 1.753.380 4.833 3.984 11.613 17.131 14.294 4.551 1.809.786

I - R esultado O rçam entário (D - H) 74.586 449 (811) (142) 153 (2.706) 606 72.135

Fonte: P res taç ão de Contas de 2007/FINCON

No quadro a seguir estão relacionados os principais componentes patrimoniais das

autarquias e fundações, como também suas receitas e despesas.

R$ M il

AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES

PR

EV

IRIO

IPP

GE

O R

IO

RIO

ZO

O

FU

NL

AR

PA

RQ

UE

S E

JA

RD

INS

PL

AN

ET

ÁR

IO

TO

TA

L

J - D isponível 500.487 202 355 1.026 91 751 1.181 504.093

K - R ecursos Vinculados 1.874.273 67 33 50 7 292 60 1.874.782

L - R ealizável 111.412 740 1.297 1.258 1.850 3.592 483 120.632

M - Ativo Financ eiro (J+K+L) 2.486.172 1.009 1.685 2.334 1.948 4.635 1.724 2.499.507

N - Ativo Perm anente 1.035.792 524 532 16.923 3.086 630 900 1.058.387

O - Pass ivo F inanceiro 331.697 785 1.337 1.542 1.856 3.970 787 341.974

P - R es tos a Pagar 199.997 736 1.304 1.491 1.852 3.810 719 209.909

Q - Pass ivo Perm anente 823 0 0 4.007 177 1.116 50 6.173

R - Patrim ônio 3.189.444 748 880 13.708 3.001 178 1.787 3.209.746

Fonte: P res taç ão de Contas de 2007/FINCON

5.1 FATOS RELEVANTES

No exercício de 2007, quanto às Autarquias e Fundações, foram observados os

seguintes fatos relevantes:

5.1.1 PREVIRIO

Em 31/08/07 o PREVIRIO publicou edital tornando pública a abertura de inscrições

para a comercialização financiada de imóveis residenciais a seus segurados por

intermédio da concessão de Cartas de Crédito, conforme disposto no Decreto

nº 28.301, de 14 de agosto de 2007. Cabe ressaltar que o saldo da conta do Ativo

Permanente “Carteira de Financiamento Imobiliários”, no encerramento do exercício de

2007, monta em R$ 509.727.760,94.

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Data 15/04/08 Fls 313

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Autarquias e FundaçõesAutarquias e FundaçõesAutarquias e FundaçõesAutarquias e Fundações

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

5.1.2 RIOZOO

No encerramento do exercício 2007 constava contabilizado no Passivo Permanente da

RIOZÔO R$ 3.907.164,04 como Provisões. Desse saldo, conforme quadro abaixo, R$

3.903.644,54 correspondem a valores que estão sendo objeto de cobrança judicial

proposta pela Cia Estadual de Águas e Esgoto - CEDAE contra o Município do Rio de

Janeiro, em virtude do não-pagamento pela prestação dos serviços de abastecimento

de água e esgotamento sanitário. Nas inspeções realizadas pela CAD nos anos de

2006 e 2007 foi apurado que essas dívidas não foram pagas em virtude da falta de

disponibilidade de caixa na fonte de recursos próprios (bilheteria), e da ausência de

previsão orçamentária na fonte do tesouro.

R$ M il

EX ERCÍCIO VALOR

2.004 411

2.005 598

2.006 1.487

2.007 1.407

TOTA L 3.903

5.1.3 FUNLAR

Em Nota Explicativa às Demonstrações Contábeis da FUNLAR, relativas ao exercício

findo em 31/12/2007, consta que, conforme sua Assessoria Jurídica, nos processos de

passe-livre em que a Fundação é a parte ré, existe a possibilidade de condenações

num montante de até R$ 1.500 mil. Cabe ressaltar que este valor não se encontra

contabilizado.

Em inspeção realizada na FUNLAR, em 2007, verificou-se que foram baixados, por

motivo de prescrição, valores registrados na conta contábil “valores a receber”,

referentes a duas notas de débito provenientes de aplicação de multas por

descumprimento contratual, no montante de R$ 74.067,56. Conforme pode ser

apurado no processo 08/500.145/2007, a prescrição ocorreu pois as notas de débito,

cadastradas no exercício de 2001, não receberam o n.º de certidão da Dívida Ativa,

logo não foram cobradas pela Procuradoria Geral do Município.

5.1.4 FPJ – PARQUES E JARDINS

O saldo de R$ 660.307,35 registrado no Passivo Permanente como “Provisões” refere-

se a serviços de obras e conservação efetuados no exercício de 2002 e abandonados

pelas empresas antes do término dos contratos. Esses serviços, conforme Nota

Explicativa às Demonstrações Contábeis, não possuem fatura, apenas declarações dos

fiscais referentes à execução das etapas, tendo sido lançados em RPN em 2002 e

cancelados em 2003.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 314

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Autarquias e FundaçõesAutarquias e FundaçõesAutarquias e FundaçõesAutarquias e Fundações

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Estão registrados no Compensado, de acordo com a Assessoria Jurídica da Fundação,

as Contingências que em 31/12/07 somam o total de R$ 6.472.550,69, sendo R$

315.582,09 Contingências Trabalhistas e R$ 6.156.968,60 Contingências Cíveis.

5.2 DESPESAS SEM PRÉVIO EMPENHO

Dos termos de ajuste de contas enviados à CAD pelas Inspetorias do TCMRJ, destaca-

se a seguir o único referente à despesa sem prévio empenho relativo às Autarquias ou

às Fundações:

RIOZOO

A Fundação RIOZOO celebrou, em 16/06/2007, com a Federação Nacional de

Educação e Integração dos Surdos – FENEIS o contrato nº 24/2007, com o prazo de 12

meses a contar da sua assinatura no valor total de R$ 150.495,36, cujo objeto é a

prestação de serviços de manutenção predial preventiva e corretiva das áreas internas

e externas do Jardim Zoológico. Em pesquisa realizada no sistema FINCON ficou

evidenciado que somente em 27/09/2007 é que foi emitida a nota de empenho nº

262/2007. Assim sendo, à vista de que a execução do contrato teve seu termo inicial

em 16/06/2007, pode-se inferir que a despesa, nos 3 (três) primeiros meses de

contrato, foi realizada sem prévio empenho.

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6.1 FUNDEB.........................................................................................................319

6.1.1 RECEITAS.......................................................................................................... 320

6.1.2 REPASSES RECEBIDOS .................................................................................. 320

6.1.3 GANHO DE RECURSOS ................................................................................... 321

6.1.4 SALDO FINANCEIRO........................................................................................ 322

6.1.5 DESPESAS ........................................................................................................ 323

6.1.6 INSPEÇÕES....................................................................................................... 325

6.2 FMS ................................................................................................................329

6.2.1 RECEITAS.......................................................................................................... 329

6.2.2 DESPESAS ........................................................................................................ 330

6.2.3 INSPEÇÕES....................................................................................................... 330

6.3 FUNPREVI......................................................................................................333

6.3.1 RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS................................................ 333

6.3.2 DEMONSTRATIVO DA PROJEÇÃO ATUARIAL.............................................. 335

6.4 FMH ................................................................................................................336

6.5 FMDU .............................................................................................................336

FUNDOS ESPECIAIS

FUNDOS ESPECIAIS

FUNDOS ESPECIAIS

FUNDOS ESPECIAIS

6666

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 316

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

6 FUNDOS ESPECIAIS

Constitui Fundo Especial o produto de receitas especificadas que por lei se vinculam à

realização de determinados objetivos ou serviços. Os fundos apresentam natureza

contábil e não possuem personalidade jurídica própria, sendo instituídos após prévia

autorização legislativa.

Atualmente, o Município do Rio de Janeiro possui 13 fundos ativos e o FMHIS (Fundo

Municipal de Habitação de Interesse Social), instituído pela Lei nº4.463/2007, porém

ainda sem execução orçamentária. Ressalte-se que, por volume de recursos, os fundos

mais importantes são o FUNPREVI, FMS e FUNDEB que juntos são responsáveis por 90%

dos recursos executados.

De forma consolidada, os Fundos Especiais arrecadaram receitas orçamentárias que

totalizaram R$ 4.541.163 mil e realizaram despesas orçamentárias no montante de

R$ 4.569.421 mil, gerando um resultado orçamentário deficitário de R$ 28.259 mil.

R$ milhares

Re ce itas Or çam e n tár ias

Ar re cad ad as

De s p e s as Or çam e n tár ias

Re aliz ad as

Re s u ltad o s Or çam e ntár ios

FUNPREV I 1.463.980 1.529.402 (65.422)

FMS 1.752.835 1.723.257 29.578

FUNDEB 832.458 843.267 (10.809)

FMEO 298.617 281.067 17.550

FA SS 70.364 69.857 508

FMA S 44.902 47.976 (3.074)

FCA 54.896 56.696 (1.801)

FOE/PGM 18.336 14.246 4.089

FMDCA 1.617 2.155 (538)

FMH 3.058 1.499 1.559

FUNDET 47 - 47

FMDU 46 - 46

FMA D 9 - 9

TOT AL 4.541.163 4.569.421 (28.259)

Fonte: Contas de Ges tão 2007

Com relação à gestão orçamentária, destacam-se os seguintes pontos:

•••• 40% dos Fundos Especiais apresentaram déficit orçamentário, destacando-se o FUNPREVI

e o FUNDEB que apresentaram déficits de R$65.422 mil e R$10.809 mil respectivamente.

•••• O Déficit verificado no FUNPREVI deve-se ao pagamento de obrigações devidas pelo

Tesouro e assumidas pelo Fundo no valor do encontro de contas realizado em

31/12/2006.

•••• Os Déficits verificados no FUNDEB, FMAS, FCA e FMDCA devem-se à incorporação de

superávit financeiro de exercício anterior.

•••• 60% dos fundos especiais apresentaram superávit orçamentário, destacando-se o FMS e

o FMEO que apresentaram superávits de R$29.578 mil e R$17.550 mil respectivamente.

No quadro seguinte, evidencia-se o montante das despesas orçamentárias que foram

realizadas, comparativamente à dotação final autorizada em valores e em percentuais:

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 317

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

R$ milhares

Dot. A tualiz . (A )

De s p. Re aliz . (B)

% (B/A)

FUNPREV I 1.721.469 1.529.402 88,8%

FMS 1.849.436 1.723.257 93,2%

FUNDEB 860.404 843.267 98,0%

FMEO 291.891 281.067 96,3%

FA SS 72.590 69.857 96,2%

FMA S 49.198 47.976 97,5%

FCA 79.931 56.696 70,9%

FOE/PGM 22.054 14.246 64,6%

FMDCA 3.767 2.155 57,2%

FMH 2.643 1.499 56,7%

FUNDET 10 - 0,0%

FMDU 50 - 0,0%

FMA D 15 - 0,0%

T OTAL 4.953.459 4.569.421 92,2%Fonte: Contas de Ges tão 2007

Com relação à comparação visualizada no quadro anterior, destacam-se os seguintes

pontos:

•••• De forma consolidada, 92,25% das dotações autorizadas foram realizadas. Os Fundos

que apresentaram os maiores percentuais de realização foram o FUNDEB (98,01%) e

FMAS (97,52%).

•••• De forma consolidada, R$ 384.038 mil deixaram de ser aplicados pelos fundos em

2007, destacando-se o FMS que não aplicou recursos autorizados no montante de

R$126.179 mil.

•••• 40% dos fundos apresentaram execução orçamentária inferior a 60% das dotações

autorizadas, destacando-se o FUNDET, FMDU e FMAD que não tiveram execução.

De acordo com as informações orçamentárias de 2007, os recursos utilizados pelos

fundos foram direcionados para o custeio das seguintes despesas:

R$ milhares

Pe s s oal e Encar gos Sociais

%Outr as

De s pe s as Cor r e n te s

%De s pe s as de

Cap ital% Total

FUNPREV I 1.448.737 95% 80.664 5% - 0% 1.529.402

FMS 829.446 48% 856.983 50% 36.827 2% 1.723.257

FUNDEB 702.218 83% 135.623 16% 5.427 1% 843.267

FMEO - 0% - 0% 281.067 100% 281.067

FA SS - 0% 69.857 100% - 0% 69.857

FMA S - 0% 47.873 100% 103 0% 47.976

FCA - 0% 14.960 26% 41.736 74% 56.696

FOE/PGM - 0% 11.255 79% 2.991 21% 14.246

FMDCA - 0% 2.155 100% - 0% 2.155

FMH - 0% - 0% 1.499 100% 1.499

FUNDET - 0% - 0% - 0% -

FMDU - 0% - 0% - 0% -

FMA D - 0% - 0% - 0% -

TOTAL 2.980.402 65% 1.219.369 27% 369.650 8% 4.569.421

Fonte: Contas de Ges tão 2007

O quadro anterior evidencia os seguintes pontos:

•••• 65% dos recursos foram aplicados no custeio de despesa de pessoal e encargos sociais,

destacando-se o FUNDEB (83%) e o FUNPREVI (95%).

•••• Apenas 8% dos recursos foram direcionados para Despesa de Capital, destacando-se o

FMEO e o FMH que aplicaram 100% neste tipo de despesa.

•••• Destaca-se o baixo percentual de recursos direcionados pelo FMS (2%) e FUNDEB (1%)

para Investimentos.

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Data 15/04/08 Fls 318

Rubrica

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

A seguir, é demonstrada a variação ocorrida nas disponibilidades financeiras dos

Fundos Especiais:

R$ milhares

Dis pon íve l e m 31/12/2006

Dis pon íve l e m 31/12/2007

Evo lução %

FUNPREV I 2.065.093 1.868.957 -9,5%

FMS 87.952 192.752 119,2%

FUNDEB 89.334 150.081 68,0%

FMEO 7.504 1.197 -84,1%

FA SS 4.351 5.315 22,2%

FMA S 9.999 10.867 8,7%

FCA 98.093 104.624 6,7%

FOE/PGM 50.738 56.131 10,6%

FMDCA 4.537 3.825 -15,7%

FMH 3.696 5.312 43,7%

FUNDET 99 146 47,3%

FMDU 404 450 11,4%

FMA D 18 26 42,5%

TOTAL 2.421.818 2.399.683 -0,91%

Fonte: Contas de Ges tão 2007

A análise das variações ocorridas nas disponibilidades evidencia:

•••• De forma consolidada, as disponibilidades dos fundos foram reduzidas em 1% em

relação ao exercício anterior.

•••• 78% das disponibilidades estão concentradas no FUNPREVI, 8% no FMS, 6% no FUNDEB ,

4% no FCA e 4% nos demais fundos.

•••• 77% dos fundos apresentaram aumento da disponibilidade em relação ao ano anterior,

destacando-se o FMS que teve um aumento de 119% no seu disponível.

•••• 23% dos fundos apresentaram redução da disponibilidade, com destaque para o

FUNPREVI que reduziu o seu disponível em R$196.136 mil.

A comparação dos valores do Ativo e Passivo Financeiro dos fundos revela os

seguintes dados:

R$ milhares

A tivo Finance ir o (A)

Pas s ivo Finance ir o (B)

Dife re nça (A-B)

FUNPREV I 1.972.784 236.416 1.736.368

FMS 388.733 246.845 141.888

FUNDEB 150.081 138.285 11.796

FMEO 7.504 1.197 6.307

FA SS 9.222 6.178 3.044

FMA S 12.649 7.677 4.972

FCA 105.222 27.119 78.104

FOE/PGM 58.543 3.818 54.725

FMDCA 3.825 279 3.546

FMH 6.769 3.033 3.736

FUNDET 146 83 62

FMDU 450 - 450

FMA D 26 - 26

TOTAL 2.715.953 670.929 2.045.023

Fonte: Contas de Ges tão 2007

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

A análise dos dados anteriores revela os seguintes pontos:

•••• De forma globalizada, a comparação do ativo financeiro com o passivo financeiro revela

um superávit financeiro de R$ 2.045.023 mil.

•••• 85% do superávit financeiro está concentrado no FUNPREVI.

•••• Além do FUNPREVI, destaca-se o elevado superávit financeiro apresentado pelo FMS (R$

141.888 mil) e FCA (R$ 78.104 mil).

•••• A maior parcela do passivo financeiro (93%) está concentrada no FUNPREVI (35%), FMS

(37%) e FUNDEB (21%).

A comparação das disponibilidades com o passivo financeiro (dívidas de curto prazo)

revelam os seguintes dados:

R$ milhares

Dis po nib ilidade s A

Pas s ivo Fin ance ir o B

En te s o ur am e nto (A-B)

En te s o ur am e nto %

FUNPREV I 1.868.957 236.416 1.632.541 87%

FMS 192.752 246.845 (54.093) -28%

FUNDEB 150.081 138.285 11.796 8%

FMEO 1.197 9.007 (7.810) -653%

FA SS 5.315 6.178 (862) -16%

FMA S 10.867 7.677 3.191 29%

FCA 104.624 27.119 77.506 74%

FOE/PGM 56.131 3.818 52.314 93%

FMDCA 3.825 279 3.546 93%

FMH 5.312 3.033 2.279 43%

FUNDET 146 83 62 43%

FMDU 450 - 450 100%

FMA D 26 - 26 100%

T OT AL 2.399.683 678.740 1.720.943 72%

Fonte: Contas de Ges tão 2007

A análise dos dados anteriores revela os seguintes pontos:

•••• Os FMS, FMEO e FASS não possuem disponibilidades suficientes para cobrir o seu

passivo financeiro existente em 31/12/2007.

•••• 77% dos fundos apresentam disponibilidades superiores as suas dívidas de curto prazo,

destacando-se o FUNPREVI com 87% de entesouramento.

•••• Vários fundos apresentam elevado montante de recursos entesourados, destacando-se o

FCA (R$77.506 mil) e FOE (R$52.314 mil).

•••• Em termos percentuais, os maiores entesouramentos estão no FMDU (100%), FMAD

(100%) e FMDCA (93%).

6.1 FUNDEB

O FUNDEB é um Fundo de natureza contábil, instituído pela Emenda Constitucional

n.º 53, de 19 de dezembro de 2006. Sua aplicabilidade foi, primeiramente,

regulamentada pela Medida Provisória nº 339, de 28 de dezembro do mesmo ano,

posteriormente convertida na Lei nº 11.494, de 20/06/2007.

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

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Sua implantação foi iniciada em 1º de janeiro de 2007, e ocorrerá de forma gradual

até 2009, quando o Fundo contemplará todo o universo de alunos da educação básica

pública presencial e os percentuais de receitas que o compõem terão alcançado o

patamar de 20% de contribuição. O FUNDEB substitui o extinto FUNDEF que vigorou até

o exercício de 2006.

6.1.1 RECEITAS

O Fundo é composto, na quase totalidade, por recursos dos próprios Estados, Distrito

Federal e Municípios, sendo constituído através das seguintes fontes de recursos:

Além desses recursos, ainda compõe o FUNDEB, a título de complementação, uma

parcela de recursos federais, sempre que, no âmbito de cada Estado, seu valor por

aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente.

Com relação à contribuição municipal para o FUNDEB, a principal diferença em relação

ao FUNDEF é:

•••• o aumento do percentual de retenção que passará de 15% para 20%, a partir de 2009,

sobre as fontes que antes formavam o FUNDEF, ou seja, sobre as Transferências da

quota-parte do ICMS, do FPM, do IPI Exportação e das oriundas da desoneração do ICMS;

•••• a retenção de 20% a partir de 2009 sobre fontes que antes não contribuíam para o

FUNDEF, no caso o IPVA e o IPTR.

6.1.2 REPASSES RECEBIDOS

Os repasses recebidos em 2007 totalizaram o montante de R$ 820.915 mil e foram

decorrentes das seguintes fontes:

JA N/DEZ-2007 R $ m i lh a r e s

TRANFERÊNCIA S PREV ISÃ O ARRECA DA ÇÃ O %

ICMS 633.780 716.711 113,09%

FPM 46.105 53.209 115,41%

FPE 23.040 26.626 115,56%

LC 87/96 ( 1 )

5.314 5.190 97,66%

IPI EX 13.712 19.139 139,58%

ITR - 40 0,00%

To tal 721.952 820.915 113,71%( 1 ) - LC 87/96 - Parcela Lei Complementar nº 87/96 - Lei Kandir

Fonte:FINCON

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

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6.1.3 GANHO DE RECURSOS

O Ganho de Recursos acumulado até dezembro de 2007 totalizou R$ 576.107 mil.

Este ganho é decorrente da diferença entre o valor retido e o repassado, conforme

sintetizamos a seguir:

Cálcu lo V alor (R$ m ilh ar e s )

V alor Repas sado 820.915

(- ) V alor Retido 244.808

(=) Ganho 576.107

Este considerável ganho de recursos com o FUNDEB deve-se à elevada participação do

Município do Rio de Janeiro no quantitativo geral de alunos matriculados na educação

básica. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira8888, existiam, em 2006, 752.281 alunos matriculados nas

diversas unidades educacionais do Município do Rio de Janeiro, conforme censo

realizado.

Núm ero de M atr ículas na Rede de Ens ino Pública

M unicipal em 2006

Níve l Subdivis ão M atr ículas

Ed Infantil Creche 25.840

Pré-Escola 94.942

Especial 328

Ed Fundamental 1ª a 8ª a série 589.813

EducaçãoEspecial 7.813

EJA 33.545

Total 752.281 Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira

Comparando o quantitativo total de matrículas existente no censo de 2007 com o de

2006, observa-se uma expressiva redução de 19.957 matrículas, evidenciado no

quadro a seguir:

Ce ns o

A no Cr e ch e Pr é -e s co la 1ª a 8ªEdu cação Es p e cial

EJA to tal

2002 19.686 84.262 595.145 4.489 23.062 726.644

2003 19.775 93.411 590.578 5.159 26.349 735.272

2004 23.006 95.611 595.907 5.669 32.869 753.062

2005 25.894 99.894 592.267 6.132 36.260 760.447

2006 25.840 94.942 591.741 6.213 33.545 752.281

2007 28.699 90.882 576.380 9.470 26.893 732.324

Fonte: INEP

Nú m e r o d e M atr icu las

8 O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da

Educação (MEC), cuja missão é promover estudos, pesquisas e avaliações sobre o Sistema Educacional Brasileiro com o objetivo de

subsidiar a formulação e implementação de políticas públicas para a área educacional a partir de parâmetros de qualidade e eqüidade,

bem como produzir informações claras e confiáveis aos gestores, pesquisadores, educadores e público em geral.

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Data 15/04/08 Fls 322

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

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A comparação do Ganho do FUNDEB em 2007 com o registrado no exercício anterior

evidencia um significativo aumento de 9,18%.

R $ m i l

A no Ganho

2007 576.108

2006 528.916

Evoluç ão 47.192

6.1.4 SALDO FINANCEIRO

O saldo financeiro de 2007 totalizou R$150.081 milhões superando em R$60.748

milhões a disponibilidade financeira de 2006.

R $ m i lh a r e s

A n o Dis p o n ib ilid ad e s

2007 150 .081

( - ) 2006 89 .333

A c rés c imo Financ e iro 60 .748

Ressalta-se que a referida disponibilidade financeira caracteriza entesouramento de

recursos visto que seu valor supera a dívida flutuante do Fundo em R$11.796 milhões,

conforme quadro ao lado.

R $ m i l

Dis ponibilidade Financ eira 150.081

(-) Dív ida Flutuante 138.285

= Entes ouramento 11.796

Ente s our am e n to de Re curs os

Como determinado no § 2º do art. 21 Lei 11.494/20079999, o máximo de recursos do

FUNDEB que pode ser entesourado é 5%. No exercício de 2007, a comparação do valor

entesourado com os repasses recebidos no exercício revela o seguinte percentual:

R $ m i l

A - Rec eita A rrec adada 832.458

B - Entesouramento 11.796

Perc entual (B/A ) 1,42%

Pe r ce ntual n ão Utilizado

9 Art. 21. Os recursos dos Fundos, inclusive aqueles oriundos de complementação da União, serão utilizados pelos Estados, pelo

Distrito Federal e pelos Municípios, no exercício financeiro em que lhes forem creditados, em ações consideradas como de

manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação básica pública, conforme disposto no art. 70 da Lei nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996.

(...)

§ 2o Até 5% (cinco por cento) dos recursos recebidos à conta dos Fundos, inclusive relativos à complementação da União recebidos

nos termos do § 1o do art. 6o desta Lei, poderão ser utilizados no 1o (primeiro) trimestre do exercício imediatamente subseqüente,

mediante abertura de crédito adicional.

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Além disso, o referido dispositivo determina que, caso exista esse entesouramento,

esses recursos devem ser utilizados no 1º trimestre do exercício imediatamente

subseqüente, mediante abertura de crédito adicional que, nessa hipótese se refere à

superávit financeiro apurado em Balanço Patrimonial do exercício anterior.

Entretanto, após consulta ao FINCON verificou-se que não houve no 1º trimestre de

2008 abertura de créditos adicionais fundamentados em superávit financeiro,

contrariando o disposto no referido texto legal.

6.1.5 DESPESAS

A Lei nº 11.494/07 define que os recursos do FUNDEB destinam-se ao financiamento

de ações de manutenção e desenvolvimento da educação básica pública,

independentemente da modalidade em que o ensino é oferecido (regular, especial ou

de jovens e adultos), da sua duração (Ensino Fundamental de oito ou de nove anos), da

idade dos alunos (crianças, jovens ou adultos), do turno de atendimento (matutino

e/ou vespertino ou noturno) e da localização da escola (zona urbana, zona rural, área

indígena ou quilombola), observando-se os respectivos âmbitos de atuação prioritária

dos Estados e Municípios, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da

Constituição.

Ressalte-se que os Municípios devem utilizar recursos do FUNDEB na educação infantil

e no ensino fundamental e os Estados no ensino fundamental e médio, sendo:

•••• O mínimo de 60% na remuneração dos profissionais do magistério da educação básica

pública;

•••• O restante dos recursos em outras despesas de manutenção e desenvolvimento da

Educação Básica pública.

A principal diferença do FUNDEB em relação ao FUNDEF é que, além do ensino

fundamental, os seus recursos também podem ser aplicados no ensino médio e

educação infantil.

6.1.5.1 DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS

A distribuição dos recursos é efetivada com base no número de alunos da educação

básica pública, de acordo com dados do último Censo Escolar. Ou seja, os Municípios

receberão os recursos do FUNDEB com base no número de alunos da educação infantil

e do ensino fundamental e os Estados com base no número de alunos do ensino

fundamental e médio, observada a seguinte escala de inclusão:

•••• Alunos do ensino fundamental regular e especial considerados: 100% a partir de 2007.

•••• Alunos da Educação Infantil, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos considerados:

33,33% em 2007; 66,67% em 2008 e 100% a partir de 2009.

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

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6.1.5.2 ANÁLISE DE GASTOS POR PROGRAMA DE TRABALHO

Os Programas de Trabalho custeados com recursos do FUNDEB apresentaram a

seguinte execução orçamentária em 2007.

R$ milhares

Program a Final (A) Empenhada (B) Liquidada PagaPercentual

(B/A)

ACAO PREVENTIVA ORIENTADA PARA SEGURANCA 2.688 2.614 2.614 1.830 97,22%APOIO ADMINISTRATIVO 8.400 8.400 8.209 7.432 100,00%ATENDIMENTO ESCOLAR ESPECIALIZADO 219 174 162 125 79,44%

ATIVIDADES CULTURAIS A CARGO DA SME 739 727 691 643 98,42%CAPACITACAO PEDAGOGICA 305 264 263 165 86,82%DESCENTRALIZACAO E GESTAO PARTICIPATIVA 27.943 27.560 27.560 27.551 98,63%

EXECUCAO DAS ACOES EDUCACIONAIS 16.191 11.012 9.382 3.315 68,01%MANUTENCAO DO CENTRO DE REFERENCIA DA EDUCACAO 32 30 28 21 94,38%

MANUTENCAO E DESENVOLVIMENTO DA INFORMATICA 765 361 347 338 47,18%

MANUTENCAO E REVITALIZACAO DA EDUCACAO INFANTIL 337 247 233 0 73,29%

MANUTENCAO E REVITALIZACAO DAS UNIDADES 55.064 53.528 49.865 44.828 97,21%

PESSOAL DAS UUEE - EDUCACAO DE JOVENS E ADULTOS 6.850 6.234 6.234 3.845 91,01%

PESSOAL DAS UUEE - EDUCACAO ESPECIAL 17.642 17.175 17.175 15.136 97,35%

PESSOAL DAS UUEE - EDUCACAO INFANTIL 22.850 20.875 20.875 13.021 91,35%

PESSOAL DAS UUEE - ENSINO FUNDAMENTAL 661.332 657.658 657.658 594.883 99,44%PROGRAMA DE ATENDIMENTO A JOVENS E ADULTOS 200 143 143 0 71,50%

PROVISAO DE GASTOS COM PESSOAL 2.500 276 276 276 11,04%

REVITALIZACAO DA EDUCACAO INFANTIL 35.412 35.104 28.187 6.895 99,13%

REVITALIZACAO DO ENSINO FUNDAMENTAL 936 885 733 86 94,56%

Total Global 860.404 843.267 830.636 720.391 98,01%

Fonte: FINCON

Quanto à análise da execução financeira dos Programas de Trabalho do FUNDEB

discriminada no quadro anterior, destacam-se os seguintes pontos:

•••• A execução financeira média dos Programas de Trabalho do FUNDEB atingiu o

percentual de 98,01%.

•••• O Programa de Trabalho referente à Provisão de Gastos com Pessoal (11,04%)

apresentou baixa execução financeira.

•••• Apenas 47,18% dos recursos destinados a Manutenção e Desenvolvimento da

Informática foram executados.

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Data 15/04/08 Fls 325

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

6.1.6 INSPEÇÕES

A CAD – Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento detectou os seguintes pontos

relevantes nas inspeções objetivando verificar a gestão dos recursos do FUNDEB no

exercício de 2007:

6.1.6.1 CARÊNCIA DE PROFESSORES

Atualmente a Secretaria Municipal de Educação apresenta uma elevada carência de

profissionais na área de ensino. Segundo os dados que evidenciam a realidade em

11/03/2008, o Município do Rio de Janeiro apresenta um déficit de 13.073

professores conforme quadro a seguir:

Para suprir a carência de professores, a

SME vem utilizando várias estratégias

como: concessão de duplas regências,

realização de concursos públicos e

convocação de professores lotados em

outras funções não regentes de turma

como o diretor, diretor adjunto,

coordenador pedagógico, professores

lotadas nas Coordenadorias, professor de

sala de leitura, etc.

No entanto, a maior parte da carência vem

sendo suprida pela dupla regência,

atualmente há 11.824 professores

exercendo dupla jornada de trabalho nas

escolas do Município do Rio de Janeiro.

P r o f e s s o r D u p la s

R e g ê n c ia s

L . P o r tu g u e s a 9 7 9

M a te m á t ic a 9 3 0

C iê n c ia s 7 1 7

G e o g r a f ia 6 1 3

H is to r ia 6 2 4

E d u c a ç ã o F ís ic a 1 .2 0 5

In g lê s 2 4 4

A r te s P lá s t ic a s 2 1 1

A r te s C ê n ic a s 7 7

E d u c a ç ã o p / L a r 1 3

A r te s In d u s t r ia is 1 0

T é c . A g r ic o la s 1 9

T é c . C o m e r c ia is 1 6

E s p a n h o l 1 1 6

F r a n c e s 4 5

E d u c a ç ã o M u s ic a l 9 3

C e n t r o d e E s tu d o -

P r o f e s s o r II 5 .9 1 2

T o ta l 1 1 .8 2 4

F o n te : R e la tó r io d e In s p e ç ã o - F U N D EB 2 0 0 7

P r o fe s s o r C ar ê n c ia

T o ta lL . Po r tugues a 1 .048

Ma te má tic a 1 .018

Ciênc ias 812

G eo g ra f ia 675

His to r ia 727

Educ aç ão Fís ic a 1 .344

Ing lês 342A r tes Plás tic as 257A r tes Cên ic a s 102Educ aç ão p / La r 13

A r tes Indus tr ia is 10

Téc . A g r ic o las 19

Téc . Comerc ia is 16

Es panho l 116

Franc es 45Educ aç ão Mus ic a l 128Cen tro de Es tudo 107

Pro f es s o r II 6 .294

To ta l 13 .073

Fon te : Re la tó r io de Ins peç ão - FUNDEB 2007

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

6.1.6.2 TERMO DE CESSÃO DE USO 147/2004

O Estado vem utilizando várias escolas municipais no período noturno, desde a fusão

do antigo Estado da Guanabara com o Estado do Rio de Janeiro ocorrida em 1975, para

realizar os segmentos educacionais de sua competência prioritária que são o ensino

médio e os cursos supletivos.

Inicialmente, foi detectado, em 2001, o fato de que não havia um instrumento

contratual regularizando a cessão, tampouco a contrapartida pelas despesas

realizadas pelo Município com o ensino estadual, não havendo sequer uma proposta

da SME para regularização das cessões das escolas municipais.

Atendendo a constantes questionamentos do TCMRJ, a SME elaborou uma proposta de

cessão de uso e enviou ao Estado para análise. Após um longo período de negociação,

enfim, foi assinado, em 04 de maio de 2004, o Termo de Cessão de Uso nº 147/2004

regularizando a utilização das escolas municipais pelo Estado.

O referido termos está orçado em R$ 40 milhões e tem como objeto a cessão de 294

escolas municipais ao Estado, no período de 19h às 23h, no prazo de 5 (cinco) anos

para funcionamento das unidades de ensino estadual.

A contrapartida do Estado pela cessão se limita aos seguintes encargos:

•••• Pagamento, por ressarcimento, de 33% das despesas realizadas pelo Município com

conservação, preservação e segurança dos prédios municipais e suas instalações,

equipamentos e mobiliário;

•••• Pagamento direto e integral das despesas de água e esgoto de imóveis cedidos;

•••• Limpeza e conservação diária, às suas expensas, das partes cedidas dos imóveis e de

suas instalações, equipamento e mobiliário, direta ou indiretamente utilizados.

A SME informou que o Estado vem descumprindo as duas primeiras obrigações.

Ressalte-se que o montante não pago totalizou R$ 44.199.245,36.

Apesar do valor envolvido, as medidas tomadas pela SME, visando o recebimento do

ressarcimento previsto no Termo de Cessão de Uso 147/2004, limitam-se a envio de

Ofícios a Secretaria Estadual de Educação encaminhando as notas de débitos.

A SME informou que, a Secretaria Estadual de Educação, foi cientificada da dívida,

através do Oficio SME nº 1887, em 28 de setembro de 2007.

Com relação ao ressarcimento das despesas anteriores à entrada em vigor do Termo

de Cessão (maio/2004), não foram informadas nem identificadas medidas visando à

compensação dos gastos municipais com o ensino Estadual que provêm desde a fusão

dos Entes ocorrida em 1975.

Ressalte-se que, se fosse considerado o custo anual estimado no Termo de Cessão

(R$ 11.530.237,92), o valor a ser ressarcido pelo Estado montaria a importância de

R$ 334.376.899,68, sem considerar o valor mensal relativo às contas de água e

serviço de esgoto referentes às escolas cedidas.

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Rubrica

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

6.1.6.3 EXISTÊNCIA DE DÉBITOS COM A CEDAE

Nas escolas cedidas ao Estado, o Município não vem pagando as contas da CEDAE,

mesmo inexistindo documento oficial dispensando a SME da referida obrigação até

maio de 2004.

Com o advento do Termo de Cessão de Uso nº 147/2004, as contas de água e esgoto

das escolas cedidas, emitidas a partir de maio de 2004, passaram a ser de

responsabilidade do Estado.

Conforme informado pela SME, a situação atual dos débitos com a CEDAE permanece

não regularizada:

•••• Débitos anteriores ao Termo de Cessão de Uso nº 147/2004 (valor: R$ 41.226.655,35) –

Não regularizados. Ressalte-se que não foram identificadas medidas tomadas pela SME

visando à regularização dos débitos.

•••• Débitos posteriores ao Termo de Cessão de Uso nº 147/2004 (valor: R$ 7.779.509,62) –

Não regularizados. Apesar de o Termo de Cessão prever que os débitos são de

obrigação do Estado, o mesmo não vem quitando as dívidas. Ressalte-se que as contas

continuam sendo emitidas e enviadas a SME pela CEDAE.

6.1.6.4 NÃO INSTITUIÇÃO DE UM PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO PARA O PESSOAL DO MAGISTÉRIO

Quanto a este ponto, a SME informou que o Projeto de Lei nº 1.014/2007, alterando o

Plano de Cargos, foi encaminhado à CMRJ pelo Chefe do Poder Executivo através da

mensagem nº 88, de 08 de janeiro de 2007. A SME acrescenta que o referido Plano

contemplou, além de questões relativas ao vencimento, vantagens hoje inexistentes e

manutenção de outras que beneficiam o profissional do magistério como incorporação

da gratificação por tempo de serviço.

Foram acrescentadas emendas ao projeto pela CMRJ, tendo o Chefe do Executivo

aposto veto total, publicado no D.O.RIO de 03/01/2008, sendo posteriormente

mantido por decisão da Câmara em 11/03/08.

6.1.6.5 VALORES NÃO REPASSADOS PELO ESTADO

Com a substituição do FUNDEF pelo FUNDEB, houve uma mudança na sistemática de

transferências dos repasses que são efetivados pela União e pelo Estado. No exercício

de 2007, foi verificada uma transferência a menor para o FUNDEB no montante de

R$8,9 milhões em decorrência de valores não repassados pelo Estado.

ICM S 1º Bim e s tr e

IPV A + IT CD 1º tr im e s tr e

T o tal

T r an s fe r ê n cia Ad icio n al ao FUNDEB (1 ) 11.105.969 13.591.591 24.697.560

Re te n ção A d icio n al (2 ) 3.311.721 14.101.713 17.413.434

Gan h o Ad icio n al FUNDEB (3 ) 7.284.126

(2) R etenç ão que o M unic ípio do R io de J ane iro não s o f reu em abril. A plic aç ão da retenç ão adic io nal de 1,66% ao IC M S e6,66% ao IP VA

(3) O M unic ípio tem direito a parc ela do IT D m as não s o f re retenç ão po is o E s tado é arrec adado r exlus iv o

Co m p le m e n tação - T r an s fe r ê n cia e Re te n ção

(1) R ec urs o s " c arim bado " para o F UN D EB que o M unic ípio não rec ebeu até o m o m ento . R efere-s e ao prim eirobiem es t re, c o n fo rm núm ero de m at ríc ulas .

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Rubrica

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Conforme detectado em inspeção realizada em setembro de 2007, considerando

exclusivamente o FUNDEB, este foi impactado por uma arrecadação a menor de

R$ 24,7 milhões. No entanto, verificou-se que, em 13/11/2007, foi efetivada uma

transferência adicional de R$ 15,8 milhões pelo Estado. Sendo assim, o valor não

repassado atualizado corresponde a R$ 8,9 milhões aproximadamente.

6.1.6.6 DESPESAS INDEVIDAS

Despesas com aquisição de mochilas e uniformes (Processos 07/050386/2006,

07/051897/2007, 07/051188/2007 e 07/202729/2007): A despesa realizada não é

considerada típica ou necessária à consecução dos objetivos das instituições

educacionais que oferecem a educação básica na forma preconizada no caput do art.

70 da Lei 9.394/96 - LDB. Tais despesas possuem predominantemente caráter

assistencial, por conseguinte não integrantes do conjunto de ações de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino10101010. Ressalte-se que o Ministério da Educação não considera

a aquisição de uniformes escolares como despesa permitida com recursos do

FUNDEB11111111.

Despesas com alimentação de alunos (Processos: 07/020670/2007 e

07/201243/2007): A Constituição Federal determina que é dever do Estado o

atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas

suplementares de alimentação (art. 208, VII). Porém, excluiu tais gastos da aplicação

mínima de 25%, financiada por impostos e transferências de impostos, ao indicar que

tais despesas seriam cobertas por recursos de contribuições sociais e outros recursos

orçamentários (art. 212, §4º). Tanto a medida provisória nº 339, de 28/12/2006,

quanto a Lei nº 11.494/2007, vedam a utilização dos recursos do FUNDEB para

cobertura de despesas com essa natureza (em ambas o assunto é tratado no inciso I

do art. 23). Sendo assim, o valor referente à merenda escolar existente nos referidos

processos não deve ser custeado com recursos do FUNDEB, em face do constante na

introdução desse subitem, e tampouco compor a base de cálculo apuratória do

cumprimento do art. 212 da Constituição Federal.

Despesas com Projetos Culturais (Processos: 07/202810/2006, 07/203744/2007 e

07/203834/2007): Essa despesa não deve ser considerada típica ou necessária à

consecução dos objetivos das instituições educacionais que oferecem a educação

básica na forma preconizada no caput do art. 70 da Lei 9.394/96 - LDB. Tais

despesas possuem predominantemente caráter cultural, por conseguinte não

integrantes do conjunto de ações de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino.

10

Lei 11.494/2007 - Art. 23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos: I - no financiamento das despesas não consideradas

como de manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme o art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; 11

Cartilha do FUNDEB - 5.9. Despesas com aquisição e distribuição de uniformes escolares podem ser custeadas com recursos do

FUNDEB? Essas despesas não são consideradas típicas ou necessárias à consecução dos objetivos das instituições educacionais que

oferecem a educação básica, na forma preconizada no caput do art. 70 da Lei 9.394/96 - LDB. Tais despesas encontram-se mais

próximas daquelas caracterizadas como assistência social, por conseguinte não integrantes do conjunto de ações de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino. Assim, seu custeio não deve ser realizado com recursos do FUNDEB, ainda que os alunos beneficiários

sejam da educação básica pública.

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Data 15/04/08 Fls 329

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Ressalte-se, ainda, que não poderão compor a apuração com fim de verificar o

cumprimento do art. 212 da Constituição Federal, pois o princípio é o mesmo.

6.2 FMS

O Fundo Municipal de Saúde – FMS foi criado, em 30/07/90, através da Lei Municipal

nº 1.583 e, posteriormente, regulamentado pelo Decreto Municipal nº 9.865, de

05/12/1990, que criou o Conselho de Gestão do Fundo Municipal de Saúde. Este

Conselho (Gestor) é presidido pelo Secretário Municipal de Saúde, possuindo dentre

outras atribuições a de analisar e aprovar os planos, programas e projetos

relacionados com a aplicação de recursos do Fundo, fixar as diretrizes operacionais e

decidir sobre matéria relacionada à política financeira e operacional.

O gestor do Fundo Municipal de Saúde é a Secretaria Municipal de Saúde, através de

seu Secretário Municipal, que conta com o Conselho Municipal de Saúde, criado pela

Lei nº 1.746, de 23/07/91.

O FMS é formado pelos seguintes recursos: próprios do Tesouro Municipal; do SUS

(Sistema Único de Saúde criado em 19/09/90) e de Convênios com o FNS (Fundo

Nacional da Saúde).

6.2.1 RECEITAS

O FMS arrecadou no exercício de 2007, R$ 1.752.835 mil, conforme demonstrado a

seguir.

Re ce itas R$ m il %

C ORRENTES 873.693 49,8%

Patr imoniais 21.897 1,2%

Trans f erênc ias Correntes 716.869 40,9%

Outras Rec eitas Correntes 134.927 7,7%

C APITA L 1.153 0,1%

Trans f erênc ias de Capital 1.153 0,1%

REPA SSES 877.989 50,1%

TOT AL 1.752.835 100,0%

Fonte: Contas de Ges tão 2007

Os repasses do Tesouro Municipal representaram 50,1% da receita orçamentária

arrecadada, ou seja, R$ 877.989 mil, enquanto as Transferências Correntes

provenientes de recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS), do Fundo Estadual de

Saúde (FES) e de convênios participaram com 48,6% do total arrecadado.

As transferências correntes foram compostas da seguinte forma:

T r an s fe r ê n cias C o r r e n te s R$ m il

Trans f erênc ia FNS 705.080

Trans f erênc ia FES 8.021

Conv ênios 3.769

T OT A L 716.869

Fonte: Contas de Ges tão 2007

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 330

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

6.2.2 DESPESAS

As Despesas Orçamentárias foram realizadas através dos seguintes projetos e

atividades:

Pr o je to /A tividade R$ %PROV ISÃ O DE GA STOS COM PESSOA L 564.600 32,76%A ÇÕES DE A TENÇÃ O INTEGRA L A OS CICLOS DA V IDA E GÊNERO 686 0,04%A ÇÕES DE CONTROLE DE A GRA V OS E DOENÇA S CRÔNICA S NÃ O TRA NS. 23.443 1,36%

A ÇÕES DE CONTROLE DE DOENÇA S TRA NSMISSIV EIS 2.441 0,14%A ÇÕES DE CONTROLE DE ZOONOSES E DE MEDICINA V ETERINA RIA 50 0,00%A ÇOES DE V IGILA NCIA E INFORMA ÇÃ O EM SA ÚDE 11.694 0,68%A ÇÕES E SERV IÇOS DE SA ÚDE DA REDE CREDENCIA DA SUS 288.928 16,77%A ÇÕES INTERSETORIA S E DE INCLUSÃ O 5.444 0,32%A ÇOES PA RA PROMOÇÃ O E COMUNICA ÇÃ O EM SA UDE 166 0,01%A DMINISTRA ÇÃ O DO CONSELHO MUNICIPA L DE SA ÚDE - COMS 317 0,02%A MPLIA ÇÃ O DO PA RQUE DE INFORMÁ TICA 1.115 0,06%A MPLIA ÇÃ O E QUA LIFICA ÇÃ O DA A TENÇÃ O BÁ SICA 82.510 4,79%A MPLIA ÇÃ O E QUA LIFICA ÇÃ O DA A TENÇÃ O BÁ SICA - PESSOA L 131.895 7,65%A MPLIA ÇÃ O E RENOV A ÇÃ O DO PA RQUE TECNOLÓGICO 3.177 0,18%A POIO A DMINISTRA TIV O 8.941 0,52%A POIO A O FUNCIONA MENTO DA REDE DE SA ÚDE 387.039 22,46%

A TUA LIZA ÇÃ O TECNOLOGICA E A DEQUA ÇÃ O FISICA DE UNID. DE SA UDE 3.961 0,23%CONSTRUÇÃ O, A MPLIA ÇÃ O E REFORMA DE UNIDA DES DE SA ÚDE 22.023 1,28%DESENV OLV IMENTO DE RECURSOS HUMA NOS 13.559 0,79%DESPESA S OBRIGA TÓRIA S E OUTROS CUSTEIOS - A DM DIRETA 7.480 0,43%INOV A ÇÃ O E DESCENTRA LIZA ÇÃ O NA GESTÃ O 101.326 5,88%MA NUTENÇÃ O E DESENV OLV IMENTO DA INFORMA TICA - A DM DIRETA 6.295 0,37%PESSOA L DA S UNIDA DES FEDERA IS DE SA ÚDE 37.846 2,20%PESSOA L DO PROGRA MA SA ÚDE DA FA MILIA 14.157 0,82%V IGILIA NCIA E FISCA LIZA ÇÃ O SA NITÁ RIA 3.722 0,22%SISTEMA NA CIONA L DE INFORMA ÇÕES EM SA ÚDE 442 0,03%

TOTAL 1.723.257 100,00%Fonte: Contas de Ges tão 2007

R$ milhares

6.2.3 INSPEÇÕES

A CAD detectou os seguintes pontos relevantes nas inspeções objetivando verificar a

gestão dos recursos do FMS no exercício de 2007:

6.2.3.1 “DESPESAS A PAGAR” DE 2004 NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO PATRIMONIAL

Foi constatado que do montante das despesas sem prévio empenho, do exercício de

2004, de aproximadamente R$ 151 milhões, até o presente momento restam a pagar

R$ 78.247.521,51, os quais deverão ser pagos através de Termos de Ajustes, a serem

formalizados. Entretanto, tais obrigações não estão registradas no Balanço Patrimonial

do FMS em 31/12/2007, constituindo-se, assim, um passivo omisso, contrariando os

princípios contábeis da competência e da oportunidade e distorcendo a informação

sobre a real situação financeira do Fundo Municipal de Saúde.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 331

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

6.2.3.2 DESPESAS DE 2007 NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO PATRIMONIAL

Foi constatada a existência de despesas realizadas em 2007 e não contabilizadas no

valor de R$ 2.525.944,36, contrariando assim o disposto no princípio da competência

e da oportunidade. A composição das referidas despesas está apresentada no quadro

a seguir.

R$

Pr o ce s s o Favo r e cid o V alo r Pr o ce s s o Favo r e cid o V alo r09/352713/2007 A rc a da A lianç a 372.678 09/101881/2007 Cas a do Radiologis ta 15.072 06/502800/2007 Nav ele 147.188 09/073916/2007 Qualidade Total 14.276 09/352415/2007 Projel 121.361 09/101810/2007 Cas a do Radiologis ta 14.111 09/073207/2007 A rc a da A lianç a 120.402 09/074278/2007 Trans c ooper j 14.020 09/356425/2007 A rc a da A lianç a 113.812 09/070404/2008 A ir Liquide Bras il Ltda. 13.110

09/273602/2007 A rc a da A lianç a 108.989 09/380580/2007A mauri Cardos o da Silv a

Moura 12.892

09/180841/2007 A rc a da A lianç a 98.528 09/171149/2007 Rio Tak 12.450 09/101873/2007 A rc a da A lianç a 90.995 09/070123/2008 Xerox 12.143 09/074358/2007 A ir Liquide Bras il Ltda. 90.333 09/141043/2007 A ir Produc ts 11.586 09/101975/2007 Xerox 72.295 09/141310/2007 Bandeirantes 11.300 09/343075/2007 Lido 68.322 09/101338/2007 Tx 9.509 09/205391/2007 CNS 67.603 06/502655/2007 Ef on 8.976 09/170028/2008 White Martins 65.890 09/101907/2007 Cas a do Radiologis ta 7.548

09/074196/2007 Lido 65.367 09/380533/2007A mauri Cardos o da Silv a

Moura 6.446

09/101526/2007 White Martins 55.434 09/286317/2007 Xerox 4.810 09/070398/2008 Coop Car 54.873 09/343353/2008 Rio Tak 4.565 06/503517/2007 Emf ormate 51.080 09/070304/2008 Jos é Pereira Herdeiro 4.464 09/136497/2007 Gardênia A z ul 44.839 09/380629/2007 Es paç o 4.393 09/141341/2007 Xerox 42.848 09/205581/2007 A ir Produc ts 3.465 09/073775/2007 Lido 39.732 09/132388/2007 A ir Liquide Bras il Ltda. 3.370 09/278070/2008 Rio Tak 38.421 09/070405/2008 A ir Liquide Bras il Ltda. 3.075 06/503124/2007 Tx 37.481 09/141473/2007 A ir Produc ts 3.014

09/101845/2007 TR 34.385 06/503032/2007Parole - Eng. de

Elev adores Ltda. 2.760

09/101847/2007 Xerox 32.417 09/101909/2007 Cas a do Radiologis ta 2.512 09/132601/2007 Gardênia A z ul 27.638 09/073900/2007 Jos é Pereira Herdeiro 2.232 09/277932/2007 A rc a da A lianç a 25.422 09/180119/2008 A ir Produc ts 2.030 09/073810/2007 A rc a da A lianç a 24.744 09/352639/2007 Rio Tak 1.950 09/171148/2007 White Martins 23.106 09/132034/2008 Rio Tak 1.806 09/273676/2007 Gardênia A z ul 22.833 09/352776/2008 Rio Tak 1.379 09/074102/2007 Fernando Z .e Ev andro 22.162 09/070300/2008 Jos é Pereira Herdeiro 1.128

09/070298/2008 Fernando Z . e Ev andro 22.162 09/070414/2008Pro-Care Serv . de Saúde

Ltda. 1.100

09/380312/2007 Lido 19.755 09/072774/2007 A s s oc . Mot. Táx i CA SS 1.006

06/500266/2008 Tx 18.741 09/352741/2007Delta Medmil A s s is t.

Téc .Ltda. 884

06/503569/2007 Tx 18.741 09/212133/2008 White Martins 667 09/101942/2007 TR 18.052 09/073711/2007 A s s oc . Mot. Táx i CA SS 392 09/141044/2007 A ir Produc ts 16.619 09/360044/2007 A ir Liquide Bras il Ltda. 59 09/101882/2007 Cas a do Radiologis ta 16.161 09/140156/2008 A ir Produc ts 35

Fonte: Relatório de Ins peç ão - FMS 2007

6.2.3.3 DESPESAS SEM PRÉVIO EMPENHO

Os processos a seguir relacionados referem-se a despesas realizadas no exercício de

2007, porém com o empenho posterior à data de competência do gasto contrariando

assim o disposto no art. 60 da Lei nº 4.320/1964 e art. 114 do RGCAF que veda a

realização de despesa sem prévio empenho.

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Data 15/04/08 Fls 332

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

R$

Te rm o s /pr oce s s os V alor

Termo nº 1.579 de 21/12/2007 169.050

Termo nº 1.452 de 10/12/2007 176.319

Termo nº 1.360 de 23/11/2007 286.821

Termo nº 1.655 de 26/12/2007 132.975

Termo nº 1.342 de 21/11/2007 276.745

Termo nº 1.347 de 21/11/2007 284.266

Termo nº 1.140 de 17/09/2007 534.544

Termo nº 1.124 de 14/09/2007 167.272

Termo nº 1.395 de 30/11/2007 182.089

Termo nº 1.238 de 2007 153.126

Termo nº 1.324 de 2008 177.929

Termo nº 1.459 de 2007 187.880

Termo nº 1.111 de 2008 186.906

Termo nº 1.236 de 2007 514.102

Termo nº 2.145 de 2007 145.776

Termo nº 064 de 2007 135.428

Termo nº 1.167 de 2007 149.968

09/073548/2007 101.513

09/070924/2007 51.472

09/071337/2007 26.200

09/211215/2007 2.046

09/211218/2007 30.683

09/273424/2007 153.085

To tal 4.226.196

Fonte: Relatór io de Inspeç ão - FMS 2007 6.2.3.4 RECOLHIMENTO DO INSS

Nos casos dos serviços prestados mediante cessão de mão-de-obra, foi verificado que

a retenção do INSS estava sendo recolhida com atraso, sem o pagamento de multa e

juros contrariando assim o art. 15612121212 da IN/MPS/SRP nº 003/2005 o qual determina

que o valor retido deverá ser recolhido pela empresa contratante até o dia dez do mês

seguinte ao da emissão da nota fiscal.

6.2.3.5 AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

Foi constatado que em 2007 não foram realizadas audiências públicas contrariando

assim o disposto na Lei Federal nº 8.689/93, a qual determina que "o gestor do

Sistema Único de Saúde em cada esfera de governo apresentará, trimestralmente, ao

Conselho de Saúde correspondente e em audiência pública nas Câmaras de Vereadores

e nas Assembléias Legislativas respectivas, para análise e ampla divulgação, relatório

detalhado, contendo, dentre outros, dados sobre o montante e a fonte de recursos

aplicados, as auditorias concluídas ou iniciadas no período, bem como sobre a oferta e

produção de serviços na rede assistencial própria, contratada ou conveniada".

12

Art. 156. A importância retida deverá ser recolhida pela empresa contratante até o dia dois do mês seguinte ao da emissão da nota

fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, prorrogando-se este prazo para o primeiro dia útil subseqüente quando não

houver expediente bancário neste dia, informando, no campo identificador do documento de arrecadação, o CNPJ do estabelecimento

da empresa contratada e, no campo nome ou denominação social, a denominação social desta, seguida da denominação social da

empresa contratante.

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

6.3 FUNPREVI

6.3.1 RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS

No exercício de 2007 as principais receitas do FUNPREVI foram, de acordo com o

quadro a seguir, o Aporte do Tesouro Municipal, a Contribuição Patronal – Poder

Executivo, os Rendimentos de Aplicações e a contribuição do servidor, representando,

respectivamente, 37,97%, 26,50%, 16,66% e 12,60% da receita total.

Re ce itas R$ M il

CORRENT ES 907.109

Contr ibuiç ão Patronal - A tiv o Civ il - Poder Ex ec utiv o 388.009

Contr ibuiç ão de Serv idor - A tiv o Civ il - Poder Ex ec utiv o 183.069

Contr ibuiç ão de Serv idor - A tiv o Civ il - TCMRJ 4.720

Contr ibuiç ão de Serv idor - A tiv o Civ il - Poder Legis lativ o - CMRJ 9.336

Contr ibuiç ão de Serv idor - Inativ o Civ il - Poder Ex ec utiv o 5

Compens aç ão Prev idenc iar ia 7.518

Rendimentos de A plic aç ões Financ eiras 243.909

Juros de Emprés timos - Financ iamento Imobiliár io 70.009

Outras Rec eitas 533

CA PIT AL 1.015

A lienaç ão de Títulos Mobiliários 1.015

REPASSES 555.855

Rec urs os do Tes ouro 555.855

T OT A L 1.463.980

Fonte: Contas de Ges tão 2007

Quanto à contribuição patronal, em inspeção realizada no último mês de março, a CAD

verificou que, embora tenham sido pagas as contribuições do TCMRJ no exercício de

2007, no montante de R$ 9.929.941,29, estão, ainda, pendentes de pagamento as

contribuições da CMRJ, de fev/04 a nov/07, totalizando R$ 65.057.116,11 e do TCMRJ,

de mar/04 a nov/06, no total de R$ 21.761.029,87 ambos em valores históricos.

Ressalte-se que os valores pagos pelo Tesouro em 2007, a título de contribuição

patronal – TCM, foram transferidos ao Fundo juntamente com a verba destinada ao

custeio dos inativos – TCM, sendo contabilizados na Administração Direta como

repasses, o que explica a ausência de execução orçamentária da atividade

“contribuição patronal – TCMRJ”.

Com relação às despesas orçamentárias, estas atingiram, o montante de

R$ 1.529.401.549,73, representando 88,84% das despesas autorizadas.

Proje tos / A tividade s R$ M il %

SERV IDORES INA TIV OS DA REDE DE ENSINO 739.942 48,38%

SERV IDORES INA TIV OS DA A DMINISTRA ÇÃ O DIRETA 317.770 20,78%

BENEFÍCIOS A DEPENDENTES 215.161 14,07%

SERV IDORES INA TIV OS DA REDE DE SA ÚDE 91.354 5,97%

OBRIGA ÇÕES A DMINISTRA TIV A S, TRIBUTÁ RIA S E CONTRIBUTIV A S 80.691 5,28%

SERV IDORES INA TIV OS DA CMRJ 49.866 3,26%

SERV IDORES INA TIV OS DO TCMRJ 30.188 1,97%

SERV IDORES INA TIV OS DA A DMINISTRA ÇÃ O INDIRETA 3.422 0,22%

SENTENÇA S JUDICIA IS E PRECA TÓRIOS 1.006 0,07%

TOTAL 1.529.402 100,00%

Fonte: Contas de Ges tão 2007

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Confrontando receitas realizadas e despesas liquidadas no exercício de 2007, chegou-

se a um resultado previdenciário deficitário no valor de R$ 65.421.919,48.

R$ Mil

Re ce ita A r r e cad ad a (A) De s p . L iq u id . (B)Re s u ltado

Pr e vide n ciár io (C)% (B/A )

1.463.979,63 1.529.401,55 (65.421,92) 104,47%

Fonte: Contas de Ges tão 2007

Cumpre-nos ressaltar que, no encerramento do exercício de 2006, de acordo com

Parecer do Controlador Geral, constante no processo 04/000884/2004, foi registrada

uma dívida do FUNPREVI com o Tesouro de R$ 230.962.874,05, referente à alteração

na data de corte para atribuição da responsabilidade pelo pagamento de inativos,

formalizada através do Decreto nº 27.502, de 26/12/2006.

No exercício de 2007, foi providenciada a compensação do referido valor com os

repasses devidos pelo Tesouro ao Fundo, justificando, assim, o déficit apurado por

este.

Por fim, outro ponto relevante é a falta de pagamento dos créditos do PREVI-RIO com

órgãos e entidades do Município existentes em 31/12/2001 que integravam a

constituição do FUNDO e deveriam ter sido pagos no prazo máximo de 24 (vinte e

quatro) meses.

A CAD, em suas inspeções, antes mesmo de expirar o prazo estipulado pela Lei 3.344

de 28/12/01, previsto para 31/12/2003, vinha solicitando que fosse informado o

cronograma de pagamento. Ainda no exercício de 2003, foi constituído, no PREVI-RIO,

o processo 05/501851/2003, requerendo à SMF a adoção das medidas necessárias à

quitação da dívida. O referido processo, além do PREVI-RIO e da SMF, já tramitou pela

CGM e pela PGM e foi restaurado em função de extravio ocorrido nas dependências da

autarquia, formando o processo 05/506065/2005. No entanto, com exceção dos

créditos com a IPLANRIO, nenhum valor foi pago até o momento.

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Data 15/04/08 Fls 335

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

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6.3.2 DEMONSTRATIVO DA PROJEÇÃO ATUARIAL

Esse demonstrativo, nos termos da Portaria STN nº 587, de 29/08/2005, deve

apresentar a projeção das receitas e despesas previdenciárias por pelo menos 35

(trinta e cinco) anos, tendo como inicial, o ano anterior à sua publicação.

R$

Re ce itas Pr e vide n ciár ias

De s p e s as Pr e vid e nciár ias

Re s u ltado Pr e vide nciár io

Saldo Finance ir o do Exe r cício

(a) (b ) (c) = (a) - (b )(d ) = (“ d” e xe r c.

Ante r ior ) + (c)

2006 527.237.968 1.370.600.120 (843.362.152) 2.078.546.549

2007 585.139.227 1.448.737.467 (863.598.240) 1.214.948.309

2008 616.247.451 1.506.275.340 (890.027.889) 324.920.420

2009 625.118.947 1.554.958.348 (929.839.401) (604.918.981)

2010 630.709.019 1.612.058.083 (981.349.064) (1.586.268.045)

2011 625.664.779 1.699.271.169 (1.073.606.390) (2.659.874.435)

2012 618.814.087 1.789.086.677 (1.170.272.590) (3.830.147.025)

2013 619.607.639 1.853.586.292 (1.233.978.653) (5.064.125.678)

2014 619.864.910 1.917.161.009 (1.297.296.099) (6.361.421.777)

2015 622.834.830 1.970.471.411 (1.347.636.581) (7.709.058.358)

2016 626.666.562 2.018.859.411 (1.392.192.849) (9.101.251.207)

2017 628.181.608 2.071.454.856 (1.443.273.248) (10.544.524.455)

2018 627.835.408 2.126.728.057 (1.498.892.649) (12.043.417.104)

2019 625.631.060 2.184.797.025 (1.559.165.965) (13.602.583.069)

2020 622.009.992 2.244.192.448 (1.622.182.456) (15.224.765.525)

2021 618.710.247 2.299.360.247 (1.680.650.000) (16.905.415.525)

2022 615.222.314 2.351.341.232 (1.736.118.918) (18.641.534.443)

2023 612.427.653 2.397.690.147 (1.785.262.494) (20.426.796.937)

2024 610.484.065 2.438.390.606 (1.827.906.541) (22.254.703.478)

2025 608.661.118 2.475.279.788 (1.866.618.670) (24.121.322.148)

2026 608.717.045 2.503.360.357 (1.894.643.312) (26.015.965.460)

2027 610.793.389 2.523.104.328 (1.912.310.939) (27.928.276.399)

2028 611.923.928 2.542.024.207 (1.930.100.279) (29.858.376.678)

2029 612.863.652 2.558.283.086 (1.945.419.434) (31.803.796.112)

2030 613.798.000 2.571.708.259 (1.957.910.259) (33.761.706.371)

2031 614.550.789 2.583.082.535 (1.968.531.746) (35.730.238.117)

2032 614.636.522 2.593.728.473 (1.979.091.951) (37.709.330.068)

2033 614.414.987 2.602.643.410 (1.988.228.423) (39.697.558.491)

2034 613.753.557 2.610.229.926 (1.996.476.369) (41.694.034.860)

2035 612.111.477 2.617.912.711 (2.005.801.234) (43.699.836.094)

2036 610.407.064 2.623.389.519 (2.012.982.455) (45.712.818.549)

2037 607.740.279 2.629.193.450 (2.021.453.171) (47.734.271.720)

2038 605.389.392 2.632.329.468 (2.026.940.076) (49.761.211.796)

2039 603.436.776 2.632.461.642 (2.029.024.866) (51.790.236.662)

2040 601.602.265 2.630.529.541 (2.028.927.276) (53.819.163.938)

2041 600.188.144 2.626.283.002 (2.026.094.858) (55.845.258.796)

2042 598.921.654 2.620.760.679 (2.021.839.025) (57.867.097.821)

FONTE: CMRJ, PREV I-RIO, SMA ,TCMRJ - dados cadas trais

Exe r cício

NOTA : Cons iderada hipótes e de nov os ingres s os de s erv idores , c onf orme rec omendação da Coordenadoriade A uditoria e Des env olv imento (CA D) do TCMRJ

Como se pode observar, a projeção atuarial apresentou resultado deficitário ao longo

dos exercícios. De acordo com informações do PREVI-RIO, foi contemplado, nessa

projeção, o ingresso de novos servidores, cumprindo a recomendação do TCMRJ.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 336

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

6.4 FMH

Em relatório de inspeção ordinária realizada entre 13 e 31 de agosto de 2007, a CAD

recomendou que os gestores do Fundo envidassem esforços no sentido de

operacionalizar com maior agilidade e eficiência os recursos disponíveis evitando que

permaneçam se avolumando sem a destinação apropriada. Atualmente o FMH possui

recursos entesourados na ordem de R$ 2.278.517,77 (Disponibilidade – Ativo

Financeiro).

6.5 FMDU

Na mesma inspeção mencionada no item anterior, ressaltou-se que o TCMRJ tem

indicado na análise da Prestação de Contas do Chefe do Poder Executivo desde o

exercício de 2001 que se efetivasse um estudo sobre a revitalização do Fundo ou a sua

extinção.

O Grupo de Trabalho criado através do Decreto nº 27.737/2005 para analisar a

recomendação desta Corte de Cortas, por meio de relatório datado em 03/01/2006,

revelou a necessidade e urgência na redefinição das atribuições do FMDU e do FMH,

indicando também o aproveitamento da revisão do Plano Diretor da Cidade do Rio de

Janeiro. Na referida inspeção constatou-se ainda que não tinham sido implementadas

ações visando ao atendimento das recomendações propostas pelo Grupo de Trabalho.

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7.1 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS........................338

7.2 ASPECTOS GERAIS .....................................................................................338

7.2.1 RIOCOP.............................................................................................................. 340

7.2.2 RIOLUZ .............................................................................................................. 342

7.2.3 RIOFILME........................................................................................................... 342

7.2.4 IMPRENSA DA CIDADE - EMAG ...................................................................... 343

7.2.5 IPLANRIO........................................................................................................... 343

7.2.6 MULTIRIO .......................................................................................................... 344

7.2.7 RIOURBE ........................................................................................................... 344

7.2.8 EMPRESA MUNICIPAL DE VIGILÂNCIA – EMV.............................................. 345

7.2.9 RIOCENTRO ...................................................................................................... 346

7.2.10 CET-RIO............................................................................................................. 346

7.2.11 COMLURB ......................................................................................................... 347

7.2.12 RIOTUR.............................................................................................................. 348

7.3 CONTABILIZAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS DO TESOURO...................349

7.4 DESPESAS SEM PRÉVIO EMPENHO .........................................................350

EMPRESAS PÚBLICAS

EMPRESAS PÚBLICAS

EMPRESAS PÚBLICAS

EMPRESAS PÚBLICAS

7777

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Data 15/04/08 Fls 338

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

7 EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

Empresas públicas e sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito

privado, integrantes da Administração Indireta do Estado que tem a sua instituição

autorizada por lei com objetivo, em regra, de explorar atividades gerais de caráter

econômico e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços públicos.

Duas das principais diferenças entre essas empresas estatais são a forma jurídica e o

controle acionário. As empresas públicas são criadas sob qualquer forma jurídica

adequada a sua natureza, tendo o Estado como único acionista; enquanto que as

sociedades de economia mista são criadas sob a forma de sociedades anônimas, cujo

controle acionário pertence ao Poder Público.

Embora essas empresas estatais sejam pessoas jurídicas de direito privado, sujeitam-

se a um controle administrativo do Estado, que atribui uma natureza híbrida ao seu

regime jurídico.

7.1 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A Resolução nº 1.049/2005, do Conselho Federal Contabilidade, determina que ao

final do exercício, caso o Patrimônio Líquido da entidade seja negativo, deve-se, no

Balanço Patrimonial, substituir a expressão “Patrimônio Líquido” por “Passivo a

Descoberto”. Entretanto, conforme se verifica na Prestação de Contas de 2007, a

Empresa Municipal de Urbanização – RIOURBE e a Empresa Municipal de Vigilância –

EMV não apresentaram a estrutura na forma exigida pela Resolução do Conselho

Federal de Contabilidade.

7.2 ASPECTOS GERAIS

A seguir será apresentado um quadro contendo algumas informações financeiras e

patrimoniais, bem como um resumo dos principais fatos relevantes ocorridos nas

empresas, no exercício de 2007, os quais foram divulgados em notas explicativas, ou

foram objeto de inspeções realizadas pela CAD.

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

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Rubrica

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Em termos gerais, pode se observar no quadro anterior que foram transferidos pelo

Tesouro às empresas, a título de subvenção R$ 979,4 milhões, tendo a receita própria

arrecadada pelas mesmas alcançado R$ 131,5 milhões, o que representa, em termos

gerais, uma dependência financeira do Tesouro de 88% da receita total arrecadada de

R$ 1,1 bilhão.

A despesa total realizada pelas empresas foi de R$ 1,3 bilhão, o que gerou nas

mesmas, no exercício de 2007, um déficit de execução orçamentária de R$ 235,4

milhões.

A dívida total registrada no Balanço Patrimonial das empresas é de R$ 905,6 milhões,

sendo que o Ativo total é de R$ 493,0 milhões e, caso todas fossem extintas, o

Tesouro teria que arcar com uma transferência de recursos de aproximadamente R$

412,6 milhões (passivo a descoberto) para quitar a dívida.

O Grau de Endividamento total das empresas é de 184%, ou seja, para cada R$ 100

(cem) que possuem de bens e direitos, existem R$ 184 (cento e oitenta e quatro) de

dívidas totais. A RIOURBE, COMLURB e RIOTUR juntas possuem uma dívida que

representa aproximadamente 81,5% do total das dívidas de todas as empresas. Em

geral, o perfil da dívida é composto de 46% classificada no curto prazo e 54% no longo

prazo, o que demonstra que no prazo de aproximadamente 1 (um) ano as empresas

terão que captar recursos para quitar 46% das dívidas totais, ou seja, R$ 419,1

milhões.

O prejuízo acumulado registrado nas Demonstrações de Resultados das empresas,

apenas no exercício de 2007, foi de R$ 61,8 milhões.

O crescimento das contingências passivas e débitos fiscais (contabilizados no balanço,

ou não contabilizados, mas divulgados em notas explicativas) foram de 121%,

passando no exercício de 2006 de R$ 500,1 milhões para R$ 1,1 bilhão, no exercício

de 2007.

7.2.1 RIOCOP

A empresa apresentou, em notas explicativas, a descrição das suas Provisões para

Riscos e Contingências, conforme quadro a seguir:

De s cr ição 2007 2006

Contingênc ias Trabalhis tas 354 354

Contingênc ias F iscais - A ções Federais 1.212 1.212

Contingênc ias F iscais - Im pos tos a recolher 2.043 2.043

Contingênc ias F iscais - Im p. de Renda Diferido 774 774

Contingênc ias Cíveis - A ções Judic iais 4.036 4.038

Tota l 8.419 8.421 Fonte: Pres taç ão de Contas 2007

Pr ovis õe s p ar a Ris co s e Contingê ncias -R$ M ilhar e s

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Data 15/04/08 Fls 341

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Cabe ressaltar que a Companhia Municipal de Conservação e Obras Públicas – RIOCOP,

se encontra em liquidação extrajudicial desde 1996. Conforme demonstrado no

quadro anterior, o Ativo total da RIOCOP, de R$ 6,5 milhões, vem se deteriorando ao

longo do tempo, não sendo suficiente para que a empresa possa honrar suas dívidas,

havendo a necessidade do Tesouro, quando da finalização do processo de liquidação,

assumir esse passivo que, em 31 de dezembro de 2007, se encontrava em

aproximadamente R$ 4,3 milhões (valor do passivo a descoberto). Frise-se que, do

total do Ativo, R$ 5,7 milhões já foram dados em penhora.

Na Prestação de Contas do exercício de 2006, foi verificada a inscrição de diversos

autos de infração em dívida ativa municipal, que somavam R$ 6.470.116,71. A

entidade apresentou nas notas explicativas às demonstrações contábeis, um valor de

R$ 4.037.986,43, relativo a “Ações Judiciais”, sem especificar, no entanto, a existência

de autos de infração municipais para composição desse número. De qualquer forma,

pode-se inferir que parte ou, até mesmo, a integralidade do valor demonstrado em

relatórios da Dívida Ativa, obtidos junto a PGM, não foi provisionado pela RIOCOP,

apesar de se tratar de títulos executivos extrajudiciais. No exercício de 2007 não foi

possível verificar os valores tendo em vista que a PGM não forneceu a informação para

a equipe de inspeção, entretanto pode-se constatar que a RIOCOP não atualizou o

valor da contingência no exercício de 2007, conforme quadro anteriormente

apresentado.

Tendo em vista que a RIOCOP se encontra em processo de liquidação a mesma

depende de recursos do Tesouro para sua manutenção ao longo do exercício, e

somente no ano de 2007 foram repassados à RIOCOP pelo Tesouro R$ 113 mil.

O Grau de Endividamento da RIOCOP é de 166%, ou seja, para cada R$100 (cem) que

possui de bens e direitos, existem R$ 166 (cento e sessenta e seis) de dívida total a

pagar, sendo a dívida total da empresa de 10,8 milhões, e deste valor 22%, estão

classificados no curto prazo e 78% no longo prazo.

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Data 15/04/08 Fls 342

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

7.2.2 RIOLUZ

A empresa apresentou, em notas explicativas, a descrição das suas Provisões para

Riscos e Contingências, bem como seu Débito Fiscal, conforme quadro a seguir:

De s cr ição 2007 2006

Contingênc ias F is c ais - COFINS 4.943 4.762

Contingênc ias F is c ais - Im pugnaç ão COFINS 21 20

Contingênc ias F is c ais - P A S E P 691 665

Contingênc ias F is c ais - IRP J 1.164 1.122

Contingênc ias F is c ais - Dívida A tiva - IRP J 22 22

Contingênc ias F is c ais - CS S L 379 365

Contingênc ias F is c ais - INS S 12.723 12.753

Contingênc ias Cíveis - S entenç as Judic iais 3.040 4.027

Contingênc ias Trabalhalis tas 402 402

Débito F isc al A uto de Infraç ão DCTF 530 511

Tota l 23.915 24.647 Fonte: Pres taç ão de Contas 2007

Pr o vis õe s p ar a Ris co s , Co n tin g ê ncias e Dé b ito s Fis cais -R$ M ilh ar e s

Estão penhorados veículos da RIOLUZ no valor de R$ 933 mil e o Imóvel na Rua

Prefeito Olímpio de Melo nº 1.514, Benfica, no valor de R$ 1,2 milhões.

A RIOLUZ recebeu do Tesouro a título de subvenção o valor de R$ 39,1 milhões,

representando um grau de dependência financeira de 93% das receitas totais, tendo

em vista que suas receitas próprias foram de apenas R$ 3,1 milhões, ou seja, 7% da

receita total da empresa.

O Grau de Endividamento da RIOLUZ é de 50%, ou seja, para cada R$ 100 (cem) que

possui de bens e direitos, existem R$ 50 (cinqüenta) de dívidas totais. A dívida total da

empresa é de R$ 40,5 milhões, e o perfil da dívida é composto de 34% classificada no

curto prazo e 66% no longo prazo.

7.2.3 RIOFILME

A RIOFILME possui um valor divulgado em notas explicativas de Passivos Contingentes

de R$ 73 mil, cujo registro não foi identificado no Balanço Patrimonial, referente ao

IPTU do imóvel localizado na Praça Floriano, 19, sala 1301, de competência dos anos

de 2001 a 2004, conforme processo 12/500.122/07.

A empresa recebeu do Tesouro a título de subvenção o valor de R$ 2,5 milhões o que

representa um grau de dependência financeira de 51% das receitas totais, tendo em

vista que suas receitas próprias foram de R$ 2,4 milhões, ou seja, 49% da receita total

da empresa.

O Grau de Endividamento da RIOFILME é de 7%, ou seja, para cada R$ 100 (cem) que

possui de bens e direitos, existem R$ 7 (sete) de dívidas totais. A dívida total da

empresa é de R$ 1,7 milhões, e o perfil da dívida é composto de 98% classificada no

curto prazo e 2% no longo prazo, sendo suas dívidas no curto prazo compostas

basicamente de Depósitos e Garantias de R$ 646 mil e obrigações com Fornecedores

no valor de R$ 624 mil.

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Data 15/04/08 Fls 343

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

7.2.4 IMPRENSA DA CIDADE - EMAG

A EMAG em decorrência de fiscalização do INSS foi autuada através do processo nº

2007.51.01.01.004339-5, no valor de R$ 155 mil, efetuando um depósito em Garantia

em Juízo, registrado no Balanço Patrimonial no grupo Ativo Circulante, subgrupo

Realizável.

A empresa registrou Provisão para Contingência Fiscal no valor de R$ 160 mil e possui

um valor não registrado no Balanço Patrimonial de R$ 540 mil, referente ao auto de

infração nº 071.9000/02346/04 lavrado pela Secretaria da Receita Federal.

A EMAG recebeu do Tesouro a título de subvenção o valor de R$ 2,0 milhões o que

representa um grau de dependência financeira de 26% das receitas totais, tendo em

vista que suas receitas próprias foram de R$ 5,8 milhões, ou seja, 74% da receita total

da empresa.

O Grau de Endividamento da EMAG é de 31%, ou seja, para cada R$ 100 (cem) que

possui de bens e direitos, existem R$ 31 (trinta e um) de dívidas totais. A dívida total

da empresa é de R$ 1,6 milhões, e o perfil da dívida é composto de 90% classificada

no curto prazo e 10% no longo prazo, sendo suas dívidas no curto prazo compostas

basicamente de obrigações com Fornecedores no valor de R$ 1,0 milhões.

7.2.5 IPLANRIO

A empresa apresentou, em notas explicativas, a descrição da suas Provisões para

Riscos e Contingências, conforme quadro a seguir:

De s cr ição 2007 2006

Contingênc ias Trabalhis tas 1.653 516

Contingênc ias F is cais - P IS /PA S E P 333 333

Contingênc ias F is cais - COFINS 329 329

Contingênc ias F is cais - INSS 6.271 5.611

Contingênc ias F is cais - IRPJ 103 118

Contingênc ias Cíveis 533 584

Tota l 9.223 7.491 Fonte: Pres taç ão de Contas 2007

Pr ovis õ e s p ar a Ris cos e Co nting ê ncias -R$ M ilhar e s

A empresa possui bens penhorados no valor de R$ 6,2 milhões, conforme quadro a

seguir, para fins de cobertura dos processos em fase recursal das contingências

previdenciárias e fiscais.

Pr o ce s s o s Fis cal Be n s R$ M ilh ar e s

2004/51.01.522547-5 S witch 309

2004/51.01.506586-0 e 2004/51.01.503929-0 S evidor Itautec 130

2004/51.01.531690-0 M odulo S witch 217

2004/51.01.531690-0 Dois V eículo Corsa S edan 47

Nove NFLD´s de 2002 P redio Gago Coutinho, 52 5.507

2004/51.01.531690-0 Três Corsa W ind 63

Tota l 6.273 Fonte: Pres taç ão de Contas 2007

BENS PENHORADOS

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 344

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

A IPLANRIO recebeu do Tesouro a título de subvenção o valor de R$ 64,9 milhões, o

que representa um grau de dependência financeira de 93% das receitas totais, tendo

em vista que suas receitas próprias foram de apenas R$ 4,5 milhões, ou seja, 7% da

receita total da empresa.

O Grau de Endividamento da IPLANRIO é de 105%, ou seja, para cada R$ 100 (cem) que

possui de bens e direitos, existem R$ 105 (cento e cinco) de dívidas totais. A dívida

total da empresa é de R$ 26,6 milhões, e o perfil da dívida é composto de 60%

classificada no curto prazo e 40% no longo prazo.

7.2.6 MULTIRIO

A empresa possui registrado no Balanço Patrimonial, na conta Provisão para

Riscos/Contingências e Débitos Fiscais o valor de R$ 17,3 milhões referente a

Contingências Trabalhistas de R$ 1,7 milhões, Contingências Cíveis de R$ 535 mil e

Débitos Fiscais de autuação do INSS de R$ 15,1 milhões.

Estão penhorados os equipamentos, Motores, Bombas e Mobiliários em Geral da

empresa no valor de R$ 3,3 milhões para Débitos fiscais com o INSS.

A MULTIRIO recebeu do Tesouro a título de subvenção o valor de R$ 15,7 milhões o

que representa um grau de dependência financeira de 100% das receitas totais, tendo

em vista que suas receitas próprias foram de apenas R$ 66 mil.

O Grau de Endividamento da MULTIRIO é de 384%, ou seja, para cada R$ 100 (cem)

que possui de bens e direitos, existem R$ 384 (trezentos e oitenta e quatro) de dívidas

totais. A dívida total da empresa é de R$ 21,0 milhões, e o perfil da dívida é composto

de 17% classificada no curto prazo e 83% no longo prazo.

7.2.7 RIOURBE

A empresa tem registrado no Balanço Patrimonial o valor de R$ 247,8 milhões

segregado em Provisões para Riscos/Contingências e Débitos Fiscais. Ainda 90% do

total do Ativo Imobiliário líquido, R$ 64,0 milhões estão penhorados em garantias de

ações judiciais.

A RIOURBE possui uma Dívida Imobiliária com o PREVI-RIO de R$ 3,7 milhões

registrada na conta Outras Obrigações do grupo Passivo Exigível a longo prazo.

A RIOURBE recebeu do Tesouro a título de subvenção o valor de R$ 79,0 milhões o que

representa um grau de dependência financeira de 96% das receitas totais, tendo em

vista que suas receitas próprias foram de apenas R$ 3,5 milhões, ou seja, 4% da

receita total da empresa.

O Grau de Endividamento da RIOURBE é de 250%, ou seja, para cada R$ 100 (cem) que

possui de bens e direitos, existem R$ 250 (duzentos e cinqüenta) de dívidas totais. A

dívida total da empresa é de R$ 441,6 milhões, e o perfil da dívida é composto de 54%

classificada no curto prazo e 46% no longo prazo.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 345

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Cabe ressaltar que a dívida total da RIOURBE representa aproximadamente 49% da

dívida total de todas as empresas e, caso fosse extinta, o Tesouro Municipal teria que

arcar, atualmente, com R$ 264,7 milhões para saldar as dívidas da empresa (passivo a

descoberto).

7.2.8 EMPRESA MUNICIPAL DE VIGILÂNCIA – EMV

A EMV possui registrado no Balanço Patrimonial Contingências trabalhistas e cíveis no

valor de R$ 12,2 milhões e R$ 5,7 milhões em Débitos Fiscais, conforme detalhado no

quadro a seguir:

Auto d e In fr ação 2007

COFINS - 10768028637/96 3.722

P A S E P - 10768028636/96 1.212

INS S - 702644/02 804

Tota l 5.738

Dé b ito s Fis cais -R$ M ilh ar e s

Existem valores de autos de infração de COFINS, PASEP e INSS não contabilizados no

Balanço Patrimonial, mas registrados em notas explicativas, no valor de 15,2 milhões,

os quais estão sendo questionados judicialmente para fins de contestação dos débitos

fiscais, conforme detalhado a seguir:

De s cr ição V alor

COFINS - 15374001009/99 6.598

P A S E P - 15374001008/99 2.144

INS S - 35.233.660-9 3.665

INS S - 35.233.661-7 437

INS S - 35.233.665-0 1.195

INS S - 35.297.796-5 1.173

Tota l 15.213 Fonte: Pres taç ão de Contas 2007

A UT OS DE INFRAÇÃ O - R$ M ilh ar e s

A EMV recebeu do Tesouro a título de subvenção o valor de R$ 136,5 milhões, o que

representa um grau de dependência financeira de 97% das receitas totais, tendo em

vista que suas receitas próprias foram de apenas R$ 3,9 milhões, ou seja, 3% da

receita total da empresa

O Grau de Endividamento da EMV é de 222%, ou seja, para cada R$ 100 (cem) que

possui de bens e direitos, existem R$ 222 (duzentos e vinte e dois) de dívidas totais. A

dívida total da empresa é de R$ 38,4 milhões, e o perfil da dívida é composto de 53%

classificada no curto prazo e 47% no longo prazo.

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Data 15/04/08 Fls 346

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

7.2.9 RIOCENTRO

O RIOCENTRO possui registrado no Balanço Patrimonial, grupo passivo circulante,

Provisão para Riscos/Contingências no valor de R$ 477 mil, referente a autos de

infração efetuados pela Secretaria da Receita relativos ao período de 1999 a 2003.

Possui registrado no Balanço Patrimonial, grupo passivo exigível a longo prazo,

Provisão para Riscos/Contingências no valor de R$ 2,7 milhões, referente a ações

trabalhistas e cíveis.

Em notas explicativas das Demonstrações Contábeis é informado que há um valor de

R$ 17 mil de bens do RIOCENTRO oferecidos em garantia de ações judiciais.

A empresa recebeu do Tesouro a título de subvenção o valor de R$ 4,7 milhões, o que

representa um grau de dependência financeira de 95% das receitas totais, tendo em

vista que suas receitas próprias foram de apenas R$ 237 mil, ou seja, 5% da receita

total da empresa

O Grau de Endividamento é de 145%, ou seja, para cada R$ 100 (cem) que possui de

bens e direitos, existem R$ 145 (cento e quarenta e cinco) de dívidas totais. A dívida

total da empresa é de R$ 4,4 milhões, e o perfil da dívida é composto de 37%

classificada no curto prazo e 63% no longo prazo.

7.2.10 CET-RIO

A CET-RIO possui registrado no Balanço Patrimonial, grupo passivo exigível a longo

prazo, Provisão para Riscos/Contingências no valor de R$ 6,7 milhões, sendo R$ 4,8

milhões referente ao ISS sobre o movimento econômico da companhia e R$ 1,9

milhões referente a Contingências Cíveis com o Banco do Brasil.

O Decreto nº 21.008, de 22/01/2002, estabelece que a administração das áreas de

estacionamentos fechados, relacionadas no anexo do referido decreto, ficaria sob a

responsabilidade da CET-RIO que, através de procedimento licitatório, escolheria os

permissionários que explorariam os estacionamentos. O Decreto define, ainda, que o

pagamento pelo uso dessas áreas seria efetuado ao Tesouro Municipal por meio de

DARM, código 804-4. Todavia, o contrato é celebrado entre a jurisdicionada e os

permissionários, sem o registro da respectiva receita na contabilidade da empresa e,

conseqüentemente, sem o recolhimento do PIS e da COFINS à alíquota de 1,65% e 7,6%

respectivamente. Sobre o código de receita 804-4, o Tesouro Municipal paga, apenas,

o PASEP, utilizando a alíquota de 0,65% e neste caso o recolhimento do tributo é

inferior às alíquotas do PIS e da COFINS (9,25%).

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Outra questão importante na CET-RIO é a falta de recolhimento de ISS sobre a receita

própria contabilizada, que já ultrapassa um saldo de R$ 4,8 milhões. A empresa

formalizou na Fazenda Municipal, por meio do processo nº 04/000.733/2001, um

pedido de isenção da tributação do ISS sobre a receita própria. Às fls. 89, do presente

processo, a CET-RIO solicita à Secretaria Municipal de Fazenda que encaminhe o

presente ao conhecimento da Procuradoria Geral do Município para suas

considerações, tendo em vista que a Divisão de Estudos Tributários da SMF, em

31/01/2008, aponta ser a empresa, também, contribuinte do Imposto sobre Serviço.

Em notas explicativas a empresa informa que há bens, registrados no Ativo

Permanente, subgrupo Imobilizado, oferecidos em penhora no valor de R$ 169 mil.

A empresa possui registrado no Ativo Realizável a longo prazo Depósitos judiciais no

valor de R$ 1,2 milhões, os quais são relativos às ações cíveis necessários à

interposição de recursos e demais defesas da companhia na esfera judicial, e Ações

Judiciais no valor de R$ 1,8 milhões, que corresponde aos valores impetrados pela

companhia e aguardando julgamento.

A CET-RIO recebeu do Tesouro a título de subvenção o valor de R$ 83,1 milhões o que

representa um grau de dependência financeira de 85% das receitas totais, tendo em

vista que suas receitas próprias foram de R$ 15,0 milhões, ou seja, 15% da receita

total da empresa.

O Grau de Endividamento da CET-RIO é de 81%, ou seja, para cada R$ 100 (cem) que

possui de bens e direitos, existem R$ 81 (oitenta e um) de dívidas totais. A dívida total

da empresa é de R$ 23,0 milhões, e o perfil da dívida é composto de 71% classificada

no curto prazo e 29% no longo prazo, sendo suas dívidas no curto prazo compostas

basicamente de obrigações com Fornecedores no valor de R$ 11,8 milhões.

7.2.11 COMLURB

A COMLURB possui registrado no Balanço Patrimonial, grupo passivo circulante,

Provisão para Riscos/Contingências no valor de R$ 8,8 milhões, sendo R$ 4,0 milhões

referente a Contingências Trabalhistas e R$ 4,8 milhões a respeito de Contingências

Cíveis.

Já no grupo passivo exigível a longo prazo a empresa possui na conta Provisão para

Riscos/Contingências o valor registrado de R$ 126,5 milhões, conforme demonstrado

no quadro a seguir:

De s cr ição V alo r

Fiscais - INS S - NFDL 47.304

P rovis ão A ç ões Trabalhis tas 6.000

P rovis ão A ç ões Cíveis 8.828

Cíveis - Ford M otor 4.628

INS S - Refis 58.054

IP TU 1.753

Tota l 126.567 Fonte: Pres taç ão de Contas 2007

PROV ISÃO RISC O e DÉBIT OS FISCA IS - R$ M ilhar e s

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

A COMLURB possui valores de Autos de infração de R$ 551,5 milhões, referentes a ISS,

não contabilizados no Balanço Patrimonial, mas divulgados em notas explicativas. Os

autos de nº 66.313 e 66.032 estão sendo contestados no âmbito administrativo. A

empresa informa, nas notas explicativas, que o Parecer PGM/PTR reconhece a não-

incidência do ISS nas transferências orçamentárias, aguardando a empresa o

cancelamento da nota de Débito.

A COMLURB possui Edificações no valor de R$ 1,3 milhões e Terrenos no valor de

R$ 3,5 milhões em penhora como garantia de ações trabalhistas e cíveis.

Recebeu do Tesouro a título de subvenção o valor de R$ 503,5 milhões, o que

representa um grau de dependência financeira de 86% das receitas totais, tendo em

vista que suas receitas próprias foram de R$ 83,2 milhões, ou seja, 14% da receita

total da empresa.

O Grau de Endividamento é de 224%, ou seja, para cada R$ 100 (cem) que possui de

bens e direitos, existem R$ 224 (duzentos e vinte e quatro) de dívidas totais. A dívida

total da empresa é de R$ 219,0 milhões, e o perfil da dívida é composto de 42%

classificada no curto prazo e 58% no longo prazo.

Cabe ressaltar que a dívida total da COMLURB representa aproximadamente 24% da

dívida total de todas as empresas do município e, caso a empresa fosse extinta, o

Tesouro Municipal teria que arcar, atualmente, com R$ 121,3 milhões para saldar as

dívidas da empresa (passivo a descoberto).

7.2.12 RIOTUR

A empresa apresentou, em notas explicativas, a descrição da suas Provisões para

Riscos e Contingências, conforme quadro a seguir:

De s cr ição 2007 2006

Contingênc ias F isc ais IS S 41.865 40.663

Contingênc ias Trabalhis tas 698 4.164

Contingênc ias Trabalhis tas - Tânia Fayal 50 -

Contingênc ias Trabalhis tas - Ivan P roença 3.780 -

Contingênc ias F isc ais - INS S 11.321 10.085

Contigênc ias Cíveis 4.034 3.594

Contigênc ias Cíveis - Faz enda Nac ional 2.479 2.208

Contingênc ias Cíveis FGTS 1.103 983

Tota l 65.330 61.698 Fonte: Pres taç ão de Contas 2007

Pr ovis õe s par a Ris cos e Con tin gê ncias -R$ M ilhare s

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A RIOTUR informa, em notas explicativas, que a Secretaria do Patrimônio da União

apresentou Notificação de Débito no valor de R$ 11,3 milhões referente à taxa de

ocupação da Marina da Glória no período de 1986 a 2000, cobrança essa que segundo

Parecer da Procuradoria Geral do Município é indevida, visto que a Prefeitura é titular

do domínio daquele imóvel.

A empresa recebeu do Tesouro a título de subvenção o valor de R$ 47,9 milhões, o

que representa um grau de dependência financeira de 84% das receitas totais, tendo

em vista que suas receitas próprias foram de R$ 9,4 milhões, ou seja, 16% da receita

total da empresa.

O Grau de Endividamento é de 356%, ou seja, para cada R$ 100 (cem) que possui de

bens e direitos, existem R$ 356 (trezentos e cinqüenta e seis) de dívidas totais. A

dívida total da empresa é de R$ 76,7 milhões, e o perfil da dívida é composto de 15%

classificada no curto prazo e 85% no longo prazo.

Cabe ressaltar que a dívida total da RIOTUR representa aproximadamente 8,5% da

dívida total de todas as empresas do município, e caso a empresa fosse extinta o

Tesouro Municipal teria que arcar, atualmente, com R$ 55,2 milhões para saldar as

dívidas da empresas (passivo a descoberto).

7.3 CONTABILIZAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS DO TESOURO

Foi verificado em inspeção realizada na CET-RIO, no exercício de 2007, que o

procedimento adotado pela empresa para contabilização das receitas de transferência

e das reservas de capital consiste em registrá-las, no decorrer do exercício, pelos

recebimentos correspondentes (regime de caixa). No encerramento, se adequando ao

regime de competência, são registrados nas respectivas contas os valores referentes

às despesas do período a serem pagas com recursos do Tesouro e ainda não

repassadas por este, inclusive as despesas sem empenho. Ressalte-se que esse

procedimento, durante o exercício, pode gerar apuração de lucro real em determinado

período, tendo em vista a falta de correspondência entre receitas e despesas a serem

custeadas pelo Tesouro.

Na mesma inspeção foi verificado na MULTIRIO que o procedimento adotado pela

empresa para contabilização das receitas de transferência e das reservas de capital

consiste em registrá-las no mesmo período em que são contabilizadas as despesas a

serem pagas com recursos do Tesouro, evitando, assim, uma eventual apuração de

lucro real, o que poderia acarretar pagamento de imposto de renda.

Em face do exposto, se verifica que as empresas utilizam procedimentos diferentes

para a contabilização das transferências do Tesouro e, neste caso, a CGM deveria

emitir resolução uniformizando, entre todas as empresas municipais, os

procedimentos para contabilização dessas transferências, levando-se em conta os

efeitos tributários e a consolidação do Balanço da Prefeitura.

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Data 15/04/08 Fls 350

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

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7.4 DESPESAS SEM PRÉVIO EMPENHO

Segundo o artigo 60 da Lei 4.320/64 e o artigo 114 do RGCAF é vedada a realização

de despesas sem prévio empenho, no entanto, conforme análise processual,

observou-se que as empresas, no quadro a seguir, contrariaram, no exercício de

2007, o determinado no caput dos dispositivos legais comentados.

PROCESSO CONTRATO/TERMO A JUSTE CONTRATANTE VA LOR – R$

40/005.624/2007 Termo de Ajuste nº 025/2007 CET-RIO 322.534,22

40/005.362/2007 Termo Ajuste nº 022/2007 CET-RIO 28.549,02

40/005.744/2007 Contrato nº 187/2007 COMLURB 16.775.991,72

40/005.101/2007 Termo de Ajuste nº 05/2007 COMLURB 1.717.000,00

40/006.222/2007 Termo ajuste nº 12/2007 COMLURB 990.354,78

40/000.011/2008 Contrato nº 193/2007 COMLURB 900.000,00

40/005.617/2007 Termo de Ajuste nº 010/2007 COMLURB 82.347,30

40/002.257/2007 Termo Aditiv o nº 30/2007 RIOFILME 200.000,00

RE AL IZAÇ ÃO D E DE S P E S AS S E M P RÉ V IO E M P E NHO

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8.1 MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO................................352

8.1.1 DETALHAMENTO DOS AJUSTES NAS DESPESAS....................................... 355

8.1.2 DETALHAMENTO DOS AJUSTES NAS RECEITAS........................................ 366

8.1.3 SIOPE................................................................................................................. 367

8.2 APLICAÇÃO NA REMUNERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO

MAGISTÉRIO...........................................................................................................368

8.3 AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE ............................................369

8.3.1 ACOMPANHAMENTO DE RESTOS A PAGAR ................................................ 370

8.4 DESPESA COM PESSOAL...........................................................................372

8.4.1 OUTRAS DESPESAS DE PESSOAL ................................................................ 374

8.5 CRÉDITOS ADICIONAIS...............................................................................374

8.6 DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA................................................................376

8.7 GARANTIAS DE VALORES..........................................................................378

8.8 RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO ................................................379

8.8.1 EM RELAÇÃO À RECEITA CORRENTE LÍQUIDA........................................... 379

8.8.2 EM RELAÇÃO ÀS DESPESAS DE CAPITAL................................................... 380

8.8.3 EM RELAÇÃO ÀS DESPESAS DE CAPITAL - PROJETO DA LOA 380

8.9 SALDO DE OPERAÇÕES DE ARO ..............................................................380

8.10 COMPROMETIMENTO ANUAL COM ENCARGOS DA DÍVIDA .................381

8.11 INSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS......................381

8.11.1 RISCO DE DÍVIDAS NÃO RECONHECIDAS .................................................... 383

8.11.2 DISPONBILIDADES FINANCEIRAS ................................................................. 387

8.12 INCENTIVO À CULTURA ..............................................................................389

LIMITES LEGAIS

LIMITES LEGAIS

LIMITES LEGAIS

LIMITES LEGAIS

8888

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 352

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LimitesLimitesLimitesLimites

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8 LIMITES

O quadro, a seguir, sintetiza o desempenho do Município do Rio de Janeiro em relação

às 17 (dezessete) exigências constitucionais e legais aplicáveis ao período analisado.

Ressalte-se que as informações foram impactadas pelas constatações processadas por

meio de inspeções e do exame da execução orçamentária.

Obje toDe no m inad or

L im ite m o ne tár ioExigê ncia A ting ido C um pr iu

Manutenç ão e Des env olv imento do Ens ino Impos tos e Trans f erênc ias 25% 24,68% Não

Remuneraç ão do Magis tério A rrec adaç ão do FUNDEF 60% 84,36% Sim

A ç ões e Serv iç os Públic os de Saúde Impos tos e Trans f erênc ias 15% 15,14% Sim

Pes s oal - Ex ec utiv o Rec eita Corrente Líquida 54% 46,97% Sim

Pes s oal - Legis lativ o Rec eita Corrente Líquida 6% 3,12% Sim

Pes s oal - Cons olidado Rec eita Corrente Líquida 60% 50,09% Sim

A mortiz aç ão e Enc argos -Dív ida Cons olidada Rec eita Corrente Líquida 11,50% 9,98% Sim

Des pes as c om parc er ias públic o-priv adas Rec eita Corrente Líquida 1% NP ( *)

Inc entiv o à Cultura Rec eita de ISS 0,4 a 1% 0,40% Sim

Es toque da Dív ida Cons olidada Líquida Rec eita Corrente Líquida 120% 73,04% Sim

Garantias ou Contragarantias Rec eita Corrente Líquida 22% 0,00% Sim

Operaç ões de Crédito por A RO Rec eita Corrente Líquida 7% 0,00% Sim

Obrigaç ões Financ eiras Dis ponibilidade Financ eira 3.944.524 1.472.971 Sim

Operaç ões de Crédito Rec eita Corrente Líquida 16% 0,10% Sim

Operaç ões de Crédito Des pes as de Capita l 1.238.425 8.932 Sim

Operaç ões de Crédito Prev is tas Des pes as de Capita l Fix adas 1.712.732.998 220.388.000 Sim

Outr os A bertura de Créditos A dic ionais Dotaç ão Inic ial A jus tada 29% 10,91% Sim

(*) A CGM não public ou o demons trativ o.

Rec

eita

s

Des

pes

as

Mín

imas

Des

pes

as

Máx

imas

En

div

idam

ento

Pas

sivo

s

O quadro evidencia que o Município não cumpriu o percentual mínimo exigido para

aplicação na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino.

Os itens seguintes contêm o detalhamento sobre as exigências Constitucionais e

Legais.

8.1 MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

O art. 212 da Constituição Federal obriga os Municípios a aplicarem, na manutenção e

desenvolvimento do ensino - MDE, um mínimo de 25% de sua receita resultante de

Impostos, inclusive as provenientes de Transferências.

A Prestação de Contas do Prefeito do exercício em análise evidencia o cálculo das

despesas com a manutenção e desenvolvimento do ensino em dois quadros, conforme

subitens 3.1.1 e 3.1.2, sendo este em conformidade com o Manual aprovado pela

Portaria nº 559, de 21 de agosto de 2007, e alterações, reproduzido no subitem 2.1.8

e, aquele, com o anexo VII da Lei nº 4.458, de 29/12/2006 (Lei Orçamentária de

2007).

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 353

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

LimitesLimitesLimitesLimites

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Os principais parâmetros para a aferição do cumprimento do limite acima referido

podem ser encontrados nos arts. 212 e 213 da Constituição Federal, bem como na Lei

nº 9.394, de 20 dezembro de 1996 - LDB, em seus arts. 11, 18 e 69 a 73 e nas

manifestações da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação13131313.

A Constituição Federal determina que o Poder Executivo deverá publicar o Relatório

Resumido da Execução Orçamentária - RREO, até 30 dias após o encerramento de cada

bimestre, como segue:

Art.165 (...)

§ 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,

relatório resumido da execução orçamentária.

A composição do mencionado relatório pode ser encontrada na Lei Complementar

nº 101, de 04/05/2000, que o considera como um dos instrumentos da gestão fiscal,

ao qual será dada ampla divulgação (arts 48, 52, 53), e na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação, em seu art.72, que inclui a evidenciação da aplicação mínima dos 25% na

MDE, como segue:

Art. 72. As receitas e despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino serão

apuradas e publicadas nos balanços do Poder Público, assim como nos relatórios a que se

refere o § 3º do art. 165 da Constituição Federal.

Resta evidenciada, portanto, a base legal que inclui o demonstrativo das receitas e

despesas da MDE no Relatório Resumido da Execução Orçamentária. A padronização e

definição do conteúdo do RREO têm sido realizadas pela Secretaria do Tesouro

Nacional – STN, devido a sua atribuição de editar normas gerais para consolidação das

contas públicas, enquanto não implantado o Conselho de que trata o art. 67 da LRF.

Os dados desse demonstrativo, após eventuais ajustes realizados pelos Tribunais de

Contas, em decorrência de suas inspeções, auditorias e considerações em parecer

prévio, são a base para a emissão de certidões pelos mesmos. O Ministério da Fazenda

exige do Poder Executivo a apresentação dessas certidões, elaboradas pelo Tribunal de

Contas, em determinadas circunstâncias.

Dessa forma, o foco da análise da MDE se concentrará nos dados publicados pelo

Município do Rio de Janeiro, de forma a apurar a necessidade de ajuste da informação

que deverá constar nas Certidões expedidas pelo TCMRJ.

A peça sobre a qual a análise principal se debruça é o referido Anexo X do RREO, que

evidencia a apuração das Despesas e Receitas da MDE, e decorre de fundamentação

constitucional e legal.

13

Art. 9º, §1º da Lei 4024/61 - São atribuições da Câmara de Educação Básica:(Redação dada pela Lei nº 9.131, de 1995):

(...)

g) analisar as questões relativas à aplicação da legislação referente à educação básica;(Incluída pela Lei nº 9.131, de 1995)

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 354

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

LimitesLimitesLimitesLimites

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Ressalte-se que a adoção do modelo, constante na Manual da STN, foi tornada

facultativa, pela Portaria STN nº 25, de 17/01/2008, excepcionalmente no exercício de

2007, devido a edição tardia da Portaria nº 559, de 21 de agosto de 2007. No entanto,

deverão ser observados os conceitos, critérios e demais disposições definidos na

Constituição da República, na Lei nº 9.394/96, e na legislação concernente para

apuração dos mínimos da educação. O Município aderiu ao modelo parcialmente.

O Município publicou o Demonstrativo da Apuração das Receitas e Despesas com MDE

no subitem 2.1.8, item relativo ao RREO, e no subitem 3.1.2, na seção que o Município

denomina de relatório de limites, que foi apresentado de forma incompleta, omitindo-

se a integralidade do demonstrativo de forma que não evidenciou o percentual

aplicado. Tal omissão não caracterizou o descumprimento das duas exigências formais

fixadas pelo art. 72 da LDB, pois o relatório constante do subitem 2.1.8 foi

apresentado integralmente.

Os fatos constatados em inspeção ordinária e em exercícios anteriores, bem como a

análise da execução do orçamento, confrontados com os dados publicados pelo

Município revelam o seguinte:

R$

De spe sa s Conside ra da s pa ra fins de lim ite consituciona l

P CRJ CAD DIFERENÇAS

Se cre tar ia M u nicip al d e Ed ucação 1.531.119.537 1.530.020.984 (1.098.553)

M u ltir io 15.661.446 15.661.446 0

FUNLA R 5.029.483 0 (5.029.483)

Exclus ão de Re s to s a Pagar d e 2007 Cance lad os nopr im e ir o b im e s tre de 2008

0 (2.083.529) (2.083.529)

Co m p e ns ação d os Re s tos a Pag ar Cance lad os deExe rcício An te r io r

(7.058.790) (749.464) 6.309.326

De s p e s as C o ns ide rad as par a f ins de lim ite Co n s titucion al

1.544.751.676 1.542.849.436 (1.902.240)

RECEITA S C ONSIDERA DA S PCRJ CAD Dife re nça 1. Re ce itas r e s u ltan te s d e Im po s to s 3.909.829.947 3.909.829.947 0

2. T ran s fe rê n cia do Es tad o 1.407.677.016 1.407.677.016 0

3. T ran s fe rê n cia da Un ião 102.043.063 102.043.063 0

4.FUNDEB 244.807.600 832.422.097 587.614.497

Partic ipação na Cons tituiç ão do Fundo 244.807.600 244.807.600 0

V alor A dic ional rec ebido pelo Munic ípio (Ganho) 0 576.107.697 576.107.697

Rec eita Patr imonial 0 11.506.799 11.506.799 Re ce itas Co n s id e r adas p ara fin s d e lim ite Co n s titucion al

5.664.357.626 6.251.972.123 587.614.497

PERCENTUAL APLIC ADO 27,27% 24,68% -2,59%

0,32%

20.143.594,29

Da dos do De m onstra tivo Ex igido pe la LDB Ajusta dos

COM PENSAÇ ÃO A SER REA LIZ ADA EM 2008

Verifica-se que o Município aplicou o percentual de 24,68%. 24,68%. 24,68%. 24,68%. O percentual apurado

diverge do publicado pela CGM em decorrência dos ajustes indicados a seguir:

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 355

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

LimitesLimitesLimitesLimites

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Considerando que o percentual apurado de 24,68% ficou abaixo do exigido na CF/88,

sugere-se:

•••• este seja o percentual a ser considerado, quando da emissão de Certidões e demais

solicitações; e

•••• seja determinado ao Município a aplicação adicional, em 2008, de R$ 20.143.594,29 na

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino com intuito de regularizar o ocorrido em

2007, sem prejuízo do percentual mínimo de 25%.

8.1.1 DETALHAMENTO DOS AJUSTES NAS DESPESAS

Esse item evidencia as despesas que o Município incluiu na apuração do cumprimento

da obrigação constitucional de aplicar o mínimo de 25% na MDE que, em nosso

entendimento, não devem compor tal base de cálculo.

8.1.1.1 DESPESAS REALIZADAS PELA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

A CAD identificou, por meio de inspeção, que determinadas despesas realizadas pela

Secretaria de Educação não constituem elementos integrantes da base de cálculo para

apuração da aplicação em MDE, por não se tratarem de despesas com a manutenção e

desenvolvimento do ensino.

As despesas identificadas foram as seguintes:

Despesas com aquisição de camisas, uniformes e mochilas

Constatou-se a existência de aquisições de uniformes, camisas e mochilas escolares

para os alunos da rede pública do município como discriminado no quadro a seguir.

R$

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Data 15/04/08 Fls 356

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

LimitesLimitesLimitesLimites

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

A despesa realizada não é considerada típica ou necessária à consecução dos objetivos

das instituições educacionais que oferecem a educação básica na forma preconizada

no caput do art. 70 da Lei 9.394/96 - LDB. Tais despesas possuem

predominantemente caráter assistencial, por conseguinte não integrantes do conjunto

de ações de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino . Ressalte-se que o Ministério

da Educação não considera a aquisição de uniformes escolares como despesa

permitida com recursos do FUNDEB.

Despesas com alimentação dos alunos

Foi constatado em processo da 1a Coordenadoria Regional de Educação, a aquisição de

Kits, junto à Home Bread Indústria e Comércio LTDA, para a complementação da

alimentação de alunos em atividades externas em 2007. A despesa foi apropriada no

código de despesa 3.3.90.32.0114141414 – Gêneros alimentícios, conforme Classificador da

Despesa/2007, com empenho de R$ 7.980,00.

A análise da execução orçamentária da Secretaria de Educação revelou que o órgão

realizou um total de R$ 28.366,83, sendo inclusive financiado pelo FUNDEB.

A Constituição Federal determina que é dever do Estado o atendimento ao educando,

no ensino fundamental, através de programas suplementares de alimentação (art. 208,

VII). Porém, excluiu tais gastos da MDE, ao indicar que tais despesas seriam cobertas

por recursos de contribuições sociais e outros recursos orçamentários (art. 212, §4º).

Ressalte-se, ainda, que a LDB também não considera gastos com programas

suplementares de alimentação na composição da MDE.

Propõe-se, portanto, a exclusão de R$ 28.366,83 da base de cálculo.

Despesas com projetos culturais – Ciranda de Espetáculos

Os processos nºs 07/203.744/007 e 07/203.834/2007 se referem à apresentação

para alunos das CRE de espetáculos teatrais nas próprias escolas, nas lonas culturais

ou em outros espaços alternativos.

O processo nº 07/202.810/2006, refere-se ao projeto cultural Escola de Bamba,

através da contratação da Entidade Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Mirim

– GRCESM Corações Unidos do CIEP.

No entanto, deve-se analisar tais despesas à luz do art. 70 da Lei de Diretrizes e Bases

da Educação, como segue:

Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as despesas

realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicosobjetivos básicosobjetivos básicosobjetivos básicos das instituições educacionais de

todos os níveis, compreendendo as que se destinam a: (grifo nosso)

14

3.3.90.32.01 - Gêneros Alimentícios - Conforme a ementa, inclusive bolsa alimentação, desde que não destinado a funcionários do

Município, desde que não controlado pelo SISGEN.

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Data 15/04/08 Fls 357

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

LimitesLimitesLimitesLimites

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

A garantia do acesso à cultura é esforço adicional que os Entes deverão fazer, sem

utilizar recursos vinculados ao atendimento das necessidades básicas da educação

pública. O dever do Estado em relação a cultura é tratado em sessão distinta na

Constituição Federal, em seu art. 215.

Desta forma, essa despesa não deve ser considerada típica ou necessária à consecução

dos objetivos das instituições educacionais que oferecem a educação básica na forma

preconizada no caput do art. 70 da Lei 9.394/96 - LDB. Tais despesas possuem

predominantemente caráter cultural, por conseguinte não integrantes do conjunto de

ações de MDE.

O montante realizado em função dos processos em análise foi de R$ 24.100,00, que

não deveria compor a base de cálculo da MDE.

Resumo – Execução da SME

Face ao exposto nos itens anteriores, propõe-se a dedução da base de cálculo o

montante de R$ 1.098.553,00, como segue:

R$

8.1.1.2 DESPESAS REALIZADAS POR OUTROS ÓRGÃOS

Os comentários que seguem se referem à parcela restante das despesas da FUNLAR

que foram consideradas na apuração do percentual da MDE.

Inicialmente, esta Corte tinha, em relação ao exercício de 2004, considerado indevida

a inclusão de despesas com a Gratificação do Sistema de Assistência Social e Merenda,

realizadas pela FUNLAR, conforme Voto do Exmo Sr. Conselheiro Jair Lins Netto.

Esta Corte, nos termos do voto do Exmo Sr. Conselheiro Nestor Rocha, em relação à

Prestação de Contas referente ao exercício de 2005, já havia recomendado a exclusão

das despesas executadas pela FUNLAR nas Subfunções Administração Geral,

Assistência ao Portador de Deficiência, Educação Especial, Tecnologia da Informação e

Formação de Recursos Humanos, mantendo apenas a Subfunção Educação Infantil,

pelos motivos que seguem:

•••• A CGM não computou estas despesas no Demonstrativo previsto na LDB, constante do

Relatório Resumido de Execução Orçamentária, no cálculo do percentual aplicado para

os fins do art.212 da Constituição Federal, por se referirem a parcelas classificadas no

inciso V do art.11 da LDB.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 358

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

LimitesLimitesLimitesLimites

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

•••• A 3ª Inspetoria Geral informou que os programas operados pela FUNLAR se referem à

assistência social, com exceção do Desenvolvimento Infantil Inclusivo, sobre o qual não

foi possível formar juízo objetivo, inserido na subfunção Educação Infantil.

•••• Apesar de a Constituição Federal determinar a inclusão dos recursos atinentes à MDE no

Sistema Municipal de Ensino, foram computadas despesas de uma Entidade inserida na

Rede Única de Assistência Social, com a incumbência de realizar a avaliação e

monitoramento da área, observando, entre outras normas, a Lei Orgânica da Assistência

Social.

Em 2006 foi confirmado em Inspeção que as despesas da FUNLAR se destinavam à

assistência social, de inclusão não permitida pelo inciso IV do art. 71 da LDB,

conforme decisão do Plenário referente à prestação de contas do exercício de 2006. As

decisões foram subsidiadas, inclusive, por duas inspeções ordinárias realizadas pela

CAD.

Os fatos descritos evidenciam que esta Corte consolidou seu entendimento, nos

últimos três exercícios, sobre a ilegalidade da inclusão das despesas da FUNLAR na

base de cálculo da MDE.

8.1.1.2.1 FUNDAMENTAÇÃO ADICIONAL

A exclusão de despesas de outros órgãos da base de cálculo da MDE possui como

fundamento adicional a sua não vinculação ao Sistema Municipal de Ensino, conforme

o §2º do art. 212 da Constituição Federal.

A composição do Sistema Municipal de Ensino é estabelecida no art.18 da LDB, como

segue:

•••• as instituições dos ensinos fundamental, médio e de educação infantil mantidas pelo

Poder Público municipal;

•••• as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada;

•••• os órgãos municipais de educação.

Um sistema de ensino, segundo José Augusto Dias, no livro Educação Básica –

Políticas, Legislação e Gestão15151515, possui três partes: instituições de ensino, o órgão de

administração (departamento de educação ou órgão equivalente) e o Conselho de

Educação.

A LDB reforça o fixado na Constituição Federal, definindo que os recursos vinculados à

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino deverão ser repassados para o Órgão

Responsável pela Educação, conforme §5º do art. 69. Desta forma, a Lei identificou o

Órgão responsável pelos recursos vinculados para a aplicação nas finalidades previstas

no art. 212 da CF, com benefício exclusivo do Sistema Municipal de Ensino, conforme

§2º do citado artigo.

15

Vários Autores.Educação Básica – Política, Legislação e Gestão.São Paulo: Thomson, 2004.

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Data 15/04/08 Fls 359

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

LimitesLimitesLimitesLimites

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

A Câmara de Educação Básica16161616, do Conselho Nacional de Educação, que legalmente

analisa as questões atinentes à legislação do ensino fundamental e infantil, entende

que os órgãos responsáveis pela educação, indicados no §5º do art. 69 da LDB, e,

portanto, destinatários dos recursos vinculados para a Manutenção e Desenvolvimento

do Ensino são:

•••• As Secretarias de Educação - Órgãos executivos responsáveis pela educação escolar e

•••• Os Conselhos de Educação – Órgãos normativos responsáveis pela educação escolar.

A manifestação consta no Parecer nº 04/2001, cuja cópia compõe o Anexo IIAnexo IIAnexo IIAnexo II da

análise da CAD, aprovado em 30/01/2001, Processo nº 230001.000385/2001-17. A

consulta formulada pelo Conselho Municipal de Educação do Município de São Paulo

procura entender quais são os responsáveis pelos recursos da MDE (art. 69,§5º - LDB):

“Por este encaminhamos consulta a esse Egrégio Conselho sobre o entendimento e o

alcance das expressões” órgão responsável pela educação “, a que se refere o §5º, do

art.69, da Lei nº 9.394, de 20/12/1996 (LDB) e” órgãos responsáveis pelos sistemas de

ensino “, a que se refere o art.11 da Lei nº 9.424, de 24 de Dezembro de 1996.”

A justificativa para a consulta da Secretaria de Educação ressalta a complexidade da

estrutura administrativa da Prefeitura e o envolvimento de diversas Secretarias

Municipais nas atividades-meio de alguma forma relacionadas com a educação, como

Assistência Social, Abastecimento, Administração e Finanças.

O Parecer da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação

demonstra que o Órgão destinatário dos recursos é aquele que tem a atribuição

específica de operar o ensino público, como segue:

“No âmbito da administração pública, um órgão de Estado é uma unidade da administração

direta, permanente ou temporária, emanada de lei, sendo um centro de poder que põe em

função um certo número de atribuições que lhe são afeitas, próprias do serviço público em

campos específicos de atuação do Estado. Neste sentido, pode haver tantos órgãos

quantas funções específicas lhes forem atribuídas”.

Noticia, ainda, que na prática, os diversos entes têm operado a legislação educacional

por meio de órgãos chamados de Secretarias de Educação (Órgãos Executivos) e

Conselhos de Educação (Órgãos normativos).

Portanto, observa-se que o art. 69, §5º da LDB17171717 prevê que os recursos destinados à

MDE devem ser concentrados neste Sistema de Ensino, com foco na escola, conforme

expressamente previsto no §2º do art. 212 e no art. 213 da Constituição Federal.

16

Art. 9º, §1º da Lei 4024/61 - São atribuições da Câmara de Educação Básica:(Redação dada pela Lei nº 9.131, de 1995):

(...)

g) analisar as questões relativas à aplicação da legislação referente à educação básica;(Incluída pela Lei nº 9.131, de 1995) 17

Art 69, § 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

ocorrerá imediatamente ao órgão responsável pela educação, observados os seguintes prazos:

(...)

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 360

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

LimitesLimitesLimitesLimites

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Ressalte-se que este é um dos requisitos à qualificação das despesas para os fins do

art. 212 da Constituição Federal, pois nem toda despesa realizada pela Secretaria de

Educação pode ser incluída na MDE, devido às vedações constantes da Lei e da

Constituição Federal.

8.1.1.2.2 PARECER PGM SOBRE O TEMA

A CGM, através do processo administrativo 013/000.094/2007, solicitou que a PGM se

manifestasse a respeito da interpretação jurídica do previsto no §2º do art. 212 e no

art. 213 da Constituição Federal.

A CGM, através do Ofício nº 131/CGM, de 17/03/2008, encaminhou a este Tribunal, o

Parecer da PGM, da lavra da Excelentíssima Senhora Procuradora-Chefe da

Procuradoria Administrativa da PGM – PG/PADM, por meio do Ofício nº 93/CGM, de

17/03/2008, cuja cópia se encontra no Anexo IIIAnexo IIIAnexo IIIAnexo III desta análise.

A seguir são comentados os principais aspectos contidos no referido Parecer, bem

como o posicionamento da CAD sobre o assunto.

Inicialmente o Parecer informa que a obrigação constitucional mínima é de “20% (vinte

por cento)” para os Municípios. Ocorre que esse percentual vigiu em período anterior à

atual Constituição Federal, de 1988, que determinou a aplicação mínima de 25% na

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, por parte dos Municípios.

Outro equívoco foi encontrado na seguinte afirmação:

“Entretanto, com o advento de alguns instrumentos legislativos definidores das

classificações e enquadramentos das despesas, como a Lei nº 4.320/64, a LDB deixa de ser

a única a estabelecer as diretrizes para os gastos coma MDE.”

O contido no argumento parece conter o seguinte paradoxo: A Lei nº 4.320/64,

editada 32 anos antes da Lei nº 9.394/96, trouxe inovação geradora de nova

interpretação do parágrafo 5º do art.69 da LDB/96.

Cabe lembrar que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação editada em 1961, Lei

nº 4.024/61, não continha dispositivo que estabelecesse a destinação dos recursos da

MDE para o Órgão responsável pela educação. Nem a LDB de 1971 tratava desse

aspecto (Lei nº 5.692/71). Trata-se de inovação da LDB de 1996, com posterior

interpretação do Conselho Nacional de Educação, elaboradas em meio a nova ordem

constitucional.

Ressalte-se, ainda, que as normas mencionadas têm finalidades distintas, pois a Lei nº

4.320/64 estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos

orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal,

enquanto a Lei editada 32 anos após, tem a função de estabelecer as diretrizes e bases

da educação nacional, detalhando inclusive as fontes de financiamento da educação.

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

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CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Desta forma, não cabe a Lei nº 4.320/64 definir o enquadramento das despesas que

compõe a manutenção e desenvolvimento do ensino para os fins do art. 212 da CF.

Permite, como ferramenta, apenas localizar as despesas, através da codificação

orçamentária, para então, com base na Constituição de 1988 e na LDB definir o que

compõe ou não a aplicação obrigatória.

A PGM concluiu com a seguinte afirmação:

“Por todo o exposto, concluiu o Sr. Prefeito pela ausência de ilegalidade na inclusão de

despesas na MDE, realizadas na SMEL e FUNLAR, vez que, embora não vinculados

diretamente ao Sistema de Ensino, contribuem para a formação educacional do indivíduo,

na medida que os investimentos da administração são voltados a um fim, e não a

determinado órgão.”

O pressuposto de que pode ser incluído na MDE as despesas que contribuem para

formação da educação do indivíduo sem relação direta com o sistema de ensino é

falho, pois a Constituição Federal e a LDB, conforme dispositivos já mencionados,

restringem a aplicação dos recursos. O art. 71 da LDB lista, por exemplo, um elenco de

despesas que notoriamente podem contribuir, de forma indireta, para a formação da

educação, mas que não podem ser contempladas com os recursos representativos dos

25% das receitas resultantes de impostos.

Por fim, vale registrar que a Constituição Federal fixa o direcionamento dos 25% dos

recursos resultantes de impostos para o atendimento dos objetivos básicos das

ESCOLASESCOLASESCOLASESCOLAS, integrantes do sistema de ensino, devendo repassar os recursos ser

repassados à Secretaria de Educação que os aplicará, considerando o seu projeto

pedagógico e as normas do Conselho de Educação (Constituição Federal – §2º do

art.212, art.213, LDB - §5º do art.69 e art.70 e Parecer do Conselho Nacional de

Educação nº04/2001).

Portanto, os recursos são vinculados a um Órgão - a Secretaria Municipal de Educação

- e no âmbito desse Órgão atender às finalidades definidas em lei. Do contrário,

poderia se admitir, ainda, o direcionamento de recursos do salário-educação,

Programa Dinheiro Direto na Escola e FUNDEB, por exemplo, para outros órgãos.

Ressalte-se que a aplicação dos recursos neste último segue as mesmas restrições que

as aplicadas à base de cálculo da MDE, incidindo sobre ela todos os dispositivos legais

mencionados neste item.

A dificuldade em se atribuir a gestão dos recursos da MDE à Secretaria de Educação,

juntamente com o Conselho de Educação, já evidencia que a natureza das despesa

está distanciada dos objetivos básicos mencionados na LDB.

A conclusão apresentada pela PGM foi fundada em argumentos frágeis, de forma que

não aditou novos elementos à colação. Assim a CAD entende que os mesmos não

agregaram novos elementos à discussão.

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Data 15/04/08 Fls 362

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8.1.1.2.3 REPASSE DAS RECEITAS DA MDE PARA A SME

A LDB estabelece que as receitas pertencentes à base de cálculo da MDE deverão ser

repassadas ao órgão responsável pela educação e disciplina, inclusive os prazos,

fixados em função da arrecadação. Determina, ainda, que o atraso na liberação

sujeitará os recursos à correção monetária e responsabilização civil e criminal das

autoridades competentes, como segue:

Art 69, § 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da União, dos Estados,

do Distrito Federal e dos Municípios ocorrerá imediatamente ao órgão responsável pela

educação, observados os seguintes prazos:

I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de cada mês, até o vigésimo dia;

II - recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigésimo dia de cada mês, até o

trigésimo dia;

III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao final de cada mês, até o décimo dia

do mês subseqüente.

§ 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos a correção monetária e à responsabilização

civil e criminal das autoridades competentes.

A aplicação do referido parágrafo, combinado com o disposto no art. 60 do ADCT e na

Lei nº 11.494/2001 implica o repasse daqueles recursos para a SME tão logo ocorra a

sua arrecadação.

A hipótese a seguir formulada retrata a aplicação do referido dispositivo quando a

arrecadação ocorrer entre o primeiro e o décimo dia de um determinado mês em 2009

como exemplo:

•••• Caso ocorra a arrecadação de IPTU, ISS, ITBI, IRRF, dívida ativa de impostos, multa e

juros de mora de impostos e de dívida ativa de impostos, entre o dia 1º e o décimo dia,

a parcela de 25% desse montante deverá ser liberada para a Secretaria Municipal de

Educação até o vigésimo dia do mesmo mês.

•••• Caso ocorra transferência de IPVA, ITR, FPM, ICMS, IPI, desoneração do ICMS exportação

para o Município entre o 1º dia e o décimo dia, a parcela de 5% dessa arrecadação

deverá repassada para a Secretaria Municipal de Educação até o vigésimo dia, a título de

receita vinculada à MDE. O percentual de 20%, decorrente da diferença entre 25% e 5%,

também vinculada à MDE, beneficia a educação por meio do FUNDEB, com sistemática

própria estabelecida no art. 60 do ADCT e Lei Federal nº 11.494/2007.

8.1.1.3 ACOMPANHAMENTO DE RESTOS A PAGAR

Esta Corte tem considerado as despesas empenhadas na apuração do percentual

aplicado na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, assim como o Município do Rio

de Janeiro, o que é corroborado nos Manuais da Secretaria do Tesouro Nacional, como

no aprovado pela Portaria nº 559, de 21 de agosto de 2007:

(...) Portanto, durante o exercício, são consideradas despesas executadas apenas as

despesas liquidadas e, no encerramento do exercício, são consideradas despesas

executadas as despesas liquidadas e as inscritas em restos a pagar não processados.

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Esta prática demanda o acompanhamento da trajetória dos Restos a Pagar Não

Processados, além dos Restos a Pagar Processados, pois o eventual cancelamento

destas parcelas nos exercícios subseqüentes impactará o percentual efetivamente

aplicado em educação nos exercícios passados.

Ressalte-se que a CGM passou a disponibilizar no FINCON relatórios específicos sobre

a execução e cancelamento dos restos a pagar computados na apuração do

cumprimento das obrigações constitucionais exigidas para a educação e saúde.

O Município informou no demonstrativo exigido pela LDB o cancelamento de

R$ 7.058.790.00. O registro foi apresentado no campo nº 28 - Cancelamento no

exercício, de restos a pagar inscritos com disponibilidade financeira de recursos de

impostos vinculados ao ensino, que se trata de dedução das despesas destinada à MDE

em 2007.

A finalidade do campo, segundo o referido Manual, é a seguinte:

“Nessa linha, registrar o total de restos a pagar cancelados no exercício, que foram

inscritos com disponibilidade financeira. Esse valor não deverá compor a base de cálculo

para fins de cumprimento dos limites mínimos constitucionalmente estabelecidos,

devendo, portanto, ser deduzido. O objetivo é compensar, no exercício, os Restos a Pagar

cancelados provenientes de exercícios anteriores que se destinavam à manutenção e

desenvolvimento do ensino. Para fins de interpretação, o sinal positivo representa uma

dedução”.

O objetivo deste item é apurar a existência de exercício no qual o percentual de efetiva

aplicação se situe abaixo de 25% em função de cancelamento posterior dos Restos a

Pagar.

Outro aspecto que fundamenta a manutenção desse acompanhamento é o efeito, aqui

abordado como hipótese, nas Contas de futuros Prefeitos, do cancelamento de restos

pagar que tenham sido inscritos durante os Mandatos dos Gestores anteriores apenas

para permitir o cumprimento dos limites. A compensação através da dedução dos

restos a pagar cancelados de período anterior reduz a aplicação apurada em

momentos futuros, podendo prejudicar o atendimento à Constituição pelos Gestores.

Constitui, portanto, item relevante no exame da responsabilidade, além oferecer

transparência sobre os motivos que levaram o percentual a ser reduzido em

determinado exercício.

Ressalte-se, ainda, que a formulação da finalidade do campo 28, pela STN, poderia ser

aperfeiçoada. Deveria ocorrer compensação da aplicação no exercício atual somente

quando o eventual cancelamento de restos a pagar acarretar em um percentual inferior

a 25% no exercício no qual ele foi inscrito.

De acordo com o quadro a seguir apresentado, propõe-se que esta Corte considere a

dedução no percentual apurado em 2007 somente do montante de R$ 749.464,49, e

não de R$ 7.058.790.00, como evidenciou o Município. Fica evidente que somente

houve impacto no percentual aplicado em 2004.

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R$

8.1.1.3.1 INCLUÍDOS NA MDE DE 2004 E CANCELADOS EM 2007

O percentual considerado por esta Corte, como gasto na Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino no exercício de 2004, foi de 25,00%, considerando a

exclusão de despesas realizadas durante o exame das Contas de 2004, por não se

coadunarem com a LDB, e o valor relativo às despesas inscritas em Restos a Pagar em

dezembro de 2004 e canceladas no decurso do exercício de 2005, conforme apurado

quando do exame da Prestação de Contas de 2005.

Examinando o fluxo dos Restos a Pagar remanescentes do exercício de 2004, durante

o exercício de 2006, foi observado que o Município do Rio de Janeiro efetuou o

cancelamento de R$ 83.351,41, o que não afetou o percentual, de forma relevante,

mantendo-se o percentual de 25,00%.

Em termos monetários, o valor aplicado se deslocou para R$ 1.206.680.667,59,

ficando acima do mínimo exigido em apenas R$ 54.290,84. O valor mínimo,

considerando a receita de R$ 4.826.505.507,00 é de R$ 1.206.626.376,75.

Considerando a existência de Restos a Pagar Não Processados de 2004, em

31/12/2006 (dois anos depois) no valor de R$ 803.755,33, esta Corte expediu alerta

ao Município do Rio de Janeiro sobre o possível impacto no percentual aplicado em

2004, do eventual cancelamento de Restos a Pagar em cifras superiores a

R$ 54.290,84.

O exame da situação do saldo dos restos a pagar relativos ao exercício de 2004 em

2007 revelou que o Município cancelou integralmente o montante de R$ 803.755,33,

como segue:

R$

O quadro evidencia que o cancelamento resultou em um percentual de 24,98%, ficando

abaixo do exigido na CF e representando a necessidade de aplicação adicional de

R$ 749.464,49.

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A CAD considerou o montante de R$ 749.464,49 como dedução do montante das

despesas realizadas com a Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, em 2007, de

forma a regularizar o déficit de aplicação.

Sugere-se, portanto, que esta Corte considere 25% como aplicação na MDE em 2004,

em face da referida regularização em 2007.

8.1.1.3.2 INCLUÍDOS NA MDE DE 2005 E CANCELADOS EM 2007

Esta Corte emitiu Parecer Prévio relativo ao exercício de 2005 considerando cumprida

a obrigação constitucional mínima com educação, tendo em vista a aplicação de

25,28%, com base em despesas reconhecidas pelo Tribunal. A aplicação era formada

por R$ 169,64 milhões em despesas inscritas em restos a pagar.

A análise da execução dos restos a pagar em 2006 revelou que o Município promoveu

o cancelamento de R$ 7.107.859,35, reduzindo a aplicação para 25,14%.

O exame do fluxo dos RP remanescentes, ainda, do exercício de 2005, no exercício de

2007 revelou que o Município promoveu o cancelamento adicional de

R$ 2.471.754,10. Face ao exposto, obtêm-se o seguinte quadro:

R$ M DE - Exercício de 2005 Des pe s a Re ceita Pe rce ntual

Percentual relativo a 2005 1.341.837.868,00 25,28%

Restos a Pagar Cancelados em 2006 7.107.859,35 0,13%

Percentual A justado de 2005 em 2006 1.334.730.008,65 25,14%

Restos a Pagar Cancelados em 2007 2.471.754,10 0,05%

Percentual A justado de 2005 em 2007 1.332.258.254,55 25,10%

Percentual obrigatório 1.327.160.746,75 25,00%

Montante acima de 25% 5.097.507,80 0,10%

Fonte:Contas de Gestão de 2006 e 2007, FINCON e Pareceres Prévios de 2004 a 20056

5.308.642.987,00

O quadro evidencia que o percentual aplicado nas despesas com a manutenção e

desenvolvimento do ensino, relativo a 2005, passou a corresponder a 25,10%.

Ressalte-se que o saldo dos restos a pagar relacionados à MDE desse exercício foram

pagos quase em sua integralidade, restando uma parcela a pagar, cujo cancelamento

não afetaria o percentual de forma relevante.

8.1.1.3.3 INCLUÍDOS NA MDE DE 2006 E CANCELADOS EM 2007

Esta Corte emitiu Parecer Prévio relativo ao exercício de 2006 considerando cumprida

a obrigação constitucional mínima com educação, tendo em vista a aplicação de

25,19%, com base em despesas reconhecidas pelo Tribunal. A aplicação era formada

por R$ 169,64 milhões em despesas inscritas em restos a pagar.

A análise da ocorrência de cancelamentos de restos a pagar do exercício em análise

revela o seguinte:

R$ M DE - Exercício de 2006 Despesa Rece ita Percentual

Percentual relativo a 2006 1.441.166.548,61 25,19%

Restos a Pagar Cancelados/2007 4.927.147,34 0,09%

Percentual A justado para 2006 em 2007 1.436.239.401,27 25,10%

Percentual obrigatório 1.430.537.556,01 25,00%

Fonte:Contas de Gestão de 2006 e 2007, FINCON e Pareceres Prévios de 2004 a 20056

5.722.150.224,04

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Observa-se que o cancelamento de R$ 4.927.147,34 reduziu a aplicação para 25,10%.

Ressalte-se que os relatórios FINCON revelam que a parcela restante de restos a pagar

de 2006 foi praticamente paga durante o exercício de 2007.

8.1.1.3.4 INCLUÍDOS NA MDE DE 2007 E CANCELADOS EM 2008

O percentual divulgado pelo Município em 2007 considerou despesas empenhadas

inscritas em restos a pagar que foram canceladas logo no primeiro bimestre de 2008,

no valor de R$ 2.083.528,97, conforme se verifica em relatório do FINCON. Em face

desse evento subseqüente, sugere-se a dedução de tais despesas da base de cálculo

da MDE, por não representarem aplicação efetiva.

8.1.2 DETALHAMENTO DOS AJUSTES NAS RECEITAS

Quanto à receita, o Município do Rio de Janeiro não demonstrou o disposto no subitem

1.1.3 do Manual de Elaboração do Relatório Resumido da Execução Orçamentária,

aprovado pela Portaria STN nº 559, de 21/08/2007, ao não efetuar as deduções do

Ganho e da receita patrimonial do FUNDEB do cálculo da aplicação realizada.

O Município não registrou no campo:

•••• 24 – Resultado Líquido das Transferências do FUNDEB (Dedução), o montante relativo ao

“Ganho do FUNDEB”

•••• 29 – Receita de Aplicação Financeira dos Recursos do FUNDEB (Dedução), o montante

relativo às Receitas Patrimoniais”.

O modelo da Secretaria do Tesouro não permite considerar o Ganho e receitas

patrimoniais do FUNDEB no campo das Receitas pertencentes à Base de Cálculo para

avaliação do cumprimento do disposto na Constituição (Campo 3 do subitem 1.1.3),

no entanto, o Município do Rio de Janeiro manteve as despesas custeadas por esse

Ganho e pelas receitas patrimoniais na apuração, resultando em um percentual de

27,27%, de aplicação em MDE, que contém despesas realizadas com receitas que não

foram consideradas na base de cálculo. Constata-se de pronto, que se trata de um

percentual distorcidodistorcidodistorcidodistorcido.

A correção da distorção do percentual apresentado no demonstrativo, que ocorre em

função do Município considerar as despesas custeadas pelo ganho do FUNDEB na base

de cálculo, sem considerar as respectivas receitas que as custearam, requer a escolha

de uma das duas hipóteses a seguir:

a) Deduzir as despesas do FUNDEB custeadas pelo ganho, receitas patrimoniais e

outras fontes no montante de R$ 598.459.591,91, que decorre da diferença da

despesa realizada pelo Fundo (R$ 843.267.192,01) pela participação na sua

constituição (R$ 244.807.600,10). Nesse caso, o percentual aplicado seria reduzido

para 16,62%,16,62%,16,62%,16,62%, sem considerar outros ajustes. . . . Ressalte-se, no entanto, que esse

procedimento poderia conflitar com a aplicação da sugestão aprovada pelo Egrégio

Plenário, quando do exame das Contas de 2006, que permitiria a inclusão da

integralidade do ganho do FUNDEB na base de cálculo referente a 2007, procedendo-

se a dedução somente a partir de 2008, à razão de 25% a.a.

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b) Estender à receita, por meio de ajuste, o tratamento que o Município dispensou à

despesa, considerando aquela na base de cálculo, de forma a eliminar a distorção.

Nesse caso, o percentual seria reduzido para 24,68%,24,68%,24,68%,24,68%, considerando, ainda, os outros

ajustes relativos à despesa.

A hipótese contida no item “b” se harmonizaria com a aplicação do determinado pelo

Plenário desta Corte, referente à prestação de contas do exercício de 2006.

conforme decisão do Plenário referente à prestação de contas do exercício de 2006

A decisão indicava que em 2006, o município deveria ter investido, para os fins do art.

212 da CF/88 o total de R$ 1,30 bilhão sem considerar o valor extra recebido do

FUNDEF (R$ 528,92 milhões). Em função disso no Parecer Prévio constou a Ressalva B,

em relação às Contas de 2006, como segue:

B) O Município tem a obrigação de aplicar, na manutenção e desenvolvimento do ensino,

na forma prevista no art. 212 da Constituição Federal, no mínimo 25% (vinte e cinco por

cento) da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências,

não ficando isento em virtude da instituição do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento

do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério – FUNDEF, nos termos do art. 8º, da Lei

nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996.

Segundo seu relatório, seria tolerado o percentual apurado de 25,29% para o exercício

de 2006, incluindo o ganho do FUNDEF na base de cálculo. Considerando que o

FUNDEB, que entrou em vigor em 2007, também possuía a mesma sistemática de

apresentação de ganho, o Plenário18181818 aprovou a desconsideração gradativa do ganho

da base de cálculo dos exercícios posteriores, da seguinte forma:

•••• 2007 – 0%;

•••• 2008 – 25%;

•••• 2009 – 50%;

•••• 2010 – 75%;

•••• 2011 em diante – 100%.

Logo, a aplicação da sugestão, em relação as contas em exame, implicaria em se

manter a influência do ganho do FUNDEB na base de cálculo.

8.1.3 SIOPE

O Ministério da Educação publicou a Portaria nº 6, de 20/06/2006, que instituiu o

Sistema de Informações sobre o Orçamento Público – SIOPE, sistema informatizado de

coleta, processamento e disseminação de dados orçamentários da União, dos Estados,

do Distrito Federal e dos Municípios relativos à aplicação da receita vinculada à

manutenção e desenvolvimento do ensino.

18

Ver subitem 11.1.B da análise da CAD

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Segundo o art. 2º da citada Portaria, o preenchimento completo dos dados

orçamentários relativos à educação é condição indispensável para a realização de

transferências voluntárias pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

A consulta ao site do SIOPE (http://www.siope.inep.gov.br/apresentacao.do) revelou

que o Município do Rio de Janeiro não efetuou a transmissão dos dados, conforme

Anexo IVAnexo IVAnexo IVAnexo IV da presente análise, referentes ao período de 2005 a 2007.

Ressalte-se que o SIOPE não permite a inclusão do ganho do FUNDEB na apuração da

MDE.

A CAD abordou o assunto no processo 040/3578/2007, que se refere ao exame do

Relatório Resumido da Execução Orçamentária (3º bimestre-2007), no qual solicita,

entre outros quesitos, que se informe a razão da não transmissão dos dados para o

SIOPE.

8.2 APLICAÇÃO NA REMUNERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO

O inciso XII do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da

Constituição Federal, com redação incluída pela Emenda Constitucional nº 53/2006

estabelece que o Município deverá destinar o mínimo de 60% dos recursos do FUNDEB

ao pagamento dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo

exercício, como segue:

XII - proporção não inferior a 60% (sessenta por cento) de cada Fundo referido no inciso I

do caput deste artigo será destinada ao pagamento dos profissionais do magistério da

educação básica em efetivo exercício.

A apuração do cumprimento dessa obrigação também deve compor o Relatório

Resumido da Execução Orçamentária - RREO, exigido no 3º do art.165 da Constituição

Federal, conforme determinação da LDB em seu art.72.

Foi apurado o percentual de 84,35% de aplicação, através da relação entre as despesas

com pessoal e encargos, de R$ 702.217.632, e a arrecadação total do FUNDEB, de

R$ 832.422.097, ficando acima do mínimo constitucional, como segue:

R$

Receita do FUNDEB (A) 832.422.097

Pessoal e Encargos Sociais (B) 702.217.632

Com Educação Infantil 20.874.581

Com Ensino Fundamental 681.343.051

Percentual Aplicado (B/A) 84,36%

Exigência Constitucional 60,0%

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 369

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

LimitesLimitesLimitesLimites

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

8.3 AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

A Emenda Constitucional nº 29, de 13/09/2000, que alterou os arts. 34, 35, 156,

160, 167 e 198 da Constituição Federal e acrescentou o art. 77 ao Ato das

Disposições Constitucionais Transitórias, estabeleceu o percentual mínimo de 15%

para aplicação em Ações e Serviços Públicos de Saúde.

Ressalte-se que a redação dada pelo art. 6º da Emenda ao art. 198, §3º, inciso I da

Constituição Federal, remete à lei complementar a definição das normas de cálculo,

percentuais, etc.

Tendo em vista a não edição da citada Lei Complementar, adotou-se como padrão o

conteúdo da Resolução CNS nº 322/03, que substituiu, sem alteração de substância, a

Resolução CNS nº 316/02, por resultar das discussões que envolveram as três esferas

de governo inclusive esta Corte de Contas. Estas discussões visavam à uniformização

de critérios pelos entes federativos, sendo o resultado consubstanciado na citada

Resolução.

Também foi considerado o já manifestado posicionamento desta Corte de Contas,

quando do exame das Contas do Prefeito relativas a exercícios anteriores.

A Prestação de Contas do Prefeito do exercício em análise evidencia o cálculo das

ações e serviços públicos de saúde em dois quadros nos subitens 3.3.1 e 3.3.2. Este

em conformidade com o Anexo XVI do Relatório Resumido da Execução Orçamentária,

fixado pela Portaria nº 633, de 30 de agosto de 2006, e aquele em conformidade com

o anexo à Lei de Orçamento.

Os demonstrativos publicados apresentam a mesma base de cálculo e,

conseqüentemente, o mesmo percentual gasto de 15,09%, cumprindo, assim, o

disposto na Constituição Federal.

O exame dessas informações revelou que o percentual correto é 15,14%, conforme

comentado no subitem 8.3.1.3. e 8.3.1.4. O quadro a seguir apresenta as informações

ajustadas.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 370

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LimitesLimitesLimitesLimites

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Re ce itas Ar re cad ad as

Rub r icas R$

Re ce ita Tr ib utár ia 3.643.344.487,12

IPTU 1.086.204.199,80

ISS 1.978.303.421,64

ITBI 293.659.009,81

Dív ida A tiv a dos Impos tos e Enc argos 285.177.855,87

Tr ans fe rê ncias Con s titu cionais 2.020.829.881,91

Cota-Parte do ICMS 1.267.543.927,36

Cota-Parte do IPV A 330.811.022,12

Cota-Parte do IPI Ex portaç ão 34.024.546,10

Cota-Parte do FPM 112.504.734,06

Cota-Parte do IRRF 266.485.460,07

Cota-Parte do ITR 141.194,62

Seguro Rec eita do ICMS 9.318.997,58

Total d e Re ce itas (A) 5.664.174.369,03

De s pe s as Pr ópr ias com A çõe s e Se r viços Público s de Saú de

R$

Pes soal e Enc argos Soc iais A tiv o 719.233.211,02

Outras Des pes as Correntes 121.757.931,61

Inv es timentos na SMS 16.832.765,68

Res tos a Pagar Canc elados (1) 229.577,34

Total d e Ap licaçõ e s (B) 857.823.908,31

Pe r ce ntual Ap licado na Saúde (B / A) 15,14%

o percentual de 15,09% .

De s pe s as Re aliz adas

1)A CA D não c ons iderou a dedução de R$ 3,24 m ilhões do totaldas des pesas , c onform expos to no subitem 8.3.1.3.O M unic ípio havia cons iderado esse m ontante com o deduç ão, apurando

8.3.1 ACOMPANHAMENTO DE RESTOS A PAGAR

Esta Corte tem considerado as despesas empenhadas na apuração do percentual

aplicado em ações e serviços públicos de saúde, assim como o Município do Rio de

Janeiro, em todos os demonstrativos publicados, o que é corroborado nos Manuais da

Secretaria do Tesouro Nacional, como na 6ª edição vigente em 2007, aprovada pela

Portaria nº 633, de 30 de agosto de 2006.

Durante o exercício, não deverão ser incluídos os valores das despesas empenhadas que

ainda não foram liquidadas. No encerramento do exercício, as despesas empenhadas, não

liquidadas e inscritas em restos a pagar não processados, por constituírem obrigações

preexistentes, decorrentes de contratos, convênios e outros instrumentos, deverão

compor, em função do empenho legal, o total das despesas liquidadas.

Esta prática demanda o acompanhamento da trajetória dos Restos a Pagar Não

Processados, além dos Restos a Pagar Processados, pois o eventual cancelamento

destas parcelas nos exercícios subseqüentes impactará o percentual efetivamente

aplicado em saúde nos exercícios passados.

A dedução dos restos a pagar cancelados de vários exercícios anteriores das despesas

com ações e serviços de saúde realizadas em 2007 não impede que esta Corte

examine a exatidão do montante deduzido.

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Outro aspecto que fundamenta a manutenção desse acompanhamento é o efeito, aqui

abordado como hipótese, nas Contas de futuros Prefeitos, do cancelamento de restos

pagar que tenham sido inscritos durante os Mandatos dos Gestores anteriores apenas

para permitir o cumprimento dos limites. A compensação através da dedução dos

restos a pagar cancelados de período anterior reduz a aplicação apurada em

momentos futuros, podendo prejudicar o atendimento à Constituição pelos Gestores.

Constitui, portanto, item relevante no exame da responsabilidade, além oferecer

transparência sobre os motivos que levaram o percentual a ser reduzido em

determinado exercício.

O Anexo do Manual do RREO não contempla todas as possibilidades de controle, nem

impede o exame da composição das informações, necessárias, por exemplo, quando

da identificação dos responsáveis, bem como da exatidão dos valores.

Ressalte-se, ainda, que a Portaria da STN poderia ser aperfeiçoada. Deveria ocorrer

compensação da aplicação no exercício atual somente quando o montante se referir a

restos a pagar cancelados de exercício anterior que implicou a redução do valor

aplicado naquele exercício passado em percentual inferior a 15%.

8.3.1.1 INCLUÍDOS EM 2004

O percentual considerado por esta Corte, como aplicado em ações e serviços públicos

de saúde, no exercício de 2004, foi de 16,97% e o exame do fluxo dos Restos a Pagar

remanescentes do exercício de 2004 durante o exercício de 2006 e 2007 não revelou

a ocorrência de cancelamento de Restos a Pagar.

8.3.1.2 INCLUÍDOS EM 2005

O percentual aplicado em ações e serviços públicos de saúde, no exercício de 2005,

foi de 16,99% e o exame do fluxo dos Restos a Pagar inscritos no exercício de 2005

durante o exercício de 2006 revelou que o Município do Rio de Janeiro efetuou o

cancelamento de R$ 12.919.920,51.

O exame dessas informações, quando do exame das contas de 2006, resultou no

ajuste no percentual aplicado de 16,72% (Exercício de 2005).

Ressalte-se que não houve registro de Restos a Pagar de 2005 no exercício durante o

exercício de 2007.

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8.3.1.3 INCLUÍDOS EM 2006

O percentual aplicado em ações e serviços públicos de saúde, no exercício de 2006,

foi de 15,73% e o exame do fluxo dos Restos a Pagar inscritos desse exercício durante

o exercício de 2007 revelou que o Município do Rio de Janeiro efetuou o cancelamento

de R$ 3.229.363,23.

O quadro a seguir apresenta o impacto dos cancelamentos ocorridos:

R$

Ressalte-se que o Município efetuou a compensação dos cancelamentos ocorridos em

2006 através de dedução no montante das despesas aplicadas em 2007.

Esse procedimento não parece ser o mais adequado, tendo em vista que o percentual

de 2006 permanece acima de 15%.

8.3.1.4 INCLUÍDOS EM 2007

A análise do fluxo relativo aos restos a pagar de 2007, que foram computados na

apuração da obrigação constitucional mínima com a saúde, revelou que houve no

primeiro bimestre de 2008 o cancelamento de R$ 229.577,34, considerado um evento

subseqüente que necessita ser considerado.

8.4 DESPESA COM PESSOAL

O quadro de Despesa de Pessoal é exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF

em seu art. 55, inciso I, alínea “a”, como parte integrante do Relatório de Gestão Fiscal.

Este demonstrativo visa a assegurar a transparência da despesa com pessoal de cada

um dos Poderes e órgãos e verificar os limites de que trata a LRF.

A Lei de Responsabilidade Fiscal fixou limites para as Despesas com Pessoal em

percentuais da Receita Corrente Líquida, sendo de 60% para o Município (art. 19, inciso

III), sendo 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, apenas

para efeito do art. 20, e de 54% para o Executivo (art. 20, inciso III, alíneas “a” e “b”).

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De acordo com o demonstrativo a seguir, que se encontra adequado ao constante na

Portaria nº 632, de 30 de agosto de 2006, o total da Despesa com Pessoal

(Consolidado) de R$ 4.042.371 mil corresponde a 47,38% da Receita Corrente Líquida,

sendo R$ 3.776.099 mil gastos pelo Poder Executivo (44,26%) e R$ 266.272 mil,

relativos ao Poder Legislativo (3,12%), incluído o Tribunal de Contas do Município,

atendendo, portanto, aos limites previstos nos arts. 19, inciso III19191919 e 20, inciso III,

alínea “b”, da LRF20202020. A Receita Corrente Líquida considerada foi aquela apurada pela

CAD, conforme subitem 2.5.2.5. O cálculo apresentado na Prestação de Contas,

considerando a RCL apurada pela CGM, apurou um percentual da Despesa Total de

Pessoal de 46,82%, sendo 43,74% referente ao Poder Executivo, e 3,08% referente a

CMRJ e TCMRJ.

Em R$ 1.000,00EXECUTIV O L EGISL ATIV O CONSOL IDADO

JAN a DEZ /2007 JAN a DEZ/2007 JAN a DEZ /2007

DESPESA BRUT A COM PESSOAL (I) 4.733.219 267.789 5.001.008 Pess oal A tivo 3.166.515 267.079 3.433.594 Pess oal Inativ o e Pens ionis tas 1.454.188 709 1.454.898 Outras de Des pesa de Pes soal dec orrente de contratos de terceir ização (art. 18 § 1° da LRF) 112.516 112.516

DESPESAS NÃO COM PUT ADAS (ar t. 19, § 1º d a LRF) (II) 957.121 1.517 958.638 (-) Indeniz aç ões por Demis são e Incentivos à Demiss ão V oluntária 6.460 6.460 (-) Decorrentes de Dec isão Judic ial 17.868 17.868 (-) Despesas de Ex erc íc ios A nteriores 24.757 1.517 26.274 (-) Inativos e Pens inis tas com Rec urs os V inculados 908.036 908.036 -

T OT AL DA DESPESA COM PESSOAL PARA FINS DE LIM IT E (III= I - II) 3.776.099 266.272 4.042.370 RECEIT A CORRENT E L ÍQUIDA - RCL (IV ) 8.531.788 8.531.788 8.531.788

% do T OTAL DA DESPESA LÍQUIDA COM PESSOAL SOBRE A RCL (V ) = (III/IV I)*100 44,26% 3,12% 47,38%Fonte:Pres tação de Contas do Pref eito/Relatórios de Ges tão Fisc al da CMRJ e TCMRJ

DESPESA COM PESSOAL

No entanto, cabe ressaltar o encontro de contas entre Tesouro e FUNPREVI, no

exercício de 2006, que gerou para o Fundo, de acordo com Parecer do Controlador

Geral, uma dívida de R$ 230.962.874,05, valor compensado, no exercício sob exame,

com os repasses devidos pelo Tesouro. Tendo em vista que o valor custeado pelo

FUNPREVI para pagamento de inativos é deduzido para apuração do total da despesa

com pessoal, deve ser considerado, como despesa do executivo, o valor suportado a

mais pelo Fundo. Assim, a Despesa com Pessoal do Poder Executivo corresponde a

46,97% da RCL, enquanto a Despesa Total com Pessoal do Município, incluindo o

Poder Executivo e o Tribunal de Contas, corresponde a 50,09% da RCL. Ainda que o

percentual apurado não atinja os limites estabelecidos no art. 19 da LRF, nem sujeite à

emissão de alerta previsto no § 5º do art. 59, vale lembrar que este não deveria ser o

único valor adicionado, pois, considerando a alteração na data de corte para atribuição

da responsabilidade pelo pagamento de inativos, formalizada através do Decreto nº

27.502, de 26/12/2006, o FUNPREVI passou a se responsabilizar integralmente pelos

inativos após 15/12/1998, enquanto que nos exercícios anteriores esta

responsabilidade se dava a partir de jan/2002.

19

Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e

em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:

(...)

III – Municípios: 60% (sessenta por cento). 20

Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais:

(...)

III – na esfera municipal:

(...)

b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo.

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Data 15/04/08 Fls 374

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R$ m il

Total De s pe s a Or çam e ntár ia com Pe s s oal - Exe cu tivo 3.776.099

V alor com pe ns ado Funpr e vi 230.963

De s pe s a To tal Exe cu tivo 4.007.062

Re ce ita Cor r e n te L íqu ida 8.531.788

Pe r ce n tual - Exe cutivo 46,97%

Pe r ce n tual - CM RJ e TCM RJ 3,12%

Pe r ce n tual To tal 50,09%

8.4.1 OUTRAS DESPESAS DE PESSOAL

O §1º do art. 18 da LRF determina que os valores gastos com terceirização de mão-

de-obra, quando para a substituição de servidores ou empregados públicos, deverão

ser computados como “Outras Despesas de Pessoal”.

A execução orçamentária das citadas despesas, consideradas no demonstrativo do

Relatório de Gestão Fiscal, apresentou os seguintes valores:

Naturezas

31903401 31903402 31903403 31903404 31903405SMS 80.891.779,73 80.891.779,73 71,89%

COMLURB 1.192.044,06 21.898.705,67 23.090.749,73 20,52%FUNLA R 3.001.388,08 3.001.388,08 2,67%RIOLUZ 1.554.545,90 557.960,18 2.112.506,08 1,88%RIOZOO 1.818.832,88 1.818.832,88 1,62%SMH 997.820,68 997.820,68 0,89%Planetár io 473.359,87 473.359,87 0,42%SMTR 89.855,93 89.855,93 0,08%RIOFILME 26.045,23 26.045,23 0,02%IPP 14.005,88 14.005,88 0,01%

TOTA IS 80.891.779,73 5.029.293,85 3.698.744,16 21.898.705,67 997.820,68 112.516.344,09 100%Fonte: Contas de Ges tão de 2007

ÓRGÃ OS %TOTAL GERAL

NA TUREZAS DE DESPESA - R$

Os códigos das despesas são os seguintes :

8.5 CRÉDITOS ADICIONAIS

A Lei nº 4.458, em seu art. 9º, estabeleceu o limite máximo de 29% para transposição,

remanejamento ou transferências de recursos e as situações que não afetam o referido

limite. As parcelas que não compõem a base de cálculo e o respectivo limite constam

do § 1º do art. 9º, que excluiu os valores correspondentes à amortização e encargos

da dívida e as despesas financiadas com operações de crédito contratadas e a

contratar.

O Município do Rio de Janeiro cumpriu o previsto na LOA, pois os créditos abertos,

sujeitos ao limite, corresponderam a 10,91% da despesa fixada na Lei Orçamentária de

R$ 9.069.038.350,00 para os fins do art. 9º da mesma norma.

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Rubrica

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LimitesLimitesLimitesLimites

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

R$ Do tação In icial Glo bal (A) 10.151.718.120,00 Do taçõ e s par a de s pe s as (B) 1.082.679.770,00

Com Juros e Enc argos da Dív ida 514.220.021,00 Com A mortiz aç ão da Dív ida 348.071.749,00 Cus teadas c om a f onte 112 181.139.000,00 Cus teadas c om a f onte 110 39.249.000,00

Do tação In icial n a Bas e d e C álcu lo (C =A -B) 9.069.038.350,00 C ré d itos Ad icion ais A be r tos s u je ito s ao L im ite (D) 989.366.593,15 Pe r ce n tual at ing ido E=D/C 10,91%

29%2.630.021.121,50

Obs .:Fonte 112 - Operaç ões de Crédito a Realiz ar /Fonte 110 - Operaç ões de Crédito Realiz adasFonte:Pres taç ão de Contas 2007 e FINCON

Cálc ulos CA D

L im ite Es tabe le cid o na Le i Or çam e n tár ia

De forma geral, os créditos adicionais apresentaram a seguinte composição:

R$

Sald o In icial dos Cré d ito s Au to r izados 10.151.718.120,00

(+) C ré d ito s Ad icio nais 2.828.209.522,09

a) Créditos abertos com base no A rt. 9º da Lei nº 4.458/06 989.366.593,15

b) Créditos abertos ex tra-limite com base no A rt 10º da Lei nº 4.458/06 1.838.842.928,94

(- ) C an ce lam e ntos 2.159.053.970,59

Saldo Final do s Cr é d itos Au to r iz ado s 10.820.873.671,50

Fonte:Pres taç ão de Contas 2007 e FINCON

CRÉDITOS ADICIONAIS

O Município do Rio de Janeiro publicou o demonstrativo com indicação do limite de

R$ 2.943.998.254,80, que corresponde a 29% das despesas fixadas na Lei

Orçamentária, sem considerar as deduções previstas no parágrafo único do art. 9º,

como segue:

R$ L im ite s Dotação In icial De duçõe s Bas e de Cálcu lo L im ite - 29% Cré d itos % Ating ido

Publicado pelo MRJ 0,00 10.151.718.120,00 2.943.998.254,80 9,75%Cálculos da CA D 1.082.679.770,00 9.069.038.350,00 2.630.021.121,50 10,91%Div ergênc ia (313.977.133,30) (1,16%)Fonte:Pres tação de Contas 2007 e FINCONCálculos CA D

10.151.718.120,00 989.366.593,15

Propõe-se, portanto, recomendar à PCRJ que observe metodologia de cálculo, definida

na Lei Orçamentária, na aferição do cumprimento à limitação, quanto à abertura de

créditos suplementares.

Finalizando, deve-se observar que o Poder Legislativo tem autorizado ao Poder

Executivo a abertura de créditos suplementares até o limite definido na Lei que estima

a receita e fixa a despesa para cada exercício financeiro, tendo como base de cálculo,

o total do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social, deduzindo-se os

valores constantes em lei.

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LimitesLimitesLimitesLimites

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O quadro, a seguir, compara os limites autorizados com o valor dos créditos

efetivamente abertos, no qüinqüênio 2003/2007.

Percebe-se que o Poder Executivo não vem utilizando todo o percentual de créditos

suplementares autorizados em lei.

8.6 DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA

O detalhamento, a forma e a metodologia de apuração do Demonstrativo da Dívida

Consolidada Líquida visam assegurar a transparência das obrigações contraídas pelos

entes da Federação e verificar o limite de endividamento de que trata o art. 3°, inciso II

da Resolução n° 40/2001 do Senado.

O dispositivo legal estabelece que o montante da dívida consolidada líquida dos

municípios não poderá exceder a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a receita

corrente líquida. O quadro a seguir evidencia a variação do montante da Dívida

Consolidada em relação ao exercício de 2006, considerando o valor da Receita

Corrente Líquida apurada por esta Coordenadoria conforme subitem 2.5.2.5.

R$ mil

ITEM 2006 2007 V ar iação (1)

Dív ida Consolidada ( A ) 7.608.000 7.650.662 42.662

A tivo Dis ponív el e Haveres Financ eiros 3.684.212 4.053.202 368.990

Dív ida Consolidada Líquida ( B ) 3.923.788 3.597.460 (326.328)

Receita Corrente Líquida ( C ) 7.583.369 8.531.788 948.419

Re lação Dívid a Co ns o lid ad a s / RCL (A /C) 100,32% 89,67% (10,65% )

Re lação Dívida Co n s o lid ad a L íqu ida s / RCL (B/C) 51,74% 42,17% (9,58% )

Fonte: Contas de Ges tão 2007

(1) em relação ao exerc íc io de 2006

A dívida consolidada líquida de R$ 3.597.460 mil, equivale a 42,17% da Receita

Corrente Líquida, encontrando-se dentro do limite estabelecido na Resolução

n° 40/2001 do Senado.

A variação do montante da Dívida Consolidada Líquida em relação ao exercício

anterior foi negativa em R$ 326.328 mil e a relação Dívida Consolidada

Líquida/Receita Corrente Líquida teve uma redução do exercício de 2005 para 2006,

passando de 51,74% para 42,17%.

O Demonstrativo incluído na Prestação de Contas, considerando a RCL calculada pela

CGM, apurou um percentual de 41,67% da Dívida Consolidada Líquida com relação à

Receita Corrente Líquida.

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Data 15/04/08 Fls 377

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LimitesLimitesLimitesLimites

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Ressalte-se ainda que o Município do Rio de Janeiro contrariou o subitem 3.2.do

Manual de Elaboração do Relatório de Gestão Fiscal, aprovado pela Portaria STN

nº 632, de 30 de agosto de 2006, pelos seguintes motivos:

•••• Não deduziu os Restos a Pagar Processados no valor de R$ 734.167.176,13, conforme

Balanço Patrimonial, do Ativo Disponível e Haveres Financeiros, resultando em uma

Dívida Consolidada Líquida menor.

•••• Não apresentou os valores do Regime Previdenciário destacados e separadamente, em

parte específica. Essa evidenciação é necessária, segundo a STN, em função da

composição e das peculiaridades do patrimônio do Regime Próprio de Previdência –

RPPS.

Cabe, ainda, estender estes comentários ao demonstrativo que apura o resultado

nominal, cuja elaboração é regida pela Portaria STN nº 633/2006. A metodologia para

a apuração da dívida consolidada líquida segue os mesmos parâmetros aqui

comentado.

O quadro referente à informação sobre o regime previdenciário, que não foi publicado

pelo Município do Rio de Janeiro, apura a Dívida Consolidada Líquida Previdenciária,

resultante da dedução do Ativo Disponível do FUNPREVI do Passivo Atuarial e demais

dívidas do FUNPREVI, como segue:

A adoção do proposto pela STN, em relação à segregação da Dívida Consolidada

Previdenciária, o percentual da Dívida Consolidada Líquida sem considerar os passivos

e ativos do regime previdenciário seria impactado de forma relevante, pois:

•••• Segundo os dados do Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa, comentado no

subitem 8.11, o FUNPREVI concentra 49,67% das disponibilidades financeiras do

Município, ou R$ 1.959.334 mil;

•••• Conforme comentado no subitem 8.11, o FUNPREVI possuiria uma dívida, representada

por Restos a Pagar Processados, em torno de R$ 167.693 mil, contrastando com o

elevado valor das disponibilidades financeiras;

•••• A disponibilidade financeira do Município do Rio de Janeiro, sem considerar o regime

previdenciário, segundo dados do Anexo V do Relatório de Gestão Fiscal é de

R$ 1.985.190 mil, com Restos a Pagar Processados no valor de R$ 664.377 mil.

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Data 15/04/08 Fls 378

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LimitesLimitesLimitesLimites

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•••• A Dívida Consolidada de R$ 7.650.662 mil continuaria na base de cálculo do Município

sem o Regime Previdenciário e é representada, de forma majoritária, pela Dívida

Renegociada.

A CGM entende que a STN estaria tratando de matéria afeta ao Senado Federal, ao

propor metodologias de cálculo com efeito no montante da dívida consolidada líquida.

No entanto, não evidencia esta informação nos quadros publicados.

De fato, a Resolução do Senado Federal nº 40/2001 se limita, em seu inciso V, §1º do

art. 1º, a definir a dívida consolidada líquida como a dívida pública consolidada

deduzida das disponibilidades de caixa, as aplicações financeiras e os demais haveres

financeiros.

No entanto, em parecer exarado ás fls. 485/488 da Prestação de Contas referente ao

exercício de 2006 (proc. 40/001.653/07), a Douta Procuradoria Especial desta Corte

concluiu:

“Não cabe, segundo penso, à Controladoria Geral do Município entender que a Secretaria

do Tesouro Nacional, ao propor metodologias de cálculo com efeito no montante da dívida

consolidada líquida, estaria tratando de matéria afeta ao Senado Federal, conforme

afirmação da CAD, porquanto tais atribuições estão definidas em lei.”

Com a exclusão dos Restos a Pagar Processados, exceto do regime previdenciários, do

Ativo Disponível, considerando a Receita Corrente Líquida apurada no subitem 2.5.2.5

e deduzindo o Ativo Disponível do Regime Previdenciário, , , , a relação Dívida Consolidada

Líquida/Receita Corrente Líquida passa a corresponder a 73,04%, conforme quadro a

seguir, que evidencia as diferenças entre o apurado pela CGM e por esta

Coordenadoria:

Em R$ mil

ITEMPu blicado p e la CGM

Co nfo rm e M an ual STN

Dife r e n ça

Dívida Co ns olidad a ( A ) 7.650.662 7.650.662

( - ) De d uçõ e s (B) 4.053.202 1.418.716 2.634.486

A tiv o Dis ponív el e Haveres Financ eiros 4.053.202 1.985.190

( - )Res tos a Pagar Proc es s ados 0 566.474 (566.474)

Dívida Co ns olidad a L íq u id a ( C=A-B ) 3.597.460 6.231.947 (2.634.486)

Re ce ita Co r r e nte L íq u ida (D ) 8.633.065 8.531.788 101.277

Re lação Dívid a Con s o lidada s / RCL (A /D) 88,62% 89,67%

Re lação Dívida Co ns olidad a L íq u id a s / RCL (C /D) 41,67% 73,04% (31,37%)

Fonte: Contas de Ges tão 2007

O comportamento da Dívida encontra-se comentada no item 10 desta análise.

8.7 GARANTIAS DE VALORES

O Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores, parte integrante do

Relatório de Gestão Fiscal - RGF, é elaborado pelo Poder Executivo e abrange as

prestadas a terceiros, de cada ente da respectiva esfera de governo federal, estadual

ou municipal.

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LimitesLimitesLimitesLimites

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As garantias constituem formas de proteção adicional para assegurar que o contrato

se dará na forma pactuada e que as obrigações assumidas serão honradas ou que

serão asseguradas compensações aos contratos. De acordo com a posição evidenciada

no Anexo III do RGF, preparado pela Controladoria Geral do Município, não houve

saldo de garantias e/ou contragarantias no exercício de 2007.

8.8 RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO

A legislação fixa três limitações para as receitas de operações de créditos, conforme

dispositivos da Constituição Federal, da Resolução do Senado Federal nº 43/2001 e da

Lei de Responsabilidade Fiscal.

A receita realizada decorrente das operações de crédito externa e interna não devem

ultrapassar o limite de 16% da receita corrente líquida, conforme inciso I do art. 7º da

Resolução do Senado nº 43/2001, nem exceder o montante das despesas de capital,

conhecida como regra de ouro, conforme inciso III do art.167 da Constituição Federal.

Considerando os valores constantes no projeto de lei orçamentária, a previsão das

receitas de operações de crédito não deve exceder a despesa fixada para as despesas

de capital, conforme §2º do art.12 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

8.8.1 EM RELAÇÃO À RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

A Resolução nº 43/200121212121 do Senado estabeleceu os limites para as Receitas de

Operações de Crédito, sendo os dados divulgados no Anexo IV do Relatório de Gestão

Fiscal, conforme sintetizado a seguir:

R$ Mil

2007

Ope raçõe s de Cré d ito In te rnas e Exte r nas (A) 8.932

Re ce ita Cor re n te L íqu ida - RCL (B ) 8.531.788

0,10%

16,00%1.365.086

Fonte: Contas de Ges tão 2007

OPERAÇÕES DE CRÉDITO

L im ite - Incis o I do Ar t.7º da Re s o lução Se nado n º 43/2001

Ope raçõe s In te r nas e Exte rnas /RCL - A /B

As receitas oriundas de Operações de Crédito totalizaram R$ 8.932 mil, integralmente

de origem interna, sem ingresso de receitas provenientes de operações de crédito

externas.

As operações de crédito corresponderam a 0,10% da Receita Corrente Líquida, apurada

por esta Coordenadoria conforme subitem 2.5.2.5. Esse percentual se encontra abaixo

do limite de comprometimento (16% da RCL) estabelecido pelo art. 7º da Resolução

nº 43/2001 do Senado.

21

Art. 7º As operações de crédito interno e externo dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios observarão, ainda, os seguintes

limites:

I - o montante global das operações realizadas em um exercício financeiro não poderá ser superior a 16% (dezesseis por cento) da

receita corrente líquida, definida no art. 4º.

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LimitesLimitesLimitesLimites

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8.8.2 EM RELAÇÃO ÀS DESPESAS DE CAPITAL

A Constituição Federal vedou a realização de Operações de Crédito que excedam o

montante das despesas de capital no inciso III do art. 167, cujo cumprimento é

demonstrado no Anexo XI do Relatório de Execução Orçamentária, conforme dados a

seguir:

R$ Mil

2007

Op e r açõe s de Cr é d ito In te rn as e Exte rn as 8.932De s pe s as de Cap ital 1.238.425

(1.229.493)

Ar t.167, III - As op e r açõe s de cr é d ito não p ode m e xce d e r às De s pe s as de CapitalFonte: Contas de Ges tão 2007

OPERAÇÕES DE CRÉDITO

Ap ur ação d a Re gr a d e Our o

As despesas de capital foram superiores às receitas de operação de crédito, atendendo

assim ao disposto no inciso III do art. 167 da Constituição Federal, que veda a

realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital.

8.8.3 EM RELAÇÃO ÀS DESPESAS DE CAPITAL - PROJETO DA LOA

A Lei de Responsabilidade Fiscal veda a previsão das receitas de operações de crédito

em valores superiores aos das despesas de capital no projeto de lei orçamentária (art.

12, §2º) e o Ministério da Fazenda solicita, dentre as diversas exigências para

realização de operação de crédito:

•••• o encaminhamento de cópia de declaração entregue ao Tribunal de Contas que ateste,

em relação às contas do último exercício analisado, o cumprimento do citado

dispositivo, conforme Anexo VI do Manual de Instrução de Pleitos.

•••• Certidão, expedida pelo Tribunal de Contas, atestando o cumprimento deste e de outros

dispositivos da LRF, conforme disposto na alínea “a”, do inciso IV do art. 21 da

Resolução nº 43 do Senado Federal.

Face ao exposto, foi elaborado o quadro, a seguir, que demonstra o cumprimento do

§2º do art.12 da LRF, em relação ao exercício de 2006:

R$ Projeto de Lei nº 952/2006 - Redação Original V alores Despesa de Capital F ixada 1.712.732.998,00 Receita de Operação de Crédito P revis ta 220.388.000,00

8.9 SALDO DE OPERAÇÕES DE ARO

A Resolução nº 43/2001 do Senado estabeleceu em seu art. 10, os limites para o

Saldo Devedor das Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária -

ARO, sendo os dados divulgados no Anexo IV do Relatório de Gestão Fiscal.

Não houve saldo devedor decorrente de operações de crédito por antecipação de

receita orçamentária.

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8.10 COMPROMETIMENTO ANUAL COM ENCARGOS DA DÍVIDA

Há limitação para o comprometimento anual com amortizações, juros e demais

encargos da dívida consolidada, fixada no inciso II22222222,,,, do art. 7º da Resolução nº 43/01

do Senado, conforme expresso no inciso III, do §1º do art. 32 da LRF.

As despesas com juros, amortizações e demais encargos da dívida consolidada

apresentaram a seguinte composição:

De s pe s as com am o r tiz açõ e s , ju r os e d e m ais e ncar go s da d ívidas

R$ M il

Enc argos da Dív ida Renegoc iada 492.928

Dív ida Renegoc iada 207.671

Enc argos da Dív ida Interna 22.303

Dív ida Interna 56.374

Enc argos da Dív ida Ex terna 25.919

Dív ida Ex terna 39.322

A dminis tração da Dív ida - RIOURBE 7.358

To tal 851.876

RECEITA CORRENTE L ÍQUIDA 8.531.788

% d e com pr o m e tim e n to co m am or t izaçõe s e e n car g os 9,98%

LIM IT E DEFINIDO POR RESOL UÇÃO DO SENADO FEDERAL 11,50%

Fonte:FINCON

Cálc ulos CA D

O índice de comprometimento de 9,98% atende ao limite estabelecido pela Resolução

nº 43/01 do Senado. No entanto a CGM, no Certificado de Auditoria nº 001/2008,

apurou o percentual de 10,27%, baseado em cálculos da Secretaria Municipal de

Fazenda, não evidenciados na Prestação de Contas.

8.11 INSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS

Para atendimento ao Princípio do Equilíbrio das Contas Públicas, o §1º do art. 1º da Lei

Complementar nº 101/2000 dispõe que:

“A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que

se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas

(...)”

Desta forma, as despesas inscritas em Restos a Pagar – Processados e Não

Processados – deverão estar, ao final de cada exercício financeiro, cobertas pelas

disponibilidades constantes nas contas de caixa e bancos, possibilitando, assim, seu

pagamento no exercício seguinte.

Este demonstrativo visa a assegurar a transparência da disponibilidade financeira e

verificar a parcela comprometida para inscrição em Restos a Pagar de despesas não

liquidadas, cujo limite é a suficiência financeira. Na inscrição, deve-se observar que os

recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusivamente

para atender ao objeto de sua vinculação.

22

Art. 7º As operações de crédito interno e externo dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios observarão, ainda, os seguintes

limites:

II - o comprometimento anual com amortizações, juros e demais encargos da dívida consolidada, inclusive relativos a valores a

desembolsar de operações de crédito já contratadas e a contratar, não poderá exceder a 11,5% (onze inteiros e cinco décimos por

cento) da receita corrente líquida;

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O Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa Consolidado, constante do subitem

2.2.6. da Prestação de Contas do Exmo Sr. Prefeito, permite obter os dados

evidenciados a seguir:

R$ M il

M u nicíp io s e m FUNPREV I

FUNPREV I Global

Dis p onib ilid ade Finan ce ira (1) 1.985.190 1.959.334 3.944.524

Obr ig açõe s Fin ance ir as (2) 897.717 233.292 1.131.009

Depós itos 229.546 65.599 295.145

RPP (saldo) 664.377 167.693 832.071

RPN (exerc íc ios anter iores ) 3.794 3.794

Outras Obr igaç ões Financ eiras - -

Suficiê n cia Ante s da Ins cr ição e m RPN (1-2) 1.087.473 1.726.041 2.813.514

In s cr ição e m RPN 338.837 3.124 341.961

Suficiê n cia Apó s a Ins cr ição e m RPN 748.636 1.722.917 2.471.553

Fonte:Contas de Ges tão de 2007

Os dados publicados mostram que do total das disponibilidades existentes em

31/12/2007, 49,67% pertenciam ao FUNPREVI e 50,33% ao restante do Município.

Cabe ressaltar que na parcela sem o FUNPREVI (R$ 1.985.190 mil) há, ainda, a

participação relevante de outros recursos vinculados, conforme apurado no subitem

1.1.12, não cabendo inferir que sejam, em sua integralidade, recursos de livre

utilização pelo Município do Rio de Janeiro.

Após deduzir o total das Obrigações Financeiras de R$ 1.131.009 mil e os Restos a

Pagar Não Processados (R$ 341.961 mil), apurou-se uma aparente suficiência de caixa

de R$ 2.471.553 mil, na qual o FUNPREVI participa com 69,71% e o resto do Município

com 30,29%.

Há, ainda, que se considerar a possibilidade de as obrigações financeiras estarem

subavaliadas, conforme informa o subitem 8.11.1.

Na inspeção realizada pela CAD, em março de 2006, verificou-se que, no

demonstrativo que não considera o FUNPREVI, constava entre as Outras Obrigações

Financeiras:

•••• O valor das contribuições patronais de R$ 71.656 mil, referentes à folha de

novembro/2005 e à 2ª parcela do 13º salário/2005 que o Tesouro deixou de repassar

ao FUNPREVI;

•••• A parcela de R$ 49.917 mil, correspondente à diferença (ajuste de contas) entre o valor

devido pelo Tesouro ao Fundo (R$ 375.612 mil) e aquele que o Parecer

PG/4ªPS/006/2004-RARS, entendeu ser devido por este ao Município (R$ 325.695 mil),

como relatado na Prestação de Contas do Prefeito/2004;

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Data 15/04/08 Fls 383

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Na inspeção realizada, em março de 2007, apurou-se, quanto à dívida do Tesouro

com o FUNPREVI, em torno de R$ 370 milhões, em valores nominais, referentes a 2004

e 2005, que o Decreto nº 27.502, de 26/12/2006, contrariando a Lei nº 3.344/2001,

alterou a data de corte para atribuição de responsabilidade pelo pagamento das

aposentadorias, gerando para o Fundo uma dívida com o Tesouro de

R$ 230.962.874,05 (atribuição de passivos anteriores à promulgação da lei

instituidora do FUNPREVI). Assim, não existe mais dívida do Tesouro, apenas os

créditos do PREVI-RIO com órgãos e entidades do Município existentes em

31/12/2001, que, de acordo com a Lei nº 3.344/2001, deveriam ter sido pagos no

prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses, somando, em 31/12/2007,

R$ 180.164.265,57 conforme inspeção realizada em março/2008.

Assim, como já comentado na análise da Prestação de Contas do exercício anterior,

representariam alteração na suficiência apresentada, o montante devido ao FUNPREVI

pelo Tesouro, desconsiderando o decreto, em torno de R$ 370 milhões em valores

nominais, mais R$ 180.164.265,57 dos créditos vencidos, assim como o saldo de

exercícios anteriores e quaisquer valores, porventura apurados, referentes a despesas

a pagar.

8.11.1 RISCO DE DÍVIDAS NÃO RECONHECIDAS

A conta Despesa a Pagar destinava-se ao registro das despesas de competência do

exercício que não foram executadas orçamentariamente. O Passivo consolidado do

Município do Rio de Janeiro apresentava o valor de R$ 435.419 mil, em 31/12/04,

nesta Conta, conforme demonstrado no Parecer Prévio desta Corte.

Considerando os dados de 2004 e 2005, verifica-se a redução de 83,91%, conforme

gráfico a seguir:

Despesas a Pagar Consolidadas - 2004/2005

0

100

200

300

400

500

2004 2005

R$ Mil

Consultando as Demonstrações Contábeis da Administração Direta, verifica-se o

seguinte, em relação às Despesas a Pagar, antes da Consolidação, em 2004 e 2005:

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Data 15/04/08 Fls 384

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

LimitesLimitesLimitesLimites

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

R$A dminis traç ão Direta 2004 2005

Despes as a Pagar - Tes ouro 82.553.549,58 - Despes as a Pagar - Recursos V inculados 266.026.823,64 - Prov isões 58.728.000,00 22.388.911,26

To tal 407.308.373,22 22.388.911,26

Fonte:Ins peção Ordinária realiz ada pela CA D em 2006.

A Demonstração das Variações Patrimoniais da Administração Direta, de 31/12/2004,

evidencia que, em relação às “Despesas a Pagar – Tesouro” e “Despesas a Pagar –

Recursos Vinculados” houve o resgate de R$ 59.843.623,88 e o cancelamento de

R$ 288.736.749,54.

O Balanço Patrimonial Consolidado de 31/12/2006 não apresentou registros de

Despesas a Pagar ou Provisões, originadas de despesas realizadas sem prévio

empenho, mesma situação verificada no exercício de 2007.

Parte expressiva das Despesas a Pagar tinha origem no Fundo Municipal de Saúde, que

apresentou R$ 202.704.328,81 em 31/12/2004, mas em 2005, 2006 e 2007, não

apresentou saldos desta natureza, como segue:

R$

De s p e s as a Pagar

A ju s te sDe s p e s as a

PagarA ju s tadas

2001 77.429.101,76 25.129.775,22 102.558.876,98

2002 82.040.998,33 19.891.876,09 101.932.874,42

2003 137.399.037,48 22.863.913,17 160.262.950,65

2004 202.704.328,81 58.728.000,00 261.432.328,81

2005 - - -

2006 - - -

2007 - - -

Fonte: Relatór io do TCMRJ s obre as Contas de Ges tão

e Relatórios public ados pela CGM

Os Balanços do Fundo Municipal de Saúde, de 31/12/2004, evidenciavam que:

•••• Do saldo da Conta Despesas a Pagar de R$ 202.704.328,81, houve a baixa de

R$ 5.989.233,89, conforme apurado no Processo nº 040/3666/2005, relativo à inspeção

realizada pela CAD. Restava, portanto, o saldo de R$ 196.715.094,92.

•••• A Demonstração de Variações Patrimoniais - DVP do Fundo Municipal de Saúde

evidenciava que o saldo das Despesas a Pagar de 2004, de R$ 196.715.094,92, foi

cancelado.

•••• O quadro evidencia a Provisão de R$ 58.728.000,00, em 31/12/2004, que se referia às

Despesas a Pagar estimadas, que não tiveram os processos identificados pela Secretaria

Municipal de Saúde. Na DVP consta a reversão desta Provisão em conjunto com os

demais valores provisionados.

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Processo 040/1775/2008

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LimitesLimitesLimitesLimites

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Exercício de 2005

Considerando os saldos elevados apresentados desde o exercício de 2000, a

CAD/TCMRJ, em inspeção realizada no mês de março de 2006, procedeu à análise, por

amostragem, de processos contabilizados, em 31/12/2004, como Despesa a Pagar, no

Fundo Municipal de Saúde, participante majoritário no montante destes Passivos.

A análise dos processos selecionados, cujos valores constaram como Despesas a Pagar

em 31/12/2004 revelou a existência de notas fiscais no montante de

R$ 1.639.755,70, atestadas por dois funcionários, cujos valores não constavam na

relação dos empenhos inscritos em Restos a Pagar Processados ou Restos a Pagar não

Processados do exercício de 2005.

O cruzamento com os dados do relatório “Ficha Individual de Controle de

Pagamentos”, extraído na Diretoria Financeira da Secretaria Municipal de Fazenda,

demonstrou a inexistência de registro de pagamento destes valores ou processos.

Logo, concluiu-se que R$ 1.639.755,70, contabilizados na conta Despesa a Pagar em

2004, não foram pagos no exercício de 2005, e, também, não foram reconhecidos

como obrigações a pagar no Balanço do Fundo, apesar da atestação realizada por

funcionários que os serviços foram realizados ou as mercadorias entregues.

Conseqüentemente, a situação não foi evidenciada nos Balanços Consolidados do

Município do Rio de Janeiro.

Esta Corte solicitou, por meio dos Ofícios TCM/GPA/PRES nº 33/2006, 36/2006 e

48/2006, informações à CGM e SMS, sobre a existência das despesas reconhecidas no

Balanço Patrimonial de 31/12/2004, no montante de R$ 202.704.328,81, como

Despesas a Pagar, de despesas realizadas em 2005 sem prévio empenho e pendentes

de pagamento em 31/12/2005, bem como do valor das despesas que tiveram

empenho cancelado ao final de 2005, caso tivessem ocorrido, por não respeitarem o

prazo mínimo de liquidação.

Os esclarecimentos prestados pela SMS revelaram a subavaliação do Passivo do FUNDO

em R$ 126.275.689,23, em 31/12/2005, sendo o valor composto por:

•••• R$ 95.776.839,50 – Referem-se ao saldo não reconhecido no Balanço Patrimonial de

31/12/05, das Despesas a Pagar que tinham sido consideradas no Balanço Patrimonial

de 31/12/2004;

•••• R$ 30.498.849,73 – Referem-se às despesas realizadas em 2005 sem prévio empenho e

pagamento até 31/12/2005. Informou que já iniciaram o empenhamento destas

despesas que serão integralmente pagas com recursos da dotação orçamentária de

2006.

O constatado em inspeção e a resposta apresentada pela SMS revelaram o risco do

comprometimento do superávit financeiro apresentado pelo FMS e em larga escala, do

Município como um todo, em 31/12/2005, caso esta situação se refletisse em relação

a outros credores.

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Processo 040/1775/2008

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LimitesLimitesLimitesLimites

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Desta forma, o valor das disponibilidades do Município do Rio de Janeiro poderia estar

comprometido com uma parcela superior de passivos, não evidenciados no

Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa, com conseqüente impacto na suficiência

apresentada, o que levou esta Corte de Contas a expedir o Alerta nº 1, no Parecer

Prévio relativo à Prestação de Contas de 2005.

Exercício de 2006

Em inspeção realizada pela CAD, em novembro de 2006 - processo

nº 40/000374/2007 - foi verificado que do total não contabilizado no Passivo do

Fundo, em 31/12/2005, R$ 20.720.942,67 foram executados orçamentariamente, até

outubro de 2006, o que corresponde a 16% do total não registrado contabilmente.

A CGM, por meio do Ofício CG/CTG nº 175, de 06/11/2006, informou que tanto para

o encerramento do exercício de 2005, quanto para os demonstrativos de 2006, vem

cumprindo o Decreto nº 26.182, de 17/01/2006, que dispõe sobre os critérios de

reconhecimento de passivos e provisões.

Em relação à resposta da CGM, o próprio Decreto nº 26.182/06 fazendo referência às

Normas Brasileiras de Contabilidade considera que:

“o reconhecimento de passivos somente deve ocorrer se for provável que uma saída de

recursos que incorporam benefícios econômicos resulte da liquidação do Passivo”.

Portanto, pela definição do Decreto nº 26.182/06 e, também, pela a Resolução do CFC

nº 1.066/2005, que estabeleceu o Passivo como “obrigação presente da entidade,

decorrente de eventos já ocorridos, cuja liquidação resultará em uma entrega de

recursos”, concluiu-se pela efetiva necessidade de reconhecimento no Passivo da

dívida, em 31/10/2006, de R$ 105.554.746,56 (R$ 126.275.689,23 menos

R$ 20.720.942,67), considerando que houve saída de recursos, em 2006, decorrentes

de eventos já ocorridos.

Desta forma, o valor das disponibilidades do Município do Rio de Janeiro poderia estar

comprometido com uma parcela superior de passivos, não evidenciados no

Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa, com conseqüente impacto na suficiência

apresentada, o que levou esta Coordenadoria a incluir a recomendação n.º 13 na

análise da Prestação de Contas do exercício de 2006.

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Processo 040/1775/2008

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Exercício de 2007

Em inspeção realizada em março de 2008, com a finalidade de subsidiar o presente

exame, foi constatado que, do montante das despesas sem prévio empenho do

exercício de 2004, de aproximadamente R$ 151 milhões, até o presente momento

restam a pagar R$ 78.247.521,51, conforme papéis de trabalho arquivados na CAD, os

quais deverão ser pagos através de Termos de Ajustes, a serem formalizados.

Entretanto, tais obrigações não estão registradas no Balanço Patrimonial do FMS em

31/12/2007, constituindo-se, assim, um passivo omisso, contrariando os princípios

contábeis da competência e da oportunidade e distorcendo a informação sobre a real

situação financeira do Fundo Municipal de Saúde.

Além disso, foi constatada a existência de notas fiscais de serviços prestados ou bens

entregues em 2007, todas atestadas, no montante de R$ 2.525.944,36. Assim,

conclui-se que o valor total de obrigações não registradas no Balanço Patrimonial do

FMS é de R$ 80.773.465,87 (R$ 78.247.521,51 + R$ 2.525.944,36). O

reconhecimento destas obrigações no patrimônio do Município leva à alteração do

valor das disponibilidades financeiras, conforme a seguir:

R$ M il

M u nicíp io s e m FUNPREV I

FUNPREV I Glob al

Dis po nib ilidade Finance ir a (1) 1.985.190 1.959.334 3.944.524

Obr igaçõe s Finance ir as (2) 978.491 233.292 1.211.783

Depós itos 229.546 65.599 295.145

RPP (saldo) 664.377 167.693 832.071

RPN (exerc íc ios anter iores ) 3.794 3.794

Outras Obrigações Financeiras (Despesas não rec onhec idas FMS) 80.773 - 80.773

Suficiê ncia Ante s da In s cr ição e m RPN (1-2) 1.006.700 1.726.041 2.732.741

In s cr ição e m RPN 338.837 3.124 341.961

Suficiê ncia Apó s a Ins cr ição e m RPN 667.862 1.722.917 2.390.780

Sugere-se, portanto, que o Parecer Prévio emitido por esta Corte contenha, a exemplo

do Parecer Prévio relativo às Contas de 2006, recomendação para que sejam

consideradas, no cálculo da suficiência apurada de acordo com o Anexo V do Relatório

de Gestão Fiscal, “as despesas a pagar”, “provisões” ou qualquer outra obrigação

financeira decorrente ou não da execução orçamentária.

8.11.2 DISPONBILIDADES FINANCEIRAS

O demonstrativo publicado pelo Município do Rio de Janeiro, nos moldes do Anexo V,

aprovado pela Portaria STN nº 632, de 30 de agosto de 2006, permite visualizar os

recursos não comprometidos com o Sistema Previdenciário, mas não evidencia as

disponibilidades Financeiras não comprometidas com outros tipos de vinculação,

como o FUNDEF, SUS, Convênios, Transferências Federais etc.

Desta forma, esta seção é dedicada a apurar o valor mais próximo do que estaria

descomprometido com determinadas vinculações.

O quadro a seguir, apresenta as Disponibilidades Financeiras do Município do Rio de

Janeiro, de forma detalhada:

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R$

FUNPREV I 1.959.333.723,12 49,67%

FA SS 5.315.496,32 0,13%

FUNPREV I/FASS 1.964.649.219,44 49,81%

Fundos Espec iais (1) 590.909.381,47 14,98%

Outras Fontes V inc uladas 274.582.998,52 6,96%

Depós ito Judic ial 133.349.648,09 3,38%

Conv ênios 66.713.665,18 1,69%

Depós ito A dminis trativo 27.001.085,31 0,68%

Conta Garantia 21.341.253,11 0,54%

Projetos 9.757.672,01 0,25%

Lei de Inc entiv o a Cultura - Lei nº 1.940/92 3.015.290,86 0,08%

Dir e ta - V incu lados 1.126.670.994,55 28,56%

Autar qu ias e Fu ndaçõe s - V incu lados (Exce to PREV IRIO) 509.575,75 0,01%T otal de Re cur s os V incu lados (Exce to Em pr e s as ) 3.091.829.789,74 78,38%

Empresas (2) 36.573.456,69 0,93%

Direta - Não V inc ulados ( 3) 304.307.279,77 7,71%

CMRJ/TCMRJ 7.718.198,01 0,20%

A utarquias e Fundaç ões - Não V inculados 504.095.117,56 12,78%

T otal da Ad . Dir e ta e Autar qu ias Não V in cu lad os /T M CRJ/CM RJ/Em pr e s as 852.694.052,03 21,62%

Dis po nib ilidade s Finance ir as 3.944.523.841,77 100,00%

(1) Inc luindo rec urs os de conv ênios pertencentes aos f undo es pec iais e R$ 65.499.244,94 relativ os a valores a

rec eber do FMS, qualif ic ados c omo disponibilidade para os f ins do A nex o V ;

(2) A dis ponibilidade f inanc eira das empresas pode c onter rec urs os v inculados dec orrentes de c onvênios e outras

f ontes , que não f oram detalhadas na Pres taç ão de Contas ;

(3) A CA D exc luiu as dis ponibilidades da CMRJ e TCMRJ para ev idenc ia- las separadamente.

Fonte:Pres taç ão de Contas e Inspeç ão - Cálculos CA D

Ad

min

istr

ação

Dir

eta

PREV I-RIO

Outr os

O quadro evidencia que 78,38%, no mínimo, da disponibilidade apresentada referem-

se a recursos vinculados, sendo:

•••• 49,81% comprometidos com os propósitos do FUNPREVI e FASS;

•••• 28,56% comprometidos com os propósitos de outros Fundos Especiais (FMS, FUNDEF,

FMDCA etc.) e de convênios, além de outras vinculações, como depósitos judiciais e

administrativos;

•••• 0,01% vinculados no âmbito das autarquias e fundações (exceto PREVIRIO).

Estes recursos têm destinação específica, mesmo que descomprometidos com

obrigações financeiras.

Verifica-se que a administração direta, autarquias e fundações, sem os recursos

vinculados, participam com 20,49% das disponibilidades.

O gráfico a seguir evidencia a composição das Disponibilidades Financeiras,

sintetizando seus principais componentes:

Composição das Disponibilidades

R$ 3.091.829.789,74

R$ 36.573.456,69

R$ 808.402.397,33

R$ 7.718.198,01

Recursos Vinculados Empresas Não vinculados - Adm. Direta/Autarquias e Fundações TCMRJ e CMRJ

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Processo 040/1775/2008

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LimitesLimitesLimitesLimites

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Observa-se que da disponibilidade financeira total de R$ 3.944.523.841,77, a

relevante parcela de R$ 3.091.829.789,74 são recursos vinculados.

A disponibilidade financeira das empresas é de R$ 36.573.456,69, na qual pode haver

recursos vinculados, não detalhados na prestação de contas. De qualquer forma, estas

entidades apresentaram passivo a descoberto, como em outros exercícios, revelando o

comprometimento com terceiros, destas parcelas, conforme apontado no subitem 7.2.

As disponibilidades financeiras não vinculadas da administração direta, autarquias e

fundações montam em apenas R$ 808.402.397,33.

Cabe ressaltar que os valores aqui apurados não se referem à suficiência financeira,

mas às Disponibilidades Financeiras.

8.12 INCENTIVO À CULTURA

A Lei nº 4.458/2006, Lei Orçamentária Anual – LOA, fixou em seu art. 17 os limites

para aplicação do incentivo fiscal à cultura, previsto na Lei nº 1.940/92, em no mínimo

0,40% e no máximo 1% da arrecadação do Imposto sobre Serviço de Qualquer

Natureza – ISS, cumprindo assim o previsto no §2º do art. 1º da Lei nº 1.940/92.

O dispositivo constante da LOA cumpre o fixado no §2º do art.1º da Lei nº 1.940, de

31/12/1992, conforme transcrito a seguir:

Art. 1º - Fica instituído, no âmbito do Município, incentivo fiscal em benefício do apoio à

realização de projetos culturais, a ser concedido a pessoas jurídicas contribuintes do

Município.

§ 1º - O incentivo fiscal referido no caput corresponderá à emissão de Certificados de

Enquadramento para projetos culturais apresentados por produtores culturais à Secretaria

Municipal de Cultura, capacitando-os a receber recursos de contribuintes do Imposto

Sobre Serviços - ISS, recursos estes abatíveis até o limite de vinte por cento, dos

pagamentos referentes a este tributo de responsabilidade dos mesmos contribuintes.

§ 2º - A Lei Orçamentária fixará, anualmente, os montantes mínimo e máximo, calculados

com base na receita do referido tributo, a serem adotados para a concessão do incentivo

fiscal de que trata esta Lei.

O Município do Rio de Janeiro publicou as seguintes informações a respeito deste

subitem:

R$ 2007

A RRECA DA ÇÃ O ISS 1.978.303.422 Inc entivos Fis cais Concedidos 7.949.961

Pe r ce ntual Aplicado 0,40%

No Parecer referente às Contas de 2006, esta Coordenadoria apontou que os dados

constantes do demonstrativo divulgado pelo Município do Rio de Janeiro se referiam

ao valor da arrecadação municipal da Receita 1.1.1.30.50.10.2 - Imposto Sobre

Serviços de Qualquer Natureza - Incentivos Fiscais - Projetos Culturais.

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No entanto, a lei estabeleceu, aparentemente, os limites para aplicação do incentivo

fiscal, detalhado na Lei nº 1.940/92, em projetos culturais, remetendo à inserção das

despesas realizadas em prol destas ações e não, da receita arrecadada, classificada na

fonte 103. Afinal, as receitas arrecadadas estão sujeitas ao eventual entesouramento,

caso haja descompasso com a efetivação do gasto. Em função disso, foi proposta a

recomendação n.º 29.

No atual exercício, a metodologia de cálculo seguiu o recomendado pela CAD, sendo o

valor de R$ 7.949.961,00 referente às despesas executadas na ação 5016 – Projetos

Culturais Lei nº 1.940/92.

Ressalte-se, ainda, que o Município do Rio de Janeiro realizou despesas com a Função

Cultura no montante de R$ 76.234.205,54 em 2007.

8.13 DESPESAS COM PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS

A Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, que instituiu normas gerais para

licitação e contratação de parceria público-privada, no âmbito da administração

pública, se aplica aos órgãos da administração direta, aos fundos especiais, às

autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, às sociedades de economia

mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados,

Distrito Federal e Municípios.

O art. 28 determina que a União não poderá conceder garantia e realizar transferência

voluntária aos Estados, Distrito Federal e Municípios se a soma das despesas de

caráter continuado, derivadas do conjunto das parcerias já contratadas por esses

entes, tiver excedido, no ano anterior, a 1% (um por cento) da receita corrente líquida

do exercício ou se as despesas anuais dos contratos vigentes nos 10 (dez) anos

subseqüentes excederem a 1% (um por cento) da receita corrente líquida projetada

para os respectivos exercícios.

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que contratarem empreendimentos por

intermédio de parcerias público-privadas deverão encaminhar ao Senado Federal e à

Secretaria do Tesouro Nacional, previamente à contratação, as informações

necessárias para cumprimento do previsto no caput do referido limite.

A Secretaria do Tesouro Nacional, responsável pela edição das normas gerais relativas

à consolidação das contas públicas aplicáveis aos contratos de PPP, conforme previsto

no art. 25 da referida Lei, estipulou a elaboração, no Relatório Resumido da Execução

Orçamentária (RREO), do Anexo XVII - Demonstrativo das Despesas de Caráter

Continuado Derivados das Parcerias Público-Privadas Contratadas.

Entretanto, não foi verificada a publicação do referido relatório por parte da CGM, nem

a menção a qualquer nota explicativa.

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9.1 DADOS DA PRESTAÇÃO DE CONTAS.......................................................392

9.1.1 COMPOSIÇÃO DO SALDO............................................................................... 392

9.1.2 INDICADORES DE GESTÃO DA DÍVIDA ATIVA.............................................. 395

9.2 OUTROS ASPECTOS RELEVANTES DA DÍVIDA ATIVA...........................396

9.2.1 ARRECADAÇÃO JUDICIAL X AMIGÁVEL....................................................... 396

9.2.2 OPERAÇÃO DE SECURITIZAÇÃO COM RECEBÍVEIS................................... 397

9.2.3 INSCRIÇÕES - ISS E IPTU................................................................................ 398

9.2.4 CANCELAMENTOS DE INSCRIÇÕES.............................................................. 399

9.2.5 COMPOSIÇÃO DO SALDO DO IPTU – POR DEVEDORES ............................ 400

DÍVIDA ATIVA

DÍVIDA ATIVA

DÍVIDA ATIVA

DÍVIDA ATIVA

9999

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 392

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Créditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

9 CRÉDITOS INSCRITOS EM DÍVIDA ATIVA

Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de

obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não

Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de

empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multas de qualquer

origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de

ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos

públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis

definitivamente julgados, bem como os créditos decorrentes de obrigações em moeda

estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos

em geral ou de outras obrigações legais (Lei Federal n.º 4.320, art. 39, § 2º).

9.1 DADOS DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

A arrecadação proveniente da Dívida Ativa do Município é segregada, a partir do

exercício de 2002, em 03 rubricas distintas: Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa

dos Tributos, Receita da Dívida Ativa Tributária e Receita da Dívida Ativa não

Tributária, esta última englobando o principal, multas e juros de mora destes créditos.

Tal fato, embora não caracterizado como impeditivo da análise temporal da

arrecadação de tais rubricas, implicou a necessidade de se realizar um agrupamento

por tributo associado, para que tal análise pudesse ser efetuada.

9.1.1 COMPOSIÇÃO DO SALDO

O estoque da Dívida Ativa do Município é demonstrado no Balanço Patrimonial da

Administração Direta na conta contábil Créditos do Município, componente do grupo

Ativo Permanente. Do montante registrado nesta conta, 97,50% (R$ 18.926.271.845)

correspondem a créditos inscritos em Dívida Ativa.

No Balanço Patrimonial Consolidado, foram excluídos os valores referentes à Dívida

Ativa lançada contra a RIOTUR (ISS – R$ 41.864.787), CETRIO (ISS – R$ 4.828.598) e

COMLURB (IPTU – R$ 2.998.248). E incluído o valor referente ao crédito de titularidade

da Fundação Rio Zôo, R$ 733.777. Assim, no Balanço Patrimonial Consolidado consta

o saldo de R$ 18.683.220.910 na conta contábil Créditos Realizáveis a Longo Prazo –

Dívida Ativa, e R$ 194.093.078 na conta Crédito em Circulação no realizável a Curto

Prazo.

Ainda com relação aos valores consolidados, cabe registrar que, em inspeção ordinária

realizada pela CAD na PGM, tendo por objeto os créditos inscritos em dívida ativa,

foram constatados pelo menos23232323 duas inscrições contra a COMLURB correspondendo a

R$ 553.511.790,86, que são referenciados em nota explicativa da empresa.

As variações ocorridas no exercício estão demonstradas a seguir:

23

A PGM não forneceu o relatório solicitado com os valores inscritos em Dívida Ativa que tenham como sujeito passivo órgãos

integrantes da administração indireta municipal.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 393

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Créditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

R$ M il

ATUALIZAÇÃO INSCRIÇÃOBAIXA POR

PAGAM ENTO

BAIXA POR CANCEL./ALT

ER.TOTAL

31 /12/2007

IPTU 8.866 .469 820 .404 693 .625 (175 .597 ) (58.496 ) 1 .279 .936 10 .146 .405

ISS 6.772 .932 369 .036 650 .963 (36 .716 ) (5 .479 ) 977 .804 7 .750 .736

IVVC 211 .860 7 .599 0 (23 ) 0 7 .576 219 .436

ITBI 47 .321 3 .406 32 .450 (2 .076 ) (360 ) 33 .420 80 .741

DIVERSOS 622 .342 73 .831 49 .383 (13 .469 ) (3 .133 ) 106 .612 728 .954

TOTAL INSCRITO 16.520 .924 1 .274 .275 1 .426 .422 (227 .882 ) (67.468 ) 2 .405 .348 18 .926 .272

Parece lam entos a receber

(167 .904 ) (195 .337 )

TOTAL CONSTANTE NO PATRIM ÔNIO

16.353 .020 1 .274 .275 1 .426 .422 (227 .882 ) (67.468 ) 2 .405 .348 18 .730 .934

Fon te : C GM

Obs .: No quadro ac im a s ão c ons iderados apenas os c réditos de titularidade da A dm inis traç ão Direta, não s endo c om putado o s eguinte

c rédito da adm inis traç ão indireta: Fundaç ão RioZôo: R$ 733.777,18

M UTAÇÕES DO EXERCÍCIO 2007

31 /12 /2006

O valor de R$ 167.904 mil, na coluna de 31/12/2006, diz respeito a parcelamentos

concedidos para créditos já inscritos em Dívida Ativa, com previsão de recebimento em

2007. Enquanto que R$ 195.337 mil referem-se aos parcelamentos concedidos com

previsão para recebimento no exercício de 2008. Tendo em vista a maior

probabilidade de recebimento destes créditos, uma vez que houve a concordância dos

credores com o parcelamento, a CGM efetuou a reclassificação contábil.

Conforme observado no gráfico a seguir, a maior participação no total inscrito da

dívida, em 31/12/2007, correspondia ao IPTU, com 53,61%, seguido pelo ISS, com

40,95%.

Participação no Saldo da Dívida

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

IPTU ISS Outros

2004 2005 2006 2007

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Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Créditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

A seguir, a evolução gráfica do saldo total da Dívida Ativa no período 2003-2007, em

valores reais, atualizados pelo IPCA-E:

Evolução do saldo da Dívida Ativa

-2,04,06,08,0

10,012,014,016,018,0

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Bilhões

A evolução do saldo da Dívida Ativa do Município nos períodos 2003/200724242424 revela

um aumento real, já considerada a variação média anual do IPCA-E do período, da

ordem de 68,45%. A comparação apenas dos exercícios de 2006 e 2007 revela um

crescimento de 10,63%, conforme demonstrado a seguir:

R$ M il

20 03 20 04 % 20 0 5 % 20 06 % 20 07 % %

R$ R$ 2004/2003 R$ 2005/2004 R$ 2006/2005 R$ 2007/2006 2007/2003

IPTU 6.270.781 7.202.411 14,86% 8.172.046 13,46% 9.181.585 12,35% 10.146.405 10,51% 61,80%

ISS 4.334.410 4.792.243 10,56% 5.283.737 10,26% 7.013.643 32,74% 7.750.736 10,51% 78,82%

IVV C 110.983 111.017 0,03% 213.693 92,49% 219.390 2,67% 219.436 0,02% 97,72%

ITBI 27.356 28.605 4,57% 31.499 10,12% 49.003 55,57% 80.741 64,77% 195,15%

Dive rsos 492.325 580.510 17,91% 705.141 21,47% 644.460 -8,61% 728.954 13,11% 48,06%

TOTAL 11.235.855 12.714.787 13,16% 14.406.117 13,30% 17.108.081 18,76% 18.926.272 10,63% 68,45%

V alores Reais Base 2007 =100

Fonte: CGM, c álc ulos CA D/SCE

NATUREZA

No que tange à evolução da Dívida Ativa, aberta por natureza, o IPTU e o ISS, como

tributos mais expressivos, apresentaram crescimento de 61,80% e 78,82%,

respectivamente.

Este fato pode ser explicado pela constante diferença entre a atualização monetária

dos créditos já inscritos acrescida das novas inscrições, e os valores pagos acrescidos

dos cancelamentos, conforme a seguir:

R$ m il2003 2004 2005 2006 2007

Atua lizações /Inscrições 2 .153.697 2 .127 .429 2 .654 .440 3 .753 .387 2.700 .697

Pagam entos/Cance lam entos 211.547 241 .523 321 .504 582 .685 295 .349

Dife rença 1.942 .150 ,58 1 .885 .906 ,28 2 .332.936 ,57 3 .170.701 ,36 2 .405 .347 ,72

Fonte: C GM

24

Valores deflacionados pelo IPCA-E do IBGE, com base 2007 = 100.

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Rubrica

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Créditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

R$ 0

R$ 500

R$ 1.000

R$ 1.500

R$ 2.000

R$ 2.500

R$ 3.000

R$ 3.500

R$ 4.000

2003 2004 2005 2006 2007

R$

Mil

har

es

Atualizações/Inscrições Pagamentos/Cancelamentos Diferença

9.1.2 INDICADORES DE GESTÃO DA DÍVIDA ATIVA

Preliminarmente, é necessário informar que foi utilizado o critério de considerar todas

as receitas decorrentes da cobrança de créditos inscritos em Dívida Ativa, tendo em

vista que, historicamente, esse era o procedimento adotado no âmbito da Prefeitura, o

que permite a comparação temporal dos números nos últimos cinco anos.

Ressalte-se que a melhoria dos indicadores a seguir comentados impactará

positivamente a arrecadação do Município e, conseqüentemente, a Receita Corrente

Líquida. Desta forma sugere-se que o MRJ envide esforços no incremento da

arrecadação da dívida ativa.

No saldo da Dívida estão inclusos multas, juros e atualizações dos créditos não pagos.

ÍNDICE DE ARRECADAÇÃO - composto pela divisão da Receita Arrecadada pelo Total

do Saldo da Dívida.

O quadro a seguir compara os últimos cinco exercícios. Não havia uma tendência

definida, alternando crescimento e queda nos índices, mas nos três últimos anos

passa a ter uma tendência de queda.

R$ m il2003 2004 2005 2006 2007

Re ce ita T otal 149.865 201.522 228.445 213.717 227.882

Sald o da Dívida 9.131.380 11.017.286 13.350.223 16.353.020 18.730.934

Índ ice de Ar r e cad ação 1,64% 1,83% 1,71% 1,31% 1,22%

Fonte: CGM

ÍNDICE DE GESTÃO DA DÍVIDA - composto pela divisão da Receita Arrecadada pelo

Total de Inscrições em Dívida Ativa, indicando a eficiência da Administração na

cobrança da Dívida.

Conforme observado no quadro a seguir, o indicador sofreu um aumento significativo

no período de 2003 a 2004, apresentando quedas expressivas em 2005 e em 2006,

deixando o índice em patamar inferior ao de 2003. Isto em razão de uma diminuição

na arrecadação na ordem de 6% e um aumento na inscrição de mais de 77%. Em 2007,

com a inscrição voltando ao nível de 2005, houve uma melhora significativa no índice.

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Créditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

R$ m il2003 2004 2005 2006 2007

Re ce ita T o tal 149.865 201.522 228.445 213.717 227.882

V alor In s cr ito e m Dívid a A tiva 1.005.611 839.966 1.302.661 2.313.735 1.426.422

Ge s tão da Dívid a A tiva 14,90% 23,99% 17,54% 9,24% 15,98%

Fonte: CGM

INDICADOR DA ADMINISTRAÇÃO DA INADIMPLÊNCIA - composto pela divisão do Total

de Inscrições em Dívida Ativa pela Receita Tributária Total, indicando a eficiência da

Administração na arrecadação das receitas próprias.

No exercício de 2005, foi invertida a tendência de baixa na inadimplência apresentada

nos exercícios anteriores, este índice apresentou um aumento de quase treze pontos

percentuais em relação ao exercício anterior, ocasionado pelo aumento significativo de

55,08% no volume das inscrições, contrastando com um aumento de apenas 11,28%

na arrecadação tributária durante o exercício de 2005. No exercício de 2006 este

aumento no indicador de inadimplência foi ainda maior, quase 28 pontos percentuais,

devido principalmente ao aumento das inscrições, de 77,62%, contra um aumento da

receita tributária de apenas 8,91%. Em 2007, com a inscrição voltando ao nível de

2005, houve uma melhora significativa no índice.

R$ m il2003 2004 2005 2006 2007

V alor Ins cr ito e m Dívida A tiva 1.005.611 839.966 1.302.661 2.313.735 1.426.422

Re ce ita Tr ib utár ia 2.329.485 2.641.689 2.939.726 3.201.659 3.583.245

Adm in is tração da Inad im plê ncia 43,17% 31,80% 44,31% 72,27% 39,81%

Fonte: CGM

9.2 OUTROS ASPECTOS RELEVANTES DA DÍVIDA ATIVA

9.2.1 ARRECADAÇÃO JUDICIAL X AMIGÁVEL

A seguir, são apresentadas as evoluções, em valores corrigidos pelo IPCA-E, das

arrecadações por via judicial e amigável. Foram excluídos os valores que compõem o

chamado “Lixão”, que se referem a pagamentos que, por motivos operacionais do

sistema da Dívida Ativa, não podem ser imediatamente relacionados a uma Certidão,

antes que se defina tratar-se de cobrança amigável ou judicial. Posteriormente, a

Procuradoria da Dívida Ativa - PDA toma as medidas para fins de identificação. Daí o

fato de o valor apresentado a seguir ser menor do que o informado no subitem 9.1.1.

A arrecadação pela via amigável apresentou uma queda real de 13% em 2007 em

relação ao exercício de 2006. Já a arrecadação pela via judicial apresentou crescimento

de 24,27% no mesmo período.

R$

AM IGÁV EL % TOTAL JUDICIAL % TOTAL TOTAL

2003 105.790.371 57,54% 78.078.658 42,46% 183.869.028

2004 120.858.436 52,68% 108.550.209 47,32% 229.408.645

2005 129.264.814 52,46% 117.132.714 47,54% 246.397.528

2006 126.388.625 57,27% 94.305.770 42,73% 220.694.395

2007 109.984.507 48,41% 117.198.261 51,59% 227.182.768

* Não inc lui os valores pagos mas não apropriados

Fonte: PGM/ PDA

ARRECADAÇÃO TOTAL (V ALORES REAIS - atualizado pe lo IPCA-E)

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Créditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

A seguir, é apresentado o gráfico da evolução dos valores dos dois tipos de cobrança,

que em 2006 inverteu a tendência de aproximação dos valores arrecadados pelas

cobranças amigável e judicial. Mas, que em 2007, com a queda expressiva na

arrecadação amigável, a cobrança via judicial ficou superior à via amigável pela

primeira vez desde 2002.

A queda na arrecadação via amigável pode ter ocorrido pelo aumento dos

parcelamentos, que desde outubro25252525 de 2006 pode ser realizado em até 84 meses. De

acordo com a PGM/PDA, somente em 2007 foram R$ 535.908.107 em parcelamentos

concedidos.

Evolução da Arrecadação por via Judicial e Amigável

60

70

80

90

100

110

120

130

140

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Milhões

AMIGÁVEL

JUDICIAL

9.2.2 OPERAÇÃO DE SECURITIZAÇÃO COM RECEBÍVEIS

O Município do Rio de Janeiro vem estruturando a securitização de créditos relativos à

Dívida Ativa. Foram realizados dois contratos com este objetivo.

1) Contrato nº 032/2007-SMF

Favorecido:Favorecido:Favorecido:Favorecido: EFISA

ObjetoObjetoObjetoObjeto - prestação de serviços de consultoria especializada para desenvolvimento de

modelo de estruturação de operações securitizadas, para colocação no mercado

internacional de capitais, lastreados em créditos inscritos na Dívida Ativa do Município,

ValorValorValorValor: R$ 2.175.000,00, constituindo-se de serviços no valor de R$ 1.875.000,00 mais

R$ 300.0000,00 de despesas reembolsáveis,

PrazoPrazoPrazoPrazo: 5 meses, com início em 09/05/2008, prorrogados duas vezes, por igual

período, pois várias atividades previstas no contrato estavam pendentes de definição.

2) Contrato nº136/2007

Favorecido:Favorecido:Favorecido:Favorecido: DEUSTCHE BANK SECURITIES INC

25

Definido pelo decreto nº 27.088, de 3 outubro de 2006, com prorrogação pelo decreto n° 29.146, de 02 de abril de 2008.

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Créditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

ObjetoObjetoObjetoObjeto: prestação de serviços de desenvolvimento e estruturação de operação de

securitização, abrangendo, sem limitação, a constituição, no Brasil, de um fundo de

investimento em direitos creditórios – não padronizado (o “FIDC” ou “Fundo”) – o qual

adquirirá, de maneira definitiva e sem direito de regresso, direitos creditórios de

titularidade do Contratante decorrentes de impostos e taxas em atraso e/ou

parcelados, inscritos em Dívida Ativa, devidos pelos contribuintes do Município do Rio

de Janeiro (os “direitos creditórios”), bem como a distribuição, direta ou indireta, em

regime de melhores esforços, das quotas de emissão do fundo e dos Certificados

Internacionais.

ValorValorValorValor: R$ 3.855.479,00, referente aos custos atinentes à montagem da estrutura da

operação, mais 0,64% do valor total das quotas seniores emitidas e subscritas (valor

será definido com a efetivação da operação – estimado no contrato em

R$ 6.400.000,00), que serão pagas quando da efetiva emissão e subscrição.

PrazoPrazoPrazoPrazo: Até a data em que forem efetivados a operação, o integral recebimento da

remuneração de estruturação e o pagamento das demais verbas devidas ao

contratado, ou, alternativamente, até 31 de outubro de 2008, o que ocorrer antes.

Dando continuidade a estruturação da securitização, em 2008 foi enviado à Câmara

Municipal o Projeto de Lei nº 1646/2008 que autoriza o Poder Executivo a ceder os

direitos ao fluxo, serviço ou o estoque dos créditos tributários vencidos e não pagos

no respectivo vencimento, inscritos ou não em Dívida Ativa, em condições de mercado.

De acordo com o exposto acima, e considerando também a análise da Resolução CGM

n.º 78926262626, de 13/11/2007, este Tribunal, através do processo 40/5365/200727272727,

relaciona alguns possíveis riscos decorrentes dessa operação.

9.2.3 INSCRIÇÕES - ISS E IPTU

No exercício de 2007, houve queda de quase 42 % nos créditos inscritos em Dívida

Ativa, referentes a ISS e IPTU, com relação ao exercício anterior, já considerada a

variação do IPCA-E. É importante ressaltar que a variação de 2007 em relação a 2005 é

positiva, e que pelo quadro abaixo pode se perceber que 2006 foi um ano atípico em

relação ao ISS, que aumentou suas inscrições em mais de 200 % em relação ao

exercício de 2005.

Evoluçã o do V a lor Inscrito e m Dívia Ativa - IPTU e IS S

Exe r cício IPT U ISS IPT U + ISS

2003 725.941 436.312 1.162.253

2004 593.302 350.968 944.270

2005 737.818 499.612 1.237.430

2006 705.436 1.609.568 2.315.004

2007 693.625 650.963 1.344.588

R$ M ilFonte: CGM

26

Aprovou o roteiro de procedimentos contábeis a serem aplicados na operação de securitização de recebíveis 27

Suscitação de realização de Inspeção Extraordinária na Secretaria Municipal de Fazenda. Processo em tramitação no TCMRJ.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 399

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Créditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Evolução do valor inscrito em Dívida Ativa - Impostos Selecionados - IPTU e ISS

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

2003 2004 2005 2006 2007

R$ Milhares

IPTU ISS IPTU + ISS

9.2.4 CANCELAMENTOS DE INSCRIÇÕES

Pode-se verificar ao analisar o quadro a seguir, que os cancelamentos sempre

possuíram um grande peso nas baixas da Dívida Ativa, sendo que em 2006 foram

superiores aos pagamentos, chegando a 63,32% do total baixado. Em 2007, os

cancelamentos continuaram bastante representativos, mas voltaram ao patamar dos

exercícios anteriores a 2006.

V a l o r e s R e a i s

NATUREZA CA NC ELA M ENTOS PA GAM ENTOS TOTAL %

2003 75.897.282 184.403.894 260.301.176 29,16%

2004 46.163.881 232.571.890 278.735.771 16,56%

2005 100.419.139 246.512.896 346.932.035 28,94%

2006 382.081.927 221.312.133 603.394.060 63,32%

2007 67.467.695 227.223.350 294.691.045 22,89%

Fonte: CGM - valores atualizados pelo IPCA -E

PA RT ICIPAÇ ÃO DOS CA NCELAM ENTOS NAS BA IXA S DA DÍV IDA A TIV A

BAIXAS DA DÍV IDA AT IV A - R$

O cancelamento da inscrição em Dívida Ativa ocorre quando a PGM, a SMF ou o

interessado, sempre por meio de processo administrativo devidamente fundamentado,

requer a extinção da cobrança do referido débito. Em outros casos, a baixa pode se

dar em função de decisão judicial transitada em julgado.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 400

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Créditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

9.2.5 COMPOSIÇÃO DO SALDO DO IPTU – POR DEVEDORES

A CAD, em março de 2008, na sua inspeção ordinária na Procuradoria Geral do

Município, solicitou a relação dos 14 maiores devedores do IPTU, por inscrição

imobiliária, tendo sido apresentada a seguinte situação:

R$ M ilIM ÓV EL V ALOR

INS CRIÇÃO INS CRITO085XXXXX 1.655.640

058XXXXX 1.536.476

131XXXXX 94.628

296XXXXX 62.702

120XXXXX 53.422

045XXXXX 37.339

298XXXXX 36.365

075XXXXX 35.452

136XXXXX 34.792

030XXXXX 31.630

096XXXXX 30.035

300XXXXX 28.716

054XXXXX 28.322014XXXXX 27.125

TOTAL 3.718.828Fonte : PGM

O valor apresentado acima corresponde a 36,65% do montante inscrito em Dívida

Ativa, a título de IPTU.

Cabe destacar os valores referentes às inscrições n.ºs 085XXXXX e 058XXXXX, que

totalizam mais de R$ 3,2 bilhões, ou 31,46% do total inscrito em Dívida Ativa a título

de IPTU, abrangendo o período de 1975 até agora. Os respectivos imóveis, localizados

na Barra da Tijuca, estão sobrepostos a outros, já tendo sido procedida pela SMF novas

inscrições para as edificações que neles foram construídas. As diversas execuções

fiscais ajuizadas pela PGM não passaram sequer pela fase de citação do executado,

uma vez que, segundo informações da PDA, tal procedimento revela-se extremamente

problemático, em virtude da não existência de dados suficientes que permitam uma

correta localização do imóvel tributado e de seu proprietário. Sendo assim, a

possibilidade de realização destes créditos é praticamente nula. Ainda assim, somente

em 2007 foram inscritos mais de R$ 160 milhões em Dívida Ativa referentes a estes

dois imóveis.

O proprietário do imóvel de inscrição 296XXXXX encontra-se em estado de

concordata, fazendo com que os respectivos créditos também sejam de difícil

realização para o Município.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 401

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Créditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida AtivaCréditos Inscritos em Dívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Tal situação reafirma a necessidade, já exposta por esta Corte quando do Parecer

Prévio referente às Prestações de Contas dos exercícios de 2002 (recomendação n.º

38), 2003 (recomendação n.º 14), 2004 (recomendação nº 8), 2005 (recomendação

nº 4) e 2006 (recomendação nos a.3 e b.1) da constituição de uma provisão contábil

que reflita a probabilidade da não realização de créditos do Município inscritos em

Dívida Ativa, a fim de que o Patrimônio do ente não seja superavaliado.

Cabe ressaltar que, em relação ao Ativo Real Consolidado do MunicípioAtivo Real Consolidado do MunicípioAtivo Real Consolidado do MunicípioAtivo Real Consolidado do Município, a Dívida Ativa

referente ao IPTU dos dois imóveis da Barra da Tijuca responde por 12,09%, ou seja, de

cada R$ 100,00 demonstrados como bens e direitos totais do Município em seu

Balanço Patrimonial, mais de R$ 12,00 muito provavelmente nunca serão de fato

realizados financeiramente.

É importante destacar que a necessidade desta provisão não está relacionada a uma

eventual deficiência administrativa/judicial na cobrança dos créditos, mas sim à

grande probabilidade de não recebimento de determinados créditos, em função de

suas características.

A doutrina contábil conceitua as provisões como reduções de ativo ou acréscimos de

exigibilidade que reduzem o Patrimônio Líquido, e cujos valcujos valcujos valcujos valores não são ainda ores não são ainda ores não são ainda ores não são ainda

totalmente definidostotalmente definidostotalmente definidostotalmente definidos. Representam expectativas de perdas de ativosexpectativas de perdas de ativosexpectativas de perdas de ativosexpectativas de perdas de ativos ou estimativas de

valores a desembolsar que, apesar de financeiramente ainda não efetivadas, derivam

de fatos geradores contábeis já ocorridos.

A definição acima permite concluir que a constituição de provisão para perdas no

recebimento da dívida ativa pelo município encontra amparo na doutrina contábil,

tendo em vista tratar-se de expectativa de perda de valores classificados no Ativo do

Ente. Além disso, a definição do termo provisão deixa claro que, para sua constituição

contábil, não há necessidade de conhecimento dos exatos valores da perda, até

porque, trata-se exatamente de uma previsão de perdaprevisão de perdaprevisão de perdaprevisão de perda, e não de uma constatação de

perda, e muito menos de cancelamento de créditos do Município, cujo montante

deverá ser apurado com base em critérios previamente definidos, critérios estes que

poderão ser delimitados pela PGM, em conjunto com a CGM.

Neste sentido, a Norma Internacional de Contabilidade do Setor Público n.º 19 – NICSP

19, estabelece que só devem ser reconhecidos, nas demonstrações contábeis, aqueles

ativos que se tenha uma grande possibilidade de realização, enquanto que os direitos

de recebimento totalmente incerto e fora do controle da entidade não devem constar

dos balanços.

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10.1 DÍVIDA FLUTUANTE – ADMINISTRAÇÃO DIRETA....................................403

10.2 DÍVIDA FUNDADA – ADMINISTRAÇÃO DIRETA .......................................405

10.2.1 MONTANTE DA DÍVIDA .................................................................................... 405

10.2.2 DÍVIDA RENEGOCIADA.................................................................................... 407

10.2.3 COMPOSIÇÃO DA DESPESA COM A DÍVIDA PÚBLICA................................ 408

10.3 DÍVIDA CONSOLIDADA – LRF.....................................................................409

10.3.1 CAPACIDADE DE PAGAMENTO...................................................................... 410

10.3.2 METAS FISCAIS ................................................................................................ 411

10.4 PRECATÓRIOS JUDICIAIS ..........................................................................413

10.4.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA - PRECATÓRIOS 2007................................... 414

10.4.2 PARCELAMENTO - PRECATÓRIOS 2003 ....................................................... 415

ENDIVIDAMENTO

ENDIVIDAMENTO

ENDIVIDAMENTO

ENDIVIDAMENTO

10101010

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 403

Rubrica

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EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

10 ENDIVIDAMENTO

A Dívida Pública do Município é constituída pela Dívida Flutuante e pela Dívida

Fundada Interna e Externa, das administrações direta e indireta.

Pode-se conceituar a Dívida Flutuante, também denominada dívida não consolidada,

como aquela contraída pelo ente por um período limitado de tempo, quer na sua

condição de administrador de bens de terceiros confiados à sua guarda, quer para

atender às momentâneas necessidades de caixa. Segundo a Lei Federal nº 4.320/64

(art. 92), a dívida flutuante compreende os restos a pagar (excluídos os serviços de

dívida), os serviços de dívida a pagar, os depósitos de terceiros (inclusive as

consignações em folha) e os débitos de tesouraria, estes geralmente compostos por

valores provenientes de operações de crédito por antecipação da receita orçamentária.

Já a dívida fundada ou consolidada consiste no montante total, apurado sem

duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude

de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para

amortização em prazo superior a doze meses (LRF, art. 29 inc. I). A LRF determina que

o montante da dívida consolidada deverá obedecer a limites globais, cuja definição

cabe ao Senado Federal (art. 30 inc. I).

10.1 DÍVIDA FLUTUANTE – ADMINISTRAÇÃO DIRETA

O quadro e o gráfico seguintes demonstram a evolução da dívida flutuante da

administração direta de 2003 a 2007, lembrando que os valores de 2007 foram

considerados fixos e os de anos anteriores foram atualizados com base no IPCA-E

(Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial) médio do período, medido pelo IBGE,

a fim de tornar os dados comparáveis ao longo do período.

Cabe ressaltar que nas Demonstrações Contábeis da Administração Direta foi utilizado

o critério de não considerar no Passivo Financeiro os Precatórios de curto prazo e o

serviço da dívida a Pagar (provisões) e incluí-los no Passivo Permanente. A fim de

manter a coerência no estudo das contas, em nossos demonstrativos foram mantidos

os valores no Passivo Financeiro.

2003

Em R$ Mil Em R$ MilV ariação %

A no A nterior

Em R$ MilV ariaç ão

% A no A nterior

Em R$ MilV ariaç ão

% A no A nterior

Em R$ MilV ariaç ão

% A no A nterior

Restos a Pagar 623.811 351.327 (43,68% ) 628.692 78,95% 625.289 (0,54% ) 743.312 18,87%

Prov is ões 227.965 514.911 125,87% 57.040 (88,92% ) 31.754 (44,33% ) 31.876 0,38%

Depós itos Ex igív eis a Curto Praz o 103.355 62.209 (39,81% ) 78.222 25,74% 115.854 48,11% 148.430 28,12%

Prec atórios 25.054 18.197 (27,37% ) 19.676 8,13% 9.950 (49,43% ) 95.162 856,37%

Notas de Repas s e a Pagar 168.234 54.183 (67,79% ) 172.929 219,15% 132.884 (23,16% ) 270.892 103,86%

Outras obrigaç ões 18.722 158.872 748,61% 131.611 (17,16% ) 141 (99,89% ) 1.180 737,89%

T OTAL 1.167.140 1.159.700 (0,64%) 1.088.170 (6,17%) 915.872 (15,83%) 1.290.852 40,94%

Fo nte : CGMCálcu los : CA D/TCMRJ

2007

V AL ORES NOM INAIS

2005 2006

Evolução d a Dívida Flutuan te

Dis cr im inação2004

VALORES ATUALIZADOS P ELO IPCA - E M ÉDIO

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 404

Rubrica

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EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Evolução da Dívida Flutuante Total

-

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

2003 2004 2005 2006 2007

Bilhões

Com base no quadro e no gráfico, pode-se inferir que:

•••• A dívida flutuante apresentou um aumento real, quando comparada com 2003, de

10,6%;

•••• Em relação ao exercício anterior, ocorreu um aumento real da ordem de R$ 374.980 mil

(40,94%), interrompendo uma seqüência de queda iniciada em 2002 e que se prolongou

até 2006;

•••• O quadro indica que, em termos percentuais, a maior elevação em relação ao exercício

de 2006 ocorreu à conta dos Precatórios Judiciais que responderam por um acréscimo

de 856,37%, no período em análise;

•••• Os Restos a Pagar permaneceram praticamente estáveis durante o período, todavia, a

conta de Notas de Repasse a Pagar apresentou um aumento de 103,86%.

A seguir é demonstrada a composição completa da Dívida Flutuante da Administração

Direta em 31/12/2007.

Composição da Dívida Flutuante em 31/12/2007 Administração Direta

21,0%

11,5%

9,9%

57,6%

Restos a Pagar

Notas de Repassea PagarDepósitos Exigíveisa Curto PrazoDemais

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 405

Rubrica

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EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

10.2 DÍVIDA FUNDADA – ADMINISTRAÇÃO DIRETA

10.2.1 MONTANTE DA DÍVIDA

A seguir, são apresentados um quadro e um gráfico com os montantes da dívida

fundada referente à administração direta ao longo dos últimos 05 (cinco) anos, para

fins de comparação, lembrando que os valores de 2007 foram mantidos fixos,

atualizando os dos anos anteriores com base no IPCA-E (índice de Preços ao

Consumidor Amplo Especial Médio) do período, medido pelo IBGE, a fim de tornar os

dados comparáveis ao longo do período.

2003

E m R $ M il E m R $ M i lV a r ia ção % A n o

A n t e r io rE m R $ M i l

V a r ia ção % A n o A n t e r io r

E m R $ M i lV a r ia ção %

A n o A n t e r io rE m R $ M i l

V a r ia ção % A n o A n t e r io r

De pó s ito s Exig íve is a Lo ngo Pr azo 29.470 337.303 1.044,58% 330.197 (2,11% ) 349.334 5,80% 346.719 (0,75% )Em pr é s tim os e Financiam e ntos 8.011.424 8 .143.597 1,65% 7.400.232 (9,13% ) 7.035.754 (4,93% ) 6.848.013 (2,67% )En tidade s Cr e do r e s - 15.219 - 6.075 (60,08% ) - (100,00% ) - - Pr e catór ios 37.791 26.140 (30,83% ) 24.022 (8,10% ) 71.311 196,86% 20.449 (71,32% )Outr as Obr ig açõ e s 155.704 160.201 2,89% 162.352 1,34% 166.048 2,28% 168.942 1,74%

T OTA L 8.234.389 8 .682.459 5,44% 7.922.879 (8,75%) 7.622.448 (3,79%) 7.384.123 (3,13%)

Evo lução d a Dívida Fu ndada

Fontes : CGM e SMF

2005 2006 20072004

Dívida Fundada - Administração Direta

-

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0Bilhões

Dívida Fundada Total

Dívida Fundada Externa

Dívida Fundada Interna

2003 2004 2005 2006 2007

Com base nos dados apresentados, percebe-se que houve uma redução de 10,33% no

nível de endividamento, no período em análise. Tendo como base o exercício de 2006,

constata-se uma diminuição de 3,13%, sendo que esta redução foi de 2,67% em

empréstimos e financiamentos, componente mais significativo da dívida fundada. É

importante destacar o decréscimo de 71,32% nos precatórios judiciais, no decorrer do

exercício, e de 45,33%, quando comparado com o exercício de 2003.

A linha de Empréstimos e Financiamentos reflete a dívida contratual de R$ 6.845.948

mil e os financiamentos junto a Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, no

valor de R$ 2.065 mil. Do endividamento contratual, 92,55% são compromissos

assumidos no Brasil e 7,45% correspondem a contratos com organismos financeiros

internacionais. Um ponto a destacar refere-se à composição da dívida interna

contratual: do total de R$ 6.336.037 mil de endividamento interno, 98,16%

correspondem a compromissos assumidos com o Governo Federal, ou seja,

R$ 6.219.554 mil, em função da Lei nº 7.976/89 e da medida provisória nº 2185-

35/01.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 406

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

DISC RIM INA ÇÃ OV ar iação e m R$

A tual.M one t.

Ope r . Decr é d ito /Ins cr . To tal

A tual.M one t. A m or t. Baixas Total

Inte rna 6 .702 .024 459 .128 126 .8 78 586 .006 0 265 .325 148 .493 413 .818 6 .874 .212 173 .468Em con tra tos 6 .132 .108 459 .042 8 .9 32 467 .974 264 .045 264 .045 6 .336 .037 203 .929D epós itos Le i Federa l 10 .819 /04 312 .631 0 92 .831 92 .831 219 .800 (92 .831)Finan ciam en tos - C ON AB 3.345 0 1 .280 1 .280 2 .065D ívidas in tragov. 158 .375 8 .5 03 8 .503 0 166 .878 8 .503C ertif. de reconhe c.d ív. - C R D 's 1 .978 86 86 0 2 .064 86Preca tó rios jud ic ia is 68 .865 0 0 48 .416 48 .416 20 .449 (48 .416)D epós itos jud icia is 17 .476 2 .1 92 2 .192 0 19 .668 2 .192Seguridade Socia l 7 .246 0 0 7 .246 7 .246 0 (7 .246)D epós itos Adm in is tra tivos 0 107 .2 51 107 .251 0 0 107 .251 107 .251

V ar .cam bial

Ope r . Decr é d ito

V alo re sa

In te r nalizarV ar .

cam bial Am o rt .

V alo r e sIn te r nalizado

s

Externa 658 .974 25 .919 0 0 135 .6 60 39 .322 0 509 .9 11 (149 .063)BID 658 .974 25 .919 0 0 135 .6 60 39 .322 0 509 .9 11 (149 .063)

Saldo e m 31/12/06

Total de

A cr é s cim os

Total de Baixas

Saldo e m 31/12/07

V ar iação e m R$

Tota l (Int. + Ext.) 7 .360 .998 611 .9 25 588 .800 7 .384 .123 23 .125

Saldo e m 31/12/07

V ar iação e m R$

EV OLUÇÃO DA DÍV IDA NO EX ERCÍCIO DE 2007 (e m R$ m il)

Saldo e m 31/12/07

Saldo e m 31/12/06

Saldo e m 31/12/06

A cré s cim os

A cré s cim os Dim inu içõe s

Dim inu içõe s

Com base no demonstrativo acima cabem os seguintes comentários:

•••• Com relação à dívida interna, a atualização monetária respondeu por 78,35% dos

acréscimos, enquanto a liberação/inscrição de novos créditos correspondeu a 21,65%,

dos quais 84,5% refere-se a Depósitos Administrativos e 7,04% são liberações de

parcelas de operações de crédito (dinheiro novo) de natureza contratual. No decorrer do

período foram pagos R$ 264.045 mil, a título de amortizações da dívida contratual.

•••• A valorização do real em relação ao dólar norte-americano proporcionou um ganho

cambial de R$109.741 mil que, considerando as amortizações de R$ 39.322 mil,

provocaram uma queda no nível de endividamento externo de R$ 149.063 mil, ou seja,

22,6% de variação favorável em relação ao período anterior, tendência que tem sido

observada nos últimos exercícios em face da performance das contas externas e da

política monetária e cambial, ancorada no dólar flutuante e nas altas taxas de juros

reais, que, por sua vez, atraem o capital internacional, exercendo pressão na oferta de

dólares.

•••• Nos movimentos ocorridos no endividamento, constata-se que não há acréscimos

relevantes decorrentes de novas operações. É importante assinalar o efeito exercido por

compromissos assumidos por outorga obrigacional, e que, portanto, não refletem

operações de crédito contratuais, vale dizer, do acréscimo total na dívida no montante

de R$ 611.925 mil, mais de 17% representam passivos contingentes, que independem

de uma ação governamental programática, tal como os Depósitos Administrativos de R$

107.251 mil. Os acréscimos provocados por novas operações de crédito somam apenas

R$ 8.932 mil, ou seja, pouco mais de 1% do total. A pressão mais forte sobre a dívida

contratual é proveniente do reconhecimento contábil dos custos, vale dizer, juros e

encargos, representando mais de 75% do movimento de acréscimo no nível de dívida.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 407

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

•••• Embora não seja plenamente exeqüível a aplicação de deflatores implícitos na análise do

endividamento, dado que seus componentes refletem diferentes índices de contratação,

é válido reconhecer, em termos gerais, que o endividamento total do município tem

apresentado quedas sucessivas no seu nível real. Assim, verificou-se no decorrer do

exercício de 2007, uma redução de aproximadamente R$ 238.325 mil, ou seja, 3,13%

em relação ao exercício anterior. Lembrando que, nos últimos 5 (cinco) anos, a Dívida

Fundada do Município do Rio de Janeiro acumulou uma queda real de 10,33%.

10.2.2 DÍVIDA RENEGOCIADA

O montante da dívida renegociada com o Governo Federal, no final de 2007, atingiu

R$ 6.094.288 mil. O referido valor corresponde a 82,53% da dívida fundada (incluindo

os compromissos contingentes) e a 70,25% do montante total da dívida da

administração direta em 31/12/07, incluindo a dívida flutuante. Foi constatado que,

durante o período, houve um acréscimo nominal de 4,75% nesta categoria de

compromisso; a manutenção deste cenário, implica admitir o aumento gradual da

participação da União no Passivo Real do Município, fato que vem ocorrendo, também,

com outros Estados e Municípios.

Em 01/07/99, foi firmado entre a União e o Município o contrato de confissão,

promessa de assunção, consolidação e refinanciamento da dívida mobiliária municipal

interna e externa no montante de R$ 2.653.366 mil, os quais a União se comprometeu

a quitar em nome do Município, e este se obrigou então a pagar tal valor à União em

360 prestações mensais a vencerem em cada dia 25 a partir de julho/99. No mesmo

instrumento ficou acordado que o saldo devedor seria atualizado monetariamente com

base na variação do IGP-DI e acrescido de juros nominais de 9% a.a.

Em 24/09/99, o montante da dívida foi acrescido do valor de R$ 345.362 mil,

referentes a débitos do Município com a STN, BNDES e CEF e, posteriormente, de mais

R$ 2.593 mil referentes a débitos com a CEF, através de Termo Aditivo firmado em

30/03/00.

Em 03/05/00, foi firmado novo Termo Aditivo com a finalidade de reduzir a taxa de

juros para 6% a.a., voltando para 9% a.a. caso o Município não cumprisse, no prazo de

30 meses, a contar da assinatura do Termo, com a amortização extraordinária de pelo

menos 10% do saldo devedor atualizado da dívida renegociada, ou para 7,5% caso a

amortização extraordinária não atingisse a 20% da dívida atualizada.

No entanto, a amortização extraordinária não foi paga pelo Município. Desta forma, os

juros de mora foram recalculados à taxa de 9% a.a. retroativamente a 01/09/99. Assim

a diferença de 3% (9% - 6%) vem sendo debitada mensalmente das contas do

Município, a crédito da União.

Ao final do exercício de 2007, o montante da diferença causada pela mudança nos

juros alcançou R$ 685.421 mil, sendo que R$ 216.915 mil correspondem à

movimentação no decorrer do ano. Os valores mencionados estão registrados no Ativo

Compensado, na conta de Responsabilidade por Riscos e Contingências, uma vez que

o município questiona judicialmente a diferença de juros.

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Data 15/04/08 Fls 408

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EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

10.2.3 COMPOSIÇÃO DA DESPESA COM A DÍVIDA PÚBLICA

A seguir, são apresentados os valores de realização da despesa com amortização,

juros e outros encargos da dívida, por projetos e atividades:

R$

Proje tos, Atividades e Natureza de De spe sa De sp. Autoriza da Des p. Rea lizada% da Despesa Rea lizada

sobre Autoriza daDe spe sa Paga

% da Des pe sa Pa ga

s obre Realiza daEncargos da Dívida Re negoc ia da - PT 31 .0 2 .28 .8 43.9 000 .5 02 4

493 .1 94 ,5 4 492 .9 28 ,3 8 99 ,95 % 492 .928 ,3 8 10 0,0%

329 02 100 - Ju ro s s o bre a D ívid a por C on tra to 492 .4 81 ,0 6 492 .2 21 ,0 7 99,9 5% 492 .2 21 ,0 7 10 0,0%329 02 200 - Outros Encargos s ob re a D ívida p or C on tra to

7 13 ,4 8 7 07 ,3 1 99 ,1 4% 707 ,3 1 10 0,0%

Dívida Renegociada - PT 31 .02 .28 .84 1.90 00.5 025 207 .8 02 ,1 4 207 .6 70 ,9 4 99 ,94 % 207 .670 ,9 4 10 0,0%469 07 700 - Princip a l C orrig id o da D ívid a C on tra tu a l R efin an ciad a

207 .8 02 ,1 4 207 .6 70 ,9 4 99,9 4% 207 .6 70 ,9 4 10 0,0%

Encargos da Dívida Interna - PT 31 .0 2 .28 .8 43.9 000 .5 02 6

22 .6 79 ,2 3 22 .3 03 ,0 0 98 ,34 % 22 .3 03 ,0 0 10 0,0%

329 02 100 - Ju ro s s o bre a D ívid a por C on tra to 21 .4 84 ,9 8 21 .2 19 ,0 7 98,7 6% 21 .2 19 ,0 7 10 0,0%329 02 200 - Outros Encargos s ob re a D ívida p or C on tra to

1 .1 94 ,2 5 1 .0 83 ,9 3 90,7 6% 1 .0 83 ,9 3 10 0,0%

Dívida Inte rna - PT 31 .02 .28 .84 1.90 00.5 027 57 .6 59 ,1 2 56 .3 74 ,2 3 97 ,77 % 56 .3 74 ,2 3 10 0,0%469 07 100 - Princip a l d a D ívid a C on tra tua l R es gata do

57 .6 59 ,1 2 56 .3 74 ,2 3 97,7 7% 56 .3 74 ,2 3 10 0,0%

Encargos da Dívida Ex te rna - PT 31 .0 2 .28 .8 44.9 000 .5 02 8

25 .9 19 ,3 8 25 .9 18 ,7 6 10 0,00% 25 .9 18 ,7 6 10 0,0%

329 02 100 - Ju ro s s o bre a D ívid a por C on tra to 25 .9 19 ,3 8 25 .9 18 ,7 6 10 0,00 % 25 .9 18 ,7 6 10 0,0%329 02 200 - Outros Encargos s ob re a D ívida p or C on tra to

- 0 ,0 0 - 0 ,0 0 -

Dívida Externa - PT 3 1 .02 .2 8 .842 .900 0.50 29 39 .3 23 ,0 2 39 .3 21 ,9 2 10 0,00% 39 .3 21 ,9 2 10 0,0%469 07 100 - Princip a l d a D ívid a C on tra tua l R es gata do

39 .3 23 ,0 2 39 .3 21 ,9 2 10 0,00 % 39 .3 21 ,9 2 10 0,0%

TOTAL 846 .5 77 ,4 3 844 .5 17 ,2 3 99,76 % 844 .5 17 ,2 3 10 0,0%Fonte: FINCON

A seguir, são apresentados os valores de realização da despesa com amortização,

juros e outros encargos da dívida, na ótica de seus componentes:

Dívida Pública - Total Pago 2007

-

100

200

300

400

500

600

700

800

Milhares

Interna Externa Renegociada Dívida Pública - Total de Juros pagos 2007

-

100

200

300

400

500

600

Milhares

Interna Externa Renegociada

Dívida Pública - Total Amortizado 2007

-

50

100

150

200

250Milhares

Interna Externa Renegociada Dívida Pública - Total de Outros Encargos pagos

2007

-

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

Milhares

Interna Externa Renegociada

Com base no quadro e nos gráficos apresentados anteriormente, pode-se afirmar que:

•••• Os percentuais de realização da dívida comparados com a despesa autorizada foram

equivalentes a 99,76% nos Programas de Trabalho das dívidas interna e externa e

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EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

•••• Dos R$ 844.517,23 mil pagos no exercício de 2007, R$ 303.367,09 mil referem-se a

amortizações, R$ 539.358,90 mil a juros e R$ 1.791,24 mil a outros encargos sobre a

dívida.

10.3 DÍVIDA CONSOLIDADA – LRF

Nos termos da LRF, a dívida consolidada, corresponde ao montante total, apurado sem

duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude

de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para

amortização em prazo superior a 12 meses ou de prazo inferior a 12 meses cujas

receitas tenham constado do orçamento. Equipara-se à operação de crédito a

assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação sendo

que, para fins de cálculo dos limites estabelecidos pela legislação (LRF, Resoluções e

Portarias do Senado e da Secretaria do Tesouro Nacional), integram a dívida

consolidada os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento.

Eventuais garantias concedidas (bem como suas contragarantias) e o estoque de

precatórios anteriores a 5 de maio de 2000 não compõem a dívida consolidada.

A seguir, é apresentado, para fins de comparação, um quadro da dívida consolidada

nos exercícios de 2006 e 2007, evidenciando as variações ocorridas:

( m i l ha r e s )

SALDO EX. AT UAL AJUSTES SAL DO EX. ATUAL SAL DO EX. V ARIAÇÃO V ARIAÇÃO

(ante s do ajus te ) - (aju s tado ) ANTERIOR R$ %

DÍV IDA CONSOLIDADA 7.870.548 219.886 7.650.662 7.608.000 42.662 0,56%

1-A dminis tração Direta 7.384.123 166.878 7.217.245 7.202.623 14.622 0,20%

2-A dminis tração Indireta 486.425 53.008 433.417 405.377 28.040 6,92%

Com base no quadro anterior, pode-se inferir que:

•••• A dívida consolidada cresceu, em valores nominais, R$ 42.662 mil, ou seja, 0,56%;

•••• O montante da dívida da Administração Direta apresentou incremento de 0,20%,

enquanto na Administração Indireta verificou-se aumento de 6,92% e

•••• Os ajustes da consolidação totalizaram R$ 219.886 mil e correspondem a dívidas

intramunicipais, ou seja, entre entes pertencentes ao Município. Tais ajustes precisam

ser realizados para que as dívidas não sejam computadas em duplicidade.

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EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

O montante de R$ 7.650.662 mil está composto da seguinte forma:

SALDO EM 31 / 12 / 2007 R $

DIRETA 7.217.245

INDIRETA 433.417

AUTA RQUIA S/FUNDAÇ ÕES 0,00

PREV IRIO (FUNPREV I) 0,00

EM PRESAS PÚBLICAS 280.486

RIOCOP 8.419

RIOLUZ 23.915

GUA RDA MUNICIPA L 17.941

IPLA N-RIO 9.223

MULTIRIO 17.331

EMA G-Empres a Munic .A rtes Gráf ic as 161

RIOURBE 203.496

SOC . DE EC ON. M ISTA 152.931

CET-RIO 1.880

RIOCENTRO 2.771

COMLURB 124.815

RIOTUR 23.465

TOTA L GERAL 7.650.662

(*) Para efeito de consolidação, foram realizados os ajustes.

A seguir, é apresentada a variação do saldo da dívida atualizando o saldo do exercício

de 2006 com base no IPCA-E:

( mi l ha r e s )

SALDO EX. SALDO EX. ANT. SALDO EX. V ARIAÇÃO V ARIAÇÃO

ANTERIOR ATUALIZADO ATUAL R$ %

DÍV IDA CONSOLIDADA 7.608.000 7.878.223 7.650.662 (227.561) (2,89% )

1-A dminis tração Direta 7.202.623 7.458.448 7.217.245 (241.203) (3,23% )

2-A dminis tração Indireta 405.377 419.775 433.417 13.642 3,25%

Percebe-se, tendo como referência o quadro anterior, que a dívida consolidada no

decorrer do exercício de 2007, apresentou uma queda real de 2,89%, considerando a

variação do índice oficial de atualização monetária do Município (IPCA-E).

10.3.1 CAPACIDADE DE PAGAMENTO

A Portaria nº 89/1997 do Ministério da Fazenda estabelece os critérios e a

metodologia a serem utilizados pela Secretaria do Tesouro Nacional para classificar os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios segundo sua situação financeira e

capacidade de pagamento. O objetivo é viabilizar o processo decisório nas solicitações

de operações de créditos adicionais e concessões de garantias da União,

estabelecendo as seguintes categorias:

•••• "A" resultado primário positivo e suficiente para pagar os serviços da dívida;

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EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

•••• "B" resultado primário positivo suficiente para pagar os encargos;

•••• "C" resultado primário positivo, mas insuficiente para pagar os encargos da dívida;

•••• "D" resultado primário negativo.

A base de cálculo está no resultado primário apurado, definido no Comunicado

nº 6.749/1998 do Banco Central.

O conceito de resultado primário mostra a diferença entre a receita e a despesa fiscais.

Na receita fiscal não estão incluídas as operações de crédito, as receitas financeiras e

as de privatização. Já a despesa fiscal é apurada com a exclusão dos gastos com a

dívida. Para fazer frente ao serviço da dívida, é necessário ter superávit primário, ou

seja, o governo gastar menos do que arrecada, o que garantirá recursos adicionais

para amortizar dívidas ou pagar encargos.

O Município do Rio de Janeiro, em virtude de apresentar resultado primário positivo de

R$ 193.236 mil, está classificado na categoria "C", uma vez que o pagamento de

encargos da dívida em 2007 montou a quantia de R$ 541.150 mil. Este cenário é o

mesmo constatado nos exercícios de 2005 e 2006.

10.3.2 METAS FISCAIS

A Lei Complementar nº 101/00, Lei de Responsabilidade Fiscal, prevê, em seu art. 4º,

§ 1º, que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) conterá um Anexo de Metas Fiscais,

no qual serão estabelecidas metas anuais relativas a receitas, despesas, resultados

nominal e primário e o montante da dívida, instruídos com memória de cálculo, que

justifique os valores pretendidos.

A Lei Municipal nº 4.146, de 26/07/2005 (Lei de Diretrizes Orçamentárias para o

exercício de 2006), trouxe em seu anexo metas anuais de resultado primário e

montante da dívida pública fundada.

10.3.2.1 RESULTADO PRIMÁRIO

O Demonstrativo do Resultado Primário está previsto no art. 53, inciso III, da Lei de

Responsabilidade Fiscal e faz parte do Relatório Resumido da Execução Orçamentária –

Anexo VII.

O resultado primário corresponde à diferença entre as receitas e despesas não

financeiras registradas durante o exercício.

PREV ISÃOREA LIZADO

2007REALIZ ADO

2006

Re ce itas Pr im ár ias 9.057.943 8.935.829 7.769.972

(- )De s pe s as Pr im ár ias 9.876.164 8.742.593 7.500.564

Re s u ltado Pr im ár io (818.221) 193.236 269.408

M e ta Fixada 32.786

Re s u ltado Pr im ár io (R$ m il)

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EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

A meta estipulada na LDO, para o exercício de 2007, foi de R$ 32.786 mil favoráveis,

enquanto ao final do exercício, verificou-se um resultado positivo de R$ 193.236 mil,

provocando uma variação favorável em relação à meta de R$ 160.450 mil.

Aprofundando esta análise, e agora fazendo uma comparação com o orçamento

atualizado de 2007, constata-se uma variação favorável de R$ 1.011.457 mil, isto

ocorreu porque a previsão de resultado primário foi atualizada para R$ 818.221 mil

negativos, como decorrência das alterações orçamentárias.

Na análise dos dois grupos que compõem o resultado primário, a partir dos

parâmetros fixados na Lei Orçamentária Anual (LOA), constata-se que a receita fiscal

líquida registrada no exercício ficou R$ 122.114 mil abaixo do previsto, enquanto a

despesa fiscal líquida registrou uma variação favorável de R$ 1.133.571 mil

provocando, como mencionado anteriormente, uma variação favorável de

R$ 1.011.457 mil no resultado primário no processo de execução orçamentária.

10.3.2.2 RESULTADO NOMINAL

Este demonstrativo está previsto no art. 53, inciso III, da Lei de Responsabilidade Fiscal

e faz parte do Relatório Resumido da Execução Orçamentária – Anexo VI.

Resultado Nominal é a variação no período da dívida fiscal líquida (dívida consolidada

líquida ajustada pelas receitas de privatizações e reconhecimento de passivos).

O Resultado Nominal estimado na LDO foi de R$ 386.875 mil negativos, enquanto o

resultado alcançado foi de R$ 335.347 mil negativos, provocando uma variação

desfavorável de R$ 51.528 mil, conforme quadro a seguir apresentado.

(R $ Milha res )

Em 31 Dez 2006 Em 31 Out 2007 Em 31 Dez 2007

(a ) (b) (c )

DÍVIDA CONSOLIDADA (I) 7 .608 .000 7.630 .784 7.650 .662

DEDUÇÕES (II) 3 .684 .213 4.137 .123 4.053 .202Ativo D is pon íve l 3 .460 .895 4.031 .691 3.788 .648H ave res Finance iros 223 .318 105 .432 264 .554(-) R es tos a Paga r Proces s ados

DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA (III) = (I - II) 3 .923 .787 3.493 .661 3.597 .460

RECEITA DE PRIVATIZAÇÕES (IV)

PASSIVOS RECONHECIDOS (V) 49 .035 53 .600 58 .054

DÍVIDA FISCAL LÍQUIDA (III + IV - V) 3 .874 .752 3.440 .061 3.539 .405

No Bim estre Jan a Dez 2007

(c - b) (c - a )

RESULTADO NOM INAL 99 .345 (335 .347)DISCRIM INAÇÃO DA M ETA FISCAL VALOR

(386 .875)

FONTE: Controladoria Geral do Munic ípio

SALDO

ESPECIFICAÇÃO

M eta de Resultado Nom inal fixada no Anexo de M etas Fisca is da LDO p/ o

exerc íc io de re fe rênc ia

PERÍODO DE REFERÊNCIA

ESPECIFICAÇÃO

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 413

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Contudo, conforme já ressaltado no subitem 8.6 o cálculo da Dívida Consolidada

Líquida (DCL) não foi elaborado conforme o disposto nas Portarias STN nº 632 e 633,

ambas de 2006 (vide quadro a seguir). Tal fato implica na subavaliação da DCL

acarretando ainda, em uma distorção da Meta do Resultado Nominal prevista na LDO.

R$

DÍVIDA CONSOLIDADA (I) 7 .650 .662

DEDUÇÕES (II) 1 .418 .716Ativo D is pon íve l 1 .985 .190H ave res Finance iros(-) R es tos a Paga r Proces s ados (566 .474 )

DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA (III) = (I - II) 6 .231 .947

RECEITA DE PRIVATIZAÇÕES (IV)

PASSIVOS RECONHECIDOS (V) 58 .054

DÍVIDA FISCAL LÍQUIDA (III + IV - V) 6 .173 .892

Fon te : C á lcu los C AD

Em 31 Dez 2007ESPECIFICAÇÃO

10.4 PRECATÓRIOS JUDICIAIS

Os bens públicos têm a característica da impenhorabilidade, motivo pelo qual impõe-

se que a execução contra a Fazenda Pública tenha um procedimento especial,

chamado de execução imprópria, tratado nos art. 730 e 731 do Código de Processo

Civil, por meio de precatórios.

Para fins de emissão de precatórios, considera-se Fazenda Pública a pessoa jurídica de

direito público (União, Estados, Distrito Federal, Municípios, Autarquias e Fundações

Públicas).

Nas execuções contra a Fazenda Pública, esta é citada para opor embargos ao devedor

em trinta dias. Se não os opuser, ou se estes forem rejeitados, o juiz que deferiu o

pedido da citação requisitará, por meio do Presidente do Tribunal competente, o

pagamento, que será feito na ordem de apresentação dos precatórios, havendo duas

ordens cronológicas: a dos créditos de natureza alimentícia e a dos demais.

O assunto encontra-se normatizado pelos arts. 78 e 100 - ADCT da Constituição

Federal/88, pelos arts. 730 e 731 do Código de Processo Civil e pelo arts. 10 e 30 - §

7º da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Os principais Tribunais responsáveis pelo acompanhamento do processo de

pagamento dos precatórios judiciais, pelas Entidades de Direito Público do Município

do Rio de Janeiro, são o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e o Tribunal Regional do

Trabalho, cada qual com um procedimento específico de controle sobre o

encaminhamento dos precatórios às respectivas Entidades.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 414

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

O Tribunal de Justiça, por meio de sua Assessoria de Precatórios Judiciais, envia

anualmente, até o mês de julho, uma relação com todos os precatórios emitidos em

ordem seqüencial no período de 2 de julho do ano anterior a 1º de julho do ano atual

para que esses valores possam ser incluídos no orçamento do ano seguinte.

O Tribunal Regional do Trabalho oficia aos órgãos municipais sobre cada precatório à

medida que este é expedido pelo juiz da execução, cabendo às Entidades oficiadas o

controle quanto à totalidade e seqüência cronológica de pagamento dos mesmos.

Na época do pagamento dos precatórios, as Entidades Municipais de Direito Público

requerem aos Tribunais competentes a emissão das guias de pagamento, sendo estas

consignadas diretamente ao Poder Judiciário.

10.4.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA - PRECATÓRIOS 2007

ORÇ A M ENT ODESPESA

REA L IZ A DADESPESA

PA GA

Ad m in is tr ação Dir e ta (PGM ) 23.711.548 19.977.078 19.951.800

Fu nd ação Par q u e s e Jar d in s 10.000 626 626

TOT AL 23.721.548 19.977.704 19.952.426

En t id ad e s d e Dir e ito Pú b lico M u n icip al - Pr e cató r io s Ju d iciais (R$)

Com base no quadro anterior, resta evidenciado que foram realizados 84,22% do

previsto, tendo sido efetivamente pagos 99,87% do total realizado.

O orçamento relativo a “precatórios judiciais” é composto, basicamente, pelos

seguintes itens: relação de precatórios informados pelo Tribunal de Justiça e Tribunal

Regional do Trabalho, encargos trabalhistas incidentes sobre os precatórios e folga

orçamentária para a cobertura de possíveis alterações nos valores envolvidos.

Os valores correspondentes ao Orçamento de 2007 referem-se aos precatórios

apresentados de 02 de julho de 2005 a 01 de julho de 2006, de acordo com a

instrução oficial dos tribunais competentes.

Em 31 de dezembro de 2007, as demonstrações contábeis apresentavam a posição de

R$ 117.131 mil à conta de precatórios judiciais. Abaixo está especificada,

detalhadamente, a responsabilidade pelo pagamento de precatórios por Entidade de

Direito Público Municipal:

P r o v is ão e m 3 1/ 12 / 2 0 0 7

Adm in is tr ação Dir e ta (PGM ) 115.612

Fun dação Par que s e Jar d ins 457

FUNLA R 89

FUNDA ÇÃO PLA NETÁRIO 50

PREV IO (FUNPREV I) 823

RIOZ ÔO 100

TOTAL 117.131

En tid ade s d e Dire ito Púb lico M u n icip al – Pr e catór ios Jud iciais (R$ m ilhare s )

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 415

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

10.4.2 PARCELAMENTO - PRECATÓRIOS 2003

O Município do Rio de Janeiro efetuou o parcelamento dos precatórios judiciais

inclusos no Orçamento de 2003. O pagamento da 5ª parcela, condicionado por

critérios relacionados a seguir, foi efetuado em dezembro de 2007.

O Município do Rio de Janeiro e o Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro

estabeleceram critérios específicos para o pagamento da 2ª parcela de precatórios

judiciais relativos ao Orçamento de 2003. De acordo com o parágrafo único, cláusula

4ª do Termo de Compromisso nº 003/334/04 firmado entre as partes em 30 de junho

de 2004:

“Obriga-se o Município do Rio de Janeiro a quitar integralmente, através de pagamento

único, até o final do exercício de 2004, os precatórios pendentes de quitação integral

relativos ao Orçamento de 2003, cujos créditos, de qualquer valor, sejam de titularidade de

pessoas físicas ou de pessoas jurídicas credoras de importâncias não superiores a

R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).“

De acordo com a referida cláusula, em 2004 foram feitos os pagamentos de todos os

precatórios judiciais parcelados relativos a pessoas físicas, e os pagamentos daqueles

de valor até R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), relativos a pessoas jurídicas.

Em 2007, conforme quadro abaixo, foram feitos os pagamentos dos precatórios

judiciais parcelados relativos a pessoas jurídicas, cujos valores eram superiores a

R$ 2.000.000,00:

Nº Pr e catór io

No m e do Be ne ficiár ioNatu r e za Jur íd ica

do be n e ficiár io

Sald o d o p arce lam e nto ante s do pag am e n to da

5a. Par ce la

Pagam e nto da 5a. p ar ce la e m

d e ze m br o/2007

Saldo do parce lam e n to

após o p ag am e nto

M ODALIDADE CUSTEIO

03079 A GRO IMOBILIA RIA PRIMA V ERA S/A Pess oa Jurídica 10.299 1.717 8.58303087 CONSTRUTORA A FFONSECA S/A Pess oa Jurídica 2.778 463 2.315

13.078 2.180 10.898

M ODALIDADE CAPIT AL03085 A SSOCIA ÇÃ O DA IGREJA METODISTA Pess oa Jurídica 6.836 1.139 5.697

6.836 1.139 5.697

19.914 3.319 16.595

Re lação de Pr e catór io s Ju diciais Parce lad os re lativo s ao Or çam e n to de 2003 - Pag am e nto d a 5a. Par ce la - R$ m ilh ar e s

T OT AL GERAL

SUB TOTAL

SUB TOTAL

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11.1 RESSALVAS..................................................................................................417

11.2 ALERTAS.......................................................................................................419

11.3 RECOMENDAÇÕES......................................................................................422

EXERCÍCIO ANTERIOR

EXERCÍCIO ANTERIOR

EXERCÍCIO ANTERIOR

EXERCÍCIO ANTERIOR

11111111

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 417

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

11 PRESTAÇÃO DE CONTAS DO EXERCÍCIO ANTERIOR

Esta Corte emitiu parecer favorável à aprovação das contas relativas ao exercício de

2006, de responsabilidade do Senhor Prefeito César Epitácio Maia, com as ressalvas e

os alertas a seguir especificados, propostos pelo Excelentíssimo Senhor Conselheiro

Antonio Carlos Flores de Moraes, em seu relatório, no capítulo Comentários Finais e

aprovados pelo Plenário, por unanimidade.

11.1 RESSALVAS

A) “É vedada a destinação dos recursos do salário educação oriundos do

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE a programas

suplementares de alimentação e ao pagamento de pessoal do quadro

de servidores do município, com base no inciso III do art. 208, art.

212 “caput” e seus parágrafos quarto e quinto, inciso II do parágrafo

primeiro do art. 15 da Lei 9.424, de 24 de dezembro de 1996.”

Ressaltou o Relator que, ao serem apuradas as fontes de recursos referentes ao

pagamento da despesa com merenda escolar, 31,94% se originaram do salário-

educação. Em consulta ao site do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação –

FNDE, sobre a aplicação da cota estadual e municipal do salário-educação, foi obtida a

seguinte informação:

“Em ações voltadas para o ensino fundamental público de 1a a 8a séries regular, de

educação regular, de educação especial e de educação de jovens e adultos na modalidade

presencial com avaliação do processo, podendo financiar programas como transporte do

escolar, construção, reforma e adequação de prédios escolares, aquisição de material

didático-pedagógico e equipamentos para escola, bem como a capacitação de professores,

entre outros. É vedada a sua destinação a programas suplementares de alimentação e ao

pagamento de pessoal do quadro de servidores do estado, do Distrito Federal e do

município.”

Baseando-se na legislação citada, concluiu, então, o Relator que a resposta dada pelo

FNDE à questão 14, formulada a respeito do salário-educação, estava certa, uma vez

que não se poderia, de forma alguma, destinar os seus recursos para pagamento da

alimentação, por ser este um programa suplementar a ser financiado com recursos

provenientes de contribuições sociais.

No exercício de 2007, através de consulta realizada no sistema FINCON, verificou-se

que, embora não tenham sido realizadas, com recursos do salário-educação, despesas

com pagamento de pessoal, continuaram sendo realizadas despesas com merenda

escolar.

No entanto, vale ressaltar, conforme instrução desta Coordenadoria no processo

40/003864/2007, que o artigo 7º da Lei nº 9.766/98, a qual alterou a legislação que

rege o salário-educação, dispunha:

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 418

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

“Art. 7º O Ministério da Educação e do Desporto fiscalizará, por intermédio do FNDE, a

aplicação dos recursos provenientes do Salário-Educação, na forma do regulamento e das

instruções que para este fim forem baixadas por aquela Autarquia, vedada sua destinação

ao pagamento de pessoal.” (grifo nosso)

A MP nº 339/06, em seu artigo 43, determinou que os artigos 7º e 9º da referida lei

passassem a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 7º Compete ao FNDE, aos órgãos de controle interno do Poder Executivo e ao

Tribunal de Contas da União, nos limite de suas atribuições, a fiscalização da aplicação da

quota federal da contribuição social do salário-educação.

Art. 9º É vedada a utilização dos recursos do salário-educação para o pagamento de

pessoal e alimentação escolar, ou qualquer outra forma de assistência social, ressalvadas

as despesas desta natureza no âmbito de programas de educação de jovens e adultos na

modalidade presencial com avaliação no processo instituídos pelo Governo Federal.” (grifo

nosso)

A medida provisória citada foi convertida, com alteração, na Lei nº 11.494/07, que, no

entanto, não tratou da referida vedação, permitindo concluir, assim, que permanece

em vigor o texto original do art. 7º da Lei nº 9.766/98.

Dessa forma, se poderia entender, s.m.j., que não houve impropriedade na utilização

dos recursos do salário-educação.

B) “O Município tem a obrigação de aplicar, na manutenção e

desenvolvimento do ensino, na forma prevista no art. 212 da

Constituição Federal, no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) da

receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de

transferências, não ficando isento em virtude da instituição do Fundo

de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e

Valorização do Magistério – FUNDEF, nos termos do art. 8º, da Lei nº

9.424, de 24 de dezembro de 1996.”

Registrou o Relator que não há conseqüência prática alguma em se querer punir o

Gestor por aplicar poucos recursos próprios na educação, quando o FUNDEF é extinto

e surge, em seu lugar, um novo programa, chamado de FUNDEB, cujos modos

operacionais deverão ser regulamentados oportunamente, ocasião em que serão

estabelecidos, inclusive, os valores próprios dos entes federados a serem aplicados em

educação.

Em seu voto, observou, ainda, que o FUNDEB, tal qual o FUNDEF, não exclui da

responsabilidade do Município a aplicação de 25% das receitas de impostos e

transferências constitucionais e sugeriu que pudesse ser admitido um percentual

gradativo na desconsideração de ganhos do citado Fundo, na ordem de 25% ao ano, a

partir do exercício de 2008.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 419

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

No entanto a lei orçamentária em vigor considerou a integralidade dos ganhos,

demonstrando que não houve intenção de se seguir a recomendação proposta.

C) “A Prefeitura do Município do Rio de Janeiro aplicou apenas 0,33% da

arrecadação do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS,

como incentivo à Cultura, sendo desrespeitado o limite estabelecido

no art. 14 da Lei 4.272/06, de 0,4%, no mínimo e 1%, no máximo do

recebimento originado do aludido tributo.”

A Lei 1.940, de 31/12/1992, estabeleceu no parágrafo 2º do art. 1º que a Lei

Orçamentária fixará, anualmente, os montantes mínimo e máximo, calculados com

base na receita do ISS, a serem adotados para a concessão do incentivo fiscal de que

trata esta lei.

Embora questionando se a obrigação de aplicar na cultura um percentual do ISS não

representaria uma violação ao princípio da não vinculação das receitas tributárias,

concluiu o Plenário que não poderia o Executivo, em sua defesa, argüir a

inconstitucionalidade do aludido dispositivo legal, se havia sancionado a Lei nº.

4.272/06, sem vetar o art. 14.

No exercício de 2007, como demonstrado no subitem 8.12, foram respeitados os

limites estabelecidos.

D) “A Prefeitura do Município do Rio de Janeiro deixou de apresentar o

Balanço Financeiro consolidado como determina o inciso III, do art. 50,

da Lei de Responsabilidade Fiscal (art. 50, III) e art. 101, da Lei nº

4.320, de 17 de março de 1964.”

De acordo com os dispositivos citados, os resultados gerais do exercício serão

demonstrados no Balanço Orçamentário, no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial

e na Demonstração das Variações Patrimoniais, devendo as demonstrações contábeis

compreender, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão,

fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive

empresa estatal dependente.

No exercício de 2007, o referido demonstrativo também não foi apresentado.

11.2 ALERTAS

A)A)A)A) “Com base no parágrafo primeiro do art. 59 da Lei Complementar nº

101 de 2000, fica o Poder Executivo alertado de ter ultrapassado a 90%

do limite estabelecido no citado art. 20, inciso III, alínea “b” da citada

LRF.”

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 420

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

Decidiu o Plenário que constitui obrigação do Tribunal de Contas alertar ao Poder

Executivo quando ultrapassar 90% do limite estabelecido no citado art. 20, inciso III,

alínea “b” da LRF, sob pena de responder por omissão no cumprimento de seus

deveres constitucionais e legais.

No exercício de 2007, como se observa, através do quadro a seguir, o percentual da

despesa com pessoal em relação à receita corrente líquida diminuiu quando

comparado com o exercício anterior. No entanto, mesmo com o aumento da receita

corrente líquida, vale ressaltar o encontro de contas entre Tesouro e FUNPREVI, no

exercício de 2006, que gerou para o Fundo, de acordo com Parecer do Controlador

Geral, uma dívida de R$ 230.962.874,05, valor compensado, no exercício sob exame,

com os repasses devidos pelo Tesouro. Tendo em vista que o valor custeado pelo

FUNPREVI para pagamento de inativos é deduzido para apuração do total da despesa

com pessoal, foi incluído, na terceira coluna do quadro a seguir, o valor suportado a

mais pelo Fundo. Por fim, ainda que o percentual apurado não sujeite à emissão de

alerta por esta Corte, vale lembrar que este não deveria ser o único valor adicionado,

pois, considerando a alteração na data de corte para atribuição da responsabilidade

pelo pagamento de inativos, formalizada através do Decreto nº 27.502, de

26/12/2006, o FUNPREVI passou a se responsabilizar integralmente pelos inativos

após 15/12/1998, enquanto que nos exercícios anteriores esta responsabilidade se

dava a partir de jan/2002.

R$ Mil2006 2007 2007 *

To tal De s p e s a com Pe s s oal 3.832.424 3.776.099 4.007.062Re ce ita Co r re nte L íqu id a 7.583.369 8.633.065 8.531.788Pe r ce ntual da De s p e s a 50,54% 43,74% 46,97%Lim ite Exe cutivo 54% 54% 54%Lim ite A le r ta TCM 48,60% 48,60% 48,60%

N o ta: *2007 - s em enc o nt ro de c o ntas F UN P R EVI - T eso uro

Fonte: Relatório de Ges tão Fis c al

B)B)B)B) “Em virtude da necessidade imperiosa da manutenção da qualidade de

serviço público na cidade do Rio de Janeiro, é recomendável, ao invés

de dispensa de servidores públicos, que sejam adotadas medidas de

esforço a fim de aumentar a arrecadação tributária municipal, sem que

tal fato signifique um aumento da carga tributária à população, cuja

capacidade contributiva chegou já ao seu limite.”

Embora tal alerta tenha característica de continuidade, foi verificado, em inspeção na

PGM, que a implantação, nos próximos meses do sistema PA virtual e do novo sistema

da Dívida Ativa – novo DAM – com previsão para 2009 contribuirá para o aceleramento

da cobrança da dívida ativa.

Em inspeção na SMF, obteve-se, ainda, a informação de que está previsto concurso

público visando à melhoria do recadastramento do IPTU.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 421

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

C)C)C)C) “Com base no inciso V do § 1º do art. 59 da Lei de Responsabilidade

Fiscal que obriga o Tribunal de Contas a alertar os Poderes ou órgãos

referidos no art. 20 sobre “fatos que comprometam os custos ou os

resultados dos programas ou indícios de irregularidades na gestão

orçamentária”, deve ser o Poder Executivo alertado sobre a necessidade

de cautela em relação ao comprometimento anual com amortizações,

juros e demais encargos da Dívida Consolidada, que, em 2006 esteve

próximo do limite fixado na Resolução nº 43/2007 do Senado Federal

(subitem 8.10)”

Adotou o Plenário sugestão da CAD no sentido de alertar o Poder Executivo sobre a

necessidade de cautela em relação à proximidade do percentual apurado com o limite

fixado no inciso II do art. 7º da Resolução nº 43/01 do Senado.

No exercício de 2007, observou-se uma diminuição no percentual apurado em

comparação com o obtido no exercício anterior, conforme subitem 8.6.

D)D)D)D) “Ainda com base no inciso V do § 1º do art. 59 da LRF deve ser

promovido o ALERTA do Prefeito municipal, como chefe do Poder

Executivo, acerca dos fatos apurados pela Coordenadoria de Auditoria

e Desenvolvimento – CAD e que consta da recomendação “A.a.7”, às

fls. 662, e “A.a.9”, às fls. 662, feita à Controladoria Geral do Município

– CGM e à Secretaria Municipal de Fazenda (“C.c.4”, às fls. 665 e

“C.c.8”, às fls. 666)”

Este alerta apresenta os seguintes desdobramentos:

•••• necessidade de exclusão, no demonstrativo das despesas com manutenção e

desenvolvimento do ensino, das despesas com inativos e de despesas realizadas pela

FUNLAR (assistência social) e pela SMEL (assistência social e saúde);

Tal alerta foi objeto das recomendações nº 9 e 10, descritas, resumidamente, a seguir.

Ressaltando que a CAD passará a considerar, para fins de análise dos gastos com MDE,

tão-somente, o demonstrativo da LDB e, não mais, o da LOA, verificou-se que as

despesas com inativos, bem como as da SMEL, não foram computadas para cálculo do

limite, mas que continuaram sendo realizadas pela FUNLAR as despesas citadas.

•••• necessidade de evidenciar nas futuras Prestações de Contas, demonstrativo das “Outras

Despesas com Ensino”, não consideradas na apuração do percentual mínimo previsto no

art. 212 da Constituição Federal, totalizadas no Demonstrativo das Receitas e Despesas

com Ensino, integrante do Relatório Resumido da Execução Orçamentária;

Embora a CAD tenha baseado sua análise somente no demonstrativo da STN,

verificou-se que a recomendação nº 11, objeto do presente alerta, não foi atendida.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 422

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

•••• necessidade de pagamento ao FUNPREVI pelo Poder Executivo das contribuições

patronais do TCMRJ e da CMRJ, em consonância com a decisão da Oitava Câmara Civil do

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Conforme processo 2004.004.01632, a Oitava Câmara Civil do Egrégio Tribunal de

Justiça do Estado Rio de Janeiro decidiu ser de competência do Tesouro Municipal, o

pagamento dos encargos citados.

Em inspeção realizada no último mês de março, a CAD verificou que estão pendentes

de pagamento as contribuições do TCMRJ, de mar/04 a nov/06, totalizando R$

21.761.029,87, em valores históricos e da CMRJ, de fev/04 a nov/07, R$

65.057.116,11.

11.3 RECOMENDAÇÕES

Cumpre-nos ressaltar que, em seu voto, o Relator, Excelentíssimo Senhor Conselheiro

Antonio Carlos Flores de Moraes, determinou que as recomendações sugeridas pela

CAD deveriam ser analisadas quando do exame das contas dos Ordenadores de

Despesas. No entanto, considerando a ressalva do Conselheiro de que eventual

omissão destes poderia prejudicar futuramente a emissão de parecer favorável à

apuração das Contas do Prefeito e, ainda, com a intenção de permitir um

acompanhamento de forma global das recomendações propostas, muitas das quais

relacionadas à presente Prestação de Contas, apresentamos a seguir, de forma

resumida, um quadro demonstrativo de seu atendimento. Ressalte-se que, para sua

análise, foram utilizadas as informações obtidas no decorrer das inspeções realizadas

no exercício anterior e no mês de março/2008, sendo estas, concentradas,

principalmente, nas seguintes áreas: Lei de Responsabilidade Fiscal, Saúde, Educação,

Previdência, Receita, Dívida Ativa, Dívida Pública e Precatórios.

Legenda:

REINC - reincidência

AA – recomendação atendida

AF – demanda análise futura

NA – recomendação não atendida

RECOMENDAÇÕES 2006 – PROCESSO 40/1653/2007 ANÁLISE REINC. OBSERVAÇÕES

1. Que as Prestações de Contas do Município do Rio de Janeiro contenham esclarecimentos objetivos sobre as recomendações efetuadas no exercício anterior (subitem 11.1). Essa recomendação visa avaliar o empenho da Administração em sanar as deficiências reveladas na gestão passada;

NA desde 2002

Não foi sequer incluído item destinado à prestação de esclarecimentos.

2. Que o Controle Interno (CGM) identifique os responsáveis pelas despesas sem prévio empenho (subitens 6.2.4, 8.11.1 e 11.3 desta análise), comunicando a esta Corte as providências adotadas (§1º do art. 74 da CF);

NA desde 2002 Ver subitens 6.2.3.1, 6.2.3.2 e 6.2.3.3

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 423

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

RECOMENDAÇÕES 2006 – PROCESSO 40/1653/2007 ANÁLISE REINC. OBSERVAÇÕES

3. Que a Procuradoria Geral do Município informe à CGM o valor total dos créditos de improvável recuperação (subitens 9.3.4 e 11.4);

NA desde 2002 Ver subitem 9.2.5

4. Que a CGM constitua provisão contábil para perdas prováveis com base no valor a ser informado pela PGM, conforme recomendação anterior (subitens 9.3.4 e 11.4);

NA desde 2002 Ver subitem 9.2.5

5. Que se proceda à regularização dos créditos do Fundo de Previdência dos Servidores do Município do Rio de Janeiro - FUNPREVI com o Município do Rio de Janeiro (subitens 6.1.4 e 11.6);

NA desde 2003 Ver subitem 6.3.1

6.Que seja providenciada pela Administração Municipal avaliação das causas geradoras das contingências comentadas nos subitens 7.3.2 e 11.7, visando à implementação de controles eficientes na área administrativa das Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista;

AF

Como não houve pronunciamento da Administração Municipal, conforme recomendação nº 1, esse item será verificado em inspeções futuras.

7. Que sejam disponibilizados a esta Corte de Contas os Relatórios de Auditoria elaborados pela Auditoria Geral, nos termos do que consta nos arts. 37, inciso II, alínea “c”, e 38, inciso III, da Deliberação n.º 034/83 (subitem 11.9);

NA desde 2003 O TCMRJ continua não recebendo os referidos relatórios.

8. Que as audiências públicas do FMS mencionadas nos subitens 6.2.6 e 11.10 sejam realizadas conforme estabelecido na Lei nº 8.689/93;

NA desde 2004 Ver subitem 6.2.3.5

9. Que nas Prestações de Contas, inclusive do exercício de 2007, e nos projetos de lei orçamentária, as despesas com inativos sejam desconsideradas para efeito de apuração do percentual aplicado na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, conforme art. 212, da Constituição Federal, conforme subitens 8.1.1 e 11.11 e em atendimento à decisão desta Corte quando da análise da Prestação de Contas de 2000 e à Lei n.º 9.394/96. Tal recomendação deverá ser observada em qualquer demonstrativo publicado;

AA

Considerando, tão-somente, o previsto na LDB, as despesas com inativos não foram computadas para cálculo do limite.

10. Que nas futuras Prestações de Contas, inclusive do exercício de 2007, e nos projetos de lei orçamentária, a Controladoria Geral do Município e a Secretaria Municipal de Fazenda, respectivamente, adotem os ajustes apresentados nos subitens 8.1.1 e 11.12, para efeito de apuração do percentual aplicado na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, conforme art. 212, da Constituição Federal. Tal recomendação, também, deverá ser observada em qualquer demonstrativo publicado;

NA desde 2005

Considerando, tão-somente, o previsto na LDB, as despesas da FUNLAR continuaram sendo consideradas.

11.Que seja evidenciado, nas futuras Prestações de Contas, demonstrativo das “Outras Despesas com Ensino” não consideradas na apuração do percentual mínimo previsto no art. 212 da Constituição Federal, totalizadas no Demonstrativo das Receitas e Despesas com Ensino, integrante do Relatório Resumido da Execução Orçamentária, conforme subitens 8.1.2 e 11.13;

NA desde 2004

Embora não evidenciado nas contas, os dados foram obtidos em inspeção.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 424

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

RECOMENDAÇÕES 2006 – PROCESSO 40/1653/2007 ANÁLISE REINC. OBSERVAÇÕES

12. Que nas futuras Prestações de Contas, a composição das Despesas de Exercícios Anteriores que integraram a base de cálculo para fins do art. 212 da Constituição Federal seja evidenciada, indicando o processo administrativo e a respectiva fundamentação, com base nas hipóteses do art. 37 da Lei n.º 4.320/64 (subitem 11.14);

NA desde 2004

Embora não evidenciado nas contas, os dados serão obtidos em inspeção.

13.Que sejam consideradas no cálculo da suficiência apurada de acordo com o Anexo V do Relatório de Gestão Fiscal, as “despesas a pagar”, “provisões” ou qualquer outra obrigação financeira decorrente ou não da execução orçamentária (subitens 8.11 e 11.16);

NA desde 2004 Ver subitem 8.11

14. Que os repasses devidos pelo Tesouro Municipal ao FUNPREVI sejam efetuados de acordo com o disposto na Lei nº 3.344/01 (subitens 6.1.3 e 11.17);

NA desde 2004

No exercício de 2007 os repasses efetuados pelo Tesouro ao Fundo seguiram os parâmetros do Decreto nº 27.502, de 26/12/2006, que alterou a data de corte para atribuição da responsabilidade pelo pagamento de inativos.

15. Que a CET-RIO providencie a regularização dos fatos apontados nos subitens 7.2.2 e 11.22;

NA desde 2005 Ver subitem 7.2.10

16. Que o demonstrativo da projeção atuarial das receitas e despesas previdenciárias contemplem o ingresso de novos servidores, de forma que o mesmo evidencie resultados previdenciários futuros mais consistentes (subitens 6.1.2.2 e 11.23);

AA Verificado em nota no RREO.

17. Que as despesas com recursos oriundos das multas de trânsito atendam ao disposto no art. 320 do Código Nacional de Trânsito (subitens 2.8.6 e 11.24);

AA

Como informado pela CET-RIO, na análise do exercício anterior, esta recomendação seria atendida em 2007.

18. Que sejam solucionadas as questões relativas à carência de profissionais da educação e ao elevado número de duplas-regências (subitens 6.3.7 e 11.26);

NA desde 2004 Ver subitem 6.1.6.1

19. Que os demonstrativos mencionados no subitem 1.4 integrem as futuras prestações de contas em obediência ao princípio da transparência;

NA desde 2006 Ver subitem 1.4

20. Que as dotações decorrentes do Orçamento Participativo sejam identificadas na Lei Orçamentária, por meio de projetos e atividades específicos, de forma a que se possa efetuar o devido acompanhamento de sua execução (subitem 1.9);

NA desde 2006 Ver subitem 1.9

21. Que as contribuições patronais do TCMRJ e da CMRJ sejam efetivamente pagas ao FUNPREVI pelo Poder Executivo, em consonância com a decisão da Oitava Câmara Civil do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado Rio de Janeiro (subitens 2.9.1 e 2.10.3);

NA desde 2006 Ver subitem 6.3.1

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 425

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

RECOMENDAÇÕES 2006 – PROCESSO 40/1653/2007 ANÁLISE REINC. OBSERVAÇÕES

22. Que a CGM providencie a conclusão dos trabalhos estabelecidos nas Resoluções CGM 697 e 710 de 2006, determinando a solução imediata das pendências constantes no subitem 5.1.2.1;

AF

Processo 40/003242/2007, referente à inspeção realizada nas entidades transformadas, encontra-se sobrestado na CAD, no aguardo da manifestação de todas as jurisdicionadas.

23. Que a SMS responda aos Ofícios desta Corte de forma tempestiva para que não haja prejuízo na análise das Contas de Gestão conforme item 6.2.4;

AA

Na última inspeção, as solicitações foram atendidas de forma tempestiva.

24. Que a CGM discrimine os repasses recebidos pelo Fundo Municipal de Conservação Ambiental – FCA - de forma que se possa verificar a sua composição no demonstrativo das receitas arrecadadas (subitem 6.7);

NA desde 2006

Conforme verificado no demonstrativo das receitas arrecadadas do FCA, os repasses continuam não sendo discriminados.

25. Que o Fundo de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Município do Rio de Janeiro - FUNDET e o Fundo Municipal Antidrogas - FMAD cumpram suas diretrizes e finalidades básicas estabelecidas em suas leis de criação (subitens 6.12 e 6.13);

NA desde 2006

Conforme se observa nos demonstrativos dos referidos Fundos (subitem 6), os mesmos não realizaram qualquer despesa.

26. Que seja providenciada a regularização dos fatos apontados no item 7, quanto à forma de apresentação do Balanço Patrimonial e a divergência de informações entre as demonstrações contábeis das empresas públicas e sociedades de economia mista;

AA Foi providenciada a regularização na presente Prestação de Contas.

27. Que a COMLURB e a RIOCOP providenciem a regularização dos fatos comentados no subitem 7.3.2;

AF

Embora a situação permaneça inalterada, a CAD continuará acompanhando as referidas questões (subitens 7.2.1 e 7.2.11)

28. Que seja observada a metodologia de cálculo, definida na Lei Orçamentária, na aferição do cumprimento à limitação, quanto à abertura de créditos suplementares (subitem 8.5);

NA desde 2006 Ver subitem 8.5

29. Que a CGM, ao elaborar o cálculo do percentual aplicado como Incentivo à Cultura, nos termos da Lei nº 1.940/92, considere a despesa e não a receita na base de cálculo, conforme subitem 8.12;

AA Ver subitem 8.12

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 426

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

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RECOMENDAÇÕES 2006 – PROCESSO 40/1653/2007 ANÁLISE REINC. OBSERVAÇÕES

30. Que a Procuradoria Geral do Município – PGM – envide esforços para sanar de forma célere as pendências jurídicas comentadas nos subitens 7.2.2, 8.1.3.1.4, 11.1, 11.6 e 11.8;

NA desde 2006

Tendo em vista o não atendimento da recomendação nº 1 e a análise do material obtido em inspeções, observou-se que não foram sanadas as pendências citadas, com exceção do subitem 8.1.3.1.4 da análise das contas de 2006 (remessa de parecer sobre MDE).

31. Que se envidem esforços para o incremento da Receita Corrente Líquida, com a adoção de providências como a mencionada no subitem 9.1.3, tendo em vista que a mesma afeta o cumprimento de diversos limites da LRF;

AF

A presente recomendação depende de acompanhamento contínuo e, anualmente, a CAD, em sua inspeção, verifica as ações e os procedimentos pertinentes.

32. Que seja realizada avaliação atuarial do FUNPREVI, de acordo com o estabelecido no inciso I do art. 1º da Lei nº 9717/98 (subitem 11.23);

NA desde 2006

Foi verificado em inspeção que, como em 2006, a avaliação não foi realizada.

33. Que seja anexado nas futuras Prestações de Contas, o demonstrativo do cálculo do percentual apurado pela Superintendência do Tesouro Municipal relativo ao comprometimento com os juros, amortizações e encargos da dívida;

NA desde 2003 Ver subitem 8.10

34. Que as Prestações de Contas venham acompanhadas da documentação relacionada no parágrafo único do art. 7º da Deliberação TCM nº 134, de 28 de novembro de 2000;

NA desde 2002 Ver subitem 1.5

35. Que sejam criados controles específicos para a vinculação das receitas de capital derivadas da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público à sua aplicação das despesas de capital, uma vez que a sua inexistência dificulta a transparência no tocante ao atendimento do disposto do art. 44 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

NA desde 2002

Embora não tenha havido pronunciamento da jurisdicionada, não foi observada a criação de fonte de recursos específica (subitem 2.5.2.4).

Constatou-se, assim, que 71,43% das recomendações não foram atendidas, 11,43%

demandam análise futura para verificação do atendimento e 17,14% foram acatadas.

Em relação às recomendações não atendidas, foi evidenciado, ainda, o período no qual

vêm sendo reiteradas.

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NÃNÃO APGUE ESTE TEXTO

11.1 RESSALVAS..................................................................................................417

11.2 ALERTAS.......................................................................................................419

11.3 RECOMENDAÇÕES......................................................................................422

TEXTO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

12121212

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 428

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Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

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12 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Cumprindo o disposto no inciso I, do § 4°, do art. 1°, da Deliberação n° 142/2002, a

CAD efetuou a análise preliminar das Contas de Gestão prestadas pelo Chefe do Poder

Executivo, as quais incluem, além de suas próprias, as dos Presidentes do Poder

Legislativo e do Tribunal de Contas do Município do Rio, referentes ao exercício

financeiro de 2007, para emissão de Parecer Prévio Conclusivo por esta Corte de

Contas.

Considerando que no exame das contas foram encontrados descumprimentos às

normas constitucionais e legais que regem a matéria, sugere-se a emissão de Parecer

Prévio favorável à aprovação das Contas, adotando-se as seguintes RESSALVAS28282828 às

contas:

1. A Prefeitura do Município do Rio de Janeiro deixou de responder às

recomendações desta Corte, tendo, ainda, apresentado um percentual de

cumprimento das mesmas inferior a 18%. Ressalte-se que algumas dessas

recomendações vêm sendo reiteradas desde o exercício de 2000 (item 11.3)

2. O Município realizou despesas indevidas com recursos do FUNDEB (subitem

6.1.6.6), contrariando o art. 70 da Lei 9.394/96, combinado com o art. 23 da

Lei 11.494/07.

3. O Município realizou despesas sem prévio empenho, contrariando o art. 60 da

lei 4.320/64 - RIOZOO (subitem 5.2); SMS (6.2.3.1, 6.2.3.2 e 6.2.3.3) CET-RIO,

COMLURB e RIOFILME (subitem 7.4);

4. O Município promoveu aumento de despesas por meio de instrumentos

normativos inadequados (Decretos nº 28.362 de 29/08/2007 e de nº 28.514,

de 05/10/2007), pois a matéria lá tratada era afeta à reserva de lei, nos termos

do disposto no art. 84, VI, da Constituição Federal, com a redação que lhe foi

dada pela Emenda Constitucional nº 32 (subitens 2.6.1);

5. O Município descumpriu o disposto no art. 212 da Constituição Federal ao

aplicar o percentual de 24,68% em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

(subitem 8.1).

Quanto às recomendações29292929 referentes às Contas do exercício de 2006, cumpre

destacar que, conforme observado no item anterior, 71% não foram atendidas,

ressaltando ainda que, não foi sequer incluído item destinado à prestação de

esclarecimentos por parte do Município, dificultando a análise da CAD e contrariando

o disposto na recomendação 01 de 2006. Assim tais pontos serão reiterados com os

devidos ajustes à nova situação encontrada em 2007.

28

Ressalvas são observações de natureza restritiva quando a fatos constados no exame das contas que não estejam em

conformidade com as leis normas aplicáveis. 29

Recomendações são medidas sugeridas para a correção das falhas e deficiências verificadas.

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 429

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

1. Que as Prestações de Contas do Município do Rio de Janeiro contenham

esclarecimentos objetivos sobre as recomendações efetuadas nos exercícios

anteriores (item 11.3.1). Essa recomendação visa avaliar o empenho da

Administração em sanar as deficiências reveladas na gestão passada;

2. Que a Procuradoria Geral do Município informe à CGM o valor total dos

créditos de improvável recuperação (subitens 9.2.5 e 11.3.3;

3. Que a CGM constitua provisão contábil para perdas prováveis com base no

valor a ser informado pela PGM, conforme recomendação anterior (subitens

9.2.5 e 11.3.4);

4. Que sejam disponibilizados a esta Corte de Contas os Relatórios de Auditoria

elaborados pela Auditoria Geral, nos termos do que consta nos arts. 37, inciso

II, alínea “c”, e 38, inciso III, da Deliberação n.º 034/83 (subitem 11.3.7);

5. Que as audiências públicas do FMS mencionadas nos subitens 6.2.3.5 e 11.3.8

sejam realizadas conforme estabelecido na Lei nº 8.689/93;

6. Que os repasses devidos pelo Tesouro Municipal ao FUNPREVI sejam efetuados

de acordo com o disposto na Lei nº 3.344/01 (subitens 6.3.1 e 11.3.14) ;

7. Que a CET-RIO providencie a regularização dos fatos apontados nos subitens

7.2.10 e 11.3.15;

8. Que sejam solucionadas as questões relativas à área de Educação (subitens

6.1.6 e 11.3.18);

9. Que os demonstrativos mencionados nos subitens 1.4 e 11.3.19 integrem as

futuras prestações de contas em obediência ao princípio da transparência;

10. Que as dotações decorrentes do Orçamento Participativo sejam identificadas,

na Lei Orçamentária, por meio de projetos e atividades específicos, de forma a

que se possa efetuar o devido acompanhamento de sua execução (subitens 1.9

e 11.3.20);

11. Que a CGM discrimine os repasses recebidos pelo Fundo Municipal de

Conservação Ambiental – FCA - de forma que se possa verificar a sua

composição no demonstrativo das receitas arrecadadas (subitem 11.3.24);

12. Que o Fundo de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Município do Rio

de Janeiro – FUNDET, Fundo Municipal de Habitação –FMH, Fundo Municipal de

Desenvolvimento Urbano –FMDU e o Fundo Municipal Antidrogas - FMAD

cumpram suas diretrizes e finalidades básicas estabelecidas em suas leis de

criação (item 6 e subitem 11.3.25);

13. Que seja observada a metodologia de cálculo, definida na Lei Orçamentária, na

aferição do cumprimento à limitação, quanto à abertura de créditos

suplementares (subitem 8.5 e 11.3.28);

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 430

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

14. Que seja anexado nas futuras Prestações de Contas, o demonstrativo do

cálculo do percentual apurado pela Superintendência do Tesouro Municipal

relativo ao comprometimento com os juros, amortizações e encargos da dívida

(subitem 8.10 e 11.3.33);

15. Que as Prestações de Contas venham acompanhadas da documentação

relacionada no parágrafo único do art. 7º da Deliberação TCM nº 134, de 28 de

novembro de 2000 (subitens 1.5 e 11.3.34);

16. Que sejam criados controles específicos para a vinculação das receitas de

capital derivadas da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio

público à sua aplicação das despesas de capital, uma vez que a sua

inexistência dificulta a transparência no tocante ao atendimento do disposto

do art. 44 da Lei de Responsabilidade Fiscal (subitem 2.5.2.4 e 11.3.35);

17. Que a Procuradoria Geral do Município – PGM – envide esforços para sanar de

forma célere as pendências jurídicas comentadas nos subitens 7.2.10 e

11.3.30.

Em face da presente análise, entende-se pertinente que poderiam ser efetuadas novas

recomendações a seguir relacionadas:

18. Que a Administração Municipal dê ciência regularmente a esta Corte de Contas

sobre o andamento da questão judicial mencionada no subitem 2.5.2.3.1 -

ICMS;

19. Que a RIOZOO providencie a resolução do apontado no subitem 5.1;

20. Que a Secretaria Municipal de Saúde observe o disposto no art. 156 da

IN/MPS/SRP nº 003/2005 o qual determina que o valor retido da contribuição

ao INSS, nos casos de cessão de mão-de-obra, deverá ser recolhido pela

empresa contratante até o dia dez do mês seguinte ao da emissão da nota

fiscal (item 6.2.3.4);

21. Que sejam regularizados os fatos apontados nos subitens 7.1 e 7.2 no que diz

respeito às empresas públicas e sociedades de economia mista;

22. Que a CGM providencie, no âmbito das empresas públicas, uniformização na

contabilização das transferências do Tesouro, pois estas vêm utilizando

procedimentos distintos, de acordo com o subitem 7.2;

23. Que o Município adote as providências necessárias para se evitar óbice à

obtenção de receitas, decorrentes das transferências voluntárias, oriundas do

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, tendo em vista o contido na

Portaria MEC nº 06, de 20/06/2006. A existência de restrição para a obtenção

desses recursos pode afetar, inclusive, a pretensão de futuros Governantes

(subitem 8.1.3);

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 431

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

24. Que a CGM ao elaborar o demonstrativo do Resultado Nominal (anexo VI do

RREO) desconsidere o ativo disponível do FUNPREVI em seu cálculo, bem como

providencie a dedução dos valores inscritos em Restos a Pagar Processados

(subitem 10.3.2.2);

A seguir são apresentadas recomendações que, face à sua gravidade, poderiam ser

qualificadas como determinações, caso o Egrégio Plenário desta Corte entenda

pertinente o seu imediato cumprimento:

25. Que se proceda à regularização dos créditos do Fundo Especial de Previdência

do Município do Rio de Janeiro - FUNPREVI com órgãos e entidades do

Município do Rio de Janeiro (subitens 6.3.1 e 11.3.5);

26. Que as contribuições patronais do TCMRJ e da CMRJ sejam efetivamente pagas

ao FUNPREVI pelo Poder Executivo, em consonância com a decisão da Oitava

Câmara Civil do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado Rio de Janeiro (subitens

6.3.1 e 11.3.21);

27. Que seja realizada avaliação atuarial do FUNPREVI, de acordo com o

estabelecido no inciso I do art. 1º da Lei nº 9717/98 (subitem 11.3.32);

28. Que no cálculo da Receita Corrente Líquida sejam consideradas as deduções

referentes às Transferências da Gestão Plena (subitem 2.5.2.5);

29. Que nos exercícios futuros, incluindo 2008, não sejam consideradas na base

de cálculo que apura o cumprimento do art. 212 da Constituição Federal,

despesas com características similares às abordadas no subitem 8.1.1.1;

30. Que seja adotado o procedimento prescrito no § 5º do art. 69 da LDB a fim de

que os recursos da MDE sejam repassados a Secretaria Municipal de Educação

(subitem 8.1.1.2.3);

31. Que as disponibilidades do Fundo Especial de Previdência do Município do Rio

de Janeiro – FUNPREVI não integrem as deduções da dívida consolidada na

base de cálculo que apura o cumprimento do art. 3º do Inciso II da Resolução

nº 40/2001 do Senado (subitem 8.6);

32. Que os Restos a Pagar sejam incluídos nas deduções do Ativo Disponível na

base de cálculo que apura o cumprimento do art. 3º do Inciso II da Resolução

nº 40/2001 do Senado (subitem 8.6);

33. Que o Município atente para a correta apuração das despesas com pessoal

para os fins de cumprimento do art.19, inciso III e 20, inciso III, alínea “b”, da

LRF, conforme subitens 8.4 e subitem 11.2.A;

34. Que o previsto no § 2º do art. 21 da Lei nº 11.494/07 seja obedecido (subitem

6.1.4);

35. Que seja providenciada a regularização das despesas indevidas realizadas com

recursos do FUNDEB (subitem 6.1.6.6)

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 432

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

36. Que o Controle Interno (CGM) identifique os responsáveis pelas despesas sem

prévio empenho (subitens 5.2, 6.2.3.1, 6.2.3.2, 6.2.3.3, 7.4 e 11.3.2),

comunicando a esta Corte as providências adotadas (§1º do art.74 da CF) ;

37. Que sejam consideradas no cálculo da suficiência apurada de acordo com o

Anexo V do Relatório de Gestão Fiscal, as “despesas a pagar”, “provisões” ou

qualquer outra obrigação financeira decorrentes ou não da execução

orçamentária. (subitens 8.11 e 11.3.13);

38. Que o Município não promova aumento de despesas através de instrumentos

normativos inadequados (subitem 2.6.1);

39. Que sejam observados os parâmetros constitucionais e legais que permeiam as

decisões desta Corte sobre a correta apuração das despesas com a

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, conforme subitens 8.1.1 e 11.3.10;

40. Que o Município promova a aplicação adicional de receitas na Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino no exercício de 2008 para que seja atingido um

percentual mínimo de R$ 20.143.594,29 de forma a regularizar o apontado no

subitem 8.1, considerando as demais decisões desta Corte atinentes a base de

cálculo da MDE.

Adicionalmente sugere-se que este Tribunal, de acordo com o disposto no §1º do art.

59 da LRF, alerte o Poder Executivo quanto:

i. aos riscos decorrentes da implementação da Operação de Securitização dos

Créditos relativos à Dívida Ativa conforme subitem 9.2.2.

ii. ao risco do comprometimento das finanças municipais, em virtude da

possibilidade da existência de valores não reconhecidos no Passivo do

Município do Rio de Janeiro (subitem 8.11.1);

iii. de cautela com as despesas elencadas como MDE, haja vista o disposto no

subitem 8.1.1.3.

iv. à necessidade de se observar o parágrafo único do art. 1º da Lei

nº 11.494/2007, de forma a expurgar o Ganho do FUNDEB da base de cálculo

da MDE, conforme subitem 8.1.2 e item 11.1.B.

Sugere-se, ainda que:

•••• Seja informado à Câmara Municipal do Rio do Janeiro sobre a necessidade de não se

considerar as disponibilidades do Fundo Especial de Previdência do Município do Rio de

Janeiro – FUNPREVI como dedução da dívida consolidada, na determinação da meta do

Resultado Nominal, quando do exame do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias.

(subitem 10.3.2.2);

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Processo 040/1775/2008

Data 15/04/08 Fls 433

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000007777

•••• Seja informado à Câmara Municipal do Rio do Janeiro sobre a necessidade da inclusão

dos Restos a Pagar Processados do Município nas deduções do Ativo Disponível na

determinação da meta do Resultado Nominal, quando do exame do Projeto de Lei de

Diretrizes Orçamentárias. (subitem 10.3.2.2);

•••• Seja informado à Procuradoria Geral do Município – PGM que o correto percentual

mínimo de aplicação em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, previsto nos artigos

212 §2º e 213 da CF/88, é de 25% da receita resultante de imposto e transferências e

não 20% como afirmado na conclusão do Parecer exarado no Processo

013/000.094/2007 (subitem 8.1.1.2.2);

•••• Esta Corte considere os seguintes percentuais e montantes relativos aos limites mínimos

e máximos:

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

•••• 25,10% em 2005,

•••• 25,10% em 2006, e

•••• 24,68% em 2007,

conforme subitens 8.1.1.3.2, 8.1.1.3.3 e 8.1 conforme subitens 8.1.1.3.2, 8.1.1.3.3 e 8.1 conforme subitens 8.1.1.3.2, 8.1.1.3.3 e 8.1 conforme subitens 8.1.1.3.2, 8.1.1.3.3 e 8.1

respectivamente;respectivamente;respectivamente;respectivamente;

Ações e Serviços Públicos de Saúde de Ações e Serviços Públicos de Saúde de Ações e Serviços Públicos de Saúde de Ações e Serviços Públicos de Saúde de

•••• 15,66 % em 2006 e

•••• 15,14% em 2007,

conforme subitens 8.3.1.3 e 8.3, conforme subitens 8.3.1.3 e 8.3, conforme subitens 8.3.1.3 e 8.3, conforme subitens 8.3.1.3 e 8.3,

respectivamenterespectivamenterespectivamenterespectivamente;;;;

Dívida consolidada líquida Dívida consolidada líquida Dívida consolidada líquida Dívida consolidada líquida

•••• 73,04% em 2007;

Despesa com Pessoal do Poder Executivo

•••• 46,97% em 2007;

Despesa com Pessoal Consolidada

•••• 50,09% em 2007.

Suficiência de Caixa, exceto FUNPREVI, após a inscrição em Restos a Pagar Não Processados

•••• R$ 667,86 milhões.

Em 13 de maio de 2008.

Cláudio Sancho Mônica Coordenador da CAD

Matricula 40/900.806

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Processo 040/005537/2007

ANEXO I

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Parecer nº 04/2001 da Câmara de

Educação Básica, do Conselho

Nacional de Educação.

ANEXO II

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Parecer da PGM no processo

administrativo 013/000.094/2007

ANEXO III

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SIOPE – Situação de Entrega dos

Municípios

ANEXO IV