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CONTEÚDOS GÍMNICOS E SUA RELAÇÃO COM OS ELEMENTOS ARTICULADORES
Profª. Esp. Eliane Rodrigues dos Santos1
Profª. Drª. Ieda Parra Barbosa Rinaldi2
RESUMO: As Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná - DCE’S (2008) trazem para educação do Estado uma proposta pedagógica crítica, na qual os conteúdos curriculares ganham destaque. Na disciplina de Educação Física, essa proposta preenche uma lacuna metodológica, procurando a efetivação da disciplina. Neste sentido, o presente artigo pretende apresentar nossa experiência realizada com base na perspectiva da metodologia crítico-superadora, encaminhamento esse proposto nas DCE’S, no intuito de colaborar com a instrumentalização da prática pedagógica docente, enfatizando no texto a importância dos Elementos Articuladores como ferramenta indispensável ao trabalho pedagógico ao se intencionar construir uma educação de qualidade. Discutimos no decorrer do texto o conteúdo estruturante ginástica relacionado aos elementos articuladores, tendo como foco principal a cultura corporal e mídia e cultura corporal e saúde. Vale destacar que o ponto culminante desse artigo é o relato da experiência do trabalho realizado com os professores e alunos do Colégio. A proposta obteve uma excelente aceitação por parte de professores e alunos vindo confirmar a sua relevância e adequação ao objetivo proposto inicialmente. Aos professores participantes do grupo foi oportunizado a análise e reflexão de sua prática docente, assim como, contato com o documento que orienta sua ação pedagógica.
Palavras-chave: Ginástica; Elementos Articuladores; Mídia; Saúde.
ABSTRACT: The Curricular State of Parana - DCE'S (2008) bring to an education of the pedagogical criticism, in which the curricula are highlighted. In Physical Education, this proposal fills a gap methodology, for the enforcement of discipline. In this sense, this paper presents our experience achieved from the perspective of critical methodology-surpassing, the proposed routing in DCE'S, in order to work with the instrumentation in teaching, teachers, focusing on the importance of text elements Articulators as an indispensable tool teaching work is intending to build a quality education. Discussed throughout the text content structuring exercise related to articulating elements, focusing on the main body culture and media and culture body and health. It is worth noting that the high point of this article is to report the experience of work with teachers and students of the College. The proposal has received excellent acceptance by teachers and students come to confirm their relevance and appropriateness to the initially proposed. Teachers participating in the group was given the opportunity of analysis and reflection of their teaching practice, as well as contact with the document that guides the classroom.
Keys-word: Gymnastics; Elements Articulators; Media; Health.
1 Professora PDE.2 Orientadora.
INTRODUÇÃO
Este trabalho é resultado de estudos desenvolvidos no Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE) do Governo do Estado do Paraná, que
teve como uma de suas atividades a produção de material didático para ser
trabalhado na fase de implementação no colégio ao qual o professor encontra-
se lotado, bem como a organização de um grupo de trabalho em rede (GTR),
que trata de discutir também o material didático proposto, entre outros temas.
Sendo assim, relataremos aqui como se deu a fase de implementação do
projeto em seus diversos momentos.
A proposta das Diretrizes Curriculares (2008) é trabalhar os conteúdos
estruturantes (esporte, ginástica, dança, lutas e jogos) juntamente com os
elementos articuladores. A relação dos conteúdos específicos da Educação
Física com os elementos articuladores procura trazer novas possibilidades de
análise e discussão com questões importantes da nossa realidade social.
Dessa forma elegemos o estudo dos elementos articuladores relacionados aos
conteúdos gímnicos com o objetivo de contribuir com a instrumentalização da
prática pedagógica da Educação Física, no sentido de romper com uma
orientação curricular preocupada apenas com a formação de atletas ou ainda
voltada para os aspectos biofisiológicos.
A escolha do tema ginástica ocorreu devido ao fato dessa prática corporal estar
na atualidade em evidência, sobretudo nas academias e na mídia. Apesar dos
esforços de muitos professores de Educação Física, bem como dos cursos de
capacitação promovidos pela SEED, a prática da ginástica nas escolas ainda
está bastante aquém do esperado. Assim, o presente estudo procurou
contribuir para a superação desse problema. Buscamos ainda uma proposta de
implementação do conteúdo da ginástica relacionado a dois elementos
articuladores: ginástica X mídia e ginástica X saúde.
Os estudos teóricos realizados, bem como a proposta de implementação foram
apresentados na forma de artigo no material didático-pedagógico elaborado, o
qual foi objeto de estudo no momento em que esse foi implementado. No
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presente artigo, além de retomarmos algumas questões apresentadas naquele
documento, fazemos o relato e a discussão da implementação da proposta
junto aos professores e aos alunos do colégio.
A metodologia proposta nesse trabalho, foi baseada na Metodologia Crítico-
Superadora (SOARES ET ALII, 1992), proposta pelas Diretrizes Curriculares.
Procuramos contribuir com a abordagem de uma metodologia que venha
efetivar uma prática pedagógica crítica em Educação Física. Concordamos
com Silva (2008) quando afirma que “toda ação educativa é intencional, sendo
assim constata-se que não há neutralidade possível nesse processo”. Nesse
sentido, esta prática pedagógica deve almejar a formação de indivíduos
capazes de ler e interpretar a realidade social em que estão inseridos,
tornando-se autônomos em seus pensamentos e atitudes. Para tanto, os
professores ao definirem os objetivos que almejam com a educação, o fazem a
partir de uma visão de mundo e sociedade, ponto crucial na escolha do público
alvo de nosso projeto, com a intenção de consolidar um planejamento numa
perspectiva crítica para a disciplina de Educação Física.
O pressuposto teórico adotado busca contribuir para instrumentalização dos
educadores, visando enriquecer sua prática pedagógica para a intervenção nos
conteúdos da Ginástica relacionada aos elementos articuladores. Sendo
respeitada a cultura do aluno para, a partir dela, problematizar e contextualizar
os conteúdos que se pretende alcançar.
Na primeira parte deste artigo, são discutidos os conteúdos da ginástica e os
elementos articuladores ressaltando a importância de se concretizar na escola
a prática desse eixo da Educação Física, pois esta ainda vem sendo
negligenciada por muitos profissionais que atuam nas escolas públicas do
Paraná. Em seguida o texto traz a análise dos elementos articuladores,
propostos nas Diretrizes, Cultura Corporal e Mídia e Cultura Corporal e Saúde,
discutindo a relevância dos temas para fazer as reflexões necessárias ao
processo de aquisição do conhecimento, que seja sustentado em uma
metodologia crítica.
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Trabalhamos então a discussão dos resultados obtidos com a implementação
do projeto, trazendo a sistematização de todo o processo realizado com os
professores do colégio como também com os alunos da 4ª série de Ensino
Fundamental e com os alunos do 3º ano do Ensino Médio.
Vale salientar que o trabalho não teve a intenção de se apresentar como um
roteiro de atividades, mas sim como possibilidade de intervenção que dialoga
com conteúdos práticos articulando-se com reflexões críticas a respeito da
realidade na qual estamos inseridos socialmente e, partindo desses momentos,
possamos criar outros e outros melhores e mais sistematizados dentro de uma
proposta que tem como objeto principal de estudos a formação para a vida em
sociedade interagindo e interferindo no meio em que atua sujeito ativo, não
passivo, não omisso, não oculto.
1. GINÁSTICA E ELEMENTOS ARTICULADORES
As diversas formas de expressão gímnicas trazidas pelas Diretrizes
Curriculares (2006) apontam uma série de possibilidades para o trabalho com
o movimento corporal nas aulas de Educação Física. Dentre essas formas são
apresentadas: ginástica olímpica ou artística, ginástica rítmica desportiva,
ginástica geral, ginástica localizada, hidroginástica, antiginástica, ginástica
aeróbica e suas variações.
A ginástica geral, para Oliveira e Lourdes (2004), pode estimular a criatividade,
o bem-estar, a socialização e o prazer inerente à prática propriamente dita.
Esses elementos, em si, já trazem uma grande riqueza para o trabalho
pedagógico. Porém, se relacionados aos elementos articuladores, são
multiplicadas as formas de intervenção crítica por parte do educador.
Outro aspecto interessante, trazido pelos autores citados, acima está
relacionado às possibilidades de intervenção pedagógica através da ginástica
em uma perspectiva que se caracterize pela ausência da competição. A própria
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questão sobre o excesso de competitividade pode ser uma temática rica para a
problematização.
As Diretrizes Curriculares (2006) ressaltam que as diversas formas nas quais a
ginástica é apresentada atualmente, são fruto do espírito de competição gerado
pela sociedade capitalista. Dentro de um contexto social específico,
determinada prática corporal assume aqueles valores dominantes vigentes
impostos culturalmente. Nesse aspecto é necessário:
(...) Desmistificar a utilização da ginástica e de suas variações mais modernas, é adaptar o conhecimento ginástico à realidade da escola, isto aponta para uma das possibilidades contra-hegemônicas em torno da temática. A partir do conhecimento da ginástica, o professor poderá organizar a aula de forma que os alunos possam movimentar-se, descobrindo e reconhecendo as possibilidades e limites do próprio corpo permitindo a interação, o conhecimento, a partilha de experiências que viabilizem a reflexão, a inserção crítica no mundo, o que implica reconhecer suas inúmeras possibilidades de significação e representação. (DIRETRIZES CURRICULARES, 2006, p.19).
1.1 GINÁSTICA E SAÚDE
Ao discutir a relação entre a ginástica e a saúde, muitas são as possibilidades
de abordagem das lesões musculares provocadas no esporte de alto
rendimento. O trabalho gímnico exaustivo por que passam crianças a partir de
5 ou 6 anos de idade, facilmente nos levam a conclusão de que a busca pela
perfeição técnica está acima do respeito ao desenvolvimento infantil.
Além disso, a ingestão de anabolizantes nas academias também pode ser um
tema que chame bastante a atenção. Por exemplo, a afirmação de uma
masculinidade machista é bastante comum em rapazes a partir dos quatorze
anos, que buscam as academias na tentativa de transformarem-se nos heróis
idealizados nos filmes de ação.
É inegável a contribuição da ginástica para a saúde do ser humano. A prática
de atividades físicas orientada é sem dúvida uma atitude imprescindível para
manutenção da saúde, porém seria ingenuidade delegar a uma atitude
5
individual o acesso e garantia desta, pensamento este muito disseminado em
outras épocas, e segundo Gonçalves (1999, p. 15):
sustentado por inocentes úteis e por úteis não tão inocentes atribuindo a eles a responsabilidade da condição saúde-doença à decisão pessoal, como se coubesse individualmente a prerrogativa de sobrepor-se aos determinantes maiores da realidade social da doença e às características regionais e locais dos serviços de saúde, entre nós tão carentes quantitativamente com longas filas a demonstrá-lo; isto sem falar nos respectivos aspectos qualitativos.
Portanto, não podemos deixar de problematizar os elementos ideológicos
subjacentes a essa proposta de saúde, pois “nestas Diretrizes, os cuidados
com a saúde não podem ser atribuídos tão somente a uma
responsabilidade do sujeito, mas sim, compreendidos no contexto das
relações sociais, por meio de práticas e análises críticas dos discursos a ela
relativos” (DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS, 2009, p. 61).
Sendo assim, cabe ao professor, ao elaborar seu planejamento com o
conteúdo de ginástica, contemplar temas que possam remeter os alunos a
reflexão de questões como: a obsessão pela boa forma física pode gerar ricos
para saúde psíquica e física, o desrespeito aos limites individuais pode levar a
ingestão de substâncias nocivas ao corpo, trazendo para debate uma questão
fundante entre os jovens que é o uso de drogas e o tráfico, quem são os
principais beneficiários por trás desta prática. Enfim, caberia aqui um rol de
sugestões de temas importantes no trabalho em sala de aula, que precisam
estar presentes em nossos planos de trabalho na forma dos elementos
articuladores.
1.2 GINÁSTICA E MÍDIA
Nesse tema é importante a discussão sobre o corpo como objeto de consumo.
Os mais diversos e mirabolantes produtos mercadológicos que prometem a
felicidade por meio do corpo idealizado e perfeito. Os preconceitos e
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estereótipos em relação às pessoas que não se encaixam dentro dos padrões
de corpo idealizados socialmente.
Dessa forma, a prática pedagógica da Educação Física pode tentar cumprir o
seu papel de desvelar os mecanismos ideológicos que estão por traz desses
discursos que são bombardeados pela mídia e muitas vezes ganhando
respaldo até mesmo dentro das escolas, quando o professor não assume uma
postura crítica diante da realidade.
O esporte na qualidade de espetáculo ao ser veiculado pela mídia,
principalmente a televisiva, reforça uma imagem elitizada, na qual somente
podem fazer parte aqueles privilegiados atlética e tecnicamente. A maioria
pode participar, mas como espectadores, consumidores das marcas expostas
nas camisetas, estádios, propagandas de televisão, entre outras.
Para Ribeiro & Santos (2007) a função educacional do esporte fica
comprometida diante de sua caracterização como espetáculo, restando aos
educadores um posicionamento pedagógico crítico diante das tecnologias:
Desde as primeiras definições desse campo, em reuniões de especialistas está presente a ideia essencial de que a educação para as mídias é condição sine qua non da educação para cidadania, sendo um instrumento fundamental para a democratização das oportunidades educacionais e do acesso ao saber e, portanto, de redução das desigualdades sociais (RIBEIRO & SANTOS, 2007, p.3).
Ainda segundo o autor, para que haja bons resultados nas escolas não se
podem negligenciar as pesquisas que integram os dois campos de estudo,
mídia e educação, já que na sociedade em que vivemos os meios de
comunicação tem interferido de maneira relevante na formação dos indivíduos
que consomem os produtos ali sugeridos, assumindo padrões de
comportamento, estabelecendo conceitos, concepções e valores.
Para a Educação Física não poderia ser diferente, faz-se necessário
estabelecer em nosso planejamento de ensino articulações que permitam a
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analise e reflexão das questões veiculadas pela mídia, que entram em nossas
casas com informações rápidas e fragmentadas que por serem carregadas de
intenções direcionadas por um sistema político comprometido com uma classe
social abastada, não tem pretensão de elucidar, esclarecer a totalidade dos
fenômenos abordados. Cabe então ao professor, como educador,
problematizar situações que venham colaborar para que os discursos
disseminados pela mídia possam ser desmascarados em sua função de
manipulação de massas.
Nesse sentido, a atuação do professor de Educação Física é de suma
importância, considerando que este trabalha com conteúdos extremamente
explorados pela mídia, proporcionando aos alunos discussões e reflexões,
como sugerem as DCE’S (2009, p. 62) sobre: “a supervalorização de modismo,
estética, beleza, saúde, consumo; os extremos sobre a questão salarial dos
atletas; os extremos de padrões de vida dos atletas; o preconceito e a
exclusão; a ética que permeia os esportes de alto nível, entre outros aspectos
que são ditados pela mídia.”
2. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os resultados que serão analisados e discutidos aqui foram motivo de grande
satisfação em relação a efetivação do projeto. O fato de haver a necessidade
de implementar a proposta, faz com que haja uma aproximação do objeto de
estudo com a teoria abordada, ou seja, o pesquisador sai do plano das idéias
para a concretização destas, tornando-se muito mais rica a sistematização e
seleção dos conteúdos e atividades propostas.
A implementação do projeto aconteceu em dois momentos distintos: 1) com os
professores do Colégio, objetivando discutir o material didático elaborado bem
como questões relacionadas à prática pedagógica da disciplina no
estabelecimento. 2) trabalho com os alunos da 4ª série do Ensino Fundamental
e também com o 3º ano do Ensino Médio ambos do período matutino.
Durante o processo de implementação do projeto tivemos a oportunidade de
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socializar o material didático pedagógico produzido na forma de um artigo,
sendo que, os conteúdos apresentados neste serviram de suporte teórico para
as atividades desenvolvidas junto aos professores e alunos. A proposta foi bem
aceita por parte dos professores e alunos e acreditamos que essa proposta
possa ser utilizada por vários professores que acessarem o site do portal Dia a
Dia Educação.
Passamos agora a relatar os encontros realizados com o grupo de professores
que se dispuseram a participar do projeto.
2.1. Trabalho realizado junto aos professores do colégio
Discutiremos aqui os resultados obtidos nos encontros realizados com os
professores que fizeram parte do grupo de implementação. Em nossa primeira
reunião estudamos a proposta das Diretrizes Curriculares Estaduais para a
disciplina de Educação Física, com o objetivo de conhecer e analisar o
documento. Os professores relataram a dificuldade de organização do grupo
por se tratar e um colégio de grande porte, com vários professores, assim
como citaram a necessidade que percebem de se proporcionar momentos em
que o grupo possa estar trocando experiências, estudando e até mesmo
conhecendo a metodologia de trabalho de cada um.
Nesse encontro conversamos um pouco sobre a base teórica que orienta as
DCE'S para a disciplina de Educação Física, que tem como enfoque o
materialismo histórico dialético, e tem na cultura corporal sua sustentação de
conhecimentos para o ensino fundamental e médio. Trabalhamos ainda o
encaminhamento metodológico proposto, no qual a princípio se faz a leitura
inicial da realidade do aluno, que seria a prática social inicial para realizar então
a proposição de um desafio com objetivo de problematizar a realidade inicial,
cabe ao professor disponibilizar aos alunos o conteúdo sistematizado e
historicamente construído, passando pelo processo de assimilação do
conhecimento por meio das práticas corporais e atividades escritas ou verbais
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chegando ao que chamamos de prática social final, ou seja, uma nova leitura
da realidade social.
Outro ponto debatido com o grupo e que gerou bastante polemica, foi o item
avaliação. Os professores puderam expor a forma como trabalham, externando
uma grande angústia nesse sentido, talvez por trabalharem com conteúdos
práticos difíceis de mensurar quantitativamente.
Um destaque do trabalho foi o estudo no qual tratamos diretamente os temas
sugeridos nas Diretrizes Curriculares como Elementos Articuladores. Nesse
momento foi possível contar com a presença do Profº Ms. Wesley Luiz
Delconti, que realizou uma palestra sobre o tema Mídia e Educação, com o
objetivo de discutir e analisar a relevância dos elementos articuladores na
sistematização do planejamento pedagógico.
Após exposição do professor convidado, organizamos um debate, onde todos
os professores presentes puderam contribuir com o trabalho trazendo para a
discussão questões do dia a dia de sala de aula, como também demonstraram
bastante satisfação com o tema da reunião, como demonstra a fala de um
professor participante:
[...] foi muito legal, por meio da fala o professor Wesley percebemos como fica claro a relação de exploração do corpo pela indústria cultural, e como nós professores de Educação Física temos o dever de trazer ao aluno o debate e discussão sobre este tipo de exploração, como consumimos modelos sem refletirmos, simplesmente reproduzimos idéias e comportamentos que nos são impostos pela mídia e de repente estamos transmitindo valores nas nossas aulas, portanto acho o trabalho com os elementos articuladores fundamental para alcançarmos nossos objetivos dentro de uma educação que busca a formação do individuo crítico e participativo.
É muito bom ouvirmos essas falas, nessa oportunidade o grupo definiu ainda o
eixo do trabalho a ser realizado com os alunos (4ª série do Ensino
Fundamental e 3º ano do Ensino Médio).
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Com o objetivo de refletirmos e analisarmos juntamente com os professores a
prática pedagógica da ginástica na escola, elegemos o tema – A importância
dos conteúdos gímnicos no contexto escolar. Para tanto, oportunizamos ao
grupo assistirem um vídeo mostrando alguns trabalhos realizados pelos
acadêmicos do curso de Educação Física da UEM, o que chamou bastante a
atenção dos professores, principalmente pela riqueza de movimentos e
possibilidades de fazer uso de materiais alternativos. Depois de esgotado o
debate acerca da fundamentação teórica, partimos para sistematização do
plano de trabalho a ser implementado com os alunos, que servirá para análise
dos resultados alcançados dentro da metodologia proposta.
2.2 Trabalho realizado com a 4ª Série do Ensino Fundamental
Em relação à aplicação pedagógica, decidimos ainda desenvolver o trabalho
com a 4ª série de Ensino Fundamental, período manhã. Sendo estabelecido da
seguinte forma:
Conteúdo Estruturante: Ginástica
Conteúdo Básico: Ginástica Geral
Elemento Articulador: Cultura Corporal e Saúde
Tema: Ginástica e Saúde
Problematizações:
- O que é saúde?
- O que precisamos para ter saúde?
- Em nosso país quem são os responsáveis pela saúde das pessoas de forma
geral?
- Como está a saúde na nossa cidade?
Conteúdos Trabalhados:
− Ginástica e atividade física
− Conceito de saúde
− Ginástica geral
Sistematização dos conteúdos trabalhados:
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Lançamos no quadro a problematização “o que é saúde”, e verbalmente os
alunos emitiram sua opinião, conceito inicial. Em seguida cada aluno deveria
falar uma palavra que nos remetesse ao conceito abordado, neste momento foi
estabelecido um relator que anotou os termos que surgiram em folha separada
enquanto o professor fez as anotações no quadro. Após elaboramos
coletivamente um conceito (abordagem) de saúde, lançamos então outras
questões problema: O que precisamos para ter saúde? Em nosso país quem
são os responsáveis pela saúde das pessoas de forma geral? Como está a
saúde na nossa cidade?
Essa turma em especial atingiu resultado bastante satisfatório e, a participação
do grupo foi fantástica, apesar de pequenos, possuem um nível de “consciência
crítica” muito interessante, colocaram em pauta problemas sociais relacionados
à habitação, trouxeram a vivência de sua prática social, o que percebem nos
postos de saúde, falta de vagas em hospitais, enfim pontuaram diversas
questões acerca do tema, realizando um debate produtivo, onde o professor foi
orientando e abordando também as questões ligadas a atividade física, sua
importância e seu papel nesse contexto. Foi sugerido por um aluno a
elaboração de um texto ilustrado sobre o assunto estudado por eles.
Apesar da opção por uma carga horária pequena, definimos por realizar alguns
momentos para vivência prática que foi efetivada com os fundamentos básicos
da ginástica (correr, saltar, rolar e equilibrar), juntamente com a reflexão da
presença desses elementos em nosso dia a dia, re-significando a importância
da atividade física.
Os alunos puderam ainda participar de uma oficina de ginástica geral realizada
por integrantes do Grupo de Ginástica da UEM, coordenado pela Profª Dra.
Ieda Parra Barbosa Rinaldi, momento também valioso para o grupo que além
do prazer na realização das atividades propostas, tiveram a oportunidade de
experimentar movimentos e possibilidades de seu corpo em relação aos outros
participantes, de maneiras diferenciadas. Essa metodologia mostrou-se
interessante, pois nesse momento surgiram temas para a sequência do
trabalho que seria os limites do corpo e a importância do trabalho coletivo na
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prática da ginástica e nas demais atividades escolares.
Encerramos o trabalho com a confecção e exposição de um jornal mural que
contou com a participação de todos na escolha das fotos (figuras), na
elaboração das notícias (frases) e com uma pesquisa “relâmpago”, com alguns
alunos que se encontravam no pátio do colégio ou em aulas de Educação
Física, e com funcionários, que colaboraram com sugestões para o título do
jornal, nesta atividade os alunos se organizaram em grupos e abordaram
algumas pessoas explicando o processo de construção do tema e solicitaram
uma sugestão para dar um título ao jornal. O trabalho foi exposto no Ginásio do
Colégio, o que trouxe para o grupo bastante satisfação ao verem o resultado
dos seus esforços.
Segue o relato do Profº. Ulisses Bertoldo Collet, professor regente da turma,
sobre o trabalho realizado com o grupo:
“Achei bastante interessante. Mesmo os alunos da quarta série sendo bem novos, houve bastante interesse e participação, quando foi discutida a questão da ginástica relacionada à saúde”. Acredito que foi uma ótima opção dentro da proposta de trabalho do projeto. Pessoalmente acompanhei o trabalho com a 4ª série e pude perceber que houve uma produção interessante por parte das crianças na confecção do jornal mural. Houve o entendimento do tema que foi tratado de forma bastante pedagógica, pois partiu do conhecimento de cada um para produção de um conceito coletivo. Percebi ainda que, houve uma elaboração contextualizada sobre a saúde em seus aspectos sociais dentro das possibilidades do grupo. Um aluno, por exemplo, no momento da elaboração do jornal mural, questionou ao olhar uma figura em que apareciam entulhos e lixos jogados nas ruas: - Isto é saúde? E o aluno que escolheu tal imagem respondeu: Isto é falta de saúde, mas vou perguntar no meu texto quem é responsável por isto! Enfim algo de criticidade já começou a surgir ali, que bom!”
2.3 Trabalho realizado com o 3º Ano do Ensino Médio
Para essa fase da proposta foram escolhidas três turmas do 3º ano do Ensino
Médio, indicadas pelo professor de Educação Física regente das turmas, para
participarem do projeto, que foi organizado da seguinte forma:
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Conteúdo Estruturante: Ginástica
Conteúdo Básico: Ginástica Geral
Elementos Articuladores: Cultura Corporal e Mídia
Cultura Corporal e Saúde
Tema: O poder da mídia: decisão pessoal ou reprodução social
Problematização:
- Qual o modelo de corpo idealizado socialmente hoje em dia?
- O padrão de beleza sempre foi o mesmo, ou ele é transformado no decorrer
da história?
- Todo tipo de ginástica é benéfica para saúde?
Conteúdos trabalhados:
- Contexto histórico das ginásticas;
- Padrões de beleza corporal em diferentes épocas;
- Atividade física e saúde – limites do corpo;
- Aquecimento e alongamento;
- Elementos da ginástica recreativa;
Sistematização dos conteúdos trabalhados:
Realizamos uma leitura dinâmica do texto “Os Ginastocólatras” (COZAC, 2004,
p. 54-55), que traz a vigorexia como tema central, abordando ainda questões
relacionadas à influência da mídia em relação a padrões pré-estabelecidos de
beleza assim como as possíveis conseqüências, como por exemplo o
transtorno obsessivo compulsivo (TOC).
Em seguida a leitura do texto, foram abordadas as problematizações.
Organizamos o grupo de forma a proporcionar um debate no qual foram
destacadas questões pertinentes ao texto. Debatemos sobre pessoas que
buscam a atividade física com exagero, como a mídia determina as escolhas
pessoais, as relações entre os limites do corpo e o que vem acontecendo
principalmente nas academias de ginástica.
Abrimos um parêntese aqui para tratarmos do tema e dizer como é importante
e interessante a análise dos alunos no sentido de perceber como a forma de se
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praticar esportes vem mudando nos últimos tempos, o rumo que a corrida pela
medalha ou pela quebra de recordes, ou ainda pela busca do corpo perfeito
tomou, acabou se transformando num “vale tudo” que contradiz o princípio do
fair play proposto pelo Barão de Coubertin (mais importante que vencer é
competir).
Nos meios de comunicação é passada a imagem de que o esporte é vida e
saúde, muitas vezes a mídia não expõe as consequências negativas com a
prática “sobre humana” em busca da alta performance: fraturas por estresse,
contusões e lesões musculares desencadeadas pelo treinamento excessivo,
ruptura de ligamento; problemas cardio circulatórios, respiratórios e hormonais,
psicológicos (ansiedade, agressão, autocontrole, tensão) entre outros (questão
ética de burlar as regras).
A necessidade, cada vez maior, de superar limites humanos esbarra em outros
fatores que extrapolam os aspectos físicos ou psicológicos. A influência do
sistema capitalista que trata todos os homens como operários aptos a
venderem sua força de trabalho, também no esporte trata os homens atletas
como meros operários do esporte, que vendem suas forças, seus limites, sua
condição de ser apenas um ser humano.
Neste aspecto discutimos a influência da mídia que veicula a imagem de bons
e eficientes com seus atletas vencedores, bem como o modelo de medidas
ideais.
Sendo assim, o debate pode trazer para a sala de aula experiências dos alunos
que levantaram questões relacionadas à saúde (exemplificando o
desenvolvimento de psicopatologias, tais como anorexia/ bulimia), momento
oportuno para nos referirmos ao conceito apresentado por Gonçalves (1999, p.
15) quando discuti a idéia de saúde como valor, componente aspirado a ser
conquistado, recuperado e preservado, ressaltando o caráter dinâmico
atribuído ao conceito de saúde, que consistiria em “estado de permanente
enfrentamento às adversidades de natureza física, psíquica e social”.
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Trazendo a tona um engodo reproduzido ao longo dos anos referente à saúde
coletiva e atividade física, que talvez seja:
[...] aquele que indica a Atividade Física como instrumento mágico, um passaporte que, por si só ou no mínimo de forma prioritária, garantiria acesso ao mundo da saúde. Trata-se de forma de negligenciar ordens de fatos tão ponderáveis como condição nutricional, de habitação, transporte, trabalho, e distribuição da produção, para conferir à Atividade Física a centralidade da questão sanitária (GONÇALVES, 1999, p.15).
Com tantas idéias sendo discutidas e analisadas, o próximo encaminhamento
foi a elaboração de um texto que tratasse, senão de todos, mas de alguns dos
temas debatidos.
Convidamos então o professor especialista Carlos Gomes de Oliveira, que
trabalha na Secretaria de Esportes de Maringá, e no Centro Universitário de
Maringá (CESUMAR) para a realização de uma oficina de ginástica recreativa.
A aula contou com a presença de três turmas do 3º ano (Ensino Médio), foi
realizada no ginásio de esportes do Colégio, com a duração de 90 minutos, no
desenvolvimento da aula podemos perceber as relações com o tema
trabalhado em sala, quando por meio dos questionamentos do professor os
alunos realizam as atividades e refletem como estas vêm sendo
encaminhadas, a ênfase que é dada no sentido de respeitar os limites de seu
corpo e do outro, a ginástica, os movimentos gímnicos podem ser realizados
de forma prazerosa, sem ter que atender padrões preestabelecidos,
considerando o movimento como único e nesse momento pessoal e, para
tanto, não necessita ser executado para cumprir exigências externas a eles.
Acrescentamos aqui a opinião emitida pelo professor regente das turmas, Luiz
Antonio Locatelli, que assistiu às aulas e participou da oficina:
“A proposta da prática da ginástica recreativa com os alunos do 3º ano foi bastante ousada e teve a participação de muitos alunos, mesmo com a questão da timidez. É, parece que a dinâmica da ginástica recreativa mexeu bastante com o pessoal do terceiro ano que participou. Essa proposta da Eliane foi super interessante, pois rompe com aquela ideia
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de que a escola é isolada da sociedade. E o fato de tratarmos sobre conteúdos da ginástica nas academias de forma crítica, não significa que eu não deva incentivar meus alunos a fazerem aulas lá. Outro aspecto interessante é que essa relação escola X academia pode ser algo muito interessante para as próprias academias que podem divulgar seu trabalho nas escolas.”
Acreditamos ser interessante também apresentarmos a produção textual dos
alunos, para tanto selecionamos dois textos produzidos em sala após o
trabalho sobre o tema proposto:
“Fazer exercícios físicos, praticar esporte, musculação, ginástica, etc., são benefícios a nossa saúde, bem-estar e beleza. Mas, como tudo que em excesso não é bom, a ginástica em excesso não faz bem. Fazer ginástica é muito bom, mas saiba seu limite. Hoje em dia, muitas pessoas fazem ginástica e frequentam academias para conquistar um padrão de beleza que é influenciado pela mídia, juntamente com o capitalismo. A mídia “dita às regras” para estabelecer o padrão de beleza atual e as pessoas se esforçam para segui-las, é nessa hora que alguns acabam ultrapassando os limites do seu corpo só para ter o padrão de beleza que a mídia apresenta. Mas se engana quem pensa que esse padrão de beleza sempre foi o mesmo. O padrão atual é aquele corpo malhado, com curvas e bronzeado. Houve época em que as mulheres gordas eram as mais desejadas e também a época em que as magras eram as preferidas”.
Aluna Thais Regina Maquea Batalini 3º D
Esporte x Corpo
”Atividades físicas são necessárias para uma boa saúde física. Quem pratica qualquer tipo de esporte certamente possui mais disposição do que aqueles que não praticam, além de uma vida mais saudável, se todas essas atividades não forem realizadas em excesso. O excesso de atividades físicas, que são tratadas, às vezes, com obsessão, para o alcance do “corpo perfeito”, fazem mal à saúde. Entretanto, com a imposição da mídia de “formas perfeitas”, desejadas por todos, acaba sendo gerado o que se denomina vigorexia, quando a prática de exercícios vira obsessão, o que deveria melhorar sua saúde e auto-estima se transforma em problema, pessoas que são obcecadas por tais imagens e que utilizam-se de meios como a atividade física em excesso, tornando-a um vício maléfico e seriamente prejudicial à saúde, para consegui-la. O padrão mundial de beleza nem sempre foi o mesmo e, provavelmente, essa imposição de valores pela mídia esteja sempre em mudança. O que conhecemos por “belo” hoje em dia, por exemplo, (corpo bronzeado, silhueta definida), não é a mesma concepção que
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tinham os renascentistas (admiradores de mulheres brancas e gordas). Por isso, precisamos ter consciência de que o excesso sempre é maléfico, e que as imposições culturais da mídia não devem ser tratadas com o frenesi que vemos hoje em dia.”
Aluna Bruna Furini Lazaretti
O entendimento acerca do tema apresentado nos textos, confirma que nossos
alunos possuem condições de organizarem sua produção, bem como
realizarem uma analise que se afaste um pouco do senso comum para
discutirem e questionarem a realidade que lhe são impostas no seu dia a dia e
interferirem na vida social a partir do seu cotidiano, trazendo para o debate em
sala de aula questões pertinentes que necessitam ter um olhar do professor de
Educação Física, se considerarmos esta uma prática pedagógica que tem
como um de seus objetivos primordiais a formação do indivíduo crítico e
participativo. Desta forma acreditamos que se justifica a relevância desta no
cenário da educação básica, como demonstra as Orientações curriculares para
o ensino médio (2006, p. 218), “a leitura da realidade pelas práticas corporais
permite fazer com que estas se tornem chaves de leitura do mundo” (grifo
nosso).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Consideramos a proposta apresentada bastante relevante para a Escola
Pública de Educação Básica, pois trata de dar condições para implementação
das Diretrizes Curriculares propostas pelo nosso Estado. Por meio dos
Elementos Articuladores e do conteúdo Ginástica, o trabalho propõe para os
professores a sistematização de um planejamento elaborado em consonância
com a proposta contida nas DCE'S, pautada na discussão e análise de temas
pertinentes que interferem em nossa prática e que conduzem nosso aluno, na
disciplina de Educação Física a pensar sobre seu papel social, assim como a
refletir como estamos sendo a todo momento influenciados pela mídia , como
muitas vezes assumimos uma visão de saúde equivocada e distante de seu
conceito amplo.
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Sabemos que implementar uma proposta inovadora não é fácil, portanto todo
material que possa servir de apoio nessa tarefa é sempre bem vindo, portanto,
vemos nesse projeto a possibilidade de contribuirmos no sentido de auxiliar os
professores na tentativa de colocarmos em prática as propostas das DCE'S. A
articulação com esses temas (Elementos), nos remete a dar sentido a nossa
prática docente como formadores de consciência, trazendo para dentro da
nossa aula a função social da escola aliada a aquisição de conhecimentos
historicamente produzidos.
Defendemos que esse possa ser o caminho a ser trilhado pela Educação
Física, na busca de pressupostos teórico-práticos, que permitam vislumbrar a
concepção do aluno enquanto cidadão consciente, crítico, responsável e
participativo, agente de seu saber, visto que, nos dias de hoje a mesma tem
assumido, muitas vezes, um caráter de treinamento ou adestramento do
movimento corporal.
Neste sentido, todo esforço na intenção de construirmos uma Educação Física
que busca cumprir seu papel como prática pedagógica comprometida com a
formação de um aluno crítico, e sua função social dentro e fora da escola, vale
a pena. Não acreditamos que isso será construído da noite para o dia, mas já
podemos perceber alguns avanços.
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