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CONTENÇÃO

CONTENÇÃO. FINALIDADES Prevenir a descontinuidade do tratamento; Evitar danos ao ambiente; Proteger o cliente e outras pessoas de ferimentos;

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CONTENÇÃO

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FINALIDADES Prevenir a descontinuidade do tratamento; Evitar danos ao ambiente; Proteger o cliente e outras pessoas de

ferimentos; Diminuir a quantidade de estímulos ao cliente; Atender a solicitação do cliente que não consegue

se controlar.

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TIPOS CONTENÇÃO FÍSICA: se caracteriza pela

imobilização do paciente por várias pessoas da equipe que o seguram firmemente no solo.

CONTENÇÃO MECÂNICA: se caracteriza pelo uso de faixas de couro ou tecido, em quatro ou cinco pontos, que fixam o paciente ao leito.

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AGITAÇÃO: “Atividade motora excessiva associada a uma experiência subjetiva

de tensão” (RBP, 2010).

AGITAÇÃO PSICOMOTORA E AGRESSIVIDADE: “manifestações psicopatológicas complexas, mas inespecíficas, que podem ser decorrentes de condições clínicas variadas” (RBP, 2010).

EPISÓDIO PSICÓTICO OU MANÍACO: “caracteriza-se por distúrbios do pensamento e do afeto, que

resultam numa percepção alterada da realidade, podendo cursar com períodos de agitação psicomotora ou violência” (RBP, 2010).

Episódios depressivos com aumento de psicomotricidade também podem cursar com agitação e risco de violência.

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Causas médicas gerais mais comumente associadas a estados agudos de agitação psicomotora:

*hipoglicemia, *hipóxia, *traumatismo crânioencefálico,

*sangramento, *hiper e hipotermia, *meningite *sepse,

*acidente vascular cerebral *hemorragia subaracnoide *estados pósictais ou status epilepticus *tumores cerebrais, *doenças tireoidianas E, mais raramente: *hiperparatireoidismo, *doença de Wilson e *doença de Huntington;

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UTILIZAÇÃO A técnica de restrição deve ser como um dos últimos recursos

para controlar condutas violentas, ameaçadoras e de alto risco para o cliente e para a equipe de enfermagem;

Deverá ser prescrita e aplicada de acordo com o protocolo elaborado pela instituição;

A exposição a estímulos ambientais deve ser reduzida ao máximo e pessoas desestabilizadoras para o paciente;

Informar imediatamente ao enfermeiro assistente ou de plantão quando verificada a necessidade da restrição; E, aguardar sua avaliação, antes de proceder, sempre que possível;

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Em situações de emergência, pode-se realizar o procedimento, mas deve-se avisar imediatamente o enfermeiro assistente ou de plantão da realização da contenção;

Deve ser realizada na presença de outro profissional; e, ser rigorosamente registrada;

Cuidados em relação à segurança do cliente e da equipe;

Coleta de dados clínicos, histórico anterior de doença psiquiátrica, doenças atuais, suspeitas, etc;

Uso de drogas lícitas (medicamentos.. efeitos colaterais), e ilícitas.

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IMPLICAÇÕES DO USO O emprego de isolamento e restrições físicas ou mecânicas

são práticas ainda comuns, mas ainda não encontram clara sustentação em evidências científicas e estão associadas à ocorrência de efeitos colaterais graves e mesmo óbito;

São complicações clínicas graves: desidratação, redução da perfusão em extremidades, fraturas, depressão respiratória e até mesmo morte súbita;

Alerta ao cuidado emocional do cliente, de seus familiares e mesmo da equipe do hospital ou pronto socorro;

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LIMITADORES FÍSICOS“São métodos manuais, instrumentos físicos ou

mecânicos, materiais ou equipamentos acoplados ao corpo do residente (cliente) que o indivíduo não pode retirar facilmente que limitam a liberdade de movimento ou o acesso normal ao próprio corpo” (FEDERAL REGISTER, 1989 apud TIMBY, 2002).

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A RESTRIÇÃO PODE SER CLASSIFICA EM: Restrição física: É aquela em que há o envolvimento

de um ou mais membros da equipe de saúde em contato direto ou indireto com o paciente.

Restrição mecânica: Procedimento que são usados dispositivos , como pulseira de couro, luvas, coletes, camisolas restritivas, pulseiras almofadadas (incluindo-se o uso de ataduras de crepe e algodão).

Restrição psicológica: Refere-se a intimidação ou a ameaça verbal durante o atendimento.

Restrição ambiental: O isolamento: é o confinamento involuntário de uma pessoa sozinha num quarto ou habitação para impedir sua saída.

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Restrição química: Medida terapêutica na qual são usadas medicamentos para controlar o comportamento ou restringir o movimento.

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Laterais totais da cama elevadas

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Peças para contenção pernas, braços, cintura e tórax.

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Colocação de lençóis ou Ataduras que restringem a movimentação dos clientes

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Outros exemplos Coletes(camisa de força) Colar Cervical

Aparelho de Tração Pulseira de contenção

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ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO Avaliar a situação do cliente junto com a equipe local;

Autorizar a contenção física, como última solução;

Registrar no prontuário do cliente, o motivo e horário da intercorrência;

Solicitar avaliação do médico presente no local, quando necessário;

Prescrever os cuidados a serem realizados em clientes com quadros especiais, quando realizada a contenção;

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Solicitar a presença médica, sempre que necessário, em caso de contenção química e para reavaliação do cliente e da conduta;

Observar e garantir a correta execução da técnica;

Avaliar a necessidade da administração de contenção química quando prescrita e se necessário;

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DESCRIÇÃO DA TÉCNICA Descrição segundo Coren- DT.

Preferencialmente 5 pessoas para realização da técnica e 1 coordenador para explicar o procedimento ao cliente, solicitando , se possível, sua colaboração;

Cada uma das 5 pessoas irá se posicionar frente a um membro( superiores e inferiores) e um frente a cabeça;

Cada membro é, então, preso a maca ou cama, um lençol pode ser torcido como corda para restringir o tronco (como alças de mochila);O lençol jamais deve ser colocado sobre o tórax, pois restringe os movimentos respiratórios);

Equipe deve estar treinada e agir coordenadamente; apenas o coordenador deve falar;

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O cliente deve ser reavaliado continuamente pela enfermagem e médico, no intervalo de 1hora para determinar a continuidade ou não da contenção;

Atenção à segurança e conforto do cliente contido;

O cliente deve ser contido em decúbito lateral e com a cabeça levemente elevada; o decúbito dorsal com os braços abertos deixa o cliente em posição vulnerável, aumentando o risco de aspiração caso o cliente vomite

CUIDADOS PÓS-CONTENÇÃO

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Observar a evolução do quadro do cliente garantindo que o tempo de contenção seja o menor possível;

Informar ao cliente de forma clara e objetiva, o motivo da contenção bem como o tempo da contenção;

Registrar as condições físicas e psíquicas do cliente, no relatório de enfermagem e livro de ocorrência, no momento em que for liberado.

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Garantir a proteção da região cervical, durante a contenção manual ou mecânica, devido ao risco de traumas e/ou asfixia;

Conter os clientes em leitos próximos ao posto de enfermagem, em salas de cuidados especiais, onde possam ser constantemente observados;

Conter o cliente, de modo que as faixas da contenção, fiquem longe do acesso de suas mãos;

Realizar a contenção de forma que possa ser desfeita rapidamente em caso de necessidade;

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RESOLUÇÃO COFEN Nº 427/2012

Normatiza os procedimentos da enfermagem no emprego de contenção mecânica de pacientes

Art. 1º Os profissionais da Enfermagem, excetuando-se as situações de urgência e emergência, somente poderão empregar a contenção mecânica do paciente sob supervisão direta do enfermeiro e, preferencialmente, em conformidade com protocolos estabelecidos pelas instituições de saúde, públicas ou privadas, a que estejam vinculados.

Art. 2º A contenção mecânica de paciente será empregada quando for o único meio disponível para prevenir dano imediato ou iminente ao paciente ou aos demais.

Parágrafo único. Em nenhum caso, a contenção mecânica de paciente será prolongada além do período estritamente necessário para o fim previsto no caput deste artigo.

Art. 3º É vedado aos profissionais da Enfermagem o emprego de contenção mecânica de pacientes com o propósito de disciplina, punição e coerção, ou por conveniência da instituição ou da equipe de saúde.

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Art. 4º Todo paciente em contenção mecânica deve ser monitorado atentamente pela equipe de Enfermagem, para prevenir a ocorrência de eventos adversos ou para identificá-los precocemente.

§ 1º Quando em contenção mecânica, há necessidade de monitoramento clínico do nível de consciência, de dados vitais e de condições de pele e circulação nos locais e membros contidos do paciente, verificados com regularidade nunca superior a 1 (uma) hora.

§ 2º Maior rigor no monitoramento deve ser observado em pacientes sob sedação, sonolentos ou com algum problema clínico, e em idosos, crianças e adolescentes.

Art. 5º Todos os casos de contenção mecânica de pacientes, as razões para o emprego e sua duração, a ocorrência de eventos adversos, assim como os detalhes relativos ao monitoramento clínico, devem ser registrados no prontuário do paciente.

Art. 6º Os procedimentos previstos nesta norma devem obedecer ao disposto na Resolução Cofen nº 358, de 15 de outubro de 2009.

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REFERÊNCIAS TIMBY, Barbara K. Atendimento de enfermagem: Conceitos e

habilidades fundamentais/ Barbara K. Timby; trad. Regina Garcez. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

COSTA, Eliani; PEREIRA, Valdete Prevê. Manual de Enfermagem Psiquiátrica: gerenciamento e cuidado. 2ªed. São José, SC: Os autores, 2011.

ABP. MANTOVANIL, Célia; MIGNOII, Marcelo Nobre; ALHEIRAIII, Flávio Valdozende; BENI, Cristina Marta Del. Manejo de paciente agitado ou agressivo. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S151644462010000600006&script=sci_arttext>. Acesso em: 07 maio 2014.

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Cláudia DeiseMarcela FláviaMichele JustinoScheila Alves

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