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Adaptação Adaptação de ESCOLOVAR de ESCOLOVAR A semente da verdade A semente da verdade http://web.rcts.pt/escolovar/conto_entrada.geral.valores.htm

Conto Semente.da.Verdade

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  • AdaptaoAdaptao de ESCOLOVARde ESCOLOVAR

    A semente da verdadeA semente da verdade

    http://web.rcts.pt/escolovar/conto_entrada.geral.valores.htm

  • H muito tempo, na

    China, viveu um

    menino que

    gostava muito de

    flores.

    Com mos

    dedicadas, Ping,

    assim se chamava

    ele, cultivava

    orqudeas e outras

    flores, bambus e

    pequenos arbustos

    e ainda rvores de

    fruto.

  • Cada planta tocada

    por ele crescia

    viosa e forte.

    Todos os

    habitantes do

    imprio gostavam

    tambm muito de

    flores e tratavam-

    -nas com igual

    carinho.

  • Plantavam-nas

    por todo o lado

    e o ar era

    deliciosamente

    perfumado.

  • O Imperador

    gostava muito de

    pssaros e de

    outros animais

    mas, acima de

    tudo, preferia as

    flores.

    Todos os dias,

    cultivava o seu

    prprio jardim.

  • O tempo passou e o

    imperador , de idade

    avanada e sem

    filhos ou parentes

    prximos, precisou

    de escolher um

    sucessor.

  • Quem poderia

    ser o seu sucessor?

    Como o poderia

    escolher?

    Dado que gostava

    tanto das flores,

    decidiu deixar que

    fossem elas a

    escolher por ele.

  • No dia seguinte,

    enviou mensageiros

    a todos os cantos

    do imprio com uma

    ordem: os meninos

    deveriam dirigir-se

    ao palcio.

    Imediatamente,

    milhares de

    pequenos sbditos

    tomaram o caminho

    do palcio.

  • O imperador aguardou

    que todas as crianas

    chegassem.

    Apareceu, ento,

    montado no seu cavalo

    branco, com um ar

    feliz.

    Crianas, disse ele, com voz determinada,

    preciso de escolher o meu sucessor de entre

    vocs. Para isso,

    tenho uma tarefa muito

    especial para vos dar.

  • Ento, mostrou-lhes

    muitas sementes de

    flores.

    Tenho aqui estas sementes. Quero que

    as levem e as

    cultivem. Quem me

    trouxer a flor mais

    bonita, mais cuidada,

    ao fim de um ano,

    ser o meu

    sucessor.

  • Os pais sonhavam

    que os seus filhos

    tinham sido

    escolhidos como

    sucessores do

    Imperador e os

    meninos esperavam

    com iluso o mesmo.

  • Quando Ping

    recebeu a sua

    semente das mos

    do Imperador, foi o

    menino mais feliz

    de todos. Estava

    seguro que poderia

    cultivar a flor mais

    formosa. Ele era um

    excelente jardineiro.

  • Quando chegou a

    casa, encheu um

    vaso com terra

    frtil. Depois, com

    mil cuidados,

    colocou a semente

    nela.

  • Cuidadosamente,

    regou-a. Depois,

    estrumou-a, para

    que ela se

    desenvolvesse

    com vigor.

    Estava ansioso

    por v-la brotar,

    crescer e

    florescer.

  • Os dias

    passaram,

    depois,

    semanas mas nada acontecia,

    a semente no

    germinava.

  • Ping comeou a

    preocupar-se.

    Decidiu pr terra

    num vaso maior. Na

    sua inocncia,

    pensou que esse

    deveria ser um

    factor importante

    para o incio da

    vida de uma planta.

    Em seguida,

    mudou a semente.

  • Esperou algum tempo

    mas nada aconteceu.

    Ping desesperava.

    que, por mais que

    Ping se esforasse, a

    semente no brotava.

    O menino fez tudo o

    que podia: adubou

    mais a terra, colocou

    o vaso ao sol, regou a

    semente com gua

    nascente, mas os

    seus esforos de

    nada valeram.

  • No fim do

    Inverno,

    completava-se

    um ano. A tristeza

    apoderou-se de

    Ping.

  • Chegou a

    Primavera e, com

    ela, o fim do

    prazo dado pelo

    Imperador.

    Todas as

    crianas se

    prepararam para

    irem presena

    do Imperador.

  • No dia aprazado,

    todos acorreram

    ao palcio,

    acalentando a

    esperana de

    serem os eleitos.

  • Ping estava

    envergonhado

    com o seu vaso

    vazio.

    Pensou que os

    outros meninos

    iriam escarnecer

    dele porque no

    tinha sabido

    cultivar uma flor.

  • Ao palcio

    chegavam meninos

    carregando vasos

    com flores de todas

    as cores.

    At o vizinho de

    Ping exibia, orgu-

    lhoso, as belssimas

    flores do seu vaso.

  • No conseguiste cultivar una planta

    to bonita como a

    minha., disse-lhe o vizinho.

    J cultivei muitas flores melhores

    que a tua. retorquiu Ping.

  • Ping estava muito triste

    mas o pai reconfortou-o:

    Fizeste o melhor que pudeste. A tua dedicao

    foi extrema, mas a semente

    no brotou. No te envergo-

    nhes, filho. Diz a verdade ao

    Imperador. Talvez seja esta

    a lio que o imperador

    deseje que tu aprendas:

    algumas vezes, a verdade

    no to bonita como uma

    flor, mas precisamos de a

    encarar com coragem para

    vencer grandes desafios.

  • Animado com

    estas palavras de

    esperana, o

    rapaz pegou no

    vaso vazio e

    rumou ao palcio.

  • Sentado no seu trono,

    o Imperador examinava

    minuciosamente as

    plantas. Perguntava a

    cada criana que lio

    aprendera com a

    semente e todas

    respondiam ter apren-

    dido sobre o talento, a

    perseverana e o dom

    necessrio para fazer a

    semente brotar.

  • Que linda era aquela

    enorme quantidade

    de flores! Porm, o

    Imperador permane-

    cia srio e no dizia

    uma palavra. Sua

    Majestade no

    esboava sequer um

    sorriso.

  • Finalmente,

    aproximou-se de

    Ping, que inclinou a

    cabea, cheio de

    vergonha, esperando

    ser repreendido. Se o imperador no

    aprovou aquelas

    plantas maravilhosas, o

    que no dir do meu

    vaso contendo apenas

    terra? , pensou o rapaz, receoso.

  • Ping fora-se atrasando

    intencionalmente e,

    quando deu conta, era

    o ltimo da fila.

    Vejamos, pergun-tou-lhe o imperador,

    aproximando-se e

    falando com voz grave,

    O que tens a para me mostrar? Hum Por que trouxeste um vaso

    vazio?

  • Ping comeou a

    chorar e respondeu:

    Senhor, pus a semente que me

    deu na terra, reguei-

    -a e tratei-a com

    todos os cuidados

    mas no germinou.

    Pu-la num vaso

    maior mas to

    pouco a situao

    melhorou..

  • Esperei o ano inteiro mas nada.Estou envergonhado

    e peo perdo...

    Talvez tenha sido

    falta de sorte, mas

    dedicao no me

    faltou.E concluiu: Reflecti muito sobre qual

    seria a minha atitude

    e optei por dizer a

    verdade, relatar-lhe

    meu esforo e rogar-

    - lhe perdo.

  • Quando o

    Imperador escutou

    estas palavras,

    sorriu, abraou

    Ping e exclamou,

    eufrico:

    Encontrei! Encontrei uma

    pessoa digna de

    ser o prximo

    Imperador!E dava pulos de

    alegria, como uma

    criana.

  • No te envergonhes, rapaz. Deste o teu

    melhor. Levanta a ca-

    bea. s o meu futuro

    sucessor.E vs, disse o Imperador, dirigindo-

    se aos outros,

    Prestai ateno: Hoje, o valor que

    prevaleceu foi a ver-

    dade, a honestidade.

  • E, dirigindo-se

    novamente para Ping,

    continuou:

    Vou-te explicar: eu tinha queimado todas

    as sementes antes de

    as entregar s

    crianas. Nenhuma

    poderia germinar,

    jamais. Portanto,

    entre todas as

    crianas que aqui

    esto, tu foste a

    nica que cultivou a

    semente da verdade.

  • Voltando-se nova-

    mente para os

    seus pequenos

    sbditos, rematou:

    Admiro a grande valentia de Ping de

    comparecer diante

    de mim com a sua

    verdade vazia.

    Assim, concedo-

    -lhe o ttulo de

    Imperador da

    China.

    http://web.rcts.pt/escolovar/conto_entrada.geral.valores.htm