CONTRARAZÕES - JEC-BM

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  • 7/28/2019 CONTRARAZES - JEC-BM

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    Excelentssimo Senhor Doutor Juiz do 1 Juizado Especial Cvel da Comarca de Barra

    Mansa - RJ

    PROCESSO

    , j qualificado nos autos em epgrafe, nos autos da

    Ao de Indenizao por Dano Moral que move em face de GLOBEX UTILIDADES S/A, vem,tempestivamente oferecer a inclusa CONTRARRAZES ao Recurso Interposto pela R contra R.

    Sentena, requerendo se digne V. Exa. Mandar process-la para que suba Egrgia Turma

    Recursal.

    Termo em que,

    pede e espera Deferimento.

    Barra Mansa, 20 de fevereiro de 2013.

    FLVIO MEDEIROS MENDONA

    - OAB/RJ 152.710 -

    CONTRARRAZES DE RECURSO INOMINADO

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    Recorrente:

    Recorrida: GLOBEX UTILIDADES S/A

    Processo:

    Origem: Juizado Especial Cvel da Comarca de Barra Mansa

    COLENDA TURMA,

    EMRITOS JULGADORES.

    HISTRICO PROCESSUAL

    Assiste toda razo ao ilustre julgador "a quo", quando

    ao decidir, satisfaz a pretenso do Recorrido, condenando o Recorrente no valor de R$ 3.500,00(Trs Mil e Quinhentos Reais) em Danos Morais, e R$ 2.999,00 (Dois Mil Novecentos e Noventa e

    Nove Reais) de Danos Materiais, acrescidos de correo monetria a partir da sentena e juros de

    mora de 1,0% ao ms a correrem da citao, a ttulo de danos morais para reparao do ilcito.

    A respeitvel sentena prolatada julgou procedente,

    em parte, o pedido do Recorrido. A referida sentena merece ser mantida.

    Andou bem o juzo a quo, quando ao decidir, usou decuidado, de sensibilidade e de aparato jurisprudencial, para prover satisfatoriamente a pretenso

    autoral de ressarcimento de danos morais, esculpida na Pea Exordial.

    DO DANO MORAL

    A condenao de algum que deve ressarcir a outrem

    um valor; cujo quantum, a lgica do que se percebe no plano psicolgico, avaliado pela privao

    de quem sofreu o dano ou aos olhos de quem tem a neutralidade e faculdade para decidir a lide.

    Assim para bom entendedor, como aprouve o Exmo. Julgador, no restou dvida que o pedido

    plenamente determinado e justo para compensar os intensos abalos psquicos, bem como os

    FORTES CONSTRANGIMENTOS, tais como, vexame, vergonha e Humilhao suportados pelo

    Recorrido em razo do defeito na prestao do servio.

    A R. Sentena de maneira nenhuma, ao contrrio do

    que foi alegado pelo Recorrente, fere quaisquer preceitos constitucionais, e muito menos

    apresenta-se como absurdo, mas sim, muito bem equilibrada e fundamentada em princpios de

    ordem legal, bastante lcida, pois no se prendeu a questionar o bvio.

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    Tratando-se de sentimento da alma, o dano moral

    nsito prpria leso ao direito, de sorte que no se afigura necessria a sua comprovao, como

    quer a r, posto que impossvel, bastando, ao revs, a demonstrao de um fato, donde se

    presuma, numa lgica do razovel, sentimentos como de tormento psicolgico, angstia,

    sofrimento, dor, vergonha causada vtima, que fujam normalidade.

    No h critrio legal para a fixao do quantum

    compensatrio do dano moral. Devem, ento, ser observados os critrios doutrinrios e

    jurisprudenciais norteadores dessa fixao, entre a compensao do dano moral e a razoabilidade

    do valor compensatrio, a fim de que no se torne a indenizao por dano moral fonte de

    enriquecimento sem causa para o autor da ao, mas seja a justa medida da compensao da

    dor.

    A indenizao deve representar uma punio para oinfrator, capaz de desestimul-lo a reincidir na prtica do ato ilcito e deve ser capaz de

    proporcionar ao ofendido um bem estar psquico compensatrio do amargor da ofensa, pelo que,

    a indenizao fixada est em patamar condizente com o dano sofrido.

    De forma a no macular o direito de reposta da

    Recorrente h de se observar que, tenta desesperadamente refutar o que no cabe recurso, pois

    clara, certa e tcnica foi a sentena de primeira instncia.

    Ao conden-lo, o M.M. prolator fez a correta aplicao

    do direito. Assim v-se, portanto, que o Recorrente no tem razo na sua inconformidade, sendo

    despiciendas as alegaes que ofereceu em seu recurso.

    Ademais, o valor arbitrado tem a medida certa, e no

    consubstancia-se em ENRIQUECIMENTO ILCITO, como quer nos fazer entender o recorrente;

    afinal quem pode considerar-se rico mediante o recebimento de um valor de aproximadamente

    trs mil reais???? Definitivamente, no nos encontramos, pois, diante do revigoramento de uma

    "indstria de indenizaes".

    Diante do exposto, espera que esta Egrgia Turma

    negue provimento ao Recurso, mantendo inclume sentena recorrida;

    CONCLUSO

    Posto isso, por essas e outras razes que os doutos

    julgadores acrescentaro aos autos presentes, espera e requer o recorrido, que seja mantida a

    sentena prolatada pela culta e preclara juza monocrtica, que julgou procedente o pedido de

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    indenizao no valor de R$ 3.500,00 (Trs Mil e Quinhentos Reais) em Danos Morais, e R$

    2.999,00 (Dois Mil Novecentos e Noventa e Nove Reais) de Danos Materiais.

    Na eventualidade de assim no entenderem Vossas

    Excelncias, espera o Requerido seja arbitrado justo valor, suficiente para amenizar o sofrimento

    experimentado.

    Nestes termos,

    pede e espera deferimento.

    Barra Mansa, 20 de fevereiro de 2013.

    FLVIO MEDEIROS MENDONA

    - OAB/RJ 152.710 -