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1 ANEXO 1 MINUTA DO CONTRATO DE CONCESSÃO MINUTA Versão de 19/06/08 Contrato de Parceria Público-Privada, na modalidade de concessão patrocinada para implantação, operação e manutenção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no Eixo Anhanguera Goiânia - GO

Contrato de Parceria Público-Privada, na modalidade de ......Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no Eixo Anhanguera Goiânia - GO 2 Contrato de parceria público-privada na modalidade

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ANEXO 1

MINUTA DO CONTRATO DE CONCESSÃO

MINUTA – Versão de 19/06/08

Contrato de Parceria Público-Privada, na

modalidade de concessão patrocinada para

implantação, operação e manutenção do

Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no Eixo

Anhanguera

Goiânia - GO

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Contrato de parceria público-privada na modalidade

de Concessão Patrocinada

ANEXO 01 DO EDITAL DE LICITAÇÃO INTERNACIONAL N° 01/2013

Concessão patrocinada para implantação, operação e

manutenção, do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no Eixo

Anhanguera

Goiânia - GO

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SUMÁRIO

1 Disposições Iniciais .....................................................................................................................6

2 Objeto do Contrato ................................................................................................................... 15

3 Operação Integrada com a RMTC ........................................................................................... 15

4 Execução Integrada dos Serviços ........................................................................................... 17

5 Prazo da Concessão ................................................................................................................. 18

6 Bens da Concessão .................................................................................................................. 18

7 Sistemas Operacionais Integrados e Obrigações com os Equipamentos Públicos de

Apoio à Operação ..................................................................................................................... 19

8 Assunção do Serviço de Transporte Viário de Passageiros ................................................ 20

9 Responsabilidade Social e Ambiental .................................................................................... 20

10 Autorizações Governamentais ................................................................................................ 21

11 Projeto ........................................................................................................................................ 22

12 Desapropriações ....................................................................................................................... 23

13 Atividades Referentes à Implantação do Sistema de VLT .................................................... 24

14 Declarações ............................................................................................................................... 27

15 Garantia de Execução do Contrato ......................................................................................... 27

16 Direitos dos Usuários ............................................................................................................... 30

17 Prestação de Informações ....................................................................................................... 31

18 Fiscalização ............................................................................................................................... 32

19 Vistoria dos Trabalhos, Período de Testes e Início das Operações Comerciais ................ 34

20 Valor do Contrato, Aportes Públicos e Remuneração .......................................................... 35

21 Tarifa e Política Tarifária Integrada com a RMTC ................................................................... 39

22 Sistema de Arrecadação de Tarifas Integrado com a RMTC ................................................ 40

23 Receitas Extraordinárias .......................................................................................................... 42

24 Garantia do Poder Concedente ............................................................................................... 43

25 Penalidades ............................................................................................................................... 44

26 Alocação de Riscos .................................................................................................................. 46

27 Recomposição do Equilíbrio Econômico-Financeiro ........................................................... 52

28 Contratação com Terceiros e Empregados ............................................................................ 55

29 Transferência do Controle ........................................................................................................ 56

30 Financiamento ........................................................................................................................... 56

31 Assunção do Controle pelos Financiadores .......................................................................... 57

32 Intervenção do Poder Concedente .......................................................................................... 58

33 Casos de Extinção .................................................................................................................... 60

34 Advento do Termo Contratual .................................................................................................. 61

35 Encampação .............................................................................................................................. 61

36 Caducidade ................................................................................................................................ 62

37 Rescisão..................................................................................................................................... 63

38 Anulação .................................................................................................................................... 64

39 Falência ou extinção da concessionária ................................................................................ 64

40 Seguros .................................................................................................................................... 645

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41 Resolução de Controvérsias ................................................................................................... 68

42 Disposições Diversas ............................................................................................................... 70

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CONTRATO DE CONCESSÃO PATROCINADA

Aos [●] dias do mês de [●] de 2013, pelo presente instrumento, de um lado, na qualidade de

contratante:

(1) Estado de Goiás, pessoa jurídica de direito público interno, com sede no Palácio Pedro

Ludovico Teixeira, situado na Rua 82, nº 400, Centro, Goiânia, Goiás, CEP 74088-900, neste

ato representado pelo Procurador-Geral do Estado, Sr. [●], [qualificação], por meio do Grupo

Executivo de Implantação do VLT vinculado a SECRETARIA DE ESTADO DE

DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA, órgão integrante da

administração direta estadual, com sede na Cidade de Goiânia, Estado de Goiás, na [●],

inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob o nº. [●], representada por seus

representantes legais, Sr. [●], [qualificação], doravante denominado simplesmente “Poder

Concedente”;

de outro lado, na qualidade de concessionária:

(2) [●] S.A., sociedade anônima constituída e organizada de acordo com as leis brasileiras, com

sede na Cidade de Goiânia, Estado de Goiás, na [●], inscrita no Cadastro Nacional da Pessoa

Jurídica sob o nº [●], neste ato devidamente representada por seus representantes legais, Srs.

[●], [qualificação], na forma de seu Estatuto Social, doravante denominada simplesmente

“Concessionária”;

no exercício de suas competências legais:

(3) Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos – empresa pública metropolitana,

constituída e organizada de acordo com as leis brasileiras, com sede na Cidade de Goiânia,

Estado de Goiás, na 1ª Avenida, nº 486, Setor Leste Universitário, inscrita no Cadastro

Nacional de Pessoas Jurídicas sob o nº. 05.787.273/0001-41, neste ato representada por seus

diretores, Srs. [●], [qualificação], doravante denominada simplesmente "CMTC";

E, na qualidade de interveniente-anuentes:

(4) Companhia de Investimentos e Parcerias do Estado de Goiás, empresa pública estadual

controlada pelo Estado de Goiás, com criação autorizada pela Lei nº. 14.910, de 11 de agosto

de 2004, com sede na Cidade de Goiânia, Estado de Goiás, na [●], inscrita no Cadastro

Nacional da Pessoa Jurídica sob o nº [●], neste ato devidamente representada por seus

representantes legais, Srs. [●], [qualificação], na forma de seu Estatuto Social, doravante

denominada simplesmente “Goiás Parcerias”

doravante denominadas, em conjunto, como “Partes” e, individualmente, como “Parte”.

CONSIDERANDO QUE

(A) O Estado de Goiás, por força do art. 17 da Lei nº 12.587, de janeiro de 2012 da Deliberação nº.

072 da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos da Região Metropolitana de Goiânia

(“CDTC”), recebeu, pelo prazo de 35 (trinta e cinco) anos, as competências para outorgar, gerir

e organizar os serviços de transporte de passageiros no Eixo Anhanguera, na Cidade de

Goiânia, Estado de Goiás (a “Deliberação”);

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(B) Com a finalidade de atender à crescente demanda de passageiros no Eixo Anhanguera,

integrado à Rede Metropolitana de Transportes Coletivos – RMTC, instituída pelo § 3º do art. 1º

da Lei Complementar nº 27/1999 (por força de acréscimo feito pela Lei Complementar nº

34/2001 e alterado pelas Leis Complementares nºs 37/2002 e 49/2004) assim como de

atualizar a prestação dos serviços públicos de transportes urbanos na Cidade de Goiânia e

requalificar urbanisticamente pontos do Eixo Anhanguera, o Poder Concedente decidiu delegar

a implantação, operação e manutenção, mediante concessão patrocinada, do Veículo Leve

sobre Trilhos no Eixo Anhanguera, em Goiânia - GO ("VLT");

(C) Em virtude da decisão mencionada no considerando anterior, o Poder Concedente, de acordo

com as competências legais que lhe foram atribuídas, realizou a Licitação Internacional nº

01/2013 para a concessão do serviço público de transporte metroferroviário do VLT; e

(D) O objeto da concessão foi adjudicado à Concessionária, em conformidade com ato da

Comissão de Licitação do Poder Concedente, publicado no DOE de [●], e no DOU de [●].

resolvem as Partes celebrar o presente Contrato de Concessão (o “Contrato”), que será regido pelas

seguintes cláusulas e condições:

1 Disposições Iniciais

1.1 Definições

1.1.1 Para os fins do presente Contrato e sem prejuízo de outras

definições aqui estabelecidas, as seguintes definições aplicam-se às

respectivas expressões:

i. Afiliada: determinada pessoa ou fundo de investimento, com relação a

qualquer outra pessoa ou fundo de investimento que se caracterize como sua

Controladora, Controlada ou Coligada, ou que esteja sob Controle comum,

direto ou indiretamente.

ii. AGR: autarquia estadual sob regime especial, que possui personalidade de

direito público e está jurisdicionada à Secretaria de Estado de Gestão e

Planejamento (SEGPLAN), tendo autonomia técnico-funcional, administrativa e

financeira, revestida de poder de polícia. É ela a responsável por regular,

controlar e fiscalizar o transporte rodoviário intermunicipal de passageiros,

saneamento básico, recursos hídricos e minerais, gás natural canalizado,

parcerias público-privadas, contratos ou parcerias com organizações como

OS`s e OSCIP`s, e outros serviços e bens desestatizados, aqueles que

pertencem ao Estado, mas cuja administração é delegada a terceiros.

iii. Agente de Pagamentos: significa uma instituição financeira contratada pelo

Poder Concedente, na qualidade de agente de pagamentos, garantia e

depositária dos recursos da Garantia de acordo com o Contrato de

Administração de Recursos.

iv. Anexo: cada um dos documentos anexados ao Contrato.

v. Anexo do Edital: cada um dos documentos anexados ao Edital.

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vi. Aportes Públicos: recursos financeiros no valor de R$805.000.000,00

(oitocentos e cinco milhões de reais), conforme reajustado nos termos do

Anexo 4 do Contrato – Fontes de Recursos para Aportes Públicos, a ser

disponibilizado pelo Poder Concedente para investimento durante a fase de

implantação do Sistema de VLT, nos termos definidos na subcláusula 20.4

deste Contrato, em conformidade com o disposto nos arts. 6º e 7º da Lei nº

11.079/04 e com a Lei nº. 17.842, de 04 de dezembro de 2012, conforme

alterada pela Lei 17.930, de 27 de dezembro de 2012.

vii. Autoridades Governamentais: qualquer órgão ou entidade integrante da

Administração Pública direta e indireta, assim como qualquer outro órgão dos

Poderes Legislativo ou Executivo de cujas manifestações a Concessionária

dependa para fins de realização de qualquer parcela do objeto do presente

Contrato.

viii. Bens da Concessão: significado definido na subcláusula 6.1.

ix. Bens Reversíveis: todo bem móvel ou imóvel necessário à prestação do

Serviço, seja ele fornecido pelo Estado, construído ou adquirido pela

Concessionária, que deverá ser revertido para o patrimônio estadual por

ocasião da extinção da Concessão.

x. BRT: sigla em inglês da expressão Bus Rapid Transit (Transporte Rápido por

Ônibus), corresponde ao sistema de corredor exclusivo de ônibus para

transporte de passageiros, atualmente existente, no Eixo Anhanguera, que será

substituído gradualmente pelo Sistema de VLT.

xi. CCI: Corte de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional.

xii. CDTC: Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos da Região Metropolitana

de Goiânia, entidade despersonalizada de deliberação conjunta do Estado de

Goiás e dos Municípios atendidos pela Rede Metropolitana de Transportes

Coletivos, criada pela Lei Complementar nº. 27, de 30 de dezembro de 1999,

conforme alterada, com sede na Cidade de Goiânia, Estado de Goiás.

xiii. CMTC: Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos, empresa pública

metropolitana, constituída e organizada de acordo com as leis brasileiras,

conforme autorização da Lei Complementar nº. 34, de 3 de outubro de

2001, com sede na Cidade de Goiânia, Estado de Goiás, na 1ª Avenida,

n º 486, Setor Leste Universitário, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas

Jurídicas sob o nº. 05.787.273/0001-41, atuando como gestora pública e

fiscalizadora dos serviços de transporte coletivo em toda a RMTC, inclusive o

Sistema de VLT.

xiv. Concessão: delegação da prestação dos serviços de transporte público

coletivo de passageiros no âmbito da RMTC, conforme definido na subcláusula

2.1 do Contrato.

xv. Concessionária: a Sociedade de Propósito Específico (SPE), a ser

constituída de acordo com as leis da República Federativa do Brasil, com a

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finalidade exclusiva de deter a Concessão e, por consequência, implantar,

operar e manter o Sistema de VLT.

xvi. Condições de Eficácia do Contrato: eventos e condições precedentes

relacionados na subcláusula 42.1 que uma vez implementados marcam o início

da eficácia do Contrato.

xvii. Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa: pagamento

pecuniário devido mensalmente pelo Poder Concedente à Concessionária,

pelo prazo de 240 (duzentos e quarenta) meses, contados do início da

FASE 2 descrita na subcláusula 2.1, para complementar o valor arrecadado

com a cobrança da Tarifa dos usuários do Sistema de VLT e permitir a integral

amortização dos investimentos realizados pela Concessionária.

xviii. Contraprestação Pública Mensal de Amortização Variável: pagamento

pecuniário no valor de R$417.000,00 (quatrocentos e dezessete mil reais),

atualizado periodicamente nos termos do Anexo 6 deste contrato, devido

mensalmente, pelo Poder Concedente à Concessionária a partir do início da

FASE 2 descrita na subcláusula 2.1, até o término da vigência do

Contrato, para cobrir despesas operacionais da Concessionária, sujeita às

variações contempladas neste Contrato, observados a definição dos

“parâmetros de desempenho” e o disposto no Anexo 8 deste contrato de

concessão patrocinada.

xix. Contraprestações Públicas Mensais: referência conjunta à Contraprestação

Pública Mensal de Amortização Fixa e à Contraprestação Pública Mensal de

Amortização Variável.

xx. Contrato de Administração de Recursos: negócio jurídico celebrado entre o

Poder Concedente, a Concessionária, a Goiás Parcerias e o Agente de

Pagamentos, nos termos do qual são determinados os mecanismos e regras

da vinculação de receitas públicas para constituição da Garantia em favor da

Concessionária.

xxi. Controle: significa, com relação a uma determinada pessoa jurídica, o poder

de determinar, de modo permanente, as decisões da assembleia geral de

acionistas, seja em razão da propriedade de ações representando metade mais

uma das ações com direito a voto, seja em razão da participação em acordo de

voto, ou ainda por qualquer outra forma prevista em lei, bem como o poder de

eleger a maioria dos administradores da companhia, nos termos do artigo 116

da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Para os fins deste Contrato, os

termos Controladora e Controlada devem ser interpretados de acordo com a

definição de Controle.

xxii. Controladores: significa assim como a qualquer outra pessoa que possa, de

tempos em tempos, deter o poder de Controle da Concessionária.

xxiii. Data de Assunção: data na qual forem verificadas as Condições de Eficácia

do Contrato e que vier a ser emitida a Ordem de Serviço, quando então a

Concessionária tomará posse das instalações do Eixo Anhanguera, devendo

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iniciar os Investimentos de Implantação de acordo com os termos e condições

do Contrato.

xxiv. Desapropriação: conjunto dos processos de desapropriação a serem

conduzidos pelo Poder Concedente para a implementação do Sistema de

VLT, nos termos deste Contrato.

xxv. Diretrizes para Transporte Coletivo de Passageiros: as diretrizes emitidas

por ato próprio da CDTC para o transporte coletivo na Região Metropolitana de

Goiânia, em especial aquelas consubstanciadas no Plano Diretor de Transporte

Coletivo da Grande Goiânia, aprovado pela Deliberação CDTC nº 057, de 4 de

maio de 2007, em vigor durante o Prazo da Concessão, conforme alterado de

tempos em tempos.

xxvi. DOE: Diário Oficial do Estado de Goiás.

xxvii. DOU: Diário Oficial da União.

xxviii. Edital: Edital de Licitação Internacional Nº 01/2013, incluindo os Anexos do

Edital.

xxix. Eixo Anhanguera: linha tronco de transporte público coletivo de

passageiros, que liga os extremos oeste e leste da cidade de Goiânia, capital

do Estado de Goiás, a qual integra a Rede Metropolitana de Transportes

Coletivos e é atualmente operada por meio de BRT, e que será transferida à

Concessionária na Data de Assunção, para fins de implantação do Sistema

de VLT.

xxx. Financiadores: qualquer instituição financeira, banco de fomento nacional ou

internacional, fundo de desenvolvimento, detentores de títulos de dívida

emitidos pela Concessionária ou entidade multilateral que venha a conceder,

por qualquer forma legalmente admitida, empréstimos à Concessionária para

financiar o cumprimento de suas obrigações nos termos deste Contrato.

xxxi. Garantia: é a garantia outorgada pelo Poder Concedente em benefício da

Concessionária, nos termos da Cláusula 24.

xxxii. Garantia de Execução do Contrato: a garantia do fiel cumprimento das

obrigações do Contrato, a ser mantida pela Concessionária em favor do Poder

Concedente, na forma da Cláusula 15.

xxxiii. Implantação da Infraestrutura: investimentos a serem realizados, direta ou

indiretamente, pela Concessionária imediatamente após a Data de Assunção,

conforme estabelecido na subcláusula 2.1.

xxxiv. Integração Físico-Tarifária: operação de conexão da linha Eixo Anhanguera

com outras linhas da RMTC, inclusive linhas semiurbanas, cujas conexões dão-

se no interior dos cinco Terminais de Integração atualmente existentes ao longo

do Eixo Anhanguera, onde ocorrem os transbordos de passageiros integrados,

que em um mesmo deslocamento de origem-destino fazem troca entre veículos

de linhas alimentadoras e veículos da linha Eixo Anhanguera, e vice-versa. A

integração físico-tarifária, nos moldes atualmente existentes, seguirá sendo

feita nos terminais de integração posicionados ao longo do traçado do VLT.

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xxxv. Interferências: infraestrutura, equipamentos ou quaisquer elementos

localizados no solo, subsolo ou leito de ruas e avenidas e que causem

dificuldades à Implantação da Infraestrutura, incluindo, sem limitação, redes de

fibra ótica, linhas férreas, dutos de água pluvial, canal de esgoto, dutos de

gases, dutos de petróleo, dutos de energia ou qualquer outra infraestrutura em

rede;

xxxvi. Investimentos de Implantação: investimentos em obras, serviços, sistemas

tecnológicos e material rodante a serem executados pela Concessionária

imediatamente após a Data de Assunção, desde que cumpridas as condições

necessárias para tanto, divididos em fases, conforme estabelecido no Contrato.

xxxvii. IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, devendo ser substituído

por outro que venha a ser criado em seu lugar na hipótese de sua extinção.

xxxviii. Licitação: conjunto de procedimentos realizados sob responsabilidade do

Poder Concedente para a seleção da proposta mais vantajosa e contratação da

Concessão.

xxxix. Metrobus: sociedade de economia mista cuja constituição foi autorizada pela

Lei Estadual n° 13.049, de 16 de abril de 1997, modificada pela Lei l n° 13.086,

de 19 de junho de 1997, que atualmente opera, na condição de concessionária,

os serviços de transporte coletivo por ônibus na Linha Eixo Anhanguera, e que

se encontra vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Região

Metropolitana de Goiânia pela Lei nº 17.257, de 25 de janeiro de 2011..

xl. Operação Branca: operação do Sistema de VLT, dentro do Período de Testes,

nos termos da subcláusula 19.2.1, sem cobrança de tarifa e sem integrações,

segundo um planejamento que prevê datas e horários para sua realização, com

público selecionado e limitado, de forma que todos possam vivenciar seus

papéis na prática, em ambiente controlado.

xli. Operações Comerciais: conjunto de ações realizadas pela Concessionária

com relação à prestação dos serviços de operação e manutenção do Sistema

de VLT aos usuários, no período iniciado após a emissão do Termo de Vistoria

Final, decorrido o Período de Transição e após a realização dos investimentos

necessários, conforme estabelecido no Contrato e neste Edital, com a

substituição do modal de ônibus pelo Sistema de VLT.

xlii. Ordem de Serviço: documento emitido pelo Poder Concedente após a

ocorrência das Condições de Eficácia do Contrato, a nomeação do Perito

Independente e após a liberação, seja em razão da conclusão das

Desapropriações, seja em razão da obtenção de ordens de imissão provisória

na posse: (i) das áreas prioritárias a serem objeto de Desapropriação, que

sejam necessárias ao início da implantação do Sistema de VLT; e (ii) das

áreas destinadas à implantação dos terminais de integração provisórios, em

ambos os casos conforme indicadas pela Concessionária em sua Proposta

Técnica.

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xliii. Parâmetros de Desempenho: indicadores estabelecidos no Contrato que

obrigatoriamente deverão ser considerados para o aferimento da qualidade dos

serviços prestados pela Concessionária e que contribuirão para determinar o

cálculo do valor da Contraprestação Pecuniária de Amortização Variável a ser

por ela auferida durante todo o prazo da concessão.

xliv. Partes Relacionadas: com relação à Concessionária, qualquer Controladora,

ou pessoa Controlada, sob Controle comum, direto ou indireto, ou que

mantenha com ela (Concessionária) vínculos de participação acionária ou de

dependência em termos econômicos, técnicos, comerciais ou empresariais.

xlv. Período de Testes: o período que antecederá o início das Operações

Comerciais durante o qual a Concessionária conduzirá os testes de conclusão

e adequação das infraestruturas, dos equipamentos e dos sistemas

necessários à prestação dos Serviços ora concedidos, e que será encerrado

após a realização de teste final acompanhado por representantes do Poder

Concedente, e CMTC, que atestarão a aptidão dos equipamentos para início

das Operações Comerciais do Sistema de VLT com a respectiva emissão do

Termo de Vistoria Final.

xlvi. Período de Transição: o tempo compreendido entre a Data de Assunção e a

data do início das Operações Comerciais do Sistema de VLT, durante o qual a

Concessionária realizará os investimentos necessários à implantação do

Sistema de VLT, de acordo com os termos e condições da Cláusula 8;

xlvii. Perito Independente: pessoa física ou jurídica escolhida de comum acordo

entre as partes, com a função de acompanhar a fase de Implantação da

Infraestrutura e, eventualmente, dirimir possíveis controvérsias, de acordo com

a subcláusula 41.2.

xlviii. Plano de Testes: documento que detalhará os testes a serem executados e

seus respectivos procedimentos com o objetivo de aferir a conformidade do

Sistema de VLT com as especificações contratuais e seu respectivo

funcionamento para fins da emissão do Termo de Vistoria Final que autoriza o

início das Operações Comerciais, a ser apresentado pela Concessionária ao

Poder Concedente para sua aprovação em até 90 (noventa) dias antes do

início do Período de Testes.

xlix. Plano de Trabalho: documento que contempla a metodologia de execução

das obras e dos fornecimentos previstos para a implantação e operação do

Sistema de VLT, na forma do Anexo 5 do Edital - Parâmetros para Elaboração

do Plano de Trabalho, que será apresentado juntamente com o Volume 3 –

Proposta Econômica.

l. Poder Concedente: o Estado de Goiás, representado pela Secretaria de

Estado de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia (“SDRMG”),

observadas as atribuições do Grupo Executivo instituído pela Lei nº 17.842, de

4 de dezembro de 2012.

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li. Prazo da Concessão: o prazo de duração da Concessão, fixado em 35 (trinta

e cinco) anos, contados a partir da ocorrência das Condições de Eficácia do

Contrato.

lii. Projeto: o projeto executivo do VLT Goiânia preparado pela Concessionária a

partir das diretrizes contidas no Edital.

liii. Proponente: qualquer pessoa jurídica, (inclusive entidades de previdência

complementar e instituições financeiras), fundo de investimento ou entidade de

previdência complementar participante da Licitação, isoladamente ou em

consórcio, de acordo com o disposto no Edital.

liv. Proposta Econômica: o documento por meio do qual a Concessionária

expressou os aspectos econômicos da Concessão, e, especialmente, o valor

proposto para a Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa a ser

paga mensalmente pelo Poder Concedente, de acordo com os parâmetros

fixados no Edital.

lv. Receitas Extraordinárias: quaisquer receitas complementares, acessórias ou

alternativas à Tarifa e às Contraprestações Públicas Mensais e/ou às

aplicações financeiras da Concessionária, decorrentes da exploração do

Sistema de VLT e de projetos associados.

lvi. Remuneração da Concessionária: o somatório dos valores auferidos pela

Concessionária com a Tarifa, a Contraprestação Pública Mensal de

Amortização Fixa, a Contraprestação Pública Mensal de Amortização Variável e

as Receitas Extraordinárias.

lvii. RMTC: unidade sistêmica regional composta por todas as linhas e todos os

serviços de transportes coletivos, de todas as modalidades ou categorias,

que servem ou que venham a servir aos Municípios da Região Metropolitana

de Goiânia, nos termos em que foi instituída e disciplinada pela Lei

Complementar nº 27, de 30 de dezembro de 1999.

lviii. ROT: Regulamento Operacional da Rede de Transportes Coletivos da Região

Metropolitana de Goiânia, aprovado pela Deliberação nº 060 da CDTC, de 27

de novembro de 2007.

lix. Serviço de Transporte Viário de Passageiros: o serviço público de transporte

de passageiros por ônibus no Eixo Anhanguera, integrado à RMTC, na forma e

nos termos previstos nas Diretrizes para Transporte Coletivo de Passageiros,

emitidas pelo Poder Concedente, e nas disposições constantes deste Contrato,

que será explorado pela Metrobus durante o Período de Transição e será

gradualmente extinto após o início das Operações Comerciais, a partir deste

momento com operação dos dois modais sob responsabilidade da

Concessionária.

lx. Serviços: os serviços públicos de transporte de passageiros no Eixo

Anhanguera a serem explorados pela Concessionária, de maneira integrada

aos serviços da RMTC, por meio do Sistema de VLT, após o início das

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Operações Comerciais, quando então haverá a substituição gradual do sistema

de ônibus pelo Sistema de VLT.

lxi. Sistema de Bilhetagem Eletrônica: o sistema que é gerido e operacionalizado

pelo sindicato que representa as concessionárias da RMTC, no bojo do qual

estão inseridos os processos de emissão, distribuição, comercialização e

remissão de créditos eletrônicos de viagens disponibilizados aos usuários da

RMTC nas mídias de bilhete magnético e cartão eletrônico.

lxii. Sistema de VLT: serviço público de transporte metro-ferroviário de

passageiros por VLT no Eixo Anhanguera, de maneira integrada à RMTC, na

forma e nos termos previstos neste Edital e no Contrato.

lxiii. Subsídio Tarifário: o desconto de 50% (cinquenta por cento) no valor da

tarifa, que é concedido aos passageiros embarcados em um dos cinco

Terminais de Integração ou em uma das dezenove estações de embarque

existentes ao longo do Eixo Anhanguera, cujo valor é suprido por meio de

subsídio mensal compensatório realizado pelo Estado de Goiás em proveito da

Metrobus – Transporte Coletivo S.A., nos termos da Lei nº 15.047, de 29 de

dezembro de 2004, conforme alterada.

lxiv. Tarifa: valor pago pelos usuários do Serviço, fixado pela CDTC para toda a

RMTC, na forma da regulamentação aplicável, a qual, na data do Edital, é

de R$ 2,70 (dois reais e setenta centavos).

lxv. Termo de Registro de Ocorrências (TRO): documento utilizado pelo Poder

Concedente, na forma da regulamentação vigente, para registrar ocorrências

relacionadas ao cumprimento do Contrato, especificando as faltas e os defeitos

verificados, atraso ou inexecução das intervenções devidas e o não

atendimento dos Parâmetros de Desempenho e especificações técnicas

mínimas estabelecidas no Anexo 8 do Contrato – Quadro de Indicadores de

Desempenho.

lxvi. Termo de Vistoria Final: documento emitido pelo Poder Concedente após a

Vistoria Final.

lxvii. Valor Estimado do Contrato: R$3.782.000.000,00 (três bilhões, setecentos e

oitenta e dois milhões de reais), corresponde ao somatório das receitas

tarifárias totais projetadas provenientes da exploração da Concessão, a preços

constantes, e das Contraprestações Públicas de Amortização Variável.

lxviii. Valor Estimado do Investimento Total: R$1.300.000.000,00 (hum bilhão e

trezentos milhões de reais), que representa o somatório do Aporte Público e do

investimento da Concessionária.

lxix. Verificador Independente: pessoa física ou jurídica escolhida de comum

acordo entre as partes, com a função de acompanhar a fase de Operação do

Sistema de VLT e, eventualmente, dirimir possíveis controvérsias.

lxx. Vistoria Final: a vistoria realizada pelo Poder Concedente durante o Período

de Testes para fins de emissão do Termo de Vistoria Final.

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lxxi. VLT (VLT Goiânia): o sistema de transporte metroferroviário de passageiros, a

ser implantado, operado e mantido no Eixo Anhanguera, de forma integrada à

RMTC, composto por todas as instalações, obras de arte, infraestrutura,

superestrutura, material rodante, sistemas, estações de passageiros e demais

bens que sejam necessários à plena prestação do Serviço, nos termos e

condições deste Contrato e do Edital.

1.2 Interpretação

1.2.1 Exceto quando o contexto não permitir tal interpretação:

(i) as definições do Contrato serão igualmente aplicadas em suas formas

singular e plural; e

(ii) referências ao Contrato ou a qualquer outro documento devem incluir

eventuais alterações e aditivos que venham a ser celebrados entre as

Partes.

1.2.2 Os títulos dos capítulos e das cláusulas do Contrato e dos Anexos

não devem ser usados na sua aplicação ou interpretação.

1.2.3 No caso de divergência entre o Contrato e os Anexos, prevalecerá o

disposto no Contrato.

1.2.4 No caso de divergência entre os Anexos, prevalecerão aqueles

emitidos pelo Poder Concedente.

1.2.5 No caso de divergência entre os Anexos emitidos pelo Poder

Concedente, prevalecerá aquele de data mais recente.

1.3 Anexos

1.3.1 Integram o Contrato, para todos os efeitos legais e contratuais, os

Anexos e respectivos Apêndices relacionados nesta cláusula:

(i) Anexo 1: Proposta Econômica da Concessionária;

(ii) Anexo 2: Plano de Negócios da Concessionária;

(iii) Anexo 3: Plano de Trabalho da Concessionária;

(iv) Anexo 4: Fonte de Recursos para Aportes Públicos;

(v) Anexo 5: Marcos Contratuais para o desembolso dos Aportes Públicos;

(vi) Anexo 6: Reajustes e Cálculos das Contraprestações Públicas Mensais

de Amortização Fixa e Variável e Penalidades;

(vii) Anexo 7: Modelo do Contrato de Administração de Recursos;

(viii) Anexo 8: Quadro de Indicadores de Desempenho;

(ix) Anexo 9: Licença Ambiental Prévia;

(x) Anexo 10: Edital de Licitação e seus Anexos.

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2 Objeto do Contrato

2.1 O objeto do presente Contrato é a concessão patrocinada da prestação

dos Serviços, incluindo a implantação, operação e manutenção do

Sistema de VLT (“Concessão”), de maneira integrada com a RMTC, no

prazo e nas condições estabelecidos neste Contrato, com a seguinte

divisão:

FASE 1: realização dos Investimentos de Implantação, com duração máxima

prevista para 24 (vinte e quatro) meses contados da Data da Assunção, até a

emissão do Termo de Vistoria Final, observados os termos e condições do

Contrato durante o qual o Poder Concedente estará obrigado a repassar

integralmente os Aportes Públicos.

FASE 2: início da Operação Comercial do Sistema de VLT e operação

simultânea de ônibus pela Concessionária, até a integral substituição do sistema

de BRT no Eixo Anhanguera. A partir da FASE 2, a Concessionária fará jus,

além do recebimento das Tarifas do VLT e dos ônibus por ela operados, à

Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa e à Contraprestação

Pública Mensal de Amortização Variável, em seus valores integrais, observados

os termos da subcláusula 8.2.

2.2 A Concessionária será remunerada por meio das Tarifas, da

Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa, da

Contraprestação Pública Mensal de Amortização Variável e por Receitas

Extraordinárias.

3 Operação Integrada com a RMTC

3.1 A execução dos Serviços será subordinada às disposições: (i) da Lei

Complementar nº 27, de 30 de dezembro de 1999 e suas alterações; (ii)

do Plano Diretor de Transporte Coletivo da Grande Goiânia, aprovado

pela Deliberação CDTC nº 057, de 4 de maio de 2007; (iii) no que couber,

da Deliberação nº 058 da CDTC, de 24 de julho de 2007; (iv) do ROT; (v)

do Edital e seus Anexos; (vi) deste Contrato; e (vii) e dos demais atos

normativos, instruções e ordens de serviços expedidos pelo Poder

Concedente e/ou pela CDTC e/ou pela CMTC, e compreenderá:

3.1.1 a prestação adequada dos Serviços, por meio de oferta de viagens

do Sistema de VLT no Eixo Anhanguera, abrangendo o serviço

regular integrado, conforme classificação do ROT;

3.1.2 o planejamento operacional dos Serviços em observância às

diretrizes, aos parâmetros e às especificações da CMTC, visando,

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16

entre outros, à melhoria contínua do atendimento à população e à

otimização dos Serviços;

3.1.3 provimento, gestão, manutenção e operação dos Bens Reversíveis

do Sistema de VLT a serem utilizados na execução dos Serviços

após o início da Operação Comercial;

3.1.4 provimento, manutenção e operação de central de controle

operacional (CCO) e de serviço de informação aos usuários (SIU);

3.1.5 administração, operação, manutenção, conservação, limpeza e

segurança dos terminais de integração e das estações de embarque

e desembarque do Sistema de VLT.

3.2 Os objetos definidos nas subcláusulas 3.1.4 e 3.1.5 poderão ser

realizados coletivamente pela Concessionária e demais concessionárias

da RMTC, com compartilhamento de custos e benefícios, mediante a

celebração de acordo operacional específico, observada prévia anuência

da CMTC.

3.3 A Concessionária terá exclusividade na operação dos serviços de

transporte coletivo realizado no âmbito e limites do Eixo Anhanguera,

após o início das Operações Comerciais, inclusive no período de

substituição gradual do sistema de ônibus pelo Sistema de VLT.

3.4 Durante a vigência da Concessão a operação estará sujeita às regras e

especificações do sistema de integração físico-tarifária definidas para a

RMTC, não havendo hipótese de constituição de qualquer outro regime.

3.5 A Concessionária deverá observar o sistema de gestão da qualidade dos

serviços preparado pela CMTC e pelas demais concessionárias da

RMTC, com o objetivo primordial da busca contínua e permanente da

melhoria da qualidade dos serviços disponibilizados à comunidade.

3.6 Caberá à Concessionária, na conformidade do seu Plano de Trabalho,

implantar e manter em perfeitas condições de funcionamento pátios e

instalações compatíveis com o porte e as características da operação

dos Serviços.

3.7 O objeto deste Contrato constitui serviço público essencial à permanente

disposição dos usuários, devendo ser prestado sem descontinuidade e

com observância das condições de regularidade, continuidade, eficiência,

segurança, atualidade, generalidade, cortesia e modicidade das tarifas,

nos termos da legislação aplicável e deste Contrato.

3.8 As características e especificações operacionais dos Serviços, tais como

frequências, horários e frota, conforme assentadas pela Concessionária

no seu Plano de Trabalho, serão registradas no Cadastro Geral da

Operação da RMTC, titularizado pela CMTC.

3.8.1 Ao longo do prazo da Concessão, as especificações operacionais

dos Serviços (frequência, horários e frota) serão ajustadas às

necessidades de melhor atendimento da população, do

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17

desenvolvimento urbano, da racionalidade operacional e do

equilíbrio econômico-financeiro do Contrato, por iniciativa da CMTC,

ou da Concessionária.

3.8.2 Sempre que ajustes nas especificações operacionais dos Serviços

tiverem impacto nas receitas, nos custos e nas despesas de

operação, de forma a alterar a remuneração da Concessionária,

afetando para mais ou para menos o valor da Contraprestação

Pública Mensal de Amortização Variável, tais ajustes de

especificações operacionais do Sistema de VLT deverão ser prévia e

expressamente aprovados por escrito pelo Estado de Goiás, na sua

qualidade de Poder Concedente, sendo certo que a falta de tal

aprovação ensejará a não aplicabilidade dos ajustes mencionados.

4 Execução Integrada dos Serviços

4.1 A Concessionária obriga-se a colocar permanentemente à disposição dos

usuários, mediante pagamento da Tarifa, os Serviços concedidos, na

forma, preços, percursos, horários e demais condições determinadas

pela CMTC, conforme dispõe o ROT, este Contrato e, ainda, as normas e

os procedimentos pertinentes.

4.2 Sem prejuízo do contido na Cláusula 3, subcláusula 3.5 e seguintes

deste instrumento, a CMTC, ao longo da execução deste Contrato,

realizará o planejamento dos serviços de transporte de acordo com o

interesse público e de forma articulada com as concessionárias da

RMTC, observando, para tanto, as Diretrizes para o Transporte Coletivo

de Passageiros e as disposições do ROT.

4.2.1 A Concessionária poderá, sempre com anuência prévia da CMTC,

promover, por sua iniciativa, alterações em tabelas de horários, e

apresentar estudos de redimensionamento de oferta, buscando

ajustes operacionais e respeitando a oferta de viagens em

quantidade suficiente para o atendimento da demanda.

4.3 A Concessionária utilizará pessoal devidamente selecionado, habilitado e

qualificado para o exercício de suas funções, em conformidade com o

estabelecido no ROT.

4.4 A Concessionária responderá por seus empregados e prepostos, nos termos da

lei, por todos os danos e prejuízos que, na execução dos serviços, venham

provocar ou causar direta e comprovadamente aos usuários e ao Poder

Concedente.

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5 Prazo da Concessão

5.1 O prazo da Concessão é de 35 (trinta e cinco) anos contados a partir da

ocorrência das Condições de Eficácia do Contrato (“Prazo da

Concessão”).

6 Bens da Concessão

6.1 Composição

6.1.1 Integram a Concessão os seguintes bens (“Bens da Concessão”),

cuja posse, uso, guarda, manutenção e vigilância são de

responsabilidade da Concessionária:

(i) o Sistema de VLT, conforme adquirido e implantado durante o Prazo da

Concessão, de acordo com os termos deste Contrato;

(ii) todos os bens móveis e imóveis vinculados à operação e manutenção

dos Serviços transferidos à Concessionária, conforme arrolados na

Data de Assunção, no estado em que estiverem, não respondendo a

Concessionária por quaisquer vícios ou passivos anteriores a referida

data;

(iii) todos os bens vinculados à operação e manutenção do Sistema de

VLT que sejam indispensáveis à prestação dos Serviços e que forem

transferidos à Concessionária, no estado em que estiverem, não

respondendo a Concessionária por quaisquer vícios ou passivos

anteriores a referida data; e

(iv) os bens adquiridos, arrendados ou locados pela Concessionária, ao

longo do Prazo da Concessão, que sejam utilizados na execução dos

Serviços.

6.1.2 Não integram os Bens da Concessão aqueles pertencentes à

Concessionária, de qualquer valor, mas que não são utilizados para

a prestação dos Serviços.

6.2 A Concessionária declara que tem conhecimento da natureza e das

condições dos Bens da Concessão que lhe serão transferidos pelo Poder

Concedente, na Data de Assunção, bem como daqueles que serão pela

Concessionária adquiridos ao longo do Prazo da Concessão e que

estarão sujeitos a todos os termos e condições deste Contrato.

6.3 Restrições à Alienação e à Aquisição

6.3.1 A Concessionária não poderá alienar ou transferir a posse dos Bens

da Concessão mencionados na subcláusula 6.1.1 acima sem a

prévia, expressa e escrita autorização do Poder Concedente, exceto

com relação a alienações de Bens da Concessão que venham a se

deteriorar pelo seu uso na prestação dos Serviços e que por isso

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tenham que ser substituídos, ou Bens da Concessão que a

Concessionária venha a substituir por outros de igual ou melhor

qualidade de acordo com sua autonomia empresarial, desde que não

haja prejuízo à prestação dos Serviços.

6.3.2 Todos os Bens da Concessão ou investimentos neles realizados

deverão ser integralmente depreciados e amortizados pela

Concessionária no Prazo da Concessão, de acordo com os termos

da legislação vigente, não cabendo qualquer pleito de recomposição

do equilíbrio econômico-financeiro no advento do termo contratual.

7 Sistemas Operacionais Integrados e Obrigações com os Equipamentos Públicos de

Apoio à Operação

7.1 Com base no permissivo contido na subcláusula 3.2, a Concessionária

poderá negociar e celebrar acordo operacional com as demais

concessionárias de serviços da RMTC para: (i) compartilhamento da

central de controle operacional, de forma a controlar a operação de

campo, atuar sobre a regularidade das viagens, atender ocorrências e

servir de elemento de segurança para passageiros e condutores dos

veículos, em consonância com as diretrizes contidas no Anexo 3.2 do

Edital - Especificações dos Serviços; e (ii) compartilhamento do serviço

de informações aos usuários, neste caso por meio da inclusão, de forma

sistemática, de todas as informações relevantes sobre o serviço por meio

do Sistema de VLT.

7.2 A Concessionária assumirá a administração, operação, manutenção,

conservação, limpeza e segurança patrimonial dos terminais de

integração e estações de embarque e desembarque ao longo do Eixo

Anhanguera, podendo exercer essas obrigações de forma conjunta com

as demais concessionárias, neste caso mediante a celebração de acordo

operacional com previsão de compartilhamento proporcional de custos e

benefícios a ser submetido à apreciação do Poder Concedente e à

posterior anuência da CMTC.

7.2.1 Se, no decorrer da vigência deste Contrato, vierem a ser

implantados novos terminais de integração, estações de conexão ou

corredores de transporte que afetem a operação do Sistema de VLT,

a assunção das atividades relacionadas nesta subcláusula, relativas

a estes equipamentos, será objeto de ajuste entre o Poder

Concedente, a CMTC e a Concessionária, avaliando-se o equilíbrio

econômico-financeiro do Contrato e o eventual impacto nas

Contraprestações Públicas Mensais.

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8 Assunção do Serviço de Transporte Viário de Passageiros

8.1 A partir da Data de Assunção, a Concessionária iniciará a realização dos

investimentos necessários à implantação do Sistema de VLT, momento em que terá

início o Período de Transição e a Metrobus prosseguirá operando o BRT do Eixo

Anhanguera.

8.2 Após o término do Período de Transição, cessar-se-ão no Eixo Anhanguera as

atividades da Metrobus, quando então a Concessionária assumirá o controle

integral da operação do Eixo Anhanguera, ficando esta última responsável,

inclusive, pela substituição gradual do serviço por ônibus pelo serviço por meio do

VLT, incluindo eventual utilização de ônibus, por um período máximo de 12 (doze)

meses, de forma complementar até a operação da integralidade do Sistema de VLT.

8.2.1. A Concessionária poderá prestar os Serviços por meio da operação

conjunta de ônibus e o Sistema de VLT, por um período máximo de 12 (doze)

meses, até o recebimento da totalidade do material rodante adquirido de

acordo com o exigido por este Contrato e pelo Edital, e neste caso, os

passageiros dos ônibus pagarão suas passagens com o mesmo subsídio

existente anteriormente no Eixo Anhanguera, nos termos da Lei 15.047 de 29

de dezembro de 2004, sendo, portanto, o restante da tarifa custeado pelo

Poder concedente.

8.3 Durante todo o Período de Transição, a Metrobus será a responsável pela prestação

dos serviços de transporte público dos passageiros que utilizarem o Eixo

Anhanguera, devendo realizar suas atividades consoante as instruções emitidas

pela Concessionária com o objetivo de viabilizar a realização das obras e demais

intervenções necessárias para implantação do Sistema de VLT, observada a

competência do Grupo Executivo criado pela Lei nº 17.842/2012, e suas alterações,

cabendo ao Poder Concedente garantir o cumprimento destas orientações com o

fim de possibilitar tal interface entre as concessionárias.

8.3.1 A prestação dos serviços de transporte público de passageiros pela Metrobus,

sob sua responsabilidade durante o Período de Transição, poderá ocorrer ao

longo do Eixo e/ou em trajetos alternativos a ele, os quais serão fixados

conjuntamente pelo Poder Concedente e pela CMTC para atender às

premissas do cronograma de implantação dos Investimentos previstos no

Plano de Trabalho da Concessionária.

9 Responsabilidade Social e Ambiental

9.1 A Concessionária obriga-se, durante a vigência deste Contrato, a

executar e manter programas de responsabilidade social e de

responsabilidade ambiental envolvendo seus clientes, funcionários,

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fornecedores, população em geral e a sociedade durante a vigência

deste Contrato.

9.2 Nos programas de responsabilidade ambiental a Concessionária deverá

incluir ações para o controle e tratamento dos resíduos decorrentes das

suas atividades.

10 Autorizações Governamentais

10.1 A Concessionária deverá:

10.1.1 salvo por aquelas expressamente atribuídas ao Poder Concedente,

obter todas as licenças, alvarás, permissões e autorizações

necessárias ao pleno exercício das atividades que são objeto da

Concessão, incluindo as licenças ambientais de instalação e de

operação do Sistema de VLT; e

10.1.2 adotar todas as providências exigidas pelos órgãos competentes,

nos termos da legislação vigente, para a concessão das licenças,

permissões e autorizações necessárias ao pleno exercício das

atividades que são objeto da Concessão, arcando com as despesas

e os custos correspondentes.

10.2 A demora na obtenção de licenças, alvarás, permissões e autorizações,

incluindo as licenças ambientais, ou ainda a negativa injustificada para a

sua concessão não acarretará responsabilização da Concessionária,

desde que, comprovadamente, a causa da demora não lhe puder ser

imputada.

10.2.1 A Concessionária poderá fazer jus à revisão do equilíbrio econômico-

financeiro do Contrato caso tenha efetiva e comprovadamente

experimentado prejuízos que tenham como causa direta os atrasos

na obtenção dos atos mencionados na subcláusula 10.2, com o

Estado de Goiás fazendo valer o direito de regresso contra o agente,

órgão ou entidade responsável pelo plano, nos termos do disposto

no § 6º do art. 37 da Constituição Federal.

10.3 Sem qualquer prejuízo do disposto nesta Cláusula 10, o Poder

Concedente e a CMTC obrigam-se a auxiliar a Concessionária em todos

os aspectos que possam ser necessários para a obtenção das licenças,

das permissões, autorizações e dos alvarás necessários à implantação

do Sistema de VLT, inclusive prestando todas as informações,

declarações e documentos necessários para que a Concessionária

cumpra, no menor prazo possível, a obrigação prevista na subcláusula

10.1.1 acima.

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11 Projeto

11.1 A Concessionária deverá elaborar o Projeto Executivo em consonância

com os dados e elementos indicativos constantes do Edital e com o seu

Plano de Trabalho, podendo apresentá-lo por partes ao Poder

Concedente, em caso de solicitação neste sentido.

11.1.1 Após a apresentação final do Projeto Executivo, o Poder Concedente

deverá emitir sua aprovação ou reprovação dentro do prazo máximo

de 30 (trinta) dias, sendo certo que a inércia do Poder Concedente

dentro deste prazo será considerada como aceitação do Projeto

apresentado.

11.1.2 No caso de reprovação, a qual deverá indicar as razões e os

fundamentos para tal medida, a Concessionária deverá proceder aos

ajustes necessários no prazo de 20 (vinte) dias e reapresentar o

Projeto Executivo ao Poder Concedente, aplicando-se novamente a

sistemática da subcláusula 11.1.1.

11.2 Apenas após a aprovação do Projeto Executivo, ainda que parcial,

poderá a Concessionária dar início à realização das obras necessárias à

implementação do Sistema de VLT, sendo certo que o atraso da

Concessionária na preparação do Projeto, ou na preparação de tais

documentos em conformidade com este Contrato, será tratado conforme

a cláusula das penalidades deste Contrato.

11.3 A aceitação do Projeto Executivo pelo Poder Concedente e as respostas

às consultas feitas pela Concessionária à CMTC e ao Poder Concedente

não alterarão, de qualquer forma, a alocação de riscos prevista no

Contrato.

11.4 Sem qualquer prejuízo da subcláusula 11.3, a Concessionária fará jus à

revisão do equilíbrio econômico-financeiro e dos prazos e cronogramas

deste Contrato, caso o Poder Concedente proceda a qualquer alteração

nos Projetos, observada a repartição de riscos definida na subcláusula

26.1.15.

11.5 As Partes poderão acordar a apresentação gradual do Projeto Executivo,

de forma compatível com o andamento da Implantação da Infraestrutura,

sem qualquer risco para o Poder Concedente.

11.6 O Projeto Executivo do VLT, elaborado pela Concessionária, será por ela

implantado, sendo exclusivamente dela (a concessionária) eventuais

falhas, defeitos ou outros que, de alguma forma, venham a prejudicar a

normal operação do Sistema do VLT, com possíveis recursos financeiros

adicionais necessários para a devida correção dos defeitos ou problemas

operacionais ocasionados em face dos erros do Projeto Executivo ou de

construção da obra, não podendo, de nenhuma forma, ser objeto de

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reequilíbrio econômico-financeiro deste contrato, sendo da inteira

responsabilidade da Concessionária

12 Desapropriações

12.1 Desapropriações

12.1.1 Caberá ao Poder Concedente editar os atos de declaração de

utilidade pública necessários às Desapropriações e instituir as

servidões administrativas necessárias à execução e conservação

das obras e serviços vinculados à Concessão e à implementação do

Sistema de VLT, assim como promover as respectivas

desapropriações, servidões administrativas, requisições, limitações

administrativas e ocupar provisoriamente bens imóveis necessários

à execução e conservação de obras e serviços vinculados à

Concessão, arcando com todos os ônus necessários para tanto,

sempre de acordo com o cronograma e a relação de bens indicados

pela Concessionária no Plano de Trabalho apresentado pela

Concessionária.

12.1.2 O início da contagem dos prazos impostos à Concessionária para a

Implantação da Infraestrutura somente poderá se dar com a emissão

da Ordem de Serviço.

12.1.3 Qualquer atraso do Poder Concedente no cumprimento de suas

obrigações constantes desta Cláusula 12 não acarretará

responsabilização da Concessionária, desde que,

comprovadamente, a causa não puder ser imputada à

Concessionária.

12.1.4 A Concessionária fará jus a uma revisão do equilíbrio econômico-

financeiro deste Contrato sempre que forem comprovados prejuízos

decorrentes de atrasos na liberação de áreas, conforme subcláusula

12.1.1, desde que, comprovadamente, a causa não puder ser

imputada à Concessionária.

12.1.5 Caberá à Concessionária, às suas expensas:

(i) a demarcação dos imóveis, terrenos e das benfeitorias que façam parte

integrante dos serviços compreendidos na implantação e operação do

Sistema de VLT, incluindo o levantamento cadastral dos imóveis junto à

Prefeitura do Município de Goiânia;

(ii) a pesquisa dominial e consulta de débitos tributários imobiliários

municipais;

(iii) a obtenção de certidão de dados cadastrais do imóvel – IPTU e de

extrato de consulta ao valor venal de referência.

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13 Atividades Referentes à Implantação do Sistema de VLT

13.1 Diretrizes de Execução

13.1.1 É obrigação da Concessionária a realização de todos os

investimentos necessários à implantação do Sistema de VLT e à

execução do Contrato, por si ou por meio de terceiros, por sua conta

e risco, com integral atendimento aos Parâmetros de Desempenho e

demais exigências estabelecidas neste Contrato.

13.1.1.1 A Concessionária também deverá implantar, em prazo

máximo de 6 (seis) meses contados do início das Operações

Comerciais, um sistema de gestão de qualidade para todos

os serviços necessários ao cumprimento do objeto do

Contrato, com base na Norma NB-9004, da Associação

Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, equivalente à Norma

ISO 9004 da “International Standards Organization”, e suas

atualizações.

13.1.1.2 O sistema de gestão de qualidade a ser implantado pela

Concessionária e acompanhado permanentemente pelo

Poder Concedente e pela CMTC deverá contemplar o

“Manual de Qualidade” especificado na Norma NB-9004,

incluindo medidas que assegurem um processo continuado

de atualização técnica e tecnológica de produtos e serviços,

bem como o desenvolvimento de recursos humanos.

13.1.2 Durante a Implantação de Infraestrutura e na prestação dos

Serviços, o Poder Concedente e, a CMTC , obrigam-se a garantir à

Concessionária o atendimento a todas as premissas contempladas

no Plano de Trabalho apresentado na Licitação e no Projeto

Executivo no que se refere ao plano de trânsito, circulação viária e

semaforização da área do entorno do Eixo Anhanguera, incluindo

eventual abertura e/ou fechamento de ruas e cruzamentos, sem

prejuízo de outros elementos.

13.1.3 A Concessionária deverá realizar:

(i) suas obrigações de investimento constantes deste Contrato, e

(ii) todas as demais intervenções necessárias ao cumprimento dos

Parâmetros de Desempenho e demais especificações técnicas

mínimas estabelecidas neste Contrato.

13.1.4 A Concessionária declara e garante ao Poder Concedente que a

qualidade do Projeto, da execução e da manutenção das obras e

dos serviços objeto da Concessão é, e sempre será, suficiente e

adequada ao cumprimento do Contrato, responsabilizando-se

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integralmente por qualquer desconformidade com os Parâmetros de

Desempenho e especificações técnicas mínimas neste Contrato.

13.1.5 Na hipótese de a Concessionária não atender aos Parâmetros de

Desempenho constantes do Anexo 8 deste Contrato - Quadro de

Indicadores de Desempenho, o Poder Concedente poderá reduzir

proporcionalmente o valor da Contraprestação Pública Mensal de

Amortização Variável, de acordo com os termos e as condições dos

Indicadores de Desempenho, sem prejuízo da aplicação da cláusula

de penalidades.

13.1.6 Na hipótese de a Concessionária atender aos Parâmetros de

Desempenho dentro dos níveis indicados no Anexo 8 deste Contrato

- Quadro de Indicadores de Desempenho, a Concessionária fará jus

a uma bonificação a ser paga por meio do aumento proporcional da

Contraprestação Mensal de Amortização Variável de acordo com os

termos e condições constantes no Anexo 6 deste Contrato -

Reajustes e Cálculos das Contraprestações Públicas Mensais de

Amortização Fixa e Variável e Penalidades.

13.2 Implantação do Sistema de VLT

13.2.1 As atividades de implantação do Sistema de VLT referentes à

Concessão, inclusive no que toca à elaboração do Projeto e

dimensionamento das estações e Investimentos Precedentes,

deverão se basear nas informações contidas nos elementos do

projeto básico descritas no Anexo 3 do Edital - Plano de Trabalho da

Concessionária, e nos valores da demanda projetada conforme o

mesmo anexo para atender aos Parâmetros de Desempenho e

deverão estar concluídas no prazo e condições estabelecidos no

Anexo 8 deste Contrato - Quadro de Indicadores de Desempenho.

13.2.2 A Concessionária obriga-se a promover junto aos órgãos

competentes todas as alterações de trânsito, circulação viária e

semaforização de vias que sejam necessárias para a realização das

intervenções da implantação do Sistema de VLT, incluindo a

obtenção das respectivas autorizações, conforme indicado e

solicitado no Plano de Transição mencionado na subcláusula 19.1,

não sendo a Concessionária responsável por demoras ou atrasos

decorrentes de atos ou fatos que não lhe sejam diretamente

imputáveis.

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13.3 Comprovação ao Poder Concedente

13.3.1 Para o atendimento do Contrato, a Concessionária deverá

comprovar ao Poder Concedente:

(i) a conclusão de cada uma das intervenções na conformidade dos

respectivos cronogramas; e

(ii) o cumprimento dos Parâmetros de Desempenho e demais

especificações técnicas mínimas.

13.3.2 As intervenções de implantação do Sistema de VLT serão recebidas

pelo Poder Concedente, conforme Plano de Testes. E, ainda:

(i) O Poder Concedente rejeitará, no todo ou em parte, a intervenção

executada em desconformidade com as cláusulas deste Contrato, com

os Projetos, com as normas técnicas aplicáveis, de forma justificada e

fundamentada.

(ii) Com relação à aquisição do material rodante e dos sistemas

necessários à prestação dos Serviços por meio do Sistema de VLT, a

Concessionária deverá respeitar integralmente os termos e condições

do Plano de Trabalho.

13.3.3 O recebimento provisório ou final das obras, bens e serviços não

exclui a responsabilidade exclusiva da Concessionária, sobretudo

com relação a suas condições de segurança ou de qualidade, e

tampouco exime ou diminui a sua responsabilidade pelo

cumprimento das obrigações assumidas neste Contrato.

13.3.4 O Poder Concedente expedirá, no curso da Implantação da

Infraestrutura, termos de recebimento parciais, os quais atestarão o

cumprimento das obrigações da Concessionária relativas a cada

etapa da Implantação da Infraestrutura, conforme o Anexo 5 deste

Contrato - Marcos Contratuais para os Desembolsos dos Aportes

Públicos, sem prejuízo de expedição do Termo de Vistoria Final, por

ocasião da conclusão substancial de todo o Sistema de VLT.

13.3.5 A conclusão do Sistema de VLT dar-se-á com a conclusão estrutural

e operacional de referido sistema, devendo este ter sido colocado

em condições de funcionamento, solidez e segurança, excluindo-se

itens e atividades secundários que não afetem a prestação segura

dos Serviços pelo Sistema de VLT, os quais deverão ser saneados

em prazo a ser estabelecido entre as Partes.

13.3.6 Os termos de recebimento parciais serão emitidos pelo Poder

Concedente mediante provocação da Concessionária, uma vez

concluída a etapa correspondente da Implantação da Infraestrutura,

de acordo com o cronograma de desembolso dos Aportes Públicos

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contemplados no Anexo 5 deste Contrato - Marcos Contratuais para

os Desembolsos dos Aportes Públicos.

13.3.7 Na hipótese de o Poder Concedente constatar que não há condições

de recebimento parcial, de acordo com o estabelecido no Anexo 3 do

Edital – Elementos do Projeto Básico, o Poder concedente notificará

a Concessionária, indicando as exigências a serem cumpridas e

determinando o prazo para a realização das correções.

13.3.8 Se as condições de operação não forem atingidas de maneira

satisfatória por causa imputável exclusivamente ao Poder

Concedente ou à CMTC, a Concessionária poderá solicitar a

recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do Contrato,

ficando, ainda, vedada a aplicação de quaisquer penalidades por

descumprimento contratual decorrentes deste fato, observada a

alocação de riscos deste Contrato.

13.3.9 A falta de inspeção pelo Poder Concedente no prazo de 30 (trinta)

dias contados da solicitação de inspeção pela Concessionária

acarretará a aprovação automática das parcelas realizadas e o

consequente direito da Concessionária a todas as consequências

aplicáveis.

14 Declarações

14.1 A Concessionária declara que obteve, por si ou por terceiros, todas as

informações necessárias para o cumprimento de suas obrigações

contratuais.

14.2 A Concessionária não será de qualquer maneira liberada de suas

obrigações contratuais, tampouco terá direito a ser indenizada pelo Poder

Concedente, em razão de qualquer informação incorreta ou insuficiente

obtida por qualquer meio que não seja o Poder Concedente ou a CMTC,

reconhecendo que era sua a incumbência de fazer seus próprios

levantamentos para verificar a adequação e a precisão de qualquer

informação que lhe foi fornecida.

15 Garantia de Execução do Contrato

15.1 A Concessionária deverá manter, a partir da ocorrência das Condições de

Eficácia do Contrato, em favor do Poder Concedente, a fim de assegurar

o cumprimento das obrigações contratuais, garantia nos montantes

indicados na tabela abaixo (“Garantia de Execução do Contrato”):

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Marco Valor

até o início das Operações

Comerciais

R$65.000.000,00 (sessenta e cinco milhões de

reais)

entre o início das Operações

Comerciais e até o 23º ano de

vigência do Contrato

R$25.000,000,00 (vinte e cinco milhões de reais)

entre o 24º e o 35º anos de

vigência do Contrato

R$5.000.000,00 (cinco milhões de reais)

15.1.1 Os anos do Contrato indicados na tabela acima são contados a partir

da ocorrência das Condições de Eficácia do Contrato.

15.1.2 A Garantia de Execução do Contrato será reajustada, anualmente,

nos termos do Anexo 6 do Contrato – Reajustes e Cálculos das

Contraprestações Públicas Mensais de Amortização Fixa e Variável

e Penalidades.

15.2 A Concessionária permanecerá responsável pelo cumprimento das

obrigações contratuais, incluindo o pagamento de eventuais multas e

indenizações, independentemente da utilização pelo Poder Concedente

da Garantia de Execução do Contrato.

15.3 A Garantia de Execução do Contrato, a critério da Concessionária,

poderá ser prestada em uma das seguintes modalidades:

15.3.1 caução em dinheiro, em moeda nacional (Real), depositada em

conta a ser indicada pelo Poder Concedente;

15.3.2 títulos da dívida pública, devendo estes terem sido emitidos sob a

forma escritural e regularmente registrados em sistema centralizado

de liquidação e custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e

avaliados pelos seus valores econômicos, acompanhados de

comprovante da validade atual dos respectivos títulos, quanto ao seu

valor e liquidez;

15.3.3 fiança bancária, que deverá ser emitida por instituição financeira

autorizada a funcionar no Brasil, na forma do modelo que integra o

Anexo 8 do Edital - Modelo de Carta de Fiança; ou

15.3.4 seguro-garantia, que deverá ser emitido por companhia seguradora

autorizada a funcionar no Brasil, cuja apólice deve observar, no

mínimo, o conteúdo do Anexo 7 do Edital - Modelo de Seguro

Garantia.

15.4 As cartas de fiança bancária e as apólices de seguro-garantia deverão ter

vigência mínima de 1 (um) ano a contar da data do início do Prazo da

Concessão, sendo de inteira responsabilidade da Concessionária mantê-

las em plena vigência e de forma ininterrupta durante todo o Prazo da

Concessão, devendo para tanto promover as renovações e atualizações

que forem necessárias.

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15.4.1 Qualquer modificação no conteúdo da carta de fiança bancária ou da

apólice do seguro-garantia deve ser previamente submetida à

aprovação do Poder Concedente.

15.4.2 A Concessionária deverá encaminhar ao Poder Concedente, na

forma da regulamentação vigente, documento comprobatório de que

as cartas de fiança bancária ou apólices dos seguros-garantia foram

renovadas e tiveram seus valores reajustados na forma da

subcláusula 15.1.2.

15.5 Sem prejuízo das demais hipóteses previstas neste Contrato, a Garantia

de Execução do Contrato poderá ser utilizada nos seguintes casos:

15.5.1 quando a Concessionária injustificadamente não realizar as

obrigações de investimentos previstas neste Contrato ou as

intervenções necessárias ao atendimento dos Parâmetros de

Desempenho, ou executá-las em desconformidade com o

estabelecido, e não atender a solicitação do Poder Concedente de

executá-las ou sanear as desconformidades, conforme seja o caso,

no prazo compatível com tal obrigação;

15.5.2 quando a Concessionária não proceder ao pagamento das multas

que lhe forem aplicadas, na forma do Contrato;

15.5.3 nos casos de devolução de Bens Reversíveis em desconformidade

com as exigências estabelecidas no Contrato; ou

15.5.4 quando a Concessionária não efetuar no prazo devido o pagamento

da verba de fiscalização, conforme previsto na cláusula 18, bem

como de quaisquer outras indenizações ou obrigações pecuniárias

de responsabilidade da Concessionária, relacionadas à Concessão.

15.6 A Garantia de Execução do Contrato também poderá ser executada

sempre que a Concessionária não adotar providências para sanar

inadimplemento de obrigação legal, contratual ou regulamentar, desde

que mediante devido processo administrativo prévio, com garantia do

contraditório e da ampla defesa perante o Poder Concedente, por

possível indicação da CMTC , na forma deste Contrato.

15.7 Em qualquer caso, antes da execução da Garantia de Execução do

Contrato, o Poder Concedente notificará por escrito a Concessionária

indicando as razões e os fundamentos pelos quais tem a intenção de

iniciar o procedimento de executar a referida garantia, conferindo-lhe o

prazo de 30 (trinta) dias para providenciar a correção do fato que deu

causa à notificação.

15.8 O prazo referido na subcláusula anterior poderá, mediante solicitação por

escrito da Concessionária, ser prorrogado por uma única vez, conforme a

complexidade do evento a ser saneado.

15.9 Sempre que o Poder Concedente utilizar a Garantia de Execução do

Contrato, a Concessionária deverá proceder à reposição do seu

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montante integral, no prazo de 10 (dez) dias úteis a contar da data de

sua utilização, sendo que, durante este prazo, a Concessionária não

estará eximida das responsabilidades que lhe são atribuídas pelo

Contrato

15.10 O capital social subscrito da Concessionária deverá ser, no mínimo,

correspondente a 5% (cinco por cento) do Valor Estimado do

Investimento Total, incluído o valor do Aporte Público, e sua

integralização deverá ser, na data da assinatura do contrato, de no

mínimo 5% (cinco por cento) em moeda corrente nacional, sendo que os

95% (noventa e cinco por cento) restantes deverão ser integralizados pari

passu com os investimentos a serem realizados, conforme definido no

Anexo 5 deste Contrato - Marcos Contratuais para os Desembolsos dos

Aportes Públicos.

15.11 A Concessionária não poderá, durante o Prazo da Concessão, reduzir o

seu capital social para valor abaixo daquele especificado na subcláusula

anterior.

15.12 O exercício social da Concessionária e o exercício financeiro do Contrato

coincidirão com o ano civil.

15.13 A Garantia de Execução Contratual deverá ser liberada após a integral

execução de todas as obrigações contratuais, comprovadas mediante o

termo de recebimento definitivo da Concessão a ser lavrado por ocasião

do término da Concessão.

16 Direitos dos Usuários

16.1 Sem prejuízo de outros direitos e obrigações previstos em lei,

regulamentos baixados pela CDTC e em outros diplomas legais e

normativos aplicáveis, são direitos dos usuários dos Serviços:

(i) obter e utilizar os Serviços relacionados à Concessão, observadas as normas

da CDTC;

(ii) receber do Poder Concedente, da CMTC e da Concessionária informações

para o uso correto do serviço prestado pela Concessionária e para a defesa de

interesses individuais ou coletivos;

(iii) levar ao conhecimento do Poder Concedente, da CMTC e da Concessionária

as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço

prestado; e

(iv) comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos ou irregularidades

praticados pela Concessionária na prestação do serviço.

16.2 Sem prejuízo do disposto na subcláusula 3.2 deste instrumento, a

Concessionária obriga-se a manter, durante todo o Prazo da Concessão,

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em sua estrutura organizacional, um setor para cuidar exclusivamente

das relações com os usuários do Sistema de VLT.

17 Prestação de Informações

17.1 No Prazo da Concessão e sem prejuízo das demais obrigações de

prestar as informações estabelecidas no Contrato ou na legislação e

regulamentação aplicáveis, a Concessionária deverá:

17.1.1 dar conhecimento imediato ao Poder Concedente e à CMTC de todo

e qualquer fato que altere de modo relevante o normal

desenvolvimento da Concessão, apresentando, por escrito e no

prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar da ocorrência, relatório

detalhado sobre esse fato, incluindo, se for o caso, pareceres

técnicos, com as medidas tomadas para sanar o problema;

17.1.2 apresentar ao Poder Concedente, à CMTC, no prazo de até 10 (dez)

dias úteis, informações adicionais ou complementares que estes

venham formalmente a solicitar;

17.1.3 apresentar ao Poder Concedente e à CMTC , anualmente, relatório

com informações detalhadas sobre:

(i) as estatísticas de volume de passageiros transportados, atrasos

de viagens e acidentes, com análise de pontos críticos e medidas

saneadoras implementadas ou a serem implementadas;

(ii) o estado de conservação do Sistema de VLT;

(iii) relatório com o diagnóstico dos impactos gerados pelo Sistema de

VLT ao longo do Eixo Anhanguera;

(iv) o desempenho de suas atividades, especificando, dentre outros, a

prestação dos serviços relacionados ao objeto do Contrato, os

resultados da exploração do Sistema de VLT, bem como a

programação e execução financeira; e

(v) os Bens da Concessão, incluindo descrição dos seus estados e

valores;

17.1.4 apresentar à CMTC, trimestralmente, suas demonstrações

financeiras completas correspondentes ao trimestre anterior;

17.1.5 apresentar à CMTC, em até 5 (cinco) dias após a data limite para

realização da assembleia geral ordinária, as demonstrações

financeiras completas, devidamente auditadas por empresa de

auditoria independente, de acordo com as normas de contabilidade

brasileiras e/ou regulamentação da CMTC, com destaque para as

seguintes informações, relativas ao exercício encerrado em 31 de

dezembro do ano anterior:

(i) operações com Partes Relacionadas;

(ii) depreciação e amortização de ativos;

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(iii) provisão para contingências (cíveis, trabalhistas, fiscais,

ambientais ou administrativas);

(iv) relatório da administração;

(v) parecer dos auditores externos e, se houver, do conselho fiscal;

(vi) declaração da Concessionária contendo o valor do seu capital

social integralizado e as alterações na sua composição societária.

17.1.6 manter cadastro atualizado dos responsáveis técnicos pelos

Projetos, investimentos realizados na implantação do Sistema de

VLT e os serviços prestados durante o Prazo da Concessão,

conforme aplicável, de acordo com o respectivo cronograma de

implantação do Sistema de VLT.

17.2 As vias originais dos relatórios previstos nesta Cláusula, após analisadas

e aprovadas pela CMTC e/ou pelo Poder Concedente, serão arquivadas

na sede da Concessionária, que deverá mantê-las em arquivo por um

prazo mínimo de 5 (cinco) anos.

17.3 A CMTC e o Poder Concedente deverão dar ciência um ao outro de

todas as informações, incluindo relatórios e documentos, recebidas nos

termos desta Cláusula 17.

17.4 A Concessionária deverá obedecer às boas práticas de governança

corporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras

padronizadas.

18 Fiscalização

18.1 Os poderes de fiscalização da execução do Contrato serão exercidos: (i)

pelo Poder Concedente até o início das Operações Comerciais do

Sistema de VLT; e (ii) pela CMTC, após o início das Operações

Comerciais, a qual terá, no exercício de suas atribuições, livre acesso,

em qualquer época, aos dados relativos à administração, à contabilidade

e aos recursos técnicos, econômicos e financeiros da Concessionária,

assim como aos Bens da Concessão, nos termos deste Contrato.

18.2 Os órgãos de fiscalização e controle da CMTC são responsáveis pela

supervisão, pela inspeção e pela auditoria do Contrato, bem como pela

avaliação do desempenho da Concessionária, que poderão ser

realizadas a qualquer tempo, inclusive por solicitação do Poder

Concedente, desde que previamente informado à Concessionária.

18.3 As determinações que vierem a ser emitidas no âmbito das fiscalizações

previstas serão aplicáveis e vincularão a Concessionária, após o

esgotamento de todos os recursos cabíveis.

18.4 A fiscalização da CMTC anotará em termo próprio para o registro as

ocorrências apuradas nas fiscalizações, encaminhando-o formalmente à

Concessionária para regularização das faltas ou dos defeitos verificados.

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18.4.1 A não regularização das faltas ou dos defeitos indicados no termo

próprio para o registro de ocorrências, nos prazos regulamentares,

configura infração contratual e ensejará a lavratura de auto de

infração, que será enviado para ciência do Poder Concedente, sem

prejuízo da possível redução da Contraprestação Pública Mensal de

Amortização Variável eventualmente devida em razão do

descumprimento dos indicadores, avaliados na forma do Anexo 08

do Contrato – Quadro de Indicadores de Desempenho.

18.4.2 A violação pela Concessionária de preceito legal, contratual ou de

determinação da CMTC implicará na lavratura do auto de infração,

na forma regulamentar, devendo o mesmo ser, formalmente, levado

a conhecimento do Poder Concedente.

18.5 A Concessionária será obrigada a reparar, corrigir, remover, reconstruir

ou substituir, às suas expensas, intervenções e serviços pertinentes à

Concessão em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções

resultantes de falhas de execução ou de deficiência de materiais

empregados em relação ao disposto no Projeto, no prazo que for

razoavelmente fixado pelo Poder Concedente de acordo com a

complexidade do tema.

18.5.1 O Poder Concedente, através do Grupo Executivo, poderá exigir que

a Concessionária apresente um plano de ação visando reparar,

corrigir, remover, reconstruir ou substituir qualquer obra ou serviço

prestado de maneira viciada, defeituosa ou incorreta pertinente à

Concessão, em prazo a ser estabelecido pelo Grupo Executivo.

18.6 A CMTC e AGR em conjunto realizarão, até 1 (um) ano antes do

encerramento do Prazo da Concessão, uma fiscalização detalhada e

específica para:

18.6.1 avaliar a condição dos Bens Reversíveis, inclusive em relação ao

cumprimento dos Parâmetros de Desempenho, os quais deverão,

desde que mantido o plano de manutenção aplicável, estar em

condições adequadas de conservação e funcionamento que

permitam a continuidade da operação do Sistema de VLT, pelo prazo

mínimo adicional de 02 (dois) anos, salvo os casos de desgaste

normal decorrente de uso ou em que as respectivas vidas úteis

sejam menores; e

18.7 avaliar a condição do Sistema de VLT, a fim de determinar se os

Parâmetros de Desempenho permanecerão mantidos após o término da

Concessão, conforme subcláusula 18.6.1 acima. Recebidas as

notificações expedidas pela CMTC, a Concessionária poderá exercer o

direito de defesa e contraditório na forma da regulamentação vigente.

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18.8 A Concessionária deverá recolher à CMTC, ao longo de todo o Prazo da

Concessão, a denominada Parcela do Poder Concedente – PPC, para o

custeio, dentre outros, dos serviços de fiscalização.

18.8.1 O valor mensal da Parcela do Poder Concedente - PPC será 1% (um

por cento), tendo como data base Abril/2012.

18.8.2 Não serão considerados, para efeito do cálculo mensal do valor da

PPC, os valores recebidos pela Concessionária a título de

Contraprestação Pública Mensal de Amortização Variável, de

Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa ou de Receitas

Extraordinárias.

18.8.3 A PPC deverá se recolhida à conta da CMTC, mensalmente, até o

quinto (5º) dia útil do mês subsequente ao vencido.

18.8.4 É vedada, ao longo de todo o período do Contrato, a utilização da

PPC para qualquer tipo de compensação em reajustes ou revisões

do Contrato sem a prévia e expressa autorização do Poder

Concedente.

19 Vistoria dos Trabalhos, Período de Testes e Início das Operações Comerciais

19.1 Após a Data de Assunção, com periodicidade trimestral e em momento

prévia e formalmente acordado com a Concessionária, o Poder

Concedente e a CMTC realizarão vistorias nos canteiros e instalações

nas quais sejam desenvolvidas as intervenções de Implantação da

Infraestrutura, com a finalidade de conferir a consistência do andamento

dos referidos trabalhos com os cronogramas constantes deste Contrato.

19.2 Concluídos os Investimentos de Implantação, a Concessionária deverá

encaminhar ao Poder Concedente e à CMTC solicitação de autorização

para início do Período de Testes e posterior início da Operação

Comercial.

19.2.1 O Período de Testes terá duração mínima de 15 (quinze) e máxima

de 45 (quarenta e cinco) dias, lapso temporal durante o qual ocorrerá

a Operação Branca, que deverá comprovar a capacidade do Sistema

de VLT de iniciar as Operações Comerciais, conforme Plano de

Testes.

19.2.2 Em até 30 dias a contar da data de recebimento da solicitação de

autorização prevista na cláusula 19.2, o Poder Concedente e a

CMTC deverão realizar a Vistoria Final dos Investimentos de

Implantação para fins de emissão do Termo de Vistoria Final.

19.2.3 No caso de o resultado da Vistoria Final indicar que a fase foi

concluída de acordo com o estabelecido neste Contrato e o

montante do Capital Social referido na subcláusula 15.10 ter sido

totalmente integralizado, a CMTC expedirá, com anuência do Poder

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Concedente, o Termo de Vistoria Final e a autorização para o início

da Operação Comercial, evento que demarcará a aceitação do

Sistema de VLT pelo Poder Concedente.

19.2.4 Na hipótese de a vistoria indicar que a fase não foi concluída de

acordo com o estabelecido neste Contrato e/ou apresentou vícios,

defeitos ou incorreções que impeçam a operação segura do Sistema

de VLT, a CMTC notificará a Concessionária, indicando as

exigências a serem cumpridas, sem prejuízo do disposto na

subcláusula 25.2.

19.2.5 Se as condições para emissão do Termo de Vistoria Final não forem

atingidas por causa imputável direta e exclusivamente ao Poder

Concedente ou qualquer Autoridade Governamental ou a realização

dos testes não for efetuada no prazo máximo previsto acima por

motivos não imputáveis à Concessionária, esta poderá requerer

reequilíbrio econômico financeiro do Contrato, observada a alocação

de riscos deste Contrato.

19.3 O início das Operações Comerciais deverá ocorrer em até 24 (vinte e

quatro) meses contados da Data de Assunção, podendo ser antecipado

pela Concessionária mediante aprovação da CMTC, com anuência

expressa e por escrito do Poder Concedente, e marcará o início da

substituição gradual do Serviço de Transporte Viário de Passageiros pelo

Sistema de VLT até que a totalidade do material rodante adquirido pela

Concessionária tenha sido devidamente entregue.

19.4 A emissão do Termo de Vistoria Final não poderá ser injustificadamente

negada ou atrasada. A autorização formal para início da Operação

Comercial equivalerá, para todos os fins de direito, à emissão do Termo

de Vistoria Final do Sistema de VLT.

20 Valor do Contrato, Aportes Públicos e Remuneração

20.1 Valor do Contrato

20.1.1 O Valor Estimado do Contrato é de R$3.782.000.000,00 (três

bilhões, setecentos e oitenta e dois milhões de reais), tendo como

referência a data de entrega da Proposta Econômica, que

corresponde ao somatório das receitas tarifárias totais projetadas

provenientes da exploração da Concessão, a preços constantes, e

das Contraprestações Públicas de Amortização Variável.

20.1.2 O valor contemplado na subcláusula acima tem efeito meramente

indicativo, não podendo ser utilizado por nenhuma das Partes para

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pleitear a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do

Contrato.

20.2 Remuneração e Repartição de Tarifas

20.2.1 A Concessionária será remunerada mediante:

(i) cobrança da Tarifa;

(ii) recebimento da Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa;

(iii) recebimento da Contraprestação Pública Mensal de Amortização Variável;

e

(iv) outras fontes de receitas, nos termos deste Contrato.

20.2.2 As principais receitas da Concessionária advirão do recebimento da

Tarifa, da Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa e da

Contraprestação Pública Mensal de Amortização Variável, sendo, no

entanto, facultado à Concessionária explorar outras fontes de

Receitas Extraordinárias, nos termos estabelecidos neste Contrato e

na regulamentação do Poder Concedente, exceto aquelas advindas

de ganhos ambientais ou comercialização de crédito de carbono ou

Redução Certificada de Emissões - RCE.

20.2.3 A Tarifa obedecerá aos valores determinados pela CDTC para todos

os serviços de transporte público coletivo de passageiros da Região

Metropolitana de Goiânia, inclusive no que se refere aos

mecanismos de reajuste e revisão.

20.2.3.1 Tendo-se em conta que os custos operacionais do VLT são

distintos dos custos operacionais do sistema de ônibus das demais

linhas da RMTC, em caso de revisão ou reajuste das tarifas

aplicáveis à RMTC, deverá ser mantido o equilíbrio econômico-

financeiro do Contrato através da contrapartida pecuniária paga pelo

Estado, para mais ou para menos, conforme planilhas tarifárias

específicas para o Sistema de VLT, aprovadas pela CMTC e AGR

em conjunto.

20.2.4 Dada a característica de linha tronco exercida pela linha Eixo

Anhanguera, e em face da integração físico-tarifária no Eixo

Anhanguera de dezenas de linhas alimentadoras, inclusive linhas

semiurbanas, a repartição de tarifas entre a Concessionária e as

demais concessionárias da RMTC observará as regras atualmente

estabelecidas, conforme descrição a seguir, por tipo de situação de

embarque dos passageiros.

(i) Passageiros que embarcam nas estações de embarque e

desembarque do Eixo Anhanguera e que são registrados nos

validadores e catracas dessas estações: será considerada a

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37

totalidade da arrecadação tarifária dessas estações para a

composição das receitas da Concessionária.

(ii) Passageiros que embarcam no Eixo Anhanguera por meio dos

terminais de integração dessa linha, provenientes de outras

linhas, e que não são registrados em validadores e catracas

desses terminais: esses passageiros não serão considerados na

composição das receitas tarifárias da Concessionária.

(iii) Passageiros que embarcam nos terminais de integração do Eixo

Anhanguera e que acessam o terminal mediante passagem

pelos validadores e catracas de solo desses terminais: será

considerada na composição da receita da Concessionária a

quota-parte de 50% (cinquenta por cento) da arrecadação

tarifária de cada um desses terminais.

(iv) Passageiros de linhas semiurbanas, de municípios não conurbados

a Goiânia, que se utilizam do Eixo Anhanguera mediante

integração física nos terminais de integração: não serão

considerados na composição da arrecadação tarifária da

Concessionária, em observância aos termos da Lei nº 15.047, de

29 de dezembro de 2004 em seu texto atual, que disciplina essa

modalidade de integração de linhas e repartição de tarifas.

20.3 Início da Cobrança

20.3.1 Com o início das Operações Comerciais, a Concessionária fará jus à

totalidade da Remuneração da Concessionária.

20.4 Aportes Públicos

20.4.1 Os Aportes Públicos devidos pelo Poder Concedente serão pagos de

acordo com o cronograma do Anexo 5 do Contrato – Marcos

Contratuais para Desembolsos dos Aportes Públicos.

20.4.2 Em caso de controvérsia acerca da realização dos marcos fixados

para desembolso das parcelas dos Aportes Públicos, deverão as

partes se submeter à decisão do Perito Independente, de acordo

com a subcláusula 41.1, a qual deverá ser expressa dentro do prazo

máximo de 30 (trinta) dias contados da convocação do Perito

Independente.

20.4.3 O atraso ou a falta de desembolso dos valores referentes aos

Aportes Públicos por prazo superior a 90 (noventa) dias, de acordo

com o cronograma previsto neste Contrato, ensejará a faculdade da

Concessionária de suspender as atividades de Implantação da

Infraestrutura.

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38

20.4.4 No caso de descumprimento, pelo Poder Concedente, da obrigação

de realizar os desembolsos das parcelas dos Aportes Públicos, a

Concessionária fará jus a uma revisão do equilíbrio econômico-

financeiro do Contrato, de acordo com os impactos decorrentes do

descumprimento em questão, assim como ao valor do débito será

acrescido de multa não compensatória de 2% (dois por cento) sobre

o montante inadimplido e mais juros segundo a taxa SELIC -

Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, em vigor.

20.5 Fonte de Recursos para pagamento dos Aportes Públicos

20.5.1 Os recursos necessários para o pagamento dos Aportes Públicos

serão provenientes das fontes descritas no Anexo 4 do Contrato–

Fontes de Recursos para Aportes Públicos e serão desembolsados

de acordo com a sistemática lá prevista.

20.6 Contraprestações Públicas Mensais

20.6.1 A Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa será paga

pelo Poder Concedente em 240 (duzentas e quarenta) prestações

mensais e sucessivas, a partir do início das Operações Comerciais,

com valor de R$....... (.............)________.

20.6.1.1 A Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa

destina-se à amortização dos recursos investidos pela

Concessionária na implantação do Sistema de VLT e na

prestação dos Serviços, sendo devida em qualquer caso e não

sendo passível de reduções pelo Poder Concedente em função

do desempenho da Concessionária no cumprimento de suas

obrigações previstas neste Contrato.

(i) Os valores da Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa

serão reajustados anualmente pelo IPCA do IBGE e de acordo com os

parâmetros fixados no Anexo 6 - Reajustes e Cálculos das

Contraprestações Públicas Mensais de Amortização Fixa e Variável e

Penalidades.

20.6.2 A Contraprestação Pública Mensal de Amortização Variável será

paga pelo Poder Concedente em prestações mensais e sucessivas a

partir do início das Operações Comerciais até o término da vigência

deste Contrato, com valor básico de R$417.000,00 (quatrocentos e

dezessete mil reais).

20.6.2.1 Os valores da Contraprestação Pública Mensal de Amortização

Variável variarão e serão reajustados de acordo com a

metodologia constante do Anexo 6 - Reajustes e Cálculos das

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Contraprestações Públicas Mensais de Amortização Fixa e

Variável e Penalidades.

20.6.3 Os valores reajustados das Contraprestações Públicas Mensais

poderão ser aplicados diretamente pela Concessionária, sem a

necessidade de homologação pelo Poder Concedente, ou pela

CDTC, ou por qualquer outro órgão ou entidade.

20.6.4 No caso de inadimplemento do pagamento da Contraprestação

Pública Mensal de Amortização Fixa ou da Contraprestação Pública

Mensal de Amortização Variável à Concessionária, será aplicável o

seguinte:

(i) o débito será acrescido de multa não compensatória de 2% (dois

por cento) sobre o montante inadimplido e juros segundo a taxa

em vigor para a mora de pagamento de impostos devidos à

Fazenda Estadual; e

(ii) no caso de atraso superior a 90 (noventa) dias, será conferida à

Concessionária a faculdade de executar a Garantia prestada pelo

Poder Concedente na forma deste Contrato, sem prejuízo do

direito à rescisão do Contrato.

20.6.5 Em conformidade com o disposto no inciso II do § 2º do artigo 5º da

Lei 11.079/2004, o Poder Concedente poderá emitir empenhos de

despesa e realizar o pagamento da Contraprestação Pública Mensal

de Amortização Fixa diretamente aos Financiadores, no caso de

recebimento de notificação destes determinando a alteração da

conta bancária à qual deverá ser creditado o valor da

Contraprestação Pública Mensal de Amortização Fixa.

20.7 Revisão Ordinária das Contraprestações Públicas Mensais

20.7.1 A revisão da Contraprestação Pública Mensal de Amortização

Variável será realizada ordinariamente a cada 4 (quatro) anos

contados do início das Operações Comerciais, com o objetivo de

aferir a preservação do equilíbrio econômico-financeiro do Contrato.

21 Tarifa e Política Tarifária Integrada com a RMTC

21.1 Para os fins e efeitos deste Contrato, a Tarifa corresponde ao preço que

os usuários devem pagar para custear parcela dos serviços de transporte

público e terem acesso ao uso da RMTC.

21.1.1 As receitas provenientes do pagamento das Tarifas serão

arrecadadas diretamente pela Concessionária, observada a política

tarifária definida pela CDTC.

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21.2 O valor da Tarifa é aquele fixado pela CDTC para todos os serviços da

RMTC, inclusive no que se refere a reajuste e revisão, observado o

disposto na subcláusula 20.2.3 deste Contrato.

21.2.1 Estendem-se para este Contrato, sem emendas ou ressalvas, as

regras e condições de reajuste e revisão da Tarifa consignadas nos

contratos de concessão celebrados pela CMTC com das demais

concessionárias da RMTC na data de 25 de março de 2008.

21.3 Todas as questões relacionadas à definição, ao reajuste e à revisão do

valor da Tarifa estão descritas no Anexo 6 deste Contrato - Reajustes e

Cálculos das Contraprestações Públicas Mensais de Amortização Fixa e

Variável e Penalidades.

22 Sistema de Arrecadação de Tarifas Integrado com a RMTC

22.1 A cobrança das tarifas na RMTC, na qual será incluído o Sistema de VLT,

é realizada de modo automatizado e universalizado, na forma do Sistema

de Bilhetagem Eletrônica existente, descrito no Anexo 3.7 do Edital –

Sistema de Bilhetagem Eletrônica.

22.2 Os procedimentos de provimento, manutenção e conservação, o custeio

e todos os demais aspectos relacionados com a gestão do Sistema de

Bilhetagem Eletrônica serão objeto de livre ajuste entre a Concessionária

e o sindicato que representa a categoria econômica das concessionárias

da RMTC, observada anuência da CMTC.

22.3 Compete ao gestor do Sistema de Bilhetagem Eletrônica:

22.3.1 emitir, distribuir e comercializar nas bilheterias existentes em todas

as instalações nos terminais de integração e estações de embarque

e desembarque ao longo do Eixo Anhanguera, os créditos de

viagens, nas mídias “bilhete magnético” e “cartão eletrônico”, ou

outro meio que vier a substituí-los;

22.3.2 conservar, manter e dar suporte técnico a todo o parque de

equipamentos e a todo o conjunto de sistemas que integram o

Sistema de Bilhetagem Eletrônica, abrangendo os componentes que

equipam os acessos aos terminais de integração, estações de

embarque e desembarque, e, quando for o caso, aos veículos;

22.3.3 operar e manter o back-office do sistema, que abrange toda a

infraestrutura de informática, telecomunicações, processamento,

armazenamento e segurança de dados do sistema.

22.4 A Concessionária, em relação ao Sistema de Bilhetagem Eletrônica,

responsabilizar-se-á por:

22.4.1 prover os equipamentos (“hardware”), exceto os validadores de

bilhetes e cartões, e sistemas (“software”) que equipam o material

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rodante, o pátio, os terminais de integração e as estações de

embarque e desembarque;

22.4.2 prover os bloqueios e/ou as catracas eletromecânicas necessárias

aos locais de acesso dos passageiros ao material rodante, aos

terminais de integração e estações de embarque e desembarque do

Eixo Anhanguera, para interligação destes bloqueios e/ou catracas

com os equipamentos validadores de bilhetes e cartões, observadas

as especificações técnicas do Sistema de Bilhetagem Eletrônica

descritas no Anexo 3.7 do Edital – Sistema de Bilhetagem Eletrônica;

22.4.3 controlar o acesso dos passageiros no material rodante, terminais de

integração e estações de embarque e desembarque do Eixo

Anhanguera;

22.4.4 realizar a descarga diária dos dados armazenados nos validadores

de bilhetes e cartões, e a transmissão diária e automática destes

dados para o clearing do Sistema de Bilhetagem Eletrônica e para a

central de dados da CMTC, que ficará disponível a qualquer

interessado;

22.4.5 emitir e apresentar a Fatura Diária de Serviços ao sindicato que

representa a categoria econômica das concessionárias para fins de

liquidação e recebimento;

22.4.6 contribuir, da mesma forma e nas mesmas condições adotadas para

as demais concessionárias da RMTC, para o custeio do Sistema de

Bilhetagem Eletrônica, na forma do Anexo 3.7 do Edital –Sistema de

Bilhetagem Eletrônica.

22.5 A remissão dos créditos de viagens (Tarifas), em proveito da

Concessionária, relativos aos passageiros por ela transportados, será

feita diariamente pelo sindicato que representa a categoria econômica

das concessionárias da RMTC, por meio da liquidação e pagamento das

Faturas Diárias de Serviços emitidas pela Concessionária através do

clearing do Sistema de Bilhetagem Eletrônica.

22.5.1. Na remissão diária dos créditos para a Concessionária será observado

o modelo de repartição de tarifas consignado na subcláusula 20.2.4

deste Contrato.

22.5.2. O prazo de pagamento das Faturas Diárias de Serviços é de “D+1”, ou

seja, a data de apresentação da fatura perante a tesouraria do sindicato

acrescida de 1 (um) dia útil.

22.6 O controle público sobre a receita tarifária de todas as concessionárias é

feito por meio da central de dados da CMTC, que é alimentada pelo

clearing do Sistema de Bilhetagem Eletrônica e concentradores de dados

das concessionárias da RMTC.

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23 Receitas Extraordinárias

23.1 A exploração de Receitas Extraordinárias pela Concessionária deverá ser

por esta previamente comunicada por escrito ao Poder Concedente e

também à CMTC.

23.2 A exploração de Receitas Extraordinárias que não demande qualquer

investimento por parte da Concessionária deverá ser explorada

diretamente pela Concessionária sendo o faturamento bruto específico

resultante exclusivamente destas atividades empresariais, compartilhado

com o Poder Concedente na proporção de 10% (dez por cento) para

este, o que poderá ocorrer por meio de reduções das Contraprestações

Públicas.

23.3 Nas hipóteses em que a Concessionária venha a identificar a

possibilidade de explorar projetos associados e/ou outras atividades que

possam gerar Receitas Extraordinárias e demandem investimentos da

Concessionária ou de parceiros estratégicos da Concessionária, esta

deverá constituir uma nova empresa na forma de sua subsidiária integral

para explorar cada um dos referidos projetos e atividades.

23.4 O faturamento bruto auferido, individualmente, pelas sociedades

constituídas nos termos da subcláusula 23.3 acima serão compartilhados

com o Poder Concedente na proporção de 1% (um por cento) para este,

por meio da redução da Contraprestação Pública Mensal de Amortização

Variável na forma do Anexo 06 deste Contrato - Reajustes e Cálculos das

Contraprestações Públicas Mensais de Amortização Fixa e Variável e

Penalidades..

23.5 Sem qualquer prejuízo do disposto neste Contrato e observada a

sistemática da Cláusula 23.3, fica a Concessionária previamente

autorizada a explorar, da forma que melhor lhe convier, desde que em

condições comercialmente aceitáveis e vigentes no mercado, as Receitas

Extraordinárias advindas da exploração imobiliária das áreas das

Estações e Terminais do Sistema de VLT para fins de construção de

empreendimentos imobiliários, bem como da exploração dos espaços de

sua infraestrutura móvel e imóvel para fins publicitários, da exploração

comercial de postos de combustível, estacionamentos, desenvolvimento

imobiliário e incorporação de ativos como shoppings centers, hotéis,

salas comerciais e outros, desenvolvimento de comércio e lojas nas

Estações e Terminais do VLT, exploração de publicidade como outdoors,

painéis eletrônicos, cartazes e envelopamento dos trens, naming rights,

aluguel de espaços para eventos em geral, exploração ou aluguel de

mobiliário urbano nas Estações e Terminais de Integração do VLT,

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instalação e/ou locação de espaço para serviços de telecomunicações,

antenas, fibra óptica e dutos de um modo geral.

23.5.1 Para fins de exploração das receitas a que se refere o item 23.5, a

Concessionária não poderá solicitar a desapropriação das referidas

áreas.

23.5.2 A exploração imobiliária das áreas das estações e terminais do

Sistema de VLT para fins comerciais dependerá da conformidade de

referidas instalações com os Projetos, sendo que qualquer alteração

a ser realizada pela Concessionária para melhor adequação a

finalidades comerciais dependerá de prévia e expressa aprovação

do Poder Concedente, sendo vedada a realização de

desapropriação para fins de exploração de receitas acessórias.

23.5.3 Quando da extinção da Concessão, o Poder Concedente se sub-

rogará nos direitos da Concessionária decorrentes de todos os

contratos de exploração imobiliária das áreas das estações do

Sistema de VLT para fins comerciais que estejam vigentes.

24 Garantia do Poder Concedente

24.1 Como garantia do integral e pontual pagamento de todos os valores devidos a

título de Contraprestações Públicas Mensais, indenizações e demais obrigações

pecuniárias nos termos deste Contrato, o Poder Concedente, por este ato,

outorga à Concessionária como garantia a vinculação de recursos auferidos pelo

Estado de Goiás a título de royalties pela exploração de potenciais de energia

elétrica, nos termos da Lei nº. 7.990, de 28 de dezembro de 1989, em

conformidade com o disposto na Lei nº 17.842/2012, conforme alterada.

24.2 A vinculação de receitas mencionada na subcláusula 24.1 será efetivada de

acordo com o Contrato de Administração de Recursos celebrado entre o Poder

Concedente, a Concessionária, a Goiás Parcerias e o Agente de Pagamentos,

na forma do Anexo 7 do Contrato – Modelo de Contrato de Administração de

Recursos. O Contrato de Administração de Recursos não poderá ser alterado ou

extinto, em parte ou no todo, salvo conforme seus termos e condições ou por

meio de acordo expresso e escrito entre o Poder Concedente, a Goiás Parcerias

e a Concessionária.

24.3 A Garantia outorgada pelo Poder Concedente nos termos desta Cláusula 24

permanecerá em vigor durante todo o prazo de vigência deste Contrato, inclusive

independentemente de eventual extinção do Contrato, até a quitação de todas as

obrigações pecuniárias devidas pelo Poder Concedente, e não poderá ser

alterada ou extinta, em parte ou no todo, salvo se por meio de mútuo acordo

expresso e escrito entre o Poder Concedente e a Concessionária, com a

expressa aprovação dos Financiadores.

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24.4 As Partes desde já concordam que a Concessionária poderá ceder em favor dos

Financiadores todos os seus direitos decorrentes da Garantia do Poder

Concedente instituída nos termos desta Cláusula 24, conforme negócio jurídico

mais apropriado e respeitadas as condições de eficácia e validade previstas na

legislação aplicável.

24.5 O Poder Concedente obriga-se a substituir a Garantia constituída nos termos

desta Cláusula 24, em comum acordo expresso e escrito com a Concessionária

e desde que aceito pelos Financiadores, em caso de advento de qualquer

alteração legislativa ou outro evento que impeça, limite ou de qualquer forma

inviabilize a Garantia e/ou a estrutura contemplada nesta Cláusula e no Contrato

de Administração de Recursos.

25 Penalidades

25.1 O não cumprimento das cláusulas deste Contrato e seus Anexos, por fato

atribuível à Concessionária, ressalvados os casos de caso fortuito, força maior ou

fato do príncipe, o sistema de alocação de riscos contemplado neste Contrato, e

demais fatores excludentes de responsabilidade, ensejará, de acordo com a

gravidade do fato, e, sem prejuízo das responsabilidades civil e penal, a

aplicação das penalidades previstas neste Contrato.

25.2 No caso de inadimplemento parcial ou total das obrigações deste Contrato pela

Concessionária, o Poder Concedente poderá aplicar as penalidades indicadas

nas subcláusulas seguintes, nos termos da lei, sem prejuízo das consequências

de natureza civil e penal.

25.3 Se as condições para emissão do Termo de Vistoria Final não forem atingidas ou

a realização dos testes não for concluído por causa imputável à Concessionária,

o Poder Concedente, por indicação da CMTC , poderá cobrar compensação

financeira, por dia de atraso, no valor de R$100.000,00 (cem mil reais) entre o 1º

(primeiro) e o 30º (trigésimo) dia de atraso, e R$200.000,00 (duzentos mil reais)

a partir do 31º (trigésimo primeiro) dia de atraso, em qualquer caso até o valor

limite de R$65.000.000,00 (sessenta e cinco milhões de reais).

25.4 Pela inexecução parcial ou total deste Contrato ou desrespeito às normas

aplicáveis ao VLT Goiânia, após o início das Operações Comerciais, o Poder

Concedente poderá, garantidos o contraditório e a ampla defesa em sede de

processo administrativo próprio, aplicar à Concessionária as seguintes sanções:

(i) advertência, no caso de infrações leves;

(ii) multa pecuniária, por infração, nos valores de: (a) o valor equivalente a

até 0,02% (dois centésimos de percentual) da receita anual decorrente

das Tarifas, para o caso de infrações de média gravidade; (b) o valor

equivalente a até 0,2 % (dois décimos de percentual) da receita anual

decorrente das Tarifas, para o caso de infrações graves; e (c) o valor

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equivalente a até 1% (um por cento)da receita anual decorrente das

Tarifas, para o caso de infrações gravíssimas;

(iii) caducidade da Concessão Patrocinada;

(iv) suspensão temporária do direito de participação em licitações e

impedimento de contratar com a Administração Pública Estadual;

(v) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração

Pública, enquanto perdurarem os motivos determinantes desta punição e

até que seja promovida sua reabilitação perante a Administração Pública

Estadual, que será concedida sempre que a Concessionária ressarcir a

Administração pelos prejuízos resultantes;

(vi) rescisão contratual, na forma prevista neste Contrato.

25.5 Para garantir a razoabilidade e a proporcionalidade na aplicação das sanções, o

Poder Concedente observará:

25.5.1 a natureza e a gravidade da infração, sobretudo quanto à extensão

dos prejuízos causados pela Concessionária à prestação dos

serviços ora concedidos ou aos usuários destes;

25.5.2 as vantagens auferidas pela Concessionária em decorrência da

infração;

25.5.3 as circunstâncias atenuantes e agravantes;

25.5.4 a situação econômica e financeira da Concessionária, em especial a

sua capacidade de honrar compromissos financeiros, gerar receitas

e manter a execução do Contrato;

25.5.5 os antecedentes da Concessionária, inclusive eventuais

reincidências;

25.5.6 a proibição ao bis in idem, por meio da qual fica vedada a aplicação

conjunta de mais de uma penalidade ou compensação financeira em

relação a um mesmo fato.

25.6 A gradação das penalidades observará as seguintes escalas:

25.6.1 a infração será considerada leve quando decorrer de condutas

involuntárias, perfeitamente remediáveis ou escusáveis e que não

produzam qualquer benefício à Concessionária;

25.6.2 a infração terá gravidade média quando decorrer de conduta

voluntária, mas remediável, ou ainda efetuada pela primeira vez pela

Concessionária, sem a ela trazer qualquer benefício ou proveito.

25.6.3 a infração será considerada grave quando o Poder Concedente

constatar a presença de um dos seguintes fatores:

(i) ter a Concessionária agido com má-fé;

(ii) da infração decorrer benefício direto ou indireto para a Concessionária;

(iii) a Concessionária for reincidente na infração de gravidade média;

(iv) ter a Concessionária prejudicado, sem possibilidade de remediação, a

prestação dos Serviços; ou

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(v) ter a Concessionária causado prejuízo econômico significativo para o

Poder Concedente.

25.6.4 a infração será considerada gravíssima quando:

(i) o Poder Concedente constatar, diante das circunstâncias do serviço e do

ato praticado pela Concessionária, que seu comportamento reveste-se de

grande lesividade ao interesse público, por prejudicar a vida ou a

incolumidade física dos usuários, a saúde pública, o meio ambiente, o

erário público ou a continuidade dos serviços concedidos nos termos

deste Contrato; ou

(ii) a Concessionária não contratar ou não manter em vigor a Garantia de

Execução do Contrato ou os seguros exigidos no Contrato.

25.7 A aplicação das multas aludidas nas subcláusulas anteriores não impede que o

Poder Concedente declare a intervenção ou caducidade do Contrato,

observados os procedimentos nele previstos, ou aplique outras medidas nele

estabelecidas.

25.8 Após o encerramento definitivo do processo administrativo instaurado para tanto,

o Poder Concedente emitirá o documento de cobrança correspondente contra a

Concessionária, que deverá pagá-lo no prazo de até 15 (quinze) dias úteis

contados da data do recebimento da notificação.

25.8.1 Caso a Concessionária não pague o valor da multa no prazo

estabelecido na subcláusula 25.8, o Poder Concedente poderá

utilizar a Garantia de Execução do Contrato ou descontar o valor da

multa da Contraprestação Pública devida no mês imediatamente

posterior ao do vencimento daquele prazo.

25.8.2 A falta de pagamento da multa no prazo estabelecido na subcláusula

25.8 importará em (i) correção monetária pela variação do IPCA e

(iii) incidência de juros, segundo a taxa em vigor para a mora do

pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública Estadual.

25.9 O processo administrativo de aplicação de penalidades observará o disposto na

legislação vigente, incluindo as normas do Poder Concedente.

26 Alocação de Riscos

26.1 À exceção daqueles riscos que resultem expressamente deste Contrato, a

Concessionária é integral e exclusivamente responsável por todos os riscos

relacionados à Concessão, inclusive, mas sem limitação, pelos seguintes riscos:

26.1.1 com exceção da licença ambiental prévia emitida nos termos do

Anexo 10 do Edital, a Concessionária será responsável pela

obtenção das demais licenças, permissões e autorizações relativas à

Concessão;

26.1.2 custos excedentes relacionados às intervenções de implantação do

Sistema de VLT e aos Serviços objeto da Concessão;

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26.1.3 atraso no cumprimento dos cronogramas previstos neste Contrato ou

de outros prazos estabelecidos entre as Partes ao longo da vigência

do Contrato;

26.1.4 tecnologia empregada nas intervenções de implantação do Sistema

de VLT, bens e Serviços da Concessão;

26.1.5 perecimento, destruição, roubo, furto, perda ou quaisquer outros

tipos de danos causados aos Bens da Concessão, responsabilidade

que não é reduzida ou excluída em virtude da fiscalização da CMTC

e do Poder Concedente;

26.1.6 atraso na execução das intervenções da Implantação da

Infraestrutura ou interrupção na prestação dos Serviços decorrentes

de manifestações sociais e/ou públicas que perdurem pelo prazo de:

(i) até 5 (cinco) dias, sucessivos ou não, a cada período de 12

(doze) meses contados a partir da Data de Assunção, caso os

custos decorrentes de tais eventos não sejam objeto de

cobertura de seguros à época de sua ocorrência ou de sua

renovação, independentemente de a Concessionária tê-los

contratado; e

(ii) até 30(trinta) dias, sucessivos ou não, a cada período de 12

(doze) meses contados a partir da Data de Assunção, se os

custos decorrentes de tais eventos possam ser objeto de

seguros à época de sua ocorrência ou de sua renovação,

independentemente de a Concessionária tê-los contratado.

26.1.7 aumento do custo de capital, inclusive os resultantes de aumentos

das taxas de juros;

26.1.8 modificações na legislação de Imposto sobre a Renda;

26.1.9 fatores imprevisíveis, fatores previsíveis de consequências

incalculáveis, ou ainda caso fortuito ou força maior, que, em

condições de mercado, possam ser objeto de cobertura de seguros

oferecidos no Brasil à época da contratação e respectiva

periodicidade de renovação em condições razoáveis de mercado;

26.1.10 recuperação, prevenção ou remediação de danos ambientais

causados pela Concessionária durante a Implantação da

Infraestrutura ou durante a Operação Comercial;

26.1.11 responsabilidade civil, administrativa e criminal por danos ambientais

decorrentes da operação defeituosa, negligente ou imprudente do

Sistema de VLT;

26.1.12 prejuízos causados a terceiros, pela Concessionária ou seus

administradores, empregados, prepostos ou prestadores de serviços,

no exercício defeituoso, negligente ou imprudente das atividades da

Concessão sob sua responsabilidade;

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26.1.13 interferências identificadas no Edital nas localidades da Implantação

da Infraestrutura que deverão ser removidas ou realocadas;

26.1.14 vícios ocultos dos Bens da Concessão por ela construídos ou

adquiridos após a Data de Assunção, arrendados ou locados para

operação e manutenção do Sistema de VLT ao longo do Prazo da

Concessão;

26.1.15 custos excedentes relacionados às intervenções de implantação do

Sistema de VLT e aos Serviços objeto da Concessão, nos casos de

omissão, inconsistência ou falha verificada nas informações, nos

estudos, nas pesquisas, nas investigações, nos levantamentos, nos

projetos, nas planilhas e nos demais documentos ou dados

relacionados aos bens e serviços que integram a presente

Concessão, salvo se de outra forma previsto neste Contrato.

26.2 Sem prejuízo de outros riscos que não sejam de responsabilidade da

Concessionária, nos termos deste Contrato e seus Anexos, a Concessionária

não é responsável pelos seguintes riscos relacionados à Concessão:

26.2.1 reduções do número de passageiros transportados no Eixo

Anhanguera, cujas Tarifas são de titularidade, total ou parcial, da

Concessionária nos termos das subcláusulas 20.2.4(i) e 20.2.4(iii)

deste Contrato, decorrentes de alterações em outras linhas da

RMTC ou outros modais que criem concorrência ao Sistema de VLT,

ou, por qualquer outra forma, possam reduzir a demanda pelos

Serviços, incluindo o caso de alteração dos valores das tarifas

praticadas nestas outras linhas ou modais de modo a acarretar

queda na demanda projetada;

26.2.2 implementação e/ou alteração do plano de trânsito, circulação viária

e semaforização de vias da área do entorno do Eixo Anhanguera,

incluindo, sem limitação, eventuais aberturas e fechamentos de ruas

e cruzamentos, conforme proposto pela Concessionária em seu

Plano de Trabalho;

26.2.3 demandas relativas a danos de qualquer natureza, incluindo

eventuais lucros cessantes, apresentadas por terceiros em

decorrência da eventual interrupção do acesso de pessoas e

veículos a áreas no entorno dos locais das intervenções para a

Implantação do Sistema de VLT, abrangendo o acesso a

estabelecimentos comerciais e a garagens de edificações;

26.2.4 atraso na execução da Implantação da Infraestrutura ou interrupção

na prestação dos Serviços decorrentes de manifestações sociais

e/ou públicas, quando tais eventos excederem os períodos

estabelecidos na subcláusula 26.1.6 acima, hipótese na qual a

responsabilidade do Poder Concedente se resume ao período

excedente aos prazos referidos na aludida subcláusula, ou, ainda,

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quaisquer danos, destruição ou perecimento de materiais e/ou

equipamentos e instalações não cobertos por seguros decorrentes

de manifestações sociais ou públicas, independentemente do

período em que ocorrerem;

26.2.5 decisão arbitral, judicial ou administrativa que afete a execução do

Contrato pela Concessionária, que não possa ser atribuída direta e

originariamente a Concessionária, incluindo, dentre outras, que: (i)

dificulte, atrase, impeça, interrompa ou impossibilite a

Concessionária de cobrar a Tarifa ou receber as Contraprestações

Mensais ou Aportes Públicos de acordo com o estabelecido no

Contrato, incluindo seus reajustes e revisões; (ii) impeça ou

impossibilite, no todo ou em parte, a Concessionária de executar a

Implantação da Infraestrutura ou a prestação dos Serviços; (iii)

dificulte ou impeça a constituição ou pleno funcionamento do sistema

de Garantia da Concessão;

26.2.6 realização de todas as desapropriações, nos termos da Cláusula 12

deste Contrato;

26.2.7 descumprimento, pelo Poder Concedente ou Autoridades

Governamentais, de suas obrigações contratuais ou regulamentares,

incluindo, mas não se limitando, ao descumprimento de prazos

aplicáveis ao Poder Concedente previstos neste Contrato e/ou na

legislação vigente;

26.2.8 incidência de tributos federais sobre o valor dos Aportes Públicos,

observada as exceções previstas em lei;

26.2.9 caso fortuito ou força maior que não sejam objeto de cobertura de

seguros contratados nos termos deste Contrato, ou caso estejam

cobertos por seguros e o evento supere seu montante de cobertura,

ou, ainda, fato do príncipe ou fato da administração;

26.2.10 reajustes e revisões do valor da Tarifa pela CDTC, na forma do

Anexo 06 deste Contrato - Reajustes e Cálculos das

Contraprestações Públicas Mensais de Amortização Fixa e Variável

e Penalidades;

26.2.11 alterações na legislação e regulamentação, inclusive acerca de

criação, alteração ou extinção de tributos ou encargos, que alterem a

composição econômico-financeira da Concessionária, excetuada a

legislação dos impostos sobre a renda;

26.2.12 cancelamento, redução ou qualquer outro mecanismo que afete a

isenção do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação

de Serviços Interestaduais (ICMS) relacionada à aquisição ou à

importação, direta ou indireta, de bens e serviços necessários à

implantação do Sistema de VLT;

26.2.13 vícios ocultos dos Bens da Concessão transferidos à Concessionária

na Data de Assunção;

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50

26.2.14 qualquer prejuízo às atividades de implantação do Sistema de VLT,

ou delas decorrente, de caráter financeiro ou não, causado por ação

ou omissão na execução do Plano de Transição e que sejam

atribuíveis à Metrobus ou ao Poder Concedente;

26.2.15 variações cambiais iguais ou superiores a 3% (três por cento) na

cotação do Euro, para mais ou para menos, no período

compreendido entre a apresentação da Proposta Econômica e a

data de emissão da Ordem de Serviço, calculada com base no valor

declarado na célula B18 do Quadro 5 (Investimentos) do Anexo 6.3

do Edital - Quadro do Plano de Negócios;

26.2.16 constatação superveniente de limitações operacionais, tais como,

sem se limitar a, restrição à mobilização de equipamentos ou ao

tráfego de cargas, horário de operação e limites de ruídos, que não

estejam previstas na legislação vigente quando da publicação do

Edital não alcance, de maneira satisfatória, dos Parâmetros de

Desempenho por causa imputável ao Poder Concedente ou a

qualquer Autoridade Governamental;

26.2.17 vestígios arqueológicos que impeçam ou retardem a Implantação da

Infraestrutura;

26.2.18 Interferências não identificadas no Edital nas localidades da

Implantação da Infraestrutura que deverão ser removidas ou

realocadas;

26.2.19 falha ou insuficiência no fornecimento de energia elétrica para o

Sistema de VLT, que não decorra de ação ou omissão da

Concessionária na implantação ou manutenção de suas instalações;

26.2.20 responsabilidade por passivos ambientais cujo fato gerador seja

anterior à Data de Assunção;

26.2.21 conjunto de atividades e compensações ambientais que superem o

valor de R$10.000.000,00 (dez milhões de reais), que venham a ser

exigidas pelas Autoridades Governamentais ambientais para

emissão do conjunto das licenças ambientais de instalação e de

operação;

26.2.22 superveniência de fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de

consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da

execução do ajustado, configurando álea econômica extraordinária e

extracontratual;

26.2.23 custos excedentes relacionados às intervenções de implantação do

Sistema de VLT e aos Serviços objeto da Concessão, nos casos

decorrentes de alterações no escopo determinadas, solicitadas ou

impostas pelo Poder Concedente ou pela CDTC, ressalvada a

hipótese descrita na subcláusula 26.1.15.

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26.3 Sem prejuízo de outros expressamente previstos neste Contrato, são riscos

compartilhados entre o Poder Concedente e a Concessionária:

26.3.1 O risco de demanda de passageiros transportados no Eixo

Anhanguera, cujas Tarifas são de titularidade total ou parcial da

Concessionária, nos termos das subcláusulas 20.2.4(i) e 20.2.4 (iii),

de acordo com o Anexo 6 deste Contrato – Reajustes e Cálculos das

Contraprestações Públicas Mensais de Amortização Fixa e Variável

e Penalidades.

26.3.2 O risco de variações cambiais, que caberá ao Poder Concedente até

o limite do valor do patrimônio alocado ao Fundo Especial de

Implantação do Programa Veículo Leve sobre Trilho - FVLT, nos

termos do contido na Lei nº. 17.930, de 27 de dezembro de 2012, e

à Concessionária com relação ao valor restante dos investimentos a

serem realizados em moeda estrangeira;

26.4 Casos Fortuitos, Força Maior e Fatos do Príncipe:

26.4.1 Fica excluída a responsabilidade da Concessionária pelo

inadimplemento total ou parcial de qualquer obrigação assumida no

Contrato, ou em qualquer de seus Anexos, nas hipóteses de caso

fortuito, de força maior ou de fato do príncipe, nos termos do

parágrafo único do artigo 393 do Código Civil Brasileiro, ou ainda por

motivos imputáveis exclusivamente do Poder Concedente.

26.4.2 Na ocorrência de caso fortuito, força maior ou fato do príncipe, cujas

consequências não sejam cobertas por Seguro, o Poder Concedente

poderá requerer a extinção do Contrato em caso de onerosidade

excessiva, hipótese na qual deverão ser aplicadas, no que couber,

as regras e os procedimentos válidos para a extinção do Contrato

por advento do termo contratual, no que for aplicável, sem prejuízo

da indenização devida à Concessionária pelos investimentos

realizados que não tenham sido amortizados.

26.4.3 As Partes comprometem-se a empregar as medidas necessárias e

razoáveis a fim de minimizar os efeitos decorrentes dos eventos de

caso fortuito e de força maior.

26.5 A Concessionária declara:

(i) ter pleno conhecimento da natureza e extensão dos riscos por ela

assumidos neste Contrato; e

(ii) ter levado tais riscos em consideração na formulação de sua Proposta.

26.6 A Concessionária não fará jus à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro

caso quaisquer dos riscos por ela assumidos no Contrato venham a se

materializar.

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27 Recomposição do Equilíbrio Econômico-Financeiro

27.1 Cabimento da Recomposição

27.1.1 Sempre que atendidas as condições do Contrato e mantida a

alocação de riscos nele estabelecida, considera-se mantido seu

equilíbrio econômico-financeiro.

27.1.2 A Concessionária somente poderá solicitar a recomposição do

equilíbrio econômico-financeiro nas hipóteses previstas na

subcláusula 26.2 acima, desde que o evento ocorrido efetivamente

altere as condições originalmente pactuadas.

27.1.3 O Poder Concedente poderá solicitar a recomposição do equilíbrio

econômico-financeiro quando cabível, nos termos da lei e do

presente Contrato.

27.1.3.1 Na hipótese de novos investimentos ou serviços solicitados

pelo Poder Concedente e não previstos no Contrato, o

Poder Concedente poderá requerer à Concessionária,

previamente ao procedimento de recomposição do equilíbrio

econômico-financeiro, a elaboração do projeto básico dos

serviços, considerando que:

(i) o projeto básico deverá conter todos os elementos

necessários à precificação do investimento e às estimativas

do impacto dos investimentos e serviços sobre as receitas

da Concessionária, segundo as melhores práticas e critérios

de mercado, tudo de acordo com as normas técnicas e

diretivas eventualmente estabelecidas pelo Poder

Concedente;

(ii) o Poder Concedente poderá estabelecer o valor limite do

custo dos projetos e estudos a serem considerados para

efeitos de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro.

27.1.4 Todos e quaisquer procedimentos de recomposição do equilíbrio

econômico-financeiro do Contrato serão instruídos em processo

administrativo próprio autuado pelo Poder Concedente e analisados

pela AGR.

27.2 Procedimento para Pleito de Recomposição

27.2.1 A Postulante da recomposição do reequilíbrio econômico-financeiro

do contrato deverá enviar notificação de solicitação de recomposição

à Postulada no prazo de 20 dias a contar da data em que tomar

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conhecimento da ocorrência da hipótese que deu ensejo à

recomposição.

27.2.2 Quando o pedido de recomposição do equilíbrio econômico-

financeiro for iniciado pela Concessionária, deverão ser obedecidos

os seguintes procedimentos:

(i) Ser acompanhado de relatório técnico ou laudo pericial, que

demonstre o impacto da ocorrência nas projeções do Plano de

Negócios apresentado pela Concessionária durante a fase de

licitação.

(ii) Ser acompanhado de todos os documentos necessários à

demonstração do cabimento do pleito, podendo ainda o Poder

Concedente solicitar laudos econômicos específicos, elaborados

por entidades independentes.

(iii) Todos os custos com diligências e estudos necessários à plena

instrução do pedido correrão por conta da Concessionária.

(iv) A AGR será responsável pela análise técnica do pedido de

reequilíbrio econômico-financeiro e apresentará ao Poder

Concedente manifestação favorável ou contrária ao pleito,

devidamente motivada.

27.2.3 O procedimento de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro

iniciado pelo Poder Concedente deverá ser objeto de comunicação à

Concessionária, acompanhada de cópia dos laudos e estudos

pertinentes.

27.2.4 Não havendo manifestação pela Concessionária no prazo

consignado na comunicação, que não poderá ser inferior a 30 (trinta)

dias, a omissão será considerada como concordância em relação ao

mérito da proposta do Poder Concedente para recomposição do

equilíbrio econômico-financeiro do Contrato, sem prejuízo do

mecanismo previsto na Cláusula 40.

27.2.5 O procedimento de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro

do Contrato deverá ser concluído em prazo não superior a 90

(noventa) dias, ressalvada a hipótese, devidamente justificada por

escrito, em que seja necessária a prorrogação para complementação

da instrução por mais 30 (trinta) dias, sendo certo que novas

prorrogações somente serão possíveis mediante prévio acordo entre

as Partes.

27.2.6 A recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do Contrato não

poderá importar efeito retroativo superior a 360 (trezentos e

sessenta) dias da data da apresentação do pleito ou da

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comunicação, exceto no caso do impacto cambial na forma da

Cláusula 26.

27.2.7 A recomposição do equilíbrio econômico-financeiro será

implementada tomando-se por base os efeitos dos fatos que lhe

deram causa, nos itens respectivos do Plano de Negócios, e será

única, completa e final para todo o prazo do Contrato, relativamente

aos mesmos fatos.

27.2.8 Sempre que for efetuada a recomposição do equilíbrio econômico-

financeiro do Contrato, o Plano de Negócios será alterado para

refletir a situação resultante da recomposição.

27.3 Critérios e Princípios para a Recomposição

27.3.1 Os procedimentos de recomposição do equilíbrio econômico-

financeiro não poderão alterar a alocação de riscos originalmente

prevista no Contrato.

27.3.2 Independente dos mecanismos de manutenção do equilíbrio

econômico-financeiro, as cláusulas contratuais que disciplinem

elementos econômico-financeiros da Concessão somente poderão

ser alteradas mediante acordo expresso e escrito entre as Partes.

27.3.3 Os procedimentos de recomposição deverão prever a discussão e

negociação de boa-fé entre as Partes, inclusive para fins de escolha

do método de recomposição a ser eventualmente aplicável e

deverão sempre garantir a preservação da capacidade de

pagamento dos financiamentos e da prestação adequada dos

Serviços pela Concessionária.

27.4 Parâmetro para a Recomposição

27.4.1 A Taxa Interna de Retorno (TIR) do projeto, em termos reais,

constitui parâmetro para a discussão do equilíbrio econômico-

financeiro do Contrato, conforme Proposta Econômica e respectivo

Plano de Negócio.

27.5 Meios para a Recomposição

27.5.1 Ao final do procedimento indicado na cláusula 27.2, caso a

recomposição tenha sido julgada cabível, o Poder Concedente

deverá adotar, a seu exclusivo critério, uma ou mais formas de

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recomposição que julgar adequadas, incluindo, mas não se limitando

a:

(i) aumento ou redução do valor das Contraprestações Públicas

Mensais inclusive para fins de compensação dos custos e das

despesas adicionais ou da perda de receita efetivamente

ocorrida em função do fato de desequilíbrio;

(ii) ressarcimento à Concessionária, pelo Poder Concedente, dos

investimentos, custos ou despesas adicionais que tenham sido

efetivamente incorridos ou do valor equivalente à perda de

receita efetivamente ocorrida;

(iii) modificação de obrigações contratuais da Concessionária, de

forma proporcional e diretamente relacionadas ao evento

provocador da recomposição, incluindo a alteração de

especificações mínimas dos serviços, dos equipamentos e

sistemas e/ou das infraestruturas, dos respectivos cronogramas;

ou

(iv) outras permitidas pela legislação, incluindo a combinação de um

ou mais dos mecanismos anteriores.

28 Contratação com Terceiros e Empregados

28.1 Sem prejuízo de suas responsabilidades, a Concessionária deverá executar as

obras e os serviços da Concessão, conforme estabelecido neste Contrato, por si

ou por meio de terceiros, por sua conta e risco.

28.2 Os terceiros contratados pela Concessionária deverão ser dotados de higidez

financeira e de competência e habilidade técnica, sendo a Concessionária direta

e indiretamente responsável perante o Poder Concedente e a por quaisquer

problemas ou prejuízos decorrentes da falta de higidez financeira, bem como da

falta de competência e habilidade técnica de terceiros por ela contratados.

28.3 Os contratos entre a Concessionária e terceiros reger-se-ão pelas normas de

direito privado, não se estabelecendo relação de qualquer natureza entre os

terceiros e o Poder Concedente.

28.4 Os contratos entre a Concessionária e terceiros deverão, ainda, prever cláusula

de cessão de posição contratual ao Poder Concedente, visando ao atendimento

do disposto na subcláusula 28.3.

28.5 A Concessionária é única e exclusivamente responsável pelos encargos

trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes do seu

funcionamento, obrigando-se a ressarcir o Poder Concedente por todos os

desembolsos decorrentes de determinações judiciais oriundas de reclamações

trabalhistas propostas por empregados ou terceiros vinculados à Concessionária.

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28.6 O Poder Concedente poderá solicitar, a qualquer tempo, informações sobre a

contratação de terceiros para a execução dos serviços da Concessão, inclusive

para fins de comprovação das condições de capacitação técnica e financeira.

28.6.1 O conhecimento do Poder Concedente acerca de eventuais

contratos firmados com terceiros não exime a Concessionária do

cumprimento, total ou parcial, de suas obrigações decorrentes do

Contrato.

29 Transferência do Controle

29.1 A Concessionária deve comunicar ao Poder Concedente e à imediatamente, as

alterações na sua composição societária descrita no Edital e existente à época

de assinatura deste Contrato, inclusive quanto aos documentos constitutivos e

posteriores alterações, respeitadas as obrigações definidas neste Contrato

referentes à transferência do Controle.

29.2 Qualquer transferência no Controle da Concessionária deverá ser previamente

autorizada pelo Poder Concedente nos termos da lei, exceto no caso de

transferência dentro de um mesmo grupo econômico, para o que será necessário

apenas a autorização do Poder Concedente.

29.2.1 A aprovação do Poder Concedente à transferência do Controle da

Concessionária será condicionada à (i) capacidade técnica, jurídica,

financeira e fiscal do novo Controlador com relação às obrigações da

Concessionária, no momento da transferência, (ii) aceitação, por

parte dos novos Controladores, de todos os termos e condições

deste Contrato e (iii) aceitação da operação de transferência de

Controle pelos Financiadores.

30 Financiamento

30.1 A Concessionária é a única e exclusiva responsável pela seleção dos

Financiadores e pela obtenção dos financiamentos necessários à exploração da

Concessão, de modo a cumprir, cabal e tempestivamente, todas as suas

obrigações assumidas neste Contrato.

30.2 A Concessionária deverá apresentar ao Poder Concedente e à CMTC cópia

autenticada dos contratos de financiamento e de garantia que venha a celebrar e

de documentos representativos dos títulos e valores mobiliários que venha a

emitir, bem como quaisquer alterações promovidas em tais instrumentos, no

prazo de 15 (quinze) dias úteis da data de sua assinatura e/ou emissão,

conforme o caso.

30.3 A Concessionária não poderá invocar qualquer disposição, cláusula ou condição

dos contratos de financiamento, ou qualquer atraso no desembolso dos recursos

pelos Financiadores, para eximir-se, total ou parcialmente, das obrigações

assumidas neste Contrato.

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30.4 A Concessionária poderá dar em garantia dos financiamentos contratados nos

termos desta Cláusula, os direitos emergentes da Concessão, tais como parte

das receitas futuras oriundas da exploração da Concessão, desde que não

comprometa a operacionalização e a continuidade da execução das obras e dos

Serviços objeto da Concessão, bem como as ações de emissão da

Concessionária.

30.4.1 Os direitos à percepção (i) das receitas oriundas da cobrança da

Tarifa, (ii) das Receitas Extraordinárias, (iii) das Contraprestações

Públicas Mensais e (iv) das indenizações devidas à Concessionária

em virtude do Contrato poderão ser empenhados, cedidos ou de

qualquer outra forma transferidos diretamente aos Financiadores,

atendidos os termos e os requisitos legais.

30.4.2 Desde que mantida a obrigação de reversão prevista na cláusula

33.2 e assegurada sua vinculação ao Sistema de VLT, os Bens

Reversíveis poderão ser oferecidos em garantia aos Financiadores

pela Concessionária, desde que obtida prévia e expressa

autorização, por escrito, do Poder Concedente, ouvida a CMTC.

30.5 Na forma do previsto no § 2º do artigo 5º da Lei nº 11.079/2004, o Poder

Concedente poderá, caso assim solicitado pelos Financiadores, realizar o

pagamento das Contraprestações Públicas Mensais e/ou de qualquer

indenização eventualmente devida à Concessionária nos termos deste Contrato,

diretamente aos Financiadores.

30.6 É vedado à Concessionária:

(i) conceder empréstimos ou financiamentos e/ou quaisquer outras formas

de transferência de recursos para quaisquer partes relacionadas,

exceto transferências de recursos a título de distribuição de dividendos,

pagamentos de juros sobre capital próprio e/ou pagamentos pela

realização de investimentos, serviços ou contratos de mútuo

celebrados em condições equitativas de mercado; e

(ii) prestar fiança, aval ou qualquer outra forma de garantia em favor de

suas Partes Relacionadas e/ou terceiros.

30.7 A Concessionária deverá prover o Poder Concedente e a CMTC de informações

contábeis e financeiras trimestrais, devendo ainda seguir as regras de

contabilidade da Comissão de Valores Mobiliários – CVM.

31 Assunção do Controle pelos Financiadores

31.1 Os contratos de financiamento da Concessionária poderão outorgar aos

Financiadores, de acordo com as regras de direito privado aplicáveis e conforme

o instrumento considerado mais apropriado, o direito de assumir o Controle da

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Concessionária em caso de inadimplemento contratual pela Concessionária dos

referidos contratos de financiamento ou deste Contrato.

31.2 A assunção referida na subcláusula anterior poderá ocorrer no caso de

inadimplemento, pela Concessionária, de obrigações deste Contrato, nos casos

em que o inadimplemento inviabilize ou coloque em risco a Concessão.

31.3 Após a instauração regular do correspondente processo administrativo,

imediatamente após o recebimento da respectiva solicitação dos Financiadores,

o Poder Concedente, ouvida a CDTC autorizará a assunção temporária do

Controle da Concessionária por seus Financiadores com o objetivo de promover

a reestruturação financeira da Concessionária e assegurar a continuidade da

exploração da Concessão.

31.3.1 A autorização será outorgada pelo Poder Concedente mediante

comprovação por parte dos Financiadores de que atendem aos

requisitos de regularidade jurídica e fiscal previstos no Edital.

31.3.2 Os Financiadores ficarão dispensados de demonstrar idoneidade

financeira desde que estejam devidamente autorizados a atuar como

instituição financeira no Brasil, ou que sejam entidades multilaterais

de crédito formadas por meio de tratados internacionais dos quais o

Brasil seja parte signatária.

31.4 A assunção do Controle da Concessionária nos termos desta cláusula não

alterará as obrigações da Concessionária e de seus Controladores perante o

Poder Concedente. Todavia, os Financiadores não serão responsáveis pelas

obrigações que sejam de responsabilidade direta dos antigos Controladores da

Concessionária.

31.5 A responsabilidade dos Controladores e possíveis outros acionistas da

Concessionária nos termos deste Contrato é limitada, em qualquer caso, ao

montante do capital social por eles integralizado na Concessionária.

31.6 Eventual transferência posterior do Controle da Concessionária pelos

Financiadores a terceiros dependerá de autorização prévia do Poder

Concedente, ouvida a CDTC, condicionada à demonstração de que o

destinatário da transferência atende às exigências técnicas, financeiras e de

regularidade jurídica e fiscal exigidas pelo Edital, consideradas

proporcionalmente ao estágio de execução do Contrato.

32 Intervenção do Poder Concedente

32.1 O Poder Concedente, por indicação da CMTC, poderá, sem prejuízo das

penalidades e responsabilidades previstas neste Contrato, intervir na

Concessionária com o fim de assegurar a adequação na prestação dos Serviços,

bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais

pertinentes, nas seguintes hipóteses: (i) cessação ou interrupção, total ou

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parcial, da execução dos serviços concedidos nos termos deste Contrato, por

culpa exclusiva da Concessionária, sem justificativa aceita pelo Poder

Concedente; (ii) deficiências graves no desenvolvimento das atividades

abrangidas pela Concessão; (iii) situações que ponham em risco o meio

ambiente e a segurança de pessoas ou bens; e (iv) descumprimento reiterado e

ostensivo das obrigações contratuais.

32.2 A intervenção far-se-á por decreto do Poder Concedente, devidamente publicado

no DOE, que conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os

limites da medida.

32.3 Decretada a intervenção, o Poder Concedente, no prazo de 30 (trinta) dias,

instaurará processo administrativo que deverá ser concluído no prazo máximo de

180 (cento e oitenta) dias, para comprovar as causas determinantes da

intervenção e apurar as respectivas responsabilidades, assegurado à

Concessionária o contraditório e amplo direito de defesa.

32.4 Cessada a intervenção, se não for extinta a Concessão, os Serviços objeto do

Contrato voltarão à responsabilidade da Concessionária.

32.5 Será inválida a intervenção caso fique comprovado que não foram observados

os pressupostos legais e regulamentares para sua decretação, caso em que a

Concessionária dará seguimento ao regular cumprimento de todas as suas

obrigações previstas neste instrumento, sem prejuízo da prestação de contas por

parte do interventor e do pagamento da indenização cabível.

32.6 A ocorrência de intervenção não desonera as obrigações assumidas pela

Concessionária junto aos seus Financiadores, devendo o Poder Concedente

observar a mesma prioridade praticada pela Concessionária no pagamento dos

financiamentos contraídos.

32.6.1 Por motivo justificado em prol do interesse público, o Poder

Concedente poderá abdicar da intervenção em favor da assunção do

Controle da Concessionária por seus Financiadores, consoante a

cláusula 31, devendo para tanto, comunicá-los da ocorrência de

fatores que ensejam a intervenção.

32.7 Durante o período em que durar a intervenção, o Poder Concedente deverá

adimplir tempestivamente com as obrigações e compromissos da

Concessionária, incluindo o pagamento dos funcionários, contratados,

fornecedores e Financiadores da Concessionária, utilizando-se, para tanto, das

receitas auferidas pela Concessionária no período, incluindo as

Contraprestações Públicas e as receitas extraordinárias.

32.8 A Concessionária obriga-se a disponibilizar, imediatamente após a decretação da

intervenção, ao Poder Concedente e à CMTC os bens utilizados na operação e

manutenção do Sistema de VLT, independentemente de terem sido transferidos

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à Concessionária na Data da Assunção ou adquiridos, arrendados ou locados

pela Concessionária ao longo do prazo da Concessão, bem como todos os

demais recursos materiais e humanos necessários à prestação contínua e

ininterrupta do Serviço.

32.9 As receitas obtidas durante o período da intervenção serão utilizadas para a

cobertura das despesas, dos investimentos e custos necessários para

restabelecer o normal funcionamento do Sistema de VLT e da Concessionária.

32.10 Se eventualmente as receitas não forem suficientes para cobrir o valor dos

investimentos, dos custos e das despesas decorrentes da Concessão incorridas

pelo Poder Concedente, este poderá:

(i) se valer da Garantia de Execução do Contrato para cobri-las, integral ou

parcialmente; e/ou

(ii) descontar, da eventual remuneração futura representada pela Contraprestação

Pública Mensal Variável a ser recebida pela Concessionária, o valor dos

investimentos, dos custos e das despesas em que tiver que suportar.

33 Casos de Extinção

33.1 A Concessão extinguir-se-á por:

33.1.1 Advento do termo contratual;

33.1.2 Encampação;

33.1.3 Caducidade;

33.1.4 Rescisão;

33.1.5 Anulação; ou

33.1.6 Falência ou extinção da Concessionária;

33.2 Extinta a Concessão, serão revertidos ao Poder Concedente todos os Bens

Reversíveis, livres e desembaraçados de quaisquer ônus ou encargos, e

cessarão, para a Concessionária, todos os direitos emergentes do Contrato, sem

prejuízo das eventuais indenizações cabíveis à Concessionária nos termos deste

Contrato.

33.2.1 No caso de bens arrendados ou locados pela Concessionária,

necessários para a execução da Concessão, o Poder Concedente

poderá, a seu exclusivo critério, suceder a Concessionária nos

respectivos contratos de arrendamento ou locação de tais bens,

sendo certo que, nesta hipótese e na contemplada na subcláusula

33.2 o Poder Concedente deverá indicar à Concessionária sua

intenção de sucessão com, no mínimo 45 (quarenta e cinco) dias de

antecedência do termo contratual.

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61

33.3 Na extinção da Concessão, haverá imediata assunção dos Serviços relacionados

à Concessão pelo Poder Concedente, que ficará autorizado a ocupar as

instalações e a utilizar todos os Bens Reversíveis.

33.4 Em até 180 (cento e oitenta) dias antes do término da Concessão, a

Concessionária elaborará relatório pormenorizado a respeito dos Bens

Reversíveis, indicando os seus quantitativos, estado e vida útil remanescente.

33.5 De acordo com os prazos e as condições estabelecidos pelo Poder Concedente,

ouvida a CMTC, terceiros serão autorizados a realizar pesquisas de campo

quando se aproximar o término do Prazo da Concessão, para fins de realização

de estudos para a promoção de novos procedimentos licitatórios e/ou realização

de novos investimentos.

34 Advento do Termo Contratual

34.1 Encerrado o Prazo da Concessão, a Concessionária será responsável pelo

encerramento de quaisquer contratos inerentes à Concessão celebrados com

terceiros, assumindo todos os encargos, responsabilidades e ônus daí

resultantes, excetuados aqueles contratos que sejam essenciais à continuidade

da prestação dos Serviços, que poderão ser assumidos pelo Poder Concedente.

34.2 A Concessionária deverá tomar todas as medidas razoáveis e cooperar

plenamente com o Poder Concedente para que os serviços objeto da Concessão

continuem a ser prestados de acordo com os Parâmetros de Desempenho sem

que haja interrupção dos serviços objeto da Concessão, bem como prevenindo e

mitigando qualquer inconveniência ou risco à saúde ou segurança dos usuários e

dos funcionários do Poder Concedente.

34.2.1 Na hipótese de advento do termo contratual, a Concessionária não

fará jus a qualquer indenização relativa a investimentos vinculados

aos Bens da Concessão em decorrência do término do Prazo da

Concessão, exceto pelo disposto na Cláusula 6.3.2.

35 Encampação

35.1 O Poder Concedente poderá, a qualquer tempo, encampar a Concessão, por

motivos de interesse público, mediante lei autorizativa específica e prévio

pagamento de indenização, a ser calculada nos termos da subcláusula 35.2

abaixo.

35.2 A indenização devida à Concessionária em caso de encampação cobrirá:

(i) as parcelas dos investimentos realizados, inclusive em obras de

manutenção, bens e instalações, ainda não amortizados ou não

depreciados, que tenham sido realizados para o cumprimento deste

Contrato, deduzidos os ônus financeiros remanescentes;

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(ii) a desoneração da Concessionária em relação às obrigações decorrentes

de contratos de financiamentos por esta contraídos com vistas ao

cumprimento do Contrato, mediante, conforme o caso: (a) prévia

assunção, perante os Financiadores, das obrigações contratuais da

Concessionária, em especial quando a receita tarifária figurar como

garantia do financiamento ou (b) prévia indenização à Concessionária da

totalidade dos débitos remanescentes desta perante os Financiadores;

assim como, em qualquer destes casos, o valor de seus lucros cessantes,

determinados a partir dos valores que seriam auferidos pela

Concessionária até o término da Concessão de acordo com seu Plano de

Negócios apresentado na Licitação; e

(iii) todos os encargos, despesas e ônus decorrentes de multas,

desmobilizações, rescisões e indenizações que se fizerem devidas a

fornecedores, contratados e terceiros em geral, inclusive honorários

advocatícios, em decorrência do consequente rompimento dos

respectivos vínculos contratuais.

36 Caducidade

36.1 O Poder Concedente, por recomendação da CDTC poderá declarar a

caducidade da Concessão na hipótese de inexecução total ou parcial do

Contrato por parte da Concessionária, observado o disposto nas normas

regulamentares e legais pertinentes, e especialmente quando a Concessionária:

36.1.1 prestar os serviços objeto deste Contrato de forma inadequada ou

deficiente, tendo por base os Parâmetros de Desempenho, por mais

de 6 (seis) meses consecutivos;

36.1.2 descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais e

regulamentares concernentes à Concessão que coloquem em risco

a continuidade e segurança dos Serviços;

36.1.3 paralisar o serviço injustificadamente ou concorrer para tanto,

ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior

ou outras excludentes de responsabilidade previstas neste Contrato;

36.1.4 perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para

manter a adequada prestação do serviço concedido;

36.1.5 não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos

prazos;

36.1.6 não atender a intimação do Poder Concedente no sentido de

regularizar a prestação do serviço;

36.1.7 for condenada em sentença transitada em julgado por sonegação de

tributos, inclusive contribuições sociais;

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63

36.2 O Poder Concedente não poderá declarar a caducidade da Concessão com

relação ao inadimplemento da Concessionária resultante dos eventos indicados

na subcláusula 26.2 acima, ou causados pela ocorrência de caso fortuito ou

força maior ou outros excludentes de responsabilidade.

36.3 A declaração de caducidade da Concessão deverá ser precedida da verificação

do inadimplemento contratual da Concessionária em processo administrativo,

assegurado o direito do contraditório e ampla defesa à Concessionária.

36.4 Não será instaurado processo administrativo de caducidade sem prévia

notificação à Concessionária, sendo-lhe dada, em cada caso, prazo para corrigir

as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento nos termos

contratuais.

36.5 Instaurado o processo administrativo e comprovado o inadimplemento, com

recomendação da CMTC e ratificação da CDTC, a caducidade será declarada

pelo Poder Concedente, independentemente de indenização prévia, calculada no

decurso do processo e de acordo com a subcláusula 36.7 abaixo.

36.6 Declarada a caducidade e paga a respectiva indenização, não resultará para o

Poder Concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos

encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados

da Concessionária.

36.7 A indenização devida à Concessionária em caso de caducidade restringir-se-á ao

valor dos investimentos vinculados aos Bens Reversíveis ainda não amortizados

ou não depreciados e deverá ocorrer em até 3 (três) meses da decretação de

caducidade.

36.8 Do montante previsto na subcláusula anterior serão descontados:

(i) os prejuízos causados pela Concessionária ao Poder Concedente;

(ii) as multas contratuais aplicadas à Concessionária que não tenham sido

pagas até a data do pagamento do montante previsto na subcláusula

36.7 acima; e

(iii) quaisquer valores recebidos pela Concessionária a título de cobertura

de seguros relacionados aos eventos ou circunstâncias que ensejaram

a declaração de caducidade.

36.9 A declaração de caducidade acarretará, ainda, a critério do Poder Concedente:

(i) a execução da Garantia de Execução do Contrato, para ressarcimento

de eventuais prejuízos causados ao Poder Concedente no montante

dos prejuízo causados; e

(ii) retenção de eventuais créditos decorrentes do Contrato, até o limite

dos prejuízos causados ao Poder Concedente.

37 Rescisão

37.1 A Concessionária deverá notificar o Poder Concedente de sua intenção de

rescindir o Contrato no caso de descumprimento das normas contratuais ou

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legais pelo Poder Concedente, mediante ação judicial ou arbitral especialmente

intentada para esse fim, nos termos previstos na legislação e nas normas

regulamentares pertinentes do Poder Concedente, em especial na eventualidade

de:

37.1.1 total ou parcial inadimplência das obrigações pecuniárias do Poder

Concedente em prazo superior a 3 (três) meses; e

37.1.2 não composição ou recomposição da Garantia, nos termos previstos

na Cláusula 24 deste Contrato.

37.2 Os serviços prestados pela Concessionária somente poderão ser interrompidos

ou paralisados após 20 (vinte) dias do trânsito em julgado da sentença judicial

que decretar a rescisão do Contrato ou após decisão cautelar.

37.3 A Concessionária estará desobrigada a realizar novos investimentos no período

compreendido entre a proposição da ação de rescisão e a sentença que decretar

a rescisão do Contrato.

37.4 A indenização devida à Concessionária no caso de rescisão será calculada de

acordo com a subcláusula 35.2 acima.

37.5 Para fins do cálculo indicado na subcláusula 37.4 acima, considerar-se-ão os

valores recebidos pela Concessionária a título de cobertura de seguros

relacionados aos eventos ou circunstâncias que ensejaram a rescisão.

38 Anulação

38.1 O Poder Concedente deverá declarar a nulidade do Contrato, impedindo os

efeitos jurídicos que ordinariamente este deveria produzir, além de desconstituir

os já produzidos, se verificar ilegalidade em sua formalização ou na Licitação,

desde que tal ilegalidade não seja passível de convalidação ou correção.

38.1.1 Na hipótese descrita na subcláusula 38.1 acima, se a ilegalidade for

imputável apenas ao próprio Poder Concedente, a Concessionária

será indenizada na forma da subcláusula 35.2.

38.2 Na hipótese de a ilegalidade se imputável à Concessionária, esta será

indenizada pelo que houver executado até a data em que a nulidade for

declarada e por outros prejuízos regulamente comprovados, descontados,

todavia, quaisquer valores recebidos pela Concessionária a título de cobertura

de seguros relacionados aos eventos ou circunstâncias que ensejaram a

declaração da nulidade.

39 Falência ou extinção da concessionária

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39.1 Na hipótese de extinção da Concessionária por decretação de falência

fraudulenta ou dissolução judicial da Concessionária aplicar-se-ão as mesmas

disposições referentes à caducidade da Concessão.

39.2 Na hipótese de extinção da Concessionária por decretação de falência não

fraudulenta, o Contrato extinguir-se-á automaticamente e aplicar-se-ão, no que

couber, as disposições referentes ao advento do termo contratual.

39.3 Os Bens Reversíveis não integrarão, sob nenhuma hipótese, os ativos da massa

falida da Concessionária, sendo assegurada ao Poder Concedente, tão logo

decretada a falência da Concessionária, automática imissão na posse destes

bens.

40 Seguros

40.1 Durante o Prazo da Concessão, a Concessionária deverá contratar e manter em

vigor as apólices de seguro indicadas na subcláusula 40.7 abaixo, em condições

estabelecidas neste Contrato.

40.2 As apólices devem ser contratadas com seguradoras de primeira linha, assim

entendidas aquelas de força financeira em escala nacional com operações

devidamente aprovadas pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.

40.3 Nenhum investimento ou serviço poderá ter início ou prosseguir sem que a

Concessionária apresente ao Poder Concedente comprovação de que as

apólices dos seguros exigidos no Contrato se encontram em vigor e observam as

condições estabelecidas neste Contrato.

40.4 Em até 5 (cinco) dias antes do início de qualquer investimento ou serviço, a

Concessionária deverá encaminhar ao Poder Concedente o certificado das

apólices de seguro Responsabilidade Civil com Obras e seguro Risco de

Engenharia para Instalação e Montagem.

40.5 Em até 30 (trinta) dias após a data de emissão do certificado da respectiva

apólice, a Concessionária deverá apresentar ao Poder Concedente a cópia

autenticada das apólices de seguros referentes à subcláusula 40.7.

40.6 O Poder Concedente deverá figurar como um dos co-segurados em todas as

apólices de seguros referidas no Contrato, com cláusula de expressa renúncia

ao eventual exercício de sub-rogação nos direitos que as seguradoras tenham

ou venham a ter contra este.

40.7 Além dos seguros exigíveis pela legislação aplicável, a Concessionária deverá

comprovar a contratação, com seguradoras que operem no Brasil, as coberturas

de seguros estabelecidas nos itens seguintes, e mantê-las em vigor durante todo

o Prazo da Concessão:

40.7.1 Seguro de Riscos Operacionais, incluindo, no mínimo, as seguintes

coberturas: danos materiais, danos elétricos, roubo de valores,

equipamentos eletrônicos e perda de receita. Ainda:

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(i) o valor em risco deverá ser igual ou superior ao valor total dos Bens

Reversíveis;

(ii) a cobertura de perda de receita deve considerar a Receita Bruta estimada

para os 12 (doze) primeiros meses de operação da Concessão, sendo

que o período indenitário deve ser de no mínimo equivalente a 6 (seis)

meses;

40.7.2 seguro de responsabilidade civil com operações, cobrindo a

Concessionária e o Poder Concedente, bem como seus

administradores, empregados, funcionários, subcontratados,

prepostos ou delegados, pelos montantes com que possam ser

responsabilizados a título de danos materiais, pessoais e morais,

custas processuais e quaisquer outros encargos relacionados a

danos materiais, pessoais ou morais, decorrentes das atividades

abrangidas pela Concessão, inclusive, mas não se limitando, a

danos involuntários pessoais, mortes, danos materiais causados a

terceiros e seus veículos, devendo tal seguro ser contratado com

limites de indenização compatíveis com os riscos assumidos para

danos a terceiros com limite mínimo de R$15.000.000,00 (quinze

milhões de reais);

40.7.3 seguro de responsabilidade civil com obras, sempre que houver

obras, com vigência equivalente ao prazo da obra, cobrindo a

Concessionária e o Poder Concedente, bem como seus

administradores, empregados, funcionários, subcontratados,

prepostos ou delegados, pelos montantes com que possam ser

responsabilizados a título de danos materiais, pessoais e morais,

custas processuais e quaisquer outros encargos relacionados a

danos materiais, pessoais ou morais, decorrentes das atividades

abrangidas pela Concessão, inclusive, mas não se limitando, a

danos involuntários pessoais, mortes, danos materiais causados a

terceiros e seus veículos, devendo tal seguro ser contratado com

limites de indenização compatíveis com os riscos assumidos para

danos a terceiros com limite mínimo de R$10.000.000,00 (dez

milhões de reais) e com as seguintes coberturas adicionais:

(i) Responsabilidade Civil com Fundações;

(ii) Responsabilidade Civil Cruzada;

(iii) Erro de Projeto;

(iv) Poluição Súbita/Acidental;

(v) Danos Morais Decorrentes da Básica;

(vi) Responsabilidade Civil Empregador;

(vii) Danos Morais Decorrentes de Empregador;

40.7.4 seguro de riscos de engenharia, sempre que houver obras, com

vigência equivalente do prazo da obra, cobrindo a Concessionária

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por danos materiais à obra. O seguro de risco de engenharia deverá

ser no valor de 100% (cem por cento) do valor dos investimentos e

deverá contemplar as seguintes coberturas adicionais:

(i) erro de Projeto / Risco do Fabricante;

(ii) manutenção Ampla;

(iii) despesas Extraordinárias;

(iv) despesas de Desentulho;

(v) honorários de Peritos;

(vi) despesas de Salvamento e Contenção de

Sinistros.

40.8 A Concessionária é responsável pelo pagamento integral da franquia, em caso

de utilização de qualquer seguro previsto no Contrato, exceto naquelas hipóteses

em que o sinistro for causado pelo próprio Poder Concedente.

40.9 Nas apólices de seguros deverá constar a obrigação de as seguradoras

informarem, imediatamente, à Concessionária e ao Poder Concedente, as

alterações nos contratos de seguros, principalmente as que impliquem o

cancelamento total ou parcial do(s) seguro(s) contratado(s) ou redução das

importâncias seguradas.

40.10 Os seguros para operação da Concessão descritos nas subcláusulas 40.7.1 e

40.7.2 acima deverão ter vigência anual e deverão estar vigentes durante todo o

prazo do Contrato, à exceção dos seguros das obras que deverão ter vigência

idêntica à das obras seguradas.

40.11 A Concessionária deverá encaminhar ao Poder Concedente, com antecedência

mínima de 10 (dez) dias de seu vencimento, documento comprobatório de que

as apólices dos seguros foram renovadas ou serão automática e

incondicionalmente renovadas imediatamente após seu vencimento.

40.12 Caso a Concessionária não encaminhe os documentos comprobatórios da

renovação dos seguros no prazo previsto, o Poder Concedente poderá contratar

os seguros e cobrar da Concessionária o valor total do seu prêmio a qualquer

tempo ou considerá-lo para fins de recomposição do reequilíbrio econômico do

Contrato, sem eximir a Concessionária das penalidades previstas no Contrato.

40.13 A Concessionária, com autorização prévia do Poder Concedente, poderá alterar

coberturas ou outras condições das apólices de seguro, visando a adequá-las às

novas situações que ocorram durante a vigência do Contrato.

40.14 A Concessionária deverá encaminhar anualmente ao Poder Concedente cópia

autenticada das apólices dos seguros contratados e renovados.

40.15 O limite de cobertura contratada para danos materiais deverá basear-se nos

custos de reposição.

40.16 A cobertura de seguros deverá incluir cobertura de danos por motivos de força

maior, sempre que forem seguráveis em condições razoáveis de mercado, na

época de contratação ou renovação das apólices de seguro.

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40.17 Na ocorrência de sinistros ou indenizações que superem os valores de limite de

cobertura contratada, conforme exigido no Contrato, por razões não imputáveis à

Concessionária, caberá revisão do equilíbrio econômico-financeiro.

40.18 Os recursos provenientes da indenização deverão ser utilizados para garantir a

continuidade da operação, exceto nos casos em que: (i) o evento segurado

resulte em caducidade da Concessão; e (ii) quando o Poder Concedente vier a

responder pelo sinistro, hipótese em que as apólices de seguros deverão prever

a sua indenização direta.

41 Resolução de Controvérsias

41.1 Perito Independente

41.1.1 Em caso de controvérsias acerca de questões técnicas de

engenharia, manifestadas durante a fase de Implantação da

Infraestrutura, inclusive acerca da ocorrência de eventos de

desembolso dos Aportes Públicos, deverão as Partes nomear, antes

da data de emissão da Ordem de Serviço e como condição para

esta, um Perito Independente.

41.1.2 O Perito Independente deverá acompanhar toda a realização das

atividades inerentes à Implantação da Infraestrutura, com a

finalidade de ter condições de solucionar, com rapidez e eficiência,

possíveis divergências entre as partes.

41.1.3 O Perito Independente será nomeado de comum acordo entre as

Partes e seus honorários serão divididos de forma igualitária entre a

Concessionária e o Poder Concedente.

41.1.4 Em caso de controvérsia acerca de uma decisão emitida pelo Perito

Independente, poderá a parte interessada suscitar arbitragem nos

termos da subcláusula 41.3 abaixo.

(i) Independente do início de uma arbitragem para

discussão de uma decisão do Perito

Independente, esta decisão deverá produzir

efeitos imediatos, com a liberação dos recursos

das parcelas dos Aportes Públicos retidos ou o

cumprimento da respectiva atividade, conforme o

caso.

41.2 Verificador Independente

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41.2.1 Em caso de controvérsias acerca de questões da operação do VLT,

inclusive acerca da ocorrência de eventos de desembolso das

Contraprestações Mensais, após o início da Operação Comercial,

deverão as Partes nomear, antes da data de emissão da Ordem de

Serviço e como condição para esta, um Verificador Independente.

41.2.2 O Verificador Independente deverá acompanhar toda a realização

das atividades inerentes à Operação Comercial do VLT com a

finalidade de ter condições de solucionar, com rapidez e eficiência,

possíveis divergências entre as partes.

41.2.3 O Verificador Independente será nomeado de comum acordo entre

as Partes e seus honorários serão divididos de forma igualitária entre

a Concessionária e o Poder Concedente.

41.2.4 Em caso de controvérsia acerca de uma decisão emitida pelo

Verificador Independente, poderá a parte interessada suscitar

arbitragem nos termos da subcláusula 41.3 abaixo.

(i) Independente do início de uma arbitragem para

discussão de uma decisão do Verificador

Independente, esta decisão deverá produzir

efeitos imediatos, com a liberação dos recursos

das parcelas das Contraprestações Mensias

retidas ou o cumprimento da respectiva

atividade, conforme o caso.

41.3 Arbitragem

41.3.1 As Partes obrigam-se a resolver por meio de arbitragem toda e

qualquer controvérsia e/ou disputa entre as Partes oriunda ou

relacionada ao Contrato e/ou a quaisquer contratos, documentos,

anexos ou acordos a ele relacionados, que não possam ser

resolvidas de forma amigável por meio de negociações de boa-fé

conduzidas entre as Partes.

41.3.2 A arbitragem será administrada pela CCI, segundo as regras

previstas no seu regulamento vigente na data em que a arbitragem

for iniciada.

41.3.3 A arbitragem será conduzida em Goiânia, Goiás, Brasil, utilizando-se

a língua portuguesa como idioma oficial para a prática de todo e

qualquer ato.

41.3.4 A lei substantiva a ser aplicável ao mérito da arbitragem será a lei

brasileira.

41.3.5 O tribunal arbitral será composto por 3 (três) árbitros, cabendo a

cada Parte indicar um árbitro. O terceiro árbitro será escolhido de

comum acordo pelos árbitros indicados pelas Partes. A presidência

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do tribunal arbitral caberá ao terceiro árbitro. Na hipótese de a

arbitragem envolver mais de 2 (duas) partes, seja no polo ativo, seja

no polo passivo, a escolha dos árbitros deverá seguir o previsto na

cláusula 10 do regulamento de arbitragem da CCI.

41.3.6 Não havendo consenso entre os árbitros escolhidos por cada Parte,

o terceiro árbitro será indicado pela CCI, observados os termos e as

condições aplicáveis previstos no seu regulamento de arbitragem.

41.3.7 Caso seja necessária a obtenção das medidas coercitivas,

cautelares ou de urgência antes da constituição do tribunal arbitral,

ou mesmo durante o procedimento de mediação, as Partes poderão

requerê-las diretamente ao competente órgão do Poder Judiciário.

Caso tais medidas se façam necessárias após a constituição do

tribunal arbitral, deverão ser requeridas e apreciadas pelo tribunal

arbitral que, por sua vez, poderá solicitá-las ao competente órgão do

Poder Judiciário, se entender necessário.

41.3.8 As decisões e a sentença do tribunal arbitral serão definitivas e

vincularão as Partes e seus sucessores.

41.3.9 A Parte vencida no procedimento de arbitragem arcará com todas as

custas do procedimento, incluindo os honorários dos árbitros.

42 Disposições Diversas

42.1 Condições de Eficácia do Contrato

42.1.1 A eficácia dos termos e condições deste Contrato está sujeita à

verificação das seguintes Condições de Eficácia do Contrato: (i)

determinação legislativa da extinção do subsídio tarifário pago pelo

Poder Concedente à Metrobus pelo transporte de passageiros do

Eixo Anhanguera, nos termos da Lei nº. 15.047, de 29 de dezembro

de 2004, conforme alterada; (ii) celebração do Contrato de

Administração de Recursos e plena eficácia da Garantia do Poder

Concedente; (iii) aceitação da Garantia do Poder Concedente pelos

Financiadores; (iv) liberação de recursos do Orçamento Geral da

União destinados à contribuição dos Aportes Públicos e contratação

com instituições financeiras de financiamentos ao Poder Concedente

destinado aos Aportes Públicos e (vi) materialização e transferência

de recursos ao Fundo Especial de Implantação do Programa Veículo

Leve sobre Trilhos - FVLT, constituído nos termos da Lei nº. 17.930

de 27 de dezembro de 2012, destinado aos Aportes Públicos do

Poder Concedente; (vii) apresentação pela Concessionária de

compromisso firme, irrevogável e irretratável, válido por, no mínimo,

4 (quatro) anos, de contratação do fornecimento de material rodante

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e sistemas tecnológicos necessários à operação com empresa ou

consórcio de empresas de comprovada experiência.

42.1.2 Caso alguma das Condições de Eficácia do Contrato dispostas na

subcláusula 42.1.1 acima não seja cumprida no prazo de 18

(dezoito) meses contados da assinatura do Contrato, a

Concessionária terá o direito de requerer o reequilíbrio econômico-

financeiro do Contrato ou, alternativamente, requerer a rescisão do

Contrato, devendo ser ressarcida pelos prejuízos comprovadamente

incorridos.

42.2 Normas do Poder Concedente e da CDTC

42.2.1 A Concessionária deverá observar e respeitar todas as resoluções e

demais regras do Poder Concedente e da CDTC, observadas, no

entanto, as peculiaridades e especificidades inerentes às normas e

regulamentação aplicáveis às concessões e respeitando os termos

do presente Contrato.

42.2.1.1 As resoluções e demais regras a cargo do Poder

Concedente serão editadas pela AGR que ouvirá, para tanto, o

próprio Poder Concedente, a Concessionária e os usuários do VLT,

levando em conta o impacto das suas resoluções sobre estes atores

constitucionais.

42.3 Exercício de Direitos

42.3.1 O não exercício, ou o exercício tardio ou parcial, de qualquer direito

que assista a qualquer das Partes pelo Contrato, não importa em

renúncia, nem impede o seu exercício posterior a qualquer tempo,

nem constitui novação da respectiva obrigação ou precedente.

42.4 Invalidade Parcial

42.4.1 Se qualquer disposição do Contrato for considerada ou declarada

nula, inválida, ilegal ou inexequível em qualquer aspecto, a validade,

a legalidade e a exequibilidade das demais disposições contidas no

Contrato não serão, de qualquer forma, afetadas ou restringidas por

tal fato.

42.4.2 As Partes negociarão, de boa-fé, a substituição das disposições

inválidas, ilegais ou inexequíveis por disposições válidas, legais e

exequíveis, cujo efeito econômico seja o mais próximo possível ao

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efeito econômico das disposições consideradas inválidas, ilegais ou

inexequíveis.

42.4.3 Cada declaração e garantia feita pelas Partes no presente Contrato

deverá ser tratada como uma declaração e garantia independente, e

a responsabilidade por qualquer falha será apenas daquele que a

realizou e não será alterada ou modificada pelo seu conhecimento

por qualquer das Partes.

42.5 Lei Aplicável

42.5.1 O Contrato será regido e interpretado de acordo com as leis da

República Federativa do Brasil.

42.5.2 A Concessão será regida pela Lei n° 11.079, de 30 de dezembro de

2004; Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; Lei 13.569 de 27 de

dezembro de 1999 e pela Lei nº 14.910, de 11 de agosto de 2004,

sem prejuízo de outras normas aplicáveis.

(i) As siglas CDTC, CMTC e AGR e as atribuições que elas possuem neste

contrato de concessão patrocinada poderão ser objeto de substituições

e/ou mudanças caso o Estado de Goiás resolva editar uma nova Lei

Complementar para a Região Metropolitana de Goiânia objetivando

adaptar os órgãos e entidades metropolitanas atualmente existentes à

decisão do Supremo Tribunal Federal, tomada em sua sessão de

28/12/2013, quando do julgamento da Ação Direta de

Inconstitucionalidade nº 1842 que definiu os serviços públicos comuns de

regiões metropolitanas, como saneamento básico e transportes, devem

ser geridos por um conselho integrado pelo Estado e pelos Municípios

envolvidos, sem exceção, e/ou por uma autarquia multissetorial, ambos

metropolitanos,

42.6 Foro

42.6.1 Fica desde já eleito o Foro da Seção Judiciária de Goiânia, capital do

Estado de Goiás, para a finalidade exclusiva de obter medidas

coercitivas e cautelares antes da instauração da arbitragem, sem

que a presente cláusula implique em aceitação da via judicial como

alternativa à arbitragem, ou de executar a sentença final exarada

pelo tribunal arbitral.

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42.7 Comunicações

42.7.1 As comunicações e as notificações entre as Partes serão efetuadas

por escrito e remetidas: (i) em mãos, desde que comprovadas por

protocolo; (ii) por fax, desde que comprovada a recepção; ou (iii) por

correio registrado, com aviso de recebimento.

42.7.2 Consideram-se, para os efeitos de remessa das comunicações, na

forma desta cláusula, os endereços indicados no preâmbulo.

42.7.3 Qualquer das Partes poderá modificar o seu endereço e número de

fax, mediante simples comunicação à outra Parte.

42.8 Contagem dos Prazos

42.8.1 Os prazos estabelecidos em dias, no Contrato, contar-se-ão em dias

corridos, salvo se estiver expressamente feita referência a dias úteis.

42.9 Idioma

42.9.1 Todos os documentos relacionados ao Contrato e à Concessão

deverão ser redigidos em língua portuguesa, ou para ela traduzidos,

em se tratando de documentos estrangeiros. Em caso de qualquer

conflito ou inconsistência, a versão em língua portuguesa deverá

prevalecer.

E, por estarem justas e contratadas, as Partes assinam o Contrato em 4 (quatro) vias de igual teor e

forma, considerada cada uma delas um original.

Goiânia - Goiás, [●] de [●] de 20[●].

____________________________________________________________

SECRETARIA DE ESTADO DA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA

_____________________________________________

[CONCESSIONÁRIA]

____________________________________________________________

COMPANHIA METROPOLITANA DE TRANSPORTES COLETIVOS – CMTC

____________________________________________________________

COMPANHIA DE INVESTIMENTOS E PARCERIAS DO ESTADO DE GOIÁS

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ANEXO 1 DO CONTRATO

PROPOSTA ECONÔMICA DA CONCESSIONÁRIA

(fornecido em meio eletrônico)

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75

ANEXO 2 DO CONTRATO

PLANO DE NEGÓCIOS DA CONCESSIONÁRIA

(fornecido em meio eletrônico)

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ANEXO 3 DO CONTRATO

PLANO DE TRABALHO DA CONCESSIONÁRIA

(fornecido em meio eletrônico)

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ANEXO 4 DO CONTRATO

FONTES DE RECURSOS PARA APORTES PÚBLICOS

(fornecido em meio eletrônico)

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78

ANEXO 5

MARCOS CONTRATUAIS PARA OS DESEMBOLSOS DOS APORTES PÚBLICOS

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ANEXO 6 DO CONTRATO

REAJUSTE E CÁLCULOS DAS CONTRAPRESTAÇÕES PÚBLICAS MENSAIS DE

AMORTIZAÇÃO FIXA E VARIÁVEL E PENALIDADES

(fornecido em meio eletrônico)

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ANEXO 7 DO CONTRATO

MODELO DE CONTRATO DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS

(fornecido em meio eletrônico)

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ANEXO 8 DO CONTRATO

QUADRO DE INDICADORES DE DESEMPENHO

(fornecido em meio eletrônico)

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ANEXO 9 DO CONTRATO

LICENÇA AMBIENTAL PRÉVIA

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ANEXO 10 DO CONTRATO

EDITAL DE LICITAÇÃO E SEUS ANEXOS